A 12 dias das eleições, o embate polarizado entre os candidatos a governador Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB) tem crescido. Nesta terça-feira (25), durante o debate feito pela TV Jornal, Paulo provocou o petebista por ele ter votado a favor da reforma trabalhista, questionando-o se ele era a favor do fim dos 30 dias de férias, do trabalhador não receber um salário mínimo e de que as grávidas trabalhassem em locais insalubres. O senador, por sua vez, disparou contra o pessebista chamando-o de “camaleão” e “exterminador de empregos”.
“Paulo não sustenta as posições dele. Tenho um texto que ele defende a necessidade da reforma trabalhista e tem ao seu lado um candidato ao Senado que votou pela reforma trabalhista. [...] Você é um exterminador de empregos pelo grande número de obras paradas em Pernambuco, muitas por incompetência. Ele não foi capaz de destravar e vencer a burocracia. Incompetência, inépcia e falta de iniciativa do Governo do Estado”, respondeu Armando, com um tom incisivo. Na ótica de Armando, Paulo “não ajudou o emprego em Pernambuco”.
##RECOMENDA##Em réplica, Paulo negou o fato de ter defendido a reforma trabalhista e disse que Pernambuco é o “quarto Estado mais eficiente do Brasil”. “Fizemos mais com menos”, resumiu o governador. E acrescentou: “Fomos contra a reforma trabalhista porque entendemos que os direitos dos trabalhadores não poderiam ser retirados. Sou contra a pessoa trabalhar em locais insalubres, sou contra que o trabalhador não ganhe ao menos um salário mínimo e a redução dos 30 dias de férias”.
Mostrando um texto do site do Palácio do Planalto em que Paulo defendia a reforma, Armando disse que o governador tinha um discurso de ocasião. “Na realidade ele defendeu sim e há registros. Inclusive faz referência direta a redução de custos de contratação”, ponderou. “Ele vai mudando ao sabor das circunstâncias, vota com Aécio e agora se abraça com Lula. Foi a favor do impeachment de Dilma e agora se diz arrependido. Paulo é verdadeiramente um camaleão”, completou, alfinetando.
Ainda no primeiro bloco do debate, que acontece na manhã de hoje, os candidatos também perguntaram entre si sobre saúde, gestão fiscal e saneamento. Em todos os aspectos, Paulo Câmara foi criticado.