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As acusações de que o deputado André Janones (Avante-MG) promoveu um esquema de "rachadinha" em seu gabinete provocaram constrangimento no Palácio do Planalto, mas a ordem no governo, por enquanto, é manter distância do escândalo. Janones não apenas apoiou a candidatura do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, no ano passado, como montou uma campanha nas redes sociais para blindar o petista e atacar o então presidente Jair Bolsonaro.

A presidente do PT, deputada Glesi Hoffmann, foi uma das únicas vozes de peso do partido a sair publicamente em defesa de Janones. Em postagem no Twitter (antigo X), Gleisi disse que a extrema-direita "não perdoa" o deputado por sua "atuação política".

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"Janones tem todo direito de se defender das acusações lançadas contra ele", escreveu Gleisi. "Quem tem histórico de rachadinhas, fake news e desvio de dinheiro público são os que hoje atacam o deputado. Estamos solidários com ele na evidência da verdade."

O deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos vice-líderes do governo, também ficou ao lado de Janones. "Reitero as palavras de nossa presidenta Gleisi e me solidarizo com o deputado @AndreJanonesAdv, que tem feito sua defesa contra os ataques dos bolsonaristas. Fica claro o interesse de apenas desgastar quem os denuncia e não de buscar a verdade", afirmou Correia no X.

Ministros e parlamentares do PT procurados pelo Estadão, porém, não quiseram se manifestar. Um deputado do partido disse, sob reserva, que os petistas reconhecem a importância do apoio dado por Janones na campanha de Lula, mas quem tem de responder agora às acusações é ele. "Não vamos nos afogar com ele nesse lamaçal", argumentou um interlocutor do presidente.

A posição de silêncio da maioria dos petistas no episódio difere daquela adotada quando o escândalo da "rachadinha" envolveu a família Bolsonaro. As denúncias de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o próprio ex-presidente adotaram a prática são até hoje lembradas nas fileiras do PT.

Na campanha presidencial do ano passado, Lula criticou Bolsonaro e associou o nome do adversário à "rachadinha". As acusações ainda estão sob investigação do Ministério Público.

"Ele (Bolsonaro) falar que eu montei quadrilha, com a quadrilha da "rachadinha" dele, que ele decretou sigilo de cem anos?", alfinetou o então candidato do PT, em setembro. "Com a "rachadinha" da família, sabe, do Ministério da Educação com barras de ouro?", completou, numa referência à reportagem do Estadão. "Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele."

Gravação mostra Janones cobrando salário de funcionários

Janones foi acusado por dois ex-assessores de cobrar de funcionários de seu gabinete o repasse de parte dos salários recebidos. De acordo com Cefas Luiz Paulino e Fabrício Ferreira de Oliveira, a prática chegava até a 60% dos vencimentos.

Uma gravação revelada pelo site Metrópoles, mostra Janones dizendo a assessores que todos teriam de contribuir com ele, devolvendo parte de seus salários.

"Algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito", disse o deputado, na sala de reuniões do partido Avante, na Câmara, em 2019. "O meu patrimônio foi todo dilapidado. Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 (mil). Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção."

Nas redes sociais, Janones admitiu a autenticidade do áudio. O deputado afirmou, porém, que não promoveu qualquer espécie de "rachadinha" no gabinete. Segundo sua versão, o pedido de contribuição foi feito a amigos para quitar dívidas da campanha de 2016.

"Um escândalo armado, que vai caindo por terra. Bolsonaro tentou usar a máquina para me incriminar ainda durante a eleição e não conseguiu, por um simples motivo. Eu não cometi crimes", destacou Janones no X. Em resposta, a presidente do PT mais uma vez o defendeu. "A gente sabe como funciona o mecanismo da extrema direita, acusam os outros do que eles mesmo fazem, distorcem fatos e geram fake news. Toda solidariedade, companheiro", postou Gleisi.

Pressionado por empresários e pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, o governo recuou nesta quarta-feira, 22, de portaria que vetava o trabalho aos domingos e feriados sem acordo coletivo e sem uma legislação municipal específica.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a medida baixada no dia 13 deste mês vai ter uma nova redação e que passará a vigorar só em 1.º de março do próximo ano. Com isso, a portaria anterior, assinada em 2021, volta a valer. Por ela, trabalhadores de 14 categorias de comércio e serviços podem ser convocados para dar expediente sem que haja acordo prévio entre patrões e funcionários.

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O ministro afirmou em entrevista coletiva que houve "confusão" sobre a norma editada pelo ministério. Segundo ele, não havia mudança em relação ao trabalho aos domingos.

"Estamos falando de uma portaria que regula processo de funcionamento do comércio aos feriados. Ela é clara e transparente. Os domingos estão legislados pela lei. Uma portaria de 2021, essa sim contrariando a lei, deu entendimento que os feriados também não teriam necessidade (de acordo coletivo), e o patrão da loja poderia na véspera falar para (o funcionário) ir trabalhar", disse. De acordo com o ministro, o trabalho durante os feriados precisa ser regulamentado.

Segundo Marinho, houve "muita desinformação em torno do assunto". "O intuito é valorizar o espírito da negociação coletiva", afirmou o ministro do Trabalho. Ele disse ainda que estranhou o fato de os trabalhadores não terem questionado a constitucionalidade da portaria anterior.

Pressão

A decisão do governo ocorreu após a Câmara aprovar a urgência para votação de projeto de decreto legislativo que revogava a norma editada pelo Ministério do Trabalho. Com o movimento, o texto poderia ir à votação sem passar por comissões.

Ontem, o presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, deputado Domingos Sávio (PL-MG), ameaçava votar no final do dia o projeto. "Se não revogar, a nossa disposição é votar hoje (ontem)", afirmou ele, após encontro com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Antes da entrevista coletiva, Marinho teve uma reunião com representantes dos empresários e trabalhadores para discutir o tema.

De acordo com o ministro do Trabalho, até a entrada em vigor da portaria do ministério "haverá um grupo tripartite de negociação para a construção do acordo nacional, de preferência, de convenção nacional". "Até lá (1.º de março de 2024), vamos negociar. Pode ser que o texto fique igual, pode ser que seja alterado", afirmou Marinho.

O ministro disse também ter achado "estranho" a agilidade dos deputados em tentar sustar a portaria "quando demandas importantes da sociedade demoram para serem atendidas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de São Paulo aplicou, por meio do Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões à Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital, pela interrupção prolongada do serviço. No início do mês, diversas regiões da cidade ficaram às escuras após uma forte chuva. Alguns imóveis chegaram a ficar quatro dias sem luz.

Procurada, a companhia não se manifestou até a publicação desta reportagem. Na decisão, o órgão atribui à empresa o descumprimento do Código de Defesa do Consumidor devido à queda de energia por mais de 48 horas seguidas. A sanção foi imposta com base em reclamações registradas na plataforma Procon-SP Digital e em postos de atendimento presencial desde o último dia 3, quando houve o temporal.

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A empresa chegou a ser notificada e apresentou argumentos. Naquele dia, a chuva provocou a queda de árvores, que caíram sobre fios e, em alguns casos, derrubaram postes.

O governador Tarcísio de Freitas tem evitado culpar a Enel e propôs alterações no modelo de contrato firmado entre empresas do setor e a União, ente detentor do poder concedente e que firma tais acordos.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou na segunda-feira (13) para publicação no Diário Oficial, uma portaria revogando decisão de 2021, do governo de Jair Bolsonaro, que dava uma autorização permanente aos trabalhos no comércio durante feriados.

A regra anterior permitia as jornadas de trabalho desde que houvesse um acordo entre patrões e empregados registrada em cláusula no contrato de trabalho.

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A mudança volta a entendimento anterior, considerando o disposto no artigo 6-A, da Lei 10.101 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece que "é permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição".

Dessa forma, os sindicatos de trabalhadores ganham mais poder nas negociações.

A decisão vale de forma imediata.

Começou nesta terça-feira (14) a campanha Papai Noel dos Correios, uma das mais tradicionais mobilizações natalinas do país. Com mais de três décadas de existência, por meio da adoção de cartinhas, a campanha realiza os desejos de crianças em situação de vulnerabilidade social de todo o Brasil. A iniciativa segue até o dia 15 de dezembro.

As cartas escritas por crianças podem ser recolhidas em qualquer agência dos Correios e também pela internet. Quem adota uma cartinha se compromete a adquirir o presente e entregá-lo em pontos de coleta dos Correios, nas próprias agências. A empresa se encarrega de entregar os brinquedos a quem pediu.  

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Após se reunir com o presidente da estatal, Fabiano Silva, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho do governo para reforçar a campanha este ano. O objetivo é amplificar a ação, mobilizar o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada para contribuírem. No ano passado, segundo os Correios, foram mais de 260 mil cartas recebidas, mas só cerca de 187 mil foram adotadas.

“Essa campanha dos Correios dialoga com a mensagem que o governo federal pretende transmitir ao povo brasileiro. Chegou a hora de as famílias voltarem a passar o Natal juntas, chegou a hora de a gente virar a página da desavença, da intolerância. E iniciativas como essa dos Correios dialogam com a mensagem que o governo e o presidente Lula querem transmitir para a sociedade”, explicou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta.

A Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou uma reunião extraordinária nesta terça-feira (14) para a apresentação do Relatório Anual de Indicadores 2022 pela secretária de Educação e Esportes do Governo do Estado, Ivaneide Dantas. O relatório é elaborado conforme a Lei Estadual nº 13.273/2007 (Lei de Responsabilidade Educacional), que estipula a apresentação anual, até o décimo quinto dia de novembro, à Comissão de Educação e Cultura da Alepe, contendo a série histórica dos indicadores educacionais dos últimos quatro anos. A secretária abordou indicadores relacionados à alfabetização, matrículas, abandono escolar, fluxo escolar, docentes, programas, escolaridade, rendimento escolar e infraestrutura.

Em 2022, a rede estadual contava com 1.055 escolas e 559 mil alunos matriculados, representando 26% das outras redes de ensino, mantendo-se constante nos últimos quatro anos. As escolas de referência cresceram de 369 em 2019 para 518 em 2022, e as escolas técnicas aumentaram de 44 em 2019 para 58 em 2022. “A gente constatou que até 2022 houve um avanço importante na política pública de educação em Pernambuco nos últimos anos, embora o quadro seja muito complexo e as dificuldades sejam grandes, mas avanços aconteceram, atestados pelos números apresentados. Precisamos agora garantir que esses avanços continuem, que não haja retrocesso, e que esses números avancem ainda mais”, disse o presidente do colegiado, deputado Waldemar Borges.

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A quantidade de professores efetivos foi de 18.390, enquanto os temporários totalizaram 19.033. A taxa de analfabetismo permanece em 11% desde 2018. “Precisamos corrigir problemas que persistem como a taxa de analfabetismo. Estamos vendo que há uma dificuldade de melhorar expressivamente essa situação. A questão dos números de professores temporários também ainda é muito grande. Há um avanço em questões importantes como a evasão escolar, mas não podemos relaxar, nem cruzar os braços porque estamos diante de uma política pública da maior importância e que enfrenta ainda muitos problemas”, completou Borges.

O presidente da Comissão reforçou o compromisso de acompanhar e colaborar para a melhoria da educação no estado. Ele destacou a importância de manter programas premiados, como o Ganhe o Mundo. Além da secretária de Educação, participaram da reunião representantes de entidades educacionais e parlamentares, todos comprometidos com o avanço contínuo do sistema educacional em Pernambuco.

O Governo de Pernambuco antecipou a publicação do edital do concurso público para a Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado. Os dados do certame, previstos para serem divulgados no dia 13 de novembro, foram publicados no Diário Oficial deste sábado (11). Estão sendo ofertadas um total de 3.360 vagas, sendo 300 vagas para Oficial da Polícia Militar, 60 para Oficial do Corpo de Bombeiros Militar, 2,4 mil para Praça da Polícia Militar e 600 vagas para Praça do Corpo de Bombeiros Militar. Juntando os concursos da Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Científica, a administração estadual está abrindo 4.019 novas vagas nas forças de segurança do Estado.

A empresa organizadora do concurso será o Instituto AOCP e as inscrições começam nesta segunda-feira (13) e seguem até o dia 13 de dezembro de 2023. As provas serão realizadas no dia 21 de janeiro de 2024 para os cargos do Corpo de Bombeiros Militar e no dia 28 de janeiro de 2024 para os cargos da Polícia Militar de Pernambuco. 

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"Estamos fazendo a nossa parte, com muita organização, planejamento, investimento e trabalho para proteger a vida das pernambucanas e pernambucanos e de todos aqueles que vivem em Pernambuco ou visitam nosso Estado. A realização dos concursos para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, que acontece no âmbito do Juntos pela Segurança, é mais um passo nesse sentido. Tenho certeza que as forças de segurança estaduais ganharão novos servidores comprometidos em zelar pelo bem-estar da população. E não vamos parar aqui, pois estimamos um investimento de R$ 1 bilhão no setor de segurança até o fim de 2026", declarou a governadora Raquel Lyra.

As provas do concurso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros serão realizadas de forma regionalizada nas cidades de Recife, Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão. No município sertanejo, as provas serão apenas para os cargos de Praça da Polícia Militar e Bombeiro. 

Para a secretária de Administração, Ana Maraiza, a diretriz dada pela governadora é de que todos os esforços sejam feitos no sentido de fortalecer a segurança pública em Pernambuco. “A antecipação da divulgação do edital mostra o compromisso do governo Raquel Lyra em ampliar o quadro de servidores da segurança pública. Dessa forma, vamos garantir à população o incremento nas ações desse segmento”, pontuou.

VAGAS - Além das 3.360 vagas para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, a gestão estadual anunciou, no último dia 6 de novembro, que vai realizar concurso público para o preenchimento de 214 vagas para a Polícia Científica. Serão 77 vagas para o cargo de agente de medicina legal, 60 para médico legista e 77 para perito criminal. Por sua vez, o concurso da Polícia Civil, cujo edital deverá ser publicado no dia 15 de dezembro e com previsão de provas em fevereiro de 2024, terá 445 vagas, sendo 250 para o cargo de agente de polícia, 150 para escrivão e 45 para delegados. A Polícia Penal também foi contemplada e, desde o início de 2023, a gestão estadual já empossou 338 policiais penais aprovados em um concurso de 2021.

INFRAESTRUTURA - O Governo de Pernambuco também tem cuidado da infraestrutura e logística da segurança pública. Na última sexta-feira, foram entregues 44 novas viaturas para a Polícia Civil. Elas se somam a outras ações, como a entrega de 724 novas viaturas para a PM, 20 para a Polícia Penal, além de 7 mil coletes balísticos para policiais militares e 1 mil para os policiais civis.

Após revisão do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), o Ministério da Saúde liberou R$ 56.364.215,01 para melhoria da capacidade de atendimento dos centros transplantadores do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada nesta segunda-feira (6), no Diário Oficial da União, com efeitos financeiros retroativos ao mês de setembro.

Os recursos vão ampliar o orçamento destinado a transplantes de órgãos e de medula óssea, de forma progressiva, podendo os centros transplantadores receberem acréscimo financeiro de 40% a 80%, conforme novos indicadores de volume, qualidade e segurança.

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Segundo o Ministério da Saúde, a revisão do programa, instituído em 2022, mostrou falhas nos indicadores, metodologias e métodos estabelecidos anteriormente, e “tais problemas poderiam impedir o aporte adequado de fundos aos serviços”, informou a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes, por meio de nota.

Com a nova classificação, os centros transplantadores, que atuam pelo SUS há mais de dois anos consecutivos e ininterruptos, terão acesso ao aporte conforme a modalidade de transplante e os pontos adquiridos após a revisão do Qualidot.

A nova classificação dos estabelecimentos já havia sido divulgada em portaria, do dia 14 de setembro, quando também foram estabelecidos os percentuais financeiros de 40%, para classificação de nível E, até 80%, para os estabelecimentos classificados como nível A.

De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro a agosto de 2023, o Brasil avançou 9,5% no número de transplantes, com 18.461 órgãos transplantados, incluindo córnea e medula óssea, em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram realizados 16.848 procedimentos. O aporte financeiro deve melhorar a assistência aos pacientes antes e pós-transplante, além de impactar o tratamento de intercorrências após os procedimentos.

As Centrais Estaduais de Transplantes e a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes serão os órgãos responsáveis por monitorar, a cada ano, os serviços dos centros transplantadores que atuam no SUS.

As avaliações dos procedimentos poderão ainda impactar na classificação dos centros de transplante, conforme os processos de assistência passem por melhorias e haja avanços tecnológicos que justifiquem novas revisões nos indicadores e metas.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, culpou os partidos que integram o Centrão pela substituição de mulheres do governo por homens. Em entrevista ao Broadcast Político, a ministra declarou que a presença feminina na gestão não é uma decisão "única e individual" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e evitou questionar a demissão da presidente da Caixa, Rita Serrano.

"Nós temos que perguntar por quê quem pediu o lugar da Caixa não indicou uma outra mulher. Porque eu não acho que seja uma decisão única, sozinha e individual do presidente Lula", declarou à reportagem. "A decisão é do presidente da República. Eu não vou questionar nem comentar."

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Neste ano, o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães virou réu por assédio sexual a funcionárias da instituição. A ministra afirmou que o governo federal tem espaços para discutir esse tipo de caso e combater assédios.

Na esteira das indicações de mulheres por Lula, o chefe do Executivo precisa escolher um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria da então presidente da Corte, Rosa Weber. De acordo com o petista, o gênero não será um critério para sua escolha. A ministra afirmou que é difícil comentar as decisões do presidente, mas que Lula tem "seriedade" para tomar as decisões que lhe cabe.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

O governo lançou na quarta-feira, 25, a iniciativa "Brasil Sem Misoginia", que contou com a participação inclusive da primeira-dama, Janja da Silva. Quais devem ser as ações dessa iniciativa? Como ela vai funcionar na prática?

A iniciativa tem como objetivo entender a sociedade, como funciona e combater o ódio contra as mulheres. Pensamos sobre a razão do aumento do feminicídio, da violência sexual e da violência política de gênero. Decidimos trabalhar para enfrentar a raiz do problema, que é o ódio contra as mulheres. Essa nossa proposta não é em hipótese nenhuma, por exemplo, determinar o que cada empresa privada vai fazer. Nós temos que estabelecer com elas parcerias, como campanhas com funcionários. São ações que estão sendo propostas pelas empresas e instituições e vão estar sendo orientadas pelo Ministério das Mulheres.

Vai ter algum tipo de responsabilização ou multa para as empresas que não seguirem algumas regras impostas pela iniciativa?

Não, a ideia não é essa. A ideia é que as empresas entrem [na iniciativa] e nos ajudem a construir um Brasil sem misoginia. A gente não pensou em multa, punição. A proposta desse caso não é punição, é a gente trabalhar no sentido de sensibilizar o Brasil inteiro de que não podemos aceitar o ódio.

No início do ano, o governo lançou um grupo de trabalho para elaborar uma Política Nacional de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres. O que se concluiu desse grupo de trabalho? Houve algum avanço em relação ao tema?

Estamos fechando o relatório e no final de novembro, começo de dezembro, vamos lançar o relatório e mostrar quais são as políticas que nós, do Ministério das Mulheres, entendemos que precisam ser adotadas, seja pelo governo, seja pelo Legislativo, seja quem for para diminuir a violência política de gênero no País.

Neste ano, o presidente Lula também sancionou a lei de igualdade salarial às mulheres e homens que exercem a mesma função. Para o ano que vem, qual deve ser o foco da pasta?

A gente está na fase do grupo de trabalho. Ainda estamos discutindo porque um dos processos que nos permitiu aprovar a lei no Congresso Nacional foi que nós iríamos ouvir os empresários, ouvir dos trabalhadores. Estamos falando com diversos setores. A lei da Igualdade é super importante pelo relatório de transferência, pelas multas, mas ela também é uma estratégia em que nós temos a possibilidade de mudar a cultura organizacional das empresas e das instituições brasileiras. A gente espera que no final do ano, início do ano [de 2024], já esteja pronto.

Como estão sendo essas conversas com as empresas?

As empresas têm preocupações. O que estamos ouvindo são preocupações, com relação aos relatórios, dados. Preocupações que ao meu ver são naturais de qualquer legislação nova a ser implementada. A outra coisa que as empresas têm medo é de ter uma lista das empresas que não apoiam a igualdade. Mas são preocupações. Eu não diria que é porque elas não querem cumprir.

Na quarta-feira, 25, o presidente Lula anunciou a demissão da então presidente da Caixa, Rita Serrano. Ela, inclusive, é a terceira mulher trocada pelo governo por um homem. Como a senhora viu a demissão da Rita? Vale lembrar que a Caixa é uma instituição que tem histórico de assédio sexual, com o antigo presidente Pedro Guimarães.

Nós estamos em um governo de coalizão e geralmente em um governo de coalizão o presidente, o governador ou o prefeito se elege, mas muitas coisas têm que ser negociadas. A segunda questão é que nós temos que perguntar o porquê quem pediu o lugar da Caixa não indicou uma outra mulher. Porque eu não acho que seja uma decisão única, sozinha e individual do presidente Lula. Tem uma série de correlações de forças que estão pautadas e estão colocadas. Eu tenho discutido que isso está vinculado à decisão, por exemplo, a questão da cota de 30% do Congresso, que é perdoar as dívidas dos partidos que não cumpriram as cotas. Então nós vamos perguntar aos partidos: "Vocês não têm mulheres?" Porque eu acho que têm. Eu conheço várias [mulheres] que têm capacidade e condições de estar em qualquer lugar. Não foi o presidente Lula quem indicou o novo ministro do Esporte nem indicou o novo presidente da Caixa. Acho que a gente precisa tomar esse cuidado. Porque nós precisamos responsabilizar quem nós temos que responsabilizar.

Mas a senhora não acha que o presidente Lula, como presidente da República, poderia ter conversado com líderes do Centrão para conseguir um nome de mulher de consenso com os partidos?

A decisão é do presidente da República. Eu não vou questionar nem comentar.

Com a indicação de um presidente homem para a Caixa, Carlos Vieira, e diante do histórico de assédio sexual que a instituição já passou, a senhora tem algum receio em relação a novos escândalos de assédio sexual?

Nós temos um grupo de trabalho no governo federal para discutir justamente o assédio sexual na esfera do governo federal. Nos preocupa todo assédio sexual em qualquer órgão. Mas por isso que desde o 8 de março, todos os pedidos que cabem no governo federal, nós estamos fazendo para evitar o assédio sexual na esfera do governo.

A senhora conversou com a agora ex-presidente da Caixa?

A gente respeita muito a trajetória pessoal e individual da Rita. A Rita é uma pessoa que, em 10 meses de governo, fez muita coisa de política das mulheres junto com a gente no 8 de março. Ela trabalhou incessantemente dentro da Caixa pela questão da equidade de gênero. Sim, sou solidária, as outras ministras também serão, mas nós precisamos dar um tempo para que ela de fato possa ter condições de nos atender ou, quando quiser, nos ligar. Eu liguei sim. Ontem [quarta-feira, 25] eu falei com ela, mas nós não conversamos sobre isso. A gente conversou sobre outras coisas

A senhora lamenta a saída de Rita Serrano do governo?

Eu acho que era uma profissional. Qualquer grande profissional, a perda é difícil.

O presidente Lula já fez declarações que não terá como principal princípio na escolha para um novo ministro do STF a questão de gênero. Com a indicação de um homem, a Corte terá apenas uma mulher, que é Cármen Lúcia. Como a senhora vê isso?

É difícil para mim como ministra ficar comentando decisões do presidente. Ele teve 52 milhões de votos e tem seriedade para tomar as decisões que lhe cabe. A declaração que eu tinha ouvido é que o presidente não vai levar em consideração única e exclusivamente a questão de gênero. Tem uma série de elementos que ele vai ter que considerar na decisão dele, porque não é uma decisão só porque é mulher. Mesmo que seja uma mulher é porque na sua área tem competência, tem condições para poder estar ali. Se vai ser uma mulher ou não, cabe a ele decidir.

O governo federal entregou, nesta segunda-feira (23), 1.651 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo. A cerimônia foi realizada simultaneamente com a participação - por videoconferência - do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia em Brasília. 

“Todo mundo fica feliz quando tem uma casa porque a casa é um sonho, ou seja, a casa é a construção de um ninho e todo mundo deseja ter o seu ninho. É a certeza de ter um lugar fixo para sua família morar, de construir relação de amizade. E eu sei o orgulho, a sensibilidade, o carinho que as pessoas têm de receber uma casinha pequena e podem, com o tempo, ir aumentando, fazendo um quartinho a mais, um puxadinho, porque isso dá cidadania às pessoas, dá decência”, disse o presidente, lembrando quando conseguiu comprar sua casa própria. 

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“Quando eu entrei na minha casinha de 33 metros quadrados, o amor que eu tinha com a minha família [...], eu era feliz porque era minha, era meu chão, era meu pedaço, era meu ninho”, afirmou. “Então, tudo o que a gente puder fazer para que as pessoas mais humildes nesse país, para que as pessoas que trabalham, que vivem do seu trabalho, que levam comida para casa com seu trabalho, que levam o salário para sustentar a sua família, não podem pagar aluguel, nós temos que garantir que essas pessoas tenham direito a um patrimônio público que é a sua casa. A casa e a educação são dois valores que toda alma feminina e masculina deseja ter no Brasil”, acrescentou. 

Varanda e biblioteca

O ministro das Cidades, Jader Filho, que acompanhou o presidente na videoconferência, anunciou que, a pedido de Lula, todos os apartamentos a serem construídos pelo programa terão varanda e as localidades contarão com biblioteca.  

“E eu tenho uma novidade pra lhe trazer, presidente, nós conversamos com a Academia Brasileira de Letras, com o presidente [da entidade] Merval Pereira, nós fizemos um acordo e, em primeira mão, aqui dizendo pro senhor que essas bibliotecas vão vir já com os livros, pra que a gente possa incentivar a leitura dos idosos, das crianças, de todas aquelas pessoas que queiram ler”, anunciou o ministro. 

Lula destacou a importância desse incentivo. “É uma necessidade de a gente ver as nossas crianças lendo, incentivar a ler, incentivar que quem tenha livro possa doar. O que nós não queremos é criança com arma, é criança fazendo violência, praticando e aprendendo violência. Nós queremos estudando, criança na escola, porque o maior orgulho que tem o pai ou a mãe é tá morando numa casinha, ver seus filhos estudarem numa escola próxima e acompanhar o crescimento dessa criança até, se um dia Deus ajudar, essa criança chegar na universidade”, disse. 

Em Maceió, capital de Alagoas, foram entregues 384 unidades habitacionais do Residencial Mário Peixoto Costa I e II, divididos em dois módulos de 192 apartamentos. O empreendimento teve investimento total de R$ 30,7 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O ministro dos Transportes, Renan Filho, participou presencialmente da entrega das chaves. 

Na cidade de Santa Maria da Vitória, na Bahia, foram entregues 250 casas no Conjunto Habitacional Alto Paraíso. O conjunto teve investimento total de R$ 18,4 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esteve na cerimônia na cidade baiana. 

Em Aracruz, no Espírito Santo, foram entregues as casas do Residencial Barra Riacho I a VI. São 537 unidades, construídas com R$ 37,5 milhões em recursos do FAR. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizou a entrega das chaves nesta segunda-feira. 

Por fim, em São Vicente, no estado de São Paulo, foi realizada a entrega dos módulos 1 a 4 do Residencial Tancredo Neves, com 480 apartamentos. O investimento foi de R$ 59,6 milhões com recursos do FAR. São os últimos módulos de um total de 17 empreendimentos. O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, visitou previamente o empreendimento e fez uma entrega simbólica das chaves na sexta-feira (20). 

Nessa última localidade, especialmente 179 famílias que foram atingidas por um incêndio na Vila Gilda, uma das maiores comunidades sobre palafitas do Brasil, receberão as chaves das suas novas moradias. O incêndio aconteceu em 4 de setembro deste ano em Santos. A entrega é fruto de um acordo entre os municípios de Santos e São Vicente. 

Retomada

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado pelo governo federal em fevereiro, com as novas regras sancionadas em julho. O programa de habitação tem como meta contratar dois milhões de novas unidades até 2026.

O Ministério das Cidades já entregou mais de 12 mil unidades habitacionais e foram autorizadas as retomadas de obras de mais de 19 mil outras. A previsão é de que até dezembro sejam entregues 21 mil unidades e retomadas as obras de 35 mil. 

O programa - criado em 2009 no segundo governo do presidente Lula - tem o objetivo de promover o direito à moradia a famílias residentes em áreas urbanas e rurais, sobretudo da população mais carente, associado ao desenvolvimento urbano e econômico. 

Desde a criação, esse programa entregou 1,5 milhão de moradias do Faixa 1, totalmente subsidiadas pela União. E 5,8 milhões de unidades habitacionais já foram entregues ou financiadas por meio da modalidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Regras

Em sua nova versão, o Minha Casa, Minha Vida atende famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil em áreas urbanas; e renda anual bruta de até R$ 96 mil em áreas rurais. O programa abrange tanto as famílias da Faixa 1, aquelas com renda de até R$ 2.640 em áreas urbanas ou renda anual de R$ 31.680 em áreas rurais, quanto a classe média. 

Os beneficiários da Faixa 1 poderão ser atendidos com unidades habitacionais subsidiadas e financiadas. Já os beneficiários das Faixas 2 e 3 poderão ser atendidos com unidades habitacionais financiadas, em imóveis com valores de até R$ 350 mil. 

Entre as novidades está a isenção de pagamento de prestações para os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) enquadrados na Faixa 1 do programa.

Também foi reduzido o número de prestações para quitação de contrato - de 120 para 60 meses - no caso das unidades contratadas pelo Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), além da redução da contrapartida de 4% para 1% para aquelas do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). 

Pelas novas regras, as taxas de juros do financiamento do imóvel foram reduzidas para a Faixa 1. Para as famílias cotistas com renda de até R$ 2 mil mensais a taxa passou de 4,25% para 4%, para quem vive nas regiões Norte e Nordeste. Para quem vive nas demais regiões do país, a taxa passou de 4,50% para 4,25%. Já os juros para as faixas 2 e 3 do programa têm limite máximo de 8,66% ao ano, no âmbito da habitação popular.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que abre crédito suplementar no valor de R$ 1.296.794.736 dos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Os recursos serão direcionados para cinco ministérios: da Agricultura e Pecuária, da Educação, de Minas e Energia, da Saúde, e da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A medida, aprovada pelo Congresso Nacional, foi publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União

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O Ministério da Saúde receberá R$ 500 milhões (38,55% dos recursos), para reforçar o custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial, no âmbito do Fundo Nacional de Saúde. Já os valores do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, 35,85% do total, serão direcionados para administração direta da pasta (R$ 40 milhões) e para apoio de projetos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) (R$ 425 milhões).

O Ministério da Educação ficou com 21,40% dos recursos para reforço do orçamento de universidades e institutos federais (R$ 173,92 milhões), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) (R$ 101,57 milhões) e do Colégio Pedro II (R$ 1,77 milhão), entidade federal de ensino médio localizada no Rio de Janeiro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária recebeu 3,5% dos valores (R$ 42,29 milhões) para fomento ao setor agropecuário e o Ministério de Minas e Energia ficou com 0,7% (R$ 9,25 milhões), que será utilizado na Agência Nacional de Mineração (ANM), para despesas de contratos administrativos e atualização do SIG Áreas, o atual Sistema de Controle de Áreas de Mineração.

Confira aqui, no item Unidades Orçamentárias, o detalhamento da distribuição dos valores.

Os recursos estão sendo remanejados do orçamento aprovado para outros órgãos federais e não haverá aumento de despesas. De acordo com o documento, o valor tem origem nas incorporações de superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, no valor de R$ 259.896.975, e de excesso de arrecadação no valor de R$ R$ 17.357.966. Além disso, houve anulação de dotações orçamentárias no valor de R$ 1.019.539.795.

Uma ferramenta robô desenvolvida por partidos da oposição observou que apenas 22% dos deputados costumam votar contra as propostas defendidas pelo governo Lula na Câmara. Só 112 dos 513 parlamentares seguem como opositores ferrenhos e ainda fiéis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O levantamento indicou que um em cada cinco deputados votam majoritariamente contra o atual governo. O estudo acompanhou 27.953 votos feitos do início do ano até o dia 10 de outubro. 

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O partido mais fiel a Bolsonaro é o Novo, que conta com apenas três representantes e possui um índice de alinhamento nas votações de 90,5%. O Republicanos elegeu 41 nomes, mas apenas três deputados são fiéis ao ex-presidente. O próprio partido da família Bolsonaro, o PL, reúne 81 fiéis, mas precisam lidar com nove apoiadores da situação e 10 independentes.

Entre os dois lados aparecem 34 parlamentares independentes, correspondente a 6% da Câmara. Com maior quórum nas votações, 391 deputados (74%) costumam seguir os alinhamentos do governo Lula. O partido mais fiel ao atual presidente é o PCdoB, com índice de 99,2%, seguido pelo PT do presidente Lula, com 99%.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à política ambiental da gestão Jair Bolsonaro (PL) ao anunciar respostas à crise das queimadas que há três dias encobrem com uma fumaça densa a região metropolitana de Manaus e colocaram a capital do Amazonas como uma das cidades com a pior qualidade do ar no mundo. Nos últimos dias, parlamentares da oposição têm destacado um aumento no número de incêndios florestais na região neste mês em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, no acumulado do ano, observa-se uma tendência de redução.

Diante do agravamento das queimadas e dos ataques da oposição, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, foram escalados para apresentar em Brasília nesta sexta-feira, 13, as medidas de combate à crise. O governo anunciou a mobilização de mais de 300 brigadistas para enfrentar os incêndios que afetam a região. O problema tem sido registrado há cerca de 15 dias. Manauaras têm sofrido com riscos de problemas respiratórios e até de visibilidade em decorrência da extensão da fumaça oriunda de focos de queimada.

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A oposição a Lula aproveitou o caso para criticar Marina e a política ambiental do governo petista. Na rede social X (antigo Twitter), o senador Flávio Bolsonaro (PL) destacou o aumento no número de focos de queimadas e atribuiu o fato ao governo atual. "Sob Lula, as queimadas em outubro aumentaram 148% em relação ao ano passado, no Amazonas. Lula não tem política ambiental, apenas política de sucateamento!", escreveu. Os números apresentados pelo político provêm da plataforma World Air Quality e têm algumas diferenças em relação aos números oficiais.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas registrou um recorde de 2.770 focos de queimadas entre 1º e 12 de outubro deste ano, o maior número já registrado para esse mês. Comparativamente, o mês inteiro de outubro de 2022 teve 1.503 focos - 45% menos do que os primeiros doze dias de outubro deste ano. Apesar disso, a tendência geral na região é de queda, com um decréscimo de 10% nos focos de queimadas de janeiro a outubro de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o desmatamento na região também apresentou redução.

Alguns membros da oposição escolheram focar suas críticas na ministra Marina Silva. Um exemplo disso é o deputado federal Osmar Terra (MDB), que compartilhou um vídeo em seu perfil no X, no qual uma parlamentar do Amazonas questiona a ministra do Meio Ambiente. Osmar é ex-ministro da Cidadania da gestão Bolsonaro. Outros políticos bolsonaristas, como o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB), atribuíram a intensificação da crise no Amazonas ao governo Lula. "Chega a ser um absurdo! A Floresta Amazônica pegando fogo e os rios secando (...) Lula finge que não é com ele", escreveu.

Situação é adversa por falta de planejamento da gestão Bolsonaro, diz Marina.

Durante a coletiva de imprensa desta sexta, a ministra Marina Silva esclareceu que o governo federal vai atuar em parceria com os Estados para combater os focos de queimada na região Amazônica. Ele classificou o cenário como sendo de "extrema gravidade", e atribuiu parte das dificuldades a gestão anterior. "(A situação é adversa) porque nós não tínhamos esse planejamento no governo anterior (do ex-presidente Jair Bolsonaro). Nós assumimos o governo agora, mas procuramos ser previdentes, contratando as pessoas no tempo certo", afirmou.

Marina defendeu ainda as ações do governo Lula na área de meio ambiente, como a edição de uma medida provisória para assegurar recursos adicionais destinados às iniciativas de combate ao desmatamento e às queimadas. "Mesmo com uma redução de 64% no desmatamento no Estado do Amazonas, ainda temos uma situação bastante difícil. Imagine se tivéssemos mantido o padrão que tínhamos no ano passado". A ministra explicou que "não existe fogo natural na Amazônia" e que o "principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento".

Também nesta sexta, o secretário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou que a pasta articula com o governo do Amazonas a suspensão do registro do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de imóveis com focos de calor e incêndio sem autorização.

Por sua vez, o ministro Waldez Góes afirmou que "não é muito dizer que a política de prevenção no Brasil foi basicamente abandonada nos últimos seis anos (durante as gestões Michel Temer e Jair Bolsonaro)". Segundo ele, houve uma diminuição significativa dos recursos financeiros, do orçamento disponível e da força de trabalho nos órgãos responsáveis por prevenir e combater as crises ambientais. Gradualmente, essas instituições foram perdendo sua capacidade de atuação, avalia o ministro.

Ele disse também que os órgãos encarregados da resposta às crises foram especialmente afetados. O ministro afirma que no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, apresentado pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, havia apenas R$ 25 mil alocados para a área de resposta, o que, na sua avaliação, era claramente insuficiente. "Se não fosse a articulação do presidente Lula em aprovar a PEC da Transição, você imagina como nós estaríamos fazendo a respostas à sociedade brasileira diante dos eventos que têm ocorrido", afirmou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou a ministros que mobilizem equipes e se coloquem à disposição dos Estados de Santa Catarina e Amazonas e das prefeituras locais para remediar os danos causados por conta de eventos climáticos. O pedido ocorreu nesta quinta-feira, 12, em videoconferência realizada pelo presidente.

Em publicação no X, antigo Twitter, Lula disse que o governo tem dedicado "atenção especial" aos Estados, com a presença de técnicos, secretários, ministros e repasses de recursos.

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"Determinei aos ministros que todas as equipes estejam mobilizadas e à disposição dos governos estaduais e das prefeituras", escreveu o presidente. "O Governo Federal está atento, presente e atuando para atender a população e remediar os danos causados pelos extremos climáticos", finalizou a publicação.

Lula se reuniu com os ministros nesta manhã, às 9h30, de forma remota, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. De acordo com a agenda, participaram os ministros José Múcio (Defesa), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom), Celso Amorim (Assessor-Chefe da Assessoria Especial do presidente) e Marco Aurélio Marcola (Chefe do Gabinete Pessoal do presidente).

Segundo a Secom, também foi debatida a repatriação de brasileiros em Israel.

O Estado do Amazonas enfrenta a quarta pior seca que se tem registro desde o início da série histórica, há mais de um século, e diversos municípios entraram em estado de emergência. Na terça-feira, 10, o Rio Negro, que banha Manaus, atingiu a cota de 14,29 metros.

Enquanto isso, em Santa Catarina, chuvas intensas atingem a região há quase duas semanas. No Estado, já são registradas mortes e milhares de pessoas desabrigadas.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou editais para três órgãos associados, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Comaden), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI). Serão oferecidas 166 vagas de nível superior no total.

Comaden

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O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Comaden) anunciou a abertura do edital voltado para contratação de 24 profissionais Serão 17 vagas do cargo de tecnologista pleno e 7 para função de pesquisador adjunto.

A seleção será por meio de provas objetivas e prova prática. Os profissionais aprovados irão receber salários de até R$ 14.274,53. As inscrições começam no dia 23 de outubro a 23 de novembro, sob taxa de R$ 160,00, pelo site do Instituto AOCP.

INPE

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) terá 93 novas vagas em concurso, sendo 44 para pesquisadores em ciência e tecnologia e 49 para carreira de desenvolvimento tecnológico. Os salários podem variar de R$ 11.186,69 a R$ 16.134,86.

Segundo o edital, as inscrições abrirão no dia 31 de outubro e seguem até às 16h do dia 4 de dezembro. Interessados podem se inscrever de forma virtual, no site da Fundação Getúlio Vargas, mediante pagamento de taxa, R$ 110,00 a R$ 160,00. A seleção será por meio de etapas como provas objetivas, provas discursivas, provas orais e defesa pública de memorial.

CTI

O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) é o terceiro órgão com edital lançado para contratação de 49 profissionais, sendo 46 para tecnologistas e 3 para pesquisadores. Os aprovados receberão remuneração de até R$ 9.962,64.

Os participantes serão avaliados por provas objetivas e prova oral, além de defesa pública de memorial para o cargo de pesquisador. As inscrições podem ser feitas entre 9 e 28 de novembro, pela página virtual da organizadora. Os inscritos terão que pagar taxa de R$ 130,00 a R$ 190,00.

O governo brasileiro estima retirar 900 brasileiros de terça-feira (10) até sábado (14) que estão em Israel e na Palestina, informou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.

“Estamos coordenando as listas com o Ministério das Relações Exteriores”, disse o comandante em entrevista nesta segunda-feira (9).

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De acordo com o Itamaraty, a prioridade é a repatriação de quem mora no Brasil ou não tem passagem aérea de volta. Até o momento, 1,7 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao Brasil, em razão do conflito entre Israel e o grupo Hamas iniciado no fim de semana. A maioria é de turista que está em Israel. Três brasileiros continuam desaparecidos.

"Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar", diz nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Foram reservadas seis aeronaves para a retirada dos brasileiros. O segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou a Base Aérea de Brasília nesta segunda-feira. O KC-30 decolou às 16h20 rumo à cidade de Roma, na Itália. De lá, ele seguirá para Tel Aviv, em Israel.

O primeiro, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, saiu do Brasil na tarde do domingo (8) e já está na capital italiana, devendo decolar em direção a Tel Aviv até esta terça-feira (10).

Faixa de Gaza

Em relação aos brasileiros que estão na Faixa de Gaza, região mais afetada pelo conflito, o governo prepara um plano de evacuação, coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo (Egito).

“O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo”, diz nota do ministério.

O Itamaraty estima que ao menos 30 brasileiros vivem na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e em localidades na zona de conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira já tinha reunido, até este domingo, informações de cerca de 1 mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil. 

Conflito

No terceiro dia de conflito, Israel convocou 300 mil reservistas, realizou mais de 2 mil bombardeios à Faixa de Gaza e impôs um bloqueio à região, impedindo a entrada de comida, água e combustível, em reação aos ataques armados do Hamas, movimento islâmico que controla Gaza. 

Já o Hamas disse que irá executar reféns israelenses para cada bomba disparada por Israel que atingir civis. Segundo o grupo, são mais de 100 prisioneiros.

Desde sábado (7), quando o Hamas iniciou os ataques, foram identificados mais de 1.500 mortos, sendo 900 em Israel e 600 em Gaza. Os feridos somam 5 mil.

Os secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu ajuda humanitária internacional aos civis palestinos na Faixa de Gaza e o fim dos ataques a Israel e aos territórios palestinos ocupados.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, solicitou a intervenção das Nações Unidas para impedir "agressão israelita em curso”. Segundo ele, é preciso prevenir uma situação de catástrofe humanitária, sobretudo na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs um governo de união nacional, com a participação de líderes de oposição. Ele destacou que as ações são apenas o início da retaliação ao Hamas.

* Com informações da TV Brasil e da Agência Reuters

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou, nesta segunda-feira (9), que o governo federal vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto para corrigir um trecho da lei que instituiu o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo Marinho, a mudança que será proposta com o projeto de lei é que os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário poderão sacar o saldo restante caso sejam demitidos.

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Pela regra atual, o trabalhador que realiza o saque-aniversário não pode sacar o saldo do FGTS em caso de demissão.

O ministro classificou essa regra como uma injustiça criada pela lei e que o projeto a ser encaminhado não vai tratar do fim do saque-aniversário - apesar de ele defender que essa modalidade acabe.

"Vamos encaminhar ao Congresso um PL corrigindo somente uma injustiça que ele trouxe. Não vamos falar de fim do saque-aniversário, a não ser que o Parlamento assim entenda, o que eu acho que seria louvável, e preservar na íntegra o fundo do trabalhador", afirmou o ministro.

E completou: "O trabalhador, quando é demitido, não sabia lá atrás, porque os bancos não informaram, que se for demitido não poderá sacar o saldo. Então o trabalhador tem 30 mil reais, se fez empréstimo de 10 mil, se for demitido teria direito de sacar os 20 mil. Mas ele não pode sacar por dois anos e pouquinho, pela lei criada. Isso nós vamos mandar para corrigir."

Marinho disse ainda que o FGTS Digital, uma nova forma de gestão integrada do fundo, representará uma redução de até 34 horas de trabalho por mês das empresas com o recolhimento dos valores.

"Estamos criando o FGTS digital. Temos 4 milhões de empregadores no Brasil. Com essa inovação de gestão do fundo, vamos trazer uma economia em média de 34 horas por mês que as empresas vão economizar com a nova sistemática do FGTS digital", disse o ministro.

Os depósitos, afirmou o ministro, poderão ser feitos por Pix e os trabalhadores terão mais transparência em todo o processo.

Pesquisa CNT/MDA divulgada na manhã desta terça-feira (3), mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado como ótimo ou bom por 40,6%, enquanto 27,2% analisam a gestão como ruim ou péssima. A avaliação negativa aumentou em relação ao levantamento anterior.

Para 24,7% dos entrevistados, a administração petista é boa. Outros 15,9% veem o governo como ótimo. Entre os que avaliam o "Lula 3" de forma negativa, 18,9% acham a gestão péssima e 8,3% ruim. Outros 30,1% acreditam que o governo é regular. Não souberam ou não responderam, são 2,1%.

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O levantamento desta manhã apontou que a avaliação positiva do governo apresentou uma queda, enquanto a negativa aumentou. A última pesquisa divulgada, de maio deste ano, apresentava o governo avaliado como positivo em 43,1% dos entrevistados, enquanto 24,6% possuíam percepção negativa sobre a gestão.

A percepção sobre a imagem pessoal do presidente também apresentou uma queda na avaliação favorável. Segundo o levantamento, 54,9% aprovam o desempenho de Lula à frente do Executivo contra 39% que desaprovam. Na pesquisa de maio deste ano, 57,4% aprovavam o desempenho pessoal do petista.

Para 46,4% dos entrevistados, Lula está sendo melhor que seu antecessor, Jair Bolsonaro. Por outro lado, 21,7% acreditam que o governo Lula está semelhante ao governo de Bolsonaro, enquanto 29,1% avaliam que o petista vai pior que o antecessor. Outros 2,8% não souberam avaliar.

A percepção de que Lula está sendo melhor que Bolsonaro praticamente se manteve estável em comparação ao levantamento de maio. Já a percepção de que o governo petista está pior que o governo do ex-presidente aumentou cerca de dois pontos porcentuais.

Realizada entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro , a pesquisa CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas em todo Brasil. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

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Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Mudança de horário

Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

“Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas residências se chama climatização”, destaca o professor Freitas.

Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma questão de hábito da população do que pela necessidade do setor elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com esse horário”.

O estado de São Paulo é considerado um dos grandes mercados de viajantes do Brasil. Dados do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens de SP, apresentam que o setor possui resultados positivos por fechar 2023 com a marca de R$ 276,5 bilhões em movimentação financeira em comemoração ao Dia Mundial do Turismo, na última quarta-feira (27). 

O Governo do Estado de São Paulo anunciou também as 210 vagas abertas para cursos gratuitos em gestão pública e agenciamento. Os primeiros passos da Academia do Turismo foram colocados pela Setur-SP com o objetivo de promover o empreendedorismo e conhecimento em turismo. Além de oferecer 33 mil empregos no estado neste ano, o setor da atividade turística é responsável por uma parte do PIB do estado, chegando a 9,2% e, é considerado um dos melhores resultados nos últimos cinco anos.  

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As mais de 200 vagas estão acessíveis em cursos presenciais de curta duração nas cidades no qual foi identificada a falta de produção e oferta de vaga profissional. Os três cursos são resultados de uma parceria das secretarias estaduais, instituições de ensino, associações de classe, hotéis, bares, restaurantes e empresas do setor. Os cursos também estão direcionados às dificuldades enfrentadas por 52 segmentos que estão relacionados ao setor. 

“A força do turismo pode ser ainda maior se considerarmos que temos uma carência de mão-de-obra acentuada pela pandemia. A qualificação é uma necessidade urgente”, disse em nota o secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.

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