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A delegada Patrícia Domingos oficializou sua chegada ao PSDB em um evento realizado neste sábado (26) na sede pernambucana do partido, que fica no Derby, região central do Recife. A chefe de Polícia Civil já havia manifestado, em setembro do ano passado, o seu interesse em mudar de aposta e seguir para o Poder Legislativo, mas não confirmou, à época, o convite e nem a esfera política da futura candidatura. Com a filiação, no entanto, Domingos acaba de confirmar que irá disputar um assento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

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A servidora, que é nova na política, e se considera uma “outsider” com aposta na ética e que se opõe ao projeto “personalista” que atualmente gere Pernambuco. “A gente vê na política o melhor dos instrumentos da transformação social, seja no Executivo ou no Legislativo, o político em si tem a oportunidade de mudar a vida das pessoas. Eu acredito muito nessa renovação da política e que as pessoas, os outsiders da política, pessoas bem intencionadas, que querem fazer política com seriedade e com coragem, precisam ocupar os espaços. Porque se a gente não ocupar os espaços, eles sempre serão ocupados por políticos que têm projetos pessoais cuja prioridade não é a população”, declarou a pré-candidata ao LeiaJá.

Chegada ao Podemos em fevereiro de 2020, Domingos passou aproximadamente dois anos junto no seu primeiro partido, que lhe ofereceu uma campanha junto ao deputado federal Ricardo Teobaldo. A delegada se desfiliou da sigla há menos de duas semanas, para seguir junto ao PSDB.

“Eu acredito muito no projeto de Raquel Lyra. O projeto dela é de propor reais mudanças pro estado de Pernambuco, gerar melhorias no serviço público, e tratar o dinheiro público com respeito. Priorizando a transformação da vida das pessoas. Não é um projeto personalista. Entrei também para fazer parte de uma chapa que tem uma forte presença feminina. Acredito não só que as mulheres precisam ocupar esse espaço na política. A mulher traz um olhar de sensibilidade”, continuou a servidora ao justificar a escolha da nova Casa.

Patrícia Domingos foi a candidata do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Recife, nas últimas eleições, ocorridas em 2020. A delegada ficou em quarto lugar no primeiro turno, atrás de João Campos (PSB), hoje prefeito, com 29,17%; Marília Arraes (PT), com 27,95%; e Mendonça Filho (DEM), com 25,11%. Domingos angariou 112.296 votos ou 14,06%. Do pódio, ela era a única recém-chegada à política e disputava sua primeira eleição.

Quando perguntada pela reportagem sobre as lições deixadas pela primeira experiência, a tucana afirmou que passou a confiar mais no próprio projeto. “A gente conseguiu provar na prática que é possível fazer a boa política, de forma correta e honesta, com poucos recursos, mas muita força de vontade. Conseguimos para nossa campanha um grupo de pessoas que se uniram e se voluntariaram, não eram simplesmente eleitores, mas pessoas que eram multiplicadoras das nossas ideias. Conseguir numa primeira eleição aproximadamente 113 mil votos ideológicos, orgânicos, de pessoas que levantaram a sua bandeira por realmente acreditaram, é o que me move, hoje, a entrar na política”, completou.

Reunião de tucanos

O evento de filiação de Patrícia Domingos também acolheu duas novas figuras no partido: o professor e pesquisador Kenys Bonatti, indicação de Raquel Lyra para o “eixo acadêmico” da legenda; e a agora pré-candidata a deputada federal Ianny Carvalho, sertaneja de Mirandiba e filha do ex-prefeito do município, João Batista.

Também estiveram presentes os tucanos Armando Monteiro, ex-senador; a deputada estadual Priscila Krause; o vereador Alcides Cardoso; Dona Graça, prefeita de Catende; e a professora Elcione, prefeita de Igarassu.

A co-deputada pernambucana Robeyoncé Lima (PSOL), primeira mulher trans a conquistar um assento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), anunciou em suas redes sociais que agora é pré-candidata a deputada federal pelo partido. “É preciso ter muita coragem para dar um novo passo. Mas é preciso ser travesti, preta e nordestina para entender que já passou da hora de nossos corpos retomarem o terreiro que abriga o Congresso Nacional”, declarou a parlamentar nesta sexta-feira (11). 

O anúncio tem sido bem recebido pelos eleitores, apoiadores do mandato das Juntas Co-deputadas, do qual Robeyoncé faz parte, assim como recebeu apoio de outras figuras trans do Legislativo, como é o caso da vereadora paulistana Erika Hilton, também do PSOL. Robeyoncé também afirma que o passo mais largo foi inteiramente dialogado com as colegas de mandato e que é uma forma de levar o projeto das Juntas ao Congresso. 

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“É por isso que, inquieta com a ausência de representação e provocada pelo desejo de reconstruir, radicalizar e racializar a democracia desse país, que me somarei às dezenas de travestis e transexuais e ao enorme contingente de pessoas negras que anunciarão que 2022 é ano de reintegração de posse, ano de ocupação na Câmara Federal!”, continuou a pré-candidata, que chama a possível futura bancada federal de “depuTRAVAS”.  

Em 2017, Robeyoncé Lima, uma mulher negra e travesti, se tornou a segunda advogada trans do país a receber uma certidão que garante o uso do nome social na carteira da Ordem dos Advogados do Brasil. A primeira foi Márcia Rocha, de São Paulo. Também primeira advogada trans do Norte e do Nordeste, foi pioneira na Alepe pela legenda. 

A advogada compõe o coletivo “Juntas” que se uniu em prol de uma candidatura única, visando eleger representantes das minorias sociais. Além de Lima, foram eleitas na mesma chapa a jornalista Carol Vergolino, a ambulante Jô Cavalcanti, a professora Kátia Cunha e a militante Joelma Carla. 

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Após contornar resistências no próprio partido, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) lança, nesta sexta-feira (21), ainda sob desconfiança interna, sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Após reunião com a Executiva na segunda-feira (17), parte do PDT unificou o discurso de apoio ao nome de Ciro e tem dito que a convenção afastará rumores de isolamento do pedetista. Uma ala, no entanto, insiste em defender que a legenda não tenha candidato próprio e use o dinheiro do fundo eleitoral para investir no aumento das cadeiras na Câmara.

No cerne da resistência a um palanque próprio, além da divisão do fundo eleitoral, está o fim das coligações nas eleições proporcionais, o que, na avaliação de parlamentares da sigla, abre espaço para a busca por uma federação partidária, como a proposta pelo PT. O presidenciável, por sua vez, resiste.

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Mote

Convencer o "eleitor cansado da polarização" deve ser um dos motes da campanha previstos pelos apoiadores, reforçando a investida do pedetista contra o ex-juiz e presidenciável do Podemos, Sérgio Moro, que disputa votos da chamada "terceira via".

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, o tema da pré-campanha lançada hoje será "rebeldia da esperança", que, segundo o dirigente, pode dialogar com o perfil do eleitor desejado pelo partido. "A gente quer consolidar o voto dessa juventude rebelde contra o sistema, a ignorância, o negacionismo e todo tipo de discriminação", disse Lupi.

O cientista político Bruno Soller observou que, historicamente, Ciro "conversa com um público, que enxerga a economia de uma forma mais planificada", de perfil etário e renda maior que a média brasileira. Para o especialista, o pedetista, que tem oscilado para baixo dentro da margem de erro em pesquisas de intenção de voto, terá como desafio conquistar o eleitor do PT, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria capturando o voto de quem quer derrotar Jair Bolsonaro nas urnas.

Em sua quarta tentativa de chegar ao Planalto, Ciro, que já foi ministro nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, prefeito de Fortaleza, governador e secretário de Saúde do Ceará, além de deputado federal e estadual, quer se mostrar como opção a "tudo o que está aí". Parte da bancada aposta no crescimento de Ciro nas pesquisas a partir de abril - até agora, o ex-ministro não alcançou os desejados dois dígitos.

Marina

Uma das estratégias do partido também tem sido ventilar o nome da ex-ministra Marina Silva como possível vice. "Isso só depende de os dois quererem e aceitarem", disse Lupi, ao reforçar a boa relação entre Ciro e Marina. O PDT, contudo, terá de entrar em um cabo de guerra com o PT para conquistar a Rede em uma possível federação partidária.

"Vamos ter o lançamento da pré-candidatura justamente para justificar quaisquer rumores que envolvam um isolamento. Estamos todos de forma uníssona", afirmou o deputado André Figueiredo (CE). "A bancada está junta", disse o também deputado Mário Heringer (MG).

Um dos alvos preferenciais dos partidos de centro, de direita e de esquerda para compor uma chapa presidencial em 2022, o MDB lança nesta quarta (8) a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto. Única mulher até agora a ter o nome colocado na disputa e fortalecida por uma participação importante da CPI da Covid, Simone terá o desafio de fazer seu nome decolar mais rapidamente do que a ação dos partidos que desejam ter o apoio do MDB para seus próprios candidatos.

Reposicionamento

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Citada como uma espécie de "vice ideal" por aliados de pré-candidatos como João Doria (PSDB), Sérgio Moro (Podemos) e Rodrigo Pacheco (PSD), Simone trabalha para fortalecer sua candidatura. Tem o apoio do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), que enxerga o movimento como uma possibilidade de reposicionar o partido no jogo político. Além disso, o perfil da candidatura de Simone é visto com grande potencial para atrair o eleitor insatisfeito com a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. Com a exceção de Sérgio Moro, cuja candidatura começou a ganhar tração nas pesquisas, outros nomes da chamada terceira via são vistos no mesmo estágio (ou abaixo) de popularidade que o de Simone.

Em conversas recentes, questionada sobre a possibilidade de uma composição como vice, Simone tem sido aguda na resposta. E rebate dizendo que vai conversar c sobre a vaga de número dois na chapa que pretende encabeçar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O MDB lança a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto apostando em um diferencial. Será o primeiro grande partido - e possivelmente o único - com uma mulher na disputa de 2022. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), de 51 anos, é tratada internamente como uma peça fundamental nos planos da sigla, que busca resistir ao governismo e recuperar protagonismo para a corrida sucessória. Ela é cortejada por Sérgio Moro (Podemos) para compor sua chapa nas eleições presidenciais, mas o partido descarta aproximação com o ex-juiz. O perfil arejado da parlamentar, a história familiar nas fileiras emedebistas e a atuação destacada na CPI da Covid fizeram a senadora ser vista como oportunidade de o partido renovar a própria imagem e de se diferenciar no congestionamento da terceira via.

A cúpula emedebista quer chegar ao evento de lançamento, ainda sem data prevista, com a definição dos nomes que vão liderar a estratégia de marketing e o plano econômico. Uma mulher deverá ficar a cargo das questões fazendárias - a economista Zeina Latif foi convidada. O detalhe importante para uma senadora feminista que não gosta de se autodefinir com o termo, mas milita nas pautas de gênero. Ela foi a primeira a liderar a bancada do MDB e a presidir a Comissão de Constituição e Justiça. Este é, sobretudo, um grande marco simbólico para o partido como um todo, que destronou a primeira mulher presidente da República e formou um governo composto exclusivamente por homens brancos, na maioria sêniores.

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Entre correligionários, a avaliação é a de que Simone ajudará o MDB, e vice-versa. A senadora está disposta a abrir mão da campanha à reeleição ao Senado, onde as pesquisas internas apontam boas chances de reeleição, em contrapartida poderá ser o novo nome do partido para futuros arranjos e influenciar os rumos da agremiação. Por outro lado, ainda precisa superar desconfianças gerais cultivadas até entre colegas de plenário. O MDB perdeu a vocação de concorrer ao Planalto e é conhecido pelo adesismo. Depois de Tancredo Neves, em 1985, só teve a cabeça de chapa duas vezes, com candidaturas frágeis. A de Orestes Quércia, em 1994, e a de Henrique Meirelles, em 2018.

Agora, Simone Tebet é apontada como a melhor opção para uma unidade partidária e para uma candidatura sólida. Contudo, o lançamento à Presidência da filha do "rábula do Pantanal", como o ex-senador Antonio Carlos Magalhães chamava seu pai, o também ex-senador Ramez Tebet, ainda expõe uma disputa antiga dentro de um partido marcado pelo caciquismo e governismo. Uma parte, puxada pelo ex-senador Eunício Oliveira (CE), quer se reaproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outra defende o governo de Jair Bolsonaro no Senado e no conjunto do Congresso, com os líderes Fernando Bezerra (PE) e Eduardo Gomes (TO).

"Não conheço essa questão eleitoral (da pré-candidatura), fiquei sabendo agora por você. O MDB precisa fazer reuniões para todos conhecermos as intenções do partido. Mas é bom ter o nome de uma mulher para encarar uma disputa nacional", diz a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), primeira mulher a ocupar vaga na Mesa Diretora do Senado. "Nesse momento político que estamos, com uma pessoa na Presidência e outra que já foi presidente querendo disputar, é tarefa árdua viabilizar a terceira via. Só se todos tiverem desprendimento político de discutir o País."

O maior incentivador da candidatura de Simone é o presidente nacional do partido, o deputado Baleia Rossi (SP). Ele assumiu o comando em 2019, com um discurso de renovação e de reconexão com as bases. Simone movimenta a militância do partido e representa para os segmentos temáticos o que Meirelles passou longe de significar na eleição anterior. O ex-ministro da Fazenda de Michel Temer pagou R$ 57 milhões pela própria campanha e só obteve 1,2% dos votos. "Simone é a candidata das massas do partido, da militância, do segmento jovem, do trabalhista, de diversidade. Meirelles foi um arranjo de última hora para justificar os avanços do governo Temer", frisou Nestor Neto, presidente nacional do MDB Afro.

Há tempos Baleia aposta em Simone. Ambos enfrentaram os candidatos preferidos do governo na eleição interna para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro, e foram superados numa disputa marcada pelo despejo de verbas milionárias do orçamento secreto, esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro para obter apoio político. Na "super live" que fez em comemoração aos 55 anos do MDB, em março, Baleia recebeu apenas três lideranças: ela e os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney. "Você não é hoje presidente nacional do MDB, mas tenho muita esperança de que outra presidência chegará muito rapidamente", disse o deputado.

A expectativa é a de que ela incorpore, na pré-campanha, as diretrizes do "Todos por um só Brasil", documento lançado em agosto com as bases do que o partido quer defender em 2022. Com toda sua trajetória política no partido, Simone se apresenta como alguém equilibrada. Católica, diz-se progressista nos costumes, mas é contra a descriminalização do aborto, por motivos religiosos. Tem críticas à Lava Jato, mas não é "garantista". Na economia, fincou os dois pés contra a PEC dos Precatórios, batizada de "PEC do calote" e contra o esquema do orçamento secreto.

Com a visibilidade, virou uma novidade que tem interessado o mercado. Convidada para um evento do Itaú na última sexta-feira, 12, adotou discurso de pré-candidata. "Temos que acabar com o discurso velho de que a esquerda se assenhora das políticas sociais, de que só eles têm compromisso com a responsabilidade social. Da mesma forma, acabar com esse discurso de estado máximo e estado mínimo", afirmou.

Para a audiência recorde da CPI da Covid, ela destacou falsidades em documentos do governo sobre vacinas, brigou para que as senadoras tivessem voz na comissão, não aceitou arroubos do senador Flávio Bolsonaro e extraiu confissões de testemunhas. A atuação rendeu dos colegas de plenário elogios à "sensibilidade" com do drama que enlutou mais de 610 mil famílias. No Twitter, ganhou mais de 100 mil seguidores.

A articulação junto aos segmentos econômicos vem de antes da CPI. Na campanha para a presidência do Senado, ela recebeu integrantes do Mulheres do Brasil, grupo coordenado pela empresária Luiza Helena Trajano, para colher propostas de gestão. Cortejada para ingressar na política partidária, a dona do Magazine Luiza ressaltou a "coragem e a coerência" da senadora.

Sul-mato-grossense de Três Lagoas, Simone até aqui trilhou caminho muito parecido com o do genitor, por meio de quem deu os primeiros passos na vida pública. Imiscuída nas reuniões políticas do pai desde pequena, foi quem, dos quatro irmãos, herdou o legado. Como Ramez, Simone sempre foi filiada ao MDB. Ambos foram prefeitos, deputados estaduais, vice-governadores e chegaram ao Senado. Ele ocupou a presidência da Casa, de 2001 a 2003, em uma construção finalizada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O político alagoano era o presidente quando Simone chegou a Brasília, em 2015, e providenciou que ela herdasse o gabinete que fora ocupado pelo pai. Anos depois, ela protagonizaria com Renan disputas que marcariam reviravoltas no poder em Brasília e sedimentariam o perfil austero, combativo e pragmático da senadora. Em 2019, ela disputou na bancada a indicação do partido à presidência do Senado e foi derrotada pelo correligionário em um atrito que a fez ameaçar deixar a sigla. Em reação, declarou apoio a Davi Alcolumbre (DEM-AP), que impôs a maior derrota já sofrida por Renan e desalojou o MDB do comando do Congresso.

Dois anos depois, a senadora renovou o ímpeto de presidir a Casa. Desta vez, optou pelo pragmatismo e contou com o apoio de Renan, que mobilizou parte do gabinete para ajudar a correligionária a enfrentar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) - a sintonia se repetiria na CPI. Novamente, foi vencida na bancada. Concorreu de forma avulsa e perdeu por 57 votos a 21. Os aliados consideraram o resultado bastante satisfatório.

Em ascensão na política nacional, Simone agora transporta sua influência para o Mato Grosso do Sul. Em um movimento que surpreendeu os emedebistas locais, o marido dela, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), virou secretário do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB). A escolha acendeu o alerta no diretório estadual porque os emedebistas querem lançar o veterano ex-governador André Puccinelli. Azambuja, por sua vez, quer encaminhar um de seus secretários para a sucessão. "Claro que Puccinelli não queria a saída do Eduardo porque se utiliza isso para dizer que é enfraquecimento do MDB. É estratégia do governo para tentar isolá-lo", comentou o presidente regional do partido, Júnior Mochi.

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse estar preparado para à Presidência da República em 2022. Recém-filiado ao Podemos, o ex-juiz foi o convidado do programa Conversa com Bial, da TV Globo, na madrugada desta quarta-feira, 17. "Estou pronto para liderar esse projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante", declarou.

Perguntado sobre como tem discutido projetos no bastidor político, Moro afirmou que as conversas estão voltadas principalmente para a Economia e anunciou Affonso Celso Pastore como seu conselheiro. "É um dos melhores nomes do País", disse. "O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico, quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore."

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Pastore é doutor em economia, colunista do jornal O Estado de S. Paulo e foi presidente do Banco Central de 1983 até 1985, fim período da Ditadura Militar. Recentemente, lançou o livro "Erros do passado, soluções para o futuro: A herança das políticas econômicas brasileiras do século XX".

O ex-juiz informou que também aceitaria renunciar ser "cabeça de chapa". "Nunca tive a ambição de cargo político. Existem outros nomes que têm se habilitado para fugir dos extremos. Então, se tiverem outras lideranças, não tem nenhum problema de conversarmos. Temos que ter o desprendimento necessário para nos unirmos em algum momento", apontou.

Ao ser questionado pelo apresentador Pedro Bial se isso seria o anúncio da candidatura, enfatizou: "Essa jornada começa agora com a filiação. Estamos abertos para colocar o Brasil nos trilhos. Vai muito além do combate à corrupção. Precisamos nos tornar o país do futuro finalmente. Estou sim preparado."

Logo na abertura da conversa, o jornalista transportou Moro de "herói nacional" para "vilão ao se tornar avalista moral do presidente Jair Bolsonaro". "Gostei da introdução, todo mundo gosta de um bom filme. Não sei se concordo com a característica de vilão", ponderou. Ao ser indagado se o problema seria apontar o vilão ou procurar os heróis, respondeu: "Precisamos de bons líderes, mas que construam instituições que incentivem a construção de grandes líderes."

Bial então citou uma entrevista dada ao jornal O Estado de S. Paulo em 2016, em que ele respondeu que "jamais seria candidato". Na época, Moro afirmou ser "um homem da Justiça". "Naquele momento, o que vimos foi um Brasil vencendo a corrupção. Estávamos virando o jogo. Estava focado no meu trabalho e acreditava que o jogo iria virar", defendeu-se. "No entanto, em 2018, tive a oportunidade de virar ministro da Justiça e encarava como missão por um propósito maior. Porém, quando o governo boicotou o projeto de combate à corrupção, passou a adotar um comportamento de, ao invés de coibir, interferir, saí do governo. Estamos perdendo o que construímos a duras penas na Operação Lava Jato", reforçou.

Moro argumentou que foi convidado pelo Podemos para liderar um projeto de País e recuperar o que chama de "sonhos perdidos". "Não faltei com a verdade naquele momento, mas o contexto mudou completamente."

Para ele, a decisão pela filiação surgiu após uma palestra nos EUA em que ouviu de um participante que "abandonou o Brasil". "Foi um tiro no meu coração. Estava cogitando há muito tempo."

Indagado novamente se será candidato, declarou: "O que eu disse no meu discurso é que não me omitirei. Estou preparado para assumir a liderança desse projeto. Sinto-me habilitado a construir esse projeto", insistiu.

A entrada no partido ocorreu no último dia 10 de novembro. Na cerimônia, o ex-ministro da Justiça prometeu ainda criar uma nova força-tarefa para o combate à pobreza, defendeu a liberdade de imprensa e reforçou a necessidade de reformas - especialmente a tributária - e a privatização de estatais ineficientes.

Afastado do debate nacional desde que deixou Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro em abril de 2020 quando foi atuar em uma empresa de consultoria nos Estados Unidos, o ex-juiz tenta agora conseguir apoio nas bases "lavajatistas", incluindo grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), como o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre (MBL).

Interferência em 2018

Na conversa, Moro voltou a negar interferência no processo eleitoral de 2018 e reafirmou que aceitou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro acreditando "ser a chance de ajudar o povo brasileiro". Pontuou ainda não ter uma "questão pessoal" com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. "Fiz meu papel de juiz e apliquei a lei."

Quanto à anulação das condenações criminais de Lula na Operação Lava Jato pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano, ele considerou que a mudança de jurisprudência do STF "infelizmente enfraqueceu o combate à corrupção". "Mas não muda o mérito. O que existe, muitas vezes, é um apego ao formalismo, que faz com que criminosos sejam soltos. Não acredito em processos alternativos. A verdade é uma só: 'Mensalão' e 'Petrolão'", comentou, referindo-se a casos de corrupção de governos petisas.

'E agora 'Rachadinha'", acrescentou Moro, já se referindo ao período atual do cenário político brasileiro, citando o nome popular para o desvio de salários de assessores parlamentares a políticos.

Em um "bate-bola", falou que para controlar o aumento do preço dos combustíveis é preciso a institucionalização de políticas certas. "A responsabilidade está muito clara que é do governo". E em relação às terras indígenas, Moro reforçou ser necessário garantir a autonomia destes para que decidam seus próprios destinos. "Não devem ser encarados como dependentes do Estado. Precisam de amparo e proteção, mas com soluções específicas para cada situação. As terras indígenas pertencem aos indígenas", finalizou.

A entrevista fez parte da série que a atração global está promovendo com personagens importantes para o pleito do ano que vem. Já passaram pelo programa personalidades como Fernando Haddad e Ciro Gomes.

Na manhã desta quinta-feira (4), o pedetista Ciro Gomes retirou a sua pré-candidatura à presidência da República pelo Partido Democrático Brasileiro (PDT), após a legenda se mostrar favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, cujo texto passou com folga pela Câmara dos Deputados nesta madrugada, por 312 votos contra 144. A matéria desencontra os interesses da centro-esquerda e gerou críticas à agenda do partido.

Alguns políticos, além de se oporem ao voto favorável coletivo, elogiaram a postura de Gomes de se retirar como presidenciável - a possível candidatura mais expressiva no PDT - enquanto não houver um esclarecimento sobre o voto, como foi o caso de Flávio Dino (PSB-MA), governador do Maranhão. "Importante posição de Ciro Gomes para reverter um enorme erro político e jurídico", escreveu o socialista.

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O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-BA) chamou de “firme e corajosa” a oposição de Ciro Gomes ao próprio partido, que decidiu pelos bastidores apoiar o projeto que beneficia o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), da oposição. 

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E continuou: “Importante posição de Ciro Gomes contra a PEC do Calote, artifício rasteiro e chantagista de Bolsonaro para abocanhar no 90 bilhões do povo para fazer campanha eleitoral. O nefasto projeto, que passou por estreitíssima margem, ainda pode ser derrotado. Reforçamos a luta!”. 

Kim Kataguri (DEM-SP), do Movimento Brasil Livre (MBL), sinalizou um possível fracasso da chamada terceira via. “Desistiu! Ciro Gomes anunciou que suspendeu a pré-candidatura porque a PEC dos Precatórios foi aprovada em 1⁰turno e deputados do PDT votaram a favor. Já caiu o primeiro da terceira via?”, escreveu. 

O vocalista Tico Santa Cruz, firme apoiador de Gomes, cobrou posicionamento do ex-governador após ter conhecimento do voto. Sobre a retirada da candidatura, disse que segue apoiando o presidenciável, ainda que “apanhando de petista”, se referindo às críticas dos apoiadores da agenda do PT às pautas de Ciro e do artista. 

“Sigo apanhando de Petista, e apoiando o Ciro Gomes, que já se pronunciou! O PND é o caminho para o Brasil pós-Pandemia! Se o PDT não mudar o voto, Ciro deve imediatamente se retirar do Partido e terá apoio integral de todos que apoiam seu projeto!”, continuou. 

Eram necessários apenas 308 votos para aprovação da PEC. A proposta abre espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões para o governo em 2022, o que viabiliza o lançamento do Auxílio Brasil de R$ 400. A PEC precisa passar ainda por um segundo turno de votação na Câmara antes de ir para o Senado.

O também pedetista Tulio Gadelha (PDT-PE) compartilhou em suas redes os nomes de outros cinco parlamentares da sigla que se opõem à aprovação da PEC dos Precatórios. Gadelha chama o posicionamento de “erro crasso” e diz que a Proposta não condiz com a história do PDT. Os deputados citados foram Paulo Ramos (PDT-RJ), Idilvan Alencar (PDT-CE), Pompeo de Mattos (PDT-RS), Gustavo Fruet (PDT-PR) e Chico D'Ângelo (PDT-RJ). 

“A PEC dos Precatórios é um calote no povo. É deixar de pagar uma dívida judicial com o trabalhador para abrir espaço no orçamento. E todos sabemos que parte dos R$ 90 bi servirá para Bolsonaro comprar deputados na Câmara. Parabéns aos deputados do PDT que foram coerentes com sua história”, complementou. 

 

Lançado nesta quarta-feira (3) pelo partido Novo como pré-candidato à Presidência, o cientista político Luiz Felipe d'Avila discursou contra o populismo, defendeu o liberalismo econômico e privatizações e pregou a responsabilidade fiscal. "Nós vamos vender a Petrobras no primeiro dia de governo. É um absurdo ter uma empresa que vem sendo usada como fonte de corrupção pelo populismo de esquerda e como fonte de manipulação de preço pelo populismo de direita. Vamos pagar a conta", disse ele.

O lançamento da pré-candidatura do cientista político - que se apresentou apenas como "Felipe d'Avila" - ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. "Eu só vi uma vez o Ulysses perder a compostura e deixar sua indignação aflorar. Foi na promulgação da Constituição de 1988. Ele levantou a Constituição e disse: 'Eu tenho nojo da ditadura'. Pois eu tenho nojo desse populismo que faz com que a miséria continue, que vira as costas para o povo para defender o corporativismo, o clientelismo e o patrimonialismo", afirmou.

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Segundo d'Avila, "não adianta culpar ICMS ou governador" pelo aumento de preços. "É por incompetência de um governo que não fez reformas e não privatizou." Sem citar Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, o pré-candidato declarou ainda que governos populistas de esquerda arruinaram a moral e a ética e que o populismo de direita agravou a situação. "O populismo de direita e de esquerda vai perpetuar o populismo, portanto, a miséria, a pobreza, a corrupção e o mau funcionamento das instituições."

Formado em ciência política pela Universidade Americana em Paris e com mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, d’Avila fundou o Centro de Lideranças Públicas (CLP), grupo interessado em promover boas práticas de gestão. Ele também criou e é publisher do VirtuNews, plataforma de jornalismo de dados que fornece informações sobre política e economia. Ex-filiado ao PSDB, ele nunca exerceu um cargo eletivo, mas concorreu em 2018 no processo de prévias tucanas, vencido por João Doria, para escolher o candidato do partido para governador de São Paulo.

O cientista político venceu na última sexta-feira, 29, o processo seletivo do partido para definir o pré-candidato a presidente. Ele é apoiado pela maioria da legenda, em uma fase de crise interna que culminou com a saída de João Amoêdo da presidência do Novo e também da desistência do empresário de ser novamente candidato a presidente da República. Amoêdo foi o candidato em 2018 a presidente pelo partido e um dos fundadores da sigla, mas acumulou insatisfações e acusações de querer impor a vontade na sigla. Ele prega oposição ao governo Jair Bolsonaro, o que contraria a maioria dos eleitos pelo partido.

O lançamento de d'Avila ocorreu num auditório para cerca de 60 pessoas, entre filiados, dirigentes e parlamentares. A cerimônia chegou a ser interrompida por uma queda de energia - os convidados disseram que o apagão era um sinal da "velha política".

O Novo passa por um momento de perda de filiados e do encolhimento da militância. Como mostrou o Estadão, mais da metade dos brasileiros que se filiaram ao partido já se desfiliaram. Até setembro, haviam sido registradas 35,5 mil desfiliações, mais do que os 33,8 mil regularmente filiados.

A desidratação reflete uma cisão interna entre alas que se posicionam pró e contra o governo Jair Bolsonaro. Na Câmara, os deputados se dizem independentes, mas apoiam majoritariamente o governo, não apenas em pautas econômicas. A fidelidade supera 90%, assim registrado em partidos do Centrão.

O pré-candidato à Presidência disse que a bancada sabe discernir entre a agenda partidária e a agenda de Estado, "apesar do governo". Sem citar Bolsonaro, afirmou que "a palavra de ordem do dia é fome" e criticou o avanço do "fanatismo e intolerância" no vácuo da cultura.

Questionado sobre as adversidades internas, ele afirmou que o partido "já está unido" em prol de sua candidatura, mas admitiu que participará de conversas com outros candidatos da terceira via.

Notabilizado por sua proximidade com o Palácio do Planalto, o mais importante político do partido, o governador Romeu Zema, de Minas Gerais, não compareceu. Zema mandou um representante do governo estadual e enviou um recado por vídeo a d’Avila - disse estar à disposição do pré-candidato.

"Tem meu total apoio e meu entusiasmo. O Brasil precisa de pessoas preparadas e que tenham histórico de realizações", afirmou Zema. Durante sua apresentação, d’Avila retribuiu com elogios a Zema e à bancada de deputados, presente na cerimônia de lançamento da pré-candidatura.

O presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, disse que o lançamento deve ser levado a sério: "Não estamos numa aventura ou simplesmente numa brincadeira". Ele afirmou que o Novo tenta ser a terceira via e romper a polarização.

O presidenciável do Novo defendeu a abertura econômica, a privatização de todas as estatais e afirmou que o mercado deve ser colocado na sala para ajudar a solucionar problemas como as mudanças climáticas. Ele fez uma ode ao empreendedorismo e disse que pretende reforçar o ensino técnico profissionalizante.

Além de abandonar o prenome Luiz, Felipe d’Avila apresentou-se de terno cinza, sem gravata, com fala pausada e menções a Santo Agostinho, em estilo similar ao do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), um dos que estimulou seu ingresso na vida partidária e a disputa de cargos eletivos.

No evento, o pré-candidato do Novo disse que as famílias brasileiras estão divididas, inclusive a dele mesmo (o irmão Frederico d'Avila, deputado estadual em SP pelo PSL é apoiador de Bolsonaro) e disse que sempre cultivou o diálogo com todas as matizes políticas. "Tem gente boa de todos os partidos em todos os Estados brasileiros", afirmou o pré-candidato do Novo.

Porém, ele disse que o diálogo com os demais pré-candidatos que disputam um eleitorado avesso a Lula e a Bolsonaro a deve ocorrer somente no ano que vem, quando todos tiverem apresentado suas propostas de governo. E descartou uma aproximação com ambos. Sem declinar a quem se referia, disse que não vai dialogar com que não deseja fazer a coisa certa: "Não conversamos com pilantras".

Terceira Via

O Novo é um dos partidos que busca uma unidade nas eleições de 2022 e querem ser uma "terceira via" entre Bolsonaro e Lula. Neste mês de novembro, além do Novo, diversos outros partidos fizeram ou planejam fazer movimentos na direção de terem pré-candidaturas à Presidência. O Podemos vai filiar no próximo dia 10 o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro. O PSD trouxe o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), para os seus quadros. O MDB vai lançar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS).

Já o PSDB vai escolher no dia 21 deste mês qual nome apresentará para a disputa do ano que vem. Nas prévias do partido, os governadores Eduardo Leite (RS) e João Doria (SP) são os favoritos e o ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio corre por fora.

A cúpula do MDB decidiu lançar a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata à sucessão do presidente Jair Bolsonaro. O partido e Simone já discutiam havia meses a possibilidade, mas ela queria aguardar o fim da CPI da Covid para tornar públicas as articulações políticas.

A senadora é a única mulher a se apresentar para a disputa até agora e integra o grupo de desafiantes da chamada terceira via ao Palácio do Planalto. O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o anúncio será feito ainda neste mês, mas a data não está fechada. "Vamos oficializar, sim", afirmou ao Estadão. "Simone tinha pedido para aguardar o final da CPI apenas para não confundir os temas. A ideia amadureceu muito dentro do partido. Já existe um apoio muito grande para o lançamento da pré-candidatura."

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Após ocupar o Planalto com Michel Temer, na esteira do impeachment de Dilma Rousseff, o MDB quer voltar ao jogo político. Uma ala do partido, no entanto, é contra a estratégia de candidatura própria. Os líderes do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), defendem o apoio a Bolsonaro. Na outra ponta, senadores como Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), além do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE), são próximos ao ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos últimos meses, Simone Tebet teve encontros virtuais com representantes do mercado financeiro e participou de grupos de discussão política, como o Direitos Já e o Prerrogativas. A exposição que ela ganhou na CPI é citada como um impulso para sua candidatura.

"A CPI deu conhecimento da qualidade, desenvoltura e do preparo dela, jurídico e político", disse Baleia.

Na prática, nem Simone nem o MDB descartam abrir mão da pré-candidatura para negociar o apoio a um concorrente de outro partido. "Claro que para sentar à mesa você tem de querer apoio, mas também tem de se dispor a apoiar alguém, se for a melhor conjuntura", observou Baleia. "Mais importante do que ser de um partido ou de outro é o centro ter um nome competitivo para ganhar do Lula e do Bolsonaro", afirmou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS).

Segundo colocado na disputa à Prefeitura de São Paulo no ano passado, Guilherme Boulos teve sua pré-candidatura aprovada em congresso estadual do PSOL neste domingo (12) para concorrer ao governo paulista nas eleições de 2022.

Apesar da derrota no segundo turno para o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), o feito de ter alcançado 41% dos votos válidos e desbancar o candidato petista Jilmar Tatto, até então representante da principal força política de esquerda na cidade, deu ao coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) força para concorrer como um candidato competitivo no ano que vem.

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O psolista está no centro da articulação política de apoio ao PT nas eleições do ano que vem, embora uma ala da sigla ainda seja reticente em não ter candidato próprio no primeiro turno da corrida presidencial para estabelecer uma aliança em torno da eventual candidatura do ex-presidente Lula. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) deixou o PSOL para construir mais facilmente um acordo nacional entre os petistas e setores progressistas.

A pré-candidatura de Boulos em São Paulo, porém, deverá ser discutida com o PT, que estuda lançar o ex-prefeito Fernando Haddad no pleito pelo Palácio dos Bandeirantes. Após ser eleito pelo diretório estadual, Boulos mencionou a importância de construir uma unidade de forças progressistas de esquerda para fazer frente tanto a Bolsonaro no plano nacional quanto aos tucanos na esfera estadual. O PSDB governa São Paulo há 26 anos, ininterruptamente, com exceções de vice-governadores que assumiram o mandato para que Geraldo Alckmin (PSDB) disputasse a Presidência.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2022. A decisão foi comunicada ao Cidadania neste domingo (29). Líder do partido no Senado e um dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Vieira é mais um nome que se lança na tentativa de ser uma terceira via na polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão caberá à direção nacional da legenda.

"Depois de pensar muito, decidi colocar meu nome à disposição do Cidadania como pré-candidato à Presidência. Pelo que tenho visto, nas movimentações de partidos, parlamentares e movimentos de renovação, estamos ficando pra trás no processo de construção da terceira via. Não vamos nos omitir e fortalecer a polarização", afirmou o parlamentar em comunicado à imprensa.

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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) lançou nesta segunda-feira, 26, sua pré-candidatura ao governo do Piauí. "Ser governador desse Estado não é uma obsessão, mas pode ser uma missão. Essa é certamente a diferença em relação ao lado de lá, que fabrica um candidato", disse o senador.

Em entrevista coletiva, Nogueira afirmou que seu rompimento com o atual governador, Wellington Dias (PT), seria "uma coisa natural para o próximo ano", visto que Dias sempre colocaria "os interesses de seu partido acima do Estado". O senador fez parte da base de apoio ao petista em 2018.

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Nogueira também acenou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que o mandatário seria o "mais bem-intencionado" do País. "Eu não concordo com tudo o que o Bolsonaro fala, com algumas posições. Eu tenho autonomia e pensamento próprio de divergir, mas eu acho ele, nos últimos anos, desde quando eu comecei a militar em política no nosso país, em 94, é o presidente mais bem-intencionado que nós tivemos no nosso País", declarou.

O senador é membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a atuação do Planalto no combate à pandemia e o repasse de verbas federais aos Estados e municípios. Junto aos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Girão (Podemos-CE), Nogueira compõe a base governista no colegiado.

O parlamentar também comentou a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorrer ao Planalto em 2022. Nogueira afirmou que apesar de admirar o petista, avalia que a população não deve apoiar sua candidatura.

"O Lula que está vindo hoje não é aquele Lula que veio para tentar erradicar a miséria e a fome. É um Lula que vem apenas para ser uma bandeira política de um partido político. Para tentar trazer esse partido de volta ao comando do país", afirmou o senador.

Arnold Schwarzenegger pode ganhar companhia na lista de atores que se tornaram governadores. Após o ator governar a Califórnia, nos Estados Unidos, de 2003 a 2011, agora é a vez de Carlos Villagrán, o Quico da série Chaves, concorrer a um cargo semelhante, porém no México.

De acordo com a edição mexicana da revista Forbes, Villagrán anunciou sua pré-candidatura a governador do estado de Querétaro durante coletiva de imprensa realizada no último domingo, dia 10:

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- Depois de 50 anos fazendo as pessoas rirem, me encontro em outra plataforma, o que é uma grande honra para mim - disse o ator durante o anúncio. Ele irá concorrer ao cargo pelo partido Querétaro Independiente, criado em 2017. O prazo para escolha dos candidatos, e para saber se Carlos Villagrán realmente será candidato, se encerra no dia 8 de fevereiro.

Por enquanto, o ator ainda não se pronunciou sobre o assunto nas suas redes sociais. Porém, seu último post no Instagram, onde aparece com seu filho, Gustavo, dá uma suposta dica na legenda:

Gustavo Esteban Villagran e Carlos Villagran: pai e filho querem esse 2021 com soluções.

Com a deputada estadual Renata Souza confirmada como pré-candidata do PSOL para disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (3), o partido deve anunciar Íbis Pereira, que é coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, como vice na chapa puro sangue.

O policial é conhecido na capital como defensor dos direitos humanos e da luta antirracista, já tendo comandado a PM-RJ entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Segundo O Globo, o PSOL chegou a conversar com outros partidos de esquerda, como PCdoB e PT, tendo a conversa com esse último esfriado a partir do momento em que o deputado federal Marcelo Freixo desistiu de concorrer.

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Uma fonte revelou ao jornal que a estratégia do PSOL, em um momento no qual a segurança pública da cidade é um dos principais pontos de preocupação, sinaliza que o policiamento pode caminhar junto com os direitos humanos, e pode atrair os eleitores.

Mesmo já sendo antigo no mundo político partidário, exercendo o seu quarto mandato como deputado estadual, o pré-candidato à Prefeitura do Recife, Alberto Feitosa, tenta se colocar como uma espécie de ‘outsider’, trazendo para o fronte a sua carreira de tenente-coronel da reserva da Polícia Militar de Pernambuco. Reforçar que é um militar da reserva pode ajudar o deputado estadual, bolsonarista declarado, a angariar votos dos eleitores mais voltados à direita, como fez o atual presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma semelhança do pré-candidato com o líder do Executivo é que, na capital pernambucana, ele deve contar, também, com a população evangélica. Em abril deste ano, após ser expulso do Solidariedade, Feitosa filiou-se ao PSC, partido comandado pela família Ferreira, que tem bastante força dos grupos evangélicos no Estado, já tendo eleito Anderson Ferreira para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (que deve concorrer à reeleição), André Ferreira como deputado federal, o patriarca da família, Manoel Ferreira, como deputado estadual, e Fred Ferreira para vereador do Recife. Todos eles estão exercendo o mandato atualmente.

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“O Recife não enxergava essa possibilidade de marchar com uma candidatura mais à direita e mais conservadora. Quando foi mostrado um candidato (à presidência da República) com essa postulação, o recifense reagiu da forma como reagiu (dando uma expressiva votação a Bolsonaro). Além do mais, o combate à corrupção é uma das pautas evidentes de desejo dos recifense”, explica o pré-candidato.

Alberto Feitosa aponta que o governo Bolsonaro está, até agora, sem nenhum escândalo de corrupção, e diferente disso, a Prefeitura da Cidade do Recife e a sua Secretaria de Saúde estão envolvidas em um escândalo por conta de possíveis atos de corrupção com os recursos para combater a Covid-19 no município. 

“Na Prefeitura do Recife teve cinco vezes a visita da Polícia Federal, num momento mais caótico que é pandemia. A gente viu a prefeitura se comportar de uma maneira totalmente indevida”, ressalta Feitosa.

Em entrevista ao LeiaJá, o deputado estadual aproveitou para criticar os também pré-candidatos à Prefeitura do Recife, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que figuram bem nas pesquisas de intenção de voto na capital pernambucana e devem disputar com partidos de esquerda que já comandaram a PCR.

“As classes C e D demonstram uma rejeição total a esse tipo de comportamento (corrupto), bem como ao candidato João Campos. A outra não tem nada de diferente de João Campos, Marília é mais do mesmo. Ele é o príncipe e ela é a princesa. Ela é neta da família e não traz nenhuma pauta nova, muito pelo contrário, traz por trás dela o ‘lulopetismo'”, avalia Alberto. 

O Pré-candidato do PSC diz que a esquerda que comandou a Prefeitura da Cidade do Recife nos últimos 20 anos, não fez nada pela cidade. “Você anda pelo Recife e não vê uma pessoa satisfeita. As ruas estão esburacadas, fio pendurado, na pandemia os índices de contaminação por aqui são uns dos maiores do país. Eu não tenho nenhuma dificuldade de defender o governo federal que, mesmo durante a pandemia, está batendo recordes na bolsa de valores e melhorando o nível de avaliação do Brasil”, salienta.

Sem apoio declarado de Bolsonaro

Jair Bolsonaro já falou, em diversas ocasiões, que não vai apoiar nenhuma candidatura no Brasil nesta eleição municipal. Mesmo assim, Alberto Feitosa acredita que isso não vai ser empecilho para atrair os bolsonaristas declarados como ele. “A minha história se confunde com a história do presidente e ela fica bem evidente quando a gente ver as pautas comuns que nós defendemos. Há certos sinais que são tão evidentes quanto a própria declaração”, pontua.

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Declaradamente bolsonarista e conservador, o pré-candidato Marco Aurélio (PRTB) deve colocar a sua candidatura na rua na tentativa de atrair aqueles recifenses que tradicionalmente não votam na esquerda. Para ele, que também é deputado estadual, o momento da esquerda comandando a Prefeitura do Recife já passou e chegou a hora de um conservador chefiar o Executivo na capital pernambucana. Só esse público não deve eleger o prefeito, mas já é um ponto a mais ao qual tenta se sustentar para quando começar a corrida eleitoral.

“Agora é o momento das pessoas que se dizem conservadoras, de direita, de disputar uma eleição. Nunca existiu um momento tão oportuno para os conservadores como agora, primeiro porque existe a falência total da esquerda em Recife, foram 20 anos de PT e PSB e infelizmente é um final melancólico e triste, tendo em vista todas essas denúncias que estão aparecendo (contra a gestão Geraldo Julio)”, exclamou.

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Marco revela que desde 2018 já vinha construindo, junto com o seu partido, a possibilidade de disputar a PCR. “A gente já vem num processo de pré-candidatura desde quando eu me elegi deputado estadual. Havia uma determinação do presidente nacional do PRTB (Levi Fidelix) que onde tivesse deputado estadual deveria se construir uma candidatura”, explicou.

Na tentativa de não sair candidato sem apoio de nenhum partido, Marco Aurélio revela que tem conversado com alguns partidos de oposição para fazer alianças. Mesmo se isso não for exitoso, o pré-candidato assegura que não será um fator impeditivo. 

Bolsonarista sem apoio do presidente

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já deixou claro que não deve apoiar nenhum candidato que concorra a qualquer prefeitura do Brasil. No Recife, além de Marco Aurélio, o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) também deve colocar a sua candidatura na rua disputando os votos bolsonaristas.

“Eu sempre estive com Bolsonaro. Tem muita gente querendo surfar (na onda bolsonarista), mas eu não preciso surfar porque estou lá desde a origem. Esses que estão querendo surfar vão ser engolidos pela onda e vão cair da prancha. Eu não preciso que Bolsonaro diga: ‘meu candidato é Marco Aurélio’. Essa decisão dele em dizer que não vai apoiar ninguém beneficia aqueles que nunca foram ‘surfistas’ e que estavam com ele lá trás”, pontua Aurélio.

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Parece que a pré-candidatura de Túlio Gadelha para disputar a Prefeitura do Recife não é um consenso dentro do PDT. Nesta quinta-feira (30), a ex-vereadora Isabella de Roldão também anunciou a sua pré-candidatura - um dia depois do Túlio confirmar que vai disputar o comando da PCR.

O diretório estadual do PDT, comandado pelo deputado federal Wolney Queiroz, foi quem emitiu uma nota informando que Isabella tinha colocado o seu nome para representar o partido no pleito deste ano. Agora, uma votação interna deve definir quem realmente será candidato.

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A direção estadual do PDT esclarece que "os rumos que o partido deverá tomar nas próximas eleições serão definidos em convenção municipal da legenda. Por enquanto, temos duas pré-candidaturas a prefeito do Recife: a do deputado Túlio Gadêlha e a da ex-vereadora Isabella de Roldão”.

Por meio de nota, Gadelha afirmou que ele, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Ciro Gomes, que é vice-presidente do partido, foram pegos de surpresa com a informação. Além disso, o deputado federal aponta que a colocação da ex-vereadora no páreo demonstra a unidade do partido para construir um projeto alternativo para o Recife "longe do projeto do PSB". 

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A delegada Patrícia Domingos (Podemos) confirmou que é pré-candidata ao comando da Prefeitura do Recife para as eleições deste ano e, já no seu discurso inicial, não poupou seus eventuais adversários na disputa: os deputados federais João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). 

Ao ser questionada por um jornalista durante o anúncio da filiação ao Podemos e da disposição de concorrer ao cargo de prefeita, nessa quarta-feira (5), sobre o alinhamento da sua postulação e se poderia firmar uma aliança com o PT ou o PSB, Patrícia foi clara: “somos contra familiocracias”. 

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“Somos radicalmente contra ao que chamamos de ‘familiocracias’, que é o domínio de um povo por gerações sequenciadas de pessoas, é o que chamamos de políticos por herança genética. Nós somos radicalmente contra esse tipo de gestão e eu acredito, sinceramente, que Recife precisa dar um basta a esse ciclo de poder que se perpetua há anos e abrir espaço para o novo, para uma gestão técnica, uma gestão de qualidade, com transparência, com bom gestão de recursos públicos e principalmente combatendo a corrupção dentro da própria gestão municipal”, salientou a delegada. 

Dando a entender que estava chegando ao páreo pelo comando da gestão da capital pernambucana com determinação, Patrícia ainda declarou:  “somos madeira de lei que cupim não rói”. 

"Hoje o Podemos ganha mais uma guerreira no front de combate à corrupção. Nós somos madeira de lei que cupim não rói. A nossa escolha pelo partido é pela coerência que o partido guarda com as pautas que defendemos em Pernambuco. Minha entrada na vida política se deve ao fato de descobrir, da forma mais cruel possível, que não é possível mudar o sistema de fora para dentro”, observou. 

“Compreendi que se pode mudar o sistema sim, de dentro para fora. Estou hoje colocando a minha vida e o meu tempo à disposição do povo do Recife para mostrar que sim, podemos construir um Recife melhor”, acrescentou, ao lado do senador Álvaro Dias (Podemos) e do deputado federal Ricardo Teobaldo, presidente da sigla em Pernambuco. 

O deputado federal André de Paula afirmou, nesta sexta-feira (2), que está disposto a concorrer pelo PSD ao comando da prefeitura do Recife em 2020. O nome do parlamentar foi endossado como pré-candidato da legenda durante o ‘Encontro Democrático do PSD em Pernambuco’ que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe), durante a manhã de hoje.

Alegando ter construído uma vida política sólida na capital pernambucana, André disse que foi um dos que defendeu a resolução interna do partido de disputar nas capitais e em cidades com mais de 100 mil eleitores e pontuou ser disciplinado diante das decisões internas. 

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“Como fugir a uma convocação e convite como este? Claro que a política cumpre etapas, esse é apenas o primeiro momento. Estamos colocando e todos os partidos estão colocando suas pretensões. E o que queremos é ter uma proposta para o Recife”, afirmou, apesar de afônico, em conversa com jornalistas. 

“Essa é uma oportunidade muito importante e eu encaro com responsabilidade. Estou disposto sim a cumprir essa missão se, mais a frente, ela se mostrar o melhor caminho para o partido e para o Recife”, acrescentou.

Além de Recife, o PSD já tem pré-candidaturas em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, com Raffiê Dellon; e em Petrolina, no Sertão do Estado, com Julio Lossio, que já foi prefeito da cidade.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, confirmou, nesta sexta-feira (2), o deputado federal André de Paula como pré-candidato a prefeito do Recife em 2020. A eventual participação de André na disputa pelo comando da capital pernambucana no próximo pleito foi o mote principal do Encontro Democrático do partido que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe), durante a manhã de hoje.  

De acordo com Kassab, que é ex-ministro do governo Temer, o deputado é o quadro ideal do PSD para a corrida pela prefeitura do Recife, mesmo hoje o partido sendo aliado do PSB que administra a gestão com o prefeito Geraldo Julio. 

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“Defendo sempre, como presidente do partido, que o melhor quadro da cidade dispute as eleições. E, de uma maneira muito respeitosa com relação aos outros quadros do partido que são qualificadíssimos, eu entendo que o melhor para disputar as eleições [no Recife] pelo PSD é André de Paula”, ressaltou, em conversa com a imprensa, antes de iniciar o evento.

Indagado sobre como ficaria a relação de aliança política com o PSB, Kassab foi lembrou a mudança na legislação para a disputa municipal e pontuou que todo o “partido grande ou que quer ser grande”, precisa concorrer nas capitais e nas cidades com mais de 100 mil eleitores. 

“A relação do PSD com o PSB é histórica, desde a nossa fundação. Uma relação harmônica, estivemos juntos em todas as eleições e agora temos um fato diferente para as próximas eleições, a legislação mudou, impede a coligação para vereadores”, observou Kassab.

“Quem não está ainda ligado na transformação entende que a candidatura é uma agressão, um rompimento, não. É fruto da mudança da legislação que impõe uma candidatura a prefeito nas grandes cidades. Como pode, um ano antes, o PSD abrir mão de ter uma candidatura? A aliança [com o PSB] pode existir, pode, mas é muito difícil, porque não há partido que consiga sobreviver se não tiver candidatura própria nas grandes cidades”, acrescentou.  

A postura de Kassab foi corroborada durante o encontro do PSD. Lideranças como o secretário estadual de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes; o deputado estadual Romário Dias e o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, enalteceram o nome de André de Paula.

Com um tom leve, Romário Dias disse que o PSD não poderia ficar eternamente na cauda de outros partidos e, por isso, era importante concorrer ao comando do Recife. “Não podemos ficar eternamente na cauda de outros partidos, nem ter outros partidos permanentemente nas nossas caudas. Queremos partidos fortes e que tenham compromisso com o Brasil, com seu povo e sua gente. Não vamos fugir da raia de apresentar candidato em todos os municípios”, frisou.

Já de forma mais ácida, Julio Lossio alfinetou, apesar de não citar nomes, a atual gestão da capital pernambucana e as anteriores. 

“Recife tem o ato interessante de sempre ter e eleger os melhores prefeitos do Brasil. Desde que me entendo de gente, as notícias são que Recife tem os grandes prefeitos, muitas vezes os melhores do Brasil, mas tem um paradoxo disso tudo. Recife tem o Ideb que não é o melhor do Estado; um engarrafamento terrível, não se consegue andar na cidade com alegria porque não se sai do lugar com facilidade; existe o fenômeno climático da chuva, que todo ano acontece, todo ano morre gente; uma carência de creches violenta, as mulheres não conseguem trabalhar porque falta creches para as nossas crianças; uma taxa de homicídios e roubos muito alta”, disparou. 

“Como podemos ter tantos bons prefeitos? Será que estamos avaliando bem nossos últimos prefeitos. É preciso começar a trabalhar com evidências para avaliar melhor as pessoas e seus atos. É por isso que eu acredito que Recife precisa do PSD e de André”, emendou Lossio.

Coincidência ou não, na hora em que o tom do discurso de Lossio subiu, Rodrigo Noaves - que é da gestão do PSB no Estado - deixou a mesa de honra do evento e só retornou ao local quando o ex-prefeito de Petrolina já tinha deixado o púlpito. 

Além de Recife, o PSD já tem pré-candidatos em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Raffiê Delon e o próprio Julio Lossio em Petrolina, no Sertão do Estado.

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