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A 12 dias das eleições, o embate polarizado entre os candidatos a governador Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB) tem crescido. Nesta terça-feira (25), durante o debate feito pela TV Jornal, Paulo provocou o petebista por ele ter votado a favor da reforma trabalhista, questionando-o se ele era a favor do fim dos 30 dias de férias, do trabalhador não receber um salário mínimo e de que as grávidas trabalhassem em locais insalubres. O senador, por sua vez, disparou contra o pessebista chamando-o de “camaleão” e “exterminador de empregos”. 

“Paulo não sustenta as posições dele. Tenho um texto que ele defende a necessidade da reforma trabalhista e tem ao seu lado um candidato ao Senado que votou pela reforma trabalhista. [...] Você é um exterminador de empregos pelo grande número de obras paradas em Pernambuco, muitas por incompetência. Ele não foi capaz de destravar e vencer a burocracia. Incompetência, inépcia e falta de iniciativa do Governo do Estado”, respondeu Armando, com um tom incisivo. Na ótica de Armando, Paulo “não ajudou o emprego em Pernambuco”.  

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Em réplica, Paulo negou o fato de ter defendido a reforma trabalhista e disse que Pernambuco é o “quarto Estado mais eficiente do Brasil”. “Fizemos mais com menos”, resumiu o governador. E acrescentou: “Fomos contra a reforma trabalhista porque entendemos que os direitos dos trabalhadores não poderiam ser retirados. Sou contra a pessoa trabalhar em locais insalubres, sou contra que o trabalhador não ganhe ao menos um salário mínimo e a redução dos 30 dias de férias”. 

Mostrando um texto do site do Palácio do Planalto em que Paulo defendia a reforma, Armando disse que o governador tinha um discurso de ocasião. “Na realidade ele defendeu sim e há registros. Inclusive faz referência direta a redução de custos de contratação”, ponderou. “Ele vai mudando ao sabor das circunstâncias, vota com Aécio e agora se abraça com Lula. Foi a favor do impeachment de Dilma e agora se diz arrependido. Paulo é verdadeiramente um camaleão”, completou, alfinetando.

Ainda no primeiro bloco do debate, que acontece na manhã de hoje, os candidatos também perguntaram entre si sobre saúde, gestão fiscal e saneamento. Em todos os aspectos, Paulo Câmara foi criticado. 

O tom crítico da campanha de Armando Monteiro (PTB) contra o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) tem se elevado ainda mais com a proximidade da eleição. Um retrato disso foi o guia desta segunda-feira (24), no qual o tema foi o envolvimento do governo pessebista nas operações Lava Jato e Torrentes, da Polícia Federal.

Inicialmente o programa eleitoral de Armando relembra o ano de 1964, mostrando que o Palácio do Campo das Princesas é um “local dos grandes acontecimentos” políticos do Estado, com a resistência do ex-governador Miguel Arraes à ditadura militar. Logo depois, lembra que no governo de Paulo Câmara o local foi alvo da operação Torrentes, que investiga o desvio de verbas que deveriam ter sido utilizados para ajudar as vítimas da enchente que aconteceu em junho de 2010 e maio de 2017, na Mata Sul.

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Além disso, o guia aponta também que a Operação Lava Jato também investigou Paulo e o PSB, uma vez que o ex-diretor da JBS, o delator Ricardo Saud, afirmou ao Ministério Público que negociou pagamento de propina para a campanha do governador em 2014. E relembra que Paulo é investigado ainda em outro braço da Lava Jato, a Operação Fair Play, que apura irregularidades na construção da Arena de Pernambuco.

O governador já se pronunciou sobre todas as investigações e tem reforçado que não realizou atos ilícitos ou contribuiu para que integrantes da sua gestão o fizessem.

Por fim, o programa ainda reforça a tese de campanha de Armando sobre as promessas não cumpridas por Paulo. “Tanta mentira levou Pernambuco a andar para trás. O problema não é o nosso Estado, é o governador. Mais uma vez é você que vai decidir o futuro de Pernambuco. Pernambuco merece mais, com humildade  eu peço a você uma chance, para governar Pernambuco, para dar o máximo de mim e fazer um governo muito melhor, que chegue mais perto das pessoas. Eu quero merecer sua confiança, para melhorar a vida do nosso povo, porque se a gente não mudar, fica tudo como está”, afirma Armando, na exibição.

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Candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) tem investido na divulgação de propostas mais populares, como a isenção e o parcelamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para motocicletas, e ao reunir motoqueiros para um ato em Limoeiro, na Mata Norte do Estado, nesse domingo (22), ele fez questão de se colocar ao lado da categoria e acusar o governador Paulo Câmara (PSB) de perseguição. 

“Não adianta ficar botando a polícia para recolher as motos nos depósitos. A polícia tinha que estar atrás dos bandidos. Respeitamos vocês, motociclistas, e reconhecemos que vocês são importantes para Pernambuco", defendeu o petebista, pouco depois de dizer: "Paulo Câmara está me criticando porque vou tirar o IPVA das motos - e vou cumprir, porque, quando assumo compromisso, eu cumpro. A moto é uma ferramenta de trabalho. Ele critica  porque não tem compromisso com os pequenos”. 

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Armando prometeu isentar do IPVA as motos de até 150 cilindradas, além de garantir a redução e a renegociação dos débitos e descontos no imposto para placas vermelhas (mototaxistas e motofretistas). Paulo criticou a proposta e chegou a dizer que ela atinge uma questão de saúde pública e não melhora a qualidade de vida dos pernambucanos.  

Ainda durante a “motocarreata”, como foi chamado o ato de campanha, Armando registrou a decepção da população com a "falta de comando, as mentiras e as promessas não cumpridas" de Paulo Câmara.

"Não entendo e não aceito que Pernambuco possa viver sob o signo do medo, de um governo que não oferece o mínimo de segurança. O que nós temos é um desgoverno. Eu tenho dito que os bandidos não terão vida fácil a partir de 1° de janeiro. Vamos fazer isso com pulso firme, com comando e com liderança, mobilizando a sociedade mobilizando os policiais, instalando centrais de comando e controle, com a ampliação dos efetivos, na criação das patrulhas rurais. Esse é um compromisso muito firme que temos", salientou o petebista.

A formação das coligações na disputa pelo Governo de Pernambuco foi questionada durante o debate entre os candidatos, nesta terça-feira (18). Com um palanque composto por Pros, Avante e PDT, o postulante Maurício Rands (Pros) indagou Armando Monteiro (PTB) sobre o fato de poucos saberem que o PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, integra a base dos 13 partidos que endossam a candidatura dele. 

“A repetição dessas práticas convencionais aumenta a descrença na política. Sua coligação vai desde o partido de Bolsonaro, o PSL, que vem sendo mantido escondido, até a sua estrela, que você colocou no começo da campanha para tentar surfar na popularidade de Lula… Você está escondendo Bolsonaro?”, questionou Maurício Rands, no debate promovido pela Rádio Liberdade, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. 

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Por sua vez, Armando negou estar escondendo Bolsonaro da sua base. “Não estou escondendo ninguém, fui convocado por um conjunto de forças porque temos um compromisso de construir uma grande frente para oferecer a Pernambuco um novo caminho… Eu não assumo Bolsonaro, mas recebi sim o apoio dele. O presidente do partido dele é Luciano Bivar, um empresário, uma figura respeitável”, disse o petebista.

“Temos um eixo fundamental [na coligação] que tem compromisso com a mudança de Pernambuco. Pernambuco precisa mudar, é um Estado que andou para trás, perdeu a liderança. Temos que deixar as idiossincrasias e preconceitos de lado e temos que construir o interesse de Pernambuco”, completou, rebatendo Rands. 

Para o candidato do Pros, Armando não é coerente na coligação dos partidos e no discurso. “Não se trata de preconceitos, mas de clareza política. É preciso ser muito mais claro para a sociedade. Primeiro você passou a ideia de que Lula era o presidente e agora você diz que está focado em fazer uma ampla aliança. Mistura o uso da estrelinha do PT com uma candidatura de Bolsonaro soa estranho para a sociedade”, alfinetou Maurício Rands.

Em réplica, Armando acusou o conjunto político de Rands de ter duas posturas em relação às eleições. “A estrela não é do PT, é da bandeira brasileira. Essa questão de coerência tem gente dizendo o seguinte: Maurício está na coligação com o PDT que é linha auxiliar do Governo do Estado. Tem gente, nesse seu conjunto, que não tem o mesmo compromisso com você. Está se apresentando de uma forma para fazer um faz de conta”, rebateu. 

Quatro dos seis candidatos a governador de Pernambuco se enfrenaram, na manhã desta terça-feira (18), durante um debate promovido pela Rádio Liberdade, em Caruaru, no Agreste. O candidato Armando Monteiro (PTB) iniciou o primeiro bloco perguntando ao governador Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição, sobre as promessas que ele havia feito em 2014 e não cumpriu como o aumento salarial dos professores, a construção de hospitais e a implantação do bilhete único. 

“Todos nós sabemos que em 2014, na eleição, vivíamos um momento diferente e a partir de 2015 vivemos a maior crise do país”, justificou Paulo, pela ausência de cumprimento de alguns compromissos. “Pernambuco sabe o grau de quase colapso que enfrentamos no últimos anos [com a seca], avançamos no abastecimento de água. Uma área que não tinham promessas. Isso também vale para segurança. E avançamos em todas as áreas”, completou. 

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Armando, por sua vez, voltou a rebater. “Efetivamente ele não fez o que prometeu e agora se apresenta fazendo uma nova geração de promessas. Paulo é por isso que o povo já não acredita em política. Falamos aqui dos hospitais, mas aqui mesmo em Caruaru, o Hospital da Mulher se arrasta. Foi retomada uma vez, a segunda e até agora nada existe. O Hospital São Sebastião você fez uma inauguração precária, então como acreditar nessas promessas novas?”, indagou.

Como réplica, Paulo disse que “o Hospital São Sebastião está salvando vidas” e “quando se abre um hospital não se abre 100%”. “Isso tudo faz parte de um planejamento é um governo que faz gestão e sabe controlar as contas. É um governo transparente”, disse o governador. 

Em seguida, Paulo Câmara questionou Dani Portela (PSOL) sobre suas propostas para a educação, citada por ele como a melhor do país. “O que me chama muita atenção é que muitas vezes as pesquisas, dados e números nem sempre remetem à verdade”, disparou a candidata do PSOL.

“Sou advogada nos sindicatos da educação e por onde tenho andado a reclamação que mais escuto é que a escola que vemos na propaganda não é a escola da realidade. Nenhuma escola deveria valer menos, nenhum aluno deveria valer menos e nenhum professor deveria valer menos. Será que é justo um aluno sair para aprender outra língua do Brasil e outra escola no interior não ter o professor desta disciplina”, completou. 

Em resposta, Paulo disse que “apesar da crise” teve a capacidade “de contratar mais de 3 mil professores”. “É a maior rede de escola integral emtodo o Brasil. Nos próximos quatro anos queremos que 70% dos alunos sejam atendidos com escolas integrais”, frisou, pontuando a promessa de criar o Prouni Pernambuco. 

No segundo bloco, o tema educação foi retomado pelos mesmos candidatos e Paulo Câmara disse que também investe nas escolas regulares. “Todo município pernambucano tem uma escola de tempo integral, inclusive Fernando de Noronha. Mas a escola regular é bem cuidada. Com 70% vamos chegar ao alcance de todos os alunos e vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, valorizando o professor. A PEC do Teto de gastos vai tirar recursos da educação, assim como a saúde, mas aqui em Pernambuco vamos continuar a avançar”, argumentou. 

Durante caminhada pela feira pública Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, nesse domingo (16), o candidato a governador Armando Monteiro (PTB) prometeu que investirá na modernização das feiras públicas e no apoio às atividades dos pequenos produtores rurais como forma de estimular a geração de emprego e renda no Estado. O petebista destacou que investimentos do governo estadual são essenciais para a retomada do crescimento desse setor. 

“Nós vamos fazer um programa para requalificar esses espaços. A feira é um canal de distribuição para o pequeno produtor, ela tem proximidade com a base agrícola da região. Portanto, quando você estimula a feira, você está apoiando o produtor”, afirmou Armando. “O produtor precisa de apoio, precisa do crédito e da assistência técnica. Por isso é que nós vamos reestruturar o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), para que possa oferecer mais assistência técnica e fazer a extensão rural”, completou. 

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Acompanhado dos candidatos a senador, Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), Armando também assumiu o compromisso de investir na duplicação da PE-90, que liga os municípios de Carpina e Surubim, estimulando o desenvolvimento econômico de um novo eixo dentro da região. 

Antes disso, o candidato a governador esteve em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Durante um ato na cidade, ele reforçou que pretende finalizar as obras do Estado que estão inacabadas na Marim dos Caetés, como o Canal do Fragoso e a requalificação da Avenida Presidente Kennedy. 

À imprensa, Armando salientou que vai realizar uma avaliação de quanto já foi investido na obra inacabada do canal e incluí-la na lista de propriedades no ano que vem. "Precisamos ver ainda como essas obras estão com relação aos órgãos de controle. Portanto, será necessária uma articulação para garantir esses recursos. Esse é um compromisso que assumimos", disse.

Nesta segunda (17), o candidato apresenta propostas de incentivos para o trade turístico em encontro com empresário do setor no Pina, às 9h, e ao meio-dia debate propostas para retomada do desenvolvimento econômico com empresários do setor financeiro. 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco decidiu manter no ar, no rádio e na TV, o as peças desenvolvidas pela campanha de Armando Monteiro (PTB) que apontam promessas feitas pelo governador Paulo Câmara (PSB) em 2014, mas que não foram cumpridas. O vídeo com a tarja de “não fez” aplicada para o pessebista, contudo,terá que ser retirado do Facebook segundo uma decisão deste sábado (15). 

“O atual governador prometeu muito em 2014 e pouco fez. Tanta mentira levou Pernambuco a andar para trás”, diz um dos trechos do vídeo. Na representação, que pede para barrar a circulação da peça na rede social, alega que Armando está impulsionando um conteúdo que denigre o adversário e não promove a candidatura petebista, como pede a legislação. 

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Na decisão, o desembargador Itamar Pereira da SIlva Júnior acata o pedido e observa que Armando “impulsiona propaganda negativa… apenas atacando o adversário, prática esta vedada pelo § 3º do art. 57-c da Lei 9.504/97”. “O perigo na demora está na perpetuação da propaganda e nos danos que isso poderia causar. Neste sentido, não há outra resposta senão conceder o pedido, em sede de liminar”, decide, alegando que o descumprimento acarretará uma multa de R$ 5 mil por dia. 

Em decisão um dia antes, a desembargadora Erika Barros, decidiu permitir a propaganda na TV e no rádio e definiu que o tema será submetido à análise da sessão plenária da casa, que acontece na próxima semana.

A coligação Pernambuco Vai Mudar, liderada pelo candidato a governador Armando Monteiro (PTB), criou um site para receber denúncias da população contra a gestão do governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB). 

A plataforma, que recebeu o nome de “Raio-X”, pretende, segundo descrição dos organizadores, “ser um canal de diálogo permanente com a população para que os problemas de todo o Estado não fiquem abafados em propagandas eleitorais falsas e para que a realidade seja retratada de forma fiel, com os problemas sendo denunciados diretamente pelos pernambucanos”.

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O site é segmentado por área e o internauta pode dividir com outras pessoas da mesma cidade ou de outras os problemas que vem enfrentando nas áreas de segurança, saúde, educação ou economia, ao responder a pergunta “o que você quer mudar em Pernambuco?”. 

No layout, além do internauta identificar no mapa do Estado onde está cada problema e seu colaborador, é possível conferir as promessas feitas por Paulo Câmara em 2014, ponto que vem sendo duramente batido por Armando Monteiro. 

Os rumores de que o candidato a governador Armando Monteiro (PTB) pretende apoiar a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República foram negados, nesta sexta-feira (14), pelo petebista. Segundo o postulante, a questão sobre quem irá apoiar está sendo discutida no âmbito da coligação dele que tem como presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (Podemos), além do vice na chapa de Marina Silva (Rede).

Ao ser indagado se teria entrado em contato com Ciro para tratar de um eventual apoio, Armando negou. “Eu não liguei para Ciro em nenhum momento. Por que não liguei para Ciro? Porque estamos discutindo essa questão no âmbito da nossa coligação aqui. Não tive nenhuma indicação e nenhuma definição que me fizesse ligar para Ciro”, esclareceu o candidato. Informações da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, de hoje que dão conta de que o petebista teria ligado para dirigentes do PDT para tratar do assunto. 

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“É possível ainda que tenha havido algum engano, que o pessoal de Ciro tenha tentado falar comigo. É possível que tenha sido isso”, completou, pontuando que não decidiu ainda em quem declarar apoio na corrida pelo Palácio do Planalto.

Armando era eleitor declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista, entretanto, teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, após ter sido condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

Candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta sexta-feira (14), que pretende manter um canal de diálogo permanente com as polícias no Estado caso seja eleito. Na ótica dele, a adoção desta postura contribuirá para a melhora dos índices de violência. Neste sentido, ao apresentar as propostas de governo para membros da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e ouvir sugestões dos delegados, o postulante se comprometeu em adotar a dinâmica de lista tríplice para escolher o chefe da Polícia Civil do Estado. 

Atualmente a indicação para este posto é política, apesar de, na maioria das vezes, o cargo ser ocupado por delegados de carreira. “Essa ideia é algo que dá ao governante a possibilidade de prestigiar a instituição e resguardar o seu direito de escolha, porque sendo uma lista tríplice pode fazer com que a escolha recaia ao que pareça mais adequado”, salientou Armando, pontuando que uma lista tríplice expressa a visão do setor. 

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Apesar da abertura, o senador também deixou claro que as indicações não tiram do governador a liderança da questão da segurança pública. “É perfeitamente possível pensar nesse sistema com a manutenção da prerrogativa política do governador de indicar o mais importante no organograma da segurança que é a o secretário de Defesa Social, que é quem comanda as ações de segurança, e o governador vai tomar para si as ações de coordenação estratégica, de acompanhamento e de monitoramento”, complementou, explicando. 

Durante o debate com os delegados pernambucanos, Armando aproveitou para reforçar as críticas à condução da segurança pública no governo Paulo Câmara (PSB). O petebista questionou os dados fornecidos pelo Estado com relação aos índices de violência e atuação da polícia, salientou a perda de capacidade de investimento da gestão em tecnologia para a atuação policial e disse que o diálogo vai pautar um eventual governo seu. 

“Em primeiríssimo lugar, quero dizer que assim que assumir terei disposição firme de estabelecer diálogo permanente e verdadeiro com o setor. E que o governante possa ter também a condição de oferecer sempre a polícia os números reais do estado, a situação orçamentária do Estado. Precisamos tratar essa questão com absoluta transparência. Respeito recíproco e ao dialogar não falsear, não querer enrolar de forma alguma. Pautar o diálogo na linha de absoluto respeito. Nosso entendimento é que precisamos dialogar em todos os temas de remuneração à melhoria da condição de trabalho”, exemplificou Armando. 

O desenvolvimento do Pacto Pela Vida também foi pontuado pelos delegados. O presidente da ADEPPE, Francisco Rodrigues, chegou a dizer que o “Pacto deixou de ser um programa de governo para ser um programa de marketing” e o número de casos resolvidos pelos agentes de segurança não eram publicizados. 

Na visão do candidato, é preciso “ajustar o modelo de governança da segurança”, uma vez que hoje o Pacto Pela Vida precisa ser repactuado. “O Pacto representou um modelo interinstitucional bem feito, a ideia do pacto, o desenho do Pacto me parece adequada. Agora por várias razões ligadas a operacionalização, falta de investimento, melhor coordenação e articulação, o Pacto, na visão de muitos especialistas, inclusive do doutor José Luiz Raton, naufragou. Em uma das afirmações ele diz: ‘o Pacto morreu’”, lembrou. 

“Ora, temos que verificar o que é que dessa experiência pode ser aproveitado e fazer os ajustes necessários. Um ponto que me parece importante é que quando vamos pactuar as metas do Pacto é necessários que se envolva todos os conjuntos da segurança. Nosso compromisso é prestigiar as polícias Civil e Militar de Pernambuco, sem eles não poderemos dar a virada que temos certeza que daremos na segurança”, acrescentou Armando, dizendo que pretende, para dar mais eficácia ao programa, ampliar o funcionamento das delegacias, criar novas centrais de inteligência e liberar os policiais de funções administrativas. 

A discussão com os membros da ADEPPE ainda rendeu na entrega de um documento com dez sugestões para a plataforma de governo de Armando. Além dele, a associação também vai se reunir com os candidatos Maurício Rands (Pros), na segunda-feira (17), e o governador Paulo Câmara, que busca a reeleição, na terça (18).

Candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) prometeu que vai zerar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) cobrado para motocicletas de 50 cilindradas, mais conhecidas como 'cinquentinhas'. Além da isenção do IPVA das cinquentinhas, Armando também disse que pretende parcelar as dívidas de outros modelos de motocicletas a partir de 2019. 

“Estamos oferecendo, diante da crise, a possibilidade de redução desse débito, eliminando multas, reparcelando para que o cidadão possa ter sua moto de volta. E para as cinquentinhas, especialmente, zerar o IPVA a partir do início de 2019”, salientou o petebista.

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Para o postulante, a moto passou a ter o mesmo sentido do cavalo nas cidades do interior pernambuco e o governo deve contribuir para que os produtores rurais não fiquem no prejuízo. 

“Precisamos reconhecer que elas se transformaram no meio de transportes de grande número dos pernambucanos, principalmente nas cidades interiorizadas. Hoje a moto é o cavalo, é o que representava o cavalo no século passado. Portanto, no governo vamos reconhecer que é um instrumento de trabalho para muitas pessoas e hoje os proprietários de moto sofrem com essa ação muito forte que o Estado realiza, de apreensão das motos em função do atraso no cumprimento de algumas obrigações”, argumentou Armando Monteiro. 

Candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) afirmou que pretende, se eleito, viabilizar a contratação de jovens egressos do Exército Brasileiro no Estado para trabalhar na área administrativa da Polícia Militar e, assim, realocar os agentes formados para o policiamento, mas que hoje trabalham no setor. 

“Vamos ver a possibilidade de que eles venham a cumprir funções de retaguarda e administrativas que hoje são exercidas por policiais que tiveram formação de policiais e, por isso mesmo, não devem ficar em funções administrativas. Ou seja, para ser um auxiliar administrativo não precisa da formação policial, que é técnica. E como sempre temos um déficit de efetivo, se liberarmos aqueles policiais que estão em retaguarda e burocráticas estará ampliando o efetivo sem elevar a folha de pagamento, porque eles já estão lá”, explicou o petebista.

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Segundo Armando, “em janeiro de 2015 o efetivo era de 19.236 e, em abril de 2018, de 19.430” o que representa um crescimento mínimo do efetivo policial. “Com as aposentadorias, o aumento líquido é irrelevante e como a população cresce é preciso ter mais policiais nas ruas”, frisou o candidato. 

A área da segurança, de acordo com Armando, será uma das prioridades do seu eventual governo. Na ótica dele, hoje o “custo da insegurança é muito grande em Pernambuco”.   

“O número de homicídios, ainda que tenha reduzido, é inaceitável. Temos uma situação muito grave, isso afeta o turismo, a atividade econômica no interior. O custo da insegurança está alcançando uma proporção preocupante”, observou o petebista. 

“A primeira coisa é a mudança de atitude do governante. Que não pode se omitir nesse tema. Quando o governador assumiu o comando tivemos resultados positivos, no período de 2007 a 2013. Infelizmente de 2014 para cá, todos os ganhos foram aniquilados”, completou, fazendo críticas diretas ao atual governador Paulo Câmara (PSB).

Dos sete candidatos a governador de Pernambuco, apenas quatro já disponibilizaram suas movimentações financeiras no site do Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com os dados, Paulo Câmara (PSB) - que concorre à reeleição, Armando Monteiro (PTB), Maurício Rands (Pros) e Simone Fontana (PSTU) já arrecadaram R$ 11,6 milhões para as atividades de campanha. Desse montante, R$ 9,6 milhões são oriundo do Fundo Especial de Financiamento da Campanha (FEFC), o que representa 82,7% do total. 

No ranking da arrecadação, Paulo Câmara lidera com R$ 6,9 milhões sendo 93,7% do fundo público repassado pela direção nacional do PSB [R$ 6,2 milhões]. Em segundo lugar aparece Armando com um somatório de R$ 4,4 milhões. Desses, 69% são do fundo especial recebidos através de duas doações registradas pelos diretórios do PTB estadual [ R$1,7 milhão] e nacional [ R$1,3 milhão]. 

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Ao TSE, Maurício Rands declarou ter arrecadado um total de R$ 390 mil. A quantia é toda do fundo público destinado ao PDT, partido da candidata a vice na chapa dele, Isabella de Roldão. Por último aparece Simone Fontana, com R$ 28,6 mil em doações sendo R$ 28,3 mil do financiamento público de campanha destinado ao PSTU nacional.

Não há informações financeiras da campanha dos candidatos Ana Patrícia (PCO), Dani Portela (PSOL) e Julio Lossio (Rede). De acordo com a legislação, os candidatos têm prazo de 72 horas para informar à Justiça Eleitoral as doações recebidas para financiamento da campanha e os gastos. 

Segundo o calendário eleitoral, nesta quinta-feira (13) os partidos e os candidatos devem fazer a prestação de contas parcial da movimentação financeira desde o começo da campanha até o último dia 8. Pelo Artigo 29, da Lei 9054/1997, "a inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar".

Eleitor declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está fora da disputa enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), disse, nesta terça-feira (11), que pretende se reunir com as lideranças que compõem a coligação da frente Pernambuco Vai Mudar para definir quem será seu novo candidato à Presidência da República. O petebista não definiu a data da reunião com os aliados, mas afirmou que isso poderá acontecer nos próximos dias. 

“Estarei definindo com o conjunto de companheiros que formam a nossa coligação, que têm candidatos de vários partidos. Álvaro Dias e Geraldos Alckmin, por exemplo, que são pessoas que eu respeito e também temos na coligação o PV, que é vice de Marina Silva”, salientou em conversa com a imprensa, após sabatina promovida pela Federação dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE), no Recife. “Teremos sempre uma posição. Ao longo desses próximos dias vamos ter essa definição”, acrescentou. 

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Nos bastidores, a expectativa é de que Armando rume para anunciar voto ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma vez que a maioria dos seus aliados, inclusive o PTB nacional, está na base do tucano. O PSDB, inclusive, integra a chapa majoritária com a candidatura do deputado federal Bruno Araújo ao Senado.  

Indagado recentemente pelo LeiaJá se iria articular para convencer Armando a optar por Alckmin, Bruno disse que respeitaria o espaço do petebista para decidir. “Armando tem clareza de todos os compromissos da nossa aliança. Ele vai tomar a decisão dentro da liberdade que construímos e definimos respeitando cada um. Vamos aguardar nos próximos dias essa decisão”, amenizou o tucano, que também é presidente do PSDB em Pernambuco. Agora, com a abertura de Armando para o diálogo, Bruno deve investir no convencimento.

O candidato a governador Armando Monteiro Neto (PTB) explicou, durante entrevista concedida ao LeiaJá, o banner com a frase “Sou Lula, voto em Armando”, utilizado na semana passada durante um evento no qual foi anunciado o apoio do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), ao petebista. O governador Paulo Câmara (PSB) chegou a criticar Armando afirmando que ele quer enganar o povo. “Lula me apoia. Se ele tá usando foto, ele quer enganar o povo. O povo não se engana. Está muito claro quem é o candidato de Lula em Pernambuco”, rebateu Paulo. 

Armando, em tom mais ameno, respondeu a declaração do governador. “Eu não estou enganando ninguém”, afirmou. Ao se explicar, o candidato falou que o ex-presidente Lula já esteve ao seu lado no passado. “Eu não disse que Lula está comigo, eu disse que Lula já esteve comigo, é um registro histórico”, respondeu. 

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Durante a entrevista, apesar de não querer muito falar sobre o assunto envolvendo Lula, ele alfinetou Paulo Câmara ao declarar que o governo do pessebista é desaprovado pela população. Ainda disse que estava bastante otimista quanto vencer o pleito. “[Estou] muito confiante porque Pernambuco quer mudar. Vamos intensificar a agenda no Recife e no interior”, contou. 

Por sua vez, desde que o PT anunciou o apoio no estado ao PSB, Câmara continua tentando associar a sua imagem ao do líder petista. O governador já chegou a afirmar que "a esquerda foi unida para trabalhar por um Pernambuco mais justo". 

 

 

 

 

 

“Não querendo manipular ninguém, que nós possamos mostrar o que é melhor para o nosso Estado”. Assim pontuou um dos cerca de 200 pastores de igrejas evangélicas da Região Metropolitana do Recife (RMR) no início de um encontro entre a chapa Pernambuco Vai Mudar, que tem a liderança do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), e os líderes religiosos na manhã desta quinta-feira (6), em um hotel da orla de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. 

O evento reforçou o desejo de Armando de conquistar o eleitorado evangélico, uma vez que não é novidade que o segmento tem rendido aos políticos pernambucanos expressivas votações, e o encontro foi organizado pelo grupo político da família Ferreira com o argumento de que os evangélicos terão representatividade no governo, caso Armando seja eleito, uma vez que a vice na chapa do petebista é ocupada pelo vereador do Recife, Fred Ferreira (PSC). 

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Armando tomou café com os pastores e depois os reuniu para um ato político. Questionado se tinha alguma plataforma de governo específica para o setor, Armando disse que não, mas ponderou a necessidade de dialogar sempre com os evangélicos. 

“Eu reconheço que a comunidade evangélica tem hoje uma presença muito expressiva em Pernambuco. Segundo as pesquisas censitárias, o público evangélico hoje ocupa 30% da população. É preciso dialogar com eles e há temas que são muito sensíveis a todos, como a questão da segurança pública. Portanto viemos aqui debater, ouvir eventualmente algumas propostas e pretendemos sempre dialogar com este setor”, salientou o candidato.

Já quanto à influência direta do voto evangélico com a presença de um vice do segmento, o petebista considerou pesar bastante. “Acredito que sim. Ele tem vinculações com essa comunidade, uma grande integração com a comunidade evangélica e e isso será sempre um canal natural neste diálogo”, reforçou. 

Fred Ferreira é cunhado do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PR). Anfitrião do evento, Anderson enalteceu o fato de Armando ter “sensibilidade para enxergar e ter a representatividade de alguém que comunga princípios cristãos”. 

Fazendo as honras da casa e apresentando todos os candidatos da chapa aos pastores, desde Armando até os postulantes ao Senado Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), Anderson fez questão de salientar ainda que Fred “tem que andar na cartilha dos Ferreira” na vida e na política.

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Força política dos Ferreira

O crescimento dos votos para a família vem sendo notado nas últimas eleições. Além dos seis mandatos do patriarca Manoel Ferreira (PSC) na Alepe, de 2004 para cá André Ferreira (PSC), que é deputado estadual e concorre para federal, passou de 7.232 votos, na primeira eleição para vereador do Recife, para a vaga de mais votado nos pleitos de 2008 e 2012 - com 15.117 e 15.774 votos respectivamente - e em 2014 foi eleito deputado com 74.448. 

Já Anderson, na sua primeira eleição, em 2010, recebeu 48.435 votos para deputado federal e em 2014 foi reeleito com 150.565 votos. Em 2016, ele disputou a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, e conquistou 171.057 votos segundo turno. No mesmo ano, Fred Ferreira foi eleito com 14.277 votos, terceiro mais votado da Câmara Municipal do Recife.

O candidato a governador de Pernambuco Armando Monteiro (PTB), durante pronunciamento na inauguração do comitê do candidato a deputado federal Vinícius Mendonça, pediu uma “oportunidade” aos presentes para assumir o Governo de Pernambuco no próximo ano. “Quero pedir a todos vocês que me deem a oportunidade que Paulo Câmara já teve e não passou no teste”.

Armando falou que é preciso de uma “boa política” que possa mudar a vida das pessoas. “Eu aprendi a ouvir mais para errar menos. Eu conheço todas as regiões de Pernambuco, fui ministro, não fiquei chorando as dificuldades e me honro por deixar algo plantado”. O petebista também, durante o discurso, elogiou os candidatos a senador Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), ambos deputados federais. 

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Ao falar de Vinícius Mendonça, que vai enfrentar sua primeira eleição, ele lembrou de José Mendonça. “Um homem afirmativo, que não tinha duas conversas. Tinha lado e sabia ser leal até as últimas consequências”.

O senador vem afirmando que não consegue tirar da cabeça a vontade de mudar Pernambuco. Também garante que vai combater a criminalidade. “É preciso restaurar a autoridade em Pernambuco. Vamos combater a criminalidade com pulso firme e comprometimento. Do jeito que está não pode ficar", disse. 

 

 

A desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, Karina Albuquerque Aragão, deferiu um pedido de liminar que impede o governador Paulo Câmara (PSB) de vincular o adversário Armando Monteiro (PTB) ao governo do presidente Michel Temer (MDB). Neste sentido, Paulo não poderá mais usar a expressão “turma de Temer” para se referir ao petebista. 

“Fazendo uma reanálise fática de todo o conteúdo apresentado, verifico que a ideia que se pretende passar pela Coligação representada é totalmente incoerente com a posição política adotada pelo candidato Armanda Monteiro. E, para além do mais, quer revelar uma aliança política que de fato inexiste”, considera a desembargadora na decisão. Um dia antes, contudo, ela mesma tinha argumentado não ver problema na ligação feita ao palanque de Armando.  

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Na liminar, Karina Albuquerque Aragão determina a retirada imediata das propagandas já veiculadas pela chapa de Paulo com a expressão e observa que, em caso de descumprimento, será aplicada uma multa de R$ 5 mil por cada veiculação.

“A Justiça foi muito clara ao dizer que Paulo veiculou uma propaganda incoerente, que não corresponde aos fatos. Armando jamais esteve ao lado de Temer em momento algum. Pelo contrário, Armando sempre foi leal a Lula e votou contra o impeachment de Dilma, como sabem todos os pernambucanos”, disse o coordenador jurídico da campanha de Armando, Walber Agra. 

Na petição, a defesa de Armando juntou matérias de jornais que citam a ligação entre Armando e Lula, além do fato do candidato ter declarado voto ao ex-presidente. “Eles tentaram confundir a população, quando a realidade é que Paulo liberou secretários para votarem contra Dilma e foi elogiado por Temer em entrevista recente”, completou o advogado.

A Executiva Estadual do PT abriu um processo disciplinar contra o prefeito de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, Luciano Duque (PT) por infidelidade partidária ao declarar dissidência do alinhamento eleitoral da legenda na disputa pelo Governo de Pernambuco. Duque declarou apoio ao candidato Armando Monteiro (PTB), mas o PT faz parte da Frente Popular de Pernambuco, que busca a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).

Na resolução em que define iniciar um processo para punir internamente o prefeito, a direção estadual diz que Luciano tomou uma decisão individual e sem conversar com a cúpula do partido. “Cometeu uma grave indisciplina estatutária e política, caracterizadora de infidelidade partidária a um partido que o acolheu, com respeito, solidariedade e apoio, e pelo qual se elegeu e se reelegeu prefeito da importante cidade de Serra Talhada”, afirma a resolução.

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Além disso, pontua que o prefeito resolveu se unir a “uma chapa com líderes adotaram posições claras e asseguraram os seus votos para a aprovação de todas as medidas propostas por Michel Temer, de forte conteúdo antipovo e contra a soberania brasileira, como a brutal supressão dos direitos fundamentais do trabalhador (a reforma trabalhista); como a PEC da Morte, congelando os investimentos em Educação e Saúde e em outros gastos sociais; como a entrega do pré-sal aos interesses internacionais, dentre outras medidas lesivas ao País e ao nosso Povo. Forças políticas que defenderam e apenas não aprovaram a Reforma da Previdência e a privatização da Chesf e do rio São Francisco em razão da forte reação da sociedade brasileira, do PT e dos partidos a nós aliados, em especial o PCdoB e o PSB em Pernambuco”.

O processo pode levar a punições de advertência, mas também gerar a expulsão de Luciano Duque. Em 2014, o PT chegou a expulsar prefeitos pernambucanos que, na ocasião, declararam dissidência ao palanque da legenda, aliada de Armando Monteiro na época, para subir ao do governador Paulo Câmara.

Já prevendo a possibilidade de retaliações, no ato em que anunciou apoio a Armando nessa segunda-feira (3), Luciano Duque disse que estava pronto para qualquer punição. “Na política não podemos ter medo, mas coragem de ousar”, declarou.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de indeferir o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República também atingiu o senador Armando Monteiro (PTB), que é candidato a governador de Pernambuco e já havia declarado voto ao líder-mor petista na disputa presidencial. Com a definição judicial, entretanto, o petebista fica terá que reavaliar e escolher um novo candidato a presidente.

“Estou pensando com muito carinho. Tem Geraldo Alckmin, Álvaro Dias e vários presidenciáveis que estão vinculados aos partidos do meu palanque. Por exemplo, temos no nosso palanque o PV e o PV tem o vice da candidata Marina Silva. Temos várias possibilidades de candidaturas. Vou estar avaliando para decidir”, afirmou, depois de cumprir agenda de campanha no Recife. 

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Questionado sobre em quanto tempo pretende anunciar  seu novo candidato a presidente, Armando ironizou: “a tempo de poder votar”. O candidato a governador de Pernambuco, contudo, já chegou a pontuar que não cogita uma eventual aliança com o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), apesar de ter o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) no seu palanque. 

Nos bastidores, a expectativa é de que Armando rume para anunciar voto ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma vez que a maioria dos seus aliados, inclusive o PTB nacional, está na base do tucano. Um deles é o candidato ao Senado, Bruno Araújo, que também é presidente estadual do PSDB. 

Indagado se vai articular para convencer Armando a optar por Alckmin, Bruno disse que respeitará o espaço do petebista para decidir. “Armando tem clareza de todos os compromissos da nossa aliança. Ele vai tomar a decisão dentro da liberdade que construímos e definimos respeitando cada um. Vamos aguardar nos próximos dias essa decisão”, amenizou. 

Para Bruno, a postura do TSE que indeferiu o registro de candidatura de Lula já era esperada. “Era só uma questão de tempo e agora o PT, que naturalmente está fazendo um discurso político e é legítimo, seguramente vai se respeitar a decisão e vai mudar o candidato. Quanto mais rápido isso for feito mais respeito será com o eleitor”, observou o tucano. 

Já Armando, apesar de pontuar inicialmente que preferia não avaliar a definição, disse que respeitava o posicionamento da Corte. “É uma decisão que eu tenho que respeitar na medida que que corresponde o pronunciamento ao órgão máximo da Justiça Eleitoral. Eu posso até em algum momento entender que certas interpretações poderiam dar margem a uma outra conclusão, mas eu respeito a decisão da Justiça”, afirmou. 

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