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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou a segunda sessão do julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. 

A sessão começou com a leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves (foto de destaque), que deve durar cerca de três horas. O documento tem aproximadamente 400 páginas.   

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Após o posicionamento do relator, os demais ministros passam a votar na seguinte sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.  Se for necessária mais uma sessão para julgar o caso, o TSE já reservou a terceira sessão para quinta-feira (29). 

Caso algum ministro faça um pedido de vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subirá para 90 dias. 

O tribunal julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação diante de embaixadores. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. 

Na quinta-feira (22), no primeiro dia do julgamento, o TSE ouviu os argumentos apresentados pelos advogados do partido que protocolou a ação, a defesa de Bolsonaro e a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

 O Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contratou o Instituto Voto Legal durante as eleições de 2022, para produzir relatórios sobre a segurança das urnas eletrônicas. A empresa recebeu do partido cinco parcelas de R$ 225 mil, somando R$ 1.125 milhão. As informações foram divulgadas através de uma publicação do jornalista Lauro Jardim. 

Na época, o parecer do Instituto Voto Legal solicitou a anulação dos votos registrados em 279 mil urnas durante o segundo turno da disputa presidencial. No entanto, esse pedido foi prontamente rejeitado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que além de descrevê-lo como falso, aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL por litigância de má-fé. 

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Vale ressaltar que, o julgamento de Bolsonaro em curso no TSE não está relacionado à contratação do Instituto Voto Legal ou aos relatórios produzidos por ele. O processo em questão diz respeito às declarações antidemocráticas feitas pelo ex-mandatário em um discurso no Palácio da Alvorada, na presença de embaixadores de diferentes países. 

A maioria da Câmara do Recife votou, nesta segunda-feira (26), em favor do requerimento enviado pelo vereador Fred Ferreira (PSC), que pede que a Casa de José Mariano repudie a Marcha da Maconha, evento realizado anualmente para debater os usos da maconha na sociedade, incluindo os usos recreativo, têxtil e farmacêutico. A mais recente edição da marcha aconteceu no último dia 20 de maio. 

O requerimento do parlamentar alega que o movimento “ignora os sérios problemas de saúde pública e sociais associados ao consumo dessa substância”. O documento não discute, vota, aprova ou reprova qualquer medida relacionada à proibição ou legalização da maconha; o pedido de Fred Ferreira cita unicamente o repúdio ao movimento social que ocupa as ruas do Recife anualmente. 

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Foram 17 votos favoráveis ao requerimento de repúdio, contra seis votos contrários à medida. Confira, abaixo, a votação e a justificativa de alguns dos parlamentares. 

Aderaldo Pinto (PSB) - Votou SIM 

Alcides Cardoso (PSDB) - Votou SIM 

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Aline Mariano (PP) - Abstenção de voto 

Almir Fernando (PCdoB) - Votou SIM 

Ana Lúcia (Republicanos) - Não votou/Presidiu a votação 

Chico Kiko (PP) - Não votou ou não estava presente 

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO 

Davi Muniz (PSB) - Votou SIM 

Doduel Varela (PP) - Votou SIM 

Ebinho Florêncio (Podemos) - Não votou ou não estava presente 

Eduardo Marques (PSB) - Votou SIM 

Eriberto Rafael (PP) - Não votou ou não estava presente 

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM 

Felipe Francismar (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Fred Ferreira (PSC, autor) - Votou SIM 

Gilberto Alves (Republicanos) - Votou SIM 

Hélio Guabiraba (PSB) - Votou NÃO 

Ivan Moraes (Psol) - Votou NÃO 

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO 

Joselito Ferreira (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Júnior Bocão (Cidadania) - Não votou ou não estava presente 

Liana Cirne (PT) - Não votou ou não estava presente 

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou SIM 

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO 

Marcos di Bria Jr (PSB) - Votou SIM 

Michelle Collins (PP) - Não votou ou não estava presente 

Osmar Ricardo (PT) - Não votou ou não estava presente 

Paulo Muniz (Solidariedade) - Votou SIM 

Pretas Juntas (Psol) - Votou NÃO 

Professor Mirinho (Solidariedade) - Votou SIM 

Rinaldo Jr (PSB) - Votou NÃO 

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM 

Samuel Salazar (MDB) - Votou SIM 

Tadeu Calheiros (Podemos) - Votou SIM 

Victor André Gomes (União Brasil) - Votou SIM 

Wilton Brito (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Zé Neto (Pros) - Não votou ou não estava presente 

Debate 

Requerimento, com a palavra de Fred Ferreira: “Como cristãos, acreditamos que a vida é um presente sagrado dado por Deus e temos a responsabilidade de cuidar do nosso corpo e da nossa mente, logo, devemos buscar uma vida de sobriedade, clareza mental e autocontrole. Dessa forma, a legalização da maconha contribui para a normalização do uso de drogas e para a propagação de comportamentos autodestrutivos na sociedade”. 

Aline Mariano, que se absteve de votar: “O que está acontecendo nesta Casa e é preciso ser dito para a cidade do Recife, é que o vereador [Fred Ferreira] está pobre de pautas. O vereador está discutindo o que não há motivo para discutir. Ele trouxe um projeto inócuo [que não causa dano] para esta Casa, coisa que só o Congresso Nacional tem a prerrogativa de votar, com o objetivo de confundir a população e para dizer a população que temos a prerrogativa de legislar sobre essa matéria e não temos. O que está sendo discutido não é ser contra ou a favor do uso de drogas, mas votar algo dessa natureza é confundir a população. O direito à liberdade de expressão todos têm. Se na Marcha, alguém está fazendo algo ilegal, que a polícia vá lá e impeça, mas a Casa está perdendo tempo enquanto temos tantos assuntos importantes para falar”. 

Ivan Moraes: “A Marcha da Maconha é uma atividade, um evento, organização, que há 16 anos no Recife reúne-se para debater a política de drogas. Em 16 anos já houve várias tentativas de proibi-la na Justiça e todas foram rechaçadas pela Justiça Brasileira, que diz que não há nade de ilegal na marcha. Já pensou se a gente começa a proibir manifestações de pessoas que são contra uma lei, seja lá qual for? Apesar de eu discordar da vereadora Aline sobre a legalização, eu concordo que nesta Casa a gente não pode mais viver de factoide”. 

Confira a votação na íntegra

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quinta-feira (22) que a proposta de reforma tributária deve ser analisada na primeira semana de julho pelo plenário da Casa. O texto da proposta foi discutido pela manhã com governadores e outros representantes dos 26 estados e do Distrito Federal.

“O texto será disponibilizado para que todos possam criticar, e não será o que vai ser votado. Na reunião foram feitas sugestões e eu entendo que serão acomodadas diante do texto. É um tema complexo, e o momento é agora e temos a obrigação de entregar a melhor reforma”, afirmou o parlamentar.

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De acordo com Lira, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentará o texto da reforma ainda nesta semana. 

Fundo de Desenvolvimento Regional

Entre os principais pontos de discussão está a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional. A medida permitiria aos estados reduzir alíquotas do mposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para atrair investimentos.

Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o dispositivo seria uma forma de compensar a arrecadação de estados produtores, como os do Centro-Oeste e do Norte. Em outra frente, o fundo poderia destinar recursos para os estados consumidores, que atualmente concedem benefícios fiscais.  “Como estados que não têm estrutura de outros poderão crescer? Precisamos de outra política para termos capacidade de crescimento”, defendeu Caiado, após o encontro. 

A proposta em discussão prevê a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O tributo substituiria duas contribuições – o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) – e três impostos – o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Serviços (ISS) e o ICMS. 

Atualmente, as contribuições ficam inteiramente com a União. O IPI é partilhado entre União e governos locais, o ICMS fica com os estados; e o ISS, com os municípios.

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) o texto principal do novo marco de regras fiscais para o governo federal (PLP 93/2023). Foram 57 votos a favor e 17 contrários ao texto-base. Os senadores votam agora os destaques ao texto. Depois do resultado final, o projeto volta para a Câmara dos Deputados para análise das mudanças que foram feitas pelo Senado. 

O relator do arcabouço fiscal, senador Omar Aziz (PSD-AM), retirou três conjuntos de despesas das regras de limitação ao crescimento dos gastos:  A complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) Investimentos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação Além disso, Omar aceitou uma emenda proposta pelo líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), durante a votação no Plenário. A emenda permite que o governo use uma estimativa de inflação anual para ampliar o seu limite de gastos ainda na fase de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). 

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O arcabouço fiscal fixa limites para o crescimento anual da despesa primária, segundo a combinação de dois critérios: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e um percentual sobre o crescimento da receita primária. Os parâmetros levam em conta a meta de resultado primário de dois anos antes. Entre 2024 e 2027, os gastos podem crescer até os seguintes limites:  70% da variação real da receita, caso a meta de dois anos antes tenha sido cumprida; ou 50% da variação real da receita, caso a meta de dois anos antes não tenha sido alcançada.

O texto prevê faixas de tolerância para a definição do resultado primário e assegura um crescimento mínimo para o limite de despesa: 0,6% ao ano. O projeto também fixa teto de 2,5% ao ano para a evolução dos gastos públicos federais, que vale mesmo que a aplicação dos 70% da variação da receita resulte em valor maior. 

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 *Da Agência Senado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que todos os estados da Federação precisam ser contemplados na reforma tributária (PECs 45/19 e 110/19). Com votação prevista no Plenário da Casa a partir da primeira semana de julho, a reforma deve simplificar a cobrança de tributos e garantir segurança jurídica para atrair investimentos, na avaliação de Lira.

  Nesta quinta-feira (22), o presidente da Câmara vai se reunir com os governadores e secretários estaduais de fazenda para debater o tema. O encontro será realizado na residência oficial a partir das 10 horas. Segundo Lira, a intenção é ouvir e acomodar sugestões dos chefes dos executivos estaduais antes da apresentação final do texto. 

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Nesta quarta-feira, Lira participou de evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo grupo Esfera Brasil, que contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

Fundo de Desenvolvimento Regional

O presidente destacou que as questões relacionadas à criação do Fundo de Desenvolvimento Regional poderão ser resolvidas na reunião. Esse fundo, que está no texto aprovado pelo Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária, compensaria o fim da guerra fiscal, que permite aos estados reduzir alíquotas de ICMS para atrair investimentos.  Governadores do Centro-Oeste e do Norte reivindicam esse fundo como uma forma de diferenciar o tratamento destas regiões na reforma.  Conheça os principais pontos do relatório do GT da reforma tributária A reforma cria o Imposto sobre Bens e Serviços, unificando ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins com cobrança no local de consumo do produto ou serviço, e prejudicaria estados produtores como Goiás e Mato Grosso, por exemplo. 

“Essa questão de fonte, dos valores, da divisão de fundo esperamos que seja resolvida ou que alternativas apareçam", afirmou Lira. "Temos um Brasil muito diferente e todos têm que ser contemplados de maneira muito firme, aberta e transparente. Vamos precisar de todos os votos, do norte, do sul, do nordeste. E a hora é agora”, disse. 

“Não podemos, por um detalhe ou outro, abrirmos mão de uma discussão clara sobre um sistema tributário que vai dar condições de ter um crescimento adequado”, prosseguiu o presidente.  Momento positivo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um momento positivo da economia brasileira e que a aprovação da reforma tributária pode fazer o País entrar num ciclo de desenvolvimento sustentável. 

“O que posso assegurar é que nas próximas semanas vamos mergulhar exclusivamente na tarefa de aprovar a reforma na Câmara. Muitos parlamentares querem aprovar a PEC antes do recesso, e não vai ser o valor do fundo [de Desenvolvimento Regional] que vai ser impeditivo disso. Uma hora vamos bater o martelo, e o fundo é um elemento desse arranjo”, disse Haddad. 

Pacheco também considera que o Congresso está maduro para debater o tema e afirmou que o bom momento que a economia brasileira está vivendo precisa da aprovação da reforma. “O coroamento da economia brasileira é a reforma tributária. Confio no bom senso, na obviedade da necessidade da reforma”, afirmou Pacheco. 

Pauta da Câmara

Arthur Lira adiantou ainda que, na primeira semana de julho, a Câmara terá uma semana intensa de votações importantes da pauta econômica, que inclui as mudanças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), as eventuais alterações do Senado sobre o arcabouço fiscal e a reforma tributária. 

O projeto que retoma o voto de qualidade em caso de empate nos julgamentos do Carf (PL 2384/23) deve ser votado no dia 3 de julho. 

Já as discussões e votações do arcabouço (Projeto de Lei Complementar 93/23) serão restritas às eventuais mudanças propostas pelos senadores. O texto já foi aprovado pela Câmara em maio. 

Outra proposta que deve ser votada na próxima semana é o projeto de lei que recria o Programa de Aquisição de Alimentos (PL 2920/23), cujo parecer foi apresentado nesta terça. Em seguida, os deputados vão analisar a reforma tributária em Plenário. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Executivos do Google disseram em depoimento à Polícia Federal que a empresa gastou cerca de R$ 2 milhões em anúncios sobre o PL das Fake News.

A informação foi confirmada pelo presidente do Google no Brasil, Fábio José Silva Coelho, e o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa Marcelo Lacerda.

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Eles foram ouvidos na semana passada no inquérito que investiga se a empresa manipulou buscas e fez campanha contra o texto. A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir de um ofício do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).

Os anúncios, segundo os depoimentos, foram veiculados em rádios, jornais, redes sociais e no próprio Google. Os executivos negaram, no entanto, que o objetivo fosse pressionar parlamentares a votar contra o projeto de lei.

"Os anúncios não tinham como objetivo manifestar oposição ao projeto de lei em questão, mas sim abrir espaço para o debate quanto as possíveis melhorias em seu texto", afirmou Coelho. "O Google é aberto ao diálogo e não é contra a regulamentação."

Autor de um artigo que acusou o PL de ‘aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil’, Marcelo Lacerda justificou que o objetivo do Google é tornar o debate mais ‘plural’.

Ambos negaram que a empresa tenha interferido no resultado das buscas sobre o projeto de lei ou tentado ‘direcionar a percepção’ dos usuários.

Os executivos disseram ainda que os textos publicados pelo Google sobre o projeto de lei refletem a posição institucional da empresa e tiveram como objetivo ‘demonstrar a possibilidade de aprimoramento do texto’.

​Foi apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco um projeto de lei que permite a criação de um Conselho Tutelar de Proteção Animal em Pernambuco. A proposta, de autoria do deputado Romero Albuquerque, tem como objetivo criar uma entidade encarregada de zelar pelo cumprimento dos direitos dos animais. O PL 763/2023 foi distribuído na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça no último dia 06. 

 De acordo com o texto, o órgão terá as seguintes atribuições: atender a população para prestar orientações sobre bons tratos, como oferecimento de água, abrigo adequado, castração e vacinação, informar sobre medidas de bem-estar animal; promover ações de incentivo à adoção; receber denúncias de casos de maus tratos; expedir notificações; encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência, entre outras. 

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“Assim como o tradicional age no interesse das crianças e adolescentes por serem mais vulneráveis, o Conselho Tutelar Animal terá essencialmente a mesma função de atuar em favor dos animais, justamente em razão do fator de sua vulnerabilidade”, explica o parlamentar   A proposta será discutida nas comissões de mérito da Alepe, antes de seguir para votação no plenário.

*Da assessoria 

Em mais um ataque ao PSDB em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) filiou ao PL no fim de semana o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, além de outras lideranças da região. Na disputa aberta por filiações, o ninho dos tucanos tem sido o principal alvo. Prefeitos da sigla têm sido atraídos ainda pelo governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e PSD. O partido chegou a ter 245 prefeitos no Estado; 30 já deixaram a sigla.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o partido calcula que irá perder metade dos prefeitos em São Paulo na próxima eleição.

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O ato em Jundiaí ocorreu dias antes de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Bolsonaro inelegível. Ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para atacar o processo eleitoral.

Bolsonaro foi acompanhado de Tarcísio de Freitas, do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do senador Marcos Pontes (PL-SP) e do deputado estadual André do Prado (PL-SP), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O ato culminou na filiação de sete prefeitos e quatro ex-prefeitos ao PL. Nove deles faziam parte do PSDB, enfraquecendo a sigla tucana.

Luiz Fernando Machado diz que mudou de partido com o objetivo de "contribuir com um projeto de País" em "oposição ao PT", algo que, para ele, não era mais viável no PSDB. "Para atender os interesses de Jundiaí, eu necessito de um partido que tenha força e projeção nacional sob a ótica de Congresso Nacional e sob a ótica de estrutura partidária", afirmou, em entrevista ao Estadão.

Divergências

Para Machado, o PSDB foi, por muito tempo, capaz de "administrar" o eleitor mais conservador que, segundo ele, é predominante no estado de São Paulo. Mas "a sociedade brasileira mudou e o PSDB não acompanhou essas transformações", afirmou.

Durante a pandemia, o prefeito de Jundiaí atuou a favor de medidas sanitárias no combate à pandemia, divergindo da postura assumida à época pelo agora companheiro de partido, o ex-presidente Bolsonaro.

No próprio evento de sábado, Bolsonaro disseminou mais fake news acerca da vacinação, alegando que ela teria grafeno em sua composição e que atacaria ovários e testículos. No domingo, voltou atrás e pediu desculpas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em reunião nesta quarta-feira, 14, com o deputado Coronel Meira (PL/PE), a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro bate o martelo e garante presença no Encontro PL Mulher - Pernambuco que acontecerá no dia 29 de julho na cidade do Recife.

"Pernambuco receberá pela primeira vez a reunião do PL Mulher, ao qual teremos a honra de contar com a presença de Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher Nacional que volta ao Recife para debater o futuro do Brasil e a fundamental participação das mulheres nesta caminhada de reconstrução política e social", informou Meira.

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*Da assessoria 

Especialistas ouvidos pelo Estadão se dividem sobre a margem que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria para derrubar o projeto de lei que pune a ‘discriminação’ contra políticos. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados e seguiu para o Senado.

A proposta atende políticos e autoridades que responderem a investigações ou processos, inclusive por corrupção e improbidade.

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O viés do projeto é financeiro: bancos e corretoras ficarão proibidos de recusar a abertura ou a manutenção de contas bancárias e a concessão de empréstimos com base em inquéritos ou ações judiciais. A pena pode chegar a quatro anos de reclusão para o responsável.

Um dos trechos mais polêmicos, o que tornava crime insultar políticos processados por corrupção, foi retirado do texto.

O PL não beneficia apenas políticos, mas um rol ampliado do que define como ‘pessoas politicamente expostas’. São familiares de políticos, membros de alto escalão do governo e do Judiciário, oficiais generais, dirigentes partidários e executivos de empresas públicas. A blindagem vale por cinco anos após a autoridade deixar o cargo.

O criminalista Miguel Pereira Neto não vê problemas formais no texto, o que em sua avaliação diminui o espaço para uma intervenção do STF, caso o tribunal seja acionado.

"Não vislumbro inconstitucionalidade. Acho interessante a previsão de necessidade de motivação idônea para a negativa de abertura de conta pelas instituições financeiras. Porque, de fato, tem acontecido muito de investigados não conseguirem manter suas contas nos principais bancos comerciais", explica o sócio do Lacaz Martins, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados.

O advogado afirma que, na rotina das instituições bancárias e financeiras, não é raro que contas de pessoas ‘politicamente expostas’ sejam encerradas unilateralmente.

"Um exemplo oriundo da própria norma: quando houve a possibilidade de regularização dos ativos de origem lícita no exterior, uma das condições para aprovação era que a pessoa não fosse politicamente exposta ou parente próximo. A própria Receita faz essa distinção, presumia ilegalidade", destaca.

Para o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Marco Antonio Nahum, que hoje compõe a equipe do Rubens Naves Santos Jr. Advogados, o projeto é ‘demagógico’ e ‘inoportuno’.

Um dos problemas, na leitura de Nahum, é uma punição ‘desproporcional’. Ele também avalia que, se for sancionado, o projeto deve sofrer diversas restrições para ser aplicado na prática.

"Leis que têm sua elaboração justificada apenas por um clamor social, midiático ou interesse corporativo fazem com que a legislação penal assuma o que se chama de caráter ‘simbólico’, que é constituído por definição de delitos criados pelo critério oportunista ou demagógico, que acabam acirrando ou aumentando o descrédito da sociedade em relação ao Direito Penal", critica. "O fim utilizado pela deputada autora do projeto não justifica a desmoralização do meio utilizado, ou seja, não justifica o descrédito que possa trazer ao Direito Penal e ao Poder Judiciário."

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deverá discutir, nos próximos dias, o Projeto de Lei “Vinicius Júnior” (PL Nº 806/2023), que prevê penalidades administrativas e individuais aplicáveis mediante atos de racismo, LGBTQI+fobia, e misoginia praticados nos estádios de futebol do estado. De autoria de Joel da Harpa (PL), o projeto altera a Lei 17.522, de 9 de dezembro de 2021, de autoria de João Paulo da Costa (Avante) e Gustavo Gouveia (Solidariedade), que já previa as penalidades descritas para essas condutas. 

Com o novo PL, ficam determinadas penalidades mais severas ao infrator e ao clube esportivo. À pessoa infratora, se aplicará advertência, multa de R$ 5 mil e proibição de frequentar estádios de futebol pelo período de 30 anos. A multa em dinheiro poderá ser dobrada a cada reincidência, tendo como limite o valor de R$ 200 mil.  

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Ao clube esportivo, também é determinada a advertência e multa de R$ 20 mil, dobrada a cada reincidência, podendo chegar a R$ 500 mil. “A linguagem da bola é universal. Contudo, os recentes episódios de discriminação racial ocorridos nas partidas de futebol em território brasileiro e em outros países do mundo, simbolizado nas agressões racistas de quem tem sido vítima o jogador brasileiro Vinicius Junior na Espanha, demonstram, de forma incontestável, que o preconceito é uma chaga que envergonha o nosso país e que tem que ser erradicada de uma vez por todas”, justifica o autor da proposta. 

Segundo o último Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em 2021, aconteceram 74 ocorrências racistas em jogos de futebol envolvendo brasileiros, sendo 64 casos no brasil e 10 no exterior. 

O caso mais recente, com o jogador Vinicius Junior, tomou repercussão mundial. O episódio, de maio deste ano, teve torcedores do Valencia proferindo insultos racistas contra o atleta brasileiro, no jogo ocorrido no Mestalla, o estádio do Valencia, em Madri. Dada a recorrência dos casos contra o jovem, o nome do Projeto de Lei. 

 

Um grupo de indígenas fez uma nova manifestação em São Paulo, neste domingo (4) contra a aprovação do marco temporal, que limita a demarcação de terras dos povos originários no País. Segundo a Polícia Militar, o ato ocorreu de forma pacífica.

O protesto foi realizado pelo povo Guarani, da Terra Indígena Jaraguá, na própria reserva onde os indígenas moram, na zona oeste da capital paulista. Anteriormente, o ato estava marcado na Rodovia dos Bandeirantes, mas foi proibido pela Justiça.

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Na última terça-feira, 30, um grupo de indígenas da mesma etnia bloqueou a rodovia, na altura do km 20, sentido capital, em protesto contra o projeto. Um caminhão da Tropa de Choque e oito viaturas da Polícia Militar de São Paulo foram acionados para liberar o tráfego.

O marco temporal foi aprovado pela Câmara no último dia 30, mas ainda será votado no Senado. O principal ponto do projeto estabelece em lei que somente territórios ocupados por indígenas na data da promulgação da Constituição 1988 podem ser demarcados como terras desses povos.

A proposta tem amplo apoio na bancada ruralista e o fato de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-PP), ter pautado o projeto para votação foi interpretado no Palácio do Planalto como um aviso de que o Centrão fustigará o governo de agora em diante. Lira é o principal expoente do Centrão e está em rota de colisão com o Planalto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento sobre o mesmo tema na próxima quarta-feira, dia 7. O Ministério dos Povos Indígenas se manifestou oficialmente contra a tese do marco temporal, classificando a proposta como um "genocídio legislado".

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou, nesta quarta-feira (31), o projeto de lei que estabelece mecanismos para estimular a igualdade de salários e dos critérios remuneratórios entre mulheres e homens que exercem a mesma função.

O PL 1.085/2023 cria regras para que a desigualdade salarial, já proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943), seja punida.   O texto tramita no Senado, em regime de urgência, em três comissões temáticas. Além da CDH, a matéria será apreciada também pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE) e, depois, será encaminha ao Plenário.

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A votação da matéria na CAE e na CAS também está prevista para esta quarta-feira.  Durante a discussão da proposta na CDH, a relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), decidiu acolher emenda apresentada pela senadora Augusta Brito (PT-CE) e assim resolver um impasse levantado por alguns senadores, como Carlos Viana (Podemos-MG). Ele alertou para a possibilidade de o projeto ser alvo de questionamentos jurídicos futuramente por tratar de forma igual salário e remunerações. 

 — Eu entendo que o Brasil precisa se debruçar nessas ações, isso é questão de justiça e de Estado. Mas o que nós estamos falando aqui é de institutos jurídicos. Igualdade salarial não é igualdade remuneratória. É diferente. Na justiça, os salários tem que ser iguais, mas a remuneração depende do esforço de cada um, da trajetória de cada um — argumentou o senador.

Para evitar insegurança jurídica, Zenaide acolheu a emenda e substituiu o termo “remuneratória” por “de critérios remuneratórios” sobre os quais “se pode esperar isonomia, sem exigir que o resultado da remuneração final seja igual”, afirmou. Zenaide aproveitou para conclamar as mulheres brasileiras a participarem mais da política e a se candidatarem mais a cargos públicos, lembrando que os direitos das mulheres são decididos no Congresso Nacional. 

A senadora Augusta Brito disse que esperava encontrar maior apoio ao projeto no Senado. Ela disse que durante a discussão na CAE, na terça-feira (30), não esperava tanto impasse. 

— Eu tenho até vergonha de falar que ainda hoje a gente tem que votar um projeto para que as pessoas entendam que mulheres e homens têm que ganhar o mesmo salário e a mesma remuneração se estiverem na mesma função. Isso para mim chega a doer. Infelizmente a gente tem que fazer o projeto, aprovar o projeto, porque não existe isso comumente — ressaltou.

A votação da matéria foi acompanhada na comissão pela ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves. Ela celebrou o acordo, mas disse que vai seguir acompanhando o trâmite da proposta nas demais comissões. Para ela, a igualdade salarial deve continuar como uma agenda urgente do governo e do Congresso.

— A igualdade salarial e remuneratória no Brasil tem urgência. Nós não podemos tirá-la da urgência em hipótese nenhuma no Senado. Nós vamos brigar para que hoje passe em todas as comissões. Porque nós não podemos aceitar que a desigualdade com as mulheres saia da urgência. Saia da pauta. Não adianta banalizar um debate que é político. Não adianta vir dizer que é a comissão do vendedor da loja. Nós estamos falando da entrada no mercado de trabalho. Nós estamos falando das mesmas condições de trabalho, num mesmo projeto quando entra, a comissão é outra coisa.

Na CAS e na CAE o relatório será apresentado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE).   Multa e indenização  Apresentada pelo Poder Executivo, a proposta foi aprovada no início de maio pela Câmara dos Deputados. O texto prevê a aplicação de uma multa 10 vezes maior que o salário mais alto da empresa quando for comprovada diferença salarial entre homens e mulheres para os mesmos cargos. Em caso de reincidência, a multa será dobrada.

Na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das diferenças salariais devidas não afasta o direito do empregado de promover ação de indenização por danos morais, considerando-se as especificidades do caso concreto. Atualmente a multa é igual a um salário-mínimo regional, elevada ao dobro, no caso de reincidência, sem prejuízo das demais medidas legais. 

A matéria também determina a publicação semestral de relatórios de transparência salarial e remuneratória pelas empresas com cem ou mais empregados, observada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709, de 2018) e dispõe que ato do Poder Executivo instituirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória.

Os relatórios conterão dados publicados de forma anônima e informações que permitam a comparação objetiva entre salários, remunerações e proporção de ocupação de cargos de direção, gerência e chefia por mulheres e homens, além de informações estatísticas sobre outras possíveis desigualdades decorrentes de raça, etnia, nacionalidade e idade.

Caso seja identificada desigualdade salarial ou dos critérios remuneratórios, as empresas privadas deverão apresentar e implementar planos de ação para mitigar essa desigualdade, com metas e prazos, garantida a participação de representantes das entidades sindicais e de representantes dos empregados nos locais de trabalho. Em caso de descumprimento das disposições, será aplicada multa administrativa no valor de até 3% da folha de salários do empregador, limitado a cem salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções.

O projeto prevê, como medidas para garantia da igualdade salarial, o estabelecimento de mecanismos de transparência salarial e dos critérios remuneratórios, incremento da fiscalização, disponibilização de canais específicos para denúncias de casos de discriminação salarial, promoção e implementação de programas de inclusão no ambiente de trabalho e fomento à capacitação e à formação de mulheres para o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.

O Poder Executivo federal disponibilizará de forma unificada, em plataforma digital de acesso público, as informações fornecidas pelas empresas e indicadores atualizados periodicamente sobre o mercado de trabalho e renda desagregados por sexo, inclusive indicadores de violência contra a mulher, de vagas em creches públicas, de acesso à formação técnica e superior e de serviços de saúde, bem como outros dados públicos que possam orientar a elaboração de políticas públicas.

Garantia

Em seu relatório, Zenaide considerou que a desigualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens é um problema grave que dificilmente será solucionado sem decisiva ação legislativa que determine a obrigatoriedade e disponha sobre meios para garantir que mulheres e homens recebam equivalente salário ou remuneração pelo trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função.

A senadora considera que a proposição é necessária para promover política pública de combate à discriminação no ambiente de trabalho e às diferenciações salariais que trazem efeitos em diversos setores da sociedade. Segundo ela, a atual redação do artigo 461 da CLT não veda expressamente a discriminação de gênero e possui efeito sancionador que se verifica predominantemente depois que o problema já ocorreu.

— Ela [legislação atual] não teve efetividade. Por isso a importância dessa lei, que, aliás, o Senado já aprovou duas vezes. O que acontece na vida real é que temos mulheres, no mínimo, com salário de 30% a 40% menor.

Zenaide explicou ainda que resolveu rejeitar duas emendas, da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que tinham a finalidade de incluir o fator “deficiência” como parâmetro para a definição dos comportamentos discriminatórios, por considerar que a discriminação contra pessoas com deficiência já é crime tipificado pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146, de 2015). Além disso, ela observou que, se acatasse essas emendas, o projeto teria de retornar para análise da Câmara dos Deputados, o que, segundo ela, atrasaria a vigência das medidas propostas.

*Da Agência Senado

O Trem do Forró receberá o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. A iniciativa é por meio do Projeto de Lei nº 79/2023, de autoria do vereador Rinaldo Júnior (PSB), foi aprovada na última quinta-feira (30) por unanimidade e segue para sanção do prefeito João Campos (PSB). 

“Nosso Projeto de Lei, agora aprovado por essa Casa, tem por objetivo promover o reconhecimento do Trem do Forró como um dos nossos símbolos do São João. E é o Recife que tem o único Trem do Forró, muito tradicional em Pernambuco. São 33 anos promovendo uma festa sob trilhos", destacou o autor do PL. 

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Na aocasião da votação, o idealizador do Trem do Forró,  Anderson Pacheco, comemorou a homenagem. "Fico extremamente feliz com este reconhecimento do nosso projeto. São 33 anos. Isso é uma data. Eu sempre disse que é um produto do São João da capital pernambucana. O que o Recife tem a oferecer no São João? Uma das atrações é o Trem do Forró. Independentemente se ele vai pra Caruaru, para o Cabo ou Gravatá, o turista tem que vir à capital pernambucana. E o Recife oferece essa grande opção, que é o Trem. Felizmente, esse ano tivemos o reconhecimento da Câmara do Recife. É algo muito gratificante", disse. 

Trem do Forró 2023

Nesta edição do Trem do Forró, os entusiastas dos festejos juninos terão seis oportunidades de embarcar na festa sob trilhos. Com viagens nos dias 10 (com ingressos esgotados), 11, 17, 18, 24 e 25 de junho, os interessados podem adquirir os ingressos através dos quiosques do Ticket Folia (Shopping Boa Vista e Rio Mar Shopping), como também por meio do site da atração. Os ingressos custam entre R$ 180 e R$ 210 reais.

A Câmara aprovou o texto-base do projeto de lei 490/2007, o chamado PL do Marco Temporal, nesta terça-feira, 30, por 283 votos a 155, em uma derrota ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de governistas terem tentado adiar a votação, a proposta contou também com votos de parlamentares de partidos da base. O principal ponto do projeto é estabelecer em lei que somente territórios ocupados por indígenas na data da promulgação da Constituição 1988 podem ser demarcados como terras indígenas.

O texto, que seguirá ainda ao Senado, era uma demanda dos ruralistas e foi votado sob protesto de parlamentares de esquerda e movimentos indigenistas. Governistas já falam em judicializar a votação em que saíram derrotados.

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Na prática, se promulgada, a lei vai paralisar todos os processos de demarcação em andamento. Há pelo menos 303 em tramitação. Hoje, o Brasil tem 421 terras indígenas homologadas. Elas somam 106 milhões de hectares e têm cerca de 466 mil indígenas.

Com a aprovação, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), e a cúpula da Casa pretendiam passar um recado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte retomará um julgamento sobre demarcação de terras indígenas na próxima terça-feira, 6.

"Tenho certeza que a sinalização da Câmara, aprovando esse projeto de lei, fará com que Supremo reflita e pelo menos paralise essa querela jurídica que está marcada para se julgada em junho", afirmou Arthur Maia (União-BA), autor do texto aprovado. "Estamos mandando a nossa mensagem ao Supremo, a de poder harmônico, mas altivo. Não podemos aceitar que outros Poderes invadam nossa prerrogativa".

Os deputados favoráveis à proposta argumentam que ela foi construída à luz do julgamento do Supremo sobre a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em 2009. Na ocasião, o marco temporal foi considerado. Para eles, as condicionantes daquele julgamento devem ser tratados como paradigma.

Os contrários ao texto, porém, ressaltam que o debate não foi esgotado pelo Supremo e que há diversos precedentes que afirmam que o marco temporal e as condicionantes do caso Raposa Serra do Sol são aplicáveis somente para a demarcação daquela terra indígena específica.

Para a deputada governista Juliana Cardoso (PT-SP), o projeto é um retrocesso. "É o projeto da morte, da perversidade do lucro acima da vida humana. Esse ‘PL da morte’ quer acabar de novo com direito adquirido e promover a injustiça. É um crime contra os povos indígenas", disse.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que tentou articular o adiamento da votação, mas foi superado. "Respeitando aqueles que são d governo e votam a favor, mas o governo não tem como encaminhar o voto ‘não’ a essa matéria porque compreende que é um erro votar esse projeto agora", disse, na discussão.

Segundo estimativas da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), principal fiadora da proposta, as terras indígenas são cerca de 14% do território nacional. Se todos os processos de demarcação em curso fossem encerrados, seriam 30%. A produção agrícola abrange 24% do território brasileiro.

Apesar de a chamada tese do "marco temporal" ser o principal item do PL 490/2007, ele altera políticas indigenistas que vigoram há décadas. Uma delas reacende a possibilidade de contato com povos que vivem em isolamento voluntário, prática que marcou a relação da ditadura militar com indígenas.

O texto cria a possibilidade de contato com indígenas que vivem em isolamento voluntário para ações de "utilidade pública", inclusive por meio de "entidades particulares, nacionais ou internacionais", contratadas pelo Estado. O projeto não especifica quais seriam as atividades de utilidade pública admitidas.

Por se tratar de expressão genérica, parlamentares e movimentos contrários ao projeto temem que o dispositivo permita o contato forçado até para missões religiosas. O relator, deputado Arthur Maia, afirmou que o texto atrela o contato ao controle da Fundação Nacional do Índio (Funai) e que seu objetivo foi o de apenas evitar que organizações não governamentais estrangeiras acessem povos isolados no Brasil sem a fiscalização do governo.

Antes da aprovação do texto, o governo sofreu duas derrotas expressivas. Primeiro, apresentou requerimento para retirar o projeto da pauta. Obteve apenas 123 votos favoráveis, contra 257 contrários. Depois a oposição, pediu para abreviar a discussão e conseguiu 311 apoios. O governo, só 137.

Após o encerramento da discussão, o relator do projeto de lei sobre o marco temporal da ocupação de terras por povos indígenas (PL 490/07), deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), acatou uma das nove emendas de Plenário apresentadas pela deputada Duda Salabert (PDT-MG). Ela apresentou emendas que pretendiam excluir artigos do projeto.

A emenda aprovada retira do texto que passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) dispositivo que listava quatro situações nas quais o usufruto dos indígenas sobre a terra não se aplicariam, como aproveitamento de recursos hídricos e potenciais energéticos e os resultados de mineração ou garimpagem.

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No restante do texto, não houve mudanças.  Constituição de 1988 O projeto restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da nova Constituição federal.

De acordo com o substitutivo, para serem consideradas terras ocupadas tradicionalmente deverá ser comprovado objetivamente que essas terras, na data de promulgação da Constituição, eram, ao mesmo tempo, habitadas em caráter permanente, usadas para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

Dessa forma, se a comunidade indígena não ocupava determinado território antes desse marco temporal, independentemente da causa, a terra não poderá ser reconhecida como tradicionalmente ocupada.

Supremo Em sessão marcada para o dia 7 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode votar uma ação sobre o tema, definindo se a promulgação da Constituição pode servir como marco temporal para essa finalidade.  O STF já adiou por sete vezes esse julgamento. A última vez ocorreu em junho de 2022.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, entregou, pessoalmente, ao presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto, o projeto de lei que eleva o salário de todos os servidores do Judiciário pernambucano. A reunião aconteceu nesta terça-feira (30).

  Acompanhado do desembargador Jorge Américo Pereira de Lira, membro da Comissão de Organização Judiciária e de Regimento Interno (Cojuri), o presidente pediu ao chefe do Legislativo que o projeto de lei tramite com agilidade.  A ideia do presidente do TJPE é que o projeto de lei seja aprovado e promulgado no mês de junho, de maneira que a aplicação linear do índice de 4,1% aconteça também em junho, com efeito retroativo a maio.

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“O Tribunal atendeu ao pleito apresentado pelos órgãos de representação dos servidores. O índice proposto recompõe a inflação e será o mesmo para todos os servidores. Agora é o momento de pedirmos celeridade à Alepe para que o aumento comece a valer o quanto antes”, disse o presidente Luiz Carlos Figueirêdo.

A agilidade é importante porque, por força de lei, a partir de 1º de agosto nenhum projeto que represente aumento de gasto poderá ser encaminhado ao Legislativo, afinal a atual gestão estará a seis meses do fim. Além disso, é importante lembrar que a partir de 23 de junho o próprio Judiciário entrará em recesso forense. Em julho, o recesso será no  Legislativo.

Além do presidente da Alepe, receberam os desembargadores os deputados Renato Antunes e Gustavo Gouveia, além do chefe de gabinete da Presidência da Alepe, Pedro Paiva, e o secretário-geral da Mesa Diretora, Maurício da Fonte.

“Mesmo numa conjuntura de aperto orçamentário e financeiro, estamos fazendo o possível para valorizar nossos servidores, sempre com responsabilidade e zelo com as contas públicas. Estamos torcendo para que o bom senso prevaleça e que a população pernambucana não seja penalizada na prestação dos serviços jurisdicionais”, finalizou o presidente.

*Da assessoria 

Diversos representantes de povos indígenas protestaram no Salão Verde da Câmara dos Deputados contra a votação marcada para esta segunda-feira (30) do marco temporal de terras indígenas. Marco temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição. 

A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) afirmou que a tese, se aprovada, representará um genocídio. “É um genocídio legislado. O PL 490/07 é um perigo para a humanidade por permitir que se adentre territórios indígenas”, protestou a parlamentar. 

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O que é marco temporal e quais são os argumentos favoráveis e contrários

A deputada Juliana Cardoso (PT-SP) afirmou que o projeto é um retrocesso em relação à pauta ambiental no mundo. “Defendemos uma economia na qual caibam a relação ambiental, nossos povos e nossa cultura”, disse.  A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, pediu a retirada da proposta da pauta de hoje da Câmara.

“Vai afetar os povos isolados e vai permitir a entrada de terceiros onde vivem pessoas e povos que nunca tiveram contato com a sociedade”. Segundo ela, o PL 490/07 ainda permite o garimpo ilegal nessas terras. “Estamos lutando para acabar com o garimpo ilegal, nós assistimos o crime humanitário contra os yanomamis”, criticou a ministra. 

O representante da Articulação dos Povos Indígenas no Brasil, Kleber Karipuna, cobrou que o Supremo Tribunal Federal julgue o marco temporal. O julgamento está marcado para o dia 7 de junho. Os ministros vão decidir se a promulgação da Constituição Federal deve ser adotada como parâmetro para definir a ocupação tradicional da terra por indígenas. O relator da ação, ministro Edson Fachin, votou contra a tese do marco temporal. 

“Pedimos a continuidade da votação do marco temporal no dia 7 de junho na pauta do Supremo e que ele não se acovarde para negociar a aprovação do PL 490/07.  Frente agropecuária quer votação O coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirma que os parlamentares estão com boa expectativa da votação sobre o marco temporal. Segundo ele, os deputados estão negociando com os ministros do STF o adiamento do julgamento para que o Congresso dê tempo de aprovar a proposta. “A Câmara está fazendo seu papel de legislar”, disse Lupion. 

“Que o STF suspenda o julgamento, porque estamos fazendo nossa parte para que esse problema se resolva e acabe qualquer vazio legal em relação a essa questão”, afirmou o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

Um caminhão da Tropa de Choque e oito viaturas da Polícia Militar de São Paulo foram acionados para liberar o tráfego na Rodovia dos Bandeirantes na manhã desta terça-feira, 30. Um grupo de indígenas da etnia Guarani bloqueava a via, na altura do km 20, sentido capital. Barricadas com pneus em chamas foram montadas antes das 6h e interromperam totalmente o tráfego na rodovia, provocando mais de 6 km de congestionamento no início da manhã.

A Tropa de Choque agiu pouco antes das 9 horas, usando bombas de efeito moral e jatos d’água. Houve um princípio de confronto com parte dos indígenas, mas a rodovia acabou liberada em cerca de 15 minutos.

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Indígenas seguem concentrados no acostamento da rodovia, em protesto contra a votação do PL 490, mas o tráfego foi totalmente liberado. O projeto de lei define a adoção do chamado marco temporal para a demarcação de terras indígenas no País. O texto, que pode ser votado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados, define que apenas as populações que comprovarem a ocupação de territórios até outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição, podem reivindicar a demarcação de terras.

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