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O governador Paulo Câmara (PSB) condenou a forma com que o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), vem conduzindo as articulações em torno da transferência da produção do Fator Recombinante VIII da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), instalada em Pernambuco, para uma em Maringá, no Paraná. A mudança tinha sido suspensa pelo Governo Federal, mas na última sexta-feira (22), foi publicado no Diário Oficial daquele estado um  Acordo de Transferência de Tecnologia para Obtenção de Hemoderivados e Hemocomponentes firmado diretamente entre o Tecpar e a Octopharma. 

“Estamos trabalhando com uma articulação muito forte com a bancada federal no sentido de evitar estas questões.  Infelizmente, o Ministério da Saúde não tem tido transparência. Não tem tido o diálogo, a sensatez de saber que isso é importante para Pernambuco, é estratégico e que Pernambuco não vai aceitar”, declarou. Mesmo com o considerado “novo ataque” a Hemobrás, o governador acredita que ainda existe espaço para firmar um diálogo sobre o assunto. 

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“Há ainda oportunidade de se avançar em relação a isso para que haja essa compreensão e a bancada federal tem que estar mobilizada para evitar e para gritar que Pernambuco não tenha nenhum prejuízo em relação a essas questões da Hemobrás”, disse.

O Fator VIII é o principal produto que será produzido pela Hemobrás em Pernambuco e já foi alvo de uma mobilização dos políticos locais contra uma investida do ministro. A discussão sobre a possibilidade de esvaziamento empresa iniciou em julho e durou até meados de agosto, quando o ministro desistiu da intervenção. Até a desistência, senadores e deputados pernambucanos fizeram uma série de encontros e articulações visando derrubar a estratégia do paranaense

 

 

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) encaminhou uma nota à imprensa, na tarde desta sexta-feira (22), denunciando o que chamou de "novo ataque a Hemobrás", instalada em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. No documento, o petista afirma que o recuo do ministro da Saúde, Ricardo Barros, não foi efetivo. De acordo com Humberto, a prova disso foi publicada no Diário Oficial no Panará de hoje com o Acordo de Transferência de Tecnologia para Obtenção de Hemoderivados e Hemocomponentes firmado diretamente entre o Tecpar e a Octopharma.

A publicação, de acordo com o senador, tem como objeto regular um projeto de transferência de tecnologia para o fracionamento e inativação viral do plasma sanguíneo e produção do Fator VIII Recombinante não modificado em células humanas para obtenção de hemoderivados e hemocomponentes. O Fator VIII é o principal produto que será produzido pela Hemobrás em Pernambuco e já foi alvo de uma mobilização dos políticos locais contra uma investida do ministro. 

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"Nesse sentido, quero denunciar mais um ataque violento contra a fábrica da Hemobrás, com o claro propósito político-eleitoral de retaliar Pernambuco e inviabilizar a nossa unidade em Goiana, em benefício do Estado do ministro da Saúde. Estou contatando toda a bancada federal pernambucana para que nos unamos contra essa nova e desleal investida contra a Hemobrás", salienta na nota.

A discussão sobre a possibilidade de esvaziamento da Hemobrás iniciou em julho e durou até meados de agosto, quando o ministro desistiu da intervenção. Até a desistência, senadores e deputados pernambucanos fizeram uma série de encontros e articulações visando derrubar a estratégia do paranaense

Veja a íntegra da nota:

NOVO ATAQUE À HEMOBRÁS

É com absoluta estupefação que assistimos a uma nova investida para esvaziar a fábrica da Hemobrás em Pernambuco. Desta vez, a ação nefasta ocorre com a ajuda do Governo do Paraná, comandado pelo PSDB, para levar ao Estado de origem do ministro da Saúde, Ricardo Barros, uma base de produção do Fator VIII Recombinante.

Como todos devem recordar, Ricardo Barros, em ato recente, tentou levar o Ministério da Saúde a intermediar um acordo de transferência de tecnologia entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado ao governo daquele Estado, e a empresa Octopharma, com a finalidade de instalar uma unidade de produção daquele fator na cidade paranaense de Maringá, sua base eleitoral.

Tal medida foi imediatamente rechaçada pela bancada federal de Pernambuco, tendo em conta que a Hemobrás, localizada em Goiana, na Mata Norte, já recebeu investimentos superiores a R$ 1 bilhão e seria absolutamente inviabilizada por uma concorrência na área do Fator VIII Recombinante, tendo em conta que o mercado brasileiro não comporta duas fábricas dessa natureza.

Naquela ocasião, vencido pela bancada de Pernambuco, Ricardo Barros retrocedeu na decisão pontual, sem, no entanto, deixar claro se havia desistido da ideia de viabilizar uma unidade paranaense. 

Não desistiu. A prova clara é o Acordo de Transferência de Tecnologia para Obtenção de Hemoderivados e Hemocomponentes, publicado no Diário Oficial do Paraná deste 22 de setembro, firmado diretamente entre o Tecpar e a Octopharma, cujo objeto é regular um projeto de transferência de tecnologia para o fracionamento e inativação viral do plasma sanguíneo e produção do Fator VIII Recombinante não modificado em células humanas para obtenção de hemoderivados e hemocomponentes.

Nesse sentido, quero denunciar mais um ataque violento contra a fábrica da Hemobrás, com o claro propósito político-eleitoral de retaliar Pernambuco e inviabilizar a nossa unidade em Goiana, em benefício do Estado do ministro da Saúde.

Estou contatando toda a bancada federal pernambucana para que nos unamos contra essa nova e desleal investida contra a Hemobrás.

Humberto Costa (PT), líder da Oposição no Senado

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu nesta terça-feira, 29, o aumento dos preços de cigarros como uma medida para se tentar controlar o tabagismo no País. A pasta trabalha com um cenário de uma majoração de 50%. Além da elevação dos preços, Barros disse ser favorável a uma mudança nas embalagens do produto, consideradas como uma alternativa da indústria para propaganda.

A ideia, que há tempos está em avaliação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é adotar embalagens genéricas, padronizadas para todas as marcas. O ministro, no entanto, observou que as mudanças fazem parte de uma discussão que está em curso no governo e que qualquer alteração depende de um consenso entre os demais integrantes da equipe. "Faz parte da pauta, é uma questão de governo, interministerial. Tudo tem seu tempo. Mas estamos tentando avançar mais nessas ações."

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Barros admitiu que um eventual aumento de preços poderia provocar um efeito colateral não desejado, o aumento do contrabando. Medidas para tentar reduzir esse risco, afirmou, estão em análise por um grupo do Mercosul. Os resultados obtidos até o momento, no entanto, não são animadores. Na última reunião entre ministros da Saúde do bloco para discutir o tema, afirmou, não houve consenso.

Projeções feitas pelo Ministério da Saúde indicam que uma eventual alta de 50% no preço dos cigarros poderia evitar, em 10 anos, 136,5 mil mortes, 507 mil enfartes do miocárdio, 100 mil acidentes vasculares cerebrais e 64 mil cânceres. Somados, esses fatores poderiam evitar a perda de 4 milhões de anos por morte e incapacidade de brasileiros. "Economizaríamos com saúde."

Recomendada pela Organização Mundial da Saúde, a elevação de preços de cigarros no Brasil conta com uma dura resistência, sobretudo de produtores que afirmam que a medida poderia levar ao aumento do contrabando. A pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer, Tânia Cavalcanti, no entanto, argumenta que todos os cigarros, sejam eles legais ou contrabandeados, fazem mal à saúde. E que a elevação do preço traria, sim, uma redução do consumo. Tânia argumenta ainda que o Brasil tem uma lição de casa a fazer: ratificar o protocolo para erradicar o mercado ilegal. A proposta aguarda a avaliação no Congresso Nacional.

Hoje, Dia Nacional de Combate ao Fumo, Barros reforçou uma declaração feita em dezembro em favor da resolução que proíbe a adição de produtos que conferem aroma e sabor ao cigarro. A medida, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2012, nunca chegou a ser colocada em prática. Em 2013, pouco antes de a resolução entrar em vigor, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber concedeu uma liminar em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade suspendendo seus efeitos. O ministro sugeriu que defensores da luta antitabagista fossem ao gabinete da ministra Rosa Weber como forma de pressão para que o assunto fosse votado rapidamente. "Como eu, que já fui ao gabinete da ministra duas vezes", disse.

A adição de sabor e aroma a cigarros é considerada como uma estratégia da indústria para incentivar a experimentação de jovens ao cigarro. Tânia observa que, desde a suspensão da resolução, a indústria nacional registrou uma série de marcas de cigarro no País com aroma e sabor. O assunto está há tempos para ser discutido no STF, mas rotineiramente é tirado de pauta.

O Brasil é considerado como exemplo na luta antitabagista. Uma das medidas mais recentes que trouxeram um impacto para queda de fumantes foi a ampliação da taxação de cigarros, ocorrida em 2011. Números de uma pesquisa feita por telefone, conduzida pelo Ministério da Saúde, indicam uma queda de 35% do tabagismo entre 2006 e 2016. Um novo levantamento indica também uma queda do fumo passivo no ambiente doméstico. Em oito anos, a queda foi de 42%, passando de 12,7% em 2009 para 7,3% em 2016.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-RR), foi vaiado e hostilizado durante quase 15 minutos ao participar da abertura da II Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, que acontece em Brasília até o próximo domingo (20). A solenidade de abertura foi na noite dessa quinta-feira (17).

Quando Barros iniciou o discurso, a plateia entoou um coro de vaias, pessoas ficaram de costas para o ministro e ele foi chamado de “golpista”. Além disso, alguns participantes também pediram “fora Temer” e a saída do próprio ministro do evento. 

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A fala de Ricardo Barros durou 15 minutos e os ânimos dos que estavam na Conferência acalmaram apenas no fim. Mesmo com as vaias, o ministro não interrompeu o discurso e, ao fazer anúncios, ele foi classificado como “mentiroso”. 

Assista ao momento:

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A II Conferência Nacional de Saúde das Mulheres está discutindo a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres e as políticas de equidade das populações negra, LGBT, em situação de rua e do campo.

 

No início da noite desta quarta-feira (16), um grupo faz um ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Eles também protestam contra o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o presidente Michel Temer.

Por volta das 18h, os manifestantes interditaram a Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby. Após deixarem o local, saíram em caminhada até a Avenida Conde da Boa Vista.

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Por fim, os manifestantes interditaram a Rua Oswaldo Cruz, onde funciona, por exemplo, a Farmácia de Pernambuco. Eles carregam cartazes pedindo a não privatização do SUS e um sistema de saúde pública de qualidade.

No início do mês, médicos de todo o país realizaram diversas mobilizações contra o ministro da Saúde. Entre as reivindicações da categoria estavam condições dignas de trabalho e de atendimento e maior fiscalização para abertura de faculdades de Medicina. 

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira, 14, que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer um exame "pré-nupcial" aos casais que quiserem saber se há maior risco de gerarem um bebê com alguma doença genética. O teste analisaria ainda outras condições de saúde dos futuros pais, como a presença de problemas crônicos.

"Uma das nossas diretrizes novas será o exame pré-nupcial, que vai garantir o exame de compatibilidade genética para noivos, para que eles saibam da possibilidade de terem filhos com doenças raras, que causam muita dificuldade para a família no tratamento e muito custo para o governo", disse ele, em entrevista após apresentação no Summit Saúde Brasil, evento promovido nesta segunda pelo Grupo Estado.

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Barros disse que não há previsão de quando o exame estará disponível. Também não detalhou se ele será oferecido a todos os casais ou a um público específico. "Nós estamos desenvolvendo esse programa e lançaremos oportunamente. O exame permitirá um diagnóstico de outros fatores, como doenças não transmissíveis, crônicas, muitas das que chamamos invisíveis, como hepatite e HIV, para que a gente possa permitir que esse futuro casal planeje bem a sua vida, com base em um diagnóstico preciso da situação de saúde que ele se encontra."

Professora titular de genética da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Centro de Genoma Humano e Células Tronco, Mayana Zatz comemorou a possibilidade de expansão do uso de testes genéticos. O chamado teste genético pré-concepcional de compatibilidade pode custar até R$ 5 mil em laboratórios privados, feito por meio de uma coleta de sangue e com resultado em até 20 dias.

"Caso isso ocorra, os geneticistas vão bater palma, pois é algo que estamos batalhando há muito tempo para ocorrer", disse. Ela considera o procedimento como "extremamente importante" e, com o preço elevado, pode ocasionar frustração à população que não tem condições de pagar.

Mayana explica que o exame é direcionado para identificação de doenças recessivas, como fibrose cística e algumas doenças neuromusculares, que causam degeneração da musculatura e a perda da capacidade de andar da criança afetada. "Há pais que descobrem que são portadores dos genes apenas quando a criança nasce. Com o teste, essa gravidez poderia ser evitada", disse. Ela exaltou a possibilidade de economia que o método levaria ante gastos com diagnóstico e tratamento futuros.

Indicações claras

O diretor médico da Alta Diagnósticos, Gustavo Campana, destacou, porém, que o exame não pode ser usado como "triagem populacional". "As novas formas de diagnóstico têm de ter indicações individuais muito claras", disse.

Um exemplo de grupo para o qual o exame é geralmente indicado são os casais consanguíneos, como primos. "Neles, a carga genética é mais semelhante do que entre desconhecidos, passando a aumentar o risco de vir a ter um filho com determinada doença", disse.

Geneticista do Fleury, Wagner Baratella lembrou que "não existem testes definitivos para afastar todos os eventuais problemas de uma gestação". Destacou ainda a importância de que haja aconselhamento genético e não aplicação indiscriminada do procedimento.

O obstetra Alberto Guimarães ponderou que o sistema público, enquanto discute a adoção desses exames, tem de reforçar a estrutura atual das maternidades, por exemplo, "com a garantia de equipes mínimas de plantão". "Podia se fazer valer o que já tem, com a garantia de um pré-natal multiprofissional e todo o suporte da maternidade", destacou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proposta do Ministério da Saúde de transferir parte da produção da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) de Goiana, em Pernambuco, para Maringá, no Paraná, será tema de um encontro entre o ministro Ricardo Barros (PP-PR) e a bancada estadual da Câmara Federal. Durante o encontro, Barros deve tentar conter os ânimos dos parlamentares que defendem sem titubear a manutenção do desenvolvimento da empresa no Estado e classificam como política a decisão da pasta. 

O Ministério da Saúde estuda firmar um consórcio para que a produção do Fator VIII Recombinante, principal renda da fábrica pernambucana, seja levada para Maringá o que esvaziaria a Hemobrás em Goiana. Uma das justificativas da pasta é de que já foi gasto R$ 1 bilhão para a obra da empresa na Mata Norte de Pernambuco, mas até agora ela não foi concluída e para isso seriam necessários mais R$ 600 milhões. Além disso, outro ponto mencionado é o encerramento da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) celebrada entre a Hemobrás e a irlandesa Shire em 2012. O contrato encerra em outubro, mas a empresa já se colocou à disposição para reestabeler a parceria.

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Na reunião, Ricardo Barros deve encontrar uma bancada áspera com a proposta. O assunto, inclusive, já foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Na ocasião, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) refutaram a transferência da produção

“Por que ela [a empresa] não faz a planta de recombinantes em Pernambuco? Por que ela só pode ser feita no Paraná? Esta proposta vai exigir uma decisão de caráter político e estratégico. Não permitiremos o esvaziamento do polo farmacoquímico. Se a Hemobrás não agregar a produção do fator recombinante ele terá a sua economia prejudicada”, argumentou Armando. 

Já sob a ótica do petista, esta discussão está sendo “mal conduzida” pelo ministro Ricardo Barros. “Para terminar esta fábrica são R$ 600 milhões, mas o tanto de recursos que estão indo para outros campos. E nós também podemos apresentar emendas que cheguem a este valor. A não ser que [a instalação no Paraná] seja por um pensamento político mesquinho”, bradou na ocasião.

A ameaça de esvaziamento da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), instalada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, será alvo de discussão na Assembleia Legislativa (Alepe). A possibilidade é devido ao projeto de uma nova unidade de hemoderivados em Maringá (PR), que deve põe em xeque a produção da instalação pernambucana, já que o chamado fator VIII recombinante, produto mais rentável a ser produzido em Goiana, poderá não acontecer como projetado desde o início. A audiência pública sobre o assunto será na próxima segunda-feira (7), às 9h30, no Auditório Senador Sérgio Guerra.

O debate foi solicitado pela deputada Priscila Krause (DEM), que já havia abordado o assunto em Plenário. Na ocasião, a parlamentar criticou a postura do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que estaria, segundo ela, “usando recursos públicos para uma conveniência política local”, ao levar as ações, antes previstas para a unidade pernambucana, à unidade a ser implantada no município paranaense.

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Foram convidados para o encontro representantes do Ministério da Saúde, do Tribunal de Contas da União, da Hemobrás e da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). Do Governo Estadual, devem comparecer membros das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico. Também é esperada a participação de deputados federais. 

 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o governo vai implantar um sistema de biometria para reunir dados de pacientes e controlar o trabalho de profissionais da rede pública. "Vamos parar de fingir que a gente paga médicos e o médico fingir que trabalha. Isso não está ajudando a saúde do Brasil."

A ideia é criar um controle de produtividade, em que profissionais cumpram a jornada de trabalho, na qual determinadas atividades terão de ser cumpridas. Como exemplo, ele citou consultas. A Organização Mundial da Saúde indica que uma boa consulta deve demorar, no mínimo 15 minutos. "Um médico que tem quatro horas de concurso, ele pode dedicar cinco minutos para cada paciente e ir embora. Temos de ter uma média de desempenho". A mesma lógica será aplicada para outras especialidades. Quem não cumprir o prazo determinado estará sujeito a um processo administrativo.

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A ideia do governo é informatizar todas as unidades básicas de saúde até o fim de 2018. Para isso, a pasta deverá repassar um recurso mensal suficiente para financiar 50% dos custos empresa fornecedora dos serviços.

De acordo com Barros, em locais onde a estrutura já foi montada, cerca de metade dos médicos pede demissão. "Eles têm vários trabalhos, não conseguem cumprir a jornada e acabam abandonando o serviço quando há maior controle da jornada", disse. O ministro afirmou que a média de comparecimento de médicos identificada até o momento é de 30%. "Isso vai mudar com a biometria", completou.

A contrapartida dos municípios, disse, será indispensável, com o aumento dos salários pagos para os profissionais. A dificuldade em fazer com que o profissional cumpra a jornada de trabalho devida, afirma, vem acompanhada da sobrecarga de demanda em hospitais. "Lá o paciente sabe que vai encontrar médico." Barros informou que os municípios ficarão obrigados a repassar a informação sobre a produtividade dos profissionais para o ministério.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai avaliar uma negociação em curso no governo que prevê a construção de uma fábrica de hemoderivados em Maringá (PR), reduto eleitoral do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Pela proposta, um consórcio seria formado entre os laboratórios públicos estaduais Butantã (SP), Tecpar (PR), a estatal do sangue Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e a empresa suíça Octapharma.

Unidas, as fábricas abasteceriam o mercado de produtos derivados de sangue do País. Numa segunda etapa, forneceriam para a América Latina. Barros negocia pessoalmente o acordo que, assegura, "resolveria o problema do sangue no Brasil".

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A proposta, no entanto, preocupa o Ministério Público e o TCU. Um pedido formal de esclarecimentos foi encaminhado. "É preciso que ele apresente as justificativas legais, técnicas e sobretudo, quais as vantagens econômicas de um acordo como esse", disse o procurador junto ao TCU, Marinus Marsico.

Uma das principais questões é a inclusão da Octapharma. Citada na Operação Máfia dos Vampiros - desencadeada em 2014 para investigar um grupo de laboratórios que combinavam tarifas para fraudar licitações de derivados de sangue -, a empresa suíça foi condenada no ano passado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel. A companhia também está envolvida em acusações de corrupção em Portugal, igualmente envolvendo o mercado de hemoderivados.

Para Barros, as acusações não vêm ao caso: "O governo brasileiro também tem. A Hemobrás também tem. Todos têm problema no currículo e nem por isso a gente vai deixar de resolver o problema do sangue no Brasil".

Pela proposta, a Octapharma faria um investimento de US$ 500 milhões para produção de hemoderivados no País. Os recursos seriam suficientes para adaptar e finalizar as obras no Instituto Butantã e na Hemobrás na área de sangue, além de construir uma fábrica na Tecpar. Hoje, o instituto do Paraná não apresenta atividades ou estruturas na área de sangue.

Em troca, o laboratório suíço - e o consórcio - teria o monopólio do comércio de hemoderivados até a transferência da tecnologia. A empresa fala num empreendimento de 25 anos. O Brasil não entraria com recursos.

Obstáculo

O maior empecilho gira em torno da divisão de papéis no consórcio. Estão em jogo a produção de hemoderivados com o fracionamento do plasma e hemoderivados sintéticos, feitos a partir de tecnologia recombinante. No grupo dos plasmáticos estão a albumina, a imunoglobulina, os fatores VIII e IX. A biotecnologia é usada para preparar o fator VIII - mais moderno e 11 vezes mais caro do que o seu "parente" plasmático.

Pela proposta de Barros, a Tecpar produziria o fator VIII recombinante; Butantã e Hemobrás, os demais produtos. O laboratório paulista e a empresa pública, porém, já deixaram claro que não querem ficar fora do mercado de recombinante, mais moderno e mais rentável.

O consórcio foi proposto pela Tecpar, que tentou por duas vezes entrar na área, sem sucesso. A fábrica seria construída do chão, e o terreno, em Maringá - terra do ministro da Saúde - foi doado pela prefeitura. Questionado sobre eventuais privilégios à Tecpar, Barros mostrou-se irritado: "Desenvolvi a ideia baseada numa proposta que a Tecpar transmitiu. Todos serão sócios. É tudo o mesmo dono". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (30) que o governo vai disponibilizar a vacina contra a febre amarela para toda a população, mesmo fora das áreas de risco da doença. Segundo ele, as notícias causam um “alarde desnecessário e as pessoas ficam ansiosas e querem se vacinar”.

“Nós vamos dar uma solução para isso, mas não é necessário que a pessoa que está em uma área de não recomendação vá procurar a vacina, ela não está correndo nenhum risco”, disse o ministro.

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Ele alertou ainda que a vacina tem efeitos adversos e que as pessoas que não precisam da dose contra febre amarela, ao se vacinar, estão correndo um risco desnecessário. Barros participou hoje do 3º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika), em Brasília.

“O Rio de Janeiro vacina 4,5 mil pessoas por mês nas unidades durante a rotina e agora está vacinando 6 mil por dia. Então, é preciso dispor dessas vacinas porque as pessoas estão indo nas unidades, embora o Rio de Janeiro não seja uma área de recomendação de vacinação. E para esses casos estamos adotando uma nova estratégia”, disse.

Barros contou que, como não há planejamento para essa demanda espontânea, ele pediu hoje aos secretários de saúde estaduais e municipais que façam um levantamento a respeito das doses necessárias para atender a população. “Essa ansiedade é natural e o ministério entende isso e, embora não esteja no protocolo de vacinação, nós vamos atender. É uma questão de conforto ao cidadão que o Estado vai providenciar”, disse.

Não há previsão de quando as vacinas estarão disponíveis para todos nem da estratégia que será adotada. Segundo Barros, isso dependerá da quantidade de doses necessárias e de um planejamento para não desperdiçar as vacinas.

O ministro contou ainda que a vacinação é universal em 19 estados do Brasil e que o governo estuda, para o ano que vem, vacinar todas as crianças, mesmo onde não há recomendação.

Segundo Barros, não há falta de vacinas nas unidades de saúde das áreas de risco e para a vacinação de rotina, como os casos de viajantes. “Não há falta de vacina, elas estão sendo entregues dentro da cota estabelecida para a vacinação regular e atendimento do protocolo. Mas, se as pessoas buscam mais vacinas, essa cota tá sendo utilizada para isso”, disse.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça-feira, 28, que o governo federal está "controlando bem" a febre amarela no País, mas cogita a importação de vacinas, mesmo tendo distribuído 20 milhões de doses extras.

"Estamos controlando bem a febre amarela. Já distribuímos 20 milhões de doses extras de vacina. Estamos com plena capacidade de produção da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Inclusive, se precisar, importaremos vacina. Mas não é o caso", afirmou o ministro, durante um seminário na capital paulista organizado pelo jornal "Folha de S.Paulo".

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A preocupação é que a febre amarela chegue às áreas urbanas. Segundo Barros, o governo tem combatido e controlado os focos em Estados com risco de transmissão, como Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. "Vamos controlando os focos para que não tenhamos a urbanização da febre amarela", disse.

O ministro fez ainda um apelo para que a população de Estados sem risco de contaminação evite correr aos postos de saúde em busca de imunização. "A população tem que entender que, onde não há risco, não há necessidade de correr para o posto de saúde. Senão, teremos uma campanha de vacinação para cobrir pessoas que não estão em risco", explicou.

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 3, mudanças no Calendário Nacional de Vacinação de 2017, entre elas a ampliação do público-alvo de seis vacinas no País: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.

A medida já é válida em todos os postos de saúde do Brasil desde o início de 2017. O objetivo é aumentar a proteção de crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir casos de caxumba entre adultos. Segundo o ministro da pasta, Ricardo Barros, a alteração foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões na negociação da compra das doses das vacinas contra hepatite A, dTpa gestantes e HPV, que tiveram redução nos custos de cerca de 10% cada.

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Assim, o orçamento anual para vacinação, estimado em R$ 3,9 bilhões, não sofrerá alterações. "Estamos comprando vacinas mais baratas, apertando os fornecedores, e com isso estamos ampliando a vacinação para outras faixas etárias e permitindo que as pessoas possam se vacinar em uma faixa de tempo mais ampliada", declarou Barros.

Com a economia, também foram compradas este ano 11,5 milhões de doses a mais da vacina contra a febre amarela. O novo calendário amplia a idade máxima para vacinação contra hepatite A e varicela, de até 2 anos para até 5 anos. A tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que antes era administrada até os 2 anos de idade, passa a ser aplicada de 15 meses até 4 anos.

Outra alteração é o aumento na idade máxima para crianças e adolescentes receberem reforço de vacinas, como é o caso da meningite C. A idade máxima mudou de até 2 anos para até 4 anos. Também será oferecido um reforço para adolescentes de 12 a 13 anos.

De acordo com o ministro, o intuito da ampliação do período para reforços da vacinação é dar uma "nova chance" para os pais que não vacinaram os filhos na infância. "Hoje, 95% das crianças são vacinadas regularmente, mas queremos dar uma chance para que as poucas mães que não puderam comparecer no período correto também possam cumprir o calendário", disse.

A partir deste ano, as meninas terão o período de vacinação contra HPV ampliado de 9 a 14 anos - até o ano passado, a idade máxima era de 13 anos. Como já havia sido anunciado, em 2017 a vacina contra HPV passou a ser oferecida para os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos.

A vacina também se estenderá para homens vivendo com HIV e aids, entre 9 e 26 anos, e para pessoas com baixa imunidade. Desde 2015, mulheres (de 9 a 26 anos) com HIV/aids já recebem a vacina. O Ministério anunciou que será ofertada vacina da tríplice viral em adultos para diminuir a incidência de caxumba. No ano passado, houve um surto da doença no País em 19 unidades da Federação.

Antes, adultos recebiam a segunda dose da vacina até 19 anos. Agora, a segunda dose pode ser aplicada para a população de 20 a 29 anos ou é recomendada uma dose única dos 30 aos 49 anos. A dose da vacina também é usada contra o sarampo e a rubéola. Antes recomendada para grávidas entre a 27.ª e 36.ª semana de gestação, a dTpa passa a ser ofertada mais cedo e por um período mais longo: a partir da 20.ª semana ou no puerpério, ou seja, até 45 dias após o parto. O objetivo é aumentar a proteção dos bebês e mães contra coqueluche, cujos casos vêm crescendo.

Além da ampliação na oferta de vacinas, Barros também confirmou que a vacinação contra a gripe será disponibilizada para a população a partir do dia 17 de abril. Os profissionais da saúde receberão a dose antes, a partir do dia 10 do próximo mês. O ministro disse que alguns Estados poderão ter recebimento antecipado, principalmente "os mais frios". Como mudanças no público-alvo, o ministério anunciou que os professores também poderão se vacinar este ano. A expectativa é de vacinar 54 milhões de brasileiros, cerca de 4 milhões a mais do que o ano passado.

A campanha de vacinação contra gripe será antecipada neste ano, a exemplo do que ocorreu em 2016. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta sexta-feira, 3, que postos de saúde de todo o País vão ofertar o imunizante para grupos prioritários a partir de 17 de abril. Para profissionais de saúde, a vacinação começa ainda mais cedo: a partir do dia 10 de abril.

Professores das redes pública e particular de ensino passarão neste ano a ser vacinados contra a gripe em postos de saúde. A classe profissional não fazia parte do grupo beneficiado pela campanha.

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A antecipação do calendário foi feita diante do pedido de secretários estaduais de Saúde da região Sul do País. Entre as justificativas para solicitação estava o comportamento que a doença apresentou no ano passado.

O aumento de casos da infecção foi registrado logo depois do verão, antes mesmo de a vacinação ter início. O fenômeno levou a um aumento importante de casos de gripe e de mortes provocadas pela doença.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), admitiu que o Governo Federal trocou o comando de ministérios por votos no Congresso Nacional. Ele admitiu a articulação durante uma palestra na Caixa. Segundo Padilha, a intenção era garantir no mínimo 88% de apoio no Legislativo. Para exemplificar os acordos firmados com os partidos, o auxiliar do presidente Michel Temer citou a escolha do deputado Ricardo Barros (PP) para o Ministério da Saúde.  

“Lembram que quando começou a montagem do governo diziam: Só queremos nomear ministros que são distinguidos na sua profissão em todo Brasil, os chamados notáveis? Aí, nós ensaiamos a conversa de convidar um médico famoso em São Paulo, até se propagou que ele ia ser ministro da Saúde, mas nós fomos conversar com o PP: ‘O Ministério da Saúde é de vocês, mas gostaríamos de ter um ministro da saúde assim’. Depois eles mandaram o recado por mim: ‘Diz para o presidente que nosso notável é o deputado Ricardo Barros’. Aí, fui lá falei com o presidente: ‘Nós não temos alternativa’, nosso objetivo era chegar aos 88% (de apoio no Congresso)”, conta Padilha, no áudio revelado pela Coluna Estadão desta terça-feira (14). 

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O martelo, segundo o ministro-chefe, só foi batido após a garantia de que todos os parlamentares do PP votariam em prol do governo nas votações legislativas. “Muito bem, vamos conversar. ‘Vocês garantem todos os nomes do partido em todas as votações?’, perguntamos, ‘garantimos’, disseram. ‘Então o Ricardo será o notável’”, declarou. Sob a ótica de Padilha, Barros “está saindo muito bem, é um dos que está conseguindo fazer mais economia”. 

A exposição da articulação, de acordo com o ministro, serve para mostrar que eles conseguiram o maior apoio da história com “negociações políticas”. “Tivemos uma cota partidária. Mas vocês (governo) aceitaram que os partidos indicasse? Sim, aceitamos. Não há na história do Brasil um governo que tenha conseguido 88% do Congresso. E o Congresso é base do governo. Isso Vargas não teve, JK não teve, FHC não teve, Lula não teve, só nós que conseguimos”, cravou.

O presidente Michel Temer nomeou a pesquisadora Nísia Trindade para o cargo de presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com mandato de quatro anos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (4).

Nísia foi a mais votada em eleição interna na instituição, mas o ministro da saúde, Ricardo Barros, trabalhava para indicar a segunda colocada, Tania Cremonini de Araújo, o que quebraria a tradição de colocar o primeiro colocado na presidência.

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Depois da notícia de que o ministro não seguiria a escolha interna, funcionários e entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) protestaram e organizaram um abaixo-assinado com mais de 6 mil assinaturas pela nomeação de Nísia.

Nessa terça-feira (3), as duas pesquisadoras se reuniram com Temer e Barros e, após a reunião, o ministro anunciou que Nísia seria a sucessora de Paulo Gadelha no comando da instituição. "Houve conciliação de interesses, de união em torno dos objetivos que estão propostos pela Fiocruz", disse Barros.

Barros argumentou que por se tratar de uma liste tríplice as duas "tinham mais de 30% de apoiamento e estavam habilitadas" para o cargo. Ele destacou que, apesar de Nisía ficar com o comando da instituição, a pesquisadora Tania terá participação nos processos da Fiocruz.

“É melhor dois do que nenhum. O Brasil precisa cair na real”. Foi assim que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (29), as novas regras para o funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ele se referia ao principal ponto da mudança, que permite que as unidades funcionem com metade dos médicos exigidos anteriormente. 

Segundo Barros, a quantidade desses profissionais na equipe das unidades ficará a escolha dos prefeitos. O ministro disse que o Governo Federal não tem capacidade de contratar pessoal. “É melhor uma UPA funcionando com um médico de dia e um de noite do que ela fechada. Estou absolutamente seguro de que estamos fazendo o melhor para a saúde”. 

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Outra medida polêmica prevista é de que poderão ser compartilhados os equipamentos entre as UPAs. Ele explicou que as alterações foram aprovadas na comissão Tripartite, que inclui representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde. A previsão é de que a portaria seja publicada, no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (30).

Segundo o Ministério da Saúde, 165 UPAs estão fechadas atualmente porque os municípios não conseguem custear as exigências mínimas necessárias. “Muitos preferem paralisar as obras quando elas estão quase prontas porque não tem dinheiro”, disse Barros. 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (24) que o governo prevê um aumento significativo de casos de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil em 2017. Os casos confirmados da doença aumentaram 15 vezes de 2015 para este ano (de 8.528 para 134.910) e os suspeitas, quase dez vezes (de 26.763 para 251.051).

Barros destacou ainda que, para 2017, a expectativa da pasta é de que os casos de infecção por dengue e pelo vírus Zika se mantenham estáveis em relação ao que foi registrado em 2016. “Estamos nos preparando para um aumento de casos de chikungunya”, enfatizou o ministro.

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Este ano, pelo menos 138 óbitos por febre chikungunya foram registrados nos seguintes estados: Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1). Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já registraram casos da doença.

Dados divulgados pelo ministério apontam que 855 cidades brasileiras estão em situação de alerta ou de risco de surto de dengue, chikungunya e Zika. O número representa 37,4% dos municípios pesquisados.

A agenda do ministro da saúde Ricardo Barros divulgada no site da pasta apareceu, na manhã desta terça-feira (27), com críticas ao governo do presidente Michel Temer. Ao invés das atividades diárias do auxiliar do peemedebista, o que constava no campo era uma mensagem sobre uma suposta renúncia de Temer e uma reunião com "aliados do golpe".

"Às 18h Reunião com os ministros e líderes da base aliada do GOLPE e às 19h renúncia do (vice) presidente da República #ForaTemer", exibia a agenda de Barros. A suspeita é de que a página tenha sido alvo de hackers. 

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A assessoria de imprensa do ministério informou que foi aberta uma apuração para saber quem foram os responsáveis pela alteração. A agenda fictícia já foi retirada do ar.  

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse não ter certeza de que um dos pilares do ajuste fiscal proposto pelo governo de Michel Temer, a proposta de emenda constitucional (PEC) que limita gastos públicos, será aprovada no Congresso. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou estar distante das negociações diárias e que, por isso, preferia não arriscar nenhuma avaliação. "Não tenho certeza de que a PEC do Teto será aprovada", afirmou. "Não estou acompanhando quais são as pressões para se construir a maioria".

Apresentada há pouco mais de dois meses, a PEC fixa um teto para gastos da União. Pela proposta, o orçamento seria equivalente ao valor desembolsado no ano anterior, corrigido pela inflação daquele exercício. A regra valeria para o orçamento como um todo. A divisão das "fatias" entre as áreas seria flexível. Saúde e educação, no entanto, seguiriam uma lógica própria: para as duas áreas seria garantido um piso, correspondente ao que foi gasto no ano anterior, corrigido pela inflação.

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A PEC, no entanto, tem resistência dentro da própria base aliada. Propostas de emenda já foram apresentadas por parlamentares integrantes da bancada de apoio ao governo.

"Não sei se o governo tem força para aprovar o texto como mandou. Sinceramente não estou lá, no dia a dia, para avaliar", comentou o ministro. Barros não descartou a possibilidade de que o governo seja obrigado a fazer concessões no texto para que a proposta vingue.

Mudanças

O relator da PEC, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), já indicou a necessidade de que mudanças sejam feitas no texto para que a proposta seja aprovada. As sugestões foram enviadas para o governo e, segundo Barros, serão analisadas de forma conjunta.

"Se o relator fala em fazer concessões, certamente é porque ele percebe que, sem elas, o texto não passaria. Isso faz parte do projeto legislativo", disse o ministro, que é deputado licenciado do PP e já foi relator do Orçamento. Em seguida, procurou emendar: "Mas o governo está muito determinado a aprovar o texto como encaminhou."

Além de não querer arriscar o desfecho, Barros colocou em dúvida o prazo para que o destino da PEC seja selado. Ele disse considerar possível que o texto seja avaliado na comissão da Câmara até o fim de outubro. Mas não quis fazer previsão sobre prazos finais. "Não é minha função falar sobre a tramitação. Esse papel tem dono, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil)." Questionado se a avaliação pode ser concluída até o fim de outubro, ele foi cético. "Talvez na Comissão da Câmara. No Senado... é um exercício", disse.

O Projeto de Lei Orçamentária enviado pelo governo reserva o equivalente a R$ 105,6 bilhões para serem usados nos pagamentos de ações e serviços de saúde, como compra de remédios e vacinas, despesas com internações e cirurgias e ações de vigilância em 2017.

Embora Barros tenha comemorado o valor, especialistas garantem que a área terá no próximo ano menos recursos do que os disponíveis em 2016. De acordo com o economista consultor do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Funcia, o montante não repõe as perdas provocadas pela inflação de 2016. "Se fosse usado apenas o IPCA, os recursos no próximo ano deveriam ser de ao menos R$ 108,3 bilhões mais o valor das emendas obrigatórias estimadas em R $ 4,6 bilhões."

O ministro rebate afirmando que o valor enviado para o Congresso ser superior ao piso definido pela regra constitucional atualmente em vigor. Para 2017, ela é equivalente a 13,7% das receitas correntes líquidas. Se esse raciocínio fosse seguido, a saúde brasileira deveria receber no próximo ano o equivalente a R$ 103,9 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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