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Em ano eleitoral, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou em 75% o gasto com publicidade na TV Globo entre janeiro e junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021. Neste mesmo período do ano passado, o Governo Federal injetou R$ 6,5 milhões para divulgar materiais publicitários na maior emissora do país.

Neste ano, esse valor saltou para R$ 11,4 milhões. Os dados são da própria Secretaria Especial de Comunicação Social, que é responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo.

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Segundo o UOL, neste ano o Executivo Federal está dando prioridade para campanhas institucionais categorizadas como campanhas institucionais, responsáveis por mostrar feitos do governo Bolsonaro, o que pode inflar a popularidade do mandatário justamente no ano em que deve concorrer à reeleição. 

Em 2021, foram 46 inserções de "utilidade pública" e 10 para materiais institucionais. De 1º de janeiro a 21 de junho deste ano já são 72 campanhas institucionais e apenas duas de "utilidade pública". 

Até agora, a TV Globo já faturou mais do que a Record, que antes detinha a maior fatia de arrecadação por contas das publicidades do governo veiculadas no canal do Bispo Edir Macedo. Foram R$ 9,8 milhões repassados à emissora desde janeiro.

Inclusive, nestes sete meses de 2022, a Globo já lucrou mais com o Palácio do Planalto do que todo o ano de 2019 (R$ 7,1 milhões), 2020 (R$ 2,4 milhões) e R$ 2021 (R$ 6,4 milhões). 

Neste ano, Globo, SBT, Record, BAND e Rede TV, os cinco maiores canais da TV aberta do Brasil, recebam juntas pouco mais de R$ 33 milhões, soma maior desde 2019, primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro - naquele ano, as emissoras faturaram R$ 30,4 milhões.

Os órgãos oficiais vinculados à gestão pública do país devem, por lei, estar com suas redes sociais desativadas a partir deste sábado (2). O último dia para adaptação ao período de defeso foi essa sexta-feira (1º). A medida é cabível não apenas ao Governo Federal, mas a todo e qualquer órgão da administração pública, durante os três meses que antecedem o período eleitoral. Assim, de 2 de julho a 2 de outubro, esses perfis devem permanecer inativos. Em caso de segundo turno, o prazo de inatividade se estende para 30 de outubro. 

De acordo com a Lei nº 9.504, de 1997, a publicidade institucional fica vedada até as eleições. “É vedado ao agente público, nos três meses que antecedem o pleito (com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado), a autorização de publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral”, prevê o artigo 73, inciso VI. 

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Em adição à lei, a Advocacia-Geral da União (AGU) reúne, na cartilha Condutas Vedadas aos Agentes Públicos Federais em Eleições 2022, orientações sobre a atuação dos órgãos e agentes públicos do governo federal durante o período eleitoral. Também há a Instrução Normativa SECOM/SG/PR nº 01, de 11 de abril de 2018, que disciplina a publicidade em ano eleitoral dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal (SICOM). 

Governo criou redes temporárias 

O Governo Federal anunciou que criou contas temporárias nas redes sociais especialmente para o período das eleições, para não ferir as restrições da lei eleitoral. Canais paralelos de diversos ministérios e órgãos federais já estão no ar em redes como o Twitter e Facebook. Perfis associados, como é o caso da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), também optaram pela rede temporária. No caso da Sudene, o canal temporário agora é @govsudene, em vez de @sudenebr. 

É possível conferir essas e outras mudanças através do site oficial do Governo: https://www.gov.br/pt-br

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O Plurarte desta semana recebe como convidado Roberto Duailibi, publicitário, escritor, professor e palestrante. Sua história com a publicidade completa 60 anos agora em 2022, já que em 1962 ingressou na Colgate e, seis anos depois, fundou a DPZ, uma das maiores agências de publicidade do país. Nascido e criado dentro de uma loja em Campo Grande, filho de comerciantes, Roberto sempre gostou de desenhar. Fazia os cartazes de todos os produtos que lá eram vendidos. Ele carrega no sangue a curiosidade do povo libanês e aproveitou para compartilhar algumas aventuras vividas pelo seu pai e tios, que exploravam as matas brasileiras atrás de riquezas e novas oportunidades de negócios.

O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

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A Netflix planeja lançar planos com publicidade no Brasil. A novidade ainda não possui data para chegar ao país ou confirmação se será gratuito. O planejamento é inicial neste momento, a empresa analisa como seria um novo pacote para assinantes do mercado brasileiro.

 A decisão é efeito da recente queda de assinaturas da Netflix. Em teoria, os custos do pacote seriam cobertos com anúncios publicitários, parecido com o serviço gratuito do Spotify.

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"Nós vamos lançar uma assinatura suportada por publicidade. Não sabemos ainda quando: pode ser entre o final deste ano e o começo do próximo", afirmou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix no Brasil, à colunista da Folha.

 Nesse novo pacote, estariam inclusos todos os conteúdos do catálogo da Netflix: "Teremos a mesma versão do catálogo com publicidade e sem publicidade", explicou Paco, vice-presidente de conteúdo da Netflix na América Latina.

Um relatório divulgado na semana passada afirma que a Amazon usa dados de voz de seus dispositivos Echo para veicular anúncios direcionados em suas próprias plataformas e na web. O relatório, produzido por pesquisadores afiliados à Universidade de Washington, UC Davis, UC Irvine e Northeastern University, disse que as maneiras como a Amazon faz isso são inconsistentes com suas políticas de privacidade. A informação é do blog de tecnologia The Verge. 

Intitulado “Your Echos are Heard: Tracking, Profiling, and Ad Targeting in the Amazon Smart Speaker Ecosystem” (um trocadilho com o dispositivo Echo, “Seus Ecos São Ouvidos”), o relatório conclui que a Amazon e terceiros (incluindo serviços de publicidade e rastreamento) coletam dados de suas interações com Alexa por meio de alto-falantes inteligentes Echo e os compartilham com até 41 parceiros de publicidade. 

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Esses dados são usados para “inferir os interesses do usuário” e “veicular anúncios direcionados na plataforma (dispositivos Echo) e fora da plataforma (web)”. Ele também conclui que esse tipo de dados está em alta demanda, levando a “lances de anúncios 30 vezes maiores dos anunciantes”. 

Como isso afeta os clientes? 

O The Verge entrou em contato com a Amazon para entender o processo por trás dessa técnica de coleta de dados. A Amazon concordou em coletar e usar o Alexa Voice Data dos usuários, mas classificou isso como um exercício para tornar a experiência de compra altamente personalizada para os usuários. 

Uma porta-voz afirmou que a Amazon usa apenas dados processados e não dados brutos. Portanto, todas as conversas que você faz na presença do Alexa são seguras. Além disso, a porta-voz rejeitou a alegação de que a Amazon compartilhou o Alexa Voice Data com terceiros. 

Segundo ela, a Amazon nunca se entrega a compartilhar os dados com anunciantes ou desenvolvedores de terceiros. Além disso, ela disse que as descobertas do estudo eram meras especulações, e a Amazon prioriza a preservação dos dados dos usuários. 

O estudo de Umar Iqbal, pesquisador de pós-doutorado, e sua equipe, mostra como a Amazon desrespeitou suas políticas de privacidade usando os dados de voz dos usuários. Ele criou personas de destino para suas pesquisas para descobrir como exatamente a Amazon coletou e usou esses dados. Ele também revelou que os anúncios são veiculados para usuários fora do ecossistema Echo, portanto, o rastreamento entre plataformas também está na mesa. 

Você pode desativar a coleta de dados de voz pela Amazon a qualquer momento acessando as configurações de privacidade. No entanto, a Amazon deve tornar isso um recurso opcional, como a Apple fez com suas medidas ATT no iPhone.

Nesta quinta-feira (7), o mediador russo das telecomunicações informou que proibiu o Google de fazer publicidade na Rússia e acusou o YouTube de divulgar informações falsas sobre forças russas na Ucrânia. A agência mediadora também acusou o Google de censurar a mídia estatal russa, cujos canais do YouTube foram fechados.  

“O YouTube se tornou uma plataforma chave para a divulgação de ‘fake news’ sobre a operação militar especial no território da Ucrânia, desacreditando as forças armadas russas”, justificou o órgão executivo federal russo, Roskomnadzor, que também criticou o site de vídeos por publicar conteúdo de “extremistas” ucranianos. 

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Moscou lançou uma advertência para impedir a divulgação de informações que não correspondem à linha oficial do país. Com isso, o Google não terá mais direito de “fazer publicidade do Google LLC” e de suas plataformas na Rússia. Além disso, os mecanismos de busca russos terão que indicar que ele e suas afiliadas violam a lei russa quando se faz uma busca de seus nomes. As redes sociais Facebook, Twitter e Instagram estão bloqueadas na Rússia desde março deste ano.  

Por Camily Maciel

 

Diretor completa 83 anos nesta quinta-feira 

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta sexta-feira, 18, dar mais tempo para que o Congresso Nacional dê publicidade ao orçamento secreto, em uma derrota para os presidentes do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).

A vice-presidente do STF diz não ter visto razões 'legítimas e motivos razoáveis' para prorrogar o prazo para que o Congresso torne pública pública toda a documentação que embasou as demandas e a distribuição das verbas de emenda de relator-geral do orçamento (RP-9) - dispositivo usado pelo governo Bolsonaro para obter apoio no Legislativo. No despacho, a ministra ainda ressaltou 'ausência de fato novo' que justificasse mais uma prorrogação - 'medida extraordinária' - para que a casa legislativa cumpra decisão proferida pelo Supremo em dezembro. Na ocasião, a corte liberou a execução das emendas de relator, mas determinou que o Congresso desse publicidade aos documentos que embasaram a distribuição dos recursos nos exercícios de 2020 e de 2021.

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No entanto, apesar da determinação, as informações da execução de dezembro, disponibilizadas após o julgamento, e o novo sistema de registro de informações ainda omitem nomes de parlamentares que solicitaram emendas de relator, como tem mostrado o Estadão. Mesmo sem atender a decisão da corte máxima, Pacheco e Lira tem buscado manter uma relação institucional com o Supremo. Agora os parlamentares terão de mudar de estratégia se quiserem seguir sem 'abrir a caixa' do orçamento secreto.

A decisão dada por Rosa nesta sexta-feira não deixa claro qual medida será tomada, considerando que já passou a data limite para que houvesse a publicidade dos documentos ligados às emendas de relator. O despacho ressalta que o prazo para que as informações fossem apresentadas era de 90 dias corridos a contar do julgamento no plenário do STF, em 17 de dezembro.

A vice-presidente do STF lembrou que já concedeu uma extensão de prazo aos parlamentares anteriormente. Além disso, depois de detalhar toda a tramitação do caso no Supremo, Rosa ponderou que desde o primeiro pedido de informações feito ao Congresso sobre o orçamento secreto, em junho de 2021, se passaram nove meses. "Houve muitas oportunidades para que os órgãos do Poder Legislativo da União prestassem os esclarecimentos solicitados", registrou.

Nos bastidores, comenta-se que uma possível solução para o impasse seria uma intimação direta dos relatores dos orçamentos de 2020 e 2021 - os senadores Domingos Neto (PSB - CE) e Marcio Bittar (PL-AC), uma vez que eles são os responsáveis pela solicitação dos valores ao Executivo e recebem os pedidos de apoiamento dos parlamentares.

Até agora, mesmo sendo detentores das informações, Neto e Bittar não foram intimados, nem pelo Supremo, nem pelo Ministério Público, a prestar informações sobre o esquema de distribuição das emendas de relator em troca de apoio político.

Até o momento, a cúpula do Congresso tem resistido em dar publicidade aos detalhes das emendas de relator alegando 'dificuldades técnicas' para obedecer a ordem judicial emanada pelo STF. No pedido que acabou negado por Rosa, por exemplo, a Advocacia-Geral do Senado alegou que a falta de um 'banco de dados organizado' dificulta a reunião das informações sobre o orçamento secreto.

Os parlamentares temem que a publicidade dos documentos sobre as demandas e a distribuição das verbas de emenda de relator possa revelar possíveis pistas para investigações jornalísticas e criminais.

Um evento crucial para a demonstração de tal 'risco' do orçamento secreto foi a operação da Polícia Federal que, na última sexta-feira, 11, mirou três deputados do PL - partido do presidente Jair Bolsonaro - envolvidos suposto esquema de cobrança de propina de 25% sobre o valor de emendas parlamentares destinadas ao Maranhão.

Na ocasião, Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram alvo de buscas sob suspeita de pegarem uma parte das verbas da saúde destinadas a municípios maranhenses. Como mostrou o Estadão, a PF indicou que o esquema envolve o empréstimo de dinheiro, por um agiota, aos parlamentares investigados, os quais se comprometem a devolvê-lo por meio do desvio de parte dos valores oriundos das emendas.

Foi a primeira vez que uma investigação sobre um caso de destinação de emendas cruzadas - quando o Estado que recebeu os valores não é aquele que o parlamentar representa - chegou a uma fase ostensiva.

O orçamento secreto também está sob investigação no Tribunal de Contas da União, onde está pendente de análise a principal ação que discute o esquema ilegal. O procedimento pode até gerar consequências para a aprovação das contas presidenciais.

A Comissão Europeia anunciou, nesta sexta-feira (11), que abriu uma investigação sobre um acordo chamado “Jedi Blue” assinado em 2018 pelas grandes empresas, Google e Meta (matriz do Facebook), de modo que consolidaria suas posições dominantes na publicação online e também, descobrir se foi usado para “limitar a concorrência em um mercado altamente concentrado”. 

“Jedi Blue” já está sendo investigado nos Estados Unidos, onde os dois grupos são acusados de terem assinado um acordo ilegal para aproveitar o domínio no mercado de publicidade online. Este acordo também está sendo investigado pela Autoridade de Concorrência do Reino Unido. 

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Da mesma forma, a Comissão Europeia estima que Facebook e Google tenham manipulado, em seus concorrentes, o sistema que determina quais anúncios são exibidos em páginas da web com base no perfil anônimo do usuário na internet. “Se nossa investigação confirmar isso, significaria que eles estão distorcendo a concorrência em um mercado já altamente concentrado, em detrimento das tecnologias de publicidade de seus rivais”, pronunciou em nota, a comissária de concorrência da União Europeia, Margrethe Vestager. 

Em comunicado, a Google apontou que as alegações apresentadas, neste caso, são falsas e garantiu que o acordo com a Meta é um acordo publicamente documentado e a favor da concorrência. Contudo, a Meta indicou sua disposição de cooperar com as investigações, mas insistiu que o acordo permitia um aumento de valor para anunciantes e publicitários. 

Na prática, a Google oferece a tecnologia, que serve de ponte entre anunciantes e editores de sites para levar a leilão, o espaço publicitário online em tempo real. Já a Meta (Facebook) presta serviços de visualização de publicidade online e participa em leilões de espaços publicitários terceiros, por meio das tecnologias Google. 

Por Camily Maciel

 

 

 

 

O governo federal acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar reverter uma decisão judicial que atinge em cheio uma manobra para ampliar a visibilidade do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. A Justiça Federal no Distrito Federal proibiu, desde 8 de fevereiro, o governo de divulgar publicidade - em sites ou contas institucionais em redes sociais - contendo nomes, símbolos e imagens de autoridades, ou qualquer identificação de caráter promocional.

Em recurso apresentado na semana passada, o governo alegou que a decisão pode limitar a divulgação de políticas públicas, programas e ações do governo federal. É justamente o que o Planalto tem procurado fazer a fim de reverter algo captado por pesquisas internas do PL, partido de Bolsonaro: o desconhecimento sobre ações do governo.

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No mesmo dia da decisão, o canal da Secom publicou vídeo de três minutos mostrando que "a água chegou de vez" ao sertão nordestino. Com trilha sonora dramática no modelo usado nos horários eleitorais, após depoimentos de moradores, emergem o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), que, em discurso, enaltece o presidente Jair Bolsonaro.

"Qual é a nossa vantagem? Nós temos hoje na Presidência da República alguém que serve ao povo brasileiro, e não se serve dele". Em seguida, Bolsonaro discursa fazendo críticas ao "partido de esquerda" que há anos ocupou a presidência.

'Ativismo'

O Planalto enxerga "ativismo judicial" na medida justificada pelo Ministério Público como necessária por vedação legal ao uso da publicidade para "promoção pessoal". No recurso, a AGU questionou a decisão judicial, pedindo para que a juíza que assinou o despacho defina o que entende por "promoção pessoal".

O governo sustenta que isso não se aplica quando uma autoridade participa de um ato, faz discurso. Nesses casos, avalia o Executivo, a imagem da autoridade pode ser divulgada. Não está descartado que a AGU ingresse com pedido para anular a medida.

Bolsonaro aparece em segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ação que deu origem à decisão judicial foi apresentada por um grupo de seis procuradores do Ministério Público Federal. O processo reúne exemplos de postagens enaltecendo o nome ou a figura de Bolsonaro, nas redes sociais oficiais do Palácio do Planalto e da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

'Autopromocional'

Os procuradores apontam desvio de finalidade nas publicações, alegando que elas fogem do "caráter informativo, educacional ou de orientação social" permitido pela Constituição. "As ideias difundidas são desvinculadas da função de Chefe do Executivo, com a exposição de imagens, ideologias e retóricas de falas literais da pessoa do presidente, em claro intuito autopromocional", diz a ação.

No seu despacho, a juíza afirmou que é necessário inibir as publicações indevidas, a fim de resguardar os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. A decisão alcança não só Bolsonaro como qualquer autoridade ou servidor público da administração pública federal.

Ao Estadão, o advogado Vladimir Belmino de Almeida, membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, afirmou que a Constituição permite a divulgação de "fatos e atos dos quais participem as autoridades", mas não se admite promoção pessoal. "O que não pode é promover a figura. Então você não fala do gestor, você fala do ministério, do órgão, da Presidência", disse Almeida.

De outdoors nas cidades a eventos festivos nos grotões, a campanha política antecipada tem driblado o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pré-candidatos e partidos - tanto aliados do governo como da oposição - fazem corpo a corpo e usam as redes sociais em pedidos dissimulados de votos, a seis meses do início oficial da propaganda política, que, por lei, só começa em 16 de agosto.

Em 2018, o TSE considerou que publicidade antecipada não está configurada apenas no "vote em", mas também em expressões que permitam concluir a defesa pública da vitória do candidato. Com isso, a legislação e a jurisprudência proíbem pedidos explícitos e implícitos de voto neste período.

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Especialistas ouvidos pela reportagem associam o aumento de santinhos impressos e virtuais à reforma eleitoral de 2015. Ela reduziu de 90 para 45 dias o prazo de campanha, mas institucionalizou a figura do período da "pré-campanha", com penas brandas, geralmente multas, para a maioria das infrações. Isso permitiu "dribles" na Justiça Eleitoral.

No TSE, há pelo menos sete representações por campanha antecipada contra o presidente Jair Bolsonaro - que deve concorrer à reeleição -, em 2021 e 2022. No dia 15, o ministro Raul Araújo negou liminar para aplicar multa a Bolsonaro e a associações agropecuaristas por outdoors que promoviam o presidente e traziam mensagens como "#em2022vote22". A hashtag faz referência ao número do PL, partido do presidente. Araújo entendeu que não havia comprovação da autoria das placas nem provas de que Bolsonaro tinha conhecimento prévio delas. Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou.

MINISTROS. Preocupada com consequências jurídicas da antecipação de campanhas de integrantes do governo, a Advocacia-Geral da União reeditou uma cartilha com orientações a ministros-candidatos. Ainda assim, tirando proveito de "áreas cinzentas" da legislação, eles mergulharam na campanha fora de época.

A chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), espalhou outdoors no entorno de Brasília com votos de "feliz 2022". Dois meses após as festas de fim de ano, eles seguem instalados. Questionada, a assessoria da ministra não comentou.

No dia 5, em Teresina, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), reuniu 2 mil pessoas para apresentar os nomes da ex-mulher, a deputada Iracema Portella (Progressistas), e do ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB) para a disputa estadual. "Chegou a hora de decretarmos a independência do Piauí. As pessoas que vão ter responsabilidade de conduzir com vocês esse processo. É a chapa Silvio Mendes, governador, e Iracema Portella, vice", discursou o ministro.

Dias depois, Mendes foi acusado de fazer propaganda antecipada ao publicar vídeo repetindo frases de Nogueira. A Justiça Eleitoral do Piauí mandou o pré-candidato retirar a gravação do ar, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. Nogueira e Mendes não foram localizados.

A ofensiva de aliados de Bolsonaro em pré-campanha ganhou fôlego com as "motociatas" pelo País e as transmissões ao vivo organizadas pelo próprio presidente. No dia 10, Bolsonaro recebeu para a live o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte.

Em setembro, Marinho havia se reunido com prefeitos e deputados estaduais no interior potiguar para lançar sua pré-candidatura. "Esse é apenas o primeiro passo de um

longo processo, de muito diálogo e de busca por entendimentos para que, unidos, possamos trabalhar para o Rio Grande do Norte voltar a ter representatividade no Senado", disse, na ocasião. Marinho foi alvo de ação do Ministério Público Eleitoral por campanha antecipada. O ministro já afirmou que "não existem vedações legais à divulgação de críticas a governos nem menção a pré-candidaturas".

Assíduo participante das lives de Bolsonaro, o ministro do Turismo, Gilson Machado, tenta viabilizar candidatura ao governo de Pernambuco. "Ministro sanfoneiro para governador", diz jingle que circula nas redes. Em eventos, aparece tocando sanfona e reproduzindo motes eleitorais do presidente. Procurado, Machado não foi localizado.

Os programas gratuitos dos partidos começaram a ser veiculados neste mês e as siglas devem usar o horário para reforçar a imagem dos candidatos à Presidência da República.

VÍDEO. No lado petista, militantes propagam adesivos e santinhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recentemente, aliados compartilharam vídeo no qual homens se revezavam para votar no petista em aplicativo de celular que simulava a urna eletrônica. A deputada Érika Kokay (PT-DF) destacou o número de Lula ao reproduzir o conteúdo. "Já tem gente treinando para votar 13 em 2022", escreveu. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu providências à Justiça Eleitoral do Rio.

Lula tem reforçado a participação em lives e eventos com tom eleitoral. Nos 42 anos do partido, ele usou a cerimônia, transmitida pela internet, para sugerir pedido de votos. "O PT precisa governar de novo", disse. Questionada, a equipe de Lula disse que a declaração foi genérica e que ele ainda não decidiu sobre candidatura.

Sérgio Moro (Podemos) tem percorrido o País, testando cacoetes eleitorais. Em rede social, reproduziu música com características de material de campanha. Ele compartilhou um artista cantando: "o nosso Brasil pede socorro e o povo pede Sérgio Moro". A equipe do ex-juiz não se manifestou até a conclusão desta edição.

Para o especialista em Direito Constitucional e Eleitoral Antônio Carlos de Freitas Júnior, o problema é que campanha antecipada tem multa como pena. "Muitas campanhas acabam assumindo o risco. A penalidade é branda."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Juliette Freire, campeã do BBB 21, foi oficializada como nova contratada da marca de eletrodomésticos Mondial. Além de servir como garota propaganda da empresa, a influenciadora irá atuar na parte de desenvolvimento da marca na linha de cuidados pessoais.

Segundo a empresa, Juliette não terá uma agenda fixa na empresa, mas atuará  nas atividades distribuídas ao longo do ano. “Sou a nova head de inovação da Mondial, me senti a própria empresária/executiva, pois passei o dia nos escritórios da empresa. Estou muito feliz com essa parceria", disse Juliette nas suas redes sociais.

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Para o co-fundador Giovanni M. Cardoso, a chegada e investimentos realizados na linha de cuidados pessoais acarretará um crescimento de 46% em 2022. “A experiência como usuária das categorias de cuidados pessoais e a jornada de sucesso da Juliette, certamente, somarão benefícios ao relacionamento que a Mondial constrói com seus públicos", disse o executivo, em entrevista à revista Exame.

Gabriela Pugliesi ficou entre os assuntos mais comentados do final de semana, mas o motivo não foi dos melhores. Isso porque, a influenciadora publicou nas redes sociais que estava de passagem pela Bahia, onde mais de 70 mil moradores foram prejudicados pelas intensas chuvas, e viu uma oportunidade de lucrar. Pugliesi publicou um vídeo sendo resgatada por uma empresa de helicópteros e vendeu os serviço da locadora com desconto.

No clique, ela mostrou o pouso da aeronave em uma casa pouco alagada e a lama que estava ao redor.

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"Voltando de Barra Grande para Salvador e de lá pegamos o voo de SP! Além da viagem ficar muito mais curta, prática e mais bonita, ela é a única empresa homologada da Bahia e isso faz toda diferença na segurança, e os pilotos têm mais de três mil horas de voo! Fora o atendimento que é incrível", escreveu na legenda.

Na mesma hora, os internautas não perdoaram a falta de sensibilidade com o momento e soltaram o verbo.

"O lugar inundou todo na Bahia e a Pugli aproveitou e fez publi de helicóptero", disparou um.

"A Pugliesi é inacreditável, ela tem nenhuma sensibilidade, empatia, nada ali é real, ela é emocionalmente estéril e vive proclamando good vibes, querendo purificação. Na verdade, o pior está nela e não na energia exterior", disse outro.

"É totalmente desconectada de sentimento com o próximo. Eu até fui no perfil dela para ver se era realmente publi. E é! E o comentário do namorado dizendo que a vida deles parecia um filme? Que?", criticou o terceiro.

Após a repercussão negativa, a influenciadora acabou apagando o vídeo, mas a foto com a publicidade segue no Instagram.

Nesta terça-feira (24), a internet ficou em polvorosa com um conteúdo divulgado por Camila Loures. A influenciadora digital virou um dos assuntos mais comentados do dia por causa de uma publicidade veiculada em uma rede social. Nas imagens, ela aparece exibindo um produto de beleza que ajudar a tratar os cabelos. O que a youtuber não imaginava era que o conteúdo passasse a ser criticado.

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Diversos internautas disseram que o vídeo de Loures foi produzido preguiçosamente, afirmando que a ideia soou mal feita. No Twitter, muitas pessoas não perdoaram a beldade. "A falta de vontade da Camila Loures parece mais uma esquete zoando publi do que uma publi de verdade", comentou um dos usuários da plataforma. Sem citar a polêmica no microblog, Camila Loures disparou: "A alegria de uns é a tristeza de outros".

Veja algumas reações:

A Escola Técnica Estadual (ETE) Dom Bosco, localizada em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, inaugurou, nesta quarta-feira (11), a Agência Experimental Trindade. O espaço possibilitará vivência de mercado para estudantes dos cursos técnicos da instituição de marketing e publicidade e auxiliará empreeededores e pequenos negócios. 

A agência experimental conta com 42 alunos e está dividida em sete áreas: atendimento, planejamento, criação, produção, mídia digital, marketing e pesquisa. A iniciativa atende três marcas, além de empreendedores da localidade, e a ideia é que o projeto chegue a mais pessoas.

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“A expectativa dessa inauguração é grande, pois temos uma honra em ser a primeira agência de marketing e de publicidade a funcionar em escola pública de Ensino Médio no País. Estamos construindo uma história e esperamos firmar mais parcerias para formar e abrir portas de emprego para os nossos estudantes”, ressalta a gestora da ETE Dom Bosco, Andréa Kássia, através da comunicação da Secretaria Educação e Esportes.

A Comissão Nacional de Luxemburgo para Proteção de Dados, órgão regulador de privacidade da União Europeia (UE), multou a Amazon em 746 milhões de euros no dia 16 de julho, de acordo com uma nota enviada nesta sexta-feira (30) pela empresa à Securities and Exchange Commission (SEC).

A multa é acompanhada de uma exigência de revisão de práticas relacionadas à publicidade da Amazon que teriam infringido as regras de proteção de dados da UE. "Acreditamos que a decisão do CNPD carece de mérito e pretendemos nos defender com vigor nesta matéria", diz a Amazon no documento.

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A ‘Axios’, site de notícias americano, publicou uma reportagem sobre a playerWON, uma nova plataforma de introdução de publicidades nos jogos de console. As propagandas seriam no estilo televisivo e trariam recompensas para quem assistisse. A playerWON já teria o envolvimento de duas desenvolvedoras de games: EA e Hi-Rez. Entretanto, a Electronic Arts já se manifestou e negou qualquer plano de colocar propagandas em seus jogos.

 O anúncio feito pela ‘Axios’ gerou muita revolta nos fãs das franquias da EA, principalmente se a introdução de propagandas ocorresse nos jogos pagos. A empresa agiu rápido e emitiu um comunicado ao site ‘PC Gamer’: "após relatos incorretos, gostaríamos de esclarecer que a publicidade dentro dos jogos não é algo que estejamos a analisar atualmente, nem assinamos acordos para o implementar”, disse um porta-voz da EA para a PC Gamer.

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 O representante da EA mencionou que o principal foco deles é oferecer a melhor experiência de jogos aos usuários. No entanto, em 2020, a EA pediu desculpas aos fãs após introduzir anúncios no UFC 4.

Nesta sexta-feira (25) acontece o último dia do Festival Internacional de Criatividade, também conhecido como Cannes Lions, que ocorre pela 68ª vez.  Esta é a principal premiação à criatividade no campo da comunicação, em uma disputa com diferentes trabalhos produzidos por publicitários, anunciantes e profissionais da comunicação de vários países. Os vencedores recebem o troféu Lion, que serve como referência para se posicionar no mercado de trabalho.

De acordo com Fábio Martins, publicitário e professor do curso de publicidade e propaganda da Universidade Guarulhos (UNG), o processo para participar do Cannes Lions consiste na inscrição para concorrer ao prêmio, depois de uma seleção prévia feita por agências e  produtoras globais de propaganda - trabalhos que realmente representem grande inovação, criatividade e que indiquem tendências do mercado e da sociedade.

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Em dimensões globais, esta é a maior premiação do mercado da propaganda, que traz efeitos de visibilidade e de ganhos econômicos. “Dá notoriedade e autoria à agência e aos profissionais envolvidos”. Martins ressalta que para chegar ao ápice da premiação, o trabalho em questão precisa passar por alguns processos. Após a avaliação de um júri de especialistas, é feita uma seleção daqueles que irão competir e avançar no festival.

O professor conta que nesta etapa, chamada shortlist, os candidatos fazem uma defesa do projeto em questão, e assim avançam as melhores criações, até chegar ao grande vencedor. “Estar no shortlist já é um feito enorme para qualquer profissional da propaganda”. Por conta dos custos envolvidos, a premiação costuma ter agências e produtoras na disputa, de forma que possa evitar o individualismo.

De acordo com o publicitário, “premiações são um enorme estímulo à criatividade e inovação”, e competições como esta são importantes em vários aspectos, seja pelo reconhecimento profissional ou pela visibilidade. “Os prêmios são capazes de destacar os criativos e agências do mercado. Não é você falando sobre o que faz, mas um selo de qualidade dado pelo mercado”, analisa Martins.

Até o momento, todos os representantes brasileiros no Cannes Lions 2021, conquistaram 59 leões, sendo eles: dois Grand Prix, 12 ouros, 17 pratas e 28 bronzes. As empresas que estão à frente da premiação e seguem como os principais destaques, são a AKQA e a Agência Africa, que somam praticamente a metade de todos os leões conquistados. Juntas, as empresas levaram 29 prêmios, sendo 18 para AKQA e 11 para a Agência Africa.

No retrospecto histórico, dentre os grandes destaques de campanhas brasileiras que estiveram na premiação, estão o comercial “Air Max Graffiti Stores”, feito pela empresa AKQA para a Nike, que apresenta em poucos minutos as vantagens em se comprar o novo modelo de tênis da Nike, com música e cultura de grafite como temas principais durante a propaganda. Na contramão de propagandas mais longas, mas obtendo grande repercussão, está o “Anúncio Grelhado”, que apresenta em 30 segundos como usar o aplicativo para ganhar um hambúrguer do Burger King, com a condição de escanear um anúncio concorrente e assim vê-lo queimar na tela do celular.

Agora o comércio e a publicidade estarão presentes no Instagram Reels e não há escapatória para os usuários: após anunciar a integração do e-commerce ao serviço de vídeos curtos rival do TikTok, em dezembro do ano passado, a empresa anunciou nessa quinta-feira (17) que está trazendo anúncios para a aba dos Reels, visando "conectar as marcas com novos potenciais clientes e permitir que as pessoas descubram ainda mais conteúdos inspiradores de diferentes marcas e criadores".

Os testes no Brasil foram especulados meses atrás, mas a novidade finalmente chega, aos poucos, para todos os usuários. Os anúncios serão em tela cheia vertical e aparecerão entre postagens individuais, disse a CNBC. Eles terão até 30 segundos de duração e serão executados em loop.

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Com a nova ferramenta, a empresa quer que os usuários não só vejam as publicidades, mas também divulguem seu próprio conteúdo, caso sejam criadores ou tenham algum produto à venda na plataforma, ou seja, a proposta não será limitada às grandes corporações e poderá ser utilizada pelo comércio local. A medida deve criar um novo fluxo de receita e ajudar a monetizar a plataforma.

Além disso, será também possível controlar a experiência com todos os anúncios publicados via Reels. Se não gostar de um determinado anúncio, ou considerá-lo abusivo, o usuário poderá ignorar ou tocar no menu da publicação para ocultar ou denunciar o conteúdo.

O esforço do Instagram em expandir a capacidade dos Reels pode ser uma nova resposta ao TikTok, concorrente direta da ferramenta, e que possui a mesma proposta de vídeos curtos e incessantes, sendo popular entre jovens. Em fevereiro deste ano, a empresa afirmou que seu algoritmo não mais entregaria vídeos com a marca d'água do TikTok. O objetivo foi que os usuários parassem de postar os conteúdos produzidos na rede social chinesa dentro do Reels e assim, passassem a usar as ferramentas oferecidas dentro da sua própria rede social.

O governo federal repassou R$ 120 mil de verbas públicas em cachê para o apresentador Sikêra Jr., conhecido por apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A informação está presente nos documentos entregues pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) à CPI da Covid.

A Secom fez sete repasses para a empresa do apresentador, a José Siqueira Barros Júnior Produções, segundo a Folha de S.Paulo. Os valores foram pagos entre dezembro de 2020 e abril deste ano, com a justificativa da participação de Sikêra Jr. em campanhas publicitárias do governo.

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Os pagamentos foram feitos por meio da subcontratação das empresas PRP profissionais de publicidade reunidos e Calia/Y2 Propaganda e Marketing, que possuem contratos com o governo.

Por uma campanha intitulada Cuidado Precoce para a Covid-19, que orientava pessoas com suspeita da doença a procurarem uma unidade de saúde no início dos sintomas, o apresentador recebeu R$ 24 mil. Ele ganhou R$ 16 mil para a campanha Semana Brasil 2020, de setembro, "para celebrar a retomada, com segurança, da economia e dos empregos."

Sikêra Jr. recebeu ainda R$ 24 mil para a campanha Lançamento cédula de R$ 200; R$ 8 mil pela campanha Combate ao mosquito Aedes; R$ 20 mil pela campanha Conscientização das famílias sobre os riscos de exposição de crianças na internet; R$ 20 mil da Semana Nacional do Trânsito; e R$ 8 mil do Uso Consciente de Energia e Água.

Em março de 2020, a Secom chegou a publicar uma campanha em que o apresentador teria participado. Chamada "Juntos Somos mais Fortes", sobre cuidados contra a Covid-19, ela dizia que profissionais participaram voluntariamente da ação, veiculada sem custos.

Em 2018, o apresentador apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro, divulgando vídeos do então candidato em suas redes sociais. Bolsonaro já concedeu entrevista exclusiva a ele em 23 de abril. Em setembro de 2020, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) participaram do programa de Sikêra em Manaus. Naquela data, Flávio Bolsonaro deixou de comparecer a uma audiência no Ministério Público Federal (MPF).

Sikêra comentou o caso dos pagamentos durante seu programa e por meio de seu perfil no Instagram. Ele disse que recebeu valores do Ministério da Saúde e que não trabalha de graça. "Eu vivo de quê? De propaganda, né?", comentou

Sobre a escolha do apresentador, a agência Calia informou que "é sempre importante que dentro da distribuição de mídia haja um mix de programas com diversos perfis para atingir todos os extratos da sociedade, ainda mais quando se trata de campanhas de utilidade pública, que têm por objetivo principal informar a população em geral". A empresa diz que o apresentador foi escolhido pelo perfil público e audiência. 

Já a Secom declarou que as ações advêm das "estratégias de comunicação das ações de publicidade desenvolvidas e executadas pelas agências de publicidade contratadas". Destacou que a seleção dos participantes se dá por critérios de audiência e público-alvo.

A Comissão Europeia iniciou um processo contra o TikTok pelo uso de anúncios comerciais disfarçados que têm como alvo principal as crianças, em um caso que foi aberto pelas autoridades de defesa dos consumidores em vários países do bloco.

O Executivo europeu concedeu um mês à plataforma de vídeos para que responda e se adapte às regras de proteção ao consumidor na União Europeia (UE). As partes iniciaram "um diálogo formal com o TikTok para uma revisão de sua política e de suas práticas comerciais", afirmou a Comissão em uma nota divulgada nesta sexta-feira (28).

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O comissário europeu da Justiça, o belga Didier Reynders, lembrou que, "na UE, é proibido se dirigir a crianças e a menores de idade com anúncios publicitários disfarçados, como as mensagens que aparecem nos vídeos".

De acordo com Reynders, "o diálogo que iniciamos hoje deverá ajudar o TikTok a se adaptar às regras europeias".

O acordo deve gerar compromissos concretos por parte da plataforma. Se esse não for o caso, o processo pode levar, em última instância, às autoridades nacionais para decidirem individualmente sobre multas contra o aplicativo.

A diretora de Políticas Públicas no escritório europeu do TikTok, Caroline Greer, informou que a empresa iniciou negociações com as autoridades de concorrência da Irlanda e da Suécia para abordar as medidas já adotadas.

"Tomamos também vários passos para proteger nossos usuários mais jovens, incluindo a transformação de todas as contas abertas por usuários com menos de 16 anos para o modo privado", afirmou.

O caso se iniciou em fevereiro passado, após uma denúncia à Comissão Europeia apresentada pelo Escritório Europeu de Sindicatos dos Consumidores (BEUC), que reúne associações de defesa do consumidor de 32 países da Europa.

O TikTok também é criticado por "certos termos contratuais (...) que podem ser considerados enganosos e confusos".

Um dos aspectos questionados é a existência dos chamados "presentes virtuais", destinados a premiar os vídeos favoritos dos usuários.

O aplicativo também é alvo de investigações por parte dos reguladores de dados europeus.

O TikTok já foi condenado nos Estados Unidos por coletar ilegalmente os dados pessoais de usuários menores de idade e é alvo de uma denúncia no Reino Unido por essa mesma questão.

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