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A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Seteq-PE) divulgou, nesta quinta-feira (11), que entre dezembro de 2010 a dezembro de 2020, a quantidade de microempreendedores individuais formalizados (MEI) no Estado aumentou cerca de 1.244%, indo de 28.586 para 355.677. Em fevereiro deste ano, o número já correspondia a 366.581.

Esses dados colocam o Estado em oitavo lugar dentre os que mais crescem em microempreendedorismo no Brasil, e em segundo no Nordeste, atrás apenas da Bahia, que tem um grande número populacional.

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Segundo a Secretaria do Trabalho, nos últimos três anos, esse número também teve um aumento significativo. Os 246.576 microempreendedores cadastrados em 2018 passaram a ser 298.694 no final de 2019. Tudo isso, somado às 355.677 pessoas que conseguiram empreender ou buscar uma alternativa financeira durante a pandemia em 2020.

Para acompanhar, ajudar e incentivar o empreendedorismo no Estado, a Seteq desenvolveu a plataforma digital Compre PE, no qual tem o objetivo de dar mais visibilidade aos microempreendedores pernambucanos. O site de compras é focado no mercado local e mostra os contatos de telefone e as redes sociais de cada empreendimento e MEI, ou prestador de serviço.

“Criamos esta plataforma pública e gratuita com o objetivo de gerar renda e emprego para os pernambucanos, para dar visibilidade a tanta beleza que existe nos municípios do estado e na nossa capital”, disse, em nota, o secretário Alberes Lopes.

A música está conectada intimamente com as pessoas e, ao menos uma vez, se tornou a trilha sonora de algum momento inesquecível. Os versos de uma canção, em sua maioria, compartilham histórias envolventes que emocionam quem ouve. Essa atmosfera, inclusive, já virou a profissão do compositor e produtor musical do Recife Juliano Ribeiro, mais conhecido como Ruli, de 41 anos, que através do projeto A Música da Sua Vida, recebe encomendas e transforma momentos afetivos das pessoas em canções.

“Acredito que me encontrei como compositor de canções baseadas em histórias reais. Esse negócio de escrever para famílias, transformando suas memórias afetivas em música é muito especial. Meu sentimento hoje é de felicidade plena por ser um veículo que espalha amor em forma de canções através da minha arte e da minha música”, expressa o músico.

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Negócio que canta emoções

O compositor que dá vida aos sentimentos e memórias afetivas das pessoas está ligado à música desde pequeno. Aos 7 anos de idade, Juliano já participava de bandas e contribuía com diversas composições. No entanto, ele admite que compor nunca foi seu forte: “até nascer o projeto A Música da Sua Vida e, através das histórias das pessoas, fui me conectando com o meu lado compositor adormecido”, diz.

O negócio deu seus primeiros passos em 2015, quando surgiu a ideia de transformar sua habilidade na música em um serviço empreendedor. “Eu já tinha escrito canções para minha esposa, para o nascimento de um dos meus sobrinhos e para o meu filho mais velho, mas nunca tinha pensado nisso como um serviço. Até que em 2015, durante um curso de criatividade, surgiu a ideia de transformar essa habilidade em serviço e oferecer para as pessoas a possibilidade de transformar suas histórias em músicas”, relata.

Para ele, a música andava em paralelo na sua vida, mas, com o projeto, após dois anos de lançamento, passou a ser sua principal atividade. “Saí de uma sociedade em uma agência digital para focar 100% da minha energia no meu novo negócio”, comenta Ruli.

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A rotina de trabalho é bem intensa e há quem se engane achando que ele só espera ter uma inspiração para colocar suas habilidades em prática. O compositor revela que seu processo criativo é estudar cada história e as referências musicais dos personagens envolvidos para criar uma canção única que tenha sintonia com eles.

"Têm canções que fluem mais rápido, que me conecto mais com a história, mas tem algumas que precisam de mais tempo para amadurecer. Por esse motivo, em respeito ao tempo criativo, não costumo fechar mais de seis contratos no mês, já que além de escrever, eu também toco e produzo todas as canções no meu estúdio, o que torna o trabalho bem intenso", detalha.

As canções se tornam cada vez mais interessantes a cada história ouvida. O produtor musical diz que não só recebe encomenda de músicas com histórias de amor onde o casal se encontra, casa, tem filho e é feliz, mas também de superação, de reencontros amorosos, de nascimentos após perdas, histórias de vida, e muitos outros.

Entre as faixas produzidas, 20 delas estão no seu primeiro álbum "Pra gente se entender" e outras 20 estão no seu segundo disco "A felicidade está no caminho", ambos lançados em 2019. "O ‘Pra gente se entender’ é um álbum com uma seleção de canções mais lentas e baladas; já o disco ‘A felicidade está no caminho’ é uma seleção de vários estilos, sambas, xotes, rock... são músicas com produções mais diversificadas", explica.

A Música da sua Vida é um serviço on-line. Quem deseja encomendar uma canção pode entrar em contato com Ruli através do Instagram ou por meio do endereço eletrônico. No site, os interessados podem solicitar o orçamento e saber como funciona o projeto, assim como enviar uma mensagem pelo formulário de contato e receber um material informando os pacotes de serviços, os preços e as formas de pagamento.

“Além da música da sua vida, você pode contratar o pacote com videoclipe, onde editamos a música da sua vida com fotos e vídeos de arquivo da família, potencializando ainda mais a mensagem da canção. Garanto que você vai se surpreender com a experiência de viver essa emoção”, assegura o compositor. Confira, abaixo, uma de suas produções musicais:

O gigante tecnológico Apple suspendeu, nesta segunda-feira (9), sua atividade comercial com a Pegatron, uma empresa terceirizada de Taiwan importante para a produção de seu iPhone, por violações dos direitos trabalhistas em seu programa de estudantes e pelas tentativas de acobertar as irregularidades - informou a agência de notícias Bloomberg.

"A Pegatron omitiu, indevidamente, os estudantes em seu programa e falsificou documentos para encobrir violações do nosso Código de Conduta", inclusive mediante a emissão de permissões de trabalho noturnas, ou de horas extras falsas, disse a Bloomberg, citando um comunicado da Apple.

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Consultada pela AFP, a empresa Pegatron, que cota em Taipei, admitiu em um e-mail que alguns trabalhadores estudantes nas fábricas das cidades de Xangai e Kunshan, no sudeste da China, haviam sido obrigados a trabalhar em condições que não atendiam aos parâmetros estabelecidos pela Apple.

O trabalho dos estudantes é autorizado, mas desde que sob estrita supervisão, afirmou a Apple, que disse não ter descoberto evidências de trabalho forçado durante a investigação feita há duas semanas.

A Pegatron admitiu para a AFP que "alguns estudantes foram reconhecidos como trabalhadores noturnos, fazendo horas extras e ocupando postos não relacionados com sua especialidade, ou de acordo com as normas e as regulações locais".

A empresa taiwanesa é um parceiro importante na produção do iPhone e ajuda a fornecer peças para o último modelo da Apple, o iPhone 12.

Pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas  (Sebrae) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que as mulheres empreendedoras demonstraram maior agilidade e competência ao implementar inovações em seus negócios, na comparação os homens criadores de negócios. De acordo com o levantamento, durante a pandemia da Covid-19, a maioria das mulheres (71%) faz uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos.

Já o percentual de homens que utilizam essas ferramentas é bem menor: 63%. Essa vantagem das mulheres diante dos empresários também foi verificada no uso do delivery e nas mudanças desenvolvidas em produtos e serviços.

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Realizada entre os dias 27 e 31 de agosto, a pesquisa revelou que a maioria dos empresários registrou uma diminuição do faturamento mensal, a partir do início da pandemia, com uma situação ligeiramente pior para as mulheres (78%), em comparação com os empresários do sexo masculino (76%). Por outro lado, elas passaram – por força das medidas de isolamento social – a utilizar mais as vendas on-line do que os homens (34% delas contra 29% dos empreendedores).

As mulheres donas de negócios também inovaram mais na oferta de seus produtos e serviços (11%) contra 7% dos homens; elas ainda usaram mais os serviços de delivery (19%), enquanto 14% dos empresários passaram a adotar essa mesma estratégia.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse fenômeno pode ser explicado, em grande parte, graças ao nível de escolaridade das mulheres empreendedoras. “As mulheres são mais escolarizadas do que os homens: 63% delas têm nível superior incompleto ou mais, contra 55% dos homens com esses mesmos níveis de escolaridade”, comentou, conforme informações da Agência Sebrae de Notícias.

Outra possível explicação pode estar, segundo o presidente do Sebrae, no fato de que o percentual de mulheres jovens empreendendo é maior do que o de homens (24% delas têm até 35 anos contra 18% deles). Ainda de acordo com os dados da pesquisa, as mulheres têm se mostrado mais avessas a empréstimos bancários do que os homens.

Desde o início da crise, 54% dos empresários do sexo masculino buscaram crédito enquanto a proporção de mulheres é praticamente a oposta: 55% delas não buscaram empréstimos. Outro aspecto que também mostra uma diferença significativa de comportamento entre homens e mulheres é o percentual de endividamento. Enquanto a maior parcela dos empresários (37%) tem dívidas/empréstimos em dia, a parcela mais representativa das mulheres é aquela que afirma não ter dívidas (36%).

O levantamento também foi baseado no local de trabalho dos empreendedores. Em sintonia com dados históricos do Sebrae, o último levantamento mostrou que há uma predominância das mulheres em empreendem em casa (35%), em comparação com os homens (29%). Em geral, essa situação se dá em razão de as mulheres buscarem compatibilizar a rotina do negócio com as demandas da família.

A pesquisa também revelou que a maioria dos empreendedores está em processo de reabertura, com ligeira vantagem para as mulheres (76%) em relação aos homens (75%). Além disso, as mulheres estão mais pessimistas quanto ao retorno da clientela: 68% delas contra 61% dos homens acham que menos da metade dos clientes voltarão em 30 dias.

Empreendedores masculinos e femininos também acreditam que a situação econômica do País voltará ao normal em 11 meses. Dados da pesquisa apontam que seis em cada dez empreendedores (ambos os sexos) tiveram que implementar mudanças para continuar a funcionar, por causa da crise. Apenas uma minoria dos empresários (8%), de ambos os sexos, disse que demitiu nesse período de crise, com os homens tendo demitido, em média, três funcionários e as mulheres, dois.

A maior parte dos empresários, em ambos os sexos, não tomou nenhuma medida em relação aos funcionários. Entre os que adotaram, 32% das mulheres optaram por suspender o contrato de trabalho, enquanto 27% dos homens também fizeram isso.

Além disso, boa parte dos profissionais não sabe da opção de pedir empréstimo pela maquininha de cartão (53% das mulheres e 43% dos homens). Apenas 2% dos empresários (ambos os sexos), que conheciam essa opção, fizeram o pedido.

Ainda de acordo com a pesquisa, seis em cada dez empresários que buscaram empréstimos não tiveram sucesso. Apenas 22% dos homens e 23% das mulheres conseguiram empréstimos.

A maior parte dos empresários (22% dos homens e 17% das mulheres) alega que o banco não informou o motivo para a não concessão do empréstimo, mas outra parte expressiva (16% dos homens e 17% das mulheres) apontou como principal motivo o CPF negativado ou com restrição. Enquanto a maior parcela dos empresários do sexo masculino (31%) está em atividade há mais de 10 anos, a maior parte das mulheres (27%) atua no mercado entre dois e cinco anos.

Apenas 40% da RMR conta com cobertura da Compesa. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Com a aprovação da PL 4162/2019, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento Básico, por 65 votos favoráveis a 13 contrários no Senado no dia 26 de junho, em plena pandemia da Covid-19, falta apenas a sanção do presidente Jair Bolsonaro para que o caminho da privatização das estatais responsáveis pelo abastecimento de água seja aberto. Em dezembro de 2019, o Governo de Pernambuco revelou que estuda abrir o capital da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), negando, contudo, que pretende privatizar a empresa. Com a intensificação dos debates legislativos na instância nacional, porém, moradores de comunidades pobres do Recife temem a privatização do abastecimento de água, mesmo considerando o serviço público pouco eficiente.

“O governo não dá acesso à água e a esgoto a todos, com certeza, mas não é por acaso. É um projeto para que não tenha pessoas como a gente em áreas centrais e importantes da cidade, mesmo a gente ocupando esses locais com nossas formas e fontes de vida. Mas se o governo não faz, imagine o poder privado, que só pensa no lucro? A renda aqui é baixa”, frisa Sarah Marques, membra do coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste e moradora da comunidade, localizada no centro do Recife. 

Contra a privatização do saneamento básico, Levi Costa critica atendimento da Compesa. (Tales Pedrosa)

De acordo com levantamento realizado pela Empresa de Urbanização do Recife (URB), no ano 2000, das 895 residências existentes em Caranguejo Tabaiares, 385 (43%) possuíam água encanada em casa, 588 (66%) delas despejavam seus dejetos em vala a céu aberto e 799 (88%) não estavam ligadas à rede de esgotos. Apesar disso, Sarah cita ainda os serviços de companhias de telefonia e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) como exemplos de que a terceirização não é garantia da resolução do problemas da comunidade. “A gente precisa ficar atento, estamos tentando conversar com a população. Uma hora dessas, de pandemia, e o governo pensando em privatizar saneamento básico e esgotamento sanitário. Nossa água é nosso bem maior, que pode salvar nossas vidas, quando a gente lava as mãos. Então isso é muito sério e, de novo, atinge diretamente nosso povo, o povo preto e pobre desse país”, destaca.

Sociedade anônima de economia mista, a Compesa é uma personalidade jurídica de direito privado, mas tem o Estado como seu maior acionista. Desde 2013, a instituição atua nos 15 municípios da Região Metropolitana do Recife com o programa Cidade Saneada, uma parceria público privada. Sua atual taxa de cobertura na RMR é de apenas 40%.

Por meio de nota, a empresa informou que possui cinco sistemas de esgotamento implantados (São Lourenço da Mata, Imbiribeira, Janga, Gaibu e Nossa Senhora do Ó) e mais 11 obras em curso, com o objetivo de bater a meta de chegar a 57% em 2025, 75% em 2030 e a 90% em 2037. “Até 2022, todos as cidades contempladas pelo Cidade Saneada estarão com obras em andamento. Ao final do programa, terão sido investidos R$ 6,7 bilhões e beneficiadas mais de seis milhões de pessoas”, comunica a empresa.

Acontece que, mesmo nas áreas em que os serviços são previstos, tem gente ficando sem água por até seis meses, a exemplo dos moradores da Rua 30, localizada no Bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife. “A gente fez uma denúncia na Compesa e o que eles falam para o morador é que é preciso primeiro fazer um protocolo. A gente liga, não é atendido e não consegue gerar o protocolo. A associação teve que comprar um chip da Claro, porque o órgão não atende ligação da Oi, o pessoal massacra”, queixa-se Levi Costa, membro da Associação de Moradores de Três Carneiros. Apesar de considerar a Compesa burocrática, Levi é descrente quanto à possibilidade de melhora do serviço com a atuação de empresas privadas na execução do serviço. “Falta água, saneamento básico, há uma estrutura que precisa de investimento, que nunca vai ocorrer, porque é caro fazer. Sou contra a privatização”, coloca.

Novo Marco Legal do Saneamento torna obrigatória a licitação para os contratos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

No Córrego do Euclides, na Zona Norte recifense, nem a sede do Grupo de Mulheres Cidadania Feminina, uma das principais organizações sociais do Alto José Bonifácio, escapa da falta de abastecimento. “Nem relógio de água tem. Nós sobrevivemos com a ajuda de mulheres vizinhas, que doam água para a gente. Apesar disso, não acredito na privatização do saneamento, que é um serviço básico e deve ser público”, pontua Liliana Barros, membra do Cidadania Feminina e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco. Para Liliana, a terceirização do serviço deve subir a tarifa e prejudica, especialmente, a subsistência das mulheres negras. “Somos nós que vamos buscar água na cacimba, ficamos responsáveis pela limpeza da casa e, em tempos de pandemia, pela higiene da família”, ressalta.

O Novo Marco

Proposto pelo governo com base na Medida Provisória (MP) 868/2018, que perdeu a validade sem ter sido completamente apreciada no Congresso Nacional, o Novo Marco Legal do Saneamento torna obrigatória a licitação para os contratos e acaba com os convênios realizados pelos entes estaduais com empresas públicas, que, por sua vez, após os vencimentos dos contratos, terão que competir com empresas privadas pela prestação do serviço. A matéria também prorroga o fim dos lixões e facilita privatizações de estatais do setor. Parlamentares da situação defendem que a medida busca universalizar o acesso ao saneamento básico no Brasil, até 31 de dezembro de 2033.

Tarso Jereissati (PSDB-CE) foi relator do projeto no Senado. (Waldemir Barreto/Agência Senado)

De acordo com o senador Jayme Campos (DEM-MT), a participação de empresas privadas no saneamento provocará um montante de investimentos de mais de R$ 700 bilhões até 2033. “O avanço na área vai ajudar a reduzir a pressão no Sistema Único de Saúde (SUS) e será crucial para a retomada do crescimento econômico após a crise. O investimento em saneamento vai propiciar um salto notável para o Brasil na questão de geração de emprego”, comenta.

O projeto, contudo, está longe de ser um consenso. A oposição, por sua vez, acredita que a aprovação da matéria aumentaria o preço da conta de água para as comunidades mais pobres, em decorrência do fim do subsídio cruzado, isto é, do instituto legal que garante abastecimento para os municípios mais pobres. “Sabemos que, infelizmente, quanto às cidades pequenas, principalmente do Norte e do Nordeste, esses investimentos não vão chegar, como foi aqui falado. É um projeto que vai beneficiar os grandes centros, claro, onde as grandes empresas têm interesse de investir, mas no entorno nós vamos continuar ainda à margem, ainda na dificuldade e, quem sabe, não sabemos ainda nem mensurar o prejuízo que vamos ter quanto à questão da tentativa de levar a política de saneamento de água para essas cidades menores e menos assistidas no país”, argumentou o senador Weverton (MA), líder do PDT no senado, após a votação.

Minoria dos municípios é superavitária

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABMES) se posiciona em contrariedade à aprovação do novo marco do saneamento. De acordo com a instituição, dos mais de 5.500 municípios brasileiros, apenas cerca de 500 apresentam condições de superávit nas operações de saneamento. Além disso, no ranking ABMES da Universalização do Saneamento 2018, apenas 80 cidades brasileiras receberam pontuação máxima, ao passo que outras 1.613 sofrem com falta de saneamento.

A ABMES critica a aprovação do governo federal, à medida provisória que revisa o Marco Legal do Saneamento, a Lei 11.445 de 5 de janeiro de 2007, e pede a retirada do artigo 10-A da matéria, que trata sobre o chamamento público de antes do contrato.

“Esse artigo aumenta ainda mais a seleção adversa ao interesse público, ou seja, induz as operadoras públicas e privadas a competir apenas por municípios superavitários, deixando os deficitários ao encargo dos municípios e estados. Dessa maneira, dificulta a prestação do serviço de forma regionalizada e, ao dificultar a prática de subsídios cruzados, agrava as diferenças na qualidade e na cobertura dos serviços, com prejuízo para a população mais carente”, diz nota da ABMES.

"Os mais prejudicados serão os brasileiros mais pobres", diz presidente da ABMES. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A entidade coloca ainda que, para as cidades superavitárias, após chamamento público, sempre haverá interessados. “Todo o superávit que seria gerado na hipótese de contrato de programa tende a ser consumido pelo processo concorrencial da licitação, e desta maneira não subsidiarão os municípios deficitários. Com a aplicação desse processo nos municípios que atualmente são doadores, extingue-se todo o subsídios entre os municípios”, argumenta o posicionamento. No caso dos municípios deficitários, contudo, não haveria interesse dos prestadores ou até mesmo disposição por contrato programa. “O sonho da universalização do saneamento no Brasil poderá ficar cada vez mais distante. E novamente os mais prejudicados serão os brasileiros mais pobres, que vivem sem acesso à água potável e esgoto tratado e sujeitos a contrair todo tipo de doenças”, comenta o presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza.

O assessor de saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e secretário executivo do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), Edson Aparecido da Silva, coloca que existem alternativas de melhoria do saneamento básico que não demandam a privatização dos serviços do setor. “Instrumentos de participação e controle social. O Brasil poderia criar um fundo nacional para a universalização do acesso aos serviços”, afirma. O entendimento do ONDAS é o de que a PL 4162/2019 promoveria  a “desestruturação do setor de saneamento no Brasil”. “Atingindo o mecanismo de subsídio cruzado, que faz com que as cidades maiores ajudem a levar saneamento pros municípios mais pobres. Se eu tivesse que cobrar a tarifa certa para garantir o serviço em pequenos municípios, talvez fosse preciso aumentar muito a tarifa neles”, acrescenta.

Em nota pública assinada por quase 100 entidades, o ONDAS argumenta que grupos empresariais privados voltados para o saneamento básico controlados por fundos especulativos, a exemplo de BRK Ambiental, Iguá e Aegea, estão por detrás dos projetos de lei dedicados à terceirização dos serviços do setor. “De 2000 a 2019, um total de 1408 municípios de 58 países nos cinco continentes reestatizaram seus serviços. Nos serviços de água, 312 municípios em 36 países, o que se deu principalmente pela ausência de controle e fiscalização por parte do poder público, aumento significativo da tarifa, queda do nível de investimento e não cumprimento dos contratos. O Brasil vai na contramão do mundo”, afirma Edson Silva.

Privatizações no Brasil

Há cerca de 20 anos, a cidade de Manaus (AM) e o estado do Tocantins convivem com a privatização do saneamento básico. Apesar disso, a capital amazonense possui cobertura de coleta de esgoto de apenas 12,5% - dos quais só 30% são tratados - e mais de 600 mil pessoas não têm acesso à água, estando seu sistema de saneamento elencado como o 5ª pior do país, pelo ranking de 2018 do Trata Brasil.

No Tocantins, a Saneatins foi privatizada em 1998 para a Odebrecht, que repassou seus ativos para a BRK Ambiental. Em 2010, a empresa buscou um acordo com o governo para operar em apenas em 47 municípios rentáveis, desobrigando-se de atuar em outras 78 cidades, alegando que os lucros não superavam as despesas operacionais. Para atender os municípios desassistidos, o governo estadual precisou criar uma autarquia, a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS).

O medo do desconhecido, a insegurança de enfrentar algo novo. Por vezes, na vida, nos pegamos paralisados ou perdidos com receio de iniciar um novo empreendimento – e aqui entenda-se qualquer coisa que nos propomos a realizar, não apenas abrir uma empresa. Pode ser pela grandiosidade do projeto ou da ideia, ou pelos percalços que prevemos no caminho. No entanto, há que se ter em mente, sempre, que toda realização, qualquer que seja, só é possível quando decidimos dar o primeiro passo.

Sair do lugar pode ser incômodo. É muito mais confortável permanecermos onde nos sentimos seguros, em uma zona controlada. Imagine quantos grandes feitos no mundo deixariam de ser realizados se ninguém se propusesse a ousar, sair da zona de conforto, buscar algo diferente. E tudo isso teve um ponto de partida. Para mim, esse ponto de partida, o primeiro passo, chama-se decisão. É o momento em que você determina que irá realizar algo, seja um sonho, um propósito, ou qualquer coisa que o faça se mover do estado atual. A verdade é que a falta de ação e atitude é um dos maiores matadores de sonhos que existem.

Chegam momentos na vida em que precisamos nos lançar ao desconhecido, em uma nova aventura, algo que faz nosso coração bater mais forte. Para que essa jornada seja a menos traumática possível, é preciso também segurança. Daí a importância de traçar as estratégias que o farão chegar à concretização daquele desejo. Se, por um lado, temos que dar o primeiro passo, por outro, não podemos caminhar a esmo, sem rumo ou direcionamento. Quem tem um mapa dificilmente se perderá em sua trilha – esse mapa é o planejamento. Erros ocorrerão no processo, será necessário improvisar e desviar a rota, mas tudo isso pode ser previsto a fim de que sejam minimizados os percalços.

Em um mundo tão competitivo e hiperconectado, quem não se arrisca ou não se propõe a ir além pode acabar ficando para trás. Não dá mais para aceitar viver no mesmo status quo, manter-se na inércia, deixando a vida levar. É preciso assumir o controle do seu destino e começar uma caminhada decidida em direção aos seus desejos. Em frente é que se segue, para cima é que se cresce.

Muito difundido em outros países, o trabalho de passear com cães vira uma oportunidade de ganhar uma renda extra. O dog walker, ou mais conhecido, no Brasil, como passeadores de cães, é um mercado que está em ascensão, cuja demanda tende a aumentar nos próximos anos.

Ana Beatriz Asfora de Moura, 23, é uma das sócias do CooperCão - empresa de passeios caninos. A jovem afirma que o mercado de dog walker tende a crescer nos próximos anos. “O Brasil ainda está entrando no boom pet e Recife está acompanhando muito bem essa evolução. O mercado de Dog Walker está em ascensão, pois as pessoas estão cada vez mais se importando com seu pet e estudando a respeito do bem estar canino”, fala a estudante de medicina veterinária e empresária.

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Quem se dedica a essa profissão entende que ela vai muito mais além do que simplesmente pegar o cachorro na casa do cliente e dar uma voltinha por alguns minutos para ele fazer suas necessidades. A profissão exige amor, carinho e um bom treinamento para lidar com os diversos tipos de caninos.

Maia Candida Moreira do Nascimento, 48, analista e gestora de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) afirma que quem busca por essa profissão deve ter em mente que os serviços prestados a seus clientes precisam agregar diferenciais. “Não será apenas passear, o amor e dedicação prestados podem ser a grande chave para quem quer obter bons resultados neste segmento.” diz a analista.

Emanuela Cristina Batista Andrade Silva, 23, psicologia e dog walker da equipe Coopercão, trabalha com hospedagem domiciliar e passeios caninos no bairro de Casa Amarela, zona norte da Região Metropolitana do Recife (RMR). Ela ressalta a importância de perceber a diferença de cada cão e reforçar com os cachorros, as orientações ensinada por seus adestradores. “É interessante como existem inúmeras diferenças entre os cachorros. Tenho por exemplo, duas clientes da mesma casa na qual eu costumava fazer o passeio delas juntas, mas tive que começar a fazer separado por causa da orientação da adestradora”, conta a psicóloga.

Confira abaixo o depoimento de Emanuela Andrade sobre suas experiências como dog walker.

LeiaJá - Como é a experiência de passear com cachorros?

É, no mínimo, algo interessante. Eu tenho as minhas cachorras e passeava com elas, e é muito engraçado notar como cada cão se comporta em cada situação durante o passeio. Eles têm particularidades e é interessante como existem inúmeras diferenças entre eles. Sempre busco respeitar as demandas de cada um. As minhas, por exemplo, são muito tranquilas durante o passeio, mas tenho um cliente que é bastante reativo, então eu tenho que ter uma atenção diferenciada no passeio dele. Às vezes chega a ser um pouco desafiador porque você nunca sabe o que esperar.  

O que os animais mais ensinam a você?

Eu aprendo muito com eles, principalmente sobre paciência. Cada um tem necessidades muito específicas, uns gostam muito de farejar, outros precisam gastar energia com mais velocidade durante o passeio, uns são mais calmos, outros mais reativos com pessoas ou outros cães. Nesses casos é muito estressante não só para os cachorros, mas para quem está conduzindo também. Então, eu tenho aprendido a manter a calma e respeitar o movimento deles, tentando encontrar uma solução que passe tranquilidade para que ele possa aproveitar melhor o passeio também. Por mais inteligente que um cachorro possa ser, ele ainda é cachorro e a gente precisa ir com calma pra que ele entenda cada comando.  

No que modificou sua vida depois que se tornou passeadora?

Por estar mais tempo em movimento com os cachorros, fiquei menos sedentária. Faço passeios diariamente, então ando cerca de dez quilômetros por dia, coisa que antes não acontecia. Notei que acabei ficando mais resistente nesse quesito. Nunca fui muito de exercícios. 

Qual é o valor médio que você cobra por passeio?

Como trabalho pela empresa Coopercão, é ela que faz a captação dos clientes e o repasse dos valores. Eu recebo um valor fixo por passeio, mas normalmente o valor cobrado é entre R$ 20 e R$ 30, dependendo da quantidade de dias e também se tem mais de um cão da mesma casa ou não. 

Quais são os diferenciais que um dog walker precisa ter para se destacar nesse mercado?

Entender um pouco mais sobre as especificidades de cada raça - pois as demandas vão ser diferentes, e entender o que cada cliente precisa. Tem passeio que faço para cansar o cão, já outros é só pra que ele faça as necessidades básicas. Alguns têm objetivo de emagrecimento. Têm clientes meus que precisavam de mais estímulos além de só os dois passeios por dia, então combinei com a tutora para alternar os passeios com brincadeiras no parque. O principal objetivo do trabalho é entregar um serviço que realmente melhore a qualidade de vida do animal.

Ficou interessado no serviço de dog walker? Veja abaixo alguns sites e aplicativos que você pode conhecer melhor a profissão:

Pet Anjo

Serviço online onde você encontra profissionais que oferecem serviços de Pet Care como Dog Walker, Pet Sitter e Hospedagem Familiar.

Contato:

Instagram: @Petanjo

site - petanjo.com

Dog Hero

Empresa que oferece agendamento de passeios e hoteis para cachorro. Você pode entrar no site e encontrar a pessoa certa para ajudá-lo a cuidar do seu cãozinho.

Contato: 

Instagram: @dog.hero

site - www.doghero.com.br

CooperCão

Negócio que disponibiliza profissionais dog walkers para o atendimento do animal. Na CooperCão, você entra em contato e encontrar a pessoa ideal para passear com seu cachorro.

Contato:

Instagram: coopercaorecife

Telefones - Passeio com cães: (81) 9.9173-1427

Hospedagem domiciliar: (81) 9.9660-8820

Devido à crise econômica que levou 13,4 milhões de brasileiros ao desemprego, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o empreendedorismo na área da tecnologia tem sido uma alternativa de renda. Os aplicativos estão entre os negócios mais procurados.

Daniel Pinon, aluno do curso de Ciência da Computação, contou como ele e sua equipe criaram o aplicativo Açaí Delivery. “Ele é muito simples. A função do aplicativo é mapear os pontos da região e colocar o entregador mais próximo para levar o açaí ao cliente. No começo de tudo, a gente queria fazer um negócio, mas não sabíamos como e por onde começar. Tivemos algumas orientações, participamos de palestras, usamos o network para ter um contato com outras pessoas, compartilhar conhecimentos. Foi aí que pensamos em desenvolver algo que fosse da nossa região, o açaí”, disse.

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“Para criar uma programação, preciso pensar no meu software, seja ele um aplicativo ou um sistema web, a função dele é poder resolver o problema ou a ideia", disse Marceo. "Depois, faço uma série de análises do sistema antes da programação, criando uma documentação, fazendo a listagem de todas as personalidades que esse sistema vai ter e a partir disso que eu vou criar a programação”, assinalou.

Segundo Marceo, a linguagem vai dar início à programação do sistema. "No desenvolvimento Android, a linguagem mais utilizada tem sido o Java. Caso queira programar para IOS, terei que aprender outras duas  linguagens, como o Objective-C e o Swift", disse.  

O custo de lançamento do produto varia de acordo com as ambições do projeto. “Se a pessoa quiser publicar o seu aplicativo na loja do Android, é necessário que haja uma programação, por exemplo, pelo Windows, através do Android Studio. Para poder postar na loja, tem que pagar uma taxa única de 25 dólares”, ressaltou o coordenador.

Por Ramon Almeida.

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No ano de 2019, 1,5 milhão de Micro e Pequenas Empresas (MPE) abrirão no Brasil. O número, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), engloba também os Microempreendedores Individuais (MEI), que fazem parte do segmento responsável por 98,5% das empresas do país hoje. O levantamento feito pelo Sebrae aponta, ainda, que o setor deve fechar o ano de 2018 com mais de 600 mil trabalhadores contratados. Com tamanha concorrência, é preciso fazer que seu produto/serviço se diferencie dos demais, mas qual o caminho ideal para isso?

Para Conceição Moraes, Analista do Sebrae, o passo fundamental é ter foco no mercado. “É necessário ter um nicho de mercado. Saber qual é o público-alvo que seu produto pretende atingir. Qual a classe social, a que "tribo" ele pertence, qual o estilo de vida que ele leva. Basicamente, conhecer os arquétipos do cliente”, destaca.

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Segundo ela, a partir dessa análise, o empreendedor pode trabalhar com direcionamento certo seu produto/serviço e otimizar seus recursos. Para a Conceição, depois de definir um nicho específico, o empreendedor precisa conhecer a fundo as necessidades do público. “Para se estudar o cliente é preciso saber quais são seus incômodos com aquele tipo de produto ou serviço, que se deseja ofertar. Paralelamente, como sanar tais necessidades”, afirma. A pesquisa pode ser feita de forma “online” ou indo a campo, atividade que a especialista acha fundamental. “Ir a campo para conversar com um potencial cliente é essencial. O empreendedor precisa estar cara a cara com o comprador, entender seus anseios", alerta. 

Os métodos citados são primordiais para o empreendedor quebrar as principais barreiras, que dificultam o andamento da empresa recém-criada. “Todo pequeno negócio encontrará basicamente duas dificuldades mais críticas: a primeira é a captação de cliente, fazer o público ter confiança em aderir seu produto ou serviço; a segunda é ter capital de giro, para poder operar no início, que o negócio não se paga”, adverte conceição.

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Início nas Redes sociais 

As redes sociais tornam-se cada vez mais a ferramenta inicial para as MPE e MEI, por serem um meio de baixo custo e de alta visualização. Nelas, os empreendedores encontram um grande quantitativo de potenciais clientes, que estão conectados quase 24 horas por dia. Para Conceição, as ferramentas vieram para somar e os empreendedores devem ser ágeis ao estudar as redes em sua essência.

  “O empreendedor precisa ter agilidade nas conexões, estar em vários canais para ter um maior alcance. As redes sociais são o canal inicial, é o que o mercado pede", pontua a analista. Ela ainda afirma que com tamanha diversificação das redes, é preciso ter conhecimento de quais se adequam ao estilo de seu produto. 

O morador de vitória de Santo Antão, Leonardo Vinicius, de 26 anos, estava recém desempregado em 2017. Aproveitando o tempo livre para confraternizar com um amigo, em uma conversa descontraída, teve uma ideia que mudaria sua vida. “Eu estava bebendo com um amigo e ele me fez um questionamento: 'Léo, imagina se alguém pudesse entregar uma cerveja gelada para gente agora?’ sem precisarmos sair para comprar e correr o risco de pegarmos uma blitz?”, conta. 

“Eu ainda acrescentei: e se eu levasse um petisco, um acompanhamento para agradar mais?”, relatou. Dito e feito, com ajuda do amigo, que vendeu um freezer por um preço camarada, ele deu início ao Léo Delivery – um delivery de cervejas. “Comecei com 20 caixas de cerveja. Fiquei com medo de não conseguir vender essa quantia, mas vendi em um único final de semana", celebra o empreendedor. Hoje, segundo o mesmo, o empreendimento tornou-se sua principal fonte de renda. 

Léo afirma que seu principal meio de divulgação são as redes sociais. Atualmente, a conta do Instagram de sua empresa conta com quase 2 mil seguidores e um conteúdo bem interativo. “Eu sou uma pessoa que foca muito na redes sociais e canais de comunicação. Sempre estou cantando, pulando, com muita interatividade”, diz, citando uma sátira que fez de uma cerveja que aparece numa série espanhola famosa. 

Ele afirma que o método vem alavancando suas vendas e, com isso, está sendo até reconhecido pelas ruas do município, quando passa com sua moto para fazer entrega. “Eu procuro fazer diferente. Posto vídeos falando um pouco sobre as cervejas que vendo, procuro entender melhor sobre o produto para que eu possa passar para o meu público as informações corretas. O pessoal fala comigo na rua, quando vou fazer alguma entrega. Eu nem conheço, mas eles me veem no Instagram”, fala entusiasmado.

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No Recife acompanhado do pai, César Augusto, e da mãe, Flávia Cielo, o campeão olímpico e mundial de natação César Cielo apresentou sua palestra “Formando um Campeão Olímpico” à comunidade acadêmica da UNINASSAU, localizada no Bairro das Graças, na Zona Norte do Recife. Durante a entrevista coletiva, o nadador não descartou a possibilidade de disputar as Olimpíadas de 2020, que acontecerão em Tóquio, no Japão, mas voltou a falar sobre a criação de uma empresa esportiva própria.  

“Sinceramente, não pensei sobre Tóquio ainda. Para esse ano, a gente tem o troféu José Finkel, no final de agosto, que vai ser a classificatória pro mundial. Se eu tiver bons resultados em agosto e em dezembro (no mundial) e estiver me sentindo competitivo, curtindo minha vida de atleta, continuo”, afirmou Cielo, que comenta preferir pensar sua carreira de “seis em seis meses”. De acordo com o atleta, do qual parte da imprensa especializada espera a aposentadoria no final do ano, o mais complicado é garantir o mesmo ânimo pelas competições. “É difícil ter a motivação de garoto, de acordar cinco e meia da manhã para pular na água. Se privar de algumas comidas e ir dormir cedo”, completa.

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O que Cielo garante é que vai tentar ajudar a natação brasileira, dentro ou fora das piscinas. Aos 31 anos, aquele que é considerado o maior nadador brasileiro de todos os tempos se prepara para virar empresário no ramo de produtos voltados para a prática do esporte que o consagrou, enquanto realiza palestras e “clínicas”-atividade de imersão na natação- pelo país. “Se eu sentir que chegou a hora de ajudar fora d’água, meu objetivo como empreendedor é colaborar com essa parte do material, que é super difícil de achar no Brasil, onde o material é importado. Então a gente vai fazer bastante coisa aqui para ficar acessível”, completa.

Ainda com a mala aos pés, nadador aguarda momento da fala em meio à plateia. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

No meio de uma plateia majoritariamente composta por estudantes, um Cielo mais magro do que o atleta robusto que chegou às Olimpíadas de Pequim, aguarda para fechar o evento, com um notebook no colo e uma mala nos pés. Médico, seu pai fala em termos técnicos sobre desenvolvimento infantil, seguido pela mãe, também médica, que prossegue no assunto e enche o filho de elogios. Para surpresa do público, Cielo fala pouco e por último, ratificando o que já havia sido dito pelos pais e relatando algumas experiências. 

Clínica 

A partir de amanhã (25) até o dia 27 deste mês, Cielo oferece ainda uma imersão para crianças praticantes de natação, no Colégio Damas, na Zona Norte do Recife. Interessantíssima para os pequenos que buscam contato com atividades de alto rendimento e performance, a “Cesar Cielo Swim Clinic (CCSC), só parece ter um defeito: o custo da inscrição é de R$ 1,5 mil. O nadador defende que o faturamento é baixo se equiparado à oferta da atividade. “Como num curso de capacitação, a gente recebe treinadores; como experiência, já que meus pais me acompanham nas clínicas, as famílias; para as crianças é uma imersão na natação de alto rendimento. Eles terão contato com a análise biomecânica e os equipamentos que os melhores nadadores do mundo usam, também ensino minhas técnicas. Para mim é um jeito de fomentar a natação”, comenta. 

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O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) promoveu palestra sobre como montar loja virtual de sucesso, na abertura da Feira do Empreendedor, no Hangar Centro de Convenções, em Belém. O evento começou na quarta-feira (16) e vai até sábado (19).

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Não somente para quem já investe e busca ampliar seus negócios, mas também para quem está iniciando no empreendedorismo, as orientações e dicas de como montar uma loja virtual despertaram o interesse do público que lotou o auditório II do Hangar. Carlos Eduardo Curioni, diretor executivo do site Elo7, destacou alguns pontos importantes que todo empreendedor precisa saber antes de montar sua loja virtual. “Primeiro tome a decisão do canal que você vai usar. Temos três tipos de canais: as lojas virtuais próprias, os marketplaces e as redes sociais. Cada uma tem suas características, suas vantagens e seus desafios. É preciso entender um pouquinho desse mundo, decidir em qual você vai estar e atentar para os públicos que compram on-line e também para os desejos desse consumidor”, afirmou.

 

Carlos Eduardo destacou benefícios e desafios de cada canal. Segundo ele, a loja virtual desenvolve a marca, fideliza os clientes, tem autonomia nas ações comerciais e as menores taxas de vendas (pagamentos), mas enfrenta os desafios de grande investimento inicial, custos fixos, investimento de marketing e conhecimentos técnicos.

O marketplace, explicou o consultor, é um espaço virtual onde se faz comércio eletrônico. Tem, segundo Carlos Eduardo, baixo custo de implantação e manutenção, estratégia de marketing e credibilidade. Conta com multiplataformas e acesso a tecnologia de ponta, escala e benefícios compartilhados (frete, por exemplo). Porém, enfrenta a competição concentrada em um único lugar, formação e criação da sua marca e a fidelização de clientes.

As redes sociais, apontou Carlos Eduardo, têm baixo custo de implantação e manutenção, distribuição e divulgação integrada e fidelização da base de seguidores e clientes. O desafio, observou o consultor, é controlar os fluxos de pagamentos, envios e avaliação não integrados. Ele assinalou, ainda, que cada vez mais iniciativas não pagas são menos efetivas, requerendo investimentos em marketing.

Segundo Carlos Eduardo, o mercado virtual está crescendo muito e os empreendedores precisam estar presentes nas plataformas digitais. Ele destacou os fatores que os empreendedores precisam considerar para ter uma presença on-line de sucesso: produto; divulgação e ações comerciais; atendimento, marca e identidade; reputação e credibilidade.

 

O público gostou da apresentação. “É um cenário que vem crescendo a cada dia. É importante que nós, que temos interesse em nos tornarmos empreendedores, possamos aprender com quem já está trabalhando com isso e quais as oportunidades que podemos conquistar”, disse Valdinei Souza (36), professor, que assistiu à palestra.

Por Rosiane Rodrigues.

A família controladora da rede de vestuário C&A estaria considerando a venda da companhia a um investidor chinês, afirmou a revista alemã Der Spiegel. Citando fontes não identificadas, a publicação acrescenta que o negócio estaria próximo de ser concluído.

A C&A opera centenas de lojas na Europa, América Latina e Ásia. A companhia foi fundada em 1841 na Holanda pelos irmãos Clemens e August Brenninkmeijer. A família Brenninkmeijer ainda controla a C&A através da Holding Cofra, baseada na Suíça.

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Em um comunicado, a Cofra afirmou que está "completamente comprometida em manter um negócio bem sucedido e com futuro para a C&A e que a companhia embarcou em um programa de transformação e crescimento".

Sem citar diretamente a venda, o comunicado continua: "a atual transformação da C&A inclui a investigação de formas de acelerar áreas prioritárias e de alto crescimento, como China, mercados emergentes e digital, o que pode potencialmente envolver parcerias e outros tipos de investimento externo". Fonte:

A empresa italiana Ferrero apresentou sua oferta final pela divisão de doces e chocolates da multinacional suíça Nestlé nos Estados Unidos. Segundo a emissora "CNBC", que cita fontes próximas às negociações, a companhia dona de ícones como Nutella, Ferrero Rocher e Kinder está na frente da norte-americana Hershey na briga pela aquisição.

O valor da operação pode chegar a US$ 2,5 bilhões, 25% a mais do que a imprensa dos EUA dissera que a Ferrero estava disposta a pagar em dezembro. Também contribui para a vantagem da empresa italiana o fato de a Hershey ter comprado recentemente a Amplify, dona das pipocas SkinnyPop, por US$ 1,6 bilhão.

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O vencedor do "leilão" feito pela Nestlé deve ser anunciado nas próximas semanas. A multinacional suíça quer vender sua divisão de doces nos Estados Unidos para se concentrar em setores de maior crescimento, como cafés, comidas para animais e água.

Da Ansa

A cultura paraense segue sendo exaltada no Podcast Cultural do Portal LeiaJá Pará. O programa desta semana, para aqueles ansiosos e que adoram se programar para o final de ano, mostra os significados das cores para a virada. Além disso, tem uma entrevista com o criador da Breja Bike, o professor da Universidade da Amazônia (Unama) Robson Macedo.

Breja Bike é uma empresa que vende chope em uma bicicleta. Sim, isso mesmo. Breja, para aqueles que não sabem, é uma gíria usada em alguns Estados do Brasil como sinônimo de cerveja e bike é bicicleta, ou seja, é literalmente cerveja de bicicleta.

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O chope é vendido em uma bicicleta adaptada para suportar o peso da “geladeira” e levar praticidade para aqueles que contratam o serviço. Mas como surgiu essa ideia divertida e diferente? Clique no link abaixo e descubra.

Por Larisse Maués, Letícia Lobato e Vanessa Rabelo.

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Quem vai visitar a Fenearte se depara com inúmeras criações. Cores, formas e muita criatividade invadem os corredores, onde entre eles há inúmeras histórias, que inspiram e motivam o público do evento. Relatos de superação, encontros e realizações tomam conta da feira que ganha forma pelas mãos dos artesãos.

Participando do evento há pouco tempo, a psicóloga Silviane Costa revela que sempre foi apaixonada por brinquedos e esse sentimento está sendo transformado, literalmente, em brincadeira para milhares de crianças. A profissional, que sempre atuou na área infantil, enxergou a partir do lúdico uma oportunidade de realizar um sonho.

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“Quando trabalhei em uma ONG percebi que os brinquedos eram essenciais para os atendimentos de ludoterapia, porém, as peças que existiam no mercado eram muito frágeis, ou seja, não tinham uma boa qualidade, ou eram muito caras”, lembra a artesã. Com essa dificuldade, ela resolveu criar os seus próprios brinquedos.

“Senti na pele a necessidade de ter objetos que atendessem às necessidade e que tivessem um preço justo. Com isso, decidi colocar a mão na massa e criar”, conta Silviane. Para desafio, ela contou, a princípio, com um sócio que posteriormente abandonou a ideia, mas logo em seguida a família entrou com tudo para ajudá-la.

Hoje, ela conta com a participação do marido Jorge de Carli e dos dois filhos. “Cada um tem uma participação especial e muito importante. Com a minha formação, acabo trabalhando na área de criação, aliando o conhecimento profissional da psicopedagocia com as necessidades vigentes. Já o meu marido fica com a parte de fabricação e os filhos com os desenhos e divulgação”, diz.

Com uma loja virtual, Silviane dispõe de inúmeros brinquedos que em sua maioria conta com a intervenção da criança e do adulto, como quebra cabeça para montar e pintar, brinquedos educativos, todos com materiais reciclados. “A ideia era criar produtos que não agridam o meio ambiente. Por isso, evitamos plástico, por exemplo,”, conclui. Atualmente, a artesão se dedica totalmente ao projeto.

Quem também apostou na produção de brinquedos de madeira foi o bancário Jamerson Pereira. Segundo o senhor, que está prestes a dar entrada na aposentadoria, ao visitar a Fenearte em uma oportunidade falou para a esposa que um dia estaria como expositor. Não demorou muito para o sonho dele se transformar em realidade e, hoje Jamerson está entre os artesãos que além de comercializar suas criações, levam diversão para várias crianças.

“Quando eu era garoto costumava construir os meus próprios brinquedos e na época tudo era muito diferente do apelo digital que existe hoje em dia”, lembra o artesão. “Parece que voltei no tempo. Considero um passa tempo que agora está gerando uma renda”, diz.

Segundo Jamerson, ele também conta com a colaboração de sua esposa, que trabalha como professora. “Para a criação dos brinquedos educativos, eu conto com a ajuda da minha esposa, que atua na área e me orienta quanto às suas necessidades”, fala. 

Serviço

O evento funciona das 14h às 22h de segunda a sexta, e das 10h às 22h no sábado e no domingo. Os ingressos de segunda a quinta custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), enquanto os de sexta a domingo estão por R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias do evento, no Centro de Artesanato de Pernambuco e nos shoppings RioMar (loja Riachuelo), Shopping Recife (quiosque Ticket Folia), Tacaruna (loja Riachuelo), Guararapes (quiosque Ticket Folia), Boa Vista (loja Riachuelo).

Uma das grandes dificuldades das empresas é reter os seus clientes. Afinal, com vários concorrentes e inúmeras opções de produtos e serviços, fidelizar a clientela se torna um desafio e para driblar a concorrência é necessário focar em estratégias segmentadas para cada negócio. Aliado a isso, as organizações precisam conhecer muito bem os clientes e, a partir desse reconhecimento, traçar objetivos que atendam às suas necessidades.

De acordo com a analista e consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Lívia Moura, com a crise econômica, as preocupações dos gestores 'dobraram'. Além de estabalecer estratégias de vender, também é necessário estreitar o relacionamento com o cliente. Conforme a consultora, existem inúmeras estratégias de gestão e de marketing que permeiam tanto o ambiente digital, quanto no offline.  

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A estratégia digital pode abranger a prática de Inbound Marketing ou ‘Marketing de Atração’, que tem como propósito atrair o público a partir de materiais publicados em blogs, em diversos formatos como podcasts, vídeo e eBooks newsletters. “Através do Inbound é possível fazer um filtro e entender o que o cliente procura. Porém, para isso, é necessário identificar o público, conhecer os seus hábitos e 'decifrar' a cabeça do cliente, lembrando de focar nos objetivos dos negócios”, ressalta Lívia.

Em relação às estratégias tradicionais, a consultora reforça que não há uma receita prática do que ser feito. Para ela, antes de tudo é muito importante conhecer a empresa, sua missão, seu objetivo, sua posição no mercado e as necessidades do cliente também. Para posteriormente, conseguir delinear as ações. Tendo em vista essas colocações, Lívia destaca algumas formas de fidelizar o público.  

“Tudo vai depender do modelo de negócio e da necessidade do cliente. O preço, o cartão fidelidade e a entrega do serviço ou produto são alguns deles. Para escolher é importante saber de que forma a empresa quer se sobressair em relação aos concorrentes, para assim atrair e fidelizar a clientela. Para isso, é necessário ter de forma clara, o objetivo, o momento e a maturidade da organização”, conclui.    

Quem está vivendo esse momento é o empresário Julio Araújo. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele conta que sempre pensou em estratégias diferentes para atrair o público e fidelizá-lo. Entretanto, com a crise, a necessidade de manter a clientela aumentou e ele precisou reforçar as ações. “Sempre me preocupei em proporcionar o melhor atendimento, porém, atualmente, temos que inovar e oferecer outros benefícios para agradar”, conta o empresário, que atua como cabeleireiro.


O empreendedor possui duas barbearias, uma em Olinda e outra no município de Paulista. Inauguradas em tempos distintos, a primeira em 2014 e a segunda em 2016, as empresas atendem apenas homens. Entre as estratégias traçadas para reter o público, Júlio apostou no preço, atendimento, ações promocionais e lançamento de novos espaços.

Uma das primeiras ações foi o preço. Quando o empresário percebeu que a frequência dos clientes estava reduzindo, ele tentou minimizar o aumento no bolso dos clientes. “Tinham pessoas que vinham toda semana e passaram a ir quinzenalmente ou mensalmente. Com isso, tive agir e comecei a renegociar com os fornecedores para o bolso do meu cliente não ser tão atingido”, explica.

Aliado ao preço, ele criou também estratégias promocionais. “O cartão fidelidade foi um deles, com ele, a pessoa que realizar dez cortes, ganha um. Além disso, lancei a promoção para estudante, de segunda a quarta e na quinta e sexta, ao comprar uma cerveja, o cliente ganha outra”, elenca Araújo. Já para os finais de semana tem o desconto do cliente fiel, na aquisição do corte e da barba”, explica.

Além das estratégias citadas, Júlio reforça que sempre procura participar de cursos para manter-se atualizado e oferecer as novas tendências para os seus clientes. Como o negócio é segmentado para homens, ele abriu um espaço para os pais levarem os filhos, fidelizando ainda mais a clientela. “O ‘Clube do Imperador Júnior’ veio para retomar costumes antigos, no qual os filhos acompanhavam os pais”, finaliza.  

O empresário Marcos Sousa, que está à frente da empresa de gestão esportiva GOAL Fitness & Wellness, aposta em ações digitais para atrair mais clientes. Para ele, o Inbound Marketing é a forma mais segura de prospectar e fidelizar a sua clientela. "Observo que esse formato é muito mais interessante! A partir de um conteúdo postado no nosso blog, que será lançado em agosto, o público será atraído de uma forma muita mais espontânea", explica Marcos.

 

Em relação aos resultados, ele conta que com as ações ele já conseguiu gerar 500 leads - clientes potenciais -, e conseguiu converter de 10% a 15% desse quantitativo, ou seja, das pessoas que foram impactadas pelo conteúdo, aproximadamente 50 contrataram o serviço. Em relação aos valores investidos, ele conta que pode variar de R$ 1.200 a R$ 3mil, dependendo das ferramentas e processos que serão contratados.

A Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), realiza de 6 a 9 de junho o curso “Cultura da bananeira: manejo e técnicas de produção”. Destinado a profissionais de assistência técnica e produtores rurais, o evento ocorre na sede da instituição e culmina, dia 9, com uma visita técnica em área de produtor no município de Santa Izabel do Pará.

O curso é uma demanda do Programa Pará Produtivo (Sedap), que visa estimular a formação de um novo polo de bananicultura nas mesorregiões metropolitana de Belém e nordeste paraense, impulsionando a produção com cultivos em bases técnicas como forma de garantir o abastecimento do mercado, além de emprego e renda na região. Segundo informações de Geraldo Tavares, gerente de fruticultura da Sedap, o Pará é atualmente o quinto maior produtor de banana do Brasil, com uma produção anual de cerca de 600 mil toneladas. Mesmo com essa produção, enfatiza Tavares, frutas como a banana alcançam índices de 90% de importação e no ano de 2016 o valor de comercialização desse fruto na Ceasa foi superior a R$ 80 milhões, recurso que foi para fora do Estado.

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O gerente de fruticultura da Sedap, Geraldo Tavares, abre a programação do curso falando sobre o panorama da bananicultura paraense. À tarde, o pesquisador da Embrapa Edilson Brasil conversa com os presentes sobre manejo do solo, nutrição e adubação da bananeira. No dia 7, o engenheiro agrônomo da Embrapa Antônio José Elias de Menezes apresenta o desempenho agronômico da BRS Pacoua, nova cultivar de bananeira lançada pela Embrapa especialmente para a região Norte do país. A programação continua com Oriel Lemos e Ilmarina Menezes, com os aspectos da produção de mudas in vitro e aclimatação de mudas em campo. O tema segue à tarde, com visita ao laboratório de biotecnologia da instituição.

No dia 8, a programação segue na Embrapa com a presença do pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Aristóteles Pires de Matos. Pela manhã, Aristóteles abordará as boas práticas agrícolas na produção integrada de bananas e na sequência, doenças: identificação e estratégias de controle e controle Integrado. À tarde o evento trata da identificação, estratégias de controle e controle integrado de pragas.

Uma visita técnica à área do produtor Luís Vilas-Boas, no município de Santa Izabel do Pará, para observar em campo todo o conteúdo debatido durante o curso, encerra a programação. Na propriedade, o produtor cultiva a BRS Pacoua em consórcio com cacau e açaí.

Desenvolvida especialmente para o Pará, a Embrapa lançou no final de 2016 a BRS Pacoua, uma nova cultivar de bananeira que apresenta resistência as principais pragas que atingem a cultura na região. Segundo o engenheiro agrônomo da Embrapa Amazônia Oriental, Antônio de Menezes, essa nova cultivar é do tipo prata, a mais apreciada pelos paraenses, assim como a mais cultivada no Estado.

Ele lembra que a BRS vem atender a uma demanda dessa cadeia produtiva e destaca que a nova bananeira apresenta maior produtividade e, principalmente, resistência às principais doenças que atacam os bananais no Brasil, como a Sigatoka-amarela, além de ser medianamente resistente também à Sigatoka-negra. “Essas características garantem ao produtor e ao consumidor final, um fruto com menor incidência de agrotóxicos, ou seja, mais saudável, além de menor índice de despencamento, o que confere à banana maior tempo de prateleira e valor agregado”, explicou Menezes.

Por Kélem Cabral, da assessoria da Embrapa.

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O mercado do Ver-o-Peso, em Belém, é o palco de realização para muitos empreendedores populares, gente capaz de administrar com simplicidade um serviço geralmente passado de geração em geração, transformando-o em tradição. A maioria das pessoas acha que para ser um empreendedor é preciso de capital amplo, de conhecimento científico e teórico, mas os feirantes provam ter habilidade para empreender com o mínimo de conhecimento. E um detalhe: boa parte do negócio na feira está na mão de mulheres.

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A feirante Maria Fátima da Silva mora em Marituba e sai de casa às 4h50 da manhã com destino ao Ver-O-Peso. A dona da barraquinha “Fátima Lanches” trabalha há sete anos vendendo lanches e café da manhã. As mercadorias são feitas por ela, que as leva sozinha no ônibus. “Só eu e Deus”, disse.

Fátima trabalha de terça a sábado com expediente de cinco da manhã às três e meia da tarde. “Abaixo de Deus, se eu quiser vir eu venho, se eu não quiser, eu não venho, fica fechado”. Apesar de o expediente ser reduzido, se comparado com o de outros feirantes, o dinheiro que ganha dá para ajudar na renda familiar. “Tenho família grande, o que eu ganho aqui ajuda”, disse a feirante.

Fátima garante que nunca sofreu preconceito no local de trabalho e diz que um segredo para atrair clientes é a simpatia. “Quem faz a clientela somos nós mesmos, tratando bem os fregueses.”

A vendedora de maniva (folhas moídas da mandioca) Dinair Barros é também uma empreendedora. Dinair começou como ajudante na barraca de maniçoba (comida regional feita de maniva e carne de porco) e agora já tem o seu próprio negócio. Na sua barraca vende maniva crua (R$ 3,00 o quilo), maniva pré-cozida (R$ 4,00 o quilo) e a maniva cozida (R$ 6,00 o quilo).

A maniva vem principalmente da Alça Viária, estrada que liga a Região Metropolitana de Belém aos municípios do Sudeste e Sul do Pará, e tem grande saída no período do Círio de Nazaré, tradicional festividade religiosa que ocorre em outubro na capital paraense. Fora dessa época, o seu público são os restaurantes que compram em grande quantidade. “Turista não compra, turista gosta de ver, de conhecer; quem compra mesmo somos nós paraenses e os restaurantes, mas eles não tem preferência entre maniva crua ou pré-cozida”, disse a vendedora.

Bellisa Santos é herdeira da “Cabana Zé Raimundo Buá”. Trabalha de sete da manhã às seis da noite vendendo banhos e perfumes feitos artesanalmente. Apesar de a crise financeira ter afetado 75% da venda dos produtos, a feirante diz que consegue se manter. “O movimento caiu um pouco, mas não foi muito. Com o dinheiro daqui dá pra pagar faculdade, carro, celular.”

Os feirantes do Ver-O-Peso afirmam que o serviço é passado de geração em geração. Apesar de alguns contribuírem para o INSS, a maioria se aposenta por idade e não por tempo de serviço.

Por Belisa Nunes, Irlaine Nóbrega e Jamyla Magno.

 

 

Ocorreu nos últimos dias 7 e 8, na Universidade da Amazônia (Unama), no campus Alcindo Cacela, a Feira de Economia Solidária. O objetivo do projeto é incentivar o consumo e desenvolvimento sustentável.A feira ocorreu das 8 às 20 horas no hall de entrada da instituição.O evento foi coordenado pelo professor João Claudio Arroyo.

A principal finalidade da feira é incentivar a cooperação, o trabalho em equipe, remunerar o trabalho, recompensar as pessoas envolvidas e buscar, no final da produção, o preço justo ao consumidor. “Existe uma gama de produtos e serviços, e a economia solidária não se baseia apenas em produtos, podem ser serviços também, seja a área de educação, marketing. É o processo”, relatou Pércio Carvalho, um dos coordenadores do projeto.

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Para reconhecer o trabalho do artesão, é feita a divulgação e conscientização das pessoas de acordo com o tipo dos produtos produzidos por elas. Promover satisfação e incentivo aos comerciantes também é uma das funções do projeto. “Para nós, como empreendedores individuais, tem uma importância muito grande. Alguns de nós nem CNPJ temos. É um incentivo que recebemos da Unama ao receber esse espaço”, disse a vendedora Marcilene Campelo. “É interessante, o projeto incentiva a comercialização de objetos fabricados no próprio Estado. Comprei e achei bastante barato, são os mesmos produtos que a gente encontra na praça da República, só que por um preço mais em conta aqui”, afirmou a universitária Lorena Gomes, visitante da feira. O público tem acesso a itens diversificados, com possibilidade de adquiri-los por um preço mais acessível.

A comerciante Isa de Carvalho relaciona a aquisição dos produtos ao reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos comerciantes, o que, além da contribuição financeira, também é essencial.  “O evento é muito adequado para a época, para o local. A economia solidária é uma coisa que veio pra ficar. Você encontra aqui economias diferentes, pessoas diferentes, e o artesão precisa dessa divulgação e conscientização da população para que reconheçam o trabalho dele.”

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Cada vez mais mulheres têm se lançado como empreendedoras no País. O caminho do negócio próprio é uma das alternativas para aumentar a rendimento ou até mesmo tornar a atividade como principal fonte de renda. Nos últimos quatorze anos, o número de empresárias subiu 34%, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em 2014, o País tinha 7,9 milhões de empresárias.

Um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que é a principal pesquisadora de empreendedorismo do mundo, aponta que, em 2014, 51,2% dos empreendedores que iniciam negócios são mulheres, o que contribui para o aumento da autonomia financeira das mulheres.

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Além disso, a renda obtida pelas mulheres tem ganhado cada vez mais importância no orçamento familiar. Isso porque quatro em cada dez lares brasileiros são chefiados por mulheres, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíios (PNAD). Dessas, 41% são donas de negócios próprios.

A estimativa do Sebrae é de o que o faturamento de 75% das empreendedoras chegue a R$ 24 mil por ano. Elas já ocupam 43,2% dos cargos de gerência nessas micro e pequenas empresas.

Um levantamento do Sebrae traçou o perfil das empresárias, que são sobretudo jovens: 40% delas são mulheres com menos de 34 anos que estão concentradas principalmente em quatro áreas de atuação: restaurantes (16%), serviços domésticos (16%), cabeleireiros (13%) e comércio de cosméticos (9%). A maior parte empreendem dentro de casa (35%).

Para incentivar o trabalho das mulheres que atuam no setor, todos os anos o Sebrae promove o Prêmio Mulher de Negócios, que premia as vencedoras com um curso de capacitação na área. O Sebrae avalia o relato dessas empreendedoras e os desafios enfrentados por elas para impulsionar os negócios.

O Sebrae ainda oferece formação para as mulheres que decidem entrar nesse ramo. Os cursos do órgão passam noções de empreendedorismo para o desenvolvimento de novos negócios. 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Sebrae

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