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Bruno Gagliasso compartilhou na internet algumas fotos da sua visita ao terreiro Ilê Axé Opô Aganjú, localizado na Bahia, ao lado do babalorixá Daniel de Paulo e da mãe de santo Fabiana de Paula,  foi alvo de comentários preconceituosos. A postagem recebeu mais de seis mil comentários, alguns deles carregados de intolerância religiosa. Alguns seguidores do artista chegaram a discutir sobre o assunto.

Na publicação, Gagliasso celebrou sua ida ao Ilê e demonstrou todo seu respeito e carinho aos zeladores da casa. “A felicidade de bater cabeça e tomar a bênção de quem há tanto tempo cuida de mim e da minha família. Viva Pai Balbino e Mãe Fabiana de Paula”. 

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Entre algumas respostas de admiração e congratulação pela manifestação do ator, alguns comentários apareceram com tom intolerante. “Sangue de Jesus tem poder”; “Deus tenha misericórdia”; “Pena Gagliasso, quem morreu na cruz por você foi Jesus”; “Deus é mais, prefiro não ter nada na vida mas tenho Deus todo poderoso”.

Os fãs do ator saíram em sua defesa e alegaram que "intolerância religiosa é crime". O próprio Gagliasso chegou a responder a alguns comentários contrários à sua sé, mas limitou-se a desejar “axé” para aqueles com opinião diversa à sua. 

Denunciando intolerância religiosa e racismo institucional, uma servidora pública do município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi às redes sociais relatar que descobriu ser alvo de denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na última quarta-feira (22). Elayne Viana, de 31 anos, que é psicóloga e coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Vila Roca e candomblecista, foi denunciada por “fazer rituais da sua religião” no ambiente de trabalho, durante o expediente. 

Na queixa, foi anexada uma foto de Viana, na qual ela aparece utilizando o turbante e uma guia. A guia é um colar utilizado pelos filhos (abiãs) de um determinado ilê ou casa de candomblé, e que representa o orixá “guia” de determinada pessoa de fé. No Brasil, a liberdade de culto e expressão é direito constitucional garantido, acobertado também através da Lei 9.459/2007 de Intolerância Religiosa. 

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LeiaJá teve acesso ao documento que formalizou a denúncia ao MPPE. O denunciante solicitou anonimato, justificando que é uma pessoa que trabalha no CRAS. A priori, a denúncia foi feita somente à ouvidoria do órgão, mas no dia seguinte a gerente de Elayne soube do pedido ao MP. 

“A coordenadora Elaine, do CRAS VILA ROCA, no município do Cabo de Santo Agostinho, tem feito no ambiente de trabalho e no horário de trabalho rituais de sua religião. Sempre compostos por velas, incensos, imagens, flores. Não suportamos mais. E isso quando se encontra no local. A mesma nunca cumpriu horário de trabalho, nem de chegada, nem de saída, muitas vezes quando vai para o almoço não retorna. Um absurdo”, diz a queixa. Elayne nega qualquer comportamento inadequado além da manifestação individual de sua fé.

Elayne Viana, de 31 anos, alega ser vítima de racismo institucional. Foto: Reprodução/Instagram

Também ex-presidente do Conselho de Igualdade Social do Cabo, a denunciada afirma estar ciente dos próprios direitos e também possuir articulação com o Movimento Negro de Pernambuco. Elayne, já sob orientação, deve argumentar racismo na resposta ao Ministério Público, que deve ser feita pela Secretaria de Programas Sociais do município, dentro de um mês. “Me informaram que vão construir uma resposta ao MP, dentro do prazo de 30 dias, e a resposta que será construída será com base na intolerância religiosa e racismo institucional”, contou Elayne ao LeiaJá.  

E continuou: “É um caso explícito de racismo institucional, religioso e intolerância religiosa. Até quando nós de comunidades tradicionais vamos precisar passar por isso? Começa com uma denúncia e depois levamos uma pedrada na rua. Isso quando não morremos”. 

LeiaJá entrou em contato com a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho no sábado (25), para entender como a gestão deve se manifestar em seu retorno à denúncia; e também com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em busca de um esclarecimento sobre como as questões de manifestação religiosa dos servidores públicos do estado são cobradas, uma vez que a denúncia foi aceita pela instituição.

O MPPE respondeu que "a manifestação encontra-se na Promotoria de Justiça na Defesa do Patrimônio Público do Cabo de Santo Agostinho porque a questão apresentada diz respeito a possíveis faltas funcionais por descumprimento da carga horária". 

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Na última semana, o cantor Latino participou de uma entrevista em um podcast. O artista disse no programa que o seu macaco morreu em 2018 por conta de um trabalho de matriz africana, que ele intitulou de 'macumbaria': "Nessa parada de centro espírita, nesse bagulho de macumba, os caras fazem trabalhos pesados pra infernizar a vida do outro. E aí fizeram um trabalho, sei lá, de ebó… Sei lá que p**rra que chama essa merd* de 'macumbaria'". Depois que falou sobre o assunto, o artista acabou sendo alvo de notícia-crime por intolerância religiosa.

Segundo informações do G1, a denúncia feita na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) partiu da Secretaria Municipal de Cidadania do Rio de Janeiro. Átila Nunes, secretário da pasta, criticou a postura de Latino. "É lamentável que uma pessoa pública use o seu espaço na mídia para propagar uma mensagem preconceituosa e que contribui para alimentar a intolerância contra as religiões de matriz africana", disse.

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"Não podemos ignorar o que aconteceu ou normalizar uma ofensa à crença do próximo", completou. De acordo com o código penal, é crime cometer intolerância religiosa. A pessoa que se enquadrar nesse caso terá que pagar uma multa, além de cumprir pena de detenção de um mês a um ano. 

Um pastor foi indiciado, nessa quarta-feira (24), pelo crime de intolerância religiosa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ). O acusado postou um vídeo nas suas redes sociais onde quebrava alguidares - peça utilizada em rituais e trabalhos religiosos -, garrafas de oferendas e ofendia a religião do candomblé. 

Segundo a polícia, após o vandalismo o dirigente do terreiro de candomblé registrou o fato na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e as diligências começaram. Os agentes analisaram o vídeo em que o pastor quebrou oferendas, ofendeu a religião e ouviram depoimentos da vítima e do autor e realizaram perícia. 

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O caso ocorreu dia 7 de janeiro. No vídeo o pastor afirma estar praticando o ato “em nome de Jesus”. A investigação constatou que o fato foi motivado por intolerância religiosa e o acusado foi indiciado pelo crime.

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O Dia Mundial da Religião é comemorado nesta quinta-feira (21). No Brasil, a data também celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi instituído em 2007 pela Lei n° 11.635/2007, em homenagem a Iyalorixá dos Santos, também conhecida como Mãe Gilda, vítima de preconceito religioso.

Mãe Gilda foi uma ativista social que participou de inúmeros movimentos para melhorar o bairro Nova Brasília de Itapuã, em Salvador (BA). Por pertencer ao candomblé, ela recebeu diversos ataques, como agressões físicas e verbais, de devotos da Assembleia de Deus. Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, com a saúde fragilizada pelos acontecimentos.

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O ocorrido com Mãe Gilda ilustra a intolerância religiosa, preconceito ainda presente nos dias de hoje. A psicóloga e bacharel em direito Doné Conceição d'Lissá, de Duque de Caxias (RJ), da religião candomblé Djeje Mahim, relata que, nos últimos dez anos o templo religioso que lidera foi alvo de ataques. "Foram vários incêndios provocados e três carros incendiados. Fomos alvos de tiros, e, no último ataque, ficamos um ano inteiro sem poder funcionar, porque foi tudo destruído", lembra.

Apesar de o Ministério Público e a Delegacia Local agirem diante do ocorrido, não foi possível identificar os autores dos crimes. "Acredita-se que a motivação foi devido à intolerância religiosa, que eu chamo de racismo religioso, pois se não tivéssemos professando em uma religião de negros, muito provavelmente não teríamos tanta animosidade", declara Doné.

De acordo com a Legislação Brasileira, o preconceito religioso tem crime previsto na Lei de nº 9.459/1997, que pode resultar em pena de até três anos de reclusão e pagamento de multa.

A origem da intolerância religiosa e como deve ser combatida

No Brasil, o sincretismo religioso atua por meio do catolicismo português e as tradições africanas e indígenas. "Historicamente, houve desde o princípio da formação da sociedade brasileira, a violência religiosa por imposição das crenças dos colonizadores, primeiramente aos povos indígenas e, depois, aos africanos, que se tornaram escravos em nosso país", destaca o doutor em Teoria do Direito e Teologia e professor da Faculdade Arnaldo de Belo Horizonte (MG) Luciano dos Santos.

De acordo com dados registrados pelo Disque 100, número criado para denúncias de violação aos Direitos Humanos, em 2019, os casos de preconceito religioso tiveram aumento de 56%. Os praticiantes de religiões de matriz africana foram os que mais registram queixas. Segundo Santos, as agressões surgem pela sensação de ameaça, insegurança e tentativa de intolerantes para garantir a verdade defendida por determinada crença.

O teólogo lembra que muitas das agressões não partem da religião, mas do fiel e da maneira como ele interpreta a doutrina religiosa. "O fundamentalismo representa a atitude do crente, que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista. A partir deste posicionamento, o fiel que se sente portador de uma verdade absoluta não consegue viver e conviver com outra verdade, tendo por efeito a intolerância religiosa", explica.

Por conta do preconceito religioso, o indivíduo despreza aqueles que possuem outras crenças e se comporta de maneira agressiva. "Por resultado prático, surgem os conflitos religiosos e suas vítimas, como exemplo, o aumento das agressões verbais e físicas com os praticantes do candomblé e da umbanda na sociedade brasileira", descreve Santos.

Desde 1890, o Brasil é considerado um estado laico, ou seja, imparcial em relação às questões religiosas, o que concede ao cidadão brasileiro o direito de escolher qualquer crença. "Nenhum cidadão é obrigado a seguir uma religião ou tornar-se vítima por viver uma religião diferente de seu grupo social. A liberdade religiosa é um direito e faz parte da dignidade humana. É uma garantia inviolável à liberdade de consciência e de crença", afirma o teólogo.

Segundo Santos, para superar esse preconceito, é necessário o diálogo social de maneira civilizada, que visa criar uma cultura de paz e respeito, diante do pluralismo religioso. Isso possibilitaria o respeito a todas as crenças. O teólogo explica que parte dessa educação deve vir dos líderes religiosos, que devem educar os seus fiéis a respeitar a crença do próximo. "O diálogo é um dos caminhos privilegiados para o aprendizado com o diferente. Entendemos que a família e a escola devem promover a permanente educação ao diálogo, e o compromisso ao respeito às liberdades de crenças dos indivíduos", recomenda.

Anitta usou seu perfil oficial no Twitter, na madrugada desta sexta (13), para pedir respeito por sua religião: o candomblé. Após rumores de que ela estaria escondendo uma suposta raspagem nos cabelos por motivos religiosos, a cantora decidiu falar sobre suas escolhas espirituais e pedir pelo fim da intolerância religiosa.

A artista já havia desmentido, nas redes sociais, que teria raspado os cabelos por conta de uma obrigação religiosa mas decidiu voltar ao tema aproveitando para criticar o jornalismo tendenciosos. “As notícias tendenciosas que fazem pra fazer parecer que estou escondendo minhas crenças só me faz ter mais vontade de falar sobre o assunto. Até mesmo quando tentam provocar dizendo que eu só devo aparecer no barracão uma vez ou outra.... (ai ai viu... rs)", disse.

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Dentro do candomblé, Anitta é ekedi, pessoa designada a auxiliar os orixás quando em terra; em grande parte das linhas candomblecistas ekedis não precisam raspar os cabelos. A cantora aproveitou o ensejo para pedir respeito por sua religião e falar sobre intolerância religiosa. “Sempre frequentei os dois (candomblé e igreja católica) até me identificar mais com o candomblé e seguir me dedicando o quanto posso dentro da minha rotina. Mas tenho curiosidade, respeito e admiração por todas as religiões e gostaria que todos também tivessem com a minha".

Uma atriz, educadora social e candomblecista, moradora de Olinda, perdeu a guarda da filha de nove anos após o pai da criança ter denunciado que a menina sofria de maus tratos. O Conselho Tutelar foi acionado e providenciou o afastamento da criança de sua mãe após receber as denúncias. Segundo a defesa da mulher, o caso tem caráter de intolerância religiosa, uma vez que o denunciante colocou a religião praticada pela mãe, o Candomblé, como um dos motivos para que a filha deixasse sua casa. 

Segundo a advogada da mulher, Camila Antero, o pai da criança teria feito afirmado ao Conselho Tutelar que a menina estava sofrendo de maus tratos na casa da mãe, sendo agredida pelo padrasto e que estaria com os dentes infestados de larvas. Além disso, o homem também colocou a religião da família, o Candomblé,  como motivo para que a menina se afastasse da mãe. “Ele disse que não tem nada contra a religião mas que acha que não é um lugar para criança estar”, disse em entrevista ao LeiaJá. 

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Ainda de acordo com Camila, o pai da menina teria afirmado que os rituais da religião de matriz africana envolvem a ingestão de sangue animal, e por esse motivo, não concorda que a filha frequente o terreiro. Tal prática, no entanto, não é verdadeira. “Existe uma questão que afeta nosso povo, nós somos do Candomblé e foram veiculadas inverdades com caráter de intolerância religiosa”. A advogada afirmou que exames dentários foram realizados na criança comprovando que sua saúde bucal estava íntegra. 

No entanto, um pedido de guarda foi deferido ao pai da criança sem que a outra parte - a mãe e até mesmo a criança -,  tenha sido ouvida, conforme explica Camila. Um pedido de revogação dessa guarda já foi apresentado e o processo corre em segredo de Justiça. O LeiaJá tentou contato com o Conselho Tutelar, mas não obteve resposta até o fechamento dessa matéria. 

Por nota, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) disse que, ao atuar na ação, baseou-se em indícios de provas e documentos de informações de negligência apresentados pela parte interessada. "Não foi alegado nos autos da ação que a criança sofria maus-tratos por frequenter terreiro de candomblé", diz o MPPE.

O órgão destacou que o processo segue tramitando em segredo de Justiça para decisão final da guarda, que pode confirmar ou reverter a decisão provisória. O MPPE requisitou no parecer um estudo social do caso por equipe multiprofissional do Tribunal de Justiça. "Eventuais questionamentos religiosos não foram absolutamente levados em consideração e nem serão, para a decisão da ação de guarda. O que será levado em consideração é o bem-estar da criança", reforçou o Ministério Público. A mãe da menina também foi procurada mas encontra-se em um ritual religioso e, sendo assim, não foi possível contactá-la. 

Na última sexta-feira (14), a Justiça de São Paulo devolveu à manicure Kate Ana Belintani a guarda de sua filha, retirada após uma denúncia ter sido feita pela iniciação da adolescente ao Candomblé, sob alegação de maus-tratos. O caso aconteceu na cidade de Araçatuba, interior do estado. 

A menina de 12 anos ficou com sua avó materna depois da denúncia anônima levar à perda da guarda. A avó, que é evangélica, também teria feito uma denúncia alegando que a menina era maltratada e sofria abusos sexuais. 

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As denúncias levaram conselheiros tutelares e policiais militares ao terreiro Ilê Axé Egbá Araketu Odê Igbô, onde mãe e filha estavam e tentaram explicar que não podiam deixar o local durante a realização do ritual. Mesmo assim elas foram levadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde os exames não identificaram hematomas ou lesões. 

Decisão judicial 

Em seu depoimento, a adolescente afirmou que participava do ritual por vontade própria, fato que foi levado em consideração pelo juiz junto ao exame de corpo de delito e a uma manifestação do Ministério Público contra a retirada da guarda. Assim, o parecer determinou que a garota poderia voltar para casa. 

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A mãe que perdeu a guarda de sua filha adolescente após denúncias de maus-tratos porque a menina estava fazendo sua iniciação no Candomblé se pronunciou e prometeu recorrer da decisão. O caso aconteceu na cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo (SP).

“Estou tentando de todas as formas trazer ela para casa. Não consigo mais dormir. Só choro esperando ela voltar para casa", disse a mulher em uma entrevista à TV Tem. Ela também afirma acreditar que o juiz que decidiu pela perda da guarda não sabia que a motivação das denúncias de maus-tratos era de origem religiosa.

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A jovem estava com a cabeça raspada, o que faz parte do rito religioso de iniciação, mas segundo a mãe a menina estava de acordo com tudo e consentiu o corte. Atualmente, ela está sob os cuidados de sua avó materna, que é evangélica. 

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A ialorixá, mestra de coco e comunicadora popular, Beth de Oxum, usou seu perfil no Instagram para fazer um longo desabafo. Acusada de intolerância religiosa, ela se defendeu e explicou a fala que motivou suas acusações, proferida durante o evento Lula Livre, no último dia 17 de novembro, no centro do Recife.

Segundo relato de Beth, ao fazer sua participação no palco do festival, ela aproveitou para fazer um discurso político direcionado a alguns pastores evangélicos. "Por causa dessa fala, acusam-me de forma leviana e desonesta de intolerância religiosa. Pastores que se declaram abertamente fundamentalistas, pasmem, estão inquietos e raivosos, dizendo que blasfemei contra todos os adeptos do evangelho", escreveu.

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A ialorixá explicou que é admiradora de diversos sacerdotes de religiões diferentes da sua e que suas críticas são direcionados à uma "elite branca". " Repudio essa elite classista, branca, de cunho machista, que nos exclui da posse de ser quem somos, falar o que queremos, lutar pelo o que é nosso e nunca ter medo de nada. Não tenho vontade de mídias e holofotes e muito menos estou procurando por visibilidade na luta dos outros para ampliar um eleitorado. Mas, diante da manipulação de minhas intenções, não tenho como me calar", disse.

Ela complementa: "Nós, negros, somos um povo que sofre diariamente com o ódio religioso incitado por radicais fundamentalistas. Essa intolerância com as religiões de matriz africana está na televisão recorrentemente".

Por fim, Beth de Oxum deixa uma sugestão: "Ao invés de discutir teologia, líderes políticos deveriam apresentar projetos de lei para a segurança pública no Estado de Pernambuco, para a Região Metropolitana do Recife e interior: o medo assola a população pernambucana, e colabora com a perpetuação de poucos no poder. Se preocupem mais com os projetos para melhoria do nosso estado, do que com falsas e inúteis intrigas religiosas ou acusações descabidas".  

Nos comentários da postagem, Beth recebeu a solidariedade e apoio de seus seguidores. Entre eles, o vereador do Recife Ivan Moraes Filho, que disse: "Estamos juntos, querida companheira!"; e do DJ Patrick Torquato, que postou: "Estamos com você Beth!". 

Os registros de intolerância religiosa são comuns Brasil afora, mas no Rio têm uma característica particular: passaram a envolver traficantes e evangélicos. Após ataques a terreiros de umbanda e candomblé na Baixada Fluminense, a polícia identificou o mandante e, na semana passada, prendeu oito traficantes acusados de integrar seu grupo, o chamado Bonde de Jesus.

Segundo a polícia, o mandante é Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP), um dos criadores do Bonde de Jesus, vertente inédita da intolerância religiosa no Estado. Estima-se que existam hoje 200 terreiros sob ameaça. Os casos são investigados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), criada em 2018.

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Investigações apontam que a peculiar relação entre religiosos e criminosos aconteceu depois que a cúpula do TCP foi convertida por uma igreja neopentecostal. Há informações, ainda não confirmadas, de que Peixão teria sido ordenado pastor. Trata-se de uma característica específica dessa facção, não sendo reproduzida nem pelos demais grupos de traficantes nem por milicianos.

"A situação de intolerância sempre existiu, mas tivemos uma piora quando indivíduos ligados à cúpula de uma facção resolveram se converter", afirma o delegado da Decradi, Gilbert Stivanello. "Eles distorcem a doutrina religiosa e agridem outras religiões, sobretudo as de matriz africana." As principais lideranças evangélicas do Rio condenam os ataques.

Conversão. Um dos primeiros a se converter foi Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, há cerca de quatro anos. Ele era o chefe do tráfico no Morro do Dendê, Ilha do Governador, até ser morto pela polícia em junho. Outros, como Peixão, se converteram depois.

"Alguns deles se converteram dentro do presídio", diz Stivanello. "Eles viveram uma experiência distorcida da conversão, se tornando ‘bandido de Jesus’, como se isso fosse um ato de fé. Se pararmos para pensar, não é muito diferente do terrorismo islâmico. É difícil mesmo entender a lógica", afirma.

Coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileira, Célia Gonçalves Souza diz que o problema da intolerância é nacional, mas que, de fato, vem ganhando contornos específicos no Rio, sobretudo pela penetração de evangélicos no sistema carcerário. "No Rio, esse problema é muito escancarado e o narcopentecostalismo só tende a crescer. E passa pela questão das penitenciárias, onde há uma entrada muito grande dos neopentecostais."

Na Baixada Fluminense, traficantes passaram a ditar regras dos terreiros, como horários das cerimônias e uso de fogos de artifício e fogueiras. Eles também proíbem as pessoas de andarem com roupas brancas ou de santo nas ruas. As invasões a terreiros são cada vez mais frequentes, com destruição de oferendas e imagens sagradas.

Há uma semana, o terreiro Ilê Axé de Bate Folha, em Duque de Caxias, foi invadido por traficantes - no 10.º caso da região. Eles quebraram todas as imagens e oferendas e ameaçaram de morte a mãe de santo, que está fora do Estado, na casa de parentes.

"O ataque aconteceu num sábado de casa cheia. Eles entraram com violência, mandando todo mundo sair e quebrando tudo", contou uma testemunha. "O terreiro está fechado. Tiramos tudo de lá e não aconselhamos ninguém a voltar." Segundo a mesma testemunha, outros religiosos fecharam os terreiros e se mudaram.

"Qualquer ataque com contornos de destruição do sagrado tem caráter de racismo religioso", diz a defensora Livia Cásseres, do núcleo contra a desigualdade racial da Defensoria Pública. "À violência que já existe contra essas religiões - que têm uma série de direitos negados -, se soma agora a do varejo de drogas. Mas a violência contra elas é permanente desde a época colonial." Por isso, para Livia, a solução passa por diferentes esferas.

Alerta. A gravidade da situação fez com que, em julho, fosse realizada uma reunião com membros da umbanda e do candomblé, lideranças evangélicas, e representantes da Polícia Civil, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

O pastor Marcos Amaral, da Comissão Contra a Intolerância Religiosa, destaca que a denominação "evangélicos" abrange um segmento grande de religiosos, com posicionamentos diferenciados. Já o pastor Neil Barreto, da Igreja Batista Betânia, afirma que "a intolerância é o ápice da ignorância". "E a única solução para a ignorância que produz intolerância é a educação. Precisamos de uma campanha de educação e conscientização em todas as comunidades de fé."

Três perguntas para Ivanir dos Santos, Babalaô

O babalaô Ivanir dos Santos recebeu no mês passado, em Washington, o Prêmio Internacional de Liberdade Religiosa entregue pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Santos é coordenador da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e organizador da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que é realizada há 12 anos, em Copacabana, no Rio.

1. Como foi receber esse prêmio internacional em um momento em que aumentam os ataques a terreiros, em especial no Rio?

Esse prêmio, na verdade, vem reconhecer e legitimar a luta pela causa da liberdade religiosa, contra o racismo, de respeito aos direitos humanos. Estamos passando por um momento muito difícil. E não tem como pensar em intolerância sem pensar em racismo e preconceito contra grupos minoritários.

2. As religiões de matriz africana sempre foram alvo de preconceito. O que mudou agora?

Sim, secularmente, elas sempre foram perseguidas: na Colônia e no Império, pela Igreja Católica; na República, pelo Estado; e nos últimos 30 anos, por grupos neopentecostais e, mais recentemente, por traficantes evangelizados. São traficantes que se dizem evangélicos.

3. Existe uma vertente racista nesse preconceito?

Sim. No Brasil temos um preconceito disseminado na sociedade, virou um comportamento social baseado, fundamentalmente, no racismo. As tradições de origem africana sofrem preconceito. O mesmo pensamento se reflete também no samba, na capoeira, na congada. Manifestações culturais de identidade africana são frequentemente relacionadas ao demônio.

Depois que a atriz Luana Xavier acusou Xanddy de intolerância religiosa por ele não ter citado a palavra candomblé enquanto cantava a música "Raiz de Todo Bem", no último domingo (4), durante um show no Rio de Janeiro, o vocalista do grupo Harmonia do Samba quebrou o silêncio e resolveu se pronunciar sobre o burburinho.

Na sua conta do Instagram, Xanddy declarou que não tem preconceito com nenhuma religião, e que mesmo assim não teve a intenção de machucar ninguém. "Fui acusado de ser intolerante religioso e exposto na internet, onde pessoas que não me conhecem intimamente, estão, infelizmente, reduzindo o meu caráter de forma irresponsável e tóxica", escreveu.

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"Eu respeito e amo o ser humano seja ele católico, espírita, umbandista, candomblecista, judeus, budistas, evangélico... Acima de tudo procuro respeitar a história, particularidade e trajetória de todos, aprendendo a cada dia. [...] De qualquer forma, peço perdão se ofendi alguém. Do fundo do meu coração, acreditem, não houve intenção de machucá-los. Que Deus abençoe a todos!!!", finalizou.

Na publicação, o artista baiano recebeu o apoio da esposa, Carla Perez, e da amiga Anitta. "Todo mundo sabe que sou do batuque e tá lá Xanddão cantando na minha casa todo ano. Deu esse abraço gostoso aí em meu guia do candomblé e a festa seguiu com gente de todo tipo. Tinha amigo da igreja, do axé, família da mamãe católica. E enquanto escrevo isso pra você coincidentemente escuto a música 'Me ajude a melhorar', do Eli Soares, que é uma das minhas músicas favoritas, principalmente quando quero rezar", comentou Anitta.

Confira o pronunciamento de Xanddy na íntegra:

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No último domingo (4), no Rio de Janeiro, o grupo baiano Harmonia do Samba foi anfitrião da "Festa Oxente!". Entre as pessoas que foram curtir o evento, estava a atriz Luana Xavier. O que parecia ser um show tranquilo, na verdade, terminou em decepção para Luana.

Praticante da Umbanda, Luana, que é neta da também atriz Chica Xavier, usou o seu perfil no Instagram para criticar Xanddy, vocalista do Harmonia. Na postagem, ela declarou que ficou decepcionada com o cantor, o acusando de intolerância religiosa durante a apresentação da canção "Raiz de Todo Bem", do músico baiano Saulo.

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"Um desrespeito sem tamanho. Se por questões religiosas, morais ou seja lá o que for, ele não pode pronunciar a palavra 'Candomblé' então deveria tirar essa música do repertório. Simples assim. fica aqui o meu apelo... apelo de alguém que sempre admirou o trabalho dele: Respeite o nosso sagrado! Respeite a nossa fé! Principalmente você que canta 'respeite quem pôde chegar aonde a gente chegou'. Se não pode pronunciar a palavra Candomblé, retire a música do seu repertório", escreveu.

Recebendo o carinho da cantora Teresa Cristina, Luana Xavier ganhou o apoio dos seus seguidores na rede social. "A turnê do moço chama 'oxente', as roupas que usam são 'africanas' e ele não pronuncia a palavra candomblé. Alguém precisa contar pra ele!", ironizou um dos internautas. Com a sua conta do Instragram mencionada por Luana, Xanddy não se pronunciou sobre o assunto.

Confira:

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A polícia francesa desmantelou um grupo de ideologia neonazista acusado de planejar ataques contra locais de culto judaicos ou muçulmanos - informaram fontes judiciais.

Cinco pessoas do grupo, "de ideologia próxima ao movimento neonazista", foram acusadas entre setembro e maio por um plano de ataque "de contornos imprecisos".

"Locais de culto judaicos, ou muçulmanos", foram mencionados por este grupo, relata uma fonte próxima ao caso.

O processo começou após um inquérito judicial aberto em 8 de setembro por infrações à legislação sobre as armas e o indiciamento de um primeiro suspeito, colocado em prisão provisória, indicou a fonte judicial.

Outros dois homens, um deles menor de idade, foram indiciados em outubro.

"As investigações permitem supor que alimentavam um projeto, de contornos imprecisos, de passar ao ato violento para atacar um local de culto", declarou a fonte judicial.

Em janeiro, as autoridades recorreram à unidade antiterrorista do Ministério Público de Paris.

Um juiz especializado em questões de terrorismo assumiu o comando das investigações por "uma acusação complementar de associação criminosa terrorista, transporte, posse e fabricação de artefatos explosivos em relação a uma organização terrorista, além de posse não autorizada de armas".

Outros dois indivíduos, um deles menor de idade, foram detidos e acusados em 23 de maio por "associação criminosa terrorista" e colocados em liberdade sob controle judicial.

A atriz Juliana Paes, que está gravando a todo vapor a novela "A Dona do Pedaço", voltou a ser criticada pelos internautas. Depois de declarar apoio à reforma da Previdência, Juliana não foi vista com bons olhos nas redes sociais ao publicar uma foto tietando Paula von Sperling, vencedora da 19ª edição do Big Brother Brasil.

Juliana resolveu apagar a foto com Paula do seu perfil no Instagram após ser detonada por alguns seguidores. "Triste com sua posição. Sinceramente, te admiro muito. Não acredito que apoia esse povo", comentou uma pessoa. "Poxa, Ju, que decepção, dando espaço para alguém que ofendeu a tua própria religião, além das frases racistas", comentou outra. Interagindo com um dos fãs, a morena se pronunciou sobre o caso.

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"Não sei o que foi dito por ela, nem preciso saber! Se foi ofensivo, ela mesma terá a chance de aprender e se retratar, se assim julgar necessário...A vida está aí pra isso! Aprender...E afinal, quem sou eu pra julgar? Ela me tratou com carinho e eu retribuí na justa medida! Sigo a máxima de Chico Xavier: 'Aos outros, eu dou o direito de ser como são, a mim o dever de ser cada dia melhor'", declarou.

A edição 19 do Big Brother Brasil chegou ao fim na noite desta sexta-feira (12) e teve como vencedora a mineira Paula Von Sperling, que depois de 3 meses confinada saiu da casa levando o prêmio de R$ 1,5 milhão, para alegria de uns e desgosto de outros. Durante sua trajetória no programa, a participante protagonizou diversos momentos polêmicos, entre comentários preconceituosos, principalmente em relação as religiões de matrizes africanas, e comportamentos considerados ‘debochados’.

Fora da casa, houve inclusive, abertura de processos por racismo, realizado pelo colega de confinamento, Rodrigo França, e intimação policial para que preste depoimento sobre seu comportamento discriminatório, que deve ocorrer nos próximos dias.

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Logo depois da divulgação do resultado o nome de Paula já estava entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Uma das primeiras a se manifestar foi a campeã da edição passada Gleici Damasceno, que disse por meio de postagem no Twitter: "Isso é sintoma de uma sociedade adoecida. Não sei o que tá acontecendo com a galera". Ela disputou o prêmio com o refugiado sírio Kaysar Dadour.

Os dois finalistas de 2018 eram o oposto da Paula. Passaram boa parte do programa discutindo temas de relevância social, exemplificando realidades da Síria, em guerra, e da periferia do Acre, de onde Gleici veio. Há quem discorde, afirmando que entretenimento não é espaço para o politicamente correto. 

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Já a ex-participante e professora universitária Mara Telles postou nas redes socias: ““Ousadia e Audácia” na Paula #bbb? Onde! É campeã na mesmo semana em que o Humorista Danilo Gentil foi condenado por sua “liberdade de expressão” de ofender pessoas! E as palavras equivocadas da moça são tratadas como “ousadia”! Preconceito agora é “Ousadia”, criticando o discurso do apresentador Thiago Leifert à vencedora do BBB19.

Quem também se manifestou sobre o resultado da noite passada foi o Youtuber Felipe Neto, ele afirmou que mesmo sem assistir o programa sabia do que os participantes comentavam dentro da casa e tuitou: “Contudo, estou zero surpreso com o resultado. É só mais um reflexo do que se tornou o Brasil”.

A final do BBB foi ao som de Ivete Sangalo e logo em seguida os ex-participantes se reuniram para a festa de encerramento realizada em um hotel do Rio de Janeiro. Mas nem só em festa terminou o Big Brother Brasil. De acordo com informações do portal de notícias UOL, os integrantes que ficaram conhecidos como “Gaiola” retiram-se do local assim que Paula chegou, sendo criticados pelos fãs da mineira que estavam presentes.

Poucas horas após a instalação da estátua em homenagem a Mãe Stella de Oxossi, inaugurada na terça-feira (9), em uma avenida de Salvador, um jovem evangélico condenou a escultura e é acusado por internaudas de intolerância religiosa.

O homem chamado Diogo Nobre postou em sua rede social um vídeo de pouco mais de quatro minutos em que ele aparece na frente da escultura criticando a instalação na via que também leva o nome da Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá, a avenida Mãe Stella de Oxóssi, que liga a avenida Luís Viana Filho (Paralela) à orla de Stella Maris.

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Diogo começa o vídeo dizendo que passava pela região e observou que percebeu quando funcionários da Prefeitura de Salvador finalizavam a montagem de obra. "Deus queria que o povo mudasse o seu comportamento, mas o povo continou a edificar obras de ouro e prata. A bíblia diz que aqueles que adoram a imagem se tornam semelhantes a eles", falou. 

Ele continua a gravação falando sobre suas 'visões da verdade na terra'. "Existe uma entidade chamada de Tranca Rua. E o senhor ministrou meu coração que aqui foram feitos sacrifícios para travar o caminho das pessoas. Eu estava buscando a presença de Deus e consegui sentir a ira de Deus. Ele estava dizendo 'eu vou balançar a cidade de Salvador, vou balançar as lideranças de Salvador'".

O homem destaca entre palavras religiosas que a obra não deveria existir. "O diabo e o reino das trevas acha espaço para isso aqui. Eu creio que o sangue de Jesus está sendo derramado por essa região", disse. 

Pouco tempo depois da publicação, muitos internautas ficaram revoltadas com o vídeo e entidades da sociedade civil de Salvador já prometem acionar a Justiça para que as medidas cabíveis contra intolerância religiosa sejam tomadas. 

"O vídeo já foi enviado para Ministério Público e as providências serão tomadas. Peço a vocês que evitem agressões verbais contra o rapaz do vídeo para que nós não perca o nosso ônus (SIC). A mitologia africana não tem nada baseado na mitologia protestante. São religiões adversas onde cabe cada um respeitar. Deus é um só independente da língua ou dialetos", reposndeu o internauta Denilson Moreira na publicação.

Em outro comentário, Lucas Vinícius declarou que a gravação nada mais é que preconceito e ódio "É uma incitação velada! O que um cara vai fazer perto do monumentos dedicado a uma outra religião senão for afrontar? Você escutou o que ele disse? Ele citou o nome de Maria Stela no início do vídeo e no final orou para que não tenha acidentes, falando inclusive em Tranca Rua, o video dele despertou comentários de odio. Ou seja você não percebeu isso porque é conivente e comunga do mesmo ódio. Você, ele e todos os outros serão levados ao Ministério Público para responder processo", publicou.

Confira a postagem:

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Mãe Stella morreu em dezembro do ano passado, aos 93 anos, após ficar internada no Hospital Incar, em Santo Antônio de Jesus, Recôncavo Baiano, por causa de uma infecção. A Ialorixá dizia que só poderia ser feliz se estivesse perto do orixá Oxóssi, a quem, segundo o povo de santo, pertencia sua cabeça. 

Oxóssi é um dos principais orixás do candomblé, ligado à natureza e responsável por prover as refeições de todos, além de ser um forte guerreiro e grande sábio. Oxóssi, que é caçador, carrega um arco e flecha.

A escultura foi idealizada pela prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FMG), em memória da religiosa. Com 8,50 metros de altura, a obra, de autoria do escultor Tatti Moreno, traz a figura do Orixá Oxóssi, com 6,50 m, e a da Iyalorixá com 2 m. 

A mineira Paula, participante do Big Brother Brasil 19, continua sendo o centro das atenções no reality show. Após fazer comentários racistas e intolerância religiosa contra Rodrigo França enquanto ele estava no programa, Paula terá que dar explicações para a Justiça quando deixar a casa mais vigiada do país.

De acordo com informações do Uol, Paula poderá pegar até três anos de prisão, caso seja condenada pelas declarações no BBB. "Se for concluído que ela tinha o intuito ou sabia da possibilidade de ofender com sua fala, poderá ser indiciada e o Inquérito será relatado e enviado à Justiça Comum. Não cabe Juizado Especial pois a alusão à religião agrava o delito", explicou ao Uol o delegado Gilbert Stivanello.

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Nesta sexta-feira (5), Rodrigo, o décimo participante eliminado do Big Brother Brasil, terá que ir à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro para depor contra Paula. Quando sair do programa, eliminada ou vencedora, Paula será ouvida para dar a sua versão dos fatos.

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O curso de Direito da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife promove, nesta terça-feira (6), às 8h30 e às 18h30, o I UNINASSAU Contra a Intolerância. Nesta primeira edição, o tema será “Enfrentamento dos Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBTs) na cidade do Recife”. O evento acontece no Bloco C da UNINASSAU, no auditório Capiba.

O encontro inclui palestras que serão ministradas por professores de Direito da UNINASSAU. De acordo com a coordenadora do curso, Maria Amélia Calado, os estudantes podem esperar um evento dinâmico e com temáticas bem atuais. "É de extrema importância abordar esse tipo de tema no espaço acadêmico. Iremos debater sobre a intolerância, nos mais variados aspectos, seja religiosa, de opção sexual, entre outros. O encontro abordará o enfrentamento dos LGBTS na cidade do Recife, os refugiados em nosso Estado e, ainda, a intolerância no que diz respeito à liberdade religiosa”, explica.

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O evento é aberto ao público externo e os interessados devem se inscrever no site. A UNINASSAU está localizada na Rua Guilherme Pinto, 114, Graças.

Programação

8h30 – Tema: Enfrentamento dos Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBTS) na cidade do Recife

18h30 – Tema: Refugiados Venezuelanos e Liberdade Religiosa

*Da assessoria de imprensa

O centro do Recife recebe, nesta quinta-feira (1º), a 12ª edição da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, tradicional cortejo das religiões de matriz africana. O evento tem como objetivo assegurar a visibilidade e o respeito às religiões de matriz africana, como o candomblé, a jurema e a umbanda.

A celebração começa às 14h com concentração no Marco Zero, onde haverá falas de lideranças, danças e cânticos para os orixás. Por decreto instituído em 2015, a caminhada também celebra a abertura do Mês da Consciência Negra. 

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A caminhada seguirá pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Buarque de Macedo, Praça da República, Dantas Barreto, Avenida Guararapes e Pátio de São Pedro. A celebração é promovida pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, com apoio da Prefeitura do Recife, organização do Movimento Negro Unificado e Ilè Egbe Ase Awo.

Em 2017, a Ouvidoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) recebeu duas denúncias relacionadas à intolerância religiosa ou preconceito/racismo. Já neste ano, foram computadas 29 notificações do tipo. Para o governo, o crescimento significa que a ouvidoria está sendo mais utilizada pela população.

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