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Dan Stulbach está de volta às novelas. E o ator realmente fez a lição de casa. Ele estará na novela A Força do Querer, de Gloria Perez, e interpretará um pai que descobrirá uma filha transexual. Em entrevista ao jornal Extra, Dan garantiu que entrevistou alguns transexuais para se adaptar melhor ao personagem e passar ainda mais veracidade em sua postura na trama.

"Por minha iniciativa, entrevistei alguns trans e gravei. Procurei saber como os pais entendem essa questão. Para mim, foi muito bom para a composição. Os processos mais amorosos são a parte mais bonita disso tudo".

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Este ano, o ator completa 20 anos de carreira. E claro que neste tempo todo Dan tem muitos motivos para comemorar.

"Não tinha me dado conta de que já se passaram duas décadas. Lembro claramente de O amor está no ar. Eu era um ufólogo. Tenho orgulho dessa trajetória. Sou inquieto. Não sei se é qualidade ou defeito. Faço rádio, programa de esporte, sou diretor artístico, ator, diretor... Me arrependo, às vezes, mas sou fiel a mim mesmo".

O deputado federal Jean Wyllys (Psol) deu abertura a mais uma polêmica, neste sábado (28), ao comparar a cirurgia de transgenitalização [mudança de sexo] com outros procedimentos. “Muita gente fala que a gente não deve subverter o corpo que a natureza nos deu, que é errado fazer isso se a natureza nos deu um corpo e que eu não tenho que mexer. As pessoas esquecem que estão mexendo no corpo o tempo inteiro”, declarou durante entrevista. Uma parte do vídeo foi publicado em seu Facebook. 

“As pessoas que nascem com os dentes tortos e usam aparelho ortodôntico, uma pessoa que tem um problema no coração faz uma ponte de safena, uma mulher que se sente infeliz porque tem os peitos pequenos e não se sente desejada faz uma cirurgia plástica para ficar mais feliz consigo mesma. Por que a sociedade vai negar às pessoas transexuais o direito de ter, no âmbito da saúde, um atendimento como uma cirurgia de transgenitalização?", questionou. 

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O deputado disse que todo esse processo de aceitação é fonte de sofrimento. “Algumas pessoas vêm a esse mundo habitando uma pele que não lhe cabe. Uma pele que lhe parece ou muito folgada ou apertada demais e isso é fonte de muito sofrimento ao ponto da pessoa abandonar tudo para firmar essa identidade e ao ponto dessa pessoa cair na marginalidade, romper com a família, viver na marginalidade, se prostituir para poder firmar aquilo que ela imagina de si mesma. Vem acompanhada de muita dor e de muita violência, então, é natural que alguma dessas pessoas entre, inclusive, em surto psicótico, em crises existenciais porque o mundo não lhes acolhe”.

Jean Wyllys acredita que os transexuais são os que sofrem mais violência. “São os mais inviabilizados. São aquelas cujo estigma tem o mesmo papel do estigma da cor da pele, por exemplo, a orientação sexual cabe num armário, um homossexual pode mascarar sua orientação, pode não dizer sobre ela, pode colocar em um armário e estar livre da violência. O transexual não pode fazer isso porque entidade de gênero se afirma como a cor da pele é inevitável. É o corpo. Nesse sentido, os trans sofrem muito mais violência e acho justo a gente dar espaço”.

O parlamentar também falou que a sociedade acredita que a classe LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] faz parte do que chamou de “mesmo pacote”. “Aos olhos do restante da sociedade, das pessoas que não fazem parte da comunidade LGBT, da grande maioria, nós somos tudo a mesma coisa. Apesar dessa sopa de letra LGBT, nós somos todos vistos como parte de um mesmo pacote. Bananas de um mesmo cacho, farinha do mesmo saco. Isso não é de todo errado. Somos todos insultados ou difamados por conta dessa inversão. Não é de todo errado dizer que fazemos parte de um mesmo pacote, porém, é obvio que os travestis e os transexuais, estão mais inviabilizados”, ressaltou. 

No momento em que a corrida pelo mercado de trabalho é cada vez mais intensa, ao mesmo tempo que as oportunidades são escassas em época de retração econômica, um projeto idealizado na capital pernambucana ganhou vida a partir da luta pela igualdade de gênero. Denominado ‘Monalisa’, o projeto, criado e validado neste semestre no Startup Weekend Recife Comunidades, busca ligar empresas que oferecem emprego a transexuais que sonham em ganhar espaço no mercado de trabalho.

Monalisa venceu o Startup Weekend. No seu histórico, guarda uma conexão de sucesso entre Perolla Rayssa, trans de baixa renda moradora da Comunidade do Pilar, área central do Recife, e a rede Julietto, atuante no ramo de gastronomia. Esse caso, entretanto, ainda é o único registrado pelo empreendimento, pois algumas companhias, apesar de apoiarem a ideia, ainda não se mostraram disponíveis a contratar transexuais. 

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Idealizada pela jornalista Raíssa Ebrahim, além da desenvolvedora Fernanda Almeida, da cientista social Mayara Menezes e da psicóloga e mulher trans Céu Cavalcanti, Monalisa é uma plataforma online. Por meio do site, há sugestões de pontes entre transexuais e empregadores, bem como o projeto busca compartilhar histórias que destacam a importância da inclusão social e da geração de oportunidades igualitárias de emprego.

“Monalisa também oferece apoio psicológico para trans e travestis e capacitação empresarial para que as empresas sejam capazes de construir uma inclusão real, com afeto e respeito. Outro grande diferencial é o Selo Monalisa, que está sendo criado e será atestado para mostrar que empresas são amigas da visibilidade trans. Essa população ainda é enxergada pelas lentes de estigma muito forte e enfrenta uma realidade de preconceito, não aceitação familiar, baixa escolaridade, network restrito”, destaca Raíssa Ebrahim.

Empresas e demais empregadores interessados em firmar conexões podem acessar o site da Monalisa. No mesmo endereço virtual há detalhes do funcionamento do projeto, além do passo a passo para quem busca ou pretende oferecer emprego.

Drama nos números

Levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) aponta que 90% das pessoas trans e travestis ingressam na prostituição. Essa, segundo o estudo, é a única alternativa de sustento financeiro desse público.

De acordo com a ONG Transgender Europe (TGEU), o Brasil é o país que mais mata trans e travestis em todo o mundo. No mais recente cálculo, de 2008 até março de 2014, 604 mortes foram registradas em solo brasileiro.  

O ator Alexandre Borges resolveu quebrar o silêncio sobre um vídeo divulgado nas redes sociais em que aparece ao lado de uma travesti e supostamente preparando o consumo de cocaína. Segundo entrevista ao jornal Extra, Borges afirmou que não houve relação sexual, orgia ou uso da droga. 

Além do esclarecimento sobre o que aconteceu no local, Borges ainda avisou que vai deixar a situação longe das questões judiciais, embora as gravação e divulgação do vídeo tenham sido feitas sem seu consentimento. “Sei que este é um assunto pessoal. Não estou aqui me desculpando de nada. Não pretendo tomar nenhuma atitude jurídica”, comentou na entrevista.

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O ator ainda salientou que se viu obrigado a explicar os acontecimentos daquela noite. “Devido ao vídeo feito sem meu conhecimento e divulgado na internet indevidamente, me vejo forçado a esclarecer alguns pontos que, a meu ver, foram distorcidos e ampliados. Foi um encontro casual com três pessoas depois de uma festa”, disse Alexandre Borges.

Além de explicar o acontecido, Borges ainda falou sobre a própria sexualidade. O artista disse não ter preconceitos com gênero ou opção sexual, mas que suas opções são claras para si mesmo. “Quando percebi que não queria mais continuar, encerrei”, revelou.

Alexandre Borges afirmou que a segunda pessoa que aparece com ele no vídeo pediu para que a gravação fosse apagada para não ser exposta. O ator ainda contou que pensou em não se posicionar, mas que fez isso pelas pessoas que gosta. “Sinceramente, quero o bem de todos os envolvidos”, explicou.

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Resolução do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), publicada nesta terça-feira (5) no Diário Oficial da União, reconhece o nome social de advogados travestis e transexuais. A decisão foi tomada pelo Conselho Pleno da OAB em maio deste ano e abre caminho para que advogados travestis e transexuais usem o nome social no registro da Ordem.

A proposta, aprovada por unanimidade, permite a inclusão do nome social nas carteiras de identidade profissional e nas identificações online no âmbito dos sistemas da OAB em todo o país.

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Em entrevista à Agência Brasil, a advogada e professora de direito das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) Giowana Cambrone disse que a resolução possibilita a transexuais e travestis exercer a profissão de forma digna e justa.

“Atuo como advogada desde 2014. Nunca usei nome social porque modifiquei meu nome civil. Mas essa mudança só é efetuada por processo judicial, muitas vezes moroso, que depende do entendimento do juiz”, contou Giowana, que é transexual.

Segundo a advogada, esse tipo de processo gera expectativas e muita ansiedade. “É uma pessoa estranha te avaliando e dizendo o que você é ou não. É uma situação, no mínimo, constrangedora e que demora, em média, de um a quatro anos”.

Para a advogada, o uso do nome social, no Brasil, funciona como uma espécie de gambiarra jurídica que permite que o travesti ou transexual se apresente sem passar pelo constrangimento de se expor por um nome que não corresponde ao seu gênero.

“O nome social é uma conquista muito válida, mas não é tudo o que se quer. O ideal é que uma lei de identidade de gênero seja aprovada para que as pessoas possam retificar seus nomes civis sem passar por um processo judicial.”

A resolução do Conselho Federal da OAB entra em vigor em 180 dias.

Nesta edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 408 travestis e transexuais poderão usar o nome social nos dias de provas. O número representa um aumento de 46% em relação ao último Enem, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Ao todo, o Inep recebeu 842 solicitações de uso do nome social no Enem deste ano. Destas, 434 foram reprovadas porque os interessados não encaminharam a documentação, conforme exigia o edital do exame.

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Para serem tratados pelo nome social, os candidatos tiveram que fazer a inscrição no período normal e depois um prazo para formalizar o pedido pela internet, com o preenchimento de formulário e envio de foto recente e cópia de documento de identificação.

Em 2014, quando o Enem aceitou pela primeira o uso de nome social por travestis e transexuais, 102 solicitações foram atendidas.

Os participantes travestis e transgêneros também têm garantido o direito de usar, nos dias de prova, o banheiro do gênero com o qual se identificam.

Enem

As provas do Enem serão realizadas nos dias 5 e 6 de novembro. Mais de 8,6 milhões se inscreveram par ao exame.

A nota do Enem é usada na seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas na educação superior privada, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e vagas gratuitas nos cursos técnicos oferecidos, por meio do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino médio.

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Polêmico desde o lançamento do seu edital, por restringir a participação de travestis e transexuais, o concurso da Polícia Militar de Pernambuco está marcado para o próximo domingo (29). Mais de 123 mil candidatos se inscreveram para o processo seletivo, em busca de uma das 1500 vagas disponíveis para o cargo de soldado, o que corresponde uma concorrência de 82,3 candidatos por vaga.

Em mais de 200 prédios de realização do processo seletivo, os participantes da seleção farão a prova das 8h15 até 12h45, porém, os portões dos locais serão fechados exatamente às 8h. De acordo com a Comissão de Concursos do Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco (Conupe/Iaupe), responsável pela organização do certame, a saída dos candidatos apenas será liberada após três horas do início do processo seletivo.

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A Conupe ainda alerta que “não serão permitidas, durante a realização das provas, consultas a anotações ou a livros bem como portar, no recinto, mochilas, bolsas, pochete, bagagem, boné, relógio, óculos escuros, qualquer espécie de equipamento eletrônico ou de aparelho de comunicação, aparelhos celulares, equipamentos auxiliares de memória ou outros de qualquer natureza, cujo porte excluirá o candidato do Concurso”. O uso de qualquer tipo de arma, mesmo que o porte seja legal, também está proibido.  

Os candidatos também devem ficar atentos quanto ao porte do cartão informativo, disponível na internet. Os concorrentes serão submetidos a uma prova escrita com 60 quesitos de múltipla escolha, cada uma com cinco alternativas de resposta. Serão cobradas questões de língua portuguesa, matemática, geografia, direitos e garantias fundamentais e história.

Segundo o edital do processo seletivo, o resultado da prova escrita será divulgado no dia 20 de junho. Já do dia 27 do mesmo mês até 18 de julho, haverá a realização do exame de aptidão física. O resultado final do certame ainda não tem data para ser divulgada. Mais informações podem ser obtidas no site da organização do concurso.

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Texas e outros dez estados entraram nesta quarta-feira na "batalha dos banheiros" que agita os Estados Unidos, recorrendo à Justiça contra o governo Barack Obama por suas medidas contra a discriminação das pessoas transexuais.

As ações judiciais foram apresentadas pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, e por outros dez estados, contestando uma circular distribuída em 13 de maio pelo governo Obama ao sistema educacional. O memorando afirma que o acesso aos banheiros deve ser feito de acordo com o sexo com o qual o aluno se identifica, e não pelo sexo de nascimento.

Uma determinação do Governo Federal na semana passada gerou críticas por parte da vereadora Michele Collins (PP) nesta segunda-feira (2). Em um discurso feito na Câmara do Recife, a parlamentar repudiou o decreto nº 8.727/2016, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais na administração pública federal.

O texto do decreto prevê que sejam reconhecidas, tanto na administração direta como nas autarquias e fundações, a identidade de gênero dos indivíduos – ou seja, a forma como uma pessoa “se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em sua prática social.”

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Segundo Michele Collins, a decisão provocou reações negativas nas redes sociais. “Isso comprova mais uma vez que a sociedade rejeita tal ideologia porque entende que ela vem de um movimento que tenta de todas as formas reorientar a sexualidade humana, indo de encontro à natureza.”

De acordo com a vereadora, a psicóloga cristã Marisa Lobo foi uma das que se manifestaram contra o decreto. Ressaltando que, segundo a psicológa, o tema pode criar uma guerra ideológica, Michele Collins comentou ainda que “Marisa Lobo vai além ao dizer que essa medida surge para confrontar a bancada evangélica, a qual a presidente chama de ‘conservadora’.”

Com informações da assessoria da Câmara do Recife

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) passou a reconhecer o uso de nome social para quem o nome civil não reflita sua identidade de gênero. O ato que disciplina a adoção vale para toda comunidade acadêmica e foi assinado no último dia 22 de janeiro pela reitoria e Fundação São Paulo, mantenedora da instituição de ensino.

As PUCs do Rio e Minas já haviam garantido o direito ao nome social no ano passado. Transexuais, travestis e transgêneros são impactados diretamente com a medida.

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Segundo o ato da PUC-SP, o nome social será incluído nos registros do aluno, desde listas de chamada, divulgação de notas e nome de usuário no sistema de informática. O nome civil continuará a ser emitido no histórico escolar e diplomas, mas o social será adotado, por exemplo, na solenidade de colação de grau.

O aluno pode pedir a alteração do nome a qualquer momento do ano letivo. A norma segue portaria do Ministério da Educação de 2011, que garante esse direito, a e também resolução nº 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT) de 2015.

A 14ª edição da Parada do Orgulho Gay de Belém foi realizada domingo (18) e fez percurso da avenida Presidente Vargas até a praça Waldemar Henrique. A passeata que começou às 12h30 e se estendeu até as 19 horas com uma programação cultural no palco da praça. Entre as apresentações agendadas houve show da banda Fruto Sensual, com a participação especial de Hellen Patrícia, da banda Xeiro Verde.

O evento deste ano, que teve como tema "Travestilidade e Transexualidade, minha vida, minhas regras, meus direitos", possuiu foco mais politizado, em vez do tom mais festivo das edições anteriores. "Apesar de a mudança parecer radical, saímos da micareta e fomos para algo mais organizado e com reivindicações, a partir de hoje será assim", afirmou Bárbara Pastana, coordenadora do evento, à Agência Belém.

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A Polícia Militar destacou um efetivo de 170 homens para garantir a segurança da Parada, que teve cerca de 300 mil participantes.

Entre os participantes estava Tom Ribeiro, de 24 anos, que trabalhou também como coordenador do evento. “Queremos chamar atenção da sociedade e, cada vez mais, também da esfera pública, para a importância da diversidade. Queremos que nos olhem como cidadãos”, disse.

O número de transexuais e travestis que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano quase triplicou em relação ao ano passado. Em 2015, 278 solicitaram o uso do nome social nos dias do exame, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2014, foram feitos 102 pedidos.

O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas era preciso solicitar o uso por telefone. Neste ano, o pedido foi feito pela internet. Nos dias do exame, os transexuais deverão ser tratados pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade. Além disso, usarão o banheiro do gênero com o qual se identificam.

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“Eu acho que os números por si só já mostram que quando se instrumentaliza, quando se atende uma solicitação que a gente faz há tempo, isso repercute de alguma forma”, diz a vice-presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Keila Simpson. Segundo Keila, a segurança de que serão tratadas pelo nome social faz com que muitas pessoas se sintam mais tranquilas para se inscrever e fazer o Enem.

A produtora de TV Bárbara Aires, 25 anos, é uma das que fizeram a solicitação do uso do nome social. “O nome social é a sua identidade e quando não há garantia [de ser tratada assim], a pessoa se sente num ambiente hostil. O nome social respeita essa pessoa que tem o direito de ser tratada assim”, diz. Bárbara quer usar o Enem para ingressar no ensino superior.  “Quero usar o Enem para mudar a minha realidade”.

De acordo com o Inep, São Paulo é o estado que lidera as solicitações, foram 89. Em seguida está o Rio de Janeiro, com 33, Minas Gerais, com 29, o Paraná, com 22, a Bahia, com 18, Pernambuco e o Rio Grande do Sul, ambos com 12. Os demais tiveram menos de dez soclicitações. Roraima, Acre e Amapá não registraram pedidos.

O Enem neste ano será nos dias 24 e 25 de outubro. As provas serão aplicadas em todos os estados e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 7,7 milhões de candidatos confirmaram a inscrição.

Destacar a importância do respeito ao uso do nome social e do banheiro por travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais, informando, conscientizando e sensibilizando a comunidade acadêmica. Com esse objetivo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou a campanha “Meu Nome Importa”, nessa quarta-feira (24), no Campus Recife. A iniciativa é uma das ações do evento “Desterritorializando os Gêneros: Uma Antena Queer Enfiada na Lama”.

De acordo com a instituição de ensino, nas próximas semanas os campi da Federal receberão cartazes, banners e faixas da campanha, bem como os banheiros terão adesivos nos espelhos para as pessoas tirarem fotos e compartilhar nas redes sociais. Para o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, a campanha é uma forma de envolver a comunidade acadêmica e fortalecer o compromisso social. “A universidade é o lugar da cultura, do conhecimento, da autonomia, da inclusão, dos olhares múltiplos e do sentir-se bem. Então, a campanha ‘Meu Nome Importa’ é uma construção que envolve estudantes, técnicos, docentes, pesquisa e atividades ligadas ao compromisso social, de tal maneira que a Universidade acolha e sinta-se acolhida por todos e por todas que desejem se expressar da forma que lhes faça felizes”, declarou Brasileiro, conforme informações da assessoria de imprensa da UFPE.

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Também integram a campanha vídeos informativos e testemunhais. Esses últimos contarão com os depoimentos de 16 personagens da UFPE. 

As transformações corporais e o dia a dia de 10 transexuais recifenses compõem a série fotográfica exposta na mostra Mulheres: nascer é comprido, do fotógrafo Chico Ludermir. A instalação será inaugurada nesta quinta (23), na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), às 20h30.

As fotos, impressas em azulejo, exploram o tema da transformação corporal vivida por transexuais. Ao todo, 20 fotografias fazem parte do trabalho, sendo 10 capturadas por Ludermir e as demais vindas de arquivos pessoais das mulheres 'trans'. A pesquisa durou dois anos e exigiu do fotógrafo uma imersão profunda em seu campo de estudo. Ainda fazem parte da exposição um conjunto de 10 breves vídeos nos quais estas mulheres falam de seus percursos de transição e também leem trechos dos textos que o artista escreveu a partir de encontros com elas.

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Antes da estreia da mostra, nesta quinta (23), uma mesa redonda com o curador Moacir dos Anjos, a professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE, Cristina Teixeira e do próprio Ludermir, será realizada no Memorial de Medicina de Pernambuco, vizinho ao prédio Ulysses Pernambucano, da Fundaj. O bate-papo inicia às 19h e vai discutir a exposição e sua representação artística.

Serviço

Abertura da mostra Mulheres: nascer é comprido

Quinta (23) | 20h30

Visitação até 24 de agosto

Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj (R. Henrique Dias, 609 - Derby)

Gratuito

 

Mesa redonda com Moacir dos Anjos, Cristina Teixeira e Chico Lurdermir

Quinta (23) | 19h

Memorial de Medicina de Pernambuco (R. Amauri de Medeiros, 206 - Derby)

Gratuito

Os travestis e transexuais inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 que quiserem ser atendidos pelo nome social nos locais de prova tem até esta sexta-feira (26) para fazer a solicitação. O pedido é feito na página do participante, no site do Enem.

Para solicitar o uso do nome social é preciso preencher um formulário, assiná-lo e enviá-lo pelo sistema junto com uma foto recente e um documento com foto. Os pedidos serão avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O edital do Enem registra que o órgão poderá solicitar documentos que atestem a condição que motiva a solicitação desse atendimento.

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O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas a solicitação era feita por telefone. No dia do exame, as pessoas transexuais deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade.

As provas do Enem serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. Cerca de 8,5 milhões de candidatos se inscreveram. A nota do exame é usada pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 

O grupo É o Tchan está a procura de uma nova dançarina. Em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta quarta (17), os vocalistas da banda baiana, Compadre Washington e Beto Jamaica, revelaram que brevemente será lançado, no Domingão do Faustão, um concurso para escolher a nova integrante do Tchan que poderá ter o cabelo de qualquer cor e até qualquer gênero.

Diferentemente do que aconteceu no final dos anos 1990, quando depois da saída de Carla Perez do grupo um concurso para achar outra loira para substitui-lá foi realizado também no dominical de Fausto Silva, elegendo Sheila Mello para o posto, esta competição não terá pré-requisitos e poderão concorrer além das loiras, ruivas e morenas.

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Compadre Washington, que também empresaria o É o Tchan, garantiu que até transexuais poderão participar: "Aqui não tem preconceito", deixou bem claro. O concurso ainda não tem data de estreia.

O público gay e transexual do Recife teve uma boa oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Uma ação da Prefeitura local, denominada “projeto Emprego e Renda nos Bairros”, foi realizada nessa quarta-feira (27) e cadastrou 37 pessoas no Sistema Nacional de Emprego. Desse número, 13 atendidos foram encaminhados para cargos de trabalho.

“O principal objetivo nesse trabalho é estimular a autoestima dessas pessoas, pois elas já são naturalmente fragilizadas. Existe o estigma de que uma mulher trans só pode ser cabeleireira ou cozinheira. Mas, na realidade, elas podem ter muitas outras aptidões. Por isso, é importante fazer com que elas se sintam mais seguranças para ir atrás de um emprego”, disse a psicóloga do Centro Municipal de Referência LGBT, Paula Albuquerque, conforme informações da assessoria de imprensa. O público foi atendido no próprio Centro, localizado no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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A ativista Lilian Fontenelle, de 38 anos, foi beneficiada pelo serviço. O projeto conseguiu encaminhá-la para uma vaga de operador de telemarketing, mas, mesmo assim, Lilian não esqueceu como é difícil ingressar no mercado de trabalho. “É muito comum termos nosso direitos de empregabilidade violados. Muitas de nós sofrem transfobia quando chegam em uma entrevista de emprego”, relatou a ativista.

O projeto da Prefeitura do Recife promove atividades para descentralizar o atendimento do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda. De acordo com a PCR, por dia, cerca de 400 oportunidades são oferecidas.

Um projeto de lei foi submetido a uma instância do Parlamento iraniano "para melhor proteger os transexuais", indicou nesta terça-feira uma autoridade, citada pela agência de notícias ISNA.

"Para melhor proteger os transexuais, um projeto de lei, incluindo todos os aspectos jurídicos e religiosos, foi preparado e enviado ao Centro de Investigação do Parlamento, que está analisando o texto", afirmou Habibollah Masoudi Farid, adjunto para os Assuntos Sociais de Assistência Social.

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Desde uma fatwa (decreto religioso) do imã Khomeini, fundador da República Islâmica falecido em 1989, o Irã reconhece a transexualidade e as operações de mudança de sexo são realizadas regularmente no país. Esta fatwa foi confirmada pelas novas autoridades.

"Desde 2002, 1.800 pessoas se inscreveram para o nosso serviço", incluindo 330 durante o ano iraniano 1393 (março de 2014 a março de 2015), disse Farid.

Ele indicou que, uma vez confirmada a transsexualidade de uma pessoa por psiquiatras, a pessoa é levada à justiça e a médicos.

"Para evitar problemas devido à sua aparência, a medicina forense fornece-lhes uma carta confirmando a sua transexualidade para que a polícia não tome medidas contra elas", disse o funcionário.

A sociedade iraniana, ainda muito tradicional, aceita mal este fenômeno, enquanto a homossexualidade é totalmente proibida no país e punível com a pena de morte em caso de reincidência.

Travestis e transexuais poderão solicitar este ano o uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a inscrição pela internet. O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas era preciso solicitar o uso por telefone. No dia do exame, as pessoas trans deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade. Além disso, usarão o banheiro do gênero com o qual se identificam.

"Isso quer dizer que ninguém da equipe do Enem poderá se dirigir à pessoa por um nome que não seja o da sua condição, o que se inscreveu. O nome que essa pessoa usa é com o qual deve ser chamado", afirmou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. "As pessoas têm o direito de ser tratadas com o respeito que merecem. Portanto, ninguém deve submetê-las a situação vexatória", acrescentou o ministro.

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Ano passado, foram feitos 95 requerimentos por telefone para o uso do nome social.

Nesta edição, os participantes que desejarem esse atendimento deverão enviar cópia do documento de identificação, formulário preenchido e foto recente pelo sistema de inscrição de 15 a 26 de junho, após o período de inscrição, que é de 25 de maio a 5 de junho.

Para o cantor e ativista trans Erick Barbi, a medida foi bem recebida. "O simples fato de o MEC autorizar o nome social já na inscrição tira o peso de termos que nos explicar para as demais pessoas. Alivia muito o processo e, com certeza, levará mais jovens ao exame. Todos ficarão mais tranquilos e poderão melhorar até o desempenho na prova." 

Ele destaca ainda a importância do uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero: "A maioria das pessoas trans tem problemas ao frequentar o banheiro. Muitos evitam ir ao banheiro", acrescenta.

Coordenadora colegiada do Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Fórum LGBT) do Espírito Santo, Deborah Sabará fez o Enem em 2014 e vai se inscrever novamente este ano. Ela quer cursar serviço social. "Sabemos que é difícil ingressar em uma escola com um gênero diferente do que o sexo designa, mas com o direito de usar o nome social a gente constroi esse espaço", destacou.

Deborah informou que, desde a prova do ano passado, recebe mensagens de outras travestis e transexuais pedindo informações e mostrando interesse no exame. "Vou participar de novo e usar isso como instrumento de militância, de modo a incentivar outras a participarem e voltarem a estudar."

Para a pedagoga Janaina Lima, integrante do Grupo Identidade, de Campinas, a iniciativa é positiva, na medida que atrai travestis e transsexuais para os estudos. Ela ficou quase 20 anos afastada da escola e disse que voltou a estudar "graças ao Enem". Ela conseguiu ingressar na graduação pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).  

Segundo Janaina, a possibilidade de ser chamada pelo nome da identidade afastava as pessoas trans. "Quando a pessoa ia fazer o Enem tinha a questão do nome, uma barreira, podia ser colocada em uma situação vexatória. Agora, se tiver, é uma pessoa ou outra que vai querer praticar ato discriminatório, vai ser menor e é uma pessoa, e não a instituição." O edital do exame será publicado nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União. As provas serão nos dias 24 e 25 de outubro.

Karen Emiliano era criança quando deixou de estudar há 23 anos. Seu nome era Jonas e era agredido por se sentir mulher. Tinha apenas 14 anos quando saiu de casa e embarcou em uma viagem por São Paulo, que o levou à prostituição, mas que hoje o devolveu para a escola.

Como ela, outros 99 transexuais e travestis da maior cidade do Brasil recebem desde fevereiro uma ajuda da prefeitura de 827 reais (mais que o salário mínimo) para frequentar o curso de educação primária ou secundária de seis horas diárias durante dois anos e melhorar seu nível educacional.

No país onde mais membros da comunidade 'trans' são assassinados por ano - 602 vítimas entre 2008 e 2014, segundo a ONG Transgender Europe -, a prefeitura de São Paulo vai investir 3 milhões de reais para reinserir estas cem alunas no mercado de trabalho.

Esta é uma operação de "resgate" social, como definiu o prefeito Fernando Haddad durante a apresentação desse programa pioneiro na América Latina.

Fazendo as contas

Valeryah Rodriguez é rápida. Seus olhos negros marcados pelo rímel se movem de um lado para o outro. Sobra tempo para fazer o trabalho de história e brincar com sua Lecca, que a seu lado se concentra por resgatar a aluna que foi há 30 anos.

O professor lida com agilidade nesta classe do primário em uma escola para adultos de São Paulo. As cinco alunas 'trans' se misturam com a outros oito estudantes, a maioria deles com incapacidade intelectual.

"Minha família é evangélica, imagina. Tive que sair de casa aos 16 anos porque não aguentava mais", conta Valeryah, dizendo que nunca se prostituiu porque essa não é a sua.

Na cadeira ao lado, Karen explica como as contas não fecham e que continua fazendo "serviços" nos fins de semana para pagar os 500 reais da pensão onde vive no centro da cidade.

Os requisitos para admissão no programa Transcidadania, que já tem uma lista de espera de 100 candidatos, são ser transexual ou travesti, residir em São Paulo, estar desempregado e não ter um emprego formal há mais de três meses nos últimos três anos.

Para receber a ajuda econômica, as alunas não podem ter mais de três faltas, mesmo com os coordenadores cuidando para que nenhuma deixe o programa.

"Nestes meses tivemos poucas (baixas). Sim, tivemos problemas pontuais como o de uma aluna que vinha para aula alcolizada. Mas mesmo com o problema, conseguimos que venha às aulas sóbria", conta orgulhosa a coordenadora do programa, Symmy Larrat, que também é travesti.

Mente de mulher

Está na hora da mudança de matéria e Michelly Romera sai da aula de inglês colocando seu boné marrom sobre sua cabeleira loira.

Tem 32 anos e uma uma maquiagem discreta. Com naturalidade conta que trabalhou 16 anos se prostituindo, um deles na Itália.

"A bolsa é pouca, mas ajuda muito. Desde que comecei as aulas, não voltei às ruas", afirma com um sorriso discreto antes de dizer que seu objetivo é estudar psicologia.

Dentro da sala de aula, com um vestido preto justo e o caderno aberto, está à espera Cristiane Mourão, que aos 39 anos voltou a estudar com o sonho de ser enfermeira. Deixou de estudar aos 15 anos porque foi espancado na escola. Desde então, tem driblado a morte em várias ocasiões.

Provou a vida nas ruas e saiu no dia em que um cliente colocou uma pistola no seu ombro para não pagar pelo programa. Mas se sente uma sortuda porque sua família sempre a compreendeu.

"Desde que nasci eu sou assim. Mudei fisicamente, mas nasci com uma mente de mulher. A verdadeira mulher está na mente, não no corpo", diz.

Na fila de trás, Valeryah assente com a cabeça e acrescenta que sua família teria aceitado melhro se ele fosse gay, nunca um transexual.

Mas isso é passado.

"Voltar à escola me devolveu a vida. Me dá muita felicidade pensar que me vou me inserir de novo na sociedade", diz justificando seu bom humor.

"Quero aprender espanhol, inglês, francês, italiano... o que for, é tudo tão chique!", diz em voz alta.

E a classe ri.

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