Tópicos | Tradição

A ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Material do Brasil. O título foi aprovado na última terça (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido para o reconhecimento do ritmo tradicional tramitava desde 2014, quando foi solicitado pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

O pedido para registro da ciranda enquanto patrimônio foi formalizado em 2014 por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Para tanto, foi enviado ao Iphan, à época, um inventário com documentos acerca de 38 grupos desta tradição. 

##RECOMENDA##

Com o registro, a ciranda fica inscrita no Livro das Formas de Expressão. O objetivo da iniciativa é apoiar, fomentar e salvaguardar essa tradição. Agora, a ciranda ostenta o título de Patrimônio Cultural ao lado de outras expressões bem como o maracu de baque solto, maracatu de baque virado e o frevo, que teve seu registrado renovado por mais 10 anos na mesma reunião, na última terça (31). 

Desde que o mundo é mudo, as mulheres vêm perpetuando a tradição e o ofício de cuidar dos seus. Quando se tornam mães, é esperado que elas tomem à frente dessa outra vida responsabilizando-se por sua manutenção e continuidade, e assim vem sendo feito desde o início da humanidade. Com o passar das gerações, no entanto, as várias conquistas femininas - passando pelo direito ao trabalho, ao voto e a liberdade sexual e reprodutiva -, modificaram um pouco a maternidade agregando a ela novas funções e características. No entanto, a essência do cuidado materno é algo que não se altera e que pode ser visto e sentido de forma muito significativa e simbólica nos exemplos das grandes matriarcas da cultura popular. 

Cecília Maria de Oliveira, a Dona Cila do Coco, é um desses exemplos. Aos 82 anos de idade, a mestra coquista, não se esquiva de forçar a memória que, segundo ela, já aponta algumas falhas, para compartilhar todo o aprendizado acumulado com as experiências de vida. Neta de uma lavadeira e filha de uma doméstica, a pernambucana teve uma trajetória sem luxos e sem estudos. Foi vítima de violência doméstica, assédio; mas ressignificou suas vivências com a alegria característica que pode ser vista, hoje em dia, nos palcos mundo afora. 

##RECOMENDA##

Dona Cila teve quatro filhos, Michel, Adelson e Aston, o quarto nasceu morto. Nenhum seguiu seu ofício de cantar coco, que ela aprendeu dentro de casa, com o  pai: “A zabumba dele era do bojo da macaíba e eu fui criada assim. Naquele tempo tinha gente que chamava a gente de macumbeira, porque fazia coco”, relembra a mestra; porém, todos sempre a apoiaram e incentivaram a tradição. “Ninguém era contra não, eu cantava, cantei muito depois de Michel - o pai de Michel me abandonou, eu grávida dele, fiquei jogada no vento mas fiquei firme, firme e forte”, diz a mestra.

A vida, que já não era das mais fáceis, não ficou menos difícil após Dona Cila ser abandonada pelo pai de seu primeiro filho. Ela conta ter recebido abrigo na casa de uma irmã e que lá cuidou de vários sobrinhos, além do próprio rebento, porém, precisou deixar o lugar pois era constantemente assediada pelo cunhado. “Foi um sofrimento muito grande, depois eu comecei a trabalhar de garçonete porque não tinha muita instrução, não podia trabalhar num emprego melhor”.

Nessa época, Dona Cila costumava cantar sambas pelos bares do Pátio de São Pedro, na região central do Recife. Lá, foi apelidada de Aurora e além de ganhar uns “trocadinhos” também conheceu o segundo companheiro. Um homem que lhe deu casa e mais filhos, porém, a fez conhecer de perto a violência doméstica. “Era muito ciumento, uma tristeza. Foi muito sofrimento, eu aguentei tudo isso, mas quando ele deu na minha cara eu deixei ele”. 

De volta à casa que havia sido da avó, Dona Cila tocou a vida, cuidando dos filhos, vendendo tapioca e fazendo seu coco. No início dos anos 2000 seus saberes e o seu samba de roda pernambucano começaram a dar frutos. Ela participou de projetos culturais, tocou em palcos importantes como o do Carnaval do Recife,  gravou com a Nação Zumbi, lançou discos - inclusive com a banda belga Think of One, e excursionou pela Europa. 

Com o fruto de seu trabalho, a mestra reformou a casa, ajudou os herdeiros - “negava nada a ninguém não”, faz questão de frisar -; e ‘arrumou’. muitos outros filhos, nascidos e criados a partir da sua cultura, aos que ela carinhosamente chama de “pupilos”, em homenagem ao baterista da Nação Zumbi que leva esse mesmo apelido. São aqueles que a buscam por seu conhecimento, ao qual ela não se nega em repassar. Humilde, Dona Cila diz que não ensina nada a ninguém: “Eles que aprendem e fazem, quando eles não estão fazendo certo eu tenho paciência de ensinar. Bem mãezona mesmo”, diz a mestra.

Gênese

Outra matriarca que dedica sua vida a cuidar dos seus filhos - os cinco “carnais” e os que o destino lhe confiou é Mãe Beth de Oxum. Musicista, comunicadora, gestora do Centro Cultural Coco de Umbigada, mestra coquista e Iyalorixá do Ilê Axé Oxum karê, ela, assim como tantas outras mães, se multiplica em várias para dar conta de todas suas atribuições. 

É na ancestralidade que Mãe Beth busca a orientação que guia o exercício de sua maternidade. Nascida e criada na Barreira do Rosário, bairro periférico de Olinda (Região Metropolitana do Recife), a mestra cresceu em  um “quintal coletivo, sem muros” e guardou ensinamentos preciosos que recebeu tanto de sua mãe, Maria Alice, quanto de outras mães e Iás do candomblé. “Minha mãe era uma bordadeira - como a grande maioria das mulheres negras e afrodescendentes, que trabalham como bordadeiras, empregadas domésticas, lavadeiras, esse era o cotidiano dessas mulheres -, então ela tinha muita paciência. As nossas Iás, nossas mães, têm uma forma mais forte de tolerância, de respeito. Tem tolerância maior, do que você ter que cultuar seu orixá embaixo de uma mesa com uma toalha coberta e cultuar o santo branco em cima da mesa? Era proibido, o Estado entrava na nossa casa pra criminalizar, pra saquear; foi uma estratégia de sobrevivência, isso é resiliência”.

Outro ensinamento que a mestra coquista teve com sua própria mãe foi o do “cuidar”, o qual ela julga como de extrema importância. Mãe de vários filhos, Maria Alice era “enérgica” quando necessário, mas doce e brincalhona e cuidou de toda a prole sem jamais deixar de respeitar suas individualidades. “Me lembro perfeitamente que ela me ensinou a lidar com a diferença, porque você ter 11 filhos não é brincadeira não, tem que saber lidar. Quando a gente cria os filhos, a gente não pode ter privilégios de um em detrimento do outro, a gente aprende, a vida nos ensina, e dividir o amor é muito importante”.

Em uma família tão numerosa, e pobre em recursos materiais, os filhos mais velhos acabam recebendo a incumbência de cuidar dos mais novos. Um sistema que acaba preparando esses indivíduos para a vida além do seio familiar, como frisa Mãe Beth. “É uma tradição das famílias grandes e pobres, porque não tem babá. O menor é cuidado pelo maior. A elite devia aprender com o povo pobre deste país, a gente está sempre cuidando, protegendo um ao outro.  A sociedade ficou doente a partir do momento que se trancou num prédio, quando a humanidade começa a produzir mais do que precisa e começou o patriarcado e a herança, perdeu-se essa lógica do terreiro, dos povos indígenas, de você cuidar da comunidade, dos seus e dos outros. Não importa se o filho é seu ou meu, é nosso! Quando a gente perdeu isso e se fechou dentro de um prédio, a gente perdeu muito”. 

Mães da cultura

Além de cuidar dos filhos gerados no ventre, e também daqueles gerados pela fé e pelo convívio social, essas matriarcas da cultura popular também cuidam de um legado deixado há muito pelos seus ancestrais. São mestras coquistas, cirandeiras, maracatuzeiras, e de tantas outras expressões que detém a responsabilidade de preservar esses saberes e repassá-los para as novas gerações.

Mãe Beth de Oxum, explica que esse dom também é nutrido dentro de casa. “O brinquedo nasce dentro de uma família mas ele se materializa na comunidade, é a comunidade que dá sentido, dá capilaridade, que protege, inclusive contra o Estado, contra a violência policial. Eu acho que a força dessas mulheres está exatamente nisso, de agregar a comunidade, trazer a comunidade para dentro dos terreiros. O terreiro, que é esse espaço de louvação do orixá e da jurema sagrada mas também o espaço do brinquedo, da expressão artística, seja o coco, o maracatu, seja o cavalo marinho, enfim. Esse lugar é um lugar de acolhimento por parte das mães. Essas são expressões artísticas que se aprendem na família, você não aprende isso numa universidade, não aprende na escola, é dentro de casa, passando de mãe pra filho, de avô pra neto; é dentro dessa linhagem familiar, essa linhagem matriarcal. Os terreiros no país são matriarcais. ”.

Sendo assim, a essência feminina e do cuidado materno dentro da cultura popular, em suas mais diversas manifestações, se faz muito presente e determinante. Embora muitos homens ainda sejam protagonistas no meio, é através das mulheres, como diz Mãe Beth de Oxum, que as tradições e saberes têm sua manutenção e continuidade garantidas. São grandes matriarcas como Dona Olga Santana (Nação do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu), Dona Cila do Coco, Dona Glorinha do Coco, Dona Duda da Ciranda, e ela própria, entre tantas outras, que assumem essa função e a exercem de forma bastante orgânica.

Consciente da importância desse verdadeiro ofício, a matriarca do Coco de Umbigada vai além demonstrando como essas experiências poderiam ser transformadoras se abraçadas pela sociedade em maior escala: “Essa experiência de você ser uma ialorixá, ter um terreiro, cuidar de uma comunidade, cuidar das pessoas, é extremamente rica e importante. Começo e termino dizendo que a grande palavra é o cuidar, acolher e proteger. A sociedade tinha que entender essa dimensão do terreiro nessa perspectiva de você acolher o diferente, de você cuidar daquele que não é seu, daquele que você não pariu. O mundo precisa ser governado pelas mulheres. Porque a gente tem esse dom, não é só de parir, é de cuidar e de respeitar as diferenças”. 

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

 

Com gravuras tão delicadas como rendas e pinturas em cera, a artista húngara Tunde Csuhaj mantém a tradição ancestral de decorar ovos de Páscoa.

Como a Ucrânia e a Romênia, a Hungria tem uma longa tradição neste campo e Csuhaj, de 67 anos, trabalha nessa arte o ano todo, em uma oficina em Szekszard, 150 quilômetros ao sul de Budapeste.

"Depois de 30 anos de amor, agora nos conhecemos muito bem, o ovo e eu", brinca a enérgica artista, mostrando à AFP seu ateliê.

"Se eu cometer um erro e o ovo quebrar, será tão doloroso para mim quanto para ele", diz, meio séria.

Esta húngara começou pintando de acordo com a tradição "Sarkoz", nascida numa região vizinha, mas rapidamente desenvolveu o seu próprio estilo gravando e esculpindo as cascas com uma mini furadeira manual.

Faisão, galinha, ema e até avestruz... qualquer ave pequena ou grande fornece sua delicada matéria-prima.

Mas os ovos de ganso, segundo ela, continuam "os mais adequados, porque têm uma grande superfície, uma casca sólida e são brancos, o que é importante para colorir e desenhar detalhes em miniatura".

Depois de esvaziar o ovo de seu conteúdo através de minúsculos orifícios feitos com um alfinete, ela o limpa e seca, antes de fazer desenhos a lápis fino.

Em seguida, usando uma pequena caneta-tinteiro, ela o pinta delicadamente com cera quente, um método chamado "batik".

A casca é imersa em uma solução química que dissolve as partes não cobertas com cera.

A cera é então removida com uma escova de dente, sob uma torneira de água morna, deixando apenas o corante. Para criar o efeito de renda, os furos são feitos no último momento.

No ateliê modesto, as obras são expostas como joias em vitrines giratórias e apresentam cenas de contos de fadas e lendas, animais, símbolos religiosos e figuras geométricas complexas.

"Todos os meus designs são diferentes", orgulha-se Tunde Csuhaj, que nutre um carinho especial por aqueles que evocam "o retorno da primavera".

Não é de surpreender que esse nível de detalhe leve dias de esforço e seja impossível concluir mais de cem produções por ano.

Desde a década de 1990, a artista participa regularmente de exposições na Europa Ocidental e suas obras são populares entre os colecionadores, que apreciam seu estilo único.

"Eu não as assino, e mesmo assim todo mundo sabe quem as fez", declara com orgulho.

Embora ela não tenha podido viajar este ano devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, os pedidos de clientes a mantêm ocupada.

"Um bombeiro recentemente me pediu para pintar seu caminhão, eu faço o que deixa as pessoas felizes", conclui ela com um sorriso.

O presidente Jair Bolsonaro escolheu o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira como novo comandante do Exército. Ele substitui o general Edson Pujol, demitido com os comandantes da Aeronáutica e da Marinha, que rejeitaram tentativas do presidente de politizar as Forças Armadas.

Ao escolher o general Paulo Sérgio no Exército, Bolsonaro repete a ex-presidente Dilma Rousseff ao quebrar a tradição de escolher o oficial mais antigo para comandar a tropa. O nomeado era o terceiro pelo critério de antiguidade.

##RECOMENDA##

Uma entrevista do general, chefe do Departamento-Geral do Pessoal, foi apontada como uma das razões para Bolsonaro ter demitido o agora ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. Ao Correio Braziliense, o militar apontou a possibilidade de uma 3ª onda da covid-19 no País nos próximos meses e defendeu lockdown, contrariando o que prega o presidente, crítico a medidas de isolamento social.

Dois generais ouvidos pela reportagem afirmaram ao Estadão que Bolsonaro defendeu uma punição ao oficial, mas Azevedo não concordou. O presidente, então, pediu a demissão do ministro.

Outros fatores também contribuíram para a queda de Azevedo: 1) ter mandado o general Eduardo Pazuello de volta para o quartel, quando Bolsonaro queria alocá-lo na Esplanada; 2) se recusou a confrontar decisões do Supremo Tribunal Federal, como queria o presidente; 3) se recusou a trocar o comandante do Exército, Edson Pujol, com quem Bolsonaro nunca teve boas relações.

Com a decisão, porém, Bolsonaro tenta apaziguar os ânimos e passar para a tropa que vai manter a continuidade. O general Paulo Sérgio é próximo de Azevedo.

Preterido na escolha, o general mais antigo na cúpula do Exército, general José Luiz Freitas, elogiou a escolha pelas redes sociais. "Escolhido o novo Comandante do Exército, Gen Paulo Sérgio, excepcional figura humana e profissional exemplar. Como não poderia deixar de ser, continuaremos unidos e coesos, trabalhando incansavelmente pelo Exército de Caxias e pelo Brasil!", postou.

Marinha e Aeronáutica

Na Marinha, o escolhido por Bolsonaro foi o almirante Almir Garnier. Neste caso, o presidente também ignorou a tradição e optou pelo segundo da lista de antiguidade.

Na Aeronáutica, assumirá o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, que demonstra nas redes sociais ser afinado ao governo, compartilhando mensagens ligadas a grupos de direita. Ele era o primeiro no critério de antiguidade.

Mais cedo, antes das escolhas serem anunciadas, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu o respeito ao critério de antiguidade na escolha da nova cúpula militar.

"Eu julgo que a escolha tem que ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque foi uma substituição que não era prevista. Quando é uma substituição prevista, é distinto. Então, se escolhe dentro da antiguidade e segue o baile", afirmou o vice, que é general da reserva.

O presidente também havia sido aconselhado a seguir a lista para não criar atritos com generais mais experientes.

Isso porque os oficiais mais antigos passam à reserva se um militar mais "moderno", com menos tempo de Exército, for alçado ao comando. A aposentadoria não é uma regra compulsória, mas costuma ter força de norma não escrita nos quartéis.

Os oficiais costumam pedir para deixar a ativa como forma de não serem comandados por um antigo subordinado, uma inversão na hierarquia.

A ancestralidade familiar do artista bragantino Paulo César Jr. se mistura com o processo de produção da farinha de mandioca na vídeo-performance “Mani”, realizada pela Correnteza Produções. O projeto, selecionado pelo Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará, traz memórias familiares do performer que atravessam gerações e envolve, também, a produção de derivados da mandioca.

A performance desenvolvida na casa de familiares de Paulo mostra a força das relações afetivas presentes nas raízes do artista, fincadas entre Bragança e Tracuateua, na região nordeste do Pará. “Falar desse lugar ancestral e evidenciar as origens da minha família, trazendo para a cena minha avó e meu tio-avô, ilustra a realidade de inúmeras famílias da região que também têm origens ou permanecem vivendo e trabalhando nos campos”, disse o artista. 

##RECOMENDA##

Durante o processo criativo, Paulo César Jr. teve diversos diálogos com sua avó, Antonia Santos, e com seu tio-avô, Reinaldo Silva, sobre memórias, sentimentos e ações que remetem ao cotidiano dos habitantes da região. As conversas inspiraram a visualidade e o roteiro da vídeo-performance, que exalta a beleza da paisagem da região, composta por açudes e plantações de mandioca.

A força das raízes familiares que atravessa todo o trabalho está presente, também, nas raízes da mandioca (Ou Mani-Oca, segundo as linguagens dos povos indígenas), cuja planta pode ser, ao mesmo tempo, veneno ou cura para quem a consome. A dualidade se faz presente na sociedade contemporânea, observa o artista, na qual certos padrões de comportamento podem ser um veneno para os corpos que dela fazem parte, mas que podem ser curados numa revisita às memórias e ancestralidades.

Serviço

Vídeo performance "Mani".

Data: 12 de março.

Local: Facebook, Instagram e Youtube da Correnteza Produções.

Horário: 10 horas.

FICHA TÉCNICA:

PERFORMER: Paulo César Jr.

ENTREVISTADA: Antonia Santos

ENTREVISTADO: Reinaldo da Silva

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Romeu Figueiró Jr.

FOTÓGRAFA: Thais Martins

ASSISTENTE DE CÂMERA: André Romão

DIRETOR DE FOTOGRAFIA E EDITOR: San Marcelo

DIREÇÃO COREOGRÁFICA: Julius Silva

CONFECÇÃO DOS FIGURINOS: Nice Silva

ASSESSOR DE IMPRENSA: Lucas Corrêa 

DESIGNER: Wan Aleixo

VÍDEO: Sapucaia Filmes

DANÇA: Studio de dança Step by Step

PRODUÇÃO:  Correnteza Produções

Projeto selecionado pelo Edital Nº 010/2020 de 15 de julho de 2020 -  Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará.

Por Lucas Corrêa.

 

O maracatu é uma manifestação cultural ‘barulhenta’. Os tambores das nações tradicionais ‘cantam’ alto e há quem diga que o peso desse som é de “uma tonelada”. No Carnaval do Recife, um dos eventos mais emblemáticos de sua programação reúne diversas nações de maracatu na segunda-feira carnavalesca: a Noite dos Tambores Silenciosos, realizada no Pátio do Terço. É quando todos tocam juntos e, pontualmente, às 00h, cessam os batuques para homenagear os ancestrais e reverenciar a cultura negra.

LeiaJá também

##RECOMENDA##

--> Noite dos Tambores Silenciosos: legado de uma mulher negra

--> Na pandemia, caboclos trocam o cravo pela máscara

Na última segunda (15), dia em que seria realizada, a Noite dos Tambores não aconteceu, em virtude da suspensão do Carnaval. Sem poder ir às ruas, algumas nações de maracatu usaram as redes sociais para marcar o momento e engrossar o coro pela importância de se proteger da pandemia do novo coronavírus. Os vídeos foram publicados no perfil oficial da Associação de Maracatus de Pernambuco (Amanpe). 

Nas postagens, os maracatuzeiros falaram sobre o momento de pesar pela falta do Carnaval mas, também, da esperança de retornar às ruas assim que possível. Também foram homenageadas as famílias que perderam entes por conta da Covid-19. “Hoje, nossos tambores não irão rufar e sim, pela primeira vez na história, os tambores sagrados silenciaram literalmente. A Amanpe e todas as nações de maracatu de Pernambuco prestam homenagem às famílias de milhares de vítimas dessa triste pandemia. E de uma forma diferente vem saudar todos maracatuzeiros espalhados pelo mundo. Nunca é tarde lembrar, fiquem em casa, se cuidem, usem máscara, tomem vacina. Em 2022, vamos rufar nossos tambores e celebrar a vida em homenagem aos que se foram”. 

[@#podcast#@]

Rufar solitário

A Nação do Maracatu Porto Rico decidiu marcar o momento de outra forma. Alguns integrantes foram até o Pátio do Terço e realizaram uma cerimônia simbólica à porta da Igreja de Nossa Senhora do Terço. Eles cantaram, tocaram e fizeram um minuto de silêncio quando o relógio bateu as 12 horas. O momento foi transmitido ao vivo pelo Instagram. "Estamos aqui batendo uma foto na frente da igreja onde toda a cerimônia é feita, onde tudo é pedido, principalmente o bem, a paz, a saúde nesse momento tão difícil para todos nós. Não só a Naçao do Porto Rico está sentindo, em lágrimas, em choro, essa emoção vem de todos que fazem nação de maracatu”, disse um dos integrantes. 

[@#video#@]

 

A segunda-feira de Carnaval guarda espaço para um dos eventos mais tradicionais da folia recifense: a Noite dos Tambores Silenciosos. É quando diversas nações de maracatu de baque virado se encontram no Pátio do Terço, localizado no Bairro de São José, região central da cidade, para uma celebração que mistura os batuques profanos aos toques sagrados da religião de matriz africana. O momento homenageia a ancestralidade negra e funciona também como uma prece às suas divindades para que o Carnaval seja de alegria e de paz.

LeiaJá também

##RECOMENDA##

--> Maracatu nação, um brinquedo que se brinca com fé

--> Maracatu de baque virado, o brinquedo que carrega o peso da ancestralidade

Mundialmente famosa, a Noite dos Tambores Silenciosos atrai turistas de toda a parte além dos brincantes de maracatu do Recife. A festa foi idealizada na década de 1960, por uma mulher, Maria de Lourdes Silva, mais conhecida como  Badia. Neta de escravos, ela foi moradora do Pátio do Terço até o fim de sua vida e partiu dela a ideia de lembrar os negros escravizados - muitos que passaram por aquele lugar na rota do comércio escravagista -, que morreram sem conhecer o Carnaval. 

A ideia de Badia ganhou corpo com a ajuda de dois homens, o jornalista Paulo Viana, e o advogado Edvaldo Ramos. A princípio, o evento era encenado pelo grupo de teatro Equipe, no chão, à porta da Igreja do Terço, e não tinha o caráter religioso que possui hoje. Mas com o crescimento da festa e o forte potencial turístico visto nela, sua dinâmica foi mudando ao longo dos anos. “Foi criando curiosidade e um pouco de interesse porque onde rola dinheiro você sabe que as coisas se expandem. Tanto é que teve um ano que a prefeitura botou arquibancadas no Pátio e ficou estreito para os maracatus se apresentarem. Mas, também, só foi esse ano porque eles viram que nem deu lucro e nem deu certo mesmo”, relembra Maria Lúcia Soares dos Santos, filha de criação de Badia. 

Dona Lúcia mantém viva a memória da mãe. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Atualmente, Dona Maria Lúcia, de 72 anos, continua morando na casa que foi da mãe, dando continuidade ao seu legado. A herança vem de longe. Badia também foi criada, naquele mesmo endereço, por outras duas mulheres negras, conhecidas como Tias do Axé: “duas irmãs a qual a mãe veio da África fugida no porão de um navio”. Elas não tiveram filhos e acabaram assumindo a criação de Badia após a partida de sua mãe biológica: “Quando a mãe de Badia morreu, Sinhá assumiu Badia e Iaiá ficou como tia e fizeram uma outra família”. Todas elas sobreviviam lavando roupa e jogando búzios, aliás, a casa também tinha espaço para a adoração de orixás uma vez por ano apenas, no mês de outubro.

Badia também costurava e era responsável por vestir grande parte das agremiações carnavalescas do Bairro de São José. “Todo ano nascia uma e de todas elas, ela foi madrinha”, diz Lúcia. Sua dedicação e apreço pela folia momesca, inclusive, lhe rendeu o título de Dama do Carnaval, e ela chegou a ser a homenageada do Carnaval do Recife em 1985. Além de ter idealizado a Noite dos Tambores Silenciosos, Badia também teve participação na fundação do Galo da Madrugada e fundou a troça Coroas de São José, na qual desfilava nas quintas-feiras pré-carnavalescas a bordo de um jipe. Hoje, nas tais quintas, o Pátio do Terço recebe o Baile Perfumado, prévia criada em sua homenagem.

O apreço de Badia pelo Carnaval ficou perpetuado em toda a família. No período, Dona Lúcia costuma receber em sua casa turistas que buscam conhecer melhor a história de sua mãe e também os brincantes que precisam de apoio. “A casa aqui é aberta o Carnaval todo. Todos os maracatus entram aqui pra ir no banheiro, trocar a roupa. Abro a porta de muita boa vontade, se der pra dar um lanche eu dou, e tô aqui. Quando a prefeitura precisa de mim estou presente, não cobro nada, mas também não ganho nada”.

A casa de Badia, construída por escravos, é tombada pelo IPHAN. Foto Arthur Souza/LeiaJàImagens

A filha de Badia lamenta o descaso e o esquecimento com os quais a história de sua mãe é tratada. A casa em que mora com o marido e o filho, Leandro Soares, é a única a servir, ainda, como residência no Pátio, tomado pelo comércio. Tombado em 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial brasileiro, o imóvel - construído por escravos - precisa de reparos específicos tanto por sua estrutura muito antiga quanto pelo tombamento que impede que os proprietários mexam nela. 

Segundo Lúcia, o telhado acometido por uma praga de cupins precisa ser restaurado mas ela não consegue ajuda nem autorização necessárias para trocá-lo. “Tenho três ofícios pedindo socorro à prefeitura. Quando eu comecei a ‘bulir’ na casa veio um cidadão que tem interesse na (compra da) casa e me denunciou que estava modificando a casa,  aí veio a Fundarpe. Eu fui lá na Fundarpe, mostrei os ofícios e nada. Se eu não tenho conhecimento e não sei falar, eu não tava aqui não, tava embaixo do viaduto. Desde que Badia morreu em 1991 que peço socorro e nunca fui socorrida”.

Para manter a casa, Lúcia e a família tocam um restaurante, que funciona de segunda a sábado vendendo almoço comercial. Leandro complementa a renda vendendo galeto. Sem ajuda externa, os três se esforçam tanto para sustentar o imóvel em pé quanto para manter viva a memória de Badia. “O espaço é rico, essa casa foi a primeira casa construída em Pernambuco, ela tem mais de 200 anos. Só que o tempo foi passando e a cultura foi enriquecendo, mas ainda não está no nível que a gente espera. Deve ser o desinteresse, falta de cultura”, lamenta Leandro.

Memória de Badia

Dona Lúcia e o filho Leandro mantém a casa com a renda do restaurante. Foto Arthur Souza/LeiaJáImagens

A herdeira de Badia ainda sonha em transformar a casa da Dama do Carnaval em um ponto de referência da cultura negra em Pernambuco. Entre os projetos, estão a abertura de um memorial, um espaço cultural e de formação, com cursos de culinária e cabelo afro, e um restaurante afro. Leandro diz que todos os planos estão “no papel mas não tem o interesse de autoridades, de chegar junto com patrocínio”.

Já Lúcia, segue confiando em sua fé nos orixás e no esforço da sua família para concretizar os sonhos. “Tudo que eu sei hoje em dia eu aprendi com ela. As lembranças, muitas estão nessa casa, eu tô aqui lutando pra sobreviver, zelar pela casa e pelo nome dela e das velhas (Sinhá e Iaiá) também que partiram. Antes de morrer eu quero deixar aqui um restaurante afro, pra ficar uma lembrança firme dela e da família dela”.

[@#video#@]

Maior ganhador da Copa do Brasil, com seis conquistas, bicampeão da Libertadores, único time de fora de São Paulo e do Rio a vencer o Brasileirão na era dos pontos corridos - e três vezes. O Cruzeiro completa cem anos de fundação neste sábado recheado de conquistas, feitos e craques históricos. Mas elas se contrapõem, nesse momento, aos maiores desafios e aos piores momentos da trajetória desse, agora, centenário clube.

Rebaixado à Série B em 2019, o Cruzeiro caiu na esteira de uma crise financeira, de gestão e ética, com graves acusações contra os antigos gestores, especialmente o presidente Wagner Pires de Sá e o vice Itair Machado. Veio 2020, mas não a redenção que costuma acompanhara participação dos grandes clubes que disputam a segunda divisão nacional.

##RECOMENDA##

Com apenas 41 pontos somados em 32 rodadas e na 11.ª posição, o time tem chances remotas de acesso e deverá passar o ano do centenário na Série B. Com poucos recursos e muitas dívidas a pagar, contará com uma folha salarial mais modesta do que o da temporada 2020, como adianta o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, ao Estadão, o que pode provocar a saída de alguns dos jogadores mais renomados. E ainda forçará a renegociação de contratos.

Santos Rodrigues, de apenas 38 anos, é o responsável por comandar o clube desde maio, inicialmente em um mandato-tampão e agora até dezembro de 2023. Com o time tendo sido dirigido por 4 técnicos em2020, reconhece que pode ter errado na direção do Cruzeiro nesse período, mas também ressalta as dificuldades de se gerir uma equipe endividada, valorizando o pagamento de R$ 32 milhões em dívidas na Fifa.

Veio, aliás, de uma decisão da Fifa uma das dores de cabeça do Cruzeiro em 2020, a perda de 6 pontos na Série B em função de um calote no Al-Wahda pela contratação do volante Denilson. Para Santos Rodrigues, que viu a punição ser imposta poucos dias antes da sua eleição, houve um erro de planejamento do conselho gestor que dirigia o clube na época, o que prejudicou diretamente o clube na luta pelo acesso.

Santos Rodrigues ainda pede tempo para recuperara credibilidade dos gestores cruzeirenses juntos aos torcedores, ansiosos por punições a dirigentes de um passado recente e aos conselheiros que eram remunerados na gestão de Wagner Pires. Além disso, minimiza a presença de nomes vinculados ao grupo político "Família União", que estava à frente do clube entre 2016 e 2019, na chapa do Conselho Deliberativo que será eleita neste sábado.

Com tantos desafios, ele espera, ao fim da sua gestão, em 2023, ser lembrado como "a pessoa que contribuiu para o Cruzeiro não acabar", embora afirme que o clube agora centenário "será sempre maior do que os seus problemas".

Confira a entrevista do presidente do Cruzeiro ao Estadão:

Qual é o tamanho da responsabilidade e do desafio de presidir o Cruzeiro em seu centenário?

É um orgulho grande, até maior do que a responsabilidade, qualquer torcedor gostaria de estar nessa posição. Infelizmente, a pandemia e a situação esportiva ofuscam um pouco, mas é o momento de celebrar a nossa história. O Cruzeiro é um gigante. Um ano ruim, onde o Cruzeiro foi jogado por outras pessoas, não apaga isso.

Além de ser o ano do centenário, 2021 também deverá ser o segundo consecutivo do Cruzeiro na Série B, algo inédito para os principais clubes do País. Como enxerga esse momento tão difícil?

Eu digo que é a primeira vez de muitas coisas no Cruzeiro: de uma pandemia, de uma renúncia e de uma eleição-tampão, do pagamento de dívidas de R$ 32 milhões para a Fifa. Precisei usar esses recursos para evitar uma punição maior, ao invés de aplicá-lo no time em um momento de receitas difíceis. Começar o torneio com menos seis pontos também foi a primeira vez. Não existe projeto de sucesso de curto prazo. O nosso é de médio e longo prazo e temos a convicção de que estamos fazendo o nosso melhor, não só no time, mas na organização. O Fábio falou muito bem, o Cruzeiro está colhendo os efeitos do mal planejamento.

O Cruzeiro já quitou algumas dívidas na Fifa, mas ainda tem outros casos pendentes. Como estão essas situações e o que o clube tem feito para evitar novas punições?

Temos em aberto o caso do Denílson, co mprevisão de resolução no fim do ano que vem, além das questões do Arrascaeta e do Riascos, para os quais ainda não há uma previsão de data. São casos complicados. O problema é que quando você não paga, isso se torna uma ação de execução. Enquanto ela não vem, buscamos negociar. Ficamos quase um mês sem poder contratar. A vantagem é que não podemos mais perder pontos como pena, com o caso do Al Wahda envolvendo risco de rebaixamento.

Você considerou que houve erro do conselho gestor do Cruzeiro ao não quitar a dívida com o Al-Wahda? E como a punição afetou o time dentro de campo na Série B?

Erro é muito pesado, prefiro falar em falta de planejamento. Minha eleição foi em uma quinta e a dívida caiu na segunda. Semanas antes, o Dalai (Rocha), o presidente da época, disse que o Cruzeiro iria pagar todas as dívidas na Fifa. Ninguém se preparou para nada. Aí, na segunda, me ligaram quando estourou, pedindo ajuda.

Se tivéssemos, os 6 pontos antes do jogo de terça (0 a 0 com o Cuiabá), estaríamos a 3 da zona de acesso. E aí é outro tipo de jogo. Os técnicos, os jogadores sentiram e não têm culpa disso. Não tenho dúvida que é um fator relevante, que atrapalhou o Cruzeiro na Série B.

Depois da sua eleição, o Pedro Lourenço (empresário dono do Supermercados BH, patrocinador do Cruzeiro), ajudou o Cruzeiro a quitar outra dívida na Fifa, com o Zorya, da Ucrânia, pelo William. O que mudou nesse caso e qual é a importância dele na sua gestão?

Ele é fundamental, tanto que os filhos também estão na chapa para o Conselho Deliberativo. Se questionou na época porque ele não pagou. Mas não é assim. Fizemos um projeto de antecipação de patrocínio, mostramos os ganhos que teria, como um parceiro, ao invés só de pedir dinheiro. Logo depois da minha posse, teria outra punição, essa do Zorya, e aí ele topou ajudar em cima do projeto. Ele não tinha necessidade de fazer, mas fez como um grande cruzeirense.

O Cruzeiro está em seu quarto técnico em 2020. Avalia que houve erros na condução do clube nesta temporada?

As pessoas pedem muito para falar que erramos, e é claro que nós cometemos erros. Mas é muito difícil fazer futebol sem dinheiro. Eu chego com o Enderson (Moreira) como técnico, achava que ia dar certo e ele era elogiado por todos. Não deu certo, então fiz a opção pelo Ney Franco. Em conversas, muitos diziam que precisávamos de um técnico de Série B. O Ney tinha acesso recente pelo Goiás, é cruzeirense, veio com salário compatível. Analisar pelo resultado é fácil. Depois, fomos pelo Felipão, um nome grande, um perfil que se encaixou. Sobrou para mim o pagamento das dívidas na Fifa. Com esses R$ 32 milhões, eu montaria um grande time. As receitas de TV, bilheteria e patrocínio foram diluídas.

Desde 2019, há uma cisão entre a torcida do Cruzeiro e os atores políticos do clube, com protestos, sendo os últimos pela presença de representantes da "Família União" na chapa do Conselho Deliberativo. Como recuperar a relação e a confiança dos cruzeirenses?

Mostrando o trabalho. A mentalidade precisa mudar, porque a torcida se baseia muito em resultados. Os dirigentes que roubaram o Cruzeiro em dois anos, foram aplaudidos enquanto ganhavam títulos. A torcida foi induzida a isso. Ela pode ser exigente, mas precisa acreditar no trabalho em um momento atípico.

Essa chapa tem 220 novos conselheiros. Aí muita gente reclama por ter gente que votou na outra chapa. O contexto é diferente. Talvez seja a melhor chapa do Cruzeiro em anos, com grandes empresários, parceiros do Cruzeiro, como os filhos do Pedrinho, a Emccamp, pessoas da política, advogados de grandes escritórios. Tem muita gente que pode ajudar. Precisamos de tempo para mostrar serviço. Às vezes só querem repercutir 10 nomes de 220.

Na torcida, existe uma avaliação de demora na punição aos dirigentes e conselheiros que eram remunerados no Cruzeiro. Concorda?

Do que a presidência pode fazer, ninguém pode reclamar, porque acionamos todos na Justiça, com bens sendo bloqueados. O julgamento dos conselheiros remunerados não depende da gente, é uma decisão do conselho, mas está andando. Não dá também para fazer tudo ao mesmo tempo. Não vou consertar em 6 meses os 8 amos de problemas de gestão.

Há críticas ao desempenho das divisões de base do Cruzeiro, com resultados ruins e pouco protagonismo dos jogadores que subiram aos profissionais. Você está satisfeito?

Não estou satisfeito, tanto que mudei tudo lá. O Cruzeiro tem a maior minutagem de aproveitamento de jogadores sub-21 na Série B. A gente herdou um time de jovens, mas a responsabilidade não pode recair sobre eles. O Cruzeiro estreou no Mineiro com um time com 6 jogadores que nunca tinham atuado entre os profissionais e acabou dando em eliminação precoce na Copa do Brasil e queda antes da semifinal do Mineiro. Tem jogadores que demoram mais a amadurecer. Começamos jogos com vários jovens.

Com a manutenção na Série B, o time do Cruzeiro em 2021 terá de ser mais barato do que o atual? E como tornar isso possível?

Com certeza absoluta. Renegociando contratos, contratando com salário menor, alguns jogadores vão sair. Teremos de ser assertivos, mas agora não entrarei na temporada com a coisa andando. Aparte técnica, a gente só vai falar quando o campeonato acabar. Mas já estamos trabalhando com o técnico no esqueleto do time que ele quer para a temporada que vem.

Como você quer ser lembrado pelo torcedor do Cruzeiro ao fim do seu mandato?

Como a pessoa que contribuiu para o Cruzeiro não acabar. O conselho gestor falava desse risco, em terra arrasada. Eu nunca gostei, porque o Cruzeiro sempre será maior do que os seus problemas. Precisávamos arregaçaras mangas para evitar um problema ainda maior. Se não pagasse a dívida (com oZorya), poderíamos ter começado a Série B com menos 12 pontos. Aí, a chance de queda seria grande, o que nos impediria de honrar compromissos. Quero ser visto como o cara que topou encarar o desafio e deu um choque de gestão, transformando o Cruzeiro em uma instituição sustentável.

Com a proximidade do Natal, os shoppings da capital pernambucana começam a ‘arrumar a casa’ para a festa. Por conta da pandemia do novo coronavírus, algumas das principais tradições da época, como a presença do Papai Noel nos centros de compras, precisaram ser adaptadas. Na maioria deles, o Bom Velhinho estará presente de forma virtual.

Confira como será o Natal de alguns dos shoppings do Recife. 

##RECOMENDA##

Shopping Patteo Olinda

O Patteo de Olinda inaugura sua decoração natalina neste domingo (8). Com o tema Natal dos Desejos, o centro de compras ganhará  uma roda-gigante indoor e um trenzinho que fará passeios por dentro do shopping, o papai Noel marcará presença de forma virtual. O Velhinho aparecerá em vídeos com mensagens personalizadas.

Shopping Guararapes

Com o tema Vilarejo de Natal, o Shopping Guararapes oferece aos clientes uma vila tipicamente finlandes, com pinheiros, chalés, renas animatrônicas, presépio e uma árvore de Natal com oito metros de altura, toda iluminada com LED. O diferencial do centro de compras é a presença de um Papai Noel ‘de carne e osso’. O Bom Velhinho estará  protegido por uma estrutura cenográfica de acrílico, onde haverá um sistema de som para que ele e as crianças possam conversar com segurança, respeitando os protocolos relativos à Covid-19. Os pequenos poderão visitá-lo todos os dias, até o Natal, das 12h às 20h. Já as famílias que se sentirem mais seguras ficando em casa, poderão acessar o Vlog do Papai Noel e assistir a alguns vídeos com mensagens do próprio. 

Shopping Tacaruna

No Tacaruna, a temporada natalina será aberta nesta quarta (4). Trazendo como tema os sinos que ‘badalam mensagens positivas’, o shopping será decorado com uma árvore de Natal de nove metros de altura,  presépio e palavras gigantes desejando ‘amor’, ‘paz’, ‘saúde’ e ‘Feliz Natal’.  O Papai Noel estará representado por um totem no qual as pessoas poderão fazer fotos, além disso, um mensageiro do Bom Velhinho percorrerá os corredores do centro de compras  distribuindo mensagens positivas entre os clientes.

Completando a programação natalinal, nos dias 8 e 22 de novembro e 6 e 13 de dezembro, o Shopping Tacaruna, recebe apresentações do Show de Natal do Tio Bruninho. Os shows serão o Tio sempre às 17h, ao ar livre, na cobertura do centro de compras. 

Plaza Shopping

Com o tema A magia do Natal está em você, o Plaza quer convidar os clientes a resgatarem os valores positivos compartilhados no período natalino. A decoração do shopping será inaugurada na próxima quarta (11). A fachada ganhará pêndulos iluminados, strobs e estrelas cadentes. O jardim do piso L2 receberá um e trenó com o Papai Noel cenográfico onde as pessoas poderão fazer fotos. Já o Noel de verdade aparecerá apenas de maneira virtual, através de um display de led que veiculará diferentes vídeos com mensagens do bom velhinho .

O  tradicional evento do Café da Manhã com o Noel, realizado anualmente pelo Plaza, também ganha novo formato neste ano de pandemia. O shopping preparou uma loja no piso L3 com decoração especial para venda das cestas exclusivas do Café da Manhã com o Noel. As famílias podem encomendá-las e receber em casa no dia pré-agendado. Serão oferecidas cestas para duas (R$ 220,00) e quatro pessoas (R$ 290,00). As vendas serão realizadas a partir do dia 26 de novembro no Plaza Online

Shopping Recife

No Shopping Recife, o tema do período será Natal dos Sentimentos. O centro de compras terá uma árvore de Natal de 12 metros de altura,  um túnel de luzes, que acenderá com a presença do público e piso interativo que ilumina as árvores espalhadas pelo cenário.  Um trono tecnológico possibilitará que a garotada interaja através de videochamada com o Papai Noel. O Bom Velhinho também vai gravar mensagens personalizadas que podem ser solicitadas por um hotsite. 

 

O Halloween se tornou uma verdadeira indústria para a área do Vale do Rio Hudson, atraindo mais de 100 mil turistas de todo o mundo todo mês de outubro por causa do conto "The Legend of Sleepy Hollow", sobre um professor supersticioso sendo perseguido por um cavaleiro sem cabeça publicado por Washington Irving, em 1820, e transformado em filme várias vezes, entre outros pela Disney e Tim Burton.

Mas o coronavírus - que tirou a vida de mais de 226 mil americanos - continua em crescimento e forçou o cancelamento de atividades de alto risco na área, como a visita a várias "mansões mal-assombradas", onde palhaços maníacos ou monstros assustam os visitantes no escuro.

##RECOMENDA##

Croton-on-Hudson, no entanto, é bastante apegada ao seu grande evento: o "Jack O'Lantern Blaze", que conta com mais de 7.000 abóboras esculpidas à mão que todas as noites ganham vida em meio a um show de luzes e sons nos jardins do mansão fantasmagórica de Van Cortlandt, datada do século 17.

"Estou muito feliz que isso continue este ano. Há tantas coisas que as crianças não puderam fazer, é bom ter uma tradição de Halloween da qual podemos participar", afirma Sarah Nocerino, de 36 anos, mãe de duas meninas, que todos os anos viajam de Connecticut para prestigiar o evento.

"Halloween é o Natal daqui"

A capacidade foi reduzida para 33% e alimentos e bebidas não serão vendidos. No entanto, os visitantes ficam perplexos com o que pôde ser feito com as abóboras: desde uma enorme estátua da liberdade a um carrossel com esqueletos de cavalos.

Sem falar no Pumpkin Art Museum (MoPA), com "O Grito" de Munch, La Gioconda e até um Banksy. Neste ano há menos turistas, e a maioria dos visitantes acabam sendo moradores do próprio local, por causa do vírus e da quarentena imposta por Nova York a visitantes de mais de 40 estados.

"Tomamos todas as precauções para torná-la uma experiência segura. E é ótimo para levantar a moral!", conta Rob Schweitzer, do Historic Hudson Valley, a organização sem fins lucrativos que organiza o evento.

Perto de Croton, no cemitério de Sleepy Hollow, o sacristão da igreja Old Dutch Church termina uma tour com um grupo de adolescentes. "O Halloween é Natal aqui, provavelmente é a maior comemoração pública", explica John Paine, de 54 anos, em frente ao túmulo de Irving, entre carvalhos e ciprestes que perderam suas folhas ocre com o vento. A lápide foi substituída várias vezes porque os fãs do autor roubavam as peças com marteladas.

Em 1996, após o fechamento de uma fábrica da General Motors, a cidade de North Tarrytown votou para se tornar Sleepy Hollow, e desde então é Halloween durante todo o ano aqui. O cavaleiro sem cabeça é onipresente e seu perfil está presente até nas ambulâncias do povoado.Caminhões de bombeiros e placas da rua são laranja e pretas.

A igreja de 1685 apresentada no conto de Irving neste ano cancelou a apresentação teatral da lenda, mas os passeios ao cemitério à luz dos faróis ainda permanecem.

Salem, em Massachusetts, onde os julgamentos das bruxas foram realizados há mais de 300 anos, "é grande o suficiente para fazer isso o ano todo, temos nossa chance todo mês de outubro. Seria realmente uma estação triste se não tivéssemos abóboras, fantasmas, duendes e esqueletos", ressaltou Paine.

O maior medo? Que as pessoas não votem

A poucos dias de uma eleição altamente polarizada entre o presidente republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden, este Halloween adquiriu um forte tom eleitoral.

"Você sabe o que é mais assustador do que o Halloween? Que as pessoas não votem", argumentou a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, em um vídeo em sua conta no Twitter em que ela aparece em uma fantasia assustadora.

Há até fantasias sobre votos pelo correio, e até uma peruca do vice-presidente Mike Pence com uma mosca, como a que estava presa em seu cabelo no debate contra a adversária democrata Kamala Harris.

Em alguns jardins, as decorações são inspiradas na covid-19 e os esqueletos usam máscaras. Da Califórnia a Massachusetts, vários estados pedem quq as crianças não peçam guloseimas de porta em porta no dia 31 de outubro, como manda a tradição, embora não o tenham proibido.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertam que é arriscado, assim como as festas à fantasia. Recomendam que os doces sejam deixados longe da porta, em sacolas individuais.

Nova York substituiu seu enorme desfile de Halloween no Village, que atrai cerca de 60.000 pessoas todos os anos, por um show de fantoches virtual de artistas desempregados da Broadway.

No entanto, Croton-on-Hudson mantém seu "desfile dos duendes" no dia 31, anunciou o prefeito Brian Pugh à AFP. "Após sete meses de pandemia, o golpe emocional do distanciamento social afetou o ânimo de muitos", disse ele, antes de desejar a todos "um Halloween assustador, mas seguro".

Há 15 anos, juremeiros e juremeiras de Pernambuco, e de todo o Brasil, ganharam um evento para celebrar a fé e a ancestralidade ligadas ao culto da Jurema Sagrada, religião de matriz indígena, o Kipupa Malunguinho. A festa conta com uma programação formada por atividades religiosas, educativas e artísticas que têm como objetivo celebrar e homenagear essa tradição e seu representante maior, o mestre Reis Malunguinho.

Porém, o ano de 2020 ficará marcado pelo silêncio na mata do Catucá, local onde a festa é realizada, no município de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. Em respeito aos protocolos de segurança impostos pela pandemia do novo coronavírus, que proíbem aglomeração de pessoas, o evento não será realizado. 

##RECOMENDA##

Realizado pelo Quilombo Cultural Malunguinho e Casa das Matas do Reis Malunguinho, o Kipupa reúne, todos os anos, pessoas vindas de todos os lugares do território brasileiro, tendo contabilizado já 10 mil participantes em uma única edição. O evento, um dos únicos voltados à religiosidade indígena no país, cresceu rapidamente transformando-se em importante ferramenta de manutenção e proteção dessas tradições. "São 15 anos dessa trajetória, de muito sucesso. O Kipupa hoje assume esse lugar dentro do Estado como sendo o maior evento da cultura popular e dos povos tradicionais de Pernambuco, já que não temos mais a Festa da Lavadeira. O Kipupa ocupa essa lacuna que deixou tanta saudade e ele assume no Brasil como sendo um evento do país do povo da Jurema", diz o fundador da festa, Alexandre L’Omi L'Odò, sacerdote juremeiro, historiador e mestre em Ciências da Religião. 

A organização da festa pretendia trazer uma atração nacional e os nomes de Leci Brandão e Rita Benedito foram cogitados. Também seriam celebrados os 90 anos da sacerdotisa Terezinha Bulhões e do Terreiro Xambá. A chegada do coronavírus, no entanto, frustrou os planos não só dos realizadores como dos frequentadores do Kipupa. "Realmente, quando começou a pandemia a gente começou a perder as esperanças porque já imaginávamos que seria impossível aglomerar 10 mil pessoas num contexto de pandemia, então todos os planos foram por água abaixo", lamenta Alexandre.

Alexandre L'Omi L'Odo é um dos idealizadores e fundadores do Kipupa. Foto: Reprodução/Flickr Kipupa Malunguinho

A espiritualidade também se posicionou orientando seus seguidores a não realizar qualquer programação sem a devida segurança. Os filhos, prontamente, obedeceram. "Malunguinho, que é a divindade que tá à frente, ele se manteve apoiando o lado de que não haveria o evento. Ele sempre orientou que a festa se faz a qualquer momento mas o importante nessa hora seria preservar a vida. Foi uma orientação expressa da própria divindade, ele disse que não queria de jeito nenhum, a gente até tentou forçar a barra mas ele bateu o pé e disse que não e a gente respeita primeiramente as vontades dele". 

O Sacerdote explica ainda, que este é um momento delicado, para todos de maneira geral, e que tem sido necessário um certo afastamento de determinadas atividades para que a espiritualidade possa atuar. "Para a Jurema, esse momento tem sido de muito trabalho espiritual já que eles estão recebendo muitas pessoas do outro lado e é preciso orientar os espíritos que estão perdidos lá. Então, nesse momento é importante o silêncio, o resguardo, ficar quieto".

Para 2021, Alexandre ainda não tem qualquer previsão e acha precoce tomar qualquer decisão em relação ao futuro do evento agora. "É muito cedo ainda, não temos vacina nem uma solução viável para a resolução do coronavírus. Em setembro do ano que vem talvez ainda estejamos nesse processo, mas estamos de coração bem tranquilo esperando todo o desfecho dessa situação; apenas rezando muito na Jurema por todos aqueles que estão sofrendo e pedindo muito para q a Jurema e os bons espíritos de luz e os orixás possam abençoar a vida de todos e a gente possa sair dessa situação".   

O evento já chegou a reunir 10 mil pessoas na Mata do Catucá. Foto: Reprodução/Flickr Kipupa Malunguinho

Sendo assim, o Kipupa Malunguinho passará pelo seu 15° ano silenciado, mas não por completo. Nesta sexta (18), acontece o seminário Malunguinho 185 anos vivo na alma de um povo. Aberto a todos os interessados, o evento online vai cumprir a etapa educativa do Kipupa. "Mesmo com a trajetória de quase 20 anos de luta do Quilombo Cultural Malunguinho, que é a instituição que realiza o Kipupa Malunguinho ainda é um grande desconhecido da sociedade e não tem 30% do reconhecimento que Zumbi dos Palmares tem como líder pela luta da liberdade do seu povo. Ele (Malunguinho), é o único líder quilombola que não morreu, ele se manteve vivo no terreiro e se comunica com todos, por mais forte que seja o racismo no Brasil, Malunguinho é o exemplo de superação da vida sobre a morte e a cada ano ele agrega mais e mais pessoas".

O Seminário será conduzido pelo professor titular da Universidade federal de Pernambuco e PhD em História, Marcus Carvalho. A transmissão começa às 20h30, no canal de Alexandre L'Omi no Youtube. Os participantes receberão certificado após a atividade. 

 

 

[@#galeria#@]

Um dos mais importantes símbolos da devoção à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, a corda do Círio já está em Belém. Sem as procissões em 2020, por causa das mudanças ocorridas na festividade deste ano em função da pandemia do nvo coronavírus, a corda ficará em exposição para que os fiéis possam expressar sua fé na Virgem e pagar promessas, conforme a tradição.

##RECOMENDA##

Uma parte dela ficará na Estação das Docas, a partir de 23 de setembro, e outra seguirá uma programação definida pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, entre as 95 paróquias de Belém. No sábado, dia 12, a partir das 15 horas, a corda será vistoriada pela Diretoria da Festa de Nazaré no colégio Santa Catarina.

A corda foi produzida em Santa Catarina, como nos anos anteriores. Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro.

A corda chegou a Belém dividida em duas partes de 400 metros. Ela permanece adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis. As informações são do site da Basílica Santiário de Nazaré.

Também nesta quinta-feira (10) houve o lançamento da campanha feita pela Guarda de Nazaré para a festividade deste ano: “Corda que nos une”. O objetivo é dar sentido às principais características da fé dos paraenses na Virgem de Nazaré, união, fraternidade, caridade, humildade, entre outros, que este ano estão sendo colocados em prática especialmente em família, no lar.

Outro propósito é demonstrar que assim como a corda une os promesseiros, a mesma ligação, mesmo que não presencial, é necessária para o fim da pandemia da covid-19. O lançamento também promove a venda de um kit promocional que contém camisa e máscara, e será comercializado por R$ 40,00. O valor arrecadado será destinado às obras pastorais e evangelizadoras da Guarda de Nazaré. 

Clique no ícone abaixo e ouça entrevista com Albano Martins, coordenador do Círio 2020.

[@#podcast#@]

Da assessoria da Diretoria da Festa.

LeiaJá também

Para devotos, Círio virtual terá a mesma exuberância de fé

Websérie aquece o coração dos devotos de Nossa Senhora

[@#galeria#@]

Franceses liderados por Daniel de La Touche, senhor de La Lavandière, foram os primeiros europeus a conhecer a região do Caeté, no Pará, em 8 de julho de 1613, quando ainda habitada pela nação tupinambá. Com o atual nome definido por decreto imperial em 1854, Bragança completa 407 anos neste dia 8 de julho (veja imagens de Bragança no vídeo promocional da prefeitura).

##RECOMENDA##

Depois da chegada dos franceses, somente em 1634 foi fundado o povoado Sousa do Caeté, às margens do rio do mesmo nome, por Álvaro de Souza, e transferido para a outra margem devido às dificuldades encontradas com a comunicação do povoado com Belém. Após a mudança, o povoado passou a ser chamado de Vila-Que-Era até ser modificado para Bragança.

Um dos adventos mais importantes para o desenvolvimento do município foi a fundação da Estrada de Ferro de Bragança (EFB), que começou a ser construída no ano de 1883, a qual foi concluída em 1908, ligando o município até a capital, uma distância de 210 quilômetros. A ferrovia ficou em atividade até 31 de dezembro de 1965, período em que foi fundamental para a expansão das diversas localidades por onde passava.  

Atualmente, Bragança é o maior polo pesqueiro do Estado, e um dos principais do país, exportando sua produção principalmente para as capitais brasileiras e também para o exterior, incluindo ainda o extrativismo de caranguejos. Além da pesca, a economia de Bragança gira em torno da agricultura familiar, da pecuária e do comércio.

A força da cultura bragantina e sua história, somadas às privilegiadas características naturais, que inclui a presença de praias, campos e muitos igarapés, colocam Bragança na rota do turismo, especialmente durante o mês de julho. Além do período das férias escolares, outro momento de grande procura pelo município é durante a Festividade de São Benedito, realizada há mais de 200 anos, de 18 a 26 de dezembro.

Desde 2017, Bragança está sob a gestão do prefeito Raimundo Nonato e seu vice-prefeito, Dr. Mário Junior. Para celebrar os 407 anos, a prefeitura de Bragança presenteou a população com obras de grande importância para o município. Entre elas o destaque vai para a Casa da Cultura, devidamente restaurada e estruturada com mobiliário novo e equipamentos de última geração, reinaugurada no dia 2 de julho.

Outra será, no dia do aniversário do município, a inauguração da  Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cuja obra estava parada havia 13 anos por gestões anteriores e foi retomada e concluída.

Uma programação religiosa e cultural marcará os 407 anos de Bragança. Nesta quarta-feira (8), haverá a tradicional alvorada, seguida de missa celebrada às 6h30, na Vila-Que-Era, local da fundação do município. A cerimônia será restrita, para evitar aglomerações.

Ainda como parte das comemorações, na sexta-feira (10), será realizada uma live cultural, na nova Casa da Cultura, tendo como atração cantores e músicos locais (veja aqui homenagem de artistas ao aniversário do município).

Ascom/PMB.

 

A data de 27 de junho é lembrada como o Dia Nacional do Vôlei. Instituída pelo Ministério dos Esportes em meados da década de 1990, o dia é reservado para celebrar as diversas conquistas da seleção brasileira da modalidade em competições internacionais. Respeitado pela tradição no esporte, o Brasil tem mais de 130 títulos em disputas oficiais femininas e masculinas. Tamanha quantidade de conquistas inspirou atletas e o voleibol passou a ser o segundo esporte mais praticado no Brasil. Um levantamento apresentado pelo portal Terra há pouco mais de dois anos mostra que 15 milhões de pessoas escolhem a modalidade como preferida.

Apaixonada pelo vôlei desde criança, a aposentada Rosemeire Furlanetto, 56 anos, é uma das que não dispensa o jogo durante o tempo livre. "Há sete anos, um amigo montou um time feminino e nos levou para jogar no clube da Mercedes em São Bernardo do Campo, de lá pra cá não parei mais", conta ela, que voltou às quadras para atuar com as duas filhas, no começo dos anos 2000. "Jogávamos aos domingos em uma escola de bairro. Não tem preço quando no meio do jogo elas gritam 'vai mãe!'", diverte-se.

##RECOMENDA##

A aposentada Rosemeire Furlanetto | Foto: Arquivo Pessoal

Com a pandemia e interrupção das atividades esportivas, a atleta amadora não vê a hora de retornar. "Amo tanto o vôlei que jogo em três times diferentes [Athenas, ADV e Nitro/Metrô], jogo misto [mulheres e homens] às segundas-feiras, participo de campeonatos em vários clubes e não pretendo parar tão cedo", enfatiza Rosemeire.

O empresário e economista José Raimundo de Oliveira, 48 anos, é mais um adepto do esporte. Encantado pela "Geração de Prata" (seleção brasileira que tinha nomes como Bernard, Montanaro, Bernardinho, William e Renan nos anos 1980), ele pratica vôlei desde quando era estudante, e chegou a treinar em um dos clubes mais tradicionais da modalidade na década de 1990, o Banespa. "Fomos vice-campeões da Copa Dan’Up pela Escola Estadual José Marques da Cruz e depois de uma peneira no Ibirapuera, fui treinar no Banespa", relata o economista.

Para ele, a magia do esporte não está apenas na disputa. "O vôlei, como outros esportes, é um imã para amizades e é, sem duvida, uma terapia social, além de ser uma das modalidades mais respeitosas, cordiais e inclusiva", comenta. O entusiasmo de Oliveira vai além da paixão por estar nas quadras distribuindo toques e cortadas. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o empresário viu de perto a terceira medalha de ouro do time masculino do Brasil na história. "Acompanho muito a seleção brasileira e tive o prazer de ver a medalha de ouro ao vivo em 2016", recorda.

O diretor de arte e produtor musical Ricardo Batista | Foto: Arquivo Pessoal

Já o diretor de arte e produtor musical Ricardo Batista, 43 anos, divide a atividade profissional com o tempo disponível para o volei. "Em uma semana cheia, bato bola às segundas em um colégio, quartas na Associação Atlética Banco do Brasil [AABB/SP], sábados no vôlei de rua e domingo no Holiday, time que existe há 30 anos e foi o primeiro time que treinei aos 16 anos", conta. Fã de ícones como Marcelo Negrão, campeão olímpico na primeira medalha de ouro da seleção masculina do Brasil, Batista segue os torneios nacionais e se espanta com o desenvolvimento físico dos atletas da atualidade. "Gosto de acompanhar a Super-Liga Masculina e a evolução é absurda. Tenho 1,93 m e era considerado um garoto alto, mas sou pequeno para os padrões de hoje", analisa o atleta amador.

Há cerca de uma década ininterrupta praticando a modalidade, o produtor musical tem mantido a forma com o próprio time em treinamentos feitos a distância, mas sente falta das quadras. "Está sendo muito difícil, a distância dos amigos e de bater bola, mas estamos nos falando por grupos de WhatsApp e fazendo treinos físicos remotos", lamenta. Apesar de não ser um jogo de contato físico, Batista alega estar saudoso até das pequenas confusões em disputa. "Sempre dá aquela esquentada, existe aquela disputa sadia pela vitória e acertar uma bolada no amigo também é bem bacana para tirar um sarro", complementa.

O ano de 2020 ficará marcado na história da humanidade como um dos mais difíceis desde que o mundo é mundo. A pandemia do coronavírus, que assolou o planeta, deixará um rastro de mortes e enlutados, sem falar nos novos hábitos e medos da população mundial. No Brasil, a crise de saúde veio acompanhada por uma grave crise política, com reflexos notáveis  na economia e no desenvolvimento do país. Além disso, a necessidade de se fazer o isolamento social, como estratégia de contingência ao vírus, impactou o modo como estudamos, trabalhamos e até nos divertimos. Com a realização de shows, espetáculos e festas proibidos, uma das características mais marcantes dos brasileiros foi tolhida: a alegria. 

Para os nordestinos, então, esse momento ficará marcado como o ano em que não houve São João, uma das festas mais esperadas e amadas por essas bandas do país. O ciclo junino foi o primeiro grande evento sociocultural  brasileiro diretamente impactado pelo coronavírus e sua não realização vem sendo sentida desde o  fim do Carnaval, quando ainda nem se sabia ao certo como estaríamos em meados de maio e junho. Para aqueles que fazem as festas juninas acontecerem de fato, como os quadrilheiros e quadrilheiras, ‘pular’ esse período do ano tem sido ainda mais sofrido e a consciência da importância dessa pausa divide espaço com a dor que ela causa em cada um deles. 

##RECOMENDA##

Quadrilha Junina Lumiar, conhecida como a Broadway do São João. Foto: Cortesia. 

LeiaJá também

--> Coronavírus altera calendário de festas juninas do NE

--> Coronavírus faz cidades cancelarem festas de São João

Anarriê

Quando chegou de fato à terras pernambucanas, o coronavírus encontrou quadrilhas juninas em plena preparação para o São João 2020. Os grupos costumam passar meses em uma preparação que começa com bastante antecedência, tão logo acabe o Carnaval. A Junina Lumiar, do bairro do Pina, por exemplo, abriu sua temporada de ensaios ainda no ano anterior, no dia oito de dezembro. 

Com  o avanço da crise de saúde, a  vencedora do Concurso de Quadrilhas Juninas promovido pela Prefeitura do Recife de 2019- conhecida como a Broadway do São João,  se viu obrigada a parar as atividades. “A Lumiar já vinha num processo bem adiantado do seu espetáculo 2020  e lamentavelmente, a gente teve que interromper por esse motivo;  o mundo tá se deparando com essa situação desagradável. Nós já estávamos iniciando produção de figurino, já estávamos em estúdio de gravação, já tínhamos feito praticamente toda a base do repertório e tudo foi interrompido”, diz Fabio Andrade, marcador e presidente do grupo, há pouco mais de duas décadas.  

Fabio é marcador e presidente da Junina Lumiar. Foto: Cortesia

Assim como a atual campeã, cerca de 90% dos demais grupos pernambucanos já tinha seus espetáculos em processo adiantado de desenvolvimento. A necessidade de interromper as atividades foi um baque para todo o movimento junino, como comenta Michelly Miguel, presidente da Federação de Quadrilhas Juninas e Similares de Pernambuco (Fequajupe) e da União Nordestina de Entidades Juninas (Unej). “Foi muito doloroso ter que parar todos os trabalhos e ainda mais sem saber quando voltaríamos. A primeira parada foi a suspensão dos ensaios, ali já começou a aflição”. Fabio complementa: “Quando iniciou o processo mais forte da pandemia e vieram os decretos, foi bem difícil e complicado. Tivemos que parar tudo, os trabalhos e os ensaios. Inicialmente, houve uma comoção muito grande, uma saudade já dos ensaios, porque é um dos períodos mais importantes pra quem dança quadrilha”. 

LeiaJá também

--> Quadrilhas estilizadas: como elas surgiram e por que 'incomodam' tanto a alguns?

Caminho da roça

O calendário anual desses brincantes foi totalmente modificado pela pandemia. Além da paralisação da produção dos espetáculos e dos ensaios, as apresentações e eventos que começam a partir do mês de maio - como os pré-juninos, lançamentos de temas de cada quadrilha e festas que levantam recursos financeiros para a manutenção dos grupos -, foram todos cancelados. O fim do ‘sonho junino’ de 2020 repercutiu até na saúde emocional dos brincantes. “Hoje nós temos quadrilheiros com depressão, com crise de ansiedade, quadrilheiros tristes em casa. tá sendo bem complicado, bem pesado”, lamenta a presidente da Fequajupe. 

Mas os impactos vão além da frustração pessoal e tristeza de cada brincante. A paralisação das quadrilhas juninas também causa um forte impacto econômico em suas comunidades. Cada grupo movimenta uma cadeia produtiva que envolve os mais diversos profissionais, como costureiras, maquiadores, coreógrafos, marceneiros, designers, músicos, cabeleireiros e soldadores, entre outros. Os próprios ensaios, que acabam sendo verdadeiros eventos, e as festas, geram renda, de maneira direta e indireta, com a comercialização de alimentos e bebidas, entre outros. “A gente tem um peso enorme no comércio do grande Recife em relação ao material que a quadrilha usa. Tem quadrilhas que usam 100 mil reais em material então, tudo isso tá parado”, diz Michelly. 

Alavantú

Parar o sonho de um ano inteiro, de maneira tão abrupta e ainda por cima, diante do contexto de uma pandemia como esta, pode repercutir seriamente na saúde mental de uma pessoa. O psicólogo Claudio Marinho de Albuquerque fala sobre os problemas que esse momento podem gerar e como é possível atravessá-lo de forma mais saudável. 

[@#video#@]

Preparar para o viva

Michelly Miguel é presidente da Fequajupe e da Unej. Foto: Cortesia.

Para minimizar o sofrimento, e a falta que o ciclo junino já está fazendo entre os quadrilheiros, as redes sociais serão fortes aliadas. “Com certeza (vai haver) muitas postagens, muitas lives, deve acontecer muita coisa pra tentar acalentar o coração, pra gente não perder a esperança”, diz o marcador da Lumiar, Fabio. Essas coisas já vêm sim, acontecendo, como a exibição de pré-juninos passados e lives nas redes da Fequajupe. Em junho, o canal no YouTube da federação terá uma programação especial, inclusive com um seminário online e um workshop para os amantes da cultura junina. 

O ano de 2020 ficará marcado na memória de cada quadrilheiro e quadrilheira como um período duro e triste, mas certamente, as lembranças não serão mais fortes do que o amor que cada um deles tem por sua quadrilha e por essa tradição nordestina tão forte em nossa cultura. É o que se pode sentir pela fala de Fabio: “Nós somos muito apaixonados pelo que  fazemos, é muito visceral, é de dentro pra fora. A vontade, o desejo que 2021 chegue rápido são conversas que acontecem diariamente. Isso tá acontecendo no movimento todo. Acredito que quando isso passar, que a gente tiver oportunidade de voltar, a coisa vai ser muito linda, vai ser muito forte. Vai ser uma festa linda, o quadrilheiro vai delirar, ele vai levar alegria pro mundo”.




 

Apesar da pandemia do novo coronavírus, Caruaru quer manter a fama de ser proprietário do melhor São João do Mundo. A festa não pode acontecer como de costume, com shows e festas que reúnem um grande número de pessoas, no entanto, a prefeitura do município decidiu realizar uma programação online, contando com a solidariedade não só dos artistas como a do público. 

LeiaJá também

##RECOMENDA##

--> Coronavírus altera calendário de festas juninas no NE

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra anunciou na manhã desta sexta (8), como serão os novos moldes da festa. Segundo a gestora, não haverá uso de dinheiro público no evento que será totalmente online. Além disso, será levado em conta, para montar a grade da programação, o respeito às tradições locais e o apelo pela solidariedade do público, que será chamado para ajudar aqueles que estão em situação de vulnerabilidade durante essa crise de saúde. 

O modelo final do evento ainda está em análise bem como a prospecção de patrocinadores, uma vez que a prefeitura está impossibilitada de contratar artistas para que os recursos do município sejam prioritariamente destinados ao enfrentamento à pandemia. Novas informações as festividades juninas de 2020 serão divulgadas em breve. “O São João no nosso município é um momento de celebração cultural. Desde a pessoa que faz a comida de milho, ao trio pé de serra, a todos os envolvidos. Não é uma notícia fácil de ser dada em lugar que tem uma cultura tão forte como a do São João”, destacou a prefeita Raquel Lyra.

*Com informações da assessoria

A vitória inédita no Oscar alcançada pelo filme sul-coreano “Parasita”, do diretor Bong Joon-ho, quebrou 92 anos de tradição em Hollywood e abre uma nova era para filmes coreanos e estrangeiros no primeiro plano do cinema mundial.

“Parasita”, que conta a infiltração de uma família pobre em uma casa rica, conquistou no domingo quatro prêmios no Oscar – melhor filme, melhor diretor, melhor filme internacional e melhor roteiro original – tornando-se o primeiro filme de língua não-inglesa a levar o principal prêmio de Hollywood, desde que esses prêmios foram criados em 1929.

##RECOMENDA##

“O diretor Bong não apenas muda a história cultural sul-coreana, mas também a história de Hollywood”, afirmou nesta terça-feira em editorial o maior jornal do país, Chosun Ilbo.

A Academia tem estado “obcecada com filmes em inglês feitos por brancos”, acrescenta, tornando “mais difícil para um coreano ganhar um Oscar com um filme falado em coreano do que ganhar o Prêmio Nobel de Literatura”.

Os prêmios recebidos por “Parasita” anunciam a “chegada de uma nova era” e isso gera “um tremendo potencial” para filmes estrangeiros nos Estados Unidos, afirma Gina Kim, professora da UCLA e diretora de cinema.

Hollywood “continua a prevalecer e domina a indústria cinematográfica mundial”, afirma à AFP. “É notório que não permitia que filmes em língua estrangeira entrassem em seu pátio. Com o sucesso de ‘Parasita’, isso muda”.

Após sua vitória, o diretor sul-coreano disse à imprensa que as pessoas do planeta estão cada vez mais conectadas.

"Assim, um dia chegaremos a uma situação em que não importa se um filme é falado ou não em uma língua estrangeira", acrescentou.

- Presença crescente -

O histórico prêmio a Bong coroa o ano de 2019, no qual se comemorou o 100º aniversário do cinema sul-coreano.

A Coreia do Sul possui a quinta maior indústria cinematográfica do mundo, e sua presença está crescendo nos últimos anos e décadas no circuito de festivais ao redor do planeta.

Em 2004, o filme de ação de Park Chan-wook, “Oldboy”, venceu o Grand Prix em Cannes. Além disso, o drama do diretor Kim Ki-duk, “Pieta” (2012), ganhou o Leão de Outro de Veneza.

O cinema sul-coreano também foi convidado para Hollywood em 2013, com o terror psicológico de Park Chan-wook “Segredos de Sangue”, com Nicole Kidman e Mia Wasikowska, e com “Expresso do Amanhã”, do próprio Bong, um filme de ficção científica distópico com Tilda Swinton e Ed Harris.

O cinema sul-coreano teve um renascimento nos anos 90, com o surgimento da democracia após décadas de ditadura militar.

O Oscar de Bong “é uma ocasião inesperada para o cinema sul-coreano valorizar todos os talentos que viu nos últimos anos”, observa Jason Bechervaise, professor da universidade sul-coreana Soongsil Cyber.

A receita sul-coreana é, sem dúvida, uma homenagem à liberdade e ousadia de seus artistas. Em 2007, o ex-presidente Kim Dae-jung havia insistido com o governo: “Ofereça apoio financeiro a artistas, mas acima de tudo nunca intervenha em seus trabalhos. Assim que o governo interfere, as indústrias criativas quebram”.

O sucesso de “Parasita” também despertou grande entusiasmo na diáspora asiática da América do Norte, causando grandes reações de alegria pelo autor coreano-americano Min Jin Lee e pela atriz Sandra Oh.

A representação de asiáticos nos filmes de Hollywood “ainda é muito esporádica”, apesar do sucesso em 2018 da comédia romântica “Podres de Ricos”, com apenas atores asiáticos, lembra Michael Hurt, sociólogo da Universidade de Seul.

A tradicional Festa de Iemanjá, celebrada anualmente no dia 2 de fevereiro em Salvador, agora é oficialmente Patrimônio Cultural da cidade. O título foi concedido neste sábado (1º), pela prefeitura da capital baiana, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). 

"A Festa de Iemanjá leva a imagem de Salvador para o Brasil e o mundo. Esse é um título extremamente justo, e o bacana é que esse evento acontece às vésperas da celebração, realizado amanhã (02), embelezando e enriquecendo ainda mais o Rio Vermelho e a primeira capital do Brasil", afirma o prefeito de Salvador ACM Neto.

##RECOMENDA##

O processo para tornar a Festa de Iemanjá Patrimônio Cultural de Salvador foi registrado em novembro de 2019, sob o nº 1002/2019, visando a inscrição da festa no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações da FGM. A notificação de abertura do processo, assinada por Fernando Guerreiro, presidente da FGM, foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 19 de novembro. 

O pedido partiu da OAB-BA e teve a declaração de anuência da Colônia de Pescadores Z1, responsável pela realização da festa. Para abertura do processo, a equipe técnica da Diretoria de Patrimônio e Humanidades consultou os pescadores do Rio Vermelho.

O registro é assegurado por meio da lei 8550/14 e constitui ações de valorização e reconhecimento da festa. O cortejo é realizado no meio do mar, com várias embarcações que levam presentes à Iemanjá e vem sendo promovido por pescadores desde a década de 1920.

*Com informações da assessoria 

O Clube das Pás está retomando uma antiga tradição adormecida há 40 anos. O concurso Miss Clube das Pás volta a ser realizado em busca daquela que vai representar o clube no Miss Pernambuco. A disputa acontece no próximo sábado (18). 

Ao todo, 25 candidatas disputarão o título. Para participar, é preciso ter entre 18 e 26 anos, ser solteira e não ter filhos. A vencedora vai representar o Clube das Pás no Miss Pernambuco além de ganhar uma viagem para Fernando de Noronha com direito a acompanhante. Interessadas podem se inscrever pelo e-mail misspernambuco@hotmail.com.

##RECOMENDA##

A última Miss Clube das Pás foi eleita em 1980. Marilena Rodeira Pontes representou o clube no Miss Pernambuco e ficou em 12º lugar na classificação geral. 

Nesta segunda (6), a Casa da Rabeca promove a 25ª edição de sua tradicional Festa de Reis. Além de encerrar o ciclo natalino, o evento vai prestar uma homenagem ao Mestre Aicão, do Boi Coroado de Araçoiaba, falecido no último dia 26 de dezembro. 

A festa começa às 19h com apresentação do Mamulengo Alegre de Olinda. Na sequência, os grupos de Cavalo Marinho Boi Matuto de Olinda, Boi Brasileiro e Estrela do Amanhã, ambos de Condado. Além disso, também se apresentam o Boi Ventania, de Feira Nova e o Boi Coroado de Araçoiaba, homenageando seu criador, Mestre Aicão. 

##RECOMENDA##

Serviço

25ª festa de Reis da Casa da Rabeca do Brasil

Segunda (6) - 19h

Casa da Rabeca (Rua Curupira, 340 - Cidade Tabajara - Olinda)

Gratuito

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando