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Em uma mostra de que a desaceleração dos preços tem sido mais lenta do que o esperado, o governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira novas metas de inflação: de 15% no próximo ano, de 10% em 2019 e de 5% em 2020. "Decidimos recalibrar as metas de inflação e atrasamos em um ano o nosso objetivo final de ter a inflação a 5%", disse o ministro das Finanças, Nicolas Dujovne, em uma coletiva de imprensa.

As novas metas de inflação do governo do presidente Maurício Macri estão em linha com os cálculos de economistas privados. A luta da administração contra a inflação - uma prioridade política chave - enfrentou desafios significativos porque eliminou subsídios em toda a economia e levantou os controles cambiais. O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu cerca de 21% neste ano, acima da meta oficial de inflação de 17%.

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As altas taxas de juros e uma ampla revisão da economia para lutar contra a inflação teimosamente alta também afetaram o consumo e o crescimento, alimentando protestos. Dujovne disse que a economia do país deve apresentar expansão entre 2,8% e 3,0% neste ano. Para os próximos anos, é esperado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3,0% e 3,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa S.A. Fábrica de Produtos Alimentícios Vigor a pagar indenização a um coordenador de vendas submetido a tratamento humilhante por descumprimento de metas. Ele disse que, além de ter sido chamado de incompetente, foi sido obrigado a pagar “prendas” vexatórias, como calçar sapato de salto.

O coordenador afirmou que durante anos sofreu cobranças diárias por telefone e e-mail e que nas reuniões era exposto a situações constrangedoras pelo gerente nacional na presença de outros empregados quando não atingia as metas de vendas. Após a demissão, pediu indenização por dano moral.

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O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve a sentença que fixou a indenização em R$ 5 mil, uma vez que o preposto da Vigor admitiu a divulgação pública dos resultados nas reuniões. Embora negasse que os comentários fossem vexatórios, admitiu que não sabia se o coordenador foi chamado de incompetente ou sem profissionalismo, caracterizando, para o TRT, confissão por desconhecimento dos fatos.

Por outro lado, a testemunha do trabalhador confirmou que o viu usar o sapato de salto e que o gerente sempre comentava o desempenho de cada vendedor quando havia alguma divergência. No recurso ao TST, a Vigor sustentou que cabia ao autor da ação comprovar os fatos por ele alegados, e afirmou que o preposto nunca o viu usando sapato de salto alto, negando também os comentários vexatórios nas reuniões. A relatora do recurso, ministra Maria Cristina Peduzzi, entendeu que a controvérsia não foi solucionada com base nas regras de distribuição do ônus da prova e negou o recurso da empresa. 

*Com informações da assessoria

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Nenhum país no mundo está em vias de alcançar as metas das Nações Unidas para erradicar a tuberculose até 2030, e muito poucos estão caminhando para impedir novos contágios com o vírus da aids (HIV), segundo um estudo sobre a saúde mundial publicado nesta quarta-feira.

Menos de 5% dos países atingiriam, até 2030, os objetivos de redução de suicídios, mortes em acidentes de trânsito e obesidade infantil, e só 7% poderiam eliminar novas infecções com o HIV, segundo o estudo publicado na revista médica The Lancet.

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Quanto à tuberculose, nenhum país está em vias de uma erradicação de novas infecções.

Por outro lado, mais de 60% dos países avaliados podem alcançar as metas de redução da mortalidade infantil, neonatal e materna, e de eliminação da malária.

Apenas 20% das 37 metas de saúde estabelecidas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU adotados em 2015 são suscetíveis de serem cumpridas, segundo os autores.

Estes destacam uma "desigualdade considerável" nas projeções para 2030: os países com rendas altas alcançariam 38% das metas, e os com rendas baixas, 3%.

Com base nas tendências registradas, Cazaquistão, Timor-Leste, Angola, Nigéria e Suazilândia teriam os avanços mais notáveis em nível mundial, segundo os autores, que citam, entre seus avanços, uma redução da mortalidade infantil, um melhor acesso aos cuidados, ao planejamento familiar e à presença de profissionais qualificados para os partos.

Outros países registraram retrocessos em termos de obesidade infantil e abuso de álcool, entre eles o Sri Lanka, Venezuela, Sérvia e Ucrânia.

A equipe classificou, ainda, os países com base em um índice global dos objetivos ligados à saúde.

Cingapura, Islândia e Suécia estão no topo desta lista de 188 países, e o Afeganistão aparece em último lugar.

A Espanha está na 23ª posição - com índices ruins em abuso de álcool, tabaco e obesidade infantil - seguida pelos Estados Unidos, cujos maiores problemas são o suicídio, as agressões sexuais a menores, o abuso de álcool e os homicídios.

A Costa Rica (36ª posição) e Cuba (38ª) são os primeiros países latino-americanos da lista, embora o primeiro registre índices altos de abusos sexuais de menores e o segundo tenha como ponto mais fraco a gravidez na adolescência.

Esta última também é o principal problema do Uruguai, (posição 45), Argentina (59), Peru (62), Nicarágua (63), Equador (79) e Bolívia (112).

Os homicídios são o principal flagelo no México (48), Colômbia (51), Brasil (67), El Salvador (75) e Venezuela (99).

O Chile (61) registra especialmente taxas altas de obesidade infantil.

Honduras, no 113º lugar, é o país latino-americano pior classificado, com resultados ruins principalmente em homicídios, gravidez na adolescência e registro de certidões de óbito.

A publicação do estudo, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates, coincide com a realização da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fará relatórios anuais sobre o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo é dar uma visão geral da situação do plano, com um resumo das ações de controle feitas pelo tribunal. “A ideia é que, ao final de cada ano, tenhamos um posicionamento garantido olhando as metas do PNE”, disse, na última quinta-feira (31), o secretário de Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto do TCU, Ismar Barbosa.

Segundo ele, desde o ano passado, o TCU já vem fazendo acompanhamentos específicos sobre metas do PNE, que resultaram em recomendações para o aperfeiçoamento dos programas analisados, encaminhados ao Ministério da Educação e aos governos estaduais e municipais. O TCU desenvolveu uma metodologia específica para fazer o acompanhamento das metas.

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“A ideia é que possamos olhar para o plano atual e tentar dar um olhar complementar ao dos demais agentes públicos e privados que já olham para o plano e dar uma resposta sobre o que está sendo feito e o que pode ser melhorado”, disse Barbosa, durante o evento “3 Anos do PNE: Desafios para seu cumprimento”.

O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, destacou que o tribunal instituiu um processo de trabalho específico e sistematizado para o acompanhamento do PNE. “Para que o tribunal possa comunicar periodicamente à sociedade e ao Congresso Nacional o desenvolvimento e o cumprimento das obrigações estabelecidas para as diversas instâncias operativas, os resultados já alcançados e a alcançar”, disse Carreiro.

A presidente do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, lembrou que apenas seis das 30 metas e estratégias do PNE que deveriam ter sido cumpridas até 2017 foram alcançadas total ou parcialmente. Ela destacou que o país precisa concentrar os esforços no combate às desigualdades educacionais. Como exemplo, ela citou que, entre os alunos que pertencem a camadas mais pobres da população, 14,3% têm nível de aprendizagem adequado em matemática, enquanto nas famílias mais ricas, o percentual fica em 85,9%. No caso da infraestrutura, 2% das escolas que atendem alunos com nível socioeconômico mais baixo têm condições adequadas de infraestrutura, enquanto nas escolas com alunos mais ricos o percentual passa para 70%.

“Estamos dando escolas melhores para alunos que têm um nível socioeconômico mais alto e para os alunos com nível socioeconômico mais baixo damos a escola pior ainda. Isso reforça a desigualdade que temos no país, é como dizer que tem escola para pobres e escola para ricos. Temos que combater isso de forma mais enfática e desnaturalizar essa questão”, disse Priscila. Ela destacou que os tribunais de contas têm uma influência enorme na modificação das políticas públicas atuais, especialmente para cobrar ações específicas para escolas que atendem alunos mais pobres.

O PNE é uma lei federal, sancionada em 2014, que prevê metas para melhorar a qualidade do ensino brasileiro em um prazo de 10 anos, desde a educação infantil até a pós-graduação. As estratégias preveem aumento do investimento, melhorias em infraestrutura e valorização do professor.

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O governo paulista falhou no cumprimento das últimas metas que estabeleceu para reduzir o número de assassinatos e crimes contra o patrimônio no Estado. Divulgado em junho deste ano, o dado mais recente - relativo ao segundo trimestre de 2016 - mostra que todos indicadores avaliados no período tiveram desempenho "insatisfatório". Como consequência, o bônus pago às polícias despencou.

Esse foi o pior resultado desde 2014, quando a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) começou a pagar bônus aos policiais que conseguem diminuir a criminalidade. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no segundo trimestre de 2016, 2,8 mil policiais militares e civis receberam a bonificação, que custou R$ 1,3 milhão no total. No mesmo período de 2015 - quando o pagamento foi recorde -, 75,5 mil agentes haviam sido premiados, a um custo total de R$ 112,8 milhões, em valores não corrigidos pela inflação. Especialistas dizem que é preciso revisar o programa para transmitir novo estímulo aos policiais que atuam nas ruas.

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O programa de bônus paga até R$ 2 mil a cada policial. O sistema de metas analisa três indicadores estratégicos: Vítimas de Letalidade Violenta (VLV), Roubo e Furto de Veículos (RFV) e Roubos Outros (RO) - o último foi incluído em 2015. É o governo quem fixa as metas, um "teto" para os delitos no trimestre.

Considerado o mais importante, o índice de letalidade violenta é a soma do total de vítimas de homicídios dolosos com o de latrocínios (roubo seguido de morte). Já o RO considera assaltos a pedestres, residências e comércios, sem incluir roubos a bancos ou de cargas.

Para ter resultado "satisfatório", os crimes registrados têm de ficar abaixo da meta - e a segurança de São Paulo recebe, segundo próprio governo, "farol verde". Se a meta for ultrapassada em até 3%, o desempenho é tido como "parcialmente satisfatório" e o farol, "amarelo". Se ultrapassar essa margem de 3% acima, o desempenho é "insatisfatório", com "farol vermelho". É possível, por exemplo, haver queda no total de crimes, mas em ritmo menor do que o previsto, o que se traduz em meta não atingida pela polícia.

Com exceção de RO, com classificação "satisfatória" apenas uma vez na série histórica, a polícia sempre cumpriu a maior parte das metas desde o início do programa. Os últimos balanços, porém, mostram que o quadro tem se invertido: até que os três indicadores apareceram no "farol vermelho" pela primeira vez.

"É preciso pensar quais são as medidas para reverter isso", diz a cientista social Carolina Ricardo, assessora sênior do Instituto Sou da Paz, que ajudou a elaborar a política de bônus. "O resultado insatisfatório não compromete, de forma alguma, o programa. O que pode colocá-lo em xeque é se a análise dos resultados não for usada para direcionar políticas de segurança."

Antes, a polícia só havia deixado de cumprir todas as metas uma vez. Foi no primeiro trimestre de 2014, quando havia dois indicadores e os objetivos foram fixados retroativamente, uma vez que o programa foi criado em junho daquele ano.

Para o sociólogo Túlio Kahn, ex-analista da SSP, o resultado pode "frustrar" a sociedade e os policiais. "As funções do sistema de metas são dadas. Para a polícia, é ter um objetivo. Para a sociedade, é que esse objetivo seja atingido." Crítico do modelo de metas, o coronel da reserva da PM paulista José Vicente da Silva Filho defende "grande ajuste organizacional".

Variantes

O cálculo do bônus é complexo: varia segundo resultados globais e com metas específicas para cada uma das áreas de atuação compartilhada entre as Polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, o que permite que alguns agentes recebam a mais ainda que o desempenho do Estado seja ruim. Também são previstos descontos se há alta de letalidade policial ou latrocínios.

Nos dois primeiros trimestres de 2016, o Estado gastou R$ 3,6 milhões em bônus, pagos a menos de 8 mil agentes. Não há previsão de data para a secretaria divulgar os resultados dos trimestres seguintes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo protelou, mas aumentar impostos surge agora como a única alternativa para reverter as sucessivas frustrações na arrecadação, avaliam especialistas em finanças públicas. Segundo Gabriel Leal de Barros, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, o governo já foi obrigado a rever as projeções de receita neste ano. Em janeiro, lembra o economista, a previsão para receita administrada do governo até abril era de R$ 313,2 bilhões. Em abril, porém, ela foi revista para R$ 297, 3 bilhões. Encerrado o período, o que de fato se arrecadou foi R$ 293,6 bilhões.

Segundo nota técnica do IFI, antecipada pelo Estadão/Broadcast, o governo foi "otimista" nas projeções até 2020. Neste ano, considerando apenas a arrecadação recorrente (tributos normais e previsíveis), a estimativa é que o déficit chegue a R$ 144,1 bilhões - a meta oficial é R$ 139 bilhões. A queda é considerada até conservadora pela IFI, pois pode haver ainda frustração na previsão da receita extraordinária (privatizações e concessões, por exemplo).

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Para 2018, o rombo tende a crescer, segundo o IFI. O déficit pode chegar R$ 169 bilhões.

Há uma questão matemática para as diferenças. Em suas contas, o governo considera que, para cada ponto porcentual de recuperação do PIB, a receita cresce mais que um ponto. O IFI faz uma conta de um para um. Mas o que se tem visto é para cada ponto de crescimento do PIB, a receita está avançando entre 0,6 a 0,5 ponto porcentual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após três anos de vigência do Plano Nacional de Educação (PNE), apenas seis das 30 metas e estratégias que deveriam ter sido cumpridas até 2017 foram alcançadas total ou parcialmente. O número representa 20% do total, o que significa que quatro em cada cinco metas não foram atingidas. O balanço é do Observatório do PNE (OPNE), uma plataforma formada por 24 organizações parceiras, coordenada pelo movimento Todos Pela Educação.

O PNE é uma lei federal, sancionada em 2014, que prevê metas para melhorar a qualidade do ensino brasileiro em um prazo de dez anos, desde a educação infantil até a pós-graduação. As estratégias preveem aumento do investimento, melhorias em infraestrutura e valorização do professor. O texto estabelece 20 metas para serem cumpridas até 2024, das quais oito têm prazos intermediários, que já venceram. A lei também aponta 254 estratégias relacionadas a cada uma das metas e 14 artigos que definem ações a serem realizadas no país.

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Na avaliação da presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o principal entrave para o cumprimento do PNE é a falta de um plano estratégico que estabeleça uma ordem de execução das metas. Para ela, os governos federal, estaduais e municipais deveriam ter traçado uma estratégia de execução para definir o que deve ser feito primeiro.

“O plano não coloca as metas e as estratégias em uma ordem para que a gente consiga fazer com que ele seja realmente executado e cumprido. Algumas metas são gargalos para outras, é preciso definir quais deveriam ser cumpridas antes para que outras avancem e quais metas vão impedir que as demais sejam cumpridas”, aponta.

Para a pedagoga Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o balanço dos três anos do PNE é preocupante. “Ainda mais se levarmos em consideração que as metas são articuladas e o sucesso de uma depende da execução da outra. Temos que pensar no plano como um todo”, diz.

Valorização dos professores

Entre as metas consideradas fundamentais para o avanço da educação no país e que não foram cumpridas, algumas dizem respeito à valorização dos professores, considerada um dos gargalos para o avanço do ensino. A meta 18, por exemplo, estabelece que devem ser assegurados planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior públicas, tomando como referência o piso salarial nacional. Segundo o Observatório, não há iniciativas em curso em âmbito federal.

“Com um bom professor, em uma escola com um bom diretor e bem gerida, com infraestrutura adequada, você consegue andar com várias metas [previstas no plano]”, diz Priscila.

Ela também cita como exemplo a meta que prevê a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador criado pelo Ministério da Educação (MEC) para medir a qualidade do ensino em diferentes etapas. A avaliação do Observatório é que apenas a meta do 5º ano do ensino fundamental foi cumprida, enquanto os anos finais dessa etapa e o ensino médio ainda estão em um patamar muito baixo. “Essa meta do Ideb não vai acontecer se não melhorarmos a formação dos professores. O maior determinante para a aprendizagem de alunos é a qualidade do professor”, diz.

A valorização da carreira docente também é apontada pela superintendente do Cenpec como fundamental para o sucesso do restante do plano. “Se queremos uma educação de qualidade, não se pode pensar nisso sem a valorização da carreira docente, que passa pelas condições de trabalho, pela carreira do professor e pela formação”, diz Anna Helena.

Educação infantil

Uma das metas do PNE determina que todas as crianças de 4 a 5 anos deveriam estar matriculadas na escola até 2016. Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que são de 2015, mostram que a taxa de atendimento nessa faixa etária é de 90,5%. O cumprimento real da meta só poderá ser aferido quando a Pnad 2016 for divulgada, mas o relatório da Observatório destaca que o percentual de 9,5% restante representa cerca de 500 mil crianças dessa faixa etária fora da escola.

“Se a criança não entrou na educação infantil, ela vai ter mais dificuldades de se alfabetizar. Não se alfabetizando, ela não vai conseguir aprender tudo aquilo que ela deveria. Não aprendendo, ela vai abandonar a escola antes do tempo. É uma reação em cadeia”, explica Priscila Cruz.

No Brasil, a educação infantil é responsabilidade dos municípios. Para o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, a garantia da matrícula de todas as crianças nesta etapa de ensino depende de políticas públicas de inclusão social, uma vez que quem está fora da escola nessa faixa etária são moradores de periferias de centros urbanos ou de lugares distantes, com difícil acesso. “Teremos que ter um conjunto de políticas articuladas que venham a garantir a questão da inclusão”, diz o secretário.

O PNE prevê também que o investimento público em educação deve ser ampliado para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2019 e para 10% até 2024. O presidente da Undime destaca que a ampliação de recursos para a educação é fundamental para o cumprimento das metas restantes. Para ele, o modelo atual de financiamento, que ocorre principalmente por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), não é suficiente para atender as necessidades do setor.

“É preciso assegurar novas fontes de investimentos porque a melhoria da qualidade e a ampliação da oferta, como está colocado em muitas metas, isso não se faz sem acréscimo de investimentos”, diz o secretário.

Expectativa

Entre as metas que já foram cumpridas no PNE estão a formação de um fórum permanente para acompanhar o piso salarial do magistério público na educação básica e a divulgação de resultados pedagógicos de indicadores educacionais.

Outra meta alcançada, embora com atraso, foi a que estabeleceu o encaminhamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A proposta foi encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) em abril deste ano, quando o prazo inicial era até 2016. Também foi considerada cumprida parcialmente a meta que determina que os estados e municípios deverão elaborar seus planos de educação, com metas próprias para seus sistemas. Apenas dois estados e 14 municípios ainda não sancionaram seus planos.

A Agência Brasil procurou o MEC para um posicionamento sobre o cumprimento das metas do PNE, mas a pasta ainda não respondeu às perguntas da reportagem, e informou que irá se manifestar nos próximos dias.

Com o avanço ainda lento do plano, a presidente do Todos pela Educação diz que tem uma perspectiva pessimista quanto ao cumprimento da lei até 2024. “A gente já perdeu muito tempo. A falta desse planejamento estratégico fez com que a gente não conseguisse dar uma certa ordem na execução do plano. Então ficamos sem prioridade nenhuma”, diz Priscila, embora reconheça que dificilmente planos de metas são cumpridos em sua totalidade.

Para Anna Helena, é preciso uma ampla mobilização da sociedade para que o país avance no cumprimento das metas. “O PNE deve ser uma discussão de todos, não só das áreas especializadas. Ele precisa ser discutido nas escolas, pelos alunos, pelos professores, pelas famílias, pela sociedade como um todo, porque o plano fala sobre a escolha que estamos fazendo para o futuro do nosso país”.

Passados dois anos após a divulgação das metas para o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 – 2024, pouca coisa mudou. Esse foi o resultado do relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação para o biênio 2014-2016. Das 20 metas previstas, nenhuma foi cumprida integralmente. Entre elas a que determina o investimento mínimo em educação.

Desde sua aprovação, o PNE foi motivo de certo otimismo para os ativistas da educação. A meta mais ousada é, sem dúvida, o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área até 2024. Essa também é uma das metas mais distantes depois da aprovação da PEC 55, que vai congelar os gastos primários (saúde, educação, assistência social, cultural e outros) do Governo Federal por 20 anos, fazendo com que o reajuste de cada ano aumente apenas de acordo com a inflação do ano anterior.

Algumas outras metas não cumpridas também chamam a atenção: sobre a alfabetização, o relatório diz que "o desafio brasileiro urgente e indiscutível é o de melhorar os níveis de proficiência em Leitura, Escrita e Matemática dos mais de 22% dos estudantes que, mesmo depois de três anos dedicados ao período escolar de alfabetização e letramento inicial, só desenvolveram habilidades elementares".

Já na educação profissional, a meta é triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Entretanto, houve crescimento de apenas 13,9% entre 2013 e 2015.

A formação de professores também foi outro ponto que ficou pendente. A meta era criar, em até um ano, uma política nacional de formação de professores para assegurar que todos os professores da educação básica possuam curso de licenciatura de nível superior na área de conhecimento em que atuam. No entanto, no ano de 2015, esse percentual foi de 52,5% para a educação básica, 56,6% no ensino médio, 55,7% do ensino fundamental.

Junto a todas as metas inalcançadas, destaca-se no PNE 2014-2024 a ausência de metas de condições mínimas de infraestrutura das escolas dedicadas ao ensino infantil e médio, presentes no plano anterior (PNE 2001-2010), e, assim como as metas atuais, fracassadas. Outro ponto a ser ressaltado é que o processo de tramitação do PNE 2014-2024, deixou o Brasil sem plano educacional por quatro anos.

O fato de o PNE estar atrasado no cumprimento de suas metas, não quer dizer que a solução seja reduzir ou revisar as metas, mas buscar meios de acelerar e cumpri-las nos próximos anos. Se o país conseguir elevar os níveis de governança e apresentar um projeto claro, diria até que mais parecido com o das metas econômicas – que traga detalhes não só objetivos educacionais, mas estratégias e prazos para cada meta -, não faltará dinheiro para a educação, nem mesmo sob a vigência da PEC 55.

O PNE é, declaradamente, o reconhecimento da educação como um direito de cidadania. Seus objetivos e metas refletem as prioridades estabelecidas, ou seja, sua implementação exige expressivo investimento financeiro e mudanças na gestão de sistemas.

O que significa sociedade líquida? Início este texto trazendo para reflexão uma das teorias mais defendidas pelo sociólogo Zygmunt Bauman sobre a sociedade atual, que, graças a um ritmo incessante das transformações, vive com angústias e incertezas. Essa sociedade deu lugar a uma nova lógica, pautada pelo individualismo e pelo consumo, resultado de transformações sociais e econômicas, trazidas pelo capitalismo globalizado.

Antes da metade do século XX, mais precisamente antes da revolução tecnológica, viveu-se a modernidade sólida, o que pode ser entendido como um período em que era possível planejar e criar metas a longo prazo. Hoje, é preciso ser rápido, planejar a curto prazo, o que torna tudo inseguro e passível de mudanças.

Ao contrário do que ocorreu durante o século XX, não se pensa mais a longo prazo, não se consegue traduzir os desejos em um projeto de longa duração e de trabalho duro e intenso para a humanidade. Os grandes projetos das novas sociedades se perderam e a força da sociedade não é mais voltada para o alcance de um objetivo comum.

Certa vez, li uma entrevista de Bauman que a sugestão da metáfora da "liquidez" aconteceu para caracterizar o estado da sociedade moderna, que, como os líquidos, se caracteriza por uma incapacidade de manter a forma e se solidificar, o que acontecia através dos costumes tornando-se hábitos e, em seguida, firmando-se como verdades “auto evidentes”.

Agora, a sociedade tende a permanecer em fluxo, voláteis, desreguladas, flexíveis. Um exemplo simples dessa teoria é que quando estamos numa relação estável, seja ela profissional, amorosa ou de amizade, na nossa cabeça vem a ideia de que estamos perdendo as novidades.

Historicamente, tais mudanças sociais se iniciaram com o renascimento, quando os ideais racionalistas começavam a ganhar força diante do pensamento tradicional e ampliaram-se no decorrer do tempo, tornando-se ponto de ruptura com as formas anteriores de organização social.

Na modernidade líquida a hospitalidade dá espaço à crítica, questionando-se e refletindo-se sobre as ações e porquês das coisas. O consumidor entra em conflito pela amplitude das escolhas que estão disponíveis ao seu redor, a angustia da tomada de decisão correta frente às diversas alternativas, a responsabilidade do indivíduo livre pela sua decisão e o risco assumido, fazem o processo do consumo cíclico e interminável.

A vida instantânea parece uma viagem infinita com múltiplas possibilidades a serem realizadas numa fração de tempo e na miniaturização dos componentes para caberem mais em menos. Costuma-se dizer que o dia deveria ter mais que 24 horas para fazer tudo que seria “necessário”. Atualmente as pessoas já ecoam que será preciso mais de uma vida para realizar e obter o que desejam.

O ano de 2016 surpreendeu muitos brasileiros pela crise na economia e na política do país, a falta de oportunidade de inserção no mercado de trabalho, e a queda nas vendas do comércio. Diante deste cenário, o Portal LeiaJá entrevistou a Analista em Carreira e Empregabilidade Bruna Costa para mostrar como um profissional pode analisar seu desempenho em 2016, fazendo uma autocrítica que permita um ano de 2017 muito melhor, avaliando condutas e traçando novas metas e planos para alcançar o sucesso individual e profissional em um contexto atribulado.

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Formada Gestão de Pessoas, Gestão da Qualidade e pós-graduada em Pedagogia Empresarial, A Analista de Carreira do Núcleo de Empregabilidade e Carreira da UNINASSAU dá dicas de como conhecer sua carreira e se colocar no mercado de trabalho, ou garantir sua posição na empresa. Na entrevista a seguir, Bruna fala da importância do planejamento, das escolhas e de conhecer o mercado, além de aconselhar: trabalhe com o que gosta.

Como podemos analisar a nossa carreira em 2016?

Não é nenhuma novidade que o ano de 2016 foi um ano difícil, olhando com um olhar positivo é no momento de dificuldade que muitos profissionais conseguem demonstrar características que por vezes ficam escondidas.

Sob a ótica de um profissional que já está inserido no mercado de trabalho e conseguiu permanecer é importante analisar que, mediante a crise enfrentada, reduções de quadro de pessoal, diminuições de oportunidades de promoções e/ou mudanças de cargos ele conseguiu manter-se no lugar, o que é verdadeiramente satisfatório para o momento, isso significa que o mesmo utilizou algumas ferramentas essenciais para um ambiente organizacional saudável como criatividade, inovação e resiliência.

Sob a visão de um profissional que infelizmente perdeu seu emprego ou estágio neste período, ele não está sozinho e esse cenário já é entendido para a grande maioria dos profissionais de Recursos Humanos, de certa forma eles serão “justificados” e terão grandes chances de se recolocar no mercado de trabalho mais à frente.

Como planejar a carreira para 2017?

O primeiro ponto é identificar suas necessidades e se conhecer bem, entender seu perfil e perceber, de acordo com suas competências e qualidades, as atividades que te motivam. A partir daí, pode iniciar seu planejamento de carreira. Saiba seu objetivo e trace metas, você precisa perceber quais passos serão necessários para alcançar o alvo almejado. 

Estabeleça prazos, é importante saber datas ou horários que as ações projetadas deverão acontecer, bem como é importante acompanhar e atualizar os prazos sempre que necessário, para tanto gerencie bem seu tempo, esse é um dos principais pilares para tornar seu planejamento concreto. 

Utilize as ferramentas certas que podem te ajudar: de uma simples agenda a ferramentas online. Tenha atitude e seja protagonista de sua própria carreira, evite adiar as tarefas que estão programadas, a procrastinação é um grande mal para qualquer programação. Quando você age o resultado aparece inevitavelmente.  

Quem busca um estágio ou uma vaga no mercado de trabalho, o deve fazer?

Para aqueles que buscam um estágio esse é um excelente momento de se preparar para nos próximos meses garantir sua vaga. Nos últimos meses do ano, normalmente o mercado de trabalho fica bem aquecido com vagas temporárias e, dependendo do desempenho e desenvolvimento de cada profissional, existem grandes chances de aproveitamento. 

Quais são as oportunidades para o mercado em 2017?

De acordo com a pesquisa da  Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), os 10 setores de atuação que surgem com grandes possibilidades de contratação até o ano de 2020 são: Compras, Comercial, Tecnologia da Informação (TI), Serviços Gerais, Planejamento, Atendimento ao cliente, Recursos Humanos, Marketing, Comunicação e Ouvidoria.

Já na área de produção, as oito áreas de atuação que aparecem com ótimas perspectivas para o futuro são Engenharia, Produção, Gestão de Qualidade, Projetos, Pesquisa e Desenvolvimento, Segurança e Saúde Operacional, Meio Ambiente e Manutenção.

A pesquisa também se propôs a auxiliar os estudantes, listando algumas profissões que possuem índice expressivo de aumento na procura até o ano de 2020, a exemplo de: Supervisores de Produção em Indústrias de transformação de plástico, Engenheiros de Petróleo, Técnicos em Sistemas de Informação, Trabalhadores de tratamento de superfícies de metais e de compósitos, Engenheiros de mobilidade, Técnicos em mecatrônica, Biotecnologistas, Engenheiros ambientais e sanitários, Desenhistas técnicos em eletricidade, eletrônica e eletromecânica.

Deixe uma dica ou sugestão para os profissionais neste momento complicado:

Uma dica que sempre deixo é você se conhecer bem e descobrir o que você ama fazer, aquilo que faz seus olhos brilharem, boa parte de sua vida será dedicada à sua carreira profissional, por isso você deve ocupar seu tempo com atividades que estão dentro do seu perfil e que você tem prazer em desempenhar. 

Após essa descoberta organize e planeje tudo que será necessário para alcançar esse objetivo, lembre-se que a caminhada é longa e na maioria das vezes repleta de obstáculos, olhe sempre para o objetivo e siga para o alvo. 

Como podemos fazer um mapeamento do nosso ano?

Sim, é de extrema importância que você se planeje para o ano que irá iniciar, inclusive analisando tudo que deu certo no ano anterior e as oportunidades de melhoria. Todo profissional deve elaborar um Planejamento de Carreira e nele programar todos os caminhos que devem ser percorridos para alcançar seus objetivos. Neste momento muitos profissionais buscam um auxílio com um coaching de carreira. 

Para além disso é essencial, na elaboração do planejamento, saber qual é seu objetivo, analisar o que o mercado de trabalho está exigindo e procurar adaptar-se ao cenário atual, lembrando que ele pode e deve ser modificado sempre que for necessário e principalmente deve ser acompanhado periodicamente para que seja visto o que já foi feito e o que ainda faltar fazer, além de traçar as metas de como, quando e em quanto tempo cada objetivo deve ser alcançado. 

Como as pessoas podem se colocar no mercado de trabalho?

Elaborando um currículo objetivo, coerente, com informações necessárias e verídicas. Investindo em qualificações técnicas: curso técnico, graduação, pós-graduação, cursos de extensão, cursos complementares. Buscando sempre atualização em sua área. Realizando trabalhos voluntários; Participando de eventos e congressos de sua área profissional, aproveitando o momento para realizar o networking, troca de cartões e atualização nas redes sociais. Procurar o Núcleo de Empregabilidade e Carreiras de sua faculdade;

Realizar cadastros online em consultorias e agentes de integração como CIEE, ABRE, IEL, entre outros. Aumentando suas chances de inserção no mercado de trabalho. Se necessário, aceitar cargos iniciais, às vezes salários mais baixos, com o objetivo de trilhar um plano de carreira dentro da organização. Quando o profissional conhece seu potencial ele entende que será visto com brevidade dentro da empresa e seu crescimento acontecerá de acordo com a necessidade e o tempo preciso.

Pernambuco foi um dos dois estados brasileiros que conseguiu cumprir a meta estabelecida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2015, para o terceiro ano do ensino médio. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (8), por meio de coletiva de imprensa com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Ao lado apenas do Amazonas, Pernambuco teve resultado de quatro pontos e alcançou a expectativa planejada para o ano passado, que era de 3,9. Já o estado da região Norte do Brasil atingiu 3,7 pontos, enquanto era esperado  uma pontuação de 3,3. 

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Já em relação ao ensino fundamental 2, que avalia os estudantes do nono ano, antiga oitava série, Pernambuco alcançou os 4,1 pontos, superando a meta prevista, que era de 3,9. Entretanto, a meta atingida pelo Estado foi a menor em relação aos outros que também alcançaram as expectativas. Foram eles: Amazonas (4,4), Ceará (4,8), Goiás (4,9) e Mato Grosso (4,6).

Na avaliação proposta aos alunos do sexto ano do ensino fundamental 1, correspondente à quinta série, mais uma vez Pernambuco superou o índice projetado, com seus cinco pontos. Apenas Amapá, Distrito Federal e Rio de Janeiro não conseguiram atingir as metas.

 

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou ontem, com mais de um ano de atraso, o Plano Estadual de Educação (PEE). No entanto, o secretário da Educação, José Renato Nalini, já afirmou que será "muito difícil" o cumprimento integral das 21 metas previstas no plano para os próximos dez anos, se não houver uma "flexibilização" da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"De um lado, temos uma insuficiência de recursos financeiros, que impede o cumprimento do orçamento. De outro, a LRF, que em relação à Secretaria Estadual de Educação é muito mais penosa e aflitiva. Já estamos quase alcançando o limite prudencial da lei", disse Nalini. A lei foi criada no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e prevê, entre outras medidas, como limite prudencial que os gastos com o pagamento de servidores não ultrapassem 46,55% do orçamento do órgão.

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O secretário não especificou quais metas podem deixar de ser cumpridas. Mas duas delas se referem diretamente ao aumento dos gastos com a folha de pagamento dos professores. O plano tem como meta a valorização do magistério, com a equiparação de seus salários aos dos demais profissionais públicos com escolaridade equivalente até o sexto ano de vigência do plano. Também assegura que, no prazo de dois anos, será criado um plano de carreira para todos os professores.

"A LRF é uma coisa que o Brasil precisa flexibilizar. Eu confio nisso para que a educação possa atender a todas as suas demandas, quase todas elas legítimas, justas e compreensíveis", disse Nalini. O secretário mais uma vez disse não ter recursos para o reajuste salarial pedido pelos professores, que estão há 24 meses sem nenhuma proposta, nem ao menos de reposição inflacionária - até o piso salarial dos professores está abaixo do que prevê a legislação federal.

Críticas

A data-limite para todos os Estados e municípios aprovarem um plano local era 24 de junho do ano passado, conforme estabelecia o Plano Nacional de Educação (PNE). Mais de um ano atrasado, o PEE de São Paulo também foi criticado por especialistas em educação por ser praticamente uma cópia do plano nacional, sem trazer metas mais condizentes com a realidade do ensino do Estado.

Outra crítica é a de que o plano não traz projeções orçamentárias estaduais que garantam o cumprimento das 21 metas. O texto de São Paulo prevê apenas o aumento do investimento conforme o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, tal como já previa o PNE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor e economista-chefe do BTG Pactual, Eduardo Loyo, afirmou nesta sexta-feira, 20, que o Banco Central não deve reduzir a taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho. "Não acho que o Banco Central deva fazer isso agora, tampouco acho que julho será melhor momento, com as condições que temos agora", disse.

"É uma questão a ser discutida um pouquinho mais adiante", acrescentou Loyo, que participa de uma mesa de debates no XVIII Seminário de Metas para a Inflação, no Rio.

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Segundo ele, é prudente que a autoridade monetária mude a orientação de sua política apenas quando o comportamento da inflação em direção à meta de 4,5% ao ano seja considerado "satisfatório".

Hoje, a Selic está em 14,25% ao ano. Já a inflação é de 9,62% em 12 meses até maio, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. "Erro, só para cima. É isso que a gente deveria tentar", disse Loyo.

Altamir Lopes

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou no mesmo evento que a inflação acumulada em 12 meses não oferece espaço para a flexibilização da política monetária.

"Deve-se considerar que o nível elevado da inflação em 12 meses não oferece espaço para a flexibilização da política monetária", disse Altamir. "Deve-se reconhecer avanços na política de combate à inflação", acrescentou.

Em sua fala, Altamir disse ainda, a respeito da área fiscal, que "é preciso garantir trajetória de resultados primários que garanta estabilidade da dívida". Ao mesmo tempo, afirmou esperar que o momento atual do País seja aproveitado para repensar a estrutura de tributos e para rediscutir as dívidas dos entes subnacionais.

José Júlio Senna

Diante da situação de "calamidade" na atividade econômica, o Banco Central poderia avaliar a possibilidade de reduzir a taxa de juros e, como compensação, elevar a meta para a inflação em 2017, sugeriu o economista José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre/FGV. "Meta de 4,5% em 2017 é forçar muito a economia neste momento", disse após participar do XVIII Seminário de Metas para a Inflação, no Rio.

Senna, que foi diretor do Banco Central na década de 80, argumentou que o regime de metas é flexível por natureza e que o ajuste seria benéfico em meio a um cenário de queda na atividade, aumento do desemprego e recuo superior a 10% no PIB per capita. Hoje, a taxa básica de juros, a Selic, está em 14,25% ao ano.

"Poderíamos ter meta maior em 2017, mas não pode ser longe demais (de 4,5%), e um pouco menor em 2018, como 4,25%, para dar credibilidade", disse o economista. Segundo ele, a modificação da meta em 2018, ou o compromisso com os mesmos 4,5% atuais, seria crucial para mostrar que o BC não estaria jogando a toalha em relação à inflação.

"Temos de perseguir a meta, mas não a qualquer custo", reiterou Senna.

Em plena crise hídrica, entre os anos de 2013 e 2014, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) executou 41% das metas previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos. O desempenho consta de relatório publicado ontem (6) pela própria Secretaria de Recursos Hídricos no Diário Oficial do Estado. No mesmo período, o governo investiu 44% da verba planejada.

O documento mostra também que das 382 metas estabelecidas pelo plano, um terço - ou 118 - nem sequer tinha sido iniciado em 2014, quando a oferta de água atingiu seu menor índice, levando a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a recorrer ao volume morto do Sistema Cantareira para ofertar água à população da Região Metropolitana. No mesmo ano, cerca de 50 cidades paulistas enfrentaram dificuldades para manter o abastecimento.

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Do total de compromissos, somente 15%, ou 57, haviam sido concluídos há dois anos. A maioria com recursos da Sabesp, que, segundo o relatório, assumiu, até aquele momento, 53% de todos os investimentos definidos no plano. Os recursos da companhia foram empregados na ampliação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Os dados apresentados pelo relatório apontam para uma "sensível diminuição na quantidade de água por habitante, calculada por meio do parâmetro vazão média em relação à população total". Os números mostram que essa queda foi bastante acentuada de 2012 para 2014, quando a taxa estadual passou de 2.346,8 metros cúbicos de água por habitante por ano para 2.305,7.

Entre as bacias consideradas mais críticas, neste sentido, está a bacia hidrográfica do Alto Tietê, com nascentes nas divisas dos municípios de Salesópolis e Paraibuna. Segundo o relatório, a quantidade de água por habitante ofertada por seus sistemas era de 100 metros cúbicos de água por habitante por ano.

Perdas no sistema

A baixa oferta se acentua com os altos índices de perdas ao longo do sistema. Apesar de a taxa geral ter se mantido estável entre 2012 e 2013 - houve variação positiva no período, de 37,3% para 34,3% -, os municípios das regiões metropolitanas do Estado continuaram ultrapassando essas taxas. Mogi das Cruzes, por exemplo, desperdiçava 56,4% da água potável disponível para seus habitantes. Em Osasco, esse índice era de 51,5% e em Itaquaquecetuba, de 51,4%.

"A universalização do acesso dos serviços de água, além do combate às perdas no sistema de distribuição são objetivos centrais de qualquer política de recursos hídricos ou de saneamento. Para tanto, é importante que os municípios, comitês de bacias hidrográficas e Estado direcionem maior financiamento para a elaboração de bons planos de saneamento básico, abordando este tema de maneira integrada, considerando o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas fluviais e os resíduos sólidos", afirma o documento.

Uma das soluções citadas no relatório para ampliar o financiamento está a cobrança pelo uso da água, mecanismo já previsto em lei, mas ainda pouco aplicado no Estado. De acordo com o documento, foram arrecadados, até 2014, R$ 222,4 milhões com esse tipo de outorga. "Com a ampliação do instrumento seria possível investimentos em recuperação, manutenção e gerenciamento dos recursos hídricos, contribuindo para a melhora da qualidade e da oferta da quantidade de água."

Na conclusão, o relatório atribui os problemas constatados à ocorrência da pior estiagem já vivenciada em São Paulo desde 1953, o que provocou, nos sistemas públicos de abastecimento de água, a adoção de medidas emergenciais, visando a aumentar a oferta hídrica. Boa parte delas não constava do planejamento inicial.

A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos se posicionou em nota. Leia a íntegra abaixo:

São Paulo é Estado brasileiro mais próximo da universalização dos serviços de saneamento.

Elaborado em 2011, antes da crise hídrica, o Plano Estadual de Recursos Hídricos reúne compromissos de diversos órgãos estaduais e municipais, comitês de bacias e sociedade civil para o período de 2012 a 2015. Os dados a que a reportagem se refere são parciais, pois computam apenas até 2014.

A maior seca da história da região Sudeste obrigou o redirecionamento de investimentos de maneira emergencial em todos os setores. Foram executadas, portanto, diversas obras e intervenções que não estavam previstas no Plano.

No caso da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e da Sabesp, são exemplos de investimentos realizados emergencialmente para assegurar o abastecimento público a interligação do Rio Grande com o Alto Tietê, a obra para captação do Rio Guaió, a estrutura para utilização da reserva técnica do Sistema Cantareira, a ampliação da capacidade de produção de água da ETA Alto da Boa Vista por meio de membranas ultrafiltrantes, campanhas de conscientização, entre tantos outras.

Com um foco mais sutil do que o esperado, a presidente Dilma Rousseff (PT) alertou, nesta sexta-feira (22), os que participam do encontro para a assinatura do Acordo de Paris na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para o que ela chamou de “grave momento que vive o Brasil”. A afirmação da petista foi em referência ao processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional contra ela. 

“A despeito disso [do grave momento], quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos”, cravou. “Sou grata a todos os líderes que já expressaram sua solidariedade”, acrescentou. 

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A expectativa era de que a presidente usasse o momento para mencionar o pedido de impedimento dela, que passa agora pelo Senado, como “um golpe” ao Estado de Direito, como ultimamente tem classificado. Antes de se referir ao impeachment, a presidente norteou a participação no encontro para traçar metas do Brasil diante do novo pacto global sobre o clima.

“O caminho que teremos que percorrer agora será ainda mais desafiador. Transformará as nossas ambiciosas aspirações em resultados concretos. Estamos perfeitamente cientes que firmá-lo é apenas o começo. A parte mais fácil. Meu país está determinado a criar ações de mitigação e adaptação”, observou.

Segundo Dilma, o Brasil deve, entre outras coisas, reduzir em 37% dos efeitos de gases estufa até 2035, alcançar o desmatamento zero na Amazônia e restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas. “Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas”, frisou. A presidente ainda citou as metas firmadas no encontro Rio +20 que aconteceu em 2012.

Acordo de Paris

O acordo de Paris, que será assinado por cerca de160 países, visa a combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A cerimônia de assinatura do documento, fechado em dezembro de 2015, depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia, ocorre na sede da ONU, no Dia Mundial da Terra.

Para entrar em vigor em 2020, o acordo, no entanto, só se concretizará quando for ratificado por 55 nações responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa.

Depois da adoção do texto em Paris, ainda é necessária a assinatura do acordo, até fim de abril de 2017, seguida da ratificação nacional, conforme as regras de cada país, podendo ser por meio de votação no parlamento ou de decreto-lei, por exemplo.

O Partido dos Trabalhadores (PT) pretende pautar o primeiro semestre deste ano no reforço das articulações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na recuperação da política econômica nacional e na saída de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara Federal. Os objetivos foram traçados na tarde desta terça-feira (26), durante uma reunião da Executiva Nacional que durou mais de duas horas. 

As metas estão descritas em uma resolução lançada ao final da reunião. A preocupação da legenda com a “ofensiva conservadora”, como eles denominam a união dos partidos da oposição com alguns líderes das legendas aliadas – como Cunha, contra o mandato da petista deve ser o principal norte das próximas pautas da legenda. 

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“Para liquidar esta ofensiva o governo e o PT precisam recompor laços políticos e sociais com nosso bloco histórico de sustentação, formado centralmente pelos trabalhadores do campo e da cidade, setores médios da sociedade, empresários em contradição com o grande capital, a intelectualidade progressista e a juventude”, diz o texto.

Para a recuperação econômica, no documento a legenda sugere a ampliação do investimento público, da oferta de crédito produtivo, a elevação da renda e da geração de empregos. Além disso, também afirma “vê com bons olhos” a chegada do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e a retomada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “É um bom momento para se renovarem as esperanças de que o governo imprimirá um novo rumo à economia”, crava o PT.

Veja a resolução na íntegra:

 

Maior contratação do Santa Cruz na temporada passada, o atacante Grafite inicia 2016 traçando novos objetivos no tricolor. Diferentemente de 2015, quando chegou no meio da Série B e teve pouco tempo de readaptação, o camisa 23 agora que usar a pré-temporada para melhorar fisicamente e tecnicamente e conquistar títulos pela equipe ao longo ano.

Apesar do acesso para a primeira divisão conquistado, o atacante garante que ainda tem um grande objetivo a ser cumprido pela equipe que é o de conquistar um título. Para isso, ele terá já nesse início de ano o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste. “Ainda falta um título de expressão. O acesso é um título pessoal, mas quando você ganha um título como pernambucano ou Copa do Nordeste fica marcado na história. É um objetivo meu e vai ser a coroação de uma volta que está sendo boa para mim e para o clube”, comentou Grafite.

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Outro objetivo seu é o de aumentar sua média de gols, no entanto, ele garante que pensar na artilharia ainda é algo muito distante já que contará com importantes adversários na briga, exemplo de Walter que está sendo contratado pelo Sport. “Marcar gols vai ser muito bom para mim, minha autoconfiança vai voltar. Falar em ser artilheiro é difícil porque no pernambucano vai ter muitos jogadores de qualidade. Tem o Walter e o Túlio de Melo, no Sport, eu e o Arthur aqui, o Bruno também, se continuar. Mas tenho uma meta e que quero marcar. Não falo o número para não criar expectativa”, ressalvou.

O atacante ainda evita num primeiro momento fazer grandes planos para a Série A, já que o seu contrato só vai até julho. Apesar da confiança do presidente Alírio Morais na sua permanência, ele afirma que nenhuma conversa para renovação foi iniciada. “Toda vez que encontro o presidente ele diz que vou ficar dois ou três anos aqui no Arruda, mas não foi falado nada ainda não. Meu contrato termina antes da metade do brasileiro, mas tem muita coisa para rolar ainda”, concluiu.

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A um ano e meio do término do mandato, o prefeito Fernando Haddad (PT) cumpriu um em cada quatro compromissos previstos em seu programa de metas. Balanço oficial divulgado ontem no site da Prefeitura de São Paulo aponta que, das 123 metas, 32 foram integralmente cumpridas e outras 48 têm índice de execução superior a 50%. Quase metade das metas, portanto, tem taxa de cumprimento inferior a 50%.

A Secretaria de Comunicação informou que o ritmo de cumprimento de metas não é linear e a Prefeitura espera atingir todos os objetivos propostos até o fim da gestão, em dezembro de 2016. A gestão afirmou que o cronograma dos projetos teve de ser alterado pela perda de receitas dos últimos anos.

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A pasta deu como exemplo da queda de arrecadação o atraso de um ano na atualização do valor do IPTU na cidade, barrado por liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, e o congelamento da tarifa de ônibus de 2013 a 2015. De acordo com a Secom, os dois fatos causaram perda de R$ 2,5 bilhões ao orçamento municipal desde 2013, quando Haddad assumiu a Prefeitura.

O baixo índice de cumprimento das metas atinge áreas prioritárias, como saúde e educação. Das 13 metas previstas para os dois temas, apenas uma foi integralmente cumprida - a implementação de 31 polos da Universidade Aberta do Brasil.

De acordo com a Prefeitura, foram criados 32 polos e ofertadas 8.852 vagas no ano passado. A criação de vagas de creches, no entanto, não obteve o mesmo êxito no mandato. Das 243 unidades prometidas, apenas 32 foram entregues e outras 36 estão em obras.

Outra meta de educação com cumprimento aquém do ideal é a construção dos 20 Centros Educacionais Unificados (CEUs). Em dois anos e meio, apenas um foi entregue, em Heliópolis (zona sul).

Na área da saúde, o maior desafio são os três hospitais prometidos. As unidades de Parelheiros (zona sul) e Brasilândia (zona leste) tiveram as obras iniciadas somente neste ano. Elas devem durar dois anos.

O terceiro hospital não será instalado na zona leste, como prometido na campanha eleitoral. Em seu lugar, deverá entrar o Hospital Santa Marina, unidade particular comprada por Haddad, atualmente em reforma para se transformar em centro médico público. A entrega parcial da unidade, prevista para o fim do ano passado, está atrasada.

Também anda a passos lentos o projeto de construir 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por enquanto, quatro foram entregues. Das 25 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prometidas por Haddad, duas foram entregues e 13 tiveram as obras iniciadas em abril deste ano.

Na área de habitação, o plano de entregar 55 mil unidades em quatro anos também será difícil de ser atingido, caso o ritmo de entrega continue o mesmo. Até agora, 4.944 moradias foram concluídas.

Atraso

O andamento do programa de metas da gestão Haddad foi publicado no site da Prefeitura apenas no início da tarde de ontem, apesar de estar anteriormente prometida para ocorrer durante o mês de junho. A última atualização havia sido feita em dezembro do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Especial do Pacto Federativo do Senado Federal se reuniu pela segunda vez nessa terça-feira (2) para avaliar as sugestões de trabalhos propostas pelo relator do colegiado, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). Durante o encontro, a comissão aprovou o plano de trabalho e uma das principais sugestões foi à criação de três coordenações temáticas, cujos trabalhos serão apresentados já no próximo dia 17. 

Para o relator, um ponto primordial do colegiado é ficar atento aos prazos e as urgências necessárias para o andamento das análises. “O que não se pode perder é o sentido de urgência na atuação da comissão, sem atrapalhar nem atropelar os ritos de tramitação das proposições”, destacou Bezerra.

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A Comissão Especial identificou quase 70 proposições legislativas prioritárias para Estados e Municípios, cujas demandas foram apresentadas ao Senado e à Câmara dos Deputados durante o Encontro de Governadores e a Marcha dos Prefeitos, no último mês de maio, em Brasília. Cada coordenação temática será formada por cinco parlamentares. “Nosso esforço foi para que os estados estivessem bem representados em todas as coordenações: uma forma de também aperfeiçoarmos o pacto federativo”, explicou o relator.

Coordenações – A Coordenação de Finanças Estaduais será conduzida pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). A de Finanças Municipais, pelas senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Marta Suplicy (sem partido-SP) e a coordenação de Organização Administrativa e Serviços Públicos de Estados e Municípios, pelo senador Antônio Anastasia (PSDB-MG).

As coordenações terão três frentes de trabalho: identificar os projetos que já estejam em condições de serem encaminhados para apreciação em Plenário, até o dia 17 de julho, identificar as proposições que precisam ser consolidadas ou aglutinadas/agrupadas e propor projetos relacionados a conteúdos ou demandas que ainda não contam com proposições em tramitação no Senado ou na Câmara dos Deputados.

O relatório geral da Comissão Especial do Pacto Federativo deve ser apresentado no próximo dia 30 de junho. Já a versão final do documento será submetida à aprovação no dia 8 de setembro.

Entre os assuntos discutidos na reunião estão à questão a desoneração do PIS/PASEP incidente sobre as receitas dos Estados e Municípios e a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional, que, segundo o relator, precede a construção de uma Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Também há pretensões  que a comissão realize uma ação itinerante e uma das cidades que pode receber os parlamentares é o Recife. 

A direção regional do Partido Republicano Brasileiro (PRB) reúne, nesta quarta-feira (13), os prefeitos, parlamentares e pré-candidatos às eleições municipais de 2016 em Pernambuco. Durante o encontro, segundo o presidente estadual licenciado do PRB e Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Carlos Geraldo, serão traçadas as estratégias da legenda para ampliar o número de eleitos em todo o estado. 

A ideia inicial é de que o PRB tenha chapas fortes em todas as regiões pernambucanas, inclusive no Grande Recife. Carlos Geraldo e o deputado estadual Bispo Ossésio, por exemplo, devem disputar a corrida majoritária em Recife e Olinda. 

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“Em 2012, O PRB elegeu um prefeito e 47 vereadores no Estado. Nossa meta é fortalecê-los, e triplicar esse número nas próximas eleições municipais em 2016. Este esforço vale também para aumentar nossa bancada em 2018”, afirma Carlos Geraldo.

O PRB tem aproximadamente 15 mil filiados em Pernambuco. A reunião desta quarta está agendada para às 15h, na sede da legenda, no bairro da Boa Vista, no Recife. 

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