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A Justiça da Argentina recuperou mensagens de texto trocadas por Brenda Uliarte, namorada do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, e Augustina Díaz, uma das quatro pessoas detidas pela tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, em que elas discutem o atentado contra a política argentina. Por meses, Brenda contou a Augustina sobre seus planos de matar Cristina, chegando a dizer que havia contratado "um cara" para fazer o serviço, segundo trechos das mensagens reproduzidos pelo jornal La Nación.

"Mandei matar a vice Cristina (Kirchner). Não aconteceu porque ela se meteu para dentro (de casa). (...) Enviei um cara para matar Cristi", escreveu Brenda em uma das mensagens enviadas para Augustina em 27 de agosto, data em que manifestantes criaram um tumulto em frente à residência da vice-presidente.

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As mensagens mais antigas recuperadas pelas autoridades e publicadas pelo jornal argentino são de 04 de julho. Brenda diz que vai com um fierro (termo popular para arma de fogo em espanhol) para atirar contra Cristina, mas se queixa de que "a velha" tenha seguranças. "Vou ser a libertadora da Argentina. Estive praticando tiro, sei usar uma arma", disse Brenda a Augustina.

A ideia de levar o atentado evoluiu com o tempo. Em 27 de agosto, dias antes da arma de Montiel falhar ao ser apontada contra Cristina, Brenda enviou o maior número de mensagens a Augustina - incluindo a que ela diz expressamente que mandou "um cara" para matar a vice.

"Hoje me converto em San Martín, vou mandar matar Cristina... Estou podre que falem e não façam nada. Eu irei fazer. O espírito de San Martín entrou no meu corpo... Que filha da puta ela entrou antes de eu dar o tiro nela", disse Brenda ao iniciar a conversa.

Após uma breve troca de mensagens em que Brenda explica os detalhes da primeira tentativa, Augustina pergunta quanto o "cara" teria cobrado a Brenda para matar a vice-presidente. "Não me cobrou. Fez porque também está farto com o que está se passando", disse a argentina, antes de dizer que está cansada que Cristina "ande roubando e continue impune".

Augustina parece se preocupar com o conteúdo das mensagens de Brenda, alertando a amiga que ela vai se meter em uma confusão caso o plano dê certo. "Vão buscar-lhe por todos os lados se descobrirem que você é cúmplice da morte da vice-presidente".

A última troca de mensagens resgatada pela Justiça e publicada pelo La Nación é do dia seguinte ao atentado, 02 de setembro. Desta vez, quem inicia o contato é Augustina Díaz, que parece saber que a tentativa de homicídio aconteceria no anterior.

"Che, mas o que aconteceu que o tiro falhou? Não praticou antes ou falhou na adrenalina do momento? Onde você está? Não seria conveniente que voltasse a sua casa?", escreveu Augustina, ao passo que Brenda respondeu estar na casa de um amigo.

Quatro suspeitos foram presos por suposto envolvimento com a tentativa de homicídio contra Cristina Kirchner: Fernando Andrés Sabag Montiel, o brasileiro de 35 anos que engatilhou a arma contra a vice-presidente, Brenda Uliarte e Augustina Díaz, além de Gabriel Nicolás Carrizo, líder de um grupo de vendedores de algodão-doce o casal participava, preso na quarta-feira, 14, após um laudo pericial feito no celular dele mostrar conversas com Brenda um dia após o ataque.

A princípio, de acordo com o Clarín, Carrizo foi preso por suspeita de encobrir o ataque à vice-presidente, e não por ter feito parte do planejamento do ataque.

O WhatsApp ganhou uma atualização que permite utilizar qualquer emoji para reagir às mensagens na plataforma. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (11), pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg.

Agora, qualquer "carinha" pode ser utilizada pelos usuários do sistema Android e iOS. “Estamos lançando a capacidade de usar qualquer emoji como uma reação [à mensagens] no WhatsApp”, publicou o executivo no Facebook.

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A atualização, lançada no mundo todo, já vinha sendo testada em versões beta do WhatsApp. A partir de hoje, deve ser disponibilizada para todas as plataformas, incluindo os computadores - mas nem todos os usuários devem contar com a nova versão logo de cara. Algumas pessoas podem receber a novidade dentro de alguns dias. 

Guta Stresser é só gratidão. Após revelar que foi diagnosticada com esclerose múltipla, a atriz recebeu inúmeras mensagens de carinho dos fãs, família e amigos. Muito emocionada com a repercussão, Guta usou as suas redes sociais para se pronunciar e agradecer o apoio de todos.

"Agora que estou um pouco mais conseguindo me controlar, essa emoção, de recebi tanto carinho, queria agradecer muito. Estou fazendo esses stories para agradecer pela enxurrada de carinho, não sei nem... já chorei tantas vezes hoje. Não achei apropriado gravar stories aos prantos", iniciou ela.

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E, continuou: "Agradecer a cada um de vocês, aos amigos, mais uma vez, que essa grande família que escolhi estar aqui encarnada neste tempo, meus amigos, meus amores, muito obrigada".

Na sequencia, ela contou que já completou um ano que foi diagnosticada com a doença: "Um diagnóstico como esclerose múltipla, que é uma doença autoimune, que a princípio não tem cura, é muito assustador. Desde o diagnóstico, há um ano, fui muito acolhida, minha grande amiga Ana Beatriz Nogueira, diagnosticada já há uns 10 anos com EM [esclerose múltipla]. Hoje recebi mais mensagens de pessoas que têm EM, que se tratam de diversas formas".

Guta então encerrou: "Esses stories são pra agradecer esse imenso carinho, essa enxurrada de carinho que recebi hoje, que me deixa muito emocionada e muito grata por cada um de vocês existirem na minha vida. Seja à distância, seja por aqui nas redes socais, seja no meu convívio diário, muito obrigada a cada um de vocês".

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 4, que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva extraia cópias de mensagens atribuídas ao ex-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, para abastecer a ação indenizatória que o petista ajuizou em razão do polêmico PowerPoint em que a extinta força-tarefa de Curitiba acusou o petista de liderar uma organização criminosa.

No último dia 22, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça condenou Deltan a pagar indenização de R$ 75 mil a Lula. Os ministros concluíram que houve 'excesso' na divulgação da denúncia contra o petista e que o ex-procurador ofendeu a honra e a reputação do ex-presidente. O pré-candidato à Presidência pedia R$ 1 milhão por danos morais. Deltan já disse que vai recorrer.

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A decisão foi proferida no âmbito da reclamação que Lula ajuizou no Supremo para obter acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing, investigação que mirou hackers de autoridades, incluindo o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba. Hoje, Deltan é pré-candidato a deputado federal enquanto o ex-juiz da Lava Jato almejava uma candidatura ao Palácio do Planalto.

Em seu despacho, Lewandowski destacou que já deferiu pedidos semelhantes ao do petista, como solicitações feitas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Tribunal de Contas da União, pelo Superior Tribunal de Justiça, pela Receita Federal e pela Controladoria-Geral da União.

"Tratando-se de documentos públicos, nada impede a extração de cópias, por parte do reclamante, dos elementos de convicção aqui contidos e que possam, eventualmente, subsidiar outras ações nas quais figure como parte", registrou o ministro ao acolher pedido da defesa de Lula.

Na petição a Lewandowski, os advogados de Lula alegaram ter identificado trocas de mensagens que, segundo a defesa, "mostram inequivocamente, que o ex-procurador da República Deltan Dallagnol tinha plena ciência de que havia cometido um ato ilegal contra o reclamante (Lula) ao apresentar o famigerado 'PowerPoint".

A banca sustenta que desde 2016, quando foi proposta, inicialmente, a ação de indenização por danos morais ligada ao Powerpont, Deltan "passou a acumular valores, com planejamento tributário orientado, para o pagamento da indenização devida".

Um das mensagens citadas pela defesa de Lula como motivação para a extração das cópias dos diálogos e eventual instrução da ação de indenização registra: "Roberto, depois de ter sido acionado pelo Lula, estou penando (sic) em fazer um fundo de reserva a partir das palestras". A mensagem teria sido enviada em janeiro de 2017, pelo usuário 'Deltan'.

A petição ainda criticou as doações que Deltan recebeu após ser condenado a indenizar Lula. Em seu perfil no Twitter, o ex-comandante da força-tarefa da extinta Operação Lava Jato em Curitiba e atual pré-candidato a deputado federal afirmou que as 'doações espontâneas' são um 'ato de solidariedade e protesto'.

Para a defesa de Lula, o ex-procurador 'induziu e manteve em erro diversas pessoas compelidas a lhe transferirem depósitos financeiros, em conduta que flerta, em tese, com uma espécie de estelionato'. Os advogados do petista ainda argumentam que Deltan usou a condenação por danos morais para tentar 'captar algum capital político em sua nova carreira'.

'Ilegalidade total'

No âmbito do mesmo processo em que Lewandowski permitiu que Lula extraia cópias de documentos para instruir o recurso em tramitação na 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo pediu, no último dia 25, reconheça a 'ilegalidade total das provas' apreendidas na Operação Spoofing, 'com a consequente contaminação das decisões judiciais que a elas tenham realizado referência'.

O braço-direito do procurador-geral da República Augusto Aras quer que a corte máxima estabeleça os limites do uso da das mensagens apreendidas no âmbito da operação que mirou os hackers de autoridades.

A jovem Joelma Figueiredo, de 23 anos, denuncia ter sido alvo de mensagens racistas e lesbofóbicas de um cliente, em Parnaíba, no litoral do Piauí, durante um atendimento virtual. A vítima, que trabalha em uma hamburgueria, expôs mensagens recebidas por meio de um aplicativo, em que um cliente solicita que seu pedido não seja preparado pela funcionária "negra e lésbica". O caso aconteceu no último sábado (12). 

Na conversa divulgada nas redes sociais do estabelecimento, o cliente justifica sua insatisfação com o último pedido e chega a solicitar que o local “entenda seu lado” e que “preserve a imagem” comercial. Ele chega a admitir que é racista e homofóbico e diz ter direito a uma opinião. 

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“Desculpe a pergunta, mas meu hambúrguer poderia ser feito por outra pessoa? Lanchei aí na quarta-feira e vi que meu hambúrguer foi feito por uma pessoa que não é do meu agrado. Ela é lésbica e negra, entenda meu lado. A imagem de vocês em primeiro lugar”, diz o cliente em mensagens. 

Joelma, que é chapeira e trabalha na cozinha, não foi a primeira a ver as mensagens, mas foi alertada pela colega de trabalho, que fica responsável pelas redes sociais e atendimento ao cliente.  

“Tipo de clientes como você não fazemos a mínima questão em nosso estabelecimento. Que o senhor fique sabendo que a ‘negra e lésbica’ é a melhor chapeira da cidade. Vamos na delegacia registrar um B.O. [boletim de ocorrência] contra você”, respondeu a atendente. 

A situação foi comunicada ao proprietário da loja, Bossuet Costa Sales, de acordo com o G1. Dono e funcionárias tentaram prosseguir com o pedido, a fim de conseguir o endereço do cliente, identificado como Roberto Sanches, mas não tiveram sucesso. Segundo Bossuet, a vítima tem recebido mensagens de ódio nas redes sociais após a exposição do caso e tem medo de formalizar a denúncia, mas está sendo acompanhada juridicamente. 

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí manifestou "total repúdio ao fato" e ressaltou que "lesbofobia e racismo são condutas tipificadas como crime". 

Veja na íntegra: 

A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Parnaíba, por meio da Subcomissão da Diversidade Sexual e de Gênero e da Subcomissão da Mulher Advogada, vem a público, externar total repúdio ao fato ocorrido no último sábado (12/03) contra Joelma Figueiredo, funcionária da hamburgueria ‘Alien’s Burguer’ em nossa cidade, que fora vítima de Lesbofobia e Racismo enquanto estava exercendo o seu labor. 

É válido ressaltar que a Lesbofobia e Racismo são condutas tipificadas como crime em nosso ordenamento jurídico e como tal serão tratadas. Todavia é importante frisar que, atitudes dessa natureza são completamente incompatíveis, e absolutamente inaceitáveis no seio de nossa sociedade, que deve prezar pela diversidade, pela democracia, pela justiça e a convivência respeitosa entre todos. Deixamos nosso total apoio e solidariedade à Sra. Joelma Figueiredo e a todos que fazem parte da empresa, ao passo que nos colocamos sempre à disposição para o que se fizer necessário. 

 

O governo federal iniciou testes de ferramenta que vai ofertar serviços públicos digitais aos cidadãos. O Notifica Gov.Br, do Ministério da Economia, entrou em fase de testes. Nesta primeira fase, motoristas receberão orientações para obter descontos de até 40% em pagamentos de multas de trânsito.

Segundo o Ministério da Economia, 40 mil motoristas do país começaram a receber mensagens com orientações do Gov.Br para o pagamento de multas de trânsito dentro do prazo e com descontos de até 40%.

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Caso não realizem defesa prévia ou entrem com recurso contra a autuação, os condutores notificados obtêm os 40% de desconto sobre o valor da multa.

Nesta primeira etapa, a iniciativa atenderá condutores com infrações de trânsito ainda a pagar. Os motoristas receberão as mensagens pelo aplicativo Gov.Br, por e-mail e SMS no celular. Outros serviços serão contemplados na sequência, informou o ministério.

Atualmente, o Gov.Br tem 116 milhões de usuários. A solução foi desenvolvida por equipes da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia e do Serpro, com apoio da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), do Ministério da Infraestrutura.

“Com o Notifica Gov.Br, mudamos a lógica da comunicação entre o Estado e a população, pois começamos a oferecer serviços de forma antecipada. Nos tornamos mais preditivos. Ou seja, não é só o cidadão que vem atrás do serviço público no Gov.Br. Nós começamos a oferecê-los a partir da personalização da experiência do usuário com a plataforma Gov.Br”, explica o secretário de Governo Digital, Fernando Coelho Mitkiewicz, em nota.

A iniciativa faz parte da Estratégia de Governo Digital 2020-2022, que prevê a ampliação da notificação ao cidadão em, no mínimo, 25% dos serviços digitais. Atualmente, 72% dos 4,8 mil serviços do governo brasileiro são totalmente digitais.

Sistema Eletrônico de Notificações

O ministério acrescenta que os alvos deste teste são aqueles condutores que ainda não aderiram ao Sistema Eletrônico de Notificações (SNE), disponível no aplicativo da Carteira Digital de Trânsito ou pelo portal de serviços da Senatran. Eles serão orientados a aderir.

O serviço vale para todas as multas aplicadas, seja no âmbito do município, dos estados ou da União. Mas quem já tiver multa vencida não participa.

Gui Araújo ataca novamente. O peão voltou a falar sobre seus relacionamentos fora de A Fazenda 13, na madrugada desta quinta-feira (11) ele contou quem deu o primeiro passo no affair com Anitta e ainda disse como agiu quando conheceu Duda Reis.

Em conversa com Valentina Francavilla e Aline Mineiro, Gui falou: "Quando começou o Instagram, ela sempre me mandava as mensagens: oh, e aí, não sei o quê, vai lá no meu show e tal. Só que eu sempre muito tímido fui duas vezes no camarim e ela não deve nem lembrar. Ela sempre foi prafrentex, ela falou: tô em São Paulo tal hora, vai me ver. Aí, eu fui uma vez e o Gominho me buscou dizendo: ela quer te conhecer".

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E ele também falou sobre o dia em que conheceu a ex-noiva de Nego do Borel, Duda Reis. "Quando vi a Duda pela primeira vez fiquei: Meu Deus. Eu anulei o carnaval inteiro no Rio", contou.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que a divulgação de prints - como são chamados os registros da tela do celular - de conversas no aplicativo WhatsApp, sem o consentimento dos participantes ou autorização judicial, é passível a indenização caso configurado dano.

Os magistrados afirmaram que, ao enviar mensagens pelo aplicativo de mensagens, o emissor parte do pressuposto de que esta não será lida por terceiros, tampouco divulgada ao público, seja por meio de redes sociais ou mídias. 

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“Ao levar a conhecimento público conversa privada, além da quebra da confidencialidade, estará configurada a violação à legítima expectativa, bem como à privacidade e à intimidade do emissor, sendo possível a responsabilização daquele que procedeu à divulgação se configurado o dano”, diz trecho da decisão dos ministros.

Nas ocasiões em que o conteúdo das conversas enviadas possa ser de interesse de terceiros, o STJ decidiu que “neste caso, haverá um conflito entre a privacidade e a liberdade de informação, revelando-se necessária a realização de um juízo de ponderação”.

O caso julgado pelo STJ

A partir do entendimento divulgado pela Terceira Turma, foi negado provimento a um recurso especial ajuizado por um homem que deu print em mensagens de um grupo do qual participava no WhatsApp. Sem a autorização dos usuários, ele divulgou as conversas nas redes sociais. 

O caso se complicou pois os integrantes do grupo, bem como o autor do registro, faziam parte da diretoria de um clube de futebol de Curitiba (PR), e a divulgação das conversas deu início a uma crise interna. Em decorrência do vazamento, o homem foi condenado a pagar uma indenização de R$ 5 mil a um dos ofendidos.

Para se defender, o acusado afirmou que o registro das conversas não configurava ato ilícito, já que o conteúdo era de “interesse público”. A alegação segue a mesma lógica do voto da relatora, a ministra Nancy Andrighi, que ressaltou que a exposição pública dos registros privados não será considerada ilegal quando “tiver o propósito de resguardar um direito próprio do receptor”.

Apesar disso, o Superior Tribunal de Justiça manteve o entendimento de que a divulgação das mensagens enviadas ao grupo de dirigentes esportivos foi feita “sem o objetivo de defender direito próprio, mas com a finalidade de expor as opiniões manifestadas pelo emissor”.

Confrontado com mensagens que teria trocado com Marconny Nunes Faria, o empresário José Ricardo Santana, que presta depoimento nesta quinta-feira, 26, à CPI da Covid, optou por não responder ao colegiado se reconhecia as mensagens trocadas com Faria. Os contatos enviados por Marconny a Santana diziam respeito a procedimentos que precisam ser feitos para que a Precisa vencesse um processo licitatório na pasta.

As mensagens teriam envolvido também o presidente da Precisa Medicamento, Francisco Maximiano, e o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, identificado nas mensagens apenas como "Bob". De acordo com senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) aponta Marconny como um lobista que atuava na defesa dos interesses da Precisa Medicamentos.

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As trocas de mensagens foram reveladas após a CPI afastar o sigilo de cinco mensagens que constam num relatório técnico encaminhado à comissão pelo Ministério Público Federal. De acordo com o senador, as conversas entre Santana e Faria aconteceram dentro do período de 23 de maio até 2 de julho, pelos documentos obtidos pela comissão.

As mensagens falavam sobre uma "equipe alinhada" dentro do Pasta para dar prosseguimento ao processo, descrição que os senadores consideraram suspeitas. Uma das mensagens afirmava que as tratativas da Precisa com a saúde deveriam ser feitas "a toque de caixa" porque "a fundamentação da desclassificação dos concorrentes que estão à frente já montamos e está com o time de dentro".

O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), reagiu às mensagens. "A primeira vez em que alguém descreve o caminho do crime", disse.

Os usuários brasileiros já podem utilizar o recurso de mensagens temporárias do WhatsApp, implementado inicialmente no final de 2020. A função já é conhecida por quem também usa o aplicativo Telegram, e permite que as mensagens enviadas possuam uma “data de validade”, o que faz com que elas sejam automaticamente deletadas após sete dias, caso o usuário ative a função.

Também será possível ativar o recurso em grupos, mas isso só será feito pelos administradores das conversas. Todas as mensagens enviadas antes da função ser ativada não serão deletadas, preservando diálogos mais antigos.

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Caso o usuário não abra o WhatsApp durante os sete dias previstos na nova função, as mensagens serão deletadas da mesma forma. Apesar disso, uma pré-visualização do que foi enviado pode continuar disponível nas notificações do celular, até que o aplicativo seja aberto.

Já as respostas a mensagens temporárias não serão deletadas após o prazo. Elas poderão, inclusive, ser encaminhadas para outras conversas. Outro detalhe importante é que os backups chegam a salvar as mensagens temporárias, mas deletam quando elas são restauradas. 

Além disso, mensagens com arquivos em mídia também são deletadas normalmente, contudo, se o download automático estiver ativado, o arquivo de mídia continuará na memória do celular.

Como ativar as mensagens temporárias

Para ativar o novo recurso, o usuário só precisa abrir a conversa do contato em questão, clicar em seu nome e selecionar a opção “Mensagens temporárias”. O procedimento é o mesmo para celulares com os sistemas operacionais Android ou iOS.

Após Mirella Santos ser eliminada em uma dinâmica surpresa, os participantes da Ilha Record ficaram com os nervos à flor da pele. Eleita por todos os exploradores como planta da edição, a Gêmea Lacração foi obrigada a deixar a disputa e se juntar a Dinei na Caverna do Exílio. Enquanto os dois exilados arquitetavam o plano para revirar o jogo, no episódio que foi ao ar nesta quarta-feira (4) a segunda votação do programa rolou e duas celebridades foram direto para o Desafio de Sobrevivência.

Como comandante da equipe Esmeralda, a vencedora da semana, Nanah Mattos teve a responsabilidade de indicar alguém direto para a berlinda. A cantora decepcionou Dinei, que achou que a amiga votaria no Thomaz Costa, e escolheu Pyong.

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"Essa pessoa poderia orquestrar coisas contra mim. Votando nessa pessoa, eu vou dar um tiro no meu pé, já que vai contra algo que eu falei antes. Só que eu vim aqui para ganhar, não vim aqui apenas para ser amiga", explicou Nanah.

"Ela foi tão defensora do Dinei. Disse que honraria o Dinei, por isso achei que ela não seria hipócrita, mas é o jogo, né. Foi uma escolha inteligente pois eu sou uma ameaça para todos aqui", rebateu o youtuber.

Já Lucas Selfie foi o mais votado pela casa e terá que duelar com hipnólogo no Desafio da Sobrevivência que vai rolar na próxima quinta-feira, dia 5, para descobrir quem será exilado do reality. E não parou por aí! A temperatura aumentou quando Dinei e Mirella, diretamente da caverna, tiveram o poder de indicar um explorador para revelar o voto - e também escolheram Pyong.

"Eu votei no Lucas", disparou.

"Opa, eu já esperava. Eu só não votei nele porque ele já estava indicado", respondeu Lucas.

Mas não é só de faísca que um reality sobrevive. Em homenagem ao Dia dos Pais, os participantes receberam mensagens dos familiares e a emoção rolou solta. Pyong até recebeu um vídeo para lá de fofo do filho Jake, narrado por Sammy Lee.

Após o anúncio de que a função multiplataforma seria liberada, alguns usuários do WhatsApp já estão usufruindo da atualização, que começou a ser distribuída na noite desta terça-feira (20). A versão beta do aplicativo pode ser acessada na aba “Aparelhos Conectados” e exibe um aviso quando é aberta pela primeira vez. 

De acordo com o blog TecMundo, que experimentou a nova versão do app no computador, um ícone sinaliza que as mensagens enviadas através de outros dispositivos continuarão com criptografia de ponta a ponta. Na prática, isso garante a sincronização completa de dados, a exemplo de nomes de contato, arquivos das conversas, entre outros.

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O usuário, contudo, não poderá enviar mensagens ou fazer chamadas para pessoas com versões desatualizadas do WhatsApp. Com o recurso, será possível também utilizar o aplicativo de mensagens em até quatro dispositivos ao mesmo tempo, de forma totalmente independente. Ou seja, sem precisar do celular.

No entanto, o smartphone é indispensável para o primeiro acesso, que requer confirmação do usuário. O WhatsApp ainda não informou quando a atualização será disponibilizada para todo o público.

Os usuários do WhatsApp estão cada vez mais próximos de uma das novidades mais aguardadas do ano: a possibilidade de realizar login em vários dispositivos de uma vez só e a partir de uma mesma conta. Segundo o site WABetaInfo, a mais recente atualização Beta do aplicativo de mensagens para Desktop finalmente trouxe uma menção a esse recurso.

O site afirmou ainda que o login múltiplo será limitado a quatro dispositivos, sendo apenas um deles um aparelho móvel como um smartphone. Já o login no WhatsApp Web para Desktop ou Portal poderá ser realizado da mesma forma que o pareamento virtual, via escaneamento de um QR Code.

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Por enquanto ainda não é possível habilitar o login de uma vez só, mas a chegada da novidade parece ser uma questão de tempo. De acordo com as especulações, o novo recurso está em seus testes finais desde setembro do ano passado. A data de lançamento, entretanto, ainda não foi divulgada pela plataforma.

O sambista Arlindo Cruz sofreu um grave AVC há três anos e vem se recuperando aos poucos. Nessa segunda (5), sua filha Flora Cruz postou um vídeo com o cantor reagindo à mensagens dos fãs enviadas a partir de uma caixinha de perguntas no Instagram. Na publicação, Arlindo levanta os braços e aparenta felicidade ao ouvir as declarações de carinho.

Na legenda da postagem, um agradecimento da família Cruz “por todas as mensagens, orações, carinho e boas energias que diariamente” são enviadas ao cantor.

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O vídeo deixou os fãs emocionados que continuaram nos comentários a deixar declarações de carinho para Arlindo. “Grande poeta, saúde”, escreveu um seguidor. “Aprendi a gostar de samba ouvindo ele”, comentou outro.

Veja vídeo de Flora Cruz e Arlindo:

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Após Arcrebiano ser eliminado, por não se sentir confortável com o jogo, e a equipe Calango curtir um super luau com Wesley Safadão, os 11 participantes do No Limite tiveram que encarar novos desafios. Durante o sexto episódio do reality, que foi ao ar nesta terça-feira (15), os ex-BBBs admitiram estar cansados e relembraram a importância da família durante os momentos difíceis.

"Depois de alguns dias, a gente começa a ficar um pouco cansado por estar sem tomar banho, sem dormir direito, tomando chuva, então, peraí, vamos resgatar o que me trouxe até aqui", disse Paula Amorim.

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Já Kaysar fez a diversão dos Calangos ao tentar laçar algumas vacas que estavam perto do acampamento, mas fugiu quando avistou o boi.

"Tinha uma vaca e do nada apareceram cinco outras com filhote. E do nada apareceu um boi. Quando ele me viu, deu aquela paradinha de lado e enfrentou. Ele virou a cara, andou um pouquinho, aí andei um pouco, ele parou e me olhou. Aí falei que não dava mais. Não tem como encarar um boi, pelo amor de Deus. Ai voltei e fugi de lá", disse o sírio.

Por outro lado, se era para tombar, Jéssica tombou! Desapontada, a ex-sister reclamou do gelo que estava levando do sírio e disse que a sua relação com ele não era a mesma do BBB.

"Lá, a gente era muito próximo. Não sei se ele ficou com receio da gente criar essa conexão e se juntou muito com a Gleici. É uma pessoa que eu ainda piso um pouco em ovos. A gente está próximo, mas acredito que eu seja uma opção de voto".

Na Prova do Privilégio, as tribos foram vendadas e tiveram que ser guiados em um circuito por outro integrante para encherem toneis de areia. Além de conquistarem os costumeiros suprimentos, André Marques anunciou que os vencedores também ganhariam uma mensagem, uma foto e um objeto pessoal da família dos participantes. Carcará não pestanejou e garantiu a vitória e os mimos.

"Foi o combo completo para recarregar minha bateria 100%", comentou Paula.

No entanto, Kaysar não deixou a derrota acabar com o alto astral e... Ficou pelado! Isso mesmo, o sírio decidiu tirar a roupa para se refrescar e mandou nudes para os amigos.

"Kaysar, você tá levando isso aqui a sério demais, hein?!", riu Peixinho.

Durante a Prova da Imunidade, eles tiveram que jogar cocos no cesto. Quem derrubasse primeiro os dois cestos da equipe adversária, se livraria do Portal da Eliminação. Carol Peixinho e Gleici erraram as tentativas, fazendo com que Carcará conquistasse mais uma semana no programa e Calango mandasse Gleici para casa.

Foto: Reprodução/Tv Globo

Após WhatsApp ter sido uma das principais plataformas usadas para disseminação de fake news na campanha presidencial de 2018, o Telegram deve ser um dos veículos de desinformação nas eleições de 2022. O alerta foi feito por especialistas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além do alerta do TSE, levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que 92,5% dos usuários da plataforma Telegram seguem temas políticos e estão em grupos e canais bolsonaristas - que somam 1.443 milhões de membros. A pesquisa diz que 1% dos usuários está em grupos e canais de esquerda, principalmente de apoio ao ex-presidente Lula (PT) e ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT). 

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A preocupação com o Telegram se dá porque o aplicativo não tem escritório no Brasil, não modera conteúdo e também não tem medidas para evitar as desinformações. De acordo com o TSE, o aplicativo também não coopera com o Tribunal para combater as campanhas de fake news. 

À Folha de São Paulo, Fabrício Benevenuto, professor de ciência da UFMG e coordenador do estudo, falou que "o Telegram facilita a disseminação de mensagens para grupos enormes e dados mostram que o aplicativo pode ser bastante explorado nas campanhas de desinformação na eleição de 2022".

Os grupos do Telegram podem ter até 200 mil pessoas e os canais de transmissão não têm limites de integrantes. O canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por exemplo, tinha 145 mil membros em janeiro deste ano. Com o passar dos meses, o canal chegou a 705 mil pessoas. 

Entre os aplicativos com maior número de mensagens estão Bolsonaro presidente, Direita Rio de Janeiro, Revista DireitaBR, DeusAcimadeTodos.com e Contra Censura. 

Sucessos no Brasil, a Turma da Mônica e o WhatsApp viralizaram juntos com um meme que apresenta o 'vazamento' do que seria a tela de conversas da protagonista. Várias mensagens recebidas pela Mônica e outras versões com o elenco criado por Maurício de Sousa foram publicadas. 

A brincadeira é criar possíveis mensagens dos famosos personagens da franquia baseadas em sua personalidade nos quadrinhos. No 'print', Mônica é xingada por Cebolinha - que segue em um 'vácuo' de 260 mensagens -, faz parte do grupo Família Sousa e usa emojis para caracterizar seus contatos.

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As desavenças com Carminha Frufru e Penha são evidenciadas nos emojis que indicam nojo e por uma cobra, por exemplo. Já o interesse em Fabinho boa pinta é representado por emojis com corações.

Após o sucesso do "zap" da Mônica, versões com Cascão e outros personagens também foram publicadas. Acompanhe:

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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda, 12, o acesso do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ministro Humberto Martins às mensagens da Operação Spoofing levadas à Corte desde o início de março pela defesa do ex-presidente Lula (PT). A decisão, no entanto, restringe o uso das conversas no inquérito conduzido por Martins contra integrantes da força-tarefa da Lava Jato até o STF decidir sobre o rumo da investigação.

O inquérito foi suspenso no último dia 30 por liminar da ministra Rosa Weber, que deverá ser discutida pelo Supremo. Na ocasião, os procuradores reforçaram à ministra o risco de Martins autorizar diligências contra a força-tarefa com base em mensagens obtidas por meios ilícitos.

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Ao liberar acesso aos diálogos, Lewandowski ressalta que o pedido de Humberto Martins foi feito ao STF antes de Rosa suspender o inquérito e, por isso, ainda poderia ser analisado.

"Considerando que o mencionado ofício foi expedido às 15h37 do dia 30 de março de 2021, ou seja, antes da liminar deferida às 22h55 da mesma data pela ministra Rosa Weber, mediante a qual suspendeu o inquérito que tramita naquela Corte para apurar supostos constrangimentos impostos a seus integrantes por membros da Operação Lava Jato, e tendo em conta ainda que, não apenas o presidente, como também os demais ministros têm legítimo interesse em conhecer o conteúdo das referidas mensagens, em especial aquele que lhes diga respeito diretamente, defiro o pedido", anotou Lewandowski.

O ministro, porém, ressaltou que Martins só poderá fazer uso das mensagens no inquérito contra a Lava Jato 'caso assim lhe seja facultado' pelo Supremo, que determinar se investigação deve ou não continuar. Ainda não há data para este julgamento.

Na mesma decisão, Lewandowski encaminhou a íntegra das mensagens públicas da Spoofing ao Corregedor-Geral do Conselho Nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis. Em fevereiro, o procurador-geral Augusto Aras encaminhou a ele um pedido do ministro Humberto Martins para abrir uma investigação contra a força-tarefa no 'Conselhão do MP'.

Cabe a Rinaldo Reis avaliar se há elementos suficientes no caso para justificar a abertura de um procedimento interno contra os procuradores.

Investigação. O inquérito do STJ contra a Lava Jato foi aberto de ofício (por iniciativa própria) pelo presidente da Corte, Humberto Martins, e mira suposta intenção da força-tarefa em investigar, sem autorização judicial, a movimentação bancária de ministros do tribunal. Em março, o Estadão mostrou que Martins avaliava a possibilidade de decretar buscas contra os procuradores, que temiam até mesmo a prisão preventiva.

A apuração avançou contra a Lava Jato na esteira das mensagens hackeadas da força-tarefa que estão sendo divulgadas desde a decisão que concedeu acesso ao acervo da Spoofing à defesa do ex-presidente Lula (PT). A origem ilícita das conversas, obtidas por meio de hacker, é um dos pontos questionados pela Lava Jato para barrar a investigação no STF.

Em uma conversa citada por Humberto Martins para abrir o inquérito, Deltan escreve: "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC [processo judicial eletrônico] público. Combinamos com a RF. Furacão 2". O procurador Diogo Castor de Mattos, que integrava a força-tarefa na ocasião, respondeu a mensagem dizendo: "Felix Fischer eu duvido. Eh um cara serio (sic)".

'Furacão 2' seria uma referência à operação Furacão, deflagrada em abril de 2007 e que atingiu o então ministro do STJ Paulo Medina, denunciado por integrar um esquema de venda de sentenças judiciais.

O Twitter foi condenado, nesta sexta-feira (2), na Rússia a três multas, totalizando aproximadamente US$ 116.000, por não suprimir mensagens convocando manifestações da oposição.

As autoridades russas denunciaram a recusa de várias redes sociais estrangeiras em suprimir essas convocatórias em apoio ao principal opositor russo, Alexei Navalny, quando ele foi preso.

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A agência reguladora da internet, Roskomnadzor, pediu no mês passado aos tribunais russos que impusessem sanções.

Um tribunal de Moscou decidiu nesta sexta-feira que o Twitter era culpado de ter rejeitado a supressão de conteúdo "ilegal", em três casos diferentes, pelos quais foi condenado a três multas, no valor total de 8,9 milhões de rublos (cerca de 116.000 dólares), de acordo com a agência de imprensa pública RIA Novosti.

Contactado pela AFP, o Twitter não quis comentar.

As autoridades russas também anunciaram em março que "desaceleraram" a operação da rede e ameaçaram bloqueá-la em todo o país.

De acordo com Moscou, o Twitter não suprimiu mensagens incitando menores ao suicídio, ou que contenham pornografia infantil ou informações sobre o uso de drogas.

A empresa americana rejeitou essas acusações e declarou-se "muito preocupada" com as "tentativas de bloquear e sufocar conversas públicas online".

Moscou avisou que está preparada para interromper o serviço do Twitter em meados de abril se a rede não cumprir suas exigências.

Procuradores que atuaram na Lava Jato em Curitiba recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar um inquérito aberto no Superior Tribunal Justiça (STJ) que mira a conduta de integrantes da força-tarefa da operação. Acuados por essa investigação, eles afirmaram ao Estadão que temem ser alvo de mandados de buscas e até de ordens de prisão, e articulam uma ofensiva no Supremo para se proteger.

Após a ministra do STF Rosa Weber negar, na terça-feira, 23, uma liminar para trancar a investigação que tramita no STJ, procuradores apresentaram nesta sexta, 26, um pedido de reconsideração no qual destacam a intenção do presidente da Corte, ministro Humberto Martins, de autorizar diligências contra integrantes da força-tarefa. A ministra é relatora de dois habeas corpus que pedem a suspensão da investigação. O Ministério Público Federal (MPF) também se manifestou pelo trancamento da investigação.

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Aberto em 19 fevereiro "de ofício", por determinação de Martins, o inquérito sigiloso apura se a Lava Jato tentou intimidar e investigar ilegalmente ministros do tribunal - entre eles, o próprio presidente da Corte e seu filho, que é advogado.

Na semana passada, Martins negou acesso aos autos do inquérito à Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), sob a justificativa de que a medida prejudicaria "futuras diligências sigilosas" na investigação. De acordo com Martins, o inquérito, até o momento, contém apenas documentos de outros processos, como os diálogos hackeados atribuídos aos procuradores da República.

Para a ANPR, o presidente do STJ renunciou "a qualquer disfarce ao constrangimento ilegal" ao barrar o acesso aos autos e "confessou" a intenção de mirar a força-tarefa da Lava Jato. Ao Estadão, o presidente da associação, George Cruz da Nóbrega, afirmou que o inquérito é um "rosário de ilegalidades" e que diligências autorizadas com base em provas obtidas de forma ilícita serão questionadas na Justiça.

"Se o MPF não utilizará essa prova, se ela não serve (para o inquérito), ela serviria para constranger? Essa é a ideia contida na investigação?", questionou. "Nunca vimos em nenhum momento da história a utilização dessas provas ilícitas, mensagens hackeadas, para fins de investigação, fiscalização e persecução", disse Nóbrega.

Na quinta, 25, os advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, que defendem procuradores que atuaram na Lava Jato, se manifestaram em nota publicada nas redes sociais, destacando os números do que chamam de "maior e mais eficaz iniciativa integrada de combate à corrupção na história do Brasil".

Mensagens

A investigação contra os procuradores tem como base mensagens hackeadas e apreendidas na Operação Spoofing. Em uma das conversas que foram divulgadas, o então coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, diz que a Receita Federal "pode fazer uma análise patrimonial" de ministros do STJ.

"Basta estar em EPROC (processo judicial eletrônico) público. Combinamos com a RF (Receita Federal)", escreveu Deltan para, em seguida, emendar: "Furacão 2". "Furacão 2" seria uma referência à Operação Furacão, deflagrada em abril de 2007 e que atingiu o então ministro do STJ Paulo Medina, denunciado por integrar um esquema de venda de sentenças judiciais.

As mensagens hackeadas e atribuídas a integrantes da força-tarefa foram tornadas públicas depois que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu autorização do Supremo para acessar o acervo da Operação Spoofing. A origem ilícita das conversas é um dos pontos questionados nos habeas corpus impetrados no STF contra a investigação.

'Vícios'

O inquérito também foi atacado pelo Ministério Público Federal. O procurador-geral da República, Augusto Aras, se comprometeu a comandar uma ofensiva jurídica contra as apurações. A PGR se manifestou ao Supremo nesta semana e renovou pedido de trancamento da investigação.

À Corte, o subprocurador-geral da República José Adonis Callou de Araújo Sá alega que o inquérito sigiloso está carregado de "vícios" que tornam "flagrantemente ilegal e abusiva a atividade persecutória". Em sua avaliação, por ter sido instaurada de ofício pelo presidente do STJ, a investigação viola o sistema acusatório e as prerrogativas dos membros do Ministério Público Federal.

Procurado via assessoria de imprensa do STJ, o gabinete do ministro Humberto Martins informou que não se manifesta sobre processo que corre em segredo de Justiça. Em recente manifestação à ministra Rosa Weber, Martins apontou indícios de "excessos funcionais por parte do Ministério Público Federal". Afirmou, ainda, que, por "dever institucional de autodefesa" do Poder Judiciário, o uso das mensagens hackeadas deve ser válido. "Não subsistirão direitos fundamentais e garantias constitucionais sem a preservação do Poder Judiciário independente", sustentou o presidente do STJ.

INVESTIGAÇÃO

1.Operação Spoofing Mensagens hackeadas e atribuídas a procuradores da Lava Jato mostram a intenção de investigar, sem autorização, ministros do STJ. Em ofício à Corte e à PGR, Deltan Dallagnol nega.

2. Corregedoria Presidente do STJ, Humberto Martins pede a Augusto Aras que abra apuração criminal e administrativa contra procuradores. Pedido é enviado à Corregedoria do "Conselhão" do MP.

3. Inquérito Em fevereiro, Martins determina a abertura de inquérito para apurar suposta tentativa de investigação ilegal de ministros da Corte pela Lava Jato.

4. Supremo PGR pede ao STF que inquérito seja trancado - alega que, por ter sido instaurada de ofício por Martins a partir de mensagens hackeadas, apuração viola sistema acusatório e admite uso de provas ilícitas. Rosa Weber nega o pedido.

5. 'Autodefesa' Em manifestação a Rosa Weber, Martins alega "autodefesa" do Judiciário para justificar o uso das mensagens hackeadas na investigação.

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