Tópicos | relatório

Centrais sindicais e governo unem-se contra o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que regulamenta os novos benefícios concedidos aos trabalhadores domésticos. "Não achamos que os empregados domésticos tenham de ser trabalhadores de segunda classe, como acontecia até agora. Mas não podemos concordar que esta categoria, agora, passe a ser privilegiada em relação às demais", afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, ao criticar a proposta de Jucá de pagar multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até mesmo para quem for demitido por justa causa.

"O Jucá está inventando coisas. Ele quer ficar surfando na onda quando deveria, apenas, fazer uma regulamentação com o que foi decidido pelo plenário: estender para os empregados domésticos o que os demais trabalhadores celetistas têm direito", afirmou. De acordo com Paulinho, o texto do relatório de Jucá deveria se restringir a assegurar aos domésticos o que existe na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Esta é também a posição da administração federal, que entregou a ele, na semana passada, um relatório com as propostas, que preveem até mesmo a criação de seguro-desemprego, salário-família e auxílio-acidente, benefícios que serão bancados pelo Poder Executivo.

##RECOMENDA##

Na noite desta segunda-feira, representantes das centrais sindicais se reuniram no Palácio do Planalto com o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Após o encontro, Executivo e centrais decidiram pedir uma reunião com o deputado do PMDB de Roraima para levar a insatisfação com as mudanças que ele propõe no relatório, que deverá ser votado na comissão mista nesta quarta-feira, 29.

Mas o governo não discorda só do pagamento da multa de 40% para quem for demitido por justa causa. Na semana passada, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, manifestou a preocupação com a intenção de Jucá de reduzir de 12% para 8% a contribuição dos patrões, sob a alegação de que isso causará um déficit na Previdência Social. O senador do PMDB quer ainda instituir uma cobrança de 3% para criar um fundo que substituiria a multa de 40% nos casos de demissão sem justa causa.

Senadores dos EUA disseram na manhã desta terça-feira, 21, que a Apple recorreu à "alquimia" e "empresas fantasmas" para evitar o pagamento de bilhões de dólares em impostos corporativos nos últimos quatro anos. Segundo o senador democrata Carl Levin, que preside o Subcomitê Permanente de Investigações, a companhia se tornou muito criativa com suas práticas tributárias. "A Apple buscou o Santo Graal da evasão tributária. A Apple está explorando uma absurdidade, algo que não vemos outras empresas usarem", comentou.

Apesar das críticas dos senadores, a investigação realizada pelo subcomitê não encontrou nenhuma ilegalidade nas práticas da Apple. Segundo o relatório, a companhia utilizou tecnicalidades nas legislações dos EUA e da Irlanda para pagar menos impostos sobre US$ 74 bilhões em lucros nos últimos quatro anos.

##RECOMENDA##

Pouco depois, em depoimento no Senado, o executivo-chefe da Apple, Tim Cook, defendeu as práticas tributárias da companhia, argumentando que a empresa paga todos os impostos devidos e que seu uso de subsidiárias estrangeiras não afeta o pagamento de tributos nos EUA. "Não há nada disso acontecendo. Pagamos todos os impostos que devemos."

A Apple não negou que suas subsidiárias não tenham pago impostos, mas negou que elas foram criadas para evitá-los. A companhia informou que paga impostos locais sobre a renda obtida em outros países e impostos norte-americanos sobre a renda gerada em suas subsidiárias irlandesas.

Cook parece ter tido algum sucesso em acalmar os parlamentares. Ele repetidamente fazia sinais para as fotos tiradas por observadores com iPhones. Além disso, os senadores fizeram questão de comentar o quanto gostam de usar os produtos da Apple. As informações são da Dow Jones.

Um relatório das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira (13) destacou a importância do papel dos insetos comestíveis na luta contra a fome no mundo. O estudo, conduzido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), estimou que 2 bilhões de pessoas no planeta já complementam suas dietas com insetos, tais como besouros, gafanhotos e formigas.

A FAO acrescenta que a criação de insetos em escala industrial poderia contribuir para a segurança alimentar mundial. Esses animais são altamente nutritivos e fáceis de reproduzir, além de poderem ser usados como alimentos para peixes e gado.

##RECOMENDA##

O relatório, no entanto, destaca que a repugnância de muitos consumidores, especialmente de países ocidentais, constitui uma barreira para a inclusão deste tipo de alimento na dieta global.

A medida provisória que permite instituições privadas de ensino superior, profissional e tecnológico participarem voluntariamente do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foi aprovada nessa quarta-feira (8), pelo Plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, a MP vai ser votada pelo Senado.

Segundo a Agência, o texto aprovado é o relatório da comissão mista sobre a MP, elaborado pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC). O documento permeia instituições públicas de ensino superior entre as que também podem participar do Pronatec se desejarem, bem como as fundações públicas de direito privado dedicadas à educação profissional e tecnológica. Somente escolas públicas de educação profissional e tecnológica e os serviços nacionais de aprendizagem podem, atualmente, receber recursos do programa.

##RECOMENDA##

As instituições, para receber a bolsa formação-estudante como pagamento pelo curso oferecido, deverão aderir ao programa, além de atender a índices de qualidade acadêmica estipulados pelo Ministério da Educação (MEC). Os dados de matrícula, frequência e outros sobre os beneficiários da bolsa formação serão controlados por um sistema informatizado.

De acordo com a Agência, para os estabelecimentos educacionais que vão participar do Pronatec, o MEC definirá as regras para seleção dos estudantes, forma e condições de concessão das bolsas, além de normas de transferência de curso ou instituição, mecanismo de monitoramento do desempenho acadêmico e normas de divulgação dos dados. Caso as instituições não cumpram as normas do termo de adesão, essas poderão ser impedidas de nova adesão por três anos, sem que os estudantes beneficiados sejam prejudicados.

A proposta ainda mostra que, se houver reincidência, haverá a impossibilidade permanente de adesão. Além disso, se acontecer concessão indevida de bolsa formação, o valor deverá ser devolvido com correção retroativa à data da infração.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

O parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) sobre a Medida Provisória (MP) 601 foi aprovado nesta quarta-feira, integralmente, pela comissão mista que analisa a matéria. A MP dispõe sobre a desoneração da folha de pagamento para vários setores da economia e sobre o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação.

O relatório aprovado prevê que o Reintegra seja prorrogado até dezembro de 2017. O texto original do governo determinava a extensão do regime especial até o final deste ano, mas o senador considerou que esse prazo era "demasiadamente curto". "A prorrogação por apenas mais um ano retira do empresário brasileiro a previsibilidade que se espera do regime", escreveu Monteiro em seu relatório.

##RECOMENDA##

Armando Monteiro também propôs isenção tributária dos valores restituídos no Reintegra e incluiu novos setores entre os que recebem os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento. O benefício permite que os setores atendidos troquem a contribuição previdenciária de 20% por um recolhimento de 1% a 2% do faturamento.

No parecer aprovado, foram incluídos entre os produtos e serviços com alíquota a 1% os setores: montagem e desmontagem industrial e do setor de refratários; comércio varejista de artigos de óptica; castanha de caju; comércio varejista de produtos farmacêuticos; os setores de adesivos, triciclos, patinetes, carros de pedais e outros brinquedos semelhantes com rodas, bonecos com mecanismo a corda ou elétrico, e suas partes e acessórios; pescados salgados; preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes das plantas; gorduras do porco e gorduras de aves; pedras preciosas; equipamentos médicos ainda não contemplados; pré-moldados de gesso; balas, confeitos e gomas de mascar, chocolate branco; armas não letais; produtos do setor gráfico; e computadores portáteis (notebooks). Segundo o relatório, empresas de segurança privada, agências de publicidade e de comunicação e empresas de promoção de vendas, marketing direto e consultoria em publicidade também serão atendidas com a medida a partir de 2014, mas com alíquota de 2%.

O sociólogo Paulo Sergio Pinheiro, coordenador da Comissão Nacional da Verdade, disse nesta segunda-feira que os trabalhos do órgão podem embasar processos criminais contra violadores dos direitos humanos. Segundo ele, no relatório final da comissão deverá haver recomendações para que o Brasil respeite uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos que questiona a validade da Lei de Anistia.

As afirmações foram feitas em entrevista coletiva em São Paulo, onde a comissão se reúne com integrantes de comitês da sociedade civil que buscam a punição de crimes ocorridos durante a ditadura militar.

##RECOMENDA##

"Existe uma sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que diz que as autoanistias não são aceitáveis", observou Pinheiro. "E o que aconteceu no Brasil foi uma autoanistia", completou, fazendo referência ao fato de a legislação ter sido proposta por um regime que violou direitos humanos e cujos agentes ficaram impunes.

Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil por não ter punido os responsáveis pelas mortes e desaparecimentos de 62 pessoas ocorridos na Guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975. Na sentença, a Corte considerou que a Lei da Anistia não poderia impedir a investigação.

O ministro da Defesa na época, Nelson Jobim, declarou que a condenação não tinha efeito prático, já que o Supremo Tribunal Federal já havia se posicionado sobre o assunto. Em 2012, a Corte voltou a cobrar que o Brasil localizasse e identificasse os restos mortais dos guerrilheiros. Em resposta, os ministérios da Defesa, Justiça e Direitos Humanos afirmaram que o governo estava empenhado nas buscas.

Custos de processos

Sobre a possibilidade de as investigações da comissão subsidiarem eventuais processos na Justiça, Pinheiro disse que isso ocorreu em todos os países onde órgãos similares foram formados. "Investigações servem para a responsabilização de criminosos."

 

Na reunião da Comissão de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito da Câmara do Recife, que tratou sobre o rodízio de carros particulares na manhã desta quinta-feira (25), foi apresentada uma modificação ao texto original que versa sobre o assunto. O vereador e relator da matéria, Jurandir Liberal (PT), propôs um substitutivo ao Projeto de Lei nº 77/2010 do líder do governo Gilberto Alves (PTN).

Dessa forma foi decidido que haverá a implementação de um Programa de Restrição à Circulação de Veículos Automotores no Recife com base nos dígitos finais das placas de licenciamento. De acordo com Jurandir Liberal, o poder executivo ficará responsável por regularizar os locais e horários da restrição.

“Neste substitutivo também ficou definida a questão da multa com advertência e quais tipos de veículos podem circular sem proibição como os de transportes coletivos e complementares de passageiros, táxi, transporte escolar, além de outros veículos empregados em serviços essenciais e de emergência” comentou Jurandir Liberal.

A matéria será levada para votação no plenário em data ainda a ser marcada pelo presidente da casa legislativa, Vicente André Gomes (PSB). Além do substitutivo, a Comissão emitiu parecer favorável ao projeto nº 27/2013, de autoria do vereador Marco Aurélio (PTC), que trata da gratuidade no estacionamento Zona Azul para deficientes físicos e o de nº 40/2013 de autoria de Aerto Luna (PRP), que aprova a circulação de táxis nos corredores de ônibus.

##RECOMENDA##



**Com informações da assessoria da Câmara do Recife

O patrão que firmar um acordo com o empregado doméstico na demissão sem justa causa pode ter a multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) reduzida para 5%. Se não houver acordo, a multa sobe para 10%. É o que proporá o senador Romero Jucá (PMDB-RR) no projeto que está elaborando para regulamentar os pontos polêmicos da chamada proposta de emenda constitucional (PEC) das domésticas. A multa de 5% do FGTS vale naqueles casos em que seja possível em entendimento entre as partes, onde se alcançaria o que se chama de culpa recíproca.

Escolhido como relator para a normatização da PEC, Jucá proporá uma regulamentação fatiada. Um projeto tratará do ambiente e carga de trabalho, tais como necessidade de usar um banco de horas, e as condições de prestação do serviço. Outro será voltado para questões "financeiras", como a multa do FGTS e contribuições patronais, como Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o seguro-desemprego.

##RECOMENDA##

Na primeira proposta, Jucá também vai sugerir a regulamentação dos cuidadores de idosos. "Eles precisam de um tratamento específico porque tiveram um outro preparo para exercer a profissão." Para esses profissionais, Jucá dará três opções: trabalhar no regime normal de empregado doméstico, com jornada de trabalho de 44 horas semanais, um regime especial de 12 horas trabalhadas por 36 horas de descanso, ou que eles se tornem microempreendedores individuais, prestando um serviço para as famílias como pessoa jurídica.

Jucá definirá as situações em que se pode ou não usar o banco de horas, que valerá por um ano. "Por exemplo, empregado que dorme no emprego ou que fica na casa do patrão no domingo não terá seu horário de descanso contabilizado como hora trabalhada." A possibilidade de o doméstico fazer mais de duas horas extras por dia, o que a atual legislação proíbe, também será abordada.

Justiça

A intenção de evitar uma demanda trabalhista maior pode não ser efetivada com essa proposta de reduzir a multa sobre o FGTS em casos de acordo. Em reunião com o senador na semana passada, a presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos, Creuza Maria de Oliveira, disse não aceitar a redução da multa do FGTS de 40%.

"Não estamos de acordo. Lutamos por direito iguais. Se a multa for 39,99% não há igualdade de direitos. Eles querem beneficiar os empregadores e, se querem isso, que vejam outras estratégias, como um abate no Imposto de Renda para aqueles que regularizarem a situação de suas empregadas", disse Creuza.

Custos

Para Jucá, no entanto, a redução da multa é essencial para que os patrões consigam arcar com os custos. "As famílias não são uma empresa, que tem previsão orçamentária. O orçamento familiar é escasso e muitas vezes sem todo esse planejamento que pagar uma multa de 40% em demissão exigiria." O senador acredita que a adoção dos padrões sugeridos por ele aumentaria a formalização. Hoje, menos de um terço dos cerca de 7,2 milhões de empregados domésticos existentes no Brasil têm carteira assinada.

Após reunião na Casa Civil nesta segunda-feira, Jucá disse não poder adiantar como estão as negociações. A única parte com a qual o governo já teria concordado é a adoção do Simples das domésticas. As demais ainda estão em discussão, inclusive o Refis, por meio do qual os patrões poderão, segundo a proposta de Jucá, renegociar as dívidas com a Previdência Social.

Banco de horas, jornada diferenciada de trabalho para as categorias de empregados domésticos, redução do tempo de descanso e definição do que será a justa causa na relação de trabalho doméstico. Esses são alguns pontos que o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da regulamentação da emenda constitucional que ampliou os direitos dos empregados domésticos, vai propor em seu relatório, que apresentará na próxima semana.

A Justiça do Trabalho deu aval à proposta do banco de horas, sinalizando que não dará ganho de causa a domésticos que entrem com ações trabalhistas contra seus patrões a partir desse mecanismo. Com o banco, a ideia é criar um crédito de horas a partir do tempo que se trabalhou a mais ou a menos em algum dia.

##RECOMENDA##

Esse ponto da proposta flexibiliza um dos itens mais polêmicos da PEC das domésticas: a jornada de trabalho diária de oito horas. Se em um dia o empregado trabalhar menos que isso, pode compensar em algum outro. Com a flexibilização, busca-se amenizar uma das preocupações do empregador: o excesso de gastos com pagamento de horas extras.

Jucá vai recomendar, ainda, que se crie um contrato-padrão para firmar a relação empregador e empregado. "A ideia é ter regras básicas e regras peculiares, ou seja, como se fosse um acordo coletivo e tenhamos entendimentos individualizados sobre horário de almoço, dormida no emprego, questões peculiares ao entendimento de cada área de trabalho e a cada relação doméstica de patrão e empregado."

Justa causa. Embora admita ser difícil configurar a demissão por justa causa na relação de emprego doméstico, Romero Jucá vai definir as situações que poderão levar a isso. "O que é justa causa? É queimar o arroz, uma roupa que está sendo passada? Não podemos criar um ônus demasiado para isso sob pena de desequilibrar a relação de emprego doméstico e criar demanda judicial que vai dar prejuízo para o emprego."

Ele não descreveu, contudo, o que vai considerar como justa causa. Outra proposta que estará no relatório de Jucá é a adoção de jornada de trabalho diferenciada para as diferentes categorias que a emenda abrange: caseiro, cuidador, babá, motorista e doméstica. Ele vai sugerir, ainda, a redução no período de descanso que a PEC fixa, que prevê duas horas de almoço para os empregados domésticos. Segundo Jucá, isso também já tem o apoio da Justiça do Trabalho.

Multa

A diminuição da multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é defendida por Jucá desde que ele assumiu a relatoria da regulamentação. Hoje, a legislação prevê 40% para demissões sem justa causa. A proposta dele, desde o início, é diminuir esse porcentual para 10%, mas ainda não há consenso no governo. "Estamos ouvindo, debatendo, levantando cálculos para dar condições do orçamento familiar suportar uma demissão nessas condições." A preocupação de Jucá, além do orçamento familiar, é que a obrigação do pagamento de 40% para demissões sem justificativa plausível gerem uma busca "de demissões permanentes" por parte das domésticas.

Tramitação

O senador vai encaminhar suas propostas a outros 11 parlamentares que integram a Comissão Mista das Leis, que vai tratar de pontos da Constituição que precisam ser regulamentados, no início da próxima semana. A intenção dele é recolher sugestões de todos os deputados e senadores até quarta e consolidar tudo em um Projeto de Lei, que apresentará na próxima quinta-feira, dia 25 de abril.

Na comissão, o relator pretende finalizar as votações até 1º de maio, dia do Trabalhador. Depois disso, a proposta segue para a Câmara dos Deputados, onde passa pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Plenário, quando volta ao Senado, e segue o mesmo rito - CCJ e votação em plenário. Em seguida, vai a sanção presidencial. Não se sabe, contudo, quanto tempo todo esse processo deve demorar.

No relatório final sobre a medida provisória 595/2012, a chamada MP dos Portos, o relator da comissão mista que analisa a matéria, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), acolheu 137 das 645 emendas apresentadas pelos parlamentares. Após a leitura do parecer, a reunião foi suspensa e será retomada na próxima terça-feira (23) para discussões. A votação será na quarta (24). A MP perde a validade no dia 16 de maio.

O relator disse estar "otimista com a aprovação na comissão, assim como pela Câmara e Senado, para então seguir para a sanção presidencial". “Construímos um parecer feito não pelo relator, mas pela comissão, pelo governo, pela sociedade, pelas entidades de classe, enfim, pelo povo brasileiro”, frisou ele.

##RECOMENDA##

Com a alteração no texto original, o relator sugeriu que a MP tramite na forma de um projeto de lei de conversão. Uma das mudanças garante  que os serviços de fiscalização e controle que atuam nos portos sejam ininterruptos. Dessa forma, a Polícia Federa; e a Receita Federal atuariam 24 horas por dia. O relatório também altera os critérios a serem adotados nos casos de chamada pública, através da qual será autorizado o funcionamento de novos terminais privados. “Construímos um texto que avançou e trouxe conquistas para modernização da infraestrutura e que assegura ao Brasil um custo menor, favorecendo o aumento do PIB, da renda da população e da competitividade da indústria", afirmou.

Apesar de incluir várias reivindicações dos trabalhadores portuários no parecer, a categoria não suspendeu a possibilidade de greve. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira, será feita uma análise detalhada do relatório para decidir sobre a paralisação no setor e os portos permanecem "em estado de greve".

Pernambuco
A MP dos Portos tem concentrado as atenções dos parlamentares pernambucanos nas últimas semanas. A matéria é um ponto de discórdia entre os governos federal e estadual, já que estabelece a centralizando da gestão portuária na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. O governo de Dilma Rousseff diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento. Já Eduardo Campos acredita que a MP poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

A bancada de Pernambuco se reuniu com o relator Eduardo Braga e conseguiu uma brecha para garantir uma certa autonomia para os governos estaduais. O texto traz a possibilidade de os gestores estaduais que detêm portos delegados pela União, como é o caso de Suape, continuarem a controlar a elaboração de editais e para a realização de procedimentos licitatórios, com a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "É verdade que não é exatamente tudo o que a gente queria, mas é uma brecha importante que passa a ser aberta", comentou o senador Humberto Costa (PT-PE).

O petista liderou a articulação da proposta com a ministra Gleisi Hoffman para garantir que fossem contempladas as reivindicações de Pernambuco em relação ao Porto de Suape. Numa reunião realizada antes da sessão da comissão mista, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) e os deputados Pedro Eugênio (PT) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC) conversaram com Eduardo Braga e tiveram a confirmação da inclusão da proposta ao relatório final.

O relatório da medida provisória 595/2012, mais conhecida como a MP dos Portos, poderá ser votado nesta quarta-feira (17) na comissão mista que analisa o texto. O relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), deverá apresentar o parecer, para em seguida ser feita a votação entre os parlamentares.

O texto estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, centralizando a gestão na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. A matéria é um dos pontos de tensão entre a gestão de Dilma Rousseff e o Governo de Pernambuco. Enquanto o governo federal diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento, Eduardo Campos acredita que a medida provisória poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

##RECOMENDA##

O impasse seria motivo de uma suposta operação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Porto de Suape. O jornal O Estado de S.Paulo afirmou que os sindicatos dos portuários estariam sendo monitorados, mas o governo federal negou. Nesta quarta, o ministro-chefe da GSI, José Elito Siqueira deverá dar esclarecimentos na Câmara sobre o assunto.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alterou, por meio de resolução, as normas que estabelecem as diretrizes para que as concessionárias de telefonia elaborem o Documento de Separação e Alocação de Contas (DSAC), um relatório detalhado dos custos, receitas e operações das empresas, cuja entrega à agência é obrigatória.

Um dos trechos modificados no regulamento trata do Plano Geral para Separação e Alocação de Contas, que define como o grupo empresarial deve apresentar itens como passivos, ativos e até transações entre serviços da mesma empresa. Outra mudança refere-se a informações contábeis por modalidade de serviço. No relatório, a operadora deve discriminar os valores referentes à prestação de serviços separada por regime público ou regime privado.

##RECOMENDA##

Além das mudanças, a resolução publicada hoje no Diário Oficial da União definiu que as empresas devem entregar os dados de 2011 e 2012 num prazo de 120 dias e os dados do primeiro trimestre de 2013 em 45 dias.

Os atos normativos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terão agora suas possíveis consequências avaliadas anteriormente às decisões do órgão regulador. Uma medida publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União pela própria agência determina a realização de Análises de Impacto Regulatório (AIR) para todas as mudanças de normas do setor.

As análises, que serão submetidas a consultas públicas, abordarão a necessidade e as consequências dos atos normativos. O objetivo é verificar se os benefícios das medidas propostas para o setor elétrico de fato superam os custos estimados para a sua aplicação. Desta forma, a Aneel precisará definir se as alternativas são realmente as mais benéficas para a sociedade.

##RECOMENDA##

A edição da medida foi comemorada pelo setor, que havia dado nada menos que 78 contribuições favoráveis à norma durante a fase de consulta pública. Para o advogado especialista em questões de energia, Fernando Villela, a obrigatoriedade do AIR trará mais transparência e previsibilidade para o mercado, em um momento no qual as relações entre companhias e governo têm passado por intensas transformações.

Controle

"Sem dúvida se trata de um marco inédito no setor de regulação no Brasil. A medida aumenta o controle por parte da sociedade e dos agentes sobre as motivações de mudanças regulatórias, diminuindo a influência meramente política nessas decisões", destacou Villela.

Segundo ele, como a Aneel precisará expor os problemas identificados e levar à sociedade as alternativas estudadas antes mesmo de fechar uma proposta de alteração regulatória, o setor não será mais "pego de surpresa" com modificações repentinas que comprometiam a percepção de segurança dos investidores. "Com mais debate e discussão pela sociedade, as ações do órgão ganharão mais legitimidade, pois estarão amparadas em estudos e justificativas mais embasadas."

Os institutos federais de Educação profissional têm um déficit de cerca de 8 mil professores, além de evasão escolar. Os alunos sofrem com a falta  de bibliotecas e laboratórios. Os problemas constam de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão fez uma auditoria nessas escolas entre agosto de 2011 e abril de 2012.

O documento cita que uma das causas do déficit de professores é a baixa atratividade da carreira: a remuneração é apontada como fonte de insatisfação por 68% dos professores e 64% dos pró-reitores ouvidos pelos auditores.

##RECOMENDA##

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marco Antonio de Oliveira, disse que após a auditoria já ocorreram houve mudanças nesse quadro. Para ele, o déficit de professores ocorre em função da expansão histórica da rede e também pelo atraso da aprovação da lei de provimento de cargos pelo Congresso Nacional.

Oliveira informou que para o primeiro semestre de 2013 está autorizada a contratação de cerca de 4,5 mil docentes e 4 mil técnicos administrativos. No segundo há previsão para a contratação de mais 8 mil professores e 5,5 mil técnicos administrativos. Em relação aos salários, o secretário declarou que houve avanço significativo após a negociação salarial ocorrida no ano passado. Os professores tiveram equiparação salarial aos dos colegas da universidade pública federal.

O documento do TCU aponta ainda que a distância entre os grandes centros e a pouca infraestrutura dificulta a fixação de professores em institutos federais de Educação de cidades do interior, contibuindo para o déficit no quadro de docentes. O Distrito Federal e o estado do Acre lideram a listas de institutos com maior carência de professores com 40% das vagas ociosas. Em seguida estão Mato Grosso do Sul (38%), o Amapá (35%) e São Paulo (32%).

O secretário Antonio Oliveira informou que um grupo de trabalho discute incentivos para que os profissionais se estabeleçam nas regiões mais remotas e lembra que esse é um problema enfrentado por outros setores da administração pública. "Fazemos uma discussão para definir uma política de fixação nessas regiões, talvez algum tipo de gratificação para as áreas mais remotas", explicou.

Alunos e professores ouvidos durante a auditoria apontaram deficiências de infraestrutura nas bibliotecas, nos laboratórios de informática e nas salas de aula. Os auditores relataram casos de campi inaugurados em 2011 ainda sem bibliotecas e levantaram que menos da metade dos professores (44%) concordam que as bibliotecas têm a bibliografia recomendada aos alunos nas disciplinas em que lecionam. Foram relatados também casos de bibliotecas sem a quantidade de servidores suficientes para garantir o funcionamento em três turnos.

Sobre a infraestrutura dos laboratórios, para 56% dos professores ouvidos, eles não estão devidamente equipados para as aulas. Entre os alunos que estão em cursos que exigem aulas de laboratório, 44% disseram que, em 2011, houve poucas ou mesmo nenhuma aula de laboratório. A falta de técnicos é citada como um dos entraves para o uso dessas estruturas. O argumento de Oliveira para essa reclamação de professores e alunos é que laboratórios, bibliotecas e áreas de lazer são construídos e equipados em uma segunda etapa.

A auditoria do TCU foi autorizada por despacho do ministro-relator José Jorge. Foram visitados os institutos federais do Espírito Santo, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais, de Pernambuco, de Goiás e do Rio Grande do Norte. Para a coleta de dados foram usados instrumentos como entrevista, aplicação de questionários e grupos focais.

O relatório faz recomendações ao Ministério da Educação para atenuar as deficiências. Entre elas, implantar um plano para evitar a evasão, a adoção de medidas para diminuir o déficit de docentes e de técnicos de laboratórios e promover maior integração entre ensino, pesquisa e extensão.

*Fonte: Agência Brasil

Os atos de violência e vandalismo antissemita aumentaram 30% no mundo, principalmente na França, durante o ano passado, segundo relatório anual publicado neste domingo pela Universidade de Tel Aviv.

"No ano passado foi registrado um aumento considerável do nível de violência e atos de vandalismo contra judeus", destacou o documento, que indica 686 atos deste tipo em todo o mundo contra os 526 de 2011, isto é, uma alta de 30%.

##RECOMENDA##

A França foi o país onde ocorreu o maior número de incidentes antissemitas (200), seguido de Estados Unidos (99), Grã-Bretanha (84) e Canadá (74), acrescentou este relatório, divulgado pouco antes do começo das cerimônias anuais em memória das vítimas do Holocausto, na noite deste domingo, em Israel.

O relatório considera que o aumento dos atos antissemitas na França está, em parte, relacionado ao assassinato de três meninos judeus e de um professor em março de 2012 em frente a um colégio judaico em Toulouse por Mohamed Merah, jovem francês de origem argelina que morreu depois durante uma operação da polícia.

"Esse atentado provocou uma onda de violentos incidentes contra alvos judeus, principalmente na França", prosseguiu o informe.

No documento também se faz referência à ascensão de grupos de extrema direita que aproveitaram as dificuldades econômicas na Europa para fazer avançar seu programa "claramente antissemita".

"Na Hungria, na Grécia, assim como na Ucrânia, representantes desses partidos incitaram com veemência contra as comunidades judaicas locais em seus parlamentos", lamentou o relatório.

Por outro lado, a filial israelense do Centro Simon Wiesenthal também criticou a Austrália e outros países por não terem agido com o vigor suficiente para levar perante a justiça os criminosos de guerra nazistas e seus colaboradores.

Os Estados Unidos obtiveram a melhor classificação nesta campanha, seguidos de Canadá, Alemanha, Hungria, Itália e Sérvia.

No fim da lista, Austrália, Áustria, Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Noruega, Suécia e Síria registraram as piores classificações, segundo o Centro Simon Wiesenthal, que leva o nome de um famoso caçador de nazistas.

O deputado federal Raul Henry (PMDB-PE) foi um dos políticos que compareceram na manhã deste sábado (6), na consulta pública realizado pela Prefeitura do Recife sobre o Pacto pela Vida do Recife. No evento, ocorrido no bairro da Madalena, o parlamentar não poupou elogios ao prefeito Geraldo Julio (PSB) e pincelou crítica ao vereador oponente, Raul Jungmann (PPS) que exibiu nesta semana um relatório dos 90 dias do governo do socialista.

Ao falar ao microfone, Henry disse que estava muito alegre por participar do evento e parabenizou Geraldo Julio. “Enfrentar o desafio da violência no Brasil requer um grande esforço e esse desafio não é fácil de ser combatido. Tenho certeza que com esse conjunto de forças que se reúne hoje aqui, a cidade do Recife dará em breve, um exemplo de cidade para o Brasil”, disse.

##RECOMENDA##

Seguindo o discurso enaltecedor ao prefeito do Recife, o peemedebista citou discretamente o balanço feito por Raul Jungmann sobre os dias 90 dias de gestão de Geraldo. “Tem gente por aí falando em 90 dias (...) 90 dias é apenas um início desse projeto que você tem acertado em tudo. Parabéns por não fazer o Viaduto da Agamenon Magalhães e boa sorte”, declarou Henry.

Antecipando as análises que estão por vir dos primeiros 100 dias de gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), o vereador Raul Jungmann (PPS), apresentou nesta quarta-feira (3), um balanço dos 90 dias de gestão socialista. No relatório com mais de 10 páginas, o parlamentar intitulou o documento de: “Um governo que ainda não começou a mudar o Recife e a vida dos recifenses”.

Segundo Jungmann, o papel da oposição é fiscalizar e monitorar aquilo que vêm sendo feito pelo governo Geraldo Julio. “O que a gente apresentou foi uma fotografia à sociedade dos primeiros 90 dias de Geraldo Julio e o que a gente constatou é que o governo ainda não começou a transformar o Recife a melhorar a qualidade de vida dos recifenses”, opinou.

##RECOMENDA##

Apesar da análise, o vereador explicou que isso não quer dizer que o governo não venha a fazer o que prometeu, já que até agora isso não aconteceu. “Nós não estamos dizendo que ele que ter concluído as mudanças, a gente fala de iniciar o programa de governo que ele protocolou em cartório. Das 27 metas que estavam no site da prefeitura, 19 ainda não tinha iniciados, as outras começaram e não foram concluídas. Por isso, a nossa constatação de que o governo ainda não começou a mudar o Recife”, reforçou Jungmann.

No relatório apresentado pelo parlamentar, que possui gráficos e fotos, há críticas sobre os primeiros dias da gestão, tais como: “A agenda predominantemente interna, voltada para ajustes e resolver problemas administrativos internos. No primeiro momento, a atual gestão se baseou em pequenas ações de visibilidade com o claro objetivo de mostrar à população que o novo prefeito era diferente do antigo – porém, em momento algum explicitando essa diferença”, cita parte do documento.

O líder da bancada governista na Casa José Mariano, Gilberto Alves (PTN) foi questionado sobre o documento, mas disse que não iria analisar o relatório do opositor. “Eu não vou fazer avaliação de 90 dias. Vamos fazer no tempo certo, vou fazer com a população”, intrigada pela postura de Jungmann, Alves comentou que não sabe de onde surgiu a ideia do levantamento da gestão de Geraldo. “Não sei quem convencionou que tem que fazer balanço com 90 ou 93 ou 100 dias. Para nós as ações precisam acontecer todos os dias“, argumentou.

Reforma - Estava marcada para esta quarta-feira (3) uma reunião com a Comissão de Reforma da Câmara Municipal do Recife. No entanto, o presidente da equipe, Raul Jungmann, informou que o debate foi adiado em virtude da ausência de alguns membros. A reunião foi remarcada para a próxima segunda-feira (8). 

O relatório completo apresentado pó Raul Jungmann segue em anexo:

 

Com a ameaça de retrocesso na legislação trabalhista no campo patrocinada por deputados ruralistas, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, deputado Cláudio Puty (PT-PA), encerrou os trabalhos sem a votação de um relatório final. Os ruralistas articulavam a aprovação de um parecer paralelo ao do relator, deputado Walter Feldman (PSDB-SP), para atenuar o conceito de trabalho escravo e dificultar a fiscalização no campo.

"Nós não queremos ser coniventes com os vários ataques a conquistas trabalhistas", disse Puty. Em comum acordo com Feldman, ele não permitiu mais a prorrogação da comissão, que foi extinta por decurso de prazo no sábado (16). "É um paradoxo. Em vez de a CPI implementar medidas para acabar com a vergonha do trabalho escravo no País, eles queriam flexibilizar as leis que protegem os trabalhadores. Para eles (ruralistas), simplesmente, não existe trabalho escravo no País", continuou Puty.

##RECOMENDA##

Estrategicamente, deputados da Frente Parlamentar do Agronegócio se apoderaram da CPI, criada com o objetivo de investigar as causas do trabalho escravo no Brasil, ocupando dois terços das vagas do colegiado - 20 dos 28 titulares. Com esse número, os ruralistas conseguiram barrar requerimentos de investigação e de convocação de proprietários rurais apontados de manter trabalho escravo nas propriedades. Com essa maioria, eles poderiam também rejeitar o parecer do relator e aprovar um outro paralelo com projetos para alterar a legislação sobre o trabalho escravo.

De acordo com o presidente da CPI do Trabalho Escravo, os ruralistas queriam retirar do Código Penal as principais infrações praticadas contra os trabalhadores do campo pelos proprietários: os crimes por trabalho degradante e por jornada exaustiva. Além disso, os ruralistas queriam mudar o que consideram "fiscalização excessiva" do Ministério do Trabalho.

Durante o ano de funcionamento da CPI, o prazo da comissão foi prorrogado por duas vezes nesse período, foram feitas audiências públicas e diligências. "Encontramos trabalhadores bebendo água com os animais, alimentando-se com comida podre, trabalhando doentes", disse. Puty afirmou que o princípio geral do trabalho da comissão é proteger os trabalhadores e fortalecer a legislação. "Eles (ruralistas) queriam desmontar o sistema de fiscalização montado em três governos, de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff", disse. O presidente da CPI afirmou que um parecer será elaborado, mesmo que não seja votado pela comissão.

[@#video#@]

Na última quinta-feira (14), foi divulgado, no México, o relatório 2013 das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que aponta os índices de desenvolvimento humano sustentável e avalia as condições de vida das populações ao redor do mundo.

##RECOMENDA##

De acordo com a pesquisa publicada, o Brasil continua na 85ª posição em Índice de Desenvolvimento Humando (IDH), que mede o progresso de um país por meio de três aspectos: renda, saúde e educação. Ainda segundo o relatório, a América Latina continua registrando a maior desigualdade social do planeta.

Na reportagem da AFP, confira mais informações sobre o assunto.



Construção de calçadas, melhoria da iluminação pública e transporte coletivo são alguns temas que fazem parte do relatório entregue nesta quarta-feira (13), pela Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ao prefeito Geraldo Julio. O documento entregue pelos deputados estaduais traz dados dos problemas enfrentados pela capital pernambucana e sugestões para solução das dificuldades.

De acordo com Geraldo Julio, o documento auxiliará a sua gestão no andamento de ações em prol da mobilidade urbana na cidade. “Esse encontro foi excelente e muito rico, porque trouxeram um material que irá servir como elemento de consulta. É uma contribuição importante que apresenta conclusões em linhas com os programas de governo”, elogiou o socialista.

##RECOMENDA##

O prefeito também comentou que as informações trazidas pelos parlamentares serão utilizadas. “As sugestões vão ser aproveitadas e em abril vamos apresentar essa re-análise”, garantiu Geraldo.

Segundo o presidente da comissão que levou o relatório, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), entre os problemas indicados no documento, o transporte é prioridade. “Mostramos um conjunto de ações que o poder público pode fazer no transporte coletivo, em construção de calçadas, iluminação pública, novos corredores de ônibus, campanhas educativas e pedagógicas orientando a população a respeitar o pedestre e ciclistas, entre outras”, descrevei o parlamentar.

O deputado também criticou as gestões passadas e ressaltou que Recife é a segunda menor capital de área do Brasil e mesmo assim não tem projeto para o crescimento da população como outras cidades possuem. “Enquanto Rio de Janeiro e Curitiba há 30 anos planejaram a mobilidade, Recife não. Cada gestão se preocupou com ações pontuais e não houve um plano, um estudo. Então, a gente espera que o prefeito Geraldo Julio possa ter um olhar não só para o presente, mas para pensar o Recife que nós queremos a 10, 20 anos”, cravou Sílvio Costa Filho.

Ainda segundo o petebista, o relatório apresentado ao prefeito do Recife foi elaborado também pela sociedade civil organizada, representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-prefeitos do Recife como Gustavo Krause, Jarbas Vasconcelos, João Paulo e Roberto Magalhães.

Pactuação – Durante a conversa com a imprensa, o prefeito do Recife adiantou que na próxima segunda-feira (18) se reunirá com os secretários municipais para tratar da pactuação. Questionado sobre qual ação será prioridade, Geraldo disse que só saberá na próxima semana. “A pactuação será feita em todas as áreas do governo, mas, só na próxima segunda-feira”, reforçou o gestor.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando