Você já deve ter ouvido falar na palavra "plataforma", não é? Esse termo, que virou moda de uns tempos para cá, foi importado da indústria naval e incorporado pela área da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Plataforma virou sinônimo para Aplicativos (App) e soluções na web. Mas será que essa explicação é a mais correta ou a mais precisa? A resposta é: não. Para uma solução de TIC ser considerada "plataforma" não basta prover um serviço, precisa, na verdade, funcionar como um ambiente que permita interação entre quem produz e quem consome.
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Quando o Governo oferece, por exemplo, um serviço de emissão de IPTU online, ele está oferecendo apenas um simples serviço digital. Por outro lado, quando um Governo oferta uma solução, a exemplo do Transforma Recife, que permite conectar um voluntário com uma ONG que precisa de um determinado serviço profissional, aí sim trata-se de uma plataforma. Nesse último caso, perceba que o Governo promoveu uma solução digital que funcionou como local de conexão entre o voluntário e a ONG.
Esse ambiente de interação entre cidadãos mediado pelo governo não é uma ideia tão nova assim. Aliás, é bem antiga. Vem do Século II, quando durante o Império de Trajano foi inaugurado um mercado público que contava com mais de cem lojas distribuídas numa edificação de cinco pavimentos. Naquele espaço, mediado pelo governo do Imperador, as relações comerciais aconteciam na Plataforma, mercado público, influenciando diretamente no desenvolvimento econômico do pujante império.
Acontece que para além das “esferas físicas”, que aprendemos no início das ciências: litosfera, hidrosfera, biosfera e atmosfera, o ser humano criou outra esfera, a “Internetosfera”, fazendo surgir um mundo paralelo de bits e bytes em que deixamos de “entrar na internet” e passamos a viver dentro dela, em mais da metade do ano, conforme pesquisa da NordVPN.
Ambientes de interação virtual passaram a fazer parte do nosso cotidiano: nos aplicativos de transporte, no entretenimento ou mesmo nas finanças. O ato de levantar a mão para ter a esperança de pegar um táxi no meio da rua, ou a aplicação de uma multa por não rebobinar a fita de vídeo foram enterrados e agora fazem parte do passado.
E os Governos?
De maneira geral eles ainda permanecem analógicos enquanto a sociedade gira na esfera digital. Alguns governantes ignoraram as pontes virtuais possíveis na internetosfera e, de certa forma, engatinham em direção ao desenvolvimento.
Mas, essa omissão não acontece no Recife. A prefeitura colocou a Transformação Digital no centro de suas ações. Diversas plataformas estão rodando no Conecta Recife, hub digital do Executivo Municipal. O “GO Recife” é um exemplo dessa modernização. Nele é possível unir quem gera oportunidade com as pessoas que buscam por uma chance de trabalho.
No “Família Acolhedora”, outro case que está dentro do Conecta, é possível que crianças e adolescentes vítimas de violações dos seus direitos encontrem pessoas que possam acolhê-las num lar afetivo.E no “Quero Impactar” o cidadão pode se conectar com ONGs em que acredita e doar parte do seu imposto de renda para manutenção das atividades que elas realizam.
No Recife, assim como a sede física da Prefeitura, o cidadão pode contar com sua sede digital, o Conecta Recife. Aproveitando os termos da industrial naval, fica aberto a todos o convite para conhecer a plataforma Conecta Recife e o Conecta Zap (81) 991171407 e assim ter acessos aos mais de 500 serviços municipais de maneira simples, fácil, transparente e segura. Bora navegar?
*Por Rafael Figueiredo
Chefe de Tecnologia do Município do Recife e Vice-presidente da Emprel.