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Em meio à crise econômica, os vendedores ambulantes retornaram às ruas das cidades chinesas incentivados pelas autoridades, embora a polícia continue a dificultar suas vidas. A China, o primeiro país atingido pelo novo coronavírus, está se recuperando gradualmente da pandemia que afundou a economia e deixou milhões de trabalhadores desempregados.

Para sobreviver, os mais vulneráveis propõem comida, roupas, brinquedos ou até coelhos vivos nas ruas. Como Wang Zhipin, de 72 anos, instalado em uma passagem subterrânea de Pequim, procurando desesperadamente clientes para suas meias.

"Os negócios não estão bons", lamenta esse idoso da província central de Henan, que trabalhava com limpeza. "Não tenho outra renda e minha saúde está ruim e não posso continuar limpando o chão", explica ele à AFP.

- Primeiro-ministro ao resgate -

O primeiro-ministro Li Keqiang elogiou em um discurso no mês passado os vendedores ambulantes que permitiram, segundo ele, a criação de 100.000 empregos em uma grande metrópole no sudoeste, enquanto o país enfrenta uma explosão de desemprego.

"A economia de rua e os pequenos comércios são importantes fontes de emprego (...) e são tão vitais para a China quanto as lojas de luxo", disse ele.

As declarações de Li foram interpretadas como um sinal verde para o retorno das barracas de rua, proibidas nas grandes cidades em nome da modernidade e da concorrência nos shoppings.

Mas muitos vendedores ambulantes enfrentam o zelo da polícia que levou anos para tirá-los das ruas, às vezes com violência.

"Comecei a vender crepes esta semana, mas eles já me expulsaram quatro vezes", diz uma mulher que prefere não revelar seu nome, em um bairro no leste de Pequim.

O primeiro-ministro "é um alto funcionário comunista. Por que a polícia seria contra esse desejo do Partido Comunista?", pergunta.

- 600 milhões de pobres -

A imprensa também é contra. O Beijing Daily atacou as barracas de rua que "não estão adaptadas" à capital, onde milhares de pequenos negócios desapareceram nos últimos anos.

Fora de Pequim, algumas cidades e capitais provinciais diminuíram as restrições.

Os analistas temem que os vendedores ambulantes não sejam suficientes para relançar a segunda economia do mundo.

A taxa oficial de desemprego é de 6%, mas esse número exclui centenas de milhares de trabalhadores migrantes, originários dos campos e os mais afetados pela pandemia.

Segundo o primeiro-ministro, 600 milhões de pessoas, cerca de metade da população, ganham menos de 1.000 yuanes por mês (menos de 124 euros, 143 dólares).

Essa situação, que pode ameaçar a sacrossanta "estabilidade social", também coloca em risco a promessa do presidente Xi Jinping de erradicar a pobreza extrema até 2020.

Em período de desaceleração, "suavizar as restrições permite que os desempregados obtenham uma renda", diz Albert Park, professor de economia da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong.

Mas prejudica os negócios tradicionais e não estimula o consumo, alerta.

A Prefeitura de São Paulo deve não apenas prorrogar o período de fechamento do comércio não essencial da cidade como ainda bloquear a circulação de carros nos próximos dias, caso a pressão por vagas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) continue nos níveis atuais e o porcentual de adesão ao isolamento social se mantenha abaixo dos 50%.

As informações foram dadas pelo secretário municipal de Saúde da capital, Edson Aparecido, à TV Globo e confirmadas ao jornal O Estado de S. Paulo pela Prefeitura. Os detalhes devem ser anunciados na semana que vem.

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"Já há uma decisão tomada. Não temos como relaxar as medidas de isolamento a partir do dia 10 de maio. Na capital, é absolutamente impossível fazermos isso", disse Aparecido. "Ao contrário, estamos iniciando as discussões na Prefeitura para fortalecer algumas dessas medidas para que a gente consiga fazer com o que o isolamento na cidade possa crescer (acima) desse patamar de 48%."

As autoridades vêm afirmando que a taxa de isolamento deveria ser de, no mínimo, 60%. Além das restrições, Estado e Prefeitura já determinaram a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte público e em táxis e carros de aplicativo.

Os bloqueios educativos que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem feito nos corredores viários deverão se tornar bloqueios de vias, diz Aparecido. O que vem sendo feito até aqui são testes de como adotar essas medidas, inéditas. Já houve bloqueios educativos em vias importantes como a Inajar de Sousa, na zona norte.

"Na semana que vem, as medidas apresentadas pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) (deverão ser) de endurecimento e bloqueios nas principais vias."O bloqueio não deverá ser total, mas suficiente para criar congestionamentos de forma a desestimular a circulação de veículos. Os alvos das ações serão vias das periferias, onde o crescimento de casos é maior. "A última região a registrar caso confirmado de coronavírus foi a zona leste. Hoje, é a região com mais número de mortes."

Aparecido afirmou que, no início da quarentena, quando a taxa de isolamento estava acima dos 50%, havia uma média de 812 notificações de casos suspeitos por dia. Agora, com o isolamento menor, essa média supera as 3.400 notificações diárias. "Você tem ainda 6 milhões de pessoas circulando quase que normalmente pela cidade", afirmou. "É um perigo gigantesco. Você não consegue preparar o sistema público de saúde, nem o privado, para poder absorver a quantidade de pessoas que vão precisar de UTI."

Pressão

O secretário afirmou que o reflexo da atual baixa adesão aos pedidos de distanciamento ainda só terá desdobramentos dentro de dez a 15 dias. Assim, a taxa de ocupação dos leitos de UTI deve subir ainda mais. "A pressão virá mais forte ainda. Por isso (é importante) que a população acompanhe o noticiário, veja o que está acontecendo em outras regiões do País em que o sistema de saúde já não dá conta de atender."

Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 89%, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. A quarentena determinada pela gestão João Doria começou em 24 de março e vai até o dia 10. Municípios serão avaliados e classificados em uma escala de cores, para determinar como será feita a reabertura gradual. O Estado de São Paulo registrou até ontem 2.375 mortes pelo novo coronavírus, sendo 1.522 mortes na capital.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de israelenses se manifestaram na noite deste domingo (19) em Tel Aviv contra as ameaças, segundo os organizadores, para a democracia de Israel, no contexto de negociações entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-rival, Benny Gantz, em busca de formar governo.

Cerca de 2.000 manifestantes, segundo a imprensa do país, atenderam ao chamado do movimento "bandeiras negras" no Facebook e se reuniram na Praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv, para "salvar a democracia".

Os manifestantes queriam expressar sua rejeição ao diálogo em andamento entre Benny Gantz, líder do partido "Azul-Branco" (centro) e o chefe dos conservadores do Likud, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção.

Com máscaras protetoras e vestidos principalmente de preto, os participantes ficaram a dois metros de distância, respeitando as medidas de distanciamento social em vigor para impedir a propagação da pandemia da COVID-19, que oficialmente infectou 13.000 pessoas no país e matou 172.

"Deixe a democracia vencer", estava escrito numa das faixas, enquanto cartazes exibiam "Ministro do Crime".

"A corrupção não é combatida por dentro. Se você está dentro, você faz parte disso", declarou o deputado Yair Lapid, da oposição, contra seu ex-aliado Benny Gantz.

"As democracias morrem por dentro porque as pessoas boas se calam e as pessoas fracas se rendem", acrescentou, denunciando as supostas manobras de Netanyahu para permanecer no poder.

"Estamos aqui para dizer que nunca desistiremos", acrescentou.

Após as eleições de 2 de março, a terceira em que Gantz e Netanyahu se enfrentaram em menos de um ano, o presidente Reuven Rivlin confiou ao político do centro a tarefa de formar um governo.

Mas, em meio a uma pandemia de coronavírus, Gantz optou por formar um governo de "união e emergência" com Netanyahu, o que causou descontentamento entre os apoiadores da oposição.

Segunda-feira à noite era o prazo para Gantz e Netanyahu chegarem a um acordo, mas como esse não era o caso, o presidente Rivlin pediu ao Parlamento que propusesse o nome de um deputado que tenha apoio suficiente, dentro de três semanas, para formar governo.

Enquanto isso, os grupos de Gantz e Netanyahu afirmam que continuam dialogando visando a uma possível união.

O sistema funerário Equador passa por um momento de colapso devido a pandemia do coronavírus. Nesta quinta-feira (2), o assunto é um dos mais comentados no Twitter e internautas compartilham vídeos e fotos que mostram corpos colocados no chão, sem resgate de ambulância.

Além disso, na cidade de Guayaquil, multiplicam-se os relatos de mortes em casa ou nas ruas e cadáveres passam horas ou dias na calçada até serem resgatados. 

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O governo do país informa que removeu 150 corpos, que estavam em várias casas, nos últimos três dias, mas não confirmou quantas vítimas foram da covid-19. De acordo com o jornal El Comercio, as portas de uma funerária no subúrbio ocidental de Guayaquil estão fechadas há três dias. Um banner de papelão com a frase: "Não há caixões".

Geralmente repleto de turistas e transeuntes, Marco Zero segue com poquíssima movimentação. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

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Obedecendo às medidas de isolamento social adotadas pelo governo de Pernambuco com o objetivo de combater a pandemia da covid-19, o recifense vê algumas das paisagens da cidade se recomporem. Sem a habitual circulação de pessoas, cartões postais da cidade, como o Marco Zero, a Praia de Boa Viagem, a Rua Imperatriz e a Avenida Conde da Boa Vista apresentam passeios quase completamente livres da presença de resíduos.

“A praia está limpa. Não tem barraqueiros trabalhando, assim, não se gera muito lixo. Na semana, as poucas que pessoas que frequentam a orla, apenas fazem exercícios e correm. Na área do Pina, a circulação é ainda menor, principalmente na área mais perigosa, em que existem mais árvores e uma vegetação alta”, descreve a arquiteta Raíssa Vila Nova, que reside na área.

Praia de Boa Viagem: está liberada a circulação para exercícios físicos, realizados com poucas pessoas. (Islandia Carvalho/cortesia)

Da janela de casa, a hoteleira Andreza Salles observa a redução da quantidade de resíduos despejados na Conde da Boa Vista. “Minha ida à avenida está bem restrita, mas, como moradora de esquina, noto uma via mais limpa e mais organizada, o que é muito lamentável. Eu atribuo essa limpeza à diminuição da movimentação de pessoas”, coloca. Coração do centro da cidade, a via teve quase todos os estabelecimentos fechados, depois que o governador Paulo Câmara assinou, no dia 20 de março, o decreto nº 48834, proibindo o funcionamento de comércios, serviços e construção civil. “Os ambulantes não estão nas ruas, infelizmente eles contribuem muito (para a sujeira). Sabemos que é um trabalho honesto, mas vejo que eles não têm uma preocupação com a limpeza das ruas. Isso acaba criando um acúmulo de grande quantidade de lixo, como garrafas plásticas, papéis e sacos de pipoca”, opina.

Ocupado por empresas, lanchonetes, restaurantes e cafés, o bairro do Recife, que costumava ser um dos destinos prediletos do recifense, agora só recebe as rondas de viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar. O gerente geral de Fiscalização e Limpeza da Autarquia de Fiscalização e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), Avelino Pontes, confirma que já houve uma redução do lixo coletado nas ruas da cidade, durante o período de quarentena. “A Conde da Boa Vista é varrida cinco vezes por dia, o Recife Antigo a gente varre de manhã, de tarde e de noite. Fiscalizei nosso trabalho no domingo e o lixo, por exemplo, na Praça do Arsenal é irrisório para o que se produz no fim de semana normal”, comenta.

Geralmente poluída, margem do rio Capibaribe apresenta poucos resíduos. (Marília Parente/LeiaJá Imagens).

De acordo com Pontes, os varredores continuam trabalhando normalmente. “Até porque tem áreas muito arborizadas, com folhas secas no chão. Eu acho até que era importante um momento desses, para mostrar o quanto a gente limpa a cidade e não consegue ver ela limpa porque a população não contribui”, acrescenta.

O coordenador geral do Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável, Vandson Holanda, defende, contudo, que a administração municipal precisa ser mais rígida quanto ao lixo descartado pelos comerciantes que seguem em atividade. “A percepção de Casa Amarela, como um todo, é a de que o bairro está mais limpo durante a quarentena. O que é absurda é a situação do Centro Comercial: quem suja são os comerciantes. Eles são permissionários, não gastam quase nada para trabalhar na área e deveriam pelo menos se responsabilizar pela calçada que ocupam, ao invés de esperar que a prefeitura faça a higienização três vezes ao dia”, lamenta.

Holanda pontua que a feira livre continua funcionando, o que também contribui para que a circulação de pessoas e a sujeira de vias como trechos da rua Padre Lemos. “O Mercado de Casa Amarela (símbolo do bairro) ainda tem seu entorno poluído, mas está mais limpo, só funciona até as 13h. Ter gente na rua deveria significar mais cuidado com a cidade. O fato é que, nesta quarentena, a gente precisa refletir sobre como podemos mudar nossa relação com o lugar em que vivemos. Voltar e cuidar da nossa ‘casa comum’”, conclui.

Uma nova técnica para desinfecção começou a ser utilizada nesse sábado (28) em unidades de saúde e ruas do Recife. O processo de sanitização, que é reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no enfrentamento ao novo coronavírus, consiste na aplicação de um desinfetante com ação viricida de alto nível.

Segundo a Secretaria de Saúde (Sesau) da capital pernambucana, a ação do produto tem início em até cinco minutos e o efeito residual atua por 24 horas. O Recife é a primeira capital do Nordeste a utilizar a sanitização em lugares públicos; a mesma técnica também é adotada por países como Espanha e China (na cidade de Wuhan).

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A nova técnica de desinfecção será levada para outros locais com grande circulação de pessoas, como as principais avenidas da cidade, mercados públicos e terminais integrados de ônibus. Segundo a Sesau, o produto utilizado é biodegradável e pode ser aplicado sem contraindicações, pois não afeta as pessoas que circulam nos ambientes.

A sanitização será feita, no Recife, por mais de 160 profissionais, entre eles os Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces). Eles usarão os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O cronograma das atividades será dividido em três turnos, de segunda a sexta-feira, e também nos fins de semana, em regime de plantão.

Segundo o gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, a sanitização poderá inativar qualquer agente viral presente nos ambientes que ofereçam riscos à proliferação da Covid-19. “Como o vírus pode permanecer por algumas horas em superfícies como metal, vidro ou plástico, esse processo de desinfecção química será uma forma de prevenção e controle da doença. Quando aplicado, o produto forma uma camada protetora que mantém o local livre do vírus e outros micro-organismos”, destaca o gestor.

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Com informações da assessoria

Entregadores lutam por renda nas vias públicas. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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Nas ruas do Centro do Recife, o movimento está ruim por causa da pandemia do coronavírus. No entanto, apesar de alguns estabelecimentos gastronômicos terem fechado as portas por conta da proliferação da doença, os pedidos por meio de aplicativos vêm suprindo a vontade dos clientes que tentam evitar o contágio do Covid-19 através de contato físico e até mesmo de aglomeração. Para Sonália Marques, de 28 anos, o trabalho não pode parar.

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Sem vínculo empregatício com a empresa iFood, Sonália afirma que recebeu orientações de como intensificar os cuidados com a higiene. Buscando meios de se esquivar da crise instaurada pelo coronavírus nos últimos meses, a entregadora de comida por app, através de bicicleta, sente falta de ter os seus direitos trabalhistas garantidos. Além disso, enquanto boa parte da população se isola para evitar efeitos da doença, entregados de app circulam pelas vias públicas, expostos ao risco de enfermidades.

De acordo com a advogada trabalhista Priscila Braz do Monte, as pessoas que exercem a função autônoma em atividades estabelecidas nos aplicativos "não trabalham com todos os requisitos que a lei exige para configurar uma relação de emprego, motivo pelo qual são considerados prestadores de serviço autônomo". Diante do cenário caótico em que o surto do coronavírus gerou mundo afora, os profissionais autônomos que não são regularizados devem receber orientações para que não haja contaminação da doença.

Nas ruas, trabalhadores estão expostos a doenças. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Segundo a médica residente em infectologia Marcela Vieira, os trabalhadores independentes estão sujeitos à infecção do coronavírus ou de qualquer outro tipo de problema de saúde. "Essas pessoas, realmente, estão sob o maior risco porque continuam transitando, passando por vários locais e estabelecimentos, e elas também podem ser potenciais vetores e potencialmente infectadas", explicou. Para a médica, o ideal é que os profissionais de aplicativo usem álcool em gel no dia a dia, sendo válido para o uso nos momentos de contato com a encomenda, que vai da saída do restaurante até a casa do consumidor que fez o pedido.

O LeiaJá ainda conversou com Anthony Silva, 26 anos, que também atua como entregador de app no Recife. Ele descreveu os riscos da sua rotina. Confira no vídeo a seguir:

O iFood anunciou ter criado um fundo solidário de R$ 1 milhão para os entregadores que precisem ficar em quarentena. O entregador que ficar doente vai receber um valor baseado na média dos repasses dos últimos 30 dias proporcional a 14 dias de quarentena. 

Estão aptos a receber o valor os entregadores que realizaram ao menos uma entrega desde 1º de fevereiro e que foram autorizados pela plataforma até o dia 15 de março. Após alertar que está com a Covid-19, o profissional terá a conta bloqueada por 14 dias e poderá enviar evidências do diagnóstico para receber o dinheiro em até 30 dias.

O iFood também habilitou a opção de entrega sem contato e anunciou um fundo de R$ 50 milhões para restaurantes, com foco nos pequenos estabelecimentos locais e naqueles que estão em áreas de grande impacto do novo coronavírus. Os restaurantes aptos terão uma devolução de parte das comissões cobradas pela empresa nos pedidos feitos a partir de 2 de abril.

A empresa ainda reduzirá o prazo para repassar os valores aos estabelecimentos. A Uber, por sua vez, divulgou que motorista e entregador parceiro diagnosticado com a Covid-19 ou que estiver em quarentena por determinação de uma autoridade de saúde receberá assistência financeira por até 14 dias enquanto sua conta estiver suspensa. A companhia ressalta que o cliente pode deixar uma instrução no app do Uber Eats para que o entregador deixe o pedido na porta.

A startup colombiana Rappi disse ter criado um fundo para proteger os entregadores, mas não deu detalhes dos valores. A empresa afirmou ainda que está entregando aos profissionais álcool em gel e máscaras antibacterianas, além de ter criado a opção de entrega em domicílio sem contato físico.

Entrevistas de Maya Santos com texto de Paulo Uchôa. Colaboraram Jorge Cosme e Adige Silva

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A madrugada e a manhã inteiras de chuva forte provocaram o caos em Belém, mais uma vez, nesta segunda-feira (9). O temporal começou por volta de 1h, se estendeu até às 7h e só diminuiu por volta de 10h. No sábado (7), a chuva também causou transtornos.

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Canais e rios transbordaram e várias ruas do centro, da periferia e de municípios da Região Metropolitana, principalmente Ananindeua e Marituba, ficaram alagadas. O trânsito parou e muita gente não conseguiu sair de casa para o trabalho ou para a escola.

Importantes vias de acesso ao centro da capital paraense, as avenidas Júlio Cesar (aeroporto), Duque de Caxias, João Paulo II, Conselheiro Furtado e a rua dos Mundurucus registram muitos pontos de alagamento. Moradores das áreas baixas da cidade, nos bairros do Marco, Terra Firme e Cremação, estão isolados.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), até às 13h do último sábado houve um registro acumulado de 138 milímetros de chuva, o equivalente a pouco mais de um quarto do esperado para todo o mês de março, que deve ultrapassar os 500 milímetros.

A Marinha do Brasil informou que entre os dias 7 e 14 de março a maré alta poderia ocasionar alagamentos em Belém, caso coincidisse com a chuva. Para esta segunda-feira, o horário previsto para ocorrência de maré alta é às 11h19 (3,4m) e 23h36 (3,6m - risco altíssimo).

Por Antonio Pimentel

Abatidas depois de vários dias trancadas em casa por medo do novo coronavírus, Chahpar Hachémi e sua filha Parmis finalmente decidiram fazer compras, nas ruas estranhamente vazias de Teerã. Apesar do medo de contrair a doença, Hachémi e sua filha de 13 anos caminharam pela capital iraniana, com Parmis usando a única máscara protetora que a família dispõe.

Segundo o balanço oficial atualizado anunciado pelas autoridades, o vírus matou 77 pessoas em um total de mais de 2.300 pessoas infectadas. O Irã é o país com mais mortes por COVID-19 depois da China. As escolas foram fechadas em todo o país, entre outras medidas tomadas pelas autoridades para conter a propagação do vírus.

"É extremamente difícil para nós, mas não posso pegar um táxi ou ônibus, mesmo que meus pés doam", diz Hachémi. "Minha filha estava deprimida em casa, então eu a trouxe às compras para animá-la". As crianças "não vão mais à escola e têm medo do vírus", acrescentou a dona de casa de 45 anos.

Nas proximidades, carros e ônibus circulam em intervalos irregulares na rotatória de Vanak, uma das principais da capital. Há vários dias, os engarrafamentos monstruosos que compõem a vida cotidiana de Teerã desaparecem.

A nuvem de poluição que geralmente cobre a cidade de mais de oito milhões de habitantes também diminuiu acentuadamente com a diminuição do tráfego. Pouco conforto para Pejman, arquiteto de 39 anos, que compartilha seus medos sobre a epidemia.

"A doença virou nossas vidas de cabeça para baixo", disse ele à AFP. "Temos medo. Não há máscara ou álcool em gel. As pessoas precisam, mas não conseguem encontrá-lo". As atividades comerciais também estão sofrendo. Colegas de Pejman, suspeitos de estarem infectados, foram forçados a ficar em casa, relata o arquiteto.

"Isso teve um efeito ruim nos nossos negócios. Agora eles medem nossa temperatura todas as manhãs antes de entrar no escritório", acrescentou Pejman. A desaceleração econômica também é palpável nas ruas. Para passar o tempo, os vendedores jogam, os funcionários limpam meticulosamente as portas e janelas dos restaurantes vazios e os taxistas incansavelmente por clientes.

Hamid Bayot, que administra um negócio de suco de frutas na rotatória de Vanak, diz que suas vendas caíram 80% desde o anúncio dos primeiros casos de contaminação em 19 de fevereiro. E isso, apesar das medidas de saúde adotadas pelos comerciantes para tranquilizar os clientes.

"Desinfetamos tudo três vezes ao dia, mas as pessoas têm medo e não compram nada de nós", diz Hamid Bayot. "Se continuar, iremos à falência e teremos que fechar nossa loja".

Para enganar o tédio dos jovens iranianos, o canal de notícias - geralmente austero - da televisão estatal transmite programas leves, que vão desde a Pantera Cor-de-Rosa até um documentário sobre as filmagens do filme "O Regresso" com o ator americano Leonardo Dicaprio.

"Temos que ficar em casa e não fazer nada. Não podemos ver nossos amigos e não estamos mais felizes", lamenta Parmis Hachémi, através da máscara que sua mãe lhe deu.

Os manifestantes tomaram as ruas de Bagdá e de várias cidades do sul do Iraque neste domingo (2) para protestar contra o novo primeiro-ministro, nomeado na véspera, apesar das promessas do chefe de Governo de atender as demandas do movimento que agita o país há quatro meses.

Mohamed Alawi foi designado no sábado (1º) pelo presidente Barham Saleh para formar o governo, uma escolha de consenso após semanas de crise política e duas semanas depois da renúncia de seu antecessor, Adel Abdel Mahdi, em consequência da pressão das ruas.

Desde dezembro, Abdel Mahdi administrava o dia a dia do país em meio às exigências dos manifestantes para que o seu sucessor fosse um nome independente da classe política, que a população considera corrupta e incompetente.

Neste domingo, os iraquianos expressaram sua rejeição ao novo chefe de Governo, um ex-ministro que eles consideram parte do sistema que desejam ver abolido. "Mohamed Alawi rejeitado por ordem do povo", afirmava uma faixa na cidade sagrada de Naja, 180 km ao sul de Bagdá.

A partir de sábado à noite várias avenidas da idade foram bloqueadas pelos manifestantes, que queimaram pneus. Em Diwaniya, os manifestantes invadiram prédios do governo e os os estudantes organizaram protestos.

Na cidade de Al Hilla, os moradores bloquearam as estradas aos gritos de "Alawi não é a escolha do povo".

Alawi, 65 anos, começou a carreira política como deputado após a invasão americana do Iraque em 2003 que levou à derrubada do ditador Saddam Hussein. Foi ministro das Comunicações duas vezes, entre 2006 e 2007 e entre 2010 e 2012, no governo de Nuri al Maliki.

Ele tentou adotar medidas de combate à corrupção, mas nas duas oportunidades terminou pedindo demissão e acusando Maliki de ignorar o problema.

No sábado, durante seu primeiro discurso na televisão pública, prometeu formar um governo representativo e convocar eleições antecipadas. Também disse que justiça será feita para os manifestantes mortos durante os protestos - 480 pessoas morreram, de acordo com um balanço da AFP.

A partir de agora, Alawi terá um mês para formar o governo, que precisa ser aprovado em uma moção de confiança do Parlamento.

No sábado, Moqtada Sadr, um dos políticos mais influentes do país, líder da maior bancada do Parlamento, expressou apoio a Alawi no Twitter e afirmou que sua nomeação era um "passo positivo".

Além disso, o líder xiita, que apoiou os manifestantes desde o início do movimento, pediu a seus simpatizantes neste domingo que estabeleçam uma coordenação com as forças de segurança para a liberação das estradas e a reabertura das escolas.

"A revolução deve se tornar mais prudente e pacífica", escreveu Sadr no Twitter.

Professores, advogados, médicos e funcionários ferroviários saem às ruas nesta quinta-feira (9) na França para pressionar o presidente Emmanuel Macron a recuar em sua controversa reforma previdenciária após mais de um mês de greves e mobilizações.

Com a promessa de criar um sistema "mais justo" em que cada euro cotado gere os mesmos direitos para todos, o presidente francês quer unificar o sistema de aposentadoria do país, onde coexistem atualmente 42 regimes diferentes.

Também pretende aumentar a idade para receber aposentadoria integral, de 62 para 64 anos, uma "linha vermelha" para os sindicatos, que consideram essa medida "injusta e injustificada".

Em 5 de dezembro, no primeiro dia da greve nacional contra a reforma, mais de 800.000 pessoas foram às ruas em todo país em rejeição ao projeto. Essa nova convocação, a quarta em pouco mais de um mês, será crucial.

Depois de mais de um mês de manifestações e greves, principalmente nos transportes, o apoio à mobilização começou a cair.

Segundo uma pesquisa, pouco mais de 60% da população francesa continua apoiando os manifestantes, 5 pontos a menos do que em meados de dezembro.

A questão da Previdência é delicada na França, que tem um sistema considerado, até agora, um dos mais protetores do mundo.

- Trens, metrôs e voos afetados -

A companhia ferroviária nacional, SNCF, pediu aos moradores da região de Paris que optem por outros meios de locomoção nesta quinta-feira. Apenas um em cada três trens suburbanos funcionará, e uma afluência significativa nas estações pode ser "perigosa".

"Para a segurança de todos, e na medida do possível, a SNCF recomenda não ir às estações e usar outras soluções de transporte, como o compartilhamento de carros", afirmou a empresa.

Também estão previstas fortes perturbações nos trens de longa distância que conectam as principais cidades da França: nos Thalys, que conectam Paris à Bélgica, à Holanda e à Alemanha; e no Eurostar, que vai a Londres.

A maioria das linhas do metrô de Paris opera apenas nos horários de pico, assim como os ônibus.

Na falta de transporte público, muitos parisienses têm optado por ir para seus locais de trabalho, ou estudar, de bicicleta, ou a pé.

Após 36 dias de greve ininterrupta, a paralisação nos transportes bate recordes. É a mais longa desde a criação da companhia ferroviária francesa em 1938.

Também são esperados distúrbios na aviação, bem como nas refinarias, várias das quais votaram a favor de uma greve até o final da semana, provocando temores de falta de combustível.

Muitas escolas também amanheceram fechadas. A Torre Eiffel, um dos monumentos mais visitados do mundo, não abrirá suas portas ao público, porque uma parte de seus trabalhadores está em greve.

Os advogados, que com o projeto Macron perderão seu regime de aposentadoria autônomo, também estarão mobilizados. Desde segunda-feira, 70.000 aderiram à greve em todo país.

As negociações entre o governo e os sindicatos estão estagnadas.

Na terça-feira, dia em que as discussões foram retomadas após as festas de final de ano, ambas as partes permaneceram firmes em suas posições.

Novas negociações foram marcadas para sexta-feira (10).

“Passamos noites de frio na rua, sem cobertor, dormindo em cima de um papelão duro. Isso aqui é uma ajuda muito grande para sair da rua, mesmo que seja só a dormida, um banho, um local seguro para a gente dormir direito sem estar preocupado com pessoas que às vezes querem fazer maldade”. Nas palavras de Joelson Gomes da Silva há um breve retrato da dura vivência de quem faz das vias públicas uma moradia. Em situação de rua há 20 anos, Joelson comemora, porém, um ligeiro alívio ao saber que, a partir desta terça-feira (24), terá um canto estruturado para dormir.

Em meio ao clima natalino, a Prefeitura do Recife (PCR) inaugurou, hoje, o Abrigo Noturno Irmã Dulce, que promete proporcionar um ambiente protegido e “digno” para o descanso e sono de pessoas que vivem em situação de rua na capital pernambucana, a exemplo de Joelson. O equipamento solidário fica na Travessa do Gusmão, sem número, no Bairro de São José, área central da cidade.

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Segundo a Prefeitura do Recife, o acolhimento do abrigo será diário, das 19h às 7h. Serão oferecidos aos beneficiados espaços de convivência, banheiros e dormitórios. A estrutura tem capacidade para receber até 100 pessoas, entre homens, mulheres, adultos, idosos e pessoas com deficiência. “No local, os usuários receberão kits de higiene pessoal para utilizarem os banheiros. Também haverá espaços para guardar pertences pessoais. Entretanto, não será permitida a entrada com porte de materiais cortantes de qualquer natureza. O acesso ao abrigo será controlado por catraca, liberada após confirmada a de identificação, previamente elaborada por equipes da Secretaria Executiva de Assistência Social”, detalhou a PCR conforme informações da assessoria de comunicação.

Além do atendimento às pessoas que sofrem nas ruas da cidade, o abrigo oferece oportunidade de trabalho. Um dos 15 colaboradores é José Nilton Monteiro, de 38 anos, que já amargou a vivência em vias públicas. “Esse abrigo é muito importante e vai comportar pessoas que mais necessitam, que é os que vivem em vulnerabilidade social. Agradecemos o prefeito pela sensibilidade de dar de fato o que a gente merece com dignidade”, disse Monteiro, emocionado. Nilton comemora mais uma conquista. “Ganhei um presente de Natal com esse emprego através da prefeitura, e uma bolsa de estudos para cursar Psicologia, que é a área que eu me identifico. Agora eu vou dar a contrapartida, fazer para aqueles que precisam, o que fizeram por mim”, declarou Monteiro.

De acordo com o prefeito do Recife Geraldo Julio, o abrigo é um equipamento que dá continuidade ao trabalho solidário realizado no âmbito municipal. Recentemente o gestor lançou um restaurante popular que serve, diariamente, alimentação a vítimas da situação de rua.

“Esse abrigo que inauguramos hoje vem complementar toda uma rede que funciona em nossa cidade, que ainda tem tantos desafios para vencer, mas que é feita por gente que tem o desejo de cumprir a missão de ajudar quem mais precisa. Se hoje no Brasil tem gente que prefere governar de costas para o povo, nós vamos governar de mãos dadas, vencendo juntos os desafios”, disse Geraldo Julio.

Secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Política sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna destacou que, além do auxílio noturno, os usuários terão direito à alimentação, entre outros benefícios. “Esse espaço vai promover a dignidade humana, o acolhimento para essa população tão vulnerável. Uma forma de chegar mais perto dessa população, ter um diálogo, a equipe vai poder fazer uma intervenção mais qualificada. Além da dormida eles terão direito a almoço e jantar. Dentro dessa concepção de proteger e dar oportunidade, nós empregamos 15 pessoas da rua neste equipamento. São pessoas que já passaram por nossa rede de acolhimento e precisavam de uma oportunidade de emprego. Uma chance que vai dar um novo significado na vida dessas pessoas”, acrescentou Ana Rita.

Cadastros serão realizados para que sejam listadas as pessoas beneficiadas pelo serviço. A PCR promete diversos serviços que vão além da estrutura para descanso. “O cadastro irá permitir aos frequentadores o devido acompanhamento psicossocial, já que o espaço contará com a presença de psicólogos, assistentes sociais e cuidadores. Também haverá equipes administrativas, portaria e serviços gerais. Além disso, ações coletivas poderão ser realizadas no espaço para viabilizar serviços de relacionados à saúde, segurança e políticas sobre drogas. Idosos, pessoa com deficiência e pessoas que vivem a menos tempo em situação de rua serão prioridade do acesso ao Abrigo Noturno. Para garantir o bom convívio dos usuários e manter saudável a rotina do equipamento, um contrato de convivência interna está sendo elaborado pela SDSJPDDH com o objetivo de nortear as regras a serem seguidas no ambiente. O regimento será entregue aos frequentadores e estará disponível no abrigo”, informou o órgão.

Momento propício

O período natalino reflete solidariedade. Época em que parte da população, baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, intensifica ações de ajuda aos próximos, principalmente em prol de pessoas pobres. O arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, participou da inauguração do abrigo; o religioso relacionou o momento aos verdadeiros propósitos do Natal.

“Esta é uma importante ação, principalmente porque esta época do ano, o Natal, a população está muito voltada para as questões sociais. Ficamos de coração partido quando caminhamos pelo Recife e vemos tanta gente em situação de rua. Oferecer um leito é algo muito significativo. Este abrigo e os restaurantes demonstram mais respeito e dignidade para com as populações de rua”, disse o líder católico.

Com informações da assessoria de comunicação da PCR

Milhares de iraquianos voltaram às ruas em Bagdá e no sul do país, neste domingo (8), apesar da violência que deixou mais de 450 mortos em dois meses, com uma mensagem clara: "Querem nos assustar de todas as maneiras, mas ainda estamos aqui", afirmou uma manifestante.

Na sexta-feira (6), 20 manifestantes e quatro policiais foram mortos perto da emblemática Praça Tahrir, durante um ataque realizado por homens armados – ainda não identificados, segundo as autoridades –, em um estacionamento de vários andares ocupados pelos manifestantes.

Desde o lançamento, em 1º de outubro passado, do primeiro movimento de protesto espontâneo no país há décadas, os manifestantes exigem uma nova Constituição e uma nova classe política. A atual liderança no poder, imutável por 16 anos, fez o equivalente ao dobro do PIB desse país rico em petróleo desaparecer com a corrupção.

No total, cerca de 450 pessoas morreram de forma violenta desde o início dos protestos, e aproximadamente 20.000 ficaram feridas, segundo um balanço feito pela AFP com base em fontes médicas e serviços de segurança.

Em um novo dia de protestos pró-democracia, milhares de pessoas voltaram às ruas em Hong Kong neste domingo (8), em um ato batizado como "Marcha do Dia dos Direitos Humanos". A iniciativa marca seis meses do início da série de manifestações deflagradas para barrar a controversa lei que permitiria a extradição de condenados à China continental.

Apesar da desistência da lei por parte das autoridades locais, os protestos continuaram e se acentuaram para exigir democracia. O ato deste domingo foi convocado pela Frente Civil dos Direitos Humanos, que obteve autorização da polícia, e teve início no Victoria Park, localizado no distrito comercial de Causeway Bay, e seguiu para o Chater Road. 

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De acordo com as autoridades, antes do protesto, pelo menos 11 pessoas foram detidas e uma arma apreendida. Para os organizadores, a grande marcha é a "última chance" para o governo de Carrie Lam encerrar a crise política, que ficou com um clima relativamente mais calmo depois que os movimentos pró-democracia conquistaram uma vitória expressiva nas eleições.

Da Ansa

Agitando sua bengala branca, o cego Vinod Kumar Sharma passa quatro horas por dia nos vagões de trem lotados e nas ruas congestionadas, intransitáveis e muitas vezes sem asfalto de Nova Délhi.

Sharma é um dos 63 milhões deficientes visuais que vivem na Índia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo oito milhões completamente cegas, 20% do total global.

Muitas ruas de Délhi não possuem asfalto, o que obriga este homem de 44 anos, pai de três filhos, a caminhar pela beira da estrada, usando a bengala branca, enquanto carros e caminhões passam a poucos centímetros dele.

Nos trens da cidade de 20 milhões de habitantes, onde os passageiros viajam empilhados como sardinhas, Sharma depende da ajuda de pessoas solidárias que o ajudam a transitar entre plataformas e a entrar e sair dos vagões.

Sharma conta à AFP que sempre recebe ajuda para entrar e sair dos trens. "As pessoas são boas, mas há estradas quebradas e buracos abertos com água de esgoto que sempre representam um risco", explica.

Como muitos indianos cegos, Sharma enfrenta a pequena oferta de empregos para deficientes - muitos são obrigados a mendigar ou a recorrer à caridade para chegar ao fim do mês.

A pobreza e o acesso limitado aos serviços de saúde nas áreas rurais também contribuem para a elevada taxa de deficiência visual no país, de acordo com especialistas.

Sharma, que nasceu em um dos estados mais pobres do país, Bihar, perdeu a vista quando era criança e trabalhava nas plantações de seu vilarejo. Ele se mudou para a capital para tentar obter tratamento.

Quando os médicos não conseguiram ajudá-lo, ele decidiu ficar na cidade. Estudou em uma escola especial para cegos e conseguiu emprego em uma fábrica de brinquedos em braille, onde trabalhou por duas décadas, até a demissão no ano passado.

Atualmente, trabalha como massoterapeuta em uma Associação de Cegos de Délhi.

Swapna Merlin, da Associação, afirma que muitos alunos procedem de regiões em que foram educados para acreditar que não podem existir fora do cuidado de suas famílias.

"Quando saem, eles percebem que podem fazer coisas diferentes (...). Cada história de sucesso é fonte de inspiração para os demais", explica.

Além de apostar na comunidade colaborativa de 'guias locais', que indicam estabelecimentos e sinalizam intercorrências na cidade, o pacote de atualização do Google Maps apresentou o recurso de realidade aumentada (RA). Para facilitar na exploração de lugares, o Live View orienta o usuário por ruas diretamente sobre o mundo real.

Quem nunca iniciou um percurso no Google Maps e acabou caminhando na direção contrária? Com a atualização da ferramenta de geolocalização, os desenvolvedores prometem pôr fim a essa confusão com a realidade aumentada para enxergar o caminho com clareza. Agora, as setas de direcionamento e as instruções são colocadas diretamente sobre o mundo real.

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O recurso está sendo implementado na versão beta em aparelhos Android e iOS habilitados para ARCore e ARKit.

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O início da manhã deste domingo (3), primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é de trânsito tranquilo em pontos do Recife. O processo seletivo é realizado em todo o Brasil, abordando questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Dos mais de 5 milhões de candidatos inscritos, 275.327 são de Pernambuco. O Estado conta, ao todo, com 584 locais de aplicação da prova.

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Na Avenida Caxangá, uma das principais vias de ligação entre bairros da Zona Oeste do Recife e o Centro da cidade, bem como entre o município de Camaragibe, na Região Metropolitana (RMR), com a área central da capital pernambucana, o fluxo é muito tranquilo. Perto das 7h, ônibus do modelo BRT transitavam sem problemas em faixas exclusivas, assim como os demais veículos passeiam sem retenções.

Na Avenida Agamenon Magalhães, nas proximidades do Hospital da Restauração, o trânsito também é maroto, tanto no sentido bairro de Boa Viagem quanto na direção de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Na Rua Padre Inglês, no bairro da Boa Vista, área central recifense, várias instituições de ensino montam estandes para receber candidatos do Enem, porém, até então, não há dificuldades de mobilidade no local. A via conta com um importante ponto de aplicação de provas, conhecido por receber muitos candidatos.

Nas ruas em volta da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Centro do Recife, um dos principais locais de prova do Estado, a movimentação era calma por volta das 6h40. Escolas montam estandes publicitários para receber os estudantes, assim como pontos comerciais começam a se preparar para atender os clientes.

Apesar da calmaria do início desta manhã, a tendência é que muitos pontos de realização do Exame e ruas próximas a eles fiquem com trânsito complicado perto das 12h. Nesse horário, os portões dos prédios serão abertos para os estudantes em Pernambuco. Por isso, é importante que os candidatos cheguem cedo aos endereços dos locais onde farão prova, para evitar atrasos.

Em Pernambuco, os portões dos prédios de aplicação serão fechados às 13h. O início do Enem 2019 está marcado para 13h30, no horário de Brasília.

Transporte público

Para facilitar a chegada dos candidatos aos pontos de provas do Enem, o Grande Recife Consórcio de Transportes reforço a frota e viagens em 28 linhas. De acordo com o órgão, 178 ônibus foram colocados em circulação com o objetivo de realizarem 1.639 viagens.

O reforço representa, segundo o Grande Recife, 38 veículos e 301 viagens a mais que um domingo normal. Confira, na matéria do LeiaJá, as linhas que receberam reforço em virtude do Enem.

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Milhares de pessoas desfilaram neste sábado (2) pelo centro de Buenos Aires para pedir "um país sem violência institucional e religiosa e sem crimes de ódio", na 28ª Marcha pelo Orgulho que pela primeira vez não ostentou a tradicional sigla LGBT.

"Abandonamos as letras, porque deixaram de ser representativas. Há identidades que começam a ganhar visibilidade, embora já existissem", explicou Mariana Spagnuolo, do coletivo organizador, à imprensa.

Como sempre, a multidão marchou pela Avenida de Mayo, partindo da histórica Plaza de Mayo até chegar ao Congresso. A multidão caminhou, cantou e dançou, seguindo alegre, colorida, festiva e barulhenta, levando instrumentos musicais e bandeiras.

Spagnuolo disse que a manifestação convocou "todas as pessoas que sentem orgulho de não entrar nas normas sobre sexualidade e até companheiras e companheiros assexuais".

"Os heterossexuais são bem-vindos à marcha do Orgulho, nos acompanhando, mas não são o sujeito da marcha", acrescentou a ativista.

Milhares de islamitas de todo o país se reuniram em Islamabad, nesta sexta-feira (1°), para pedir a renúncia do governo do primeiro-ministro Imran Khan.

As escolas da capital foram fechadas pelo segundo dia consecutivo e importantes engarrafamentos paralisaram a cidade, na qual 17.000 policiais foram mobilizados para controlar os manifestantes.

Embora grandes avenidas e entradas da cidade tenham bloqueadas pelas forças de segurança, milhares de manifestantes obtiveram acesso ao coração de Islamabad e aguardaram as instruções dos líderes religiosos.

"Protestamos para que esses líderes incapazes voltem para suas casas. Estamos desempregados e nossas fábricas fecharam", disse à AFP Abu Saeed Khan, de Peshawar, a grande cidade do noroeste do país, localizada a cerca de 200 km de Islamabad.

"Precisamos fazê-los deixar o poder", corroborou Anas Khan, outro manifestante.

A manifestação, batizada de "marcha pela liberdade", é chefiada por Fazlur Rehman, líder de um dos grandes partidos islâmicos do país, o Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F).

O religioso, o grande rival do primeiro-ministro Imran Khan, pede sua renúncia e a organização de eleições.

Esta é a primeira grande manifestação contra o governo de Imran Khan, que chegou ao poder em 2018 após as eleições que a oposição denunciou como manipulada.

O protesto de Islamabad teve momentos de tensão quando os organizadores se recusaram a permitir que as mulheres participassem da manifestação, o que provocou duras críticas nas redes sociais.

Os jornalistas também não foram autorizados a cobrir o protesto. "Parece que na democracia exigida nas ruas, as mulheres não terão lugar", lamentou a defensora dos direitos humanos Marvi Sirmed.

As grandes manifestações no Líbano contra as autoridades continuam a ganhar força, apesar das medidas anunciadas pelo governo, e o Exército aumentou sua presença nas ruas.

A mobilização, longe de diminuir após as reformas apresentadas pelo governo na segunda-feira, ganhou terreno em Beirute, onde desde o amanhecer se multiplicaram as barricadas dos manifestantes nas ruas que levam ao centro da cidade.

Os soldados e as forças de segurança também são mais numerosos nos arredores dos pontos de conflito, de acordo com jornalistas da AFP, que constataram a presença de veículos blindados.

"Foi tomada a decisão de abrir as principais estradas para facilitar a circulação dos cidadãos", disse uma fonte militar à AFP.

Uma barricada foi retirada para desbloquear o acesso norte de Beirute e o Exército, até agora bastante discreto, começou a se mobilizar.

Bancos, escolas e universidades permanecem fechados até novo aviso.

Hassan, de 27 anos, e seus amigos não se deixaram impressionar pelos soldados, quando estes retiraram as barreiras que haviam instalado no meio da rua. Os jovens sentaram-se quietos no chão, com bandeiras libanesas, e os militares recuaram. A rua permaneceu bloqueada.

"O sentimento de medo desapareceu!", gritou Hassan.

Michel Khairallah, um jovem garçom, quer "bloquear o país até a vitória". O que significa até o estabelecimento de um novo governo "sem ministros corruptos", composto por "pessoas jovens e competentes" capazes de levar o país adiante.

Pelo sétimo dia consecutivo, estão previstas manifestações no norte e no sul do país.

Na terça-feira, dezenas de milhares de pessoas se reuniram em Beirute e Trípoli, no norte.

O plano de reforma econômica apresentado na segunda-feira pelo primeiro-ministro Saad Hariri não mudou a situação, apesar de incluir medidas muito simbólicas, como a redução dos salários dos ministros e deputados.

"Muito pouco, muito tarde?", questionou o jornal L'Orient le Jour.

Por enquanto, nenhum líder emergiu da mobilização. Na terça-feira, surgiu um "comitê de coordenação da revolução", que fez um discurso na Praça dos Mártires em Beirute, mas sua representatividade não convenceu completamente.

Um grupo de economistas propôs seus serviços para tentar encontrar soluções.

Os protestos surgiram após o anúncio, em 17 de outubro, de uma nova taxa sobre as chamadas feitas através do serviço de mensagens WhatsApp.

Este novo imposto atingiu em cheio a população de um país cuja vida cotidiana não para de degradar, com cortes incessantes de água e eletricidade, 30 anos após o fim da guerra civil (1975-1990).

Sem esquecer uma classe política no poder há décadas, acusada de corrupta e de ser incapaz de encontrar soluções.

Por sua parte, Hariri, que mantém boas relações com a comunidade internacional, crê num apoio financeiro do exterior para ajudar a avançar o país.

Na terça, ele se reuniu com os embaixadores da França e dos Estados Unidos, dois países amigos, para convencê-los da solvência de seu plano de emergência.

Ele espera, acima de tudo, desbloquear um fundo de 11 bilhões de dólares, prometido em abril de 2018 em uma conferência em Paris em troca de reformas estruturais.

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