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O cantor Gerson King Combo morreu na noite da última terça-feira (22), aos 76 anos, em "decorrência de infecção generalizada e de complicações da diabetes após súbita internação", conforme diz uma nota publicada nas redes sociais do artista. 

O produtor Ronaldo Pereira confirmou o falecimento e contou que Gerson morreu no Posto de Assistência Médica de Irajá, no Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do artista. 

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Gerson iniciou a carreira em 1963 como dublador no Programa "Hoje é dia de Rock", depois se lançou na música e já no início de 1970 era aclamado como "rei dos bailes", e "James Brown brasileiro". Em 1977 e 1978 gravou seus discos de maiores sucessos Gerson King Combo e Gerson King Combo - Volume II. O artista até hoje é considerado um importante nome na música negra brasileira. 

Nas redes sociais, muitos fãs lamentaram o falecimento do artista e deixaram mensagens de apoio para a família. 

Se as pessoas saudáveis já têm motivos de sobra para temer o coronavírus, os portadores de doenças crônicas como o diabetes precisam ser ainda mais cautelosos, pois fazem parte do grupo de risco.

Ao contrair o vírus, diabéticos tendem a desenvolver um quadro mais grave do que as pessoas não diabéticas. “Quanto pior controlado estiver o diabetes mais grave tende a ser o quadro da infecção pelo Covid-19. Com maior mortalidade, inclusive”, afirma a endocrinologista Katia Seidenberger.

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Por isso, durante a pandemia é fundamental para os diabéticos evitar açúcares, excesso de carboidrato, álcool e gorduras, tomar todas as medicações que auxiliam no controle da doença e monitorar a glicemia. “Os exames de sangue periódicos para diabetes devem ser mantidos com o médico, mesmo que se faça consulta online”, orienta a médica.

A endocrinologista explica que, como o período de isolamento social dificulta a prática de exercícios, o ideal é focar na boa dieta e no uso ininterrupto das medicações necessárias para controlar a doença.

Cuidados de higiene e isolamento social também são aliados dos diabéticos durante a pandemia. É o caso da dona de casa Fani Manzo, de 71 anos. Moradora de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, Fani é diabética e por receio de se contaminar ela não sai de casa desde o mês de março. “Eu tenho pavor, tanto por mim quanto pelos meus entes queridos”, desabafa.

A família de Fani adotou uma série de medidas para protegê-la de uma possível contaminação. Objetos como chaves são constantemente esterilizados e o seu filho sempre usa máscara quando vai visitá-la, tomando ainda o cuidado de manter o distanciamento. “Quando minha filha chega em casa, ela coloca toda a roupa que usou para lavar, vai tomar banho e eu não chego perto”, conta a dona de casa.

O ator e cantor Babu Santana gravou um vídeo, nesta quinta-feira (25), para tranquilizar os fãs. No Instagram, o também ex-BBB informou aos seguidores que havia recebido alta hospitalar. Babu foi diagnosticado com diabetes, após passar mal e enfrentar uma série de exames na última semana. "Salve, família! Recebi uma grande notícia que eu gostaria de dividir com vocês. Eu recebi alta, tô indo para minha casa", disse. 

"Muito obrigado pelo carinho que eu fui tratado aqui, obrigado à minha empresa maravilhosa que eu trabalho, que é a Rede Globo, por ter dado toda a assistência necessária, à minha equipe que ficou na minha casa ajudando a não parar e à minha mulher Tati que não me abandonou em nenhum segundo. Tá tudo bem. Agora é só vida nova que segue", continuou.

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No comunicado, ele agradeceu o carinho que recebeu das pessoas através de mensagens pela internet: "Vai vir um novo paizão, novas comidas. Muito obrigado pelo carinho de você, que ficou aí em casa torcendo por mim. Tô indo pra minha casa. Obrigado, meu Deus".

Confira:

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Internado em um hospital no Rio de Janeiro, o ator Babu Santana tranquilizou os fãs e seguidores sobre seu estado de saúde. No Instagram, ele publicou um vídeo e garantiu que, em breve, estará de volta em casa.

O ex-participante do BBB20 também revelou ter sido diagnosticado com diabetes, descartando a suspeita de que poderia estar com coronavírus. Ele ainda fez um alerta sobre dar atenção à saúde.

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"Salve, família! Estou passando aqui pra agradecer todo o carinho de vocês. Fiquei muito emocionado. Estou me cuidando, estou bem. Susto veio para me alertar que eu preciso cuidar mais de mim. Meu quadro não é Covid, estou com diabates", disse.

"Quero estudar, entender sobre o assunto, mas estou confiante e otimista para ter uma vida mais saudável e tranquila. Queria mandar beijo e abraço por todo o carinho, aos que torceram, rezaram, emanaram energias positivas e quero que vocês cuidem da saúde, façam seus exames regulares, cuidem da saúde, que é nosso maior bem. Paizão está bem e dias melhores virão pra todos nós", emendou.

Com várias comorbidades e integrando o grupo de risco, Maria da Mata Mussi, de 94 anos, conseguiu surpreender até os médicos e vencer a Covid-19. A mulher, que mora em Nova Granada, São Paulo, diz que nem sabia que estava com a doença. "Quando os médicos me falaram só pedi a Deus porque tenho muita fé. Agora estou em casa e bem", revela.

Por estar sentindo alguns sintomas da Covid-19, os familiares fizeram um teste rápido em Maria no dia 14 de abril, que deu negativo. Com a insistência dos sintomas e bastante falta de ar, a idosa foi levada para fazer um outro exame no dia 28 de abril, que deu positivo. O medo da família era que a matriarca não resistisse, já que faz tratamento contra um câncer de pele, é diabética, tem hipertensão e um marcapasso.

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"Os médicos chegaram a dizer que não sabiam se ela se curaria, já que ela tem várias comorbidades", revela a neta Maria Eleodoro, 27 anos, à Folha de São Paulo. A idosa não apresentou a forma mais grave da doença e, por conta disso, não precisou ficar na UTI ou ser entubada, apenas a colocaram no oxigênio por conta da falta de ar.

Os familiares que tiveram contato com ela também fizeram o exame para saber se haviam se infectado, mas os testes deram negativo. Ainda não se sabe como a idosa foi contaminada, já que ela está há quatro meses cuidando do câncer na casa de sua filha, que mora na capital paulista.

Os maiores alvos de quadros graves do novo coronavírus no Brasil até agora foram pessoas com diabete ou problema cardíaco, segundo o Ministério da Saúde. Foram registradas 77 mortes e 2.915 infectados em todo o País. A letalidade verificada está em 2,7%.

Ao analisar o quadro dos hospitalizados (391 casos) e dos que morreram (59, no momento dessa avaliação), o governo observou que 124 dos pacientes sofrem de cardiopatia. Cerca de 80 delas têm diabete. Entre os óbitos, mais de 30 tinham problemas do coração e quase 20 eram diabéticos.

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A idade avançada se mostrou mais uma vez como fator de risco para complicações pela doença. Dos 391 internados, 78 tinham entre 60 e 69 anos e outras 70 pessoas, de 70 a 79 anos. Há alto registro, porém, de hospitalizados entre 30 e 49 anos (103 pacientes). A análise do perfil dos mortos, no entanto, mostra concentração entre idosos. Entre os 59 casos avaliados até o dia 26 de março, 48 eram maiores de 70 anos.

"Os dados mostram que as maiores vítimas são idosos, mas também qualquer pessoa que tenha cardiopatia ou diabetes", disse o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

São Paulo. Estado com o maior número de casos e óbitos confirmados até agora (1.052 infecções e 58 óbitos), São Paulo tem infectados em sua maioria jovens, mas as mortes são concentradas nos idosos.

De acordo com o boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, 61% do total de casos confirmados até o dia 24 (último dado detalhado disponível) tinha menos de 40 anos e a maioria (56%) era homem.

Já quando analisado o perfil dos mortos, o documento mostra que 92% das vítimas tinham mais de 60 anos e a maioria (67,5%) era homem.

Pesquisadores da Universidade de Washington, no Missouri, Estados Unidos, conseguiram curar diabetes em ratos de laboratório em um procedimento envolvendo a manipulação de células-tronco. No Brasil, o tratamento é feito por meio de insulina, disponibilizada pelo Sistema único de Saúde (SUS).

O método desenvolvido pela equipe liderada por Jeffrey Millman renuncia injeções de insulina e usa as células modificadas para produzir hormônio. A ideia surgiu em 2019, quando os cientistas transformaram uma porcentagem maior de células alvo e as tornaram mais funcionais.

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Ao ser inseridas em roedores, os níveis de açúcar se estabilizaram, deixando-os “curados funcionalmente” por até nove meses, apontou o The Next Web. Com o resultado promissor, a próxima fase é testar o uso de células-tronco em animais maiores. Só após conclusão e a avaliação desta fase, o tratamento poderá ser realizado em humanos.

No país mais próspero do mundo, há pessoas que não são ricas, nem pobres, fazendo trocas sorrateiras de insulina em estacionamentos. O medicamento é quase tão importante quanto o oxigênio para os diabéticos, mas seu preço nas farmácias é cada vez mais exorbitante.

Em uma fria manhã de janeiro, em um subúrbio de Minneapolis, Abigail Hansmeyer desce do carro e entrega a uma mulher uma sacola de papel com sete canetas de aplicação e uma ampola de insulina.

"Muitíssimo obrigada", disse a mulher, Annette Gentile, de 52 anos, enquanto revisa marcas e doses de conteúdos do pacote. "Esses últimos dias foram uma montanha-russa".

Annette, mãe de um adolescente de 17 anos, não é pobre. Ela tem uma pensão por deficiência de 1.200 dólares e tem acesso à cobertura pública de saúde, mas ela não cobre o custo dos medicamentos. A bolsa que recebeu, suficiente para quase um mês, custaria cerca de mil dólares em uma farmácia.

"Dependo exclusivamente das doações", diz Annette.

Abigail, que lhe entregou a insulina, está desempregada e também tem diabetes do tipo 1. Esta doença autoimune obriga os afetados por ela a injetarem insulina várias vezes ao dia, pelo resto da vida.

Ela faz parte de uma rede informal de diabéticos que se contactam por Facebook. Abigail troca a insulina vinda, quase toda, de pessoas que morreram e não utilizaram, doada por seus familiares.

Para os rivais democratas de Donald Trump, em campanha pelas primárias que começam nesta segunda-feira, em Iowa, existem poucos escândalos piores que o preço da insulina - simbólica da desigualdade no sistema de saúde americano.

"Não somos pobres", explica Abigail. Seu marido trabalha e fundou uma microempresa. O casal mora numa casa, tem carro, cachorros e coelhos.

Mas o empregador de seu marido não oferece cobertura médica. Essa situação lhes deixa em uma espécie de vácuo: não são pobres o bastante para ter a cobertura pública, nem ricos o suficiente para pagar um plano privado.

"Durante toda minha vida adulta, em um momento ou outro, racionei insulina", conta Abigail, de 29 anos, em sua sala de estar.

Há alguns anos, após uma batalha com seu seguro da época, Abigail recebeu uma bomba de insulina, um dispositivo portátil que administra a substância ao paciente de forma contínua. Nesse dia, se lembra, chorou de emoção.

- Perder um filho -

Em Minneapolis, se Abigail é uma "dealer" (ou traficante), Nicole Smith-Holt é varejista. No subsolo de sua casa, abre um refrigerador com dezenas de frascos de insulina. Segundo seus cálculos, esses frascos e as provisões como seringas, gaze e aparatos para medir a glicose, devem valer o equivalente a 50.000 dólares.

"É rigorosamente ilegal", diz Nicole sobre seu esconderijo.

Questionada sobre os motivos para fazer isso, sua resposta é simples: "Porque estou salvando vidas".

Ela poderia sorrir, se não tivesse vivido uma tragédia. "Não precisamos de outro Alex", afirma Nicole, que perdeu seu filho Alec Raeshawn Smith em 2017.

"Não tinha nenhuma gota de insulina no seu apartamento", lembra a mãe de outros três filhos.

A reforma do governo de Barack Obama, conhecida como Obamacare, concedia a Alec cobertura pelo plano de sua mãe até os 26 anos.

Mas, depois de chegar a essa idade, com o salário baixo de funcionário de um restaurante, não conseguia pagar seu próprio seguro de saúde. Nicole está convencida de que, pouco antes de morrer, seu filho não conseguiu pagar os 1.300 dólares que a insulina que precisava custava.

À época, ele estava há cerca de 27 dias sem seguro. Causa da morte: cetoacidose diabética por falta de insulina.

"Até o dia da minha morte vou sentir culpa", lamenta. "Talvez, se tivesse insistido, se tivesse feito as perguntas certas, talvez se tivesse pedido ajuda".

A morte de Alec, que tinha um filho, transformou Nicole em militante. Num dia, aparece na televisão, no outro está com autoridades locais, ou diante de um grande laboratório. Os diabéticos da região podem entrar em contato pelo Facebook, e ela responde rapidamente.

- Passando a fronteira -

Mais ao norte, os diabéticos têm acesso a seus medicamentos dentro da lei, mas fora das fronteiras, nas farmácias do Canadá.

Diferentemente dos Estados Unidos, ali o preço da insulina é regulado. A cada três ou quatro meses, Travis Paulson, de 47 anos, dirige por duas horas de Eveleth, Minnesota, até Fort Frances, na província de Ontario. Ali, compra sua insulina sem receita. Os inspetores na fronteira não implicam, desde que as doses não superem o necessário para três meses.

O seguro de saúde de Travis conta com médicos excelentes, mas só cobre 50% do preço dos medicamentos.

Sobre uma mesa, Travis apoia dois frascos praticamente idênticos de insulina: um é da NovoLog, vendido nos Estados Unidos a 345 dólares; o outro é da NovoRapid, que no Canadá custa 25 dólares.

"Se tivesse que trazer de mochila em uma canoa, faria isso", afirma Travis. "Simplesmente não vou pagar o que estão pedindo. É ganância farmacêutica".

Sobre sua geladeira, um adesivo do candidato Bernie Sanders lembra da revolução prometida pelo senador socialista, que pretende reduzir à metade os preços dos medicamentos.

A Universidade Federal do Pará (UFPA) está disponibilizando o Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém, para qualificar profissionais da área da saúde, em estudos sobre o tratamento de diabetes. As inscrições vão até 5 de fevereiro e podem ser feitas no site da seleção.

Segundo o edital, estão disponíveis 20 vagas para profissionais da área da saúde, sendo quatro dessas reservadas para o Programa de Apoio à Qualificação dos Servidores Docentes e Técnico-Administrativos da Universidade Federal do Pará (PADT-UFPA). Os candidatos passarão por três etapas, prova escrita, análise de projetos e avaliação curricular. 

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Quem deseja se candidatar às vagas, terá que preencher a ficha de inscrição, realizar o pagamento e apresentar a documentação exigida no edital.

Segundo informações do Ministério da Educação, o hospital é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde 2015. A unidade de saúde é referência no tratamento da diabetes e contribui para a produção de conhecimento científico sobre a doença na região. A UFPA possui autorização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para ofertar o curso.

Para a superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, Regina Barroso, além do curso ser inédito no Brasil, a estrutura oferecida permitirá também a prática ambulatorial. “A missão é formar profissionais qualificados para atender à população, por isso este curso representa um ganho a mais para a região amazônica, tanto para os mestrandos quanto para os pacientes que serão atendidos com qualidade”, explica.

No último dia 23 de outubro, a atriz e apresentadora Tatá Werneck deu à luz a sua primeira filha. Em entrevista a uma colunista de “O Globo”, a mãe de primeira viagem revelou que teve diabetes gestacional. 

Segundo o Ministério da Saúde, a diabetes gestacional afeta entre 2 e 4% das gestantes, aumentando o risco de complicações para a mãe e para o bebê. “Caso não seja identificada o quanto antes e bem tratada, ela pode resultar em uma série de complicações que vão desde malformações no bebê, maior risco de aborto, icterícia neonatal, alterações na formação neurológica da criança, macrossomia fetal, evoluindo para a perda fetal”, explica o ginecologista obstetra Jean Carlos Nascimento.

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Segundo o ginecologista, a diabetes gestacional está relacionada com o ganho de peso durante a gestação, má alimentação, histórico de diabetes na família, sedentarismo, entre outras. Os sintomas da doença são os mesmos identificados no diabetes comum, também conhecida como Diabetes Melitus Tipo I, como aumento de peso, maior ingestão de água, tonturas e desmaios, edema nos membros inferiores, retenção de líquidos e vontade de urinar várias vezes. O Tratamento pode variar entre medicamentos orais ou uso de insulina, cada caso depende de uma avaliação.

A melhor maneira de prevenir a doença é ter um acompanhamento nutricional durante a gestação e manter uma dieta saudável, com restrições para doces e carboidratos. “Por meio das consultas de pré-natal é possível descobrir a doença, por isso a importância de um acompanhamento regular”, orienta Nascimento.

O ginecologista ressalta que o bebê não nasce com diabetes nesses casos, mas pode haver complicações decorrentes da diabetes gestacional. “A diabetes mal tratada pode levar ao aborto, internações por descontrole glicêmicos, sequelas renais e oftalmológicas, entre outros agravantes”, finaliza Nascimento.  

Nesta sexta-feira (6) é comemorado o Dia do Sexo. A data foi escolhida como uma brincadeira de duplo sentido que remete a posição sexual 69 (6 de setembro = 6/9). Para as pessoas que sofrem com diabetes é importante estar em dia com o tratamento, já que uma das complicações da doença pode ser a disfunção sexual.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 13 milhões de brasileiros são diagnosticados com a doença. Entre os homens diabéticos, distúrbios na ejaculação são um problema sexual comum, atingindo de 32 a 67% dessa população.

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É importante lembrar a importância de seguir com o tratamento adequado para evitar que a doença atrapalhe o desempenho sexual. "Estudos apontam que a metade dos homens com mais de 50 anos que têm diabetes podem desenvolver esse distúrbio. Alguns fatores como tratamento inadequado da doença, tabagismo, pressão alta e colesterol são indicadores de risco", explica a endocrinologista e médica responsável por diabetes e cardiometabolismo da Merck, Simone Matsuda Torricelli.

As mulheres diabéticas também podem ter dificuldades sexuais. As altas taxas de glicose, lesões nos nervos e até a depressão podem afetar o desempenho. "Falta de lubrificação, maior dificuldade de alcançar o orgasmo e aumento do risco de infecções urinárias devido aos elevados níveis de glicose, são as maiores causas entre as mulheres", afirma Simone.

A melhor maneira de manter a vida sexual ativa e saudável é ficar em dia com o tratamento adequado conforme prescrição médica. "Hábitos saudáveis e uma conversa franca com os profissionais da saúde também auxiliam", conclui Simone.

O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo, de acordo com a estimativa do International Diabetes Federation (IDF), atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e da China. Dados do Ministério da Saúde mostram que 12,5 milhões de brasileiros vivem com a doença.

Existem dois tipos mais comuns de diabetes, que é causado pela falha na produção de insulina – hormônio produzido pelo pâncreas, levando à hiperglicemia, aumento do nível de glicose no sangue.  O tipo 1 é uma doença autoimune, comumente diagnosticada na infância ou na adolescência. Já o tipo 2 pode ser causado por tendência genética, estilo de vida inadequado como má alimentação e sedentarismo, além de ganho excessivo de peso.

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“A diabetes geralmente é uma doença silenciosa, mas em casos mais avançados é possível observar sede excessiva, aumento da fome e da vontade de urinar, perda de peso, visão turva, cansaço nas pernas e hálito desagradável”, alerta a médica endocrinologista Cristina Farah.

Quando não controlada, a diabetes pode desencadear diversas complicações, como perda da visão a até mesmo alterações vasculares que podem resultar em amputação, principalmente dos membros inferiores. Pessoas diabéticas também são mais propensas a sofrer ataques cardíacos e derrames.

“Para não desenvolver a doença, é importante evitar a todo custo o ganho excessivo de peso e não ser sedentário. Quanto a tendência genética, não temos como interferir, no entanto, se não houver muitos erros comportamentais, como má alimentação e sedentarismo, o risco de desenvolver diabetes diminui consideravelmente”, pondera Cristina.

Confira cinco dicas para prevenir diabetes tipo 2:

1. Se alimente bem

Adote um cardápio mais saudável, eliminando a gordura da dieta como carne de porco, creme de leite, manteiga ou o uso de óleo de soja para o preparo das refeições. Invista no consumo de mais fibras e reduza calorias, apostando em frutas, legumes e verduras.

2. Faça atividade física

Pratique exercícios físicos. Uma caminhada de 40 minutos quatro vezes por semana, por exemplo, já ajuda a prevenir a doença.

3. Controle seu peso

O excesso de peso está comprovadamente ligado ao risco de desenvolver a doença. Por isso, consumir alimentos saudáveis diariamente e praticar exercícios físicos com regularidade são recomendações essenciais.

4. Evite bebidas açucaradas e alcoólicas

O consumo elevado de álcool também aumenta o risco de desenvolver a doença, já que a substância pode provocar pancreatite crônica ao reduzir a sensibilidade à insulina. A ingestão em excesso de refrigerantes, sucos ou energéticos também pode elevar o risco de ter diabetes tipo 2.

5. Faça exames regulares

Faça análises regularmente sobre o nível de glicose no sangue, especialmente se você faz parte dos grupos de maior risco: obesos, sedentários e pessoas com histórico familiar da doença.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização da primeira insulina inalável do País. A resolução que concede o registro ao produto foi aprovada na última quinta-feira, 30, e publicada nesta segunda-feira, 3, no Diário Oficial da União.

Batizada de Afrezza, a nova insulina é comercializada em pó, em cartuchos com três tipos de dosagem. Para utilização, o paciente com diabete deve encaixar o cartucho no inalador e aspirar o pó. A substância chega ao pulmão e é absorvida pela corrente sanguínea, onde cumpre a função de reduzir os níveis de açúcar no sangue. Hoje, as insulinas disponíveis no mercado brasileiro são todas injetáveis.

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Segundo especialistas, embora represente uma alternativa no tratamento do diabete e um ganho na qualidade de vida por reduzir o número de injeções, a Afrezza tem limitações. Ela não é capaz de substituir todas as aplicações diárias de insulina, tem pouca variedade de dosagens e é contraindicada para pacientes com problemas pulmonares e menores de 18 anos. Por outro lado, por não exigir refrigeração, é mais fácil de transportar e armazenar e poderá reduzir o número de picadas de agulha a que o paciente tem que submeter-se diariamente.

A insulina inalável pode substituir somente as aplicações de insulina de ação rápida ou ultrarrápida, também chamadas de bolus. Esse tipo de insulina é utilizada geralmente antes de cada refeição, quando o organismo precisa de um volume maior do hormônio para compensar o açúcar ingerido.

O outro tipo de insulina, a basal, de ação mais lenta, é geralmente aplicada somente uma vez por dia e não poderá ser substituída pelo produto inalável, como explica Lívia Porto, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

"Se o paciente diabético tem um tratamento nesse esquema basal-bolus, ele costuma fazer pelo menos quatro aplicações por dia: uma basal e três bolus, no café da manhã, almoço e jantar. Se passar a usar a inalável, ele diminuiria de quatro aplicações diárias para uma aplicação. Seria um ganho de qualidade de vida, mas não substituiria totalmente a injetável", diz a médica.

Para Heraldo Marchezini, CEO da Biomm, empresa responsável pela fabricação e distribuição do produto no Brasil, a facilidade de manuseio e uso da Afrezza representa um avanço na qualidade de vida dos pacientes. "No momento das refeições, o paciente muitas vezes tem que utilizar a insulina em uma situação social, fora de casa, e, com a inalável, o procedimento pode ser mais rápido e discreto. O inalador cabe na palma da mão. É uma grande inovação na forma de aplicar", afirma.

Ele afirma que o produto pode ser usado tanto por pacientes com diabete tipo 1 quanto por portadores do tipo 2 da doença. Considerando, no entanto, que a maioria dos diabéticos tipo 2 fazem tratamento com comprimidos e não com insulina, os principais beneficiados pelo novo produto seriam os pacientes com diabete tipo 1, cujo tratamento obrigatoriamente inclui aplicação de insulina.

"No caso do diabético tipo 2, a Afrezza seria indicada somente para aqueles pacientes que não estão conseguindo controlar a glicemia somente com medicação via oral", explica o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, assessor científico da Sociedade Brasileira de Diabetes e diretor do Centro de Pesquisa Clínicas CPclin, instituição brasileira que participou dos estudos da insulina inalável. Segundo o especialista, dos cerca de 15 milhões de brasileiros que têm diabete, estima-se que 10% possua o tipo 1 da doença e 90%, o tipo 2.

Contraindicações

Os médicos explicam que pacientes com problemas pulmonares não poderão utilizar o Afrezza por duas razões. "A absorção pelo pulmão pode não ser a adequada e a insulina inalável pode deflagrar crises de asma, com broncoespasmos", diz Eliaschewitz. Estão incluídos na contraindicação pacientes com asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e fibrose pulmonar, além de fumantes. No caso de menores de 18 anos, a Afrezza é contraindicada porque o produto não foi estudado em pacientes desta faixa etária.

Outra limitação da insulina inalável é a baixa variedade de dosagens disponíveis. A Afrezza chega ao mercado em apenas três apresentações: 4, 8 ou 12 unidades, enquanto as insulinas injetáveis são oferecidas em doses de 1 unidade, o que permite maior combinação e personalização.

"A dosagem indicada depende do paciente e do volume de glicose ingerida em cada refeição. O número de unidades usadas em cada aplicação varia muito. Tenho paciente que precisa de apenas duas unidades e outros que precisam de 15 em cada refeição. Na injetável a gente consegue escolher a dose perfeita. Na inalável, não", afirma Lívia Porto.

Próximos passos

Embora tenha recebido a aprovação da Anvisa, a Afrezza ainda deve demorar alguns meses para estar disponível para venda. "Nossa expectativa é que ainda neste ano o produto passe pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)", diz o CEO da Biomm. A câmara é uma instância da Anvisa que estabelece os preços dos medicamentos antes de eles chegarem ao mercado.

Marchezini diz que ainda não é possível estimar quanto o produto custará no Brasil. Nos Estados Unidos, onde a Afrezza já é comercializada desde 2015, a menor dose, de 4 unidades, custa U$ 3,80, o equivalente a R$ 14,80.

Exercícios de força, como a musculação, reduzem a gordura acumulada no fígado e melhoram o controle da glicemia em pessoas obesas e diabéticas mesmo em um curto período de atividade física. O estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que os ganhos com a prática de exercícios ocorre antes da perda de peso. Os resultados da pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foram publicados no periódico Journal of Endocrinology.

Pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular do Exercício (LaBMEx) fizeram experimentos com camundongos. Os animais foram submetidos a treinos de força moderado durante 15 dias e, depois desse período, foi possível constatar uma melhora na “queima” dos lipídeos, o que contribui para o tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), popularmente conhecida como gordura no fígado.

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“Muitos estudos sobre exercícios aeróbios submetem os animais ou os humanos a um período significativo de exercício físico. Consequentemente a esse protocolo de exercícios ocorre a redução do peso corporal, então uma pergunta emerge: o que melhorou o fígado? Foi o exercício físico ou foi porque ele reduziu tecido adiposo?”, dissed Leandro Pereira de Moura, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp e coordenador da pesquisa.

Moura disse que esse estudo avançou no entendimento da influência direta do exercício físico no fígado, especificamente relacionado ao acúmulo de gordura. Ele explica que em situações de repouso o fígado é o principal órgão responsável para fazer glicose e, quando o corpo volta a consumir fontes de energia, como o carboidrato, o pâncreas envia uma comunicação ao fígado, por meio da insulina, de que não é mais necessário produzir glicose.

“Quando o indivíduo é obeso, ele se torna diabético porque esse tecido adiposo em excesso [no fígado] libera algumas substâncias chamadas de adipocina que vão até o fígado e reduzem essa comunicação do hormônio insulina com o fígado”, explicou. Dessa forma, o fígado responde menos à insulina e, por mais que ele ingira carboidrato, o fígado continua produzindo glicose. “É por isso que ele fica hiperglicêmico”.

Experimento

Os experimentos com camundongos foram feitos com três grupos: um de controle que recebeu ração padrão (com 4% de gordura) e permaneceu magro e sedentário; um grupo alimentado com dieta hiperlipídica (35% de gordura) durante 14 semanas, ficando obeso e diabético e permanecendo sedentário; e um terceiro grupo recebeu a dieta hiperlipídica e, quando estava obeso e diabético, foi submetido a um protocolo de exercício de força moderado ao longo de 15 dias.

O treino consistia em subir uma escada com uma carga presa na cauda do animal. Diariamente, foram feitas 20 séries, com intervalo de 90 segundos entre elas, simulando um treino de musculação para humanos.

Os pesquisadores observaram que os camundongos do grupo treinado ainda estavam obesos no final do protocolo, mas tinham valores normais de glicemia em jejum. Já os obesos sedentários permaneceram diabéticos até o término do experimento.

Ao analisar o fígado das cobaias, eles notaram uma redução de 25% a 30% da gordura local no grupo treinado em comparação com os obesos sedentários. Em relação aos animais do grupo de controle, que permaneceram magros e sedentários, o índice de gordura hepática dos animais obesos e que fizeram o treinamento ainda era cerca de 150% maior.

Próximos passos

Moura diz que este é um estudo inicial do grupo de pesquisa que revela os efeitos dos exercícios com força diretamente no fígado. Tal descoberta se insere em um campo da ciência chamado de exercinas. “São substâncias secretadas pelo exercício. A partir do momento que a gente entende que o exercício físico controlado faz bem, mais adiante a gente consegue entender o que esse exercício consegue modular no nosso organismo”, explicou.

Com esse conhecimento será possível estimar substâncias estimuladas a partir do exercício. “Elevação de determinado hormônio, redução de determinada proteína e a gente consegue dar um passo adiante para tentar tratar indivíduos com essas substâncias derivadas do exercício físico”, explicou. 

O pesquisador alerta, no entanto, que não se trata de descartar as atividades físicas. “Não é que a pessoa vai poder parar de fazer exercício e tomar uma cápsula. A tentativa é de encontrar meios auxiliares para ajudar nesse tratamento da obesidade e diabetes”.

Os cuidados para evitar a hipoglicemia são fundamentais para a saúde. Esse distúrbio, provocado pela baixa concentração de glicose no sangue e que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes, tende a se agravar se não for tratado e até provocar o coma e a morte em questões de minutos.

A hipoglicemia é caracterizada pela presença de níveis anormalmente baixos de glicose (açúcar) no sangue. A glicose é a principal fonte de energia das células e é essencial para o funcionamento do organismo.

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Segundo a professora de Enfermagem Nathalie Mendes, da UNAMA - Universidade da Amazônia, a hipoglicemia é mais frequente em pacientes com diabetes. “Devido à maior variabilidade glicêmica, os diabéticos possuem uma maior tendência a manifestar essa condição e quando não tratada devidamente pode ser fatal, por isso a importância da divulgação e da conscientização sobre o assunto”.

Entre as causas da hipoglicemia destacam-se a produção exagerada de insulina pelo pâncreas, a utilização de medicamentos no tratamento de diabetes, a insuficiência hepática, cardíaca ou renal, os tumores pancreáticos, o consumo de álcool, a deficiência dos hormônios responsáveis pelo auxílio de liberação do glicogênio.

De acordo com a professora Nathalie, diante de sinais como tremores de extremidades, sudorese, sonolência e palpitações, a correção deve ser imediata. A recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes, destaca a professora, é que a pessoa faça a ingestão de carboidratos de absorção rápida, tais como um copo de 150ml de água com açúcar ou um copo de 150 ml de refrigerante. "Caso o paciente esteja desmaiado e sem suporte para fazer glicose endovenosa, é indicado esfregar uma bala de bombom na mucosa oral e procurar imediatamente o hospital”, informou.

O sinal da hipoglicemia pode ser realizado por testes de sangue para medir o nível de glicose. O profissional da saúde pode reconhecer a hipoglicemia com base nos sintomas, no histórico clínico, no exame físico e em alguns exames simples.

“A longo prazo, evita-se a hipoglicemia seguindo um cardápio equilibrado e evitando dietas rigorosas com o objetivo de emagrecimento rápido, além de obedecer aos horários das refeições. No caso de pacientes diabéticos é necessária a utilização dos fármacos prescritos corretamente”, concluiu.

Por Eva Pires.

 

O Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco está com inscrições abertas para um projeto gratuito voltado à população que possui um diagnóstico de diabetes tipo 2.

A iniciativa tem o objetivo de reduzir os níveis de glicemia e pressão arterial através do exercício físico melhorando a saúde dos pacientes com a enfermidade. Para participar do projeto, o voluntário deverá ter o diagnóstico de diabetes tipo 2, hipertensão, ter entre 40 e 60 anos e não praticar exercício físico regularmente.

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De acordo Iago Vilela, pesquisador e idealizador da iniciativa, serão oferecidos diversos exames médicos, avaliação física completa, prescrição e supervisão de um programa de exercício físico e acompanhamento de equipe multiprofissional de forma totalmente gratuita.

Ele aponta que os níveis elevados de glicose na corrente sanguínea decorrentes da diabetes tipo 2 estão associados a diversas complicações para o paciente, dentre elas as doenças cardiovasculares, principais causadoras de morte na população.

"Estima-se que pessoas com diabetes apresentam um risco até quatro vezes maior de ser acometido por alguma doença cardiovascular. Quando associado a hipertensão esse risco aumenta ainda mais", detalha o pesquisador.

O projeto é uma parceria da UFPE com a Escola Superior de Educação Física da UPE e as atividades terão duração de quatro a cinco semanas, sendo feitas uma única visita por semana. Os horários são bastante flexíveis de acordo com a rotina do paciente. Para participar, os interessados podem entrar em contato com o pesquisador pelo número (81) 991127615 ou enviar um e-mail para iagovilelad@gmail.com.

O governo brasileiro assinou hoje (26) acordo com a indústria de alimentos para reduzir o consumo de 144 mil toneladas de açúcar até 2022. Isso representa, por exemplo, uma redução de até 62,4% do açúcar presente hoje em biscoitos.

“Estamos gradativamente melhorando a saúde da nossa população”, diz o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. “Dentro do que a OMS [Organização Mundial da Saúde] recomenda, vamos buscar sempre que o cidadão tenha informação e, gradativamente, com a redução do nível de açúcar desses alimentos, eles se tornarão mais saudáveis.”

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De acordo com o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem, em média, 80 gramas de açúcar por dia, o que equivale a 18 colheres de chá. A maior parte, 64% desse consumo, é de açúcar adicionado ao alimento. Os outros 36% tratam-se do açúcar presente nos alimentos industrializados.

A meta, seguindo a recomendação da OMS, é reduzir o consumo de açúcar, por pessoa, para 50 gramas por dia, o equivalente a cerca de 12 colheres de chá de açúcar. Se possível, esse consumo deverá ser reduzido para 25 gramas, aproximadamente, 6 colheres de chá.

Segundo a OMS, o consumo de açúcar deve ser equivalente a até 10% do total das calorias diárias. Se possível, deve chegar a 5% das calorias diárias.

De acordo com o Ministério da Saúde, maus hábitos como alimentação inadequada, além de tabagismo, inatividade física e uso nocivo do álcool aumentam a obesidade em mais de 60%, o diabetes em homens em 54% e em mulheres, 28%. A estimativa de casos de câncer aumenta em 27,6% com esses hábitos.

Segundo o ministro, é necessária também a conscientização da população, que é a responsável pela adição de açúcar nos alimentos. “[O acordo assinado] é uma parte, que é papel do Estado e da indústria, procurar oferecer ao cidadão alimentos mais saudáveis para que possa evitar doenças crônicas não transmissíveis”.

Porcentagens de redução

O acordo foi firmado com a indústria brasileira que se compromete a reduzir o açúcar em cinco categorias de alimentos: bebidas açucaradas, biscoitos, bolos e misturas, achocolatados e produtos lácteos.

As metas serão monitoradas a cada dois anos e valerão para os produtos em cada uma das categorias que têm a maior quantidade de açúcar consumido pela população. Até 2022, os bolos reduzirão até 32,4%; as misturas para bolos, 46,1%; as bebidas açucaradas, 33,8%; os produtos lácteos, 53,9%; os achocolatados, 10,5%; os biscoitos, 62,4%.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Wilson Mello, os termos do acordo assinado hoje foram discutidos ao longo do último ano. Desde 2007, vários acordos com a indústria são firmados para tornar os alimentos mais saudáveis. Primeiro, de acordo com Mello, foi pactuada a redução de gordura trans, depois, do sal.

“[Vamos] movimentar toda a indústria para que reduza, dentro do maior nível possível, os índices de açúcar nos alimentos. Fizemos isso com o sódio e vamos fazer com os açúcares”, diz. “É um compromisso, assinado agora, mas é movimento que vem sendo feito nos últimos anos sob demanda do próprio consumidor”.

Assinaram o acordo o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que fará o monitoramento, a Abia, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcóolicas, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados e a Associação Brasileira de Laticínios.

A Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos irá disponibilizar gratuitamente 16 mil glicosímetros para pacientes portadores de diabetes cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade. A ferramenta possibilita ao usuário uma medição mais rápida e eficaz da sua glicose.

Além disso, os usuários poderão acessar gratuitamente o GlicoSYS WEB, um programa de monitoramento glicêmico online, que tem como objetivo beneficiar a vida do portador de diabetes.

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70 postos de saúde em Guarulhos terão profissionais para oferecer suporte aos usuários e contarão também com o programa GlicoSYS para monitorar e orientar melhor os usuários.

Uma mulher identificada como Oksana Demiyanova, de 37 anos, foi acusada de assassinar a própria filha, uma adolescente de 14 anos. Segundo informações, a acusada dizia para a menor que ela sofria de câncer e diabetes e que a única cura era através da fome. A garota acabou morrendo desnutrida, pesando 30 quilos, em sua casa que fica em Krasnokamsk, Perm, na Rússia.

Colegas da escola onde a menor estudava falaram ao site Mail Online que começaram a perceber que a adolescente estava perdendo peso e que parecia anorexa, "só pele e osso". Os detetives constataram que não havia diagnóstico médico que confirmasse o que a mãe fez a filha acreditar. Os investigadores afirmam que a adolescente era saudável. A menina perdeu tanto peso que não tinha mais forças nem para se comunicar com as pessoas. Ainda conforme publicação do site, a garota se alimentava uma ou duas vezes por semana. Um jornal local informou que um amigo da família disse que o atestado de óbito da vítima atestou que ela havia morrido de "extrema atrofia" - emagrecimento.

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A mãe, Oksana Demiyanova, foi presa e está prestes a ser julgada por "assassinato cruel". Ela nega as acusações e fala que tudo começou há dois meses quando uma amiga da filha disse que ela era gorda e a partir daí ela não queria mais comer. Oksana ratifica que não procurou uma ajuda médica por acreditar que conseguiria mudar a situação com o passar do tempo. Essas explicações não foram aceitas pelos policiais que a acusaram de negligência.

A diabetes, doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, pode afetar a saúde bucal e resultar em sérios problemas como cáries, infecções, doença gengival e até a perda de dentes.

O mais recente relatório mundial sobre a doença divulgado em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que em 2014 o número de pessoas convivendo com a diabetes era de 422 milhões, sendo que 46% ainda não tinham recebido um diagnóstico. No documento a OMS estima que em 2030 a doença seja a sétima causa de mortes no mundo.

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O especialista em implantes dentários e membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e da Academia Americana de Osseointegração, Sidnei Goldmann, alerta que muitos casos de diabetes podem ser diagnosticados dentro do consultório odontológico. “O diabético pode ter a diminuição da salivação, mais cáries, má cicatrização da gengiva, feridas, aftas e lesões pela secura da boca”. Outra condição que pode ser observada pelo dentista é o hálito. “O paciente portador de diabetes tipo 2, pode ter hálito cetônico, ou seja, com um cheiro semelhante ao da acetona. Isso acontece porque o metabolismo deles queima o açúcar e a gordura, causando esse odor”, completa Goldmann.

 Além dos problemas citados pelo especialista, o mau controle da diabetes pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças gengivais graves, provocando a perda de dentes. Nos casos em que há suspeita de que o paciente é portador de diabetes, é recomendado que o dentista realize testes de glicemia antes de iniciar qualquer procedimento odontológico.  Após a confirmação da doença, o paciente deve ter cuidados especiais com a saúde bucal, durante e após o término do tratamento com o dentista.

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