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Após um trabalho intenso de escuta de representantes da cena musical recifense e seus variados estilos, ritmos e vocações sonoras, que se transformou em um consistente relatório encaminhado pela prefeitura ao Ministério do Turismo e ao Itamaraty, a capital pernambucana acaba de ter a inscrição chancelada para concorrer ao título de Cidade Criativa da Unesco, na categoria Música.

Recife e Campina Grande, na Paraíba, que concorre na categoria Mídia, são as duas únicas candidaturas brasileiras indicadas para integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, que tem por objetivo favorecer a cooperação entre cidades de todo o mundo que consideram e praticam a criatividade como fator estratégico do desenvolvimento sustentável, nos aspectos econômico, social, cultural ou ambiental. O resultado será anunciado em outubro.

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Para confirmarem o título, as cidades são submetidas a uma avaliação final da Unesco, na sede do organismo internacional, em Paris, após o crivo pela Comissão Nacional. Busca-se assegurar diversidade e representatividade de povos e expressões.

"O Recife tem na cultura uma marca identitária, sendo a música uma das suas mais fortes expressões, em criatividade, diversidade, um patrimônio que se reafirma e se renova", afirmou o secretário municipal de cultura, Ricardo Mello. "E esse passo tão importante e significativo, que busca agora a sua efetivação junto à Unesco, não é uma ação isolada, é parte de uma atitude que busca reunir a cidade em torno de uma política cultural, a partir do diálogo com o segmento", completou o gestor.

O título de Cidade Criativa, criado em 2004, foi concedido a apenas dez cidades brasileiras: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema.

As cidades que passam a integrar a Rede assumem o compromisso de compartilhar boas práticas, desenvolvendo parcerias para promover desenvolvimento urbano a partir das indústrias da cultura e da criatividade.

*Da assessoria

Nesta quinta-feira (27), o Instituto Êxito de Empreendedorismo e a UNESCO no Brasil lançam a primeira parte do projeto Lições de Empreendedorismo para o Alcance de uma Educação Emancipadora e Transformadora. Serão apresentados a análise e os resultados da pesquisa “Percepções, conhecimentos e expectativas de estudantes e professores do Ensino Médio da rede pública brasileira sobre o empreendedorismo”, que teve como objetivo mapear como esses dois públicos – estudantes e professores – enxergam o empreendedorismo.

A pesquisa, que teve a participação de 6.595 estudantes e 2.291 professores de ensino público do Brasil, oferece subsídios às diversas instâncias da gestão educacional. A partir dos dados coletados, estão sendo desenvolvidas ações voltadas para os jovens da rede pública de ensino. A expectativa é atender mais de 10 mil estudantes com o projeto-piloto, que, depois, será estendido para toda a rede pública brasileira. “O Instituto Êxito de Empreendedorismo nasceu com a missão de promover uma verdadeira transformação na vida de jovens brasileiros, por meio da educação empreendedora. Estamos felizes de, junto com a UNESCO, potencializar iniciativas e subsídios que poderão enriquecer as políticas de educação em empreendedorismo”, afirma o presidente do Instituto Êxito, Janguiê Diniz. “A partir da pesquisa, temos um panorama do que pensam os jovens e professores da rede pública sobre empreendedorismo e podemos desenvolver produtos e ações direcionadas para incentivar a atitude empreendedora neles”, completa.

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O material didático desenvolvido a partir dos resultados da pesquisa contribuirá para estimular competências, habilidades e atitudes empreendedoras nos estudantes. Os beneficiários também terão acesso à plataforma online do Instituto Êxito de Empreendedorismo, que já possui mais de 500 cursos gratuitos. “Por meio desse projeto, será possível alcançar o passaporte para a emancipação e a cidadania desses jovens, bem como o desenvolvimento social e econômico do país. Nós vamos preparar uma nova geração de empreendedores brasileiros, descobertos nas escolas públicas de Ensino Médio”, explica o vice-presidente do Instituto, Celso Niskier.

“Para a UNESCO, é um privilégio ser parceira de uma iniciativa como essa. O fechamento das escolas por conta da pandemia tem consequências que vão além da aprendizagem. Ao ficar em casa, longe do ambiente escolar, os jovens têm mais dificuldades para desenvolver suas competências e habilidades. Soma-se a isso o agravamento da crise econômica, que atinge de modo mais severo a população de baixa renda”, afirma a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto. “Com a pesquisa sobre o empreendedorismo nas escolas de Ensino Médio, estamos ajudando na construção de um futuro com menos desigualdades e mais oportunidades para todos”, destaca.

“Encontramos na UNESCO uma sintonia muito grande com a missão do Instituto, que é transformar vidas por meio da educação empreendedora. A metodologia que estamos desenvolvendo é inovadora e focada no protagonismo dos jovens, dando o necessário respaldo de qualidade ao projeto”, reforça Janguiê Diniz. A pesquisa “Percepções, conhecimentos e expectativas de estudantes e professores do Ensino Médio da rede pública brasileira sobre o empreendedorismo” está disponível, na íntegra, no site www.institutoexito.com.br/downloads.

Sobre o Instituto Êxito

O Instituto Êxito de Empreendedorismo é o resultado de um sonho que envolve empreendedores visionários dos mais variados segmentos do Brasil. Hoje, já conta mais com mais de 500 sócios que compactuam de um mesmo propósito: fazer do empreendedorismo a turbina para impulsionar vidas e histórias. O Êxito tem a filosofia de que, independentemente da classe social e econômica, qualquer pessoa pode transformar suas ideias em ações que mudem e melhorem a realidade e a comunidade na qual vive. Por isso, nasceu com o objetivo de estimular o dom empreendedor dos jovens, especialmente os de escolas públicas, onde há muitos talentos escondidos e boas ideias a serem impulsionadas. Nomeado como uma instituição sem fins lucrativos, seu principal plano de ação está em oferecer uma plataforma de cursos online e gratuitos, além de realizar diversas ações voltadas para o fomento ao empreendedorismo.

Da assessoria

Os conhecimentos, as práticas e as tradições relacionadas ao preparo e ao consumo do cuscuz foram declarados Patrimônio Imaterial da Humanidade nesta quarta-feira (16).

Reunido por videoconferência, o Comitê de Patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sob a Presidência da Jamaica, aprovou este caso apresentado em conjunto por Argélia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia.

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Esses países haviam argumentado que tais saberes e práticas, parte integrante de seu patrimônio cultural, eram praticados por todas as populações de Argélia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia, de todos os gêneros, de todas as idades, sedentários ou nômades, rurais ou urbano, incluindo os imigrantes, e em todas as circunstâncias: dos pratos do dia a dia às refeições festivas.

A Unesco pediu nesta segunda-feira (14) aos governos que priorizem os professores no acesso às vacinas contra a covid-19, ao considerar que estes profissionais devem ser tratados como trabalhadores de "primeira linha".

"Ao ver os avanços positivos em relação à vacinação, acreditamos que os docentes e o pessoal de apoio à educação devem ser considerados grupo prioritário", disse a chefe da Unesco, Audrey Azoulay, em mensagem conjunta em vídeo com o diretor da organização de docentes da Internacional da Educação (IE), David Edwards.

Azoulay e Edwards destacaram que quando as escolas e outros centros educacionais foram fechados para evitar a propagação do vírus, "os docentes e o pessoal de apoio permaneceram na primeira linha".

À medida que as aulas migraram para a internet, "reinventaram a forma como ensinamos e aprendemos", disseram. E quando as escolas reabriram, os professores retornaram "corajosamente" às salas de aula.

Destacando que as escolas são "insubstituíveis", a Unesco, com sede em Paris, e a IE, com sede em Bruxelas, pediram que os professores estejam entre os primeiros da fila para ser vacinados.

O apelo ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos, país que registra mais mortes na pandemia, anunciou uma vasta campanha de vacinação.

Em um ano, a pandemia matou mais de 1,6 milhão de pessoas no mundo e mais de 72,1 milhões se contagiaram, segundo um balanço da AFP nesta segunda-feira.

Em relatório divulgado na última semana de junho, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou que 40% de um grupo de mais de 200 países não têm como oferecer apoio a estudantes no ensino a distância, durante a pandemia. Na descrição sobre o Brasil, foram feitas observações quanto a escolas que aprovam estudantes que não assimilaram de fato os conteúdos e a barreiras enfrentadas pela parcela negra, definidas como “legado de oportunidades limitadas de educação”.

Em abril, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação (PMA) estimaram que cerca de 370 milhões de crianças poderiam ficar sem merenda, como resultado do fechamento das escolas ao longo da crise sanitária. Os números mostram como alunos socialmente vulneráveis acabam enfrentando mais obstáculos no contexto atual. Agora, a exclusão escolar se amplia com a falta de acesso à internet. Apesar de ser adotada pelas redes públicas de ensino, como forma de garantir que os estudantes possam dar continuidade aos estudos, a ferramenta não está ao alcance de todos, que precisam utilizá-la para complementar materiais impressos, assistir a aulas online, resolver exercícios ou manter contato com os professores.

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Em algumas unidades federativas, como o Distrito Federal, a volta às aulas já foi anunciada.

O governo estadual de São Paulo programou o retorno das aulas presenciais para 8 de setembro Na primeira etapa, a ocupação das salas de aula deve ser de, no máximo, 35%. Até que todos os alunos possam voltar, a orientação é de que acompanhem as aulas remotas, a partir da plataforma virtual Centro de Mídias SP, e se cadastrem para ter acesso gratuito à internet, possível por meio de aplicativo.

Percepção dos estudantes

Para a médica Talita Amaro, que coordena o cursinho pré-vestibular popular Mafalda, vinculado à Associação Beneficente Meraki, o que as secretarias municipais e estaduais de Educação estão oferecendo aos estudantes não pode ser classificado como ensino a distância, porque ele pressupõe a existência de uma "construção do conhecimento em fases". Em um levantamento do qual participaram 192 alunos matriculados, a organização do cursinho apurou que 48% têm aulas regulares (ensino médio ou técnico) e exercícios online, 16% apenas algumas disciplinas ou exercícios online e 3% não têm nem aulas, nem exercícios disponibilizados pela escola. Outro dado importante é que 67% declararam que não têm aprendido tanto em ambiente virtual quanto presencialmente. 

As maiores dificuldades citadas foram concentração e disciplina (74%), privacidade (51%), cumprir a carga horária (44%) e cansaço com a rotina de aulas pela internet (43%). A dependência dos recursos tecnológicos e o distanciamento dos educadores foram fatores indicados como negativos pela maioria dos entrevistados - 75% e 96%, respectivamente.

"O ensino a distância tem estrutura pedagógica específica. Você não chega simplesmente, dá uma aula para o aluno e acha que aquilo substitui qualquer outra atividade. É um ensino progressivo. Toda vez que você se matricula em um curso online, ele tem uma estrutura preconcebida, que foi pensada no seu desenvolvimento. Então, você inicia com texto-base, faz algumas atividades avaliativas, assiste a aula, mas tem, constantemente, um feedback", afirma. 

Kayume da Silva, de 26 anos, concluiu o ensino médio em 2013, com supletivo. Sua avó materna não teve a oportunidade de estudar e sua mãe completou apenas a 4ª série do ensino fundamental. Atualmente, a jovem, que é mãe de três filhos, diz que é difícil conciliar cuidados domésticos com a maternidade e uma rotina de estudos. 

Seu plano é ter o diploma de um curso técnico em gestão pública que, para ela, pode ser um atalho para ingressar no mercado de trabalho. Atualmente, ela é uma das alunas matriculadas no cursinho pré-vestibular da Rede Emancipa, movimento social de educação popular com unidades em todo o Brasil.

"Gosto de estudar na parte da tarde, mas ontem, por exemplo, vi que tinha de lavar roupa, fazer almoço. Quando vi, estudei muito pouco. Tenho uma filha de 4 anos e isso me atrapalha muito. Não consigo estudar três, quatro, cinco horas, focar", conta Kayume.

Para a universitária Heloisa Ramos, que cursa química industrial e dá aulas no cursinho da Rede Emancipa desde 2018, é bastante perceptível a quantidade de desistência de alunos. As turmas, segundo ela, reuniam cerca de 400 pessoas matriculadas, número que já chegou a cair para 15 com a pandemia. Durante os intervalos das aulas, que duravam 50 minutos e eram dadas quinzenalmente, aos sábados, ela tirava dúvidas das turmas. Hoje, as aulas ocorrem uma vez por semana. Na sexta-feira, Heloisa abre um espaço para que os alunos tirem dúvidas sobre a matéria dada. 

"Se antes da pandemia já existia evasão, com ela é uma coisa absurda. A gente perguntou a eles: o que está acontecendo? É por causa da plataforma? É a forma? É por falta de acesso à internet? As respostas foram variadas. Muitos trabalham no horário das aulas, outros têm um pacote de dados que não permite que possam participar de tantas lives [transmissões ao vivo], além de dificuldades financeiras, porque muita gente perdeu o emprego e não tinha como pagar pela internet, tinha familiares doentes. Não há somente a questão financeira, mas também a psicológica e, para os alunos periféricos, isso se agrava muito mais", acrescenta. 

"No cursinho tem muito aluno do ensino médio, mas também gente que já saiu da escola há muitos anos ou que veio da EJA, Educação de Jovens e Adultos. São alunos que têm muitas dificuldades. Então, às vezes, a gente está falando de um assunto que o aluno nunca viu na vida, ele fica desesperado, acaba desanimando e desiste", afirma. 

Distribuição de materiais

Minas Gerais foi um dos pontos do país onde a exclusão escolar pela falta de internet ficou mais patente. Nas redes sociais, uma professora de escola pública do estado comentou que as apostilas do Plano de Estudo Tutorado (PET), feitas no âmbito do Regime de Estudo Não Presencial, parecem ter sido preparadas às pressas e sem esmero. Em uma das postagens, que teve milhares de visualizações, a docente questiona, entre outros aspectos, como os alunos terão condições de fazer os exercícios, se muitos deles dependem de links que direcionam a páginas da web. 

A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais garantiu que distribuiria uma versão impressa das apostilas aos alunos que não tivessem conexão de internet em casa. A pasta lembrou que as apostilas são utilizadas como "guia para nortear as atividades", e não como são livros didáticos". A professora, por sua vez, criticou a qualidade do material e ressaltou que somente se sentiu segura de dar as aulas com algo produzido por ela mesma. 

Procurada pela reportagem, a secretaria ressaltou que também está transmitindo teleaulas no programa “Se Liga na Educação”, que vai ao ar pela Rede Minas e pela TV Assembleia, e que disponibilizou o aplicativo Conexão Escola, que inclui um chat para interação aluno-professor. "Mais de 97% dos estudantes da rede estadual de ensino tiveram acesso, seja virtualmente ou de forma impressa, aos planos de Estudos Tutorados. O aplicativo Conexão Escola já contabiliza mais de 1,2 milhão de downloads na loja virtual. Já o programa Se Liga na Educação chega a cerca de 1,4 milhão de alunos por TV aberta. A média diária de visualizações no Youtube da Rede Minas, que também transmite o conteúdo do programa, chega a 700 mil visualizações por dia", informou a secretaria em nota.

O Ministério da Educação lançou uma página para divulgar informes sobre as medidas tomadas durante a pandemia. 

A pandemia do novo coronavírus, que já tinha causado problemas sem precedentes em sistemas escolares, afeta ainda mais o acesso à educação de estudantes pobres, jovens e alunos portadores de deficiência, adverte a Unesco em um relatório divulgado nesta terça-feira (23).

Em um informe avassalador, a Unesco afirmou que 260 milhões de crianças não tiveram acesso à educação em 2018, embora as disparidades tenham aumentado com a pandemia do novo coronavírus.

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As crianças das comunidades mais pobres, assim como as meninas, as portadoras de deficiência, os imigrantes e as minorias étnicas estavam em clara desvantagem educacional em muitos países, destaca a entidade sediada em Paris.

Em 2018, "258 milhões de crianças e jovens foram completamente excluídos da educação, sendo a pobreza o principal obstáculo para o acesso", ressaltou o informe.

Isto representou 17% de todas as crianças em idade escolar, a maioria deles na Ásia meridional e central e na África subsaariana.

Este quadro se agravou com a pandemia do novo coronavírus, que afetou mais de 90% da população estudantil mundial devido ao fechamento das escolas, segundo o informe.

Enquanto filhos de famílias com recursos puderam continuar estudando em casa usando computadores portáteis, celulares e internet, milhões de estudantes ficaram completamente desconectados.

"As lições do passado - como como o ebola - demonstraram que as crises sanitárias podem deixar muitos para trás, particularmente as meninas mais pobres, muitas das quais nunca voltarão à escola", escreveu a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, no prólogo.

- Marginalizados -

O informe apontou que nos países de renda média e baixa, os adolescentes dos lares 20% mais ricos tinham três vezes mais possibilidades de completar a primeira parte do ensino médio até os 15 anos do que os dos lares pobres.

As crianças portadoras de deficiência tinham 19% menos probabilidades de alcançar um domínio mínimo de leitura em dez destes países.

Em 20 países pobres, principalmente na África subsaariana, quase nenhuma menina da zona rural completa o ensino médio, destacou a entidade.

Enquanto isso, nos países mais ricos, as crianças com até dez anos que receberam educação em um idioma diferente à sua língua materna tiveram uma pontuação 34% menor do que a dos falantes nativos nas provas de leitura.

Nos Estados Unidos, os estudantes LGBTI tinham quase três vezes mais probabilidade de ficar em casa porque não se sentiam seguros.

"Infelizmente, os grupos desfavorecidos são postos à margem dos sistemas educacionais, através de decisões sutis que conduzem à exclusão dos planos de estudo, objetivos de aprendizado irrelevantes, estereótipos nos livros de texto, discriminação na dotação de recursos e avaliações, tolerância à violência e negligência das necessidades", destaca o informe.

- Segregação educacional -

Dois países africanos ainda proíbem meninas grávidas de irem à escola, 117 países permitem o casamento infantil e 20 ainda não ratificaram uma convenção internacional que proíbe o trabalho infantil.

Trezentas e trinta e cinco milhões de meninas frequentaram escolas que não proporcionaram serviços de água, saneamento e higiene de que precisam para permanecer em aula enquanto menstruam.

Em vários países da Europa central e oriental, crianças romenas ou ciganas são segregadas nas escolas convencionais. E na Ásia, pessoas deslocadas como os rohinyas são ensinadas em sistemas separados.

"Muitos países ainda praticam a segregação educacional, o que reforça os estereótipos, a discriminação e a alienação", diz o informe.

"Apenas 41 países em todo o mundo reconheceram oficialmente a linguagem de sinais e em todo o mundo as escolas estavam mais ansiosas por obter acesso à internet do que a atender os estudantes portadores de deficiência", aponta o documento.

A Unesco instou os países a se concentrarem nas crianças desfavorecidas, quando as escolas voltarem a abrir depois do fechamento provocado pela pandemia do novo coronavírus.

"Para enfrentar os desafios do nosso tempo, é imperativo avançar para uma educação mais inclusiva", disse Azoulay. "Não agir atravancará o progresso das sociedades", reforçou.

Depois de ser cobrada por artistas para anunciar medidas que minimizem a crise financeira instalada no país, a secretaria especial da Cultura, Regina Duarte, participou de uma reunião virtual promovida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Nesta quarta-feira (22), ela marcou presença em um encontro por chamada de vídeo com ministros da cultura de mais de 100 países.

No seu perfil do Instagram, Regina explicou como se dá o processo de uma instrução normativa publicada hoje. “É a primeira de muitas que virão. [...] Esta Instrução Normativa trata de uma série de mudanças na forma da Lei de Incentivo à Cultura que o Governo Brasileiro tem para aprovar projetos do nosso setor”, informou a secretaria. No documento divulgado em sua conta da rede social, Regina Duarte explicou também que a pandemia do coronavírus prejudicou a classe artística.

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“O impacto da Covid-19 que fez com que se fechassem teatros, cinemas... vetando aglomerações... criou um drama que está Instrução Normativa atenua, mudando prazos de apresentação dos projetos e prorrogando também a prestação de contas”, declarou. Assim que publicou a iniciativa, Regina Duarte foi elogiada pelos seguidores. “Que você consiga fazer excelentes projetos”, comentou um dos internautas.

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Metade dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças e adolescentes, estão sem aulas devido à epidemia de coronavírus anunciou nesta quarta-feira (18) a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Com o fechamento total de escolas e universidades em 102 países e o fechamento parcial em outros 11 em consequência da pandemia do COVID-19, o número de estudantes sem aulas dobrou em quatro dias e deve continuar aumentando, destacou a Unesco em um comunicado.

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"Isto impõe aos países desafios imensos para poder proporcionar um aprendizado ininterrupto a todas as crianças e jovens de maneira equitativa", afirmou a diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay.

Como resposta imediata ao fechamento das escolas, a Unesco criou um grupo de trabalho para proporcionar assessoria e assistência técnica aos governos, anunciou a instituição, que tem sede em Paris.

A Unesco também destacou que está organizando reuniões virtuais periódicas com os ministros da Educação de todo o mundo para compartilhar experiências e avaliar as necessidades prioritárias.

Pelo menos 85 países fecharam escolas em todo o território para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. A medida teve impacto em mais de 776,7 milhões de crianças e jovens, segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

Falando à ONU News, de Bruxelas, o representante da agência na ONU e em Organizações Internacionais, Vincent Defourny, disse que a agência atua junto das autoridades na implementação desse tipo de programas.

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“A Unesco aconselha a aliviar o impacto sobre o currículo escolar de várias formas. A primeira coisa é fazer o uso mais extensivo possível de todos os recursos a distância, que podem ser pela internet, pela rádio, pela televisão e todas as formas que permitem aprender e manter contato com a aprendizagem a distância.”

Cerca 15 nações fecharam as escolas de forma parcial. Se a medida for implementada, em nível nacional, deixará mais centenas de milhões de alunos sem aulas. Defourny disse que é preciso conciliar esta decisão a cada realidade.

“Nesse contexto é muito importante também manter um vínculo com os alunos, criar comunidade e criar um sentido de pertença que seja importante tanto para os alunos como para os professores e para a comunidade. Por isso é muito importante que a estratégia de cada professor seja adaptada à circunstância do país e à circunstância da sua turma. Por isso, o currículo será revisado. Mas damos a possibilidade de manter esse vínculo de aprendizagem e de trabalhar a distância da melhor forma possível.”

Continuidade

Como parte das medidas para tentar retardar a propagação do novo coronavírus, a agência apoia ações para minimizar perturbações no sistema de educação e facilitar a continuidade do aprendizado, especialmente para os mais vulneráveis.

Uma reunião virtual com ministérios da Educação dos países afetados e preocupados em garantir meios alternativos de aprendizado para crianças e jovens juntou 73 países, incluindo ministros e vice-ministros.

Os temas discutidos na semana passada incluem a ajuda para preparar e implantar soluções de aprendizado à distância e de forma inclusiva, experiências e recursos digitais para abrir oportunidades a mais alunos sem grandes custos.

A agência incentiva plataformas de aprendizagem para apoiar a continuidade das aulas sem afetar o currículo local, parcerias para educação a distância e acompanhamento global de escolas e dos alunos afetados.

Oportunidades

A Unesco destaca que o encerramento das escolas, mesmo que seja de forma temporária, traz um custo social e econômico alto. Os mais favorecidos ficam com menos oportunidades para crescer e desenvolver.

Na área de nutrição, muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola. Os pais com limitações para que os filhos acompanhem o aprendizado a distância podem sofrer com a falta de acesso a ferramentas digitais.

A Unesco aponta que vários menores também podem ter maior exposição a comportamentos de risco ficando sozinhos em casa.

Em todo o mundo, cerca de 47% de crianças refugiadas não foram matriculadas na educação primária, e 84% dos adolescentes refugiados (entre 15 e 17 anos) não frequentavam a educação secundária em 2016. As informações fazem parte da publicação Proteção do Direito à Educação dos Refugiados, lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

O documento analisa questões sobre o direito à educação de refugiados, o marco legal internacional do direito à educação e os instrumentos normativos que o garantem a todas as pessoas, incluindo refugiados e quem vive nessas condições. Segundo a publicação, mais de 65 milhões de pessoas procuram asilo, são deslocadas internamente ou são refugiadas.

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Metade dos refugiados do mundo são crianças menores de 18 anos. A duração média de exílio de um refugiado é de cerca de 20 anos, “o que é mais do que toda uma infância e representa uma fração significativa dos anos produtivos da vida de uma pessoa”, avalia o documento.

“Todos os indivíduos, os refugiados, os migrantes e os deslocados à força têm direito à educação, um meio considerado indispensável para a realização plena dos outros direitos humanos. De fato, a educação proporciona aos refugiados os instrumentos intelectuais para construir o futuro de seus próprios países ou para contribuir de forma significativa para os países que lhes oferecem abrigo, proteção e visão para o futuro", afirma a Unesco.

Segundo a publicação, o cumprimento do direito à educação para os refugiados enfrenta vários desafios, que se tornaram mais visíveis com a crise de refugiados no Oriente Médio e na Europa, mesmo quando a maioria dos refugiados do mundo está em regiões em desenvolvimento.

Além do acesso à educação, a publicação aponta a intolerância, xenofobia, agressão, tensões e conflitos nacionais e étnicos como outros fatores que afetam grupos de refugiados em muitos locais do mundo. De acordo com o documento, “pessoas deslocadas às vezes são detidas por longos períodos e sem razões legítimas”.

Para a Unesco, são necessários mais esforços dos países para assegurar educação de qualidade e, dessa forma, garantir sociedades pacíficas.

“A educação é um importante instrumento para assegurar sociedades pacíficas. A educação de qualidade é um meio importante para se contrapor à intolerância em atitudes individuais e para se conduzir a uma sociedade mais inclusiva. É um primeiro passo para impedir o racismo, a xenofobia e outros tipos de discriminação. Portanto, mais esforços precisam ser realizados em países de acolhimento para se ensinar sobre direitos humanos, respeito, tolerância e valorização da diversidade.”.

Acesso à educação

A publicação aponta que, entre os refugiados, apenas 50% das crianças frequentam a educação primária e apenas 25% estão na educação secundária.

“No Oriente Médio e no Norte da África, na última década, os países investiram recursos consideráveis para aumentar a frequência escolar das crianças. Entretanto, recentemente esse progresso parou. Milhões de crianças tiveram suas vidas destroçadas e suas escolas destruídas por conflitos”, afirma o documento.

O documento aponta o caso da Síria, que havia alcançado o acesso universal à educação primária em 2000, mas em junho de 2016, 60% das crianças frequentavam a educação primária e o primeiro nível da educação secundária, e 2,1 milhões de crianças e adolescentes estavam fora da escola

“Sem acesso à educação secundária, as crianças e os adolescentes refugiados ficam vulneráveis ao trabalho infantil, à exploração e a problemas de comportamentos negativos, como drogas e pequenos crimes, associados à ociosidade e à desesperança. A educação de meninas também pode protegê-las do casamento e/ou da gravidez precoce e dos riscos da exploração sexual”, indica a publicação.

Barreiras

Outro aspecto ressaltado pela publicação é a barreira linguística, que causa a redução de matrículas escolares de refugiados. Para a Unesco, medidas efetivas de inclusão de estudantes refugiados devem ser incluídas nos sistemas nacionais de educação.

“É preciso assistência aos refugiados, que pode ser fornecida de diversas formas, como bolsas de estudo ou isenção das taxas aplicáveis a estudantes estrangeiros, ou aumento do ensino à distância e de plataformas de e-aprendizagem. Entretanto, além de medidas direcionadas, a inclusão efetiva dos refugiados em sistemas nacionais de educação deve exigir uma abordagem abrangente que também considere as necessidades das comunidades locais de acolhimento”.

Para a Organização, a qualificação de professores também deve ser considerada por esses sistemas e deve incluir elementos para mantê-los, como remuneração, treinamento e recursos didáticos para o ensino e aprendizagem de crianças vulneráveis, incluindo aquelas que sofrem de traumas.

A Unesco lançou, essa semana, uma campanha inusitada contra o preconceito de gênero e o assédio sexual às Inteligências Artificiais (AIs). Apesar de soar estranho e incômodo em um primeiro momento, a instituição a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, conseguiu, através de um estudo chamado “I’d Blush If I Could” (Eu ficaria corada se pudesse, em tradução livre), identificar que as assistentes virtuais - criadas em sua maioria com voz feminina - não apenas sofrem assédios de usuários masculinos, como também reagem passivamente quando verbalmente assediadas.

“Hey, Atualize Minha Voz”

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Magalu, Siri, Alexa, Nat, Bixby, a Google Assistente. O que todas elas carregam em comum, além do fato que estão cada vez mais presentes em nossas vidas, é a voz padrão do gênero feminino. Todas são mulheres. Porém, isso não deveria ser motivo para os resultados descobertos no estudo da Unesco. A organização constatou que, como essas assistentes são programadas basicamente por homens, que representam 90% da força de trabalho na criação de IA, elas aprendem que, quando são verbalmente assediadas, suas respostas devem ser tolerantes, subservientes e passivas.

A campanha, chamada de “Hey, Atualize Minha Voz” apresenta também dados de outros estudos que corroboram com o cenário de assédio tanto no mundo virtual, quanto fora dele. De acordo com a Kering Foundation, 73% das mulheres no mundo já sofreram algum assédio online, 55% delas relatam ter passado por estresse, ansiedade ou ataques de pânico após sofrer esses abusos ou assédios em ambiente virtual. Essa realidade parece reflexo do que já é enfrentado por mulheres fora das redes, em que 97% das mulheres brasileiras, por exemplo, afirmam já terem sofrido assédio em transportes públicos ou privados.

E se você ainda duvida que as pessoas estão realmente assediando Assistentes Virtuais, basta lembrar do caso da Magalu, a Assistente Virtual do Magazine Luiza. A “personagem” da loja de varejo chegou a reclamar de cantadas desrespeitosas no Twitter e Instagram, após um post do BuzzFeed denunciar o assédio sofrido pelo avatar.

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Não está Ok, Google, mas pode ficar

O intuito da campanha vai muito além de tornar as assistentes mais empoderadas, mas também busca educar o usuário e as gerações futuras contra esse tipo de atitude. Para isso ele apela tanto para as empresas desenvolvedoras atualizarem as vozes de suas assistentes, quanto para os próprios usuários, que podem enviar respostas que as assistentes virtuais poderiam dar caso em casos de assédios. 

É possível fazer isso fazendo login com a conta do Google ou do Facebook. A instituição espera que, com a mudança, as assistentes tenham voz ativa, para dar respostas sérias e educativas quando sofrerem qualquer tipo de assédio.

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O Irã e os Estados Unidos devem respeitar uma convenção que obriga os Estados a preservar locais culturais mesmo em caso de conflito, afirmou a Unesco nesta segunda-feira, depois que Donald Trump ameaçou atacar locais culturais iranianos.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, disse em uma reunião com o embaixador iraniano na organização que Teerã e Washington assinaram uma convenção de 1972 que obriga os Estados a não "tomar nenhuma ação deliberada que possa danificar direta ou indiretamente patrimônio cultural e natural de outros Estados".

"A Convenção de 1972 estabelece, entre outras coisas, que cada um dos Estados Partes se compromete a não tomar deliberadamente medidas que possam causar danos, direta ou indiretamente, ao patrimônio cultural e natural situado. no território de outros Estados Partes", enfatiza.

O presidente dos Estados Unidos alertou no sábado que seu país tem como alvo 52 locais no Irã e os atacará "muito em breve e com muita força" se a República Islâmica agir contra funcionários ou propriedades dos EUA.

Esses sites são "de nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana", afirmou o presidente em um tuíte.

A Unesco retirou o carnaval belga da cidade de Aalst de sua lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade após denunciar suas expressões antissemitas e racistas, anunciou o organismo da ONU nesta sexta-feira, no âmbito da reunião que realizou em Bogotá.

O carnaval, na lista desde 2010, estava na mira da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde sua última edição, em março.

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"O Comitê baseou sua decisão no fato de que suas repetições recorrentes (...) de racismo e representações antissemitas são incompatíveis com os princípios fundamentais da Convenção para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial", justificou a Unesco.

É a primeira vez que a Unesco aplica uma medida tão drástica.

A comunidade judaica da Bélgica havia reagido com indignação à presença no desfile de um carro que caricaturava os judeus ortodoxos com narizes aduncos e sentados em sacos de ouro.

Em seu comunicado, o órgão das Nações Unidas considerou que o carnaval havia exibido em várias ocasiões "mensagens, imagens e representações" estereotipadas que insultam a memória de "experiências históricas dolorosas que incluem genocídio, escravidão e segregação racial".

"A Unesco tinha que estar atenta e firme sobre os excessos de um festival classificado como Patrimônio da Humanidade, e isso viola seus valores básicos", disse a diretora-geral da organização, Audrey Azoulay.

"Além disso, não é a primeira vez que carros racistas e antissemitas desfilam nesse festival", acrescentou.

A reunião anual do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial é realizada nesta semana na América Latina pela primeira vez.

Azoulay fez referência à edição de 2013, quando a sociedade carnavalesca teve a ideia de fazer desfilar um carro que mostrava como um oficial nazista o líder do partido independentista flamengo N-VA, que se supunha favorável à deportação de francófonos.

Irina Bukova, então diretora da organização, afirmou que era "um insulto à memória dos seis milhões de judeus que morreram durante o Holocausto".

Uma exposição na sede da UNESCO em Paris teve estátuas nuas vestidas com roupa interior branca antes da abertura.

Durante uma exposição na sede da organização em Paris, que decorreu de 21 a 22 de setembro, algumas estátuas do artista plástico francês Stéphane Simon tiveram suas "partes íntimas" cobertas.

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Na exposição In Memory of Me (Em Memória de Mim, em tradução livre) do artista plástico francês Stéphane Simon, as estátuas expostas na sede da UNESCO em Paris foram vestidas com roupa íntima branca para "não ferir a sensibilidade do público", relatou o jornal francês Le Figaro na segunda-feira (28).

Para "evitar ofender certas sensibilidades", a UNESCO, sediada em Paris, escondeu com cuecas as partes íntimas de duas estátuas do artista Stéphane Simon.

Embora não tivesse conotações eróticas, a exposição contou com várias esculturas nuas criadas em uma posição como se estivessem prontas para tirar uma selfie, o tema principal da exposição.

Segundo Le Figaro, a UNESCO contratou o artista para apresentar suas obras, mas, alguns dias antes da abertura, pediu-lhe para cobri-las com roupa íntima.

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Da Sputnik Brasil

Estão abertas as inscrições para a 14ª edição do prêmio 'Para Mulheres na Ciência', voltado a pesquisadoras brasileiras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática. A premiação é realizada desde 2006 pela L´Oréal, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). As vencedoras recebem uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil, para financiarem seus estudos.

Entre as exigências para participar estão doutorado completo, a partir de 2012, ter residência estabelecida no Brasil e estar desenvolvendo projetos de pesquisa em instituições do país. As cientistas têm até o dia 30 de abril para se inscrever.

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As sete melhores pesquisas, segundo os jurados, serão premiadas O regulamento completo está disponível no site da premiação.

Em 14 anos, a iniciativa já beneficiou 90 mulheres, chegando a distribuir R$ 4 milhões em bolsas-auxílio. A intenção principal do projeto é promover a participação das mulheres na produção do conhecimento, impulsionando a igualdade de gênero no cenário brasileiro.

Testes gratuitos de HIV e sífilis serão oferecidos nesta semana em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). O Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES) promove os exames nesta terça (22) e na quinta-feira (24). As avaliações serão feitas das 9h às 13h.

Nesta terça, o ônibus ‘Prevenção para Tod@s’ está na Praça Ministro Marcos Freire, no bairro de Marcos Freire. Já na quinta, ele estaciona na área de lazer abaixo do Viaduto de Prazeres. Ao todo, 50 pessoas serão atendidas por dia.

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A ação da prefeitura do município em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), também vai entregar preservativos e sachês de gel lubrificante. Os testes duram cerca de 30 minutos, pois, além do exame, os populares receberão aconselhamento. Em casos positivos, o paciente será encaminhado para o tratamento em alguma unidade de referência.

A importância do diagnóstico precoce

Com 536.825 testes de HIV realizados até setembro de 2018, a gerente do Programa Estadual de IST/Aids/HV da SES Camila Dantas, relatou sobre a importância do diagnóstico precoce e onde são feitos os exames no dia-a-dia. “Os testes rápidos estão disponíveis nos postos de saúde, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em outras unidades de saúde, como maternidades e UPAs. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido o início do tratamento. Isso é essencial para dar qualidade de vida para a população vivendo com HIV, para tratar a sífilis e as hepatites virais”, reforçou.

As festas populares Las Parrandas de Cuba, celebradas na região central da ilha comunista, foram declaradas nesta quarta-feira Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.

A decisão foi tomada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.

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As festas Las Parrandas são celebradas em 18 municípios do centro de Cuba, entre eles os de Remedios, Camajuaní, Zulueta e Caibarién.

Sua origem remonta a 1820, quando um jovem sacerdote de Remedios, Francisco Vigil de Quiñones, convocou um grupo de crianças para fazer o máximo de barulho possível com o objetivo de atrair para suas missas os moradores que preferiam ficar em suas casas nas manhãs frias do início do ano na ilha.

Las Parrandas, que são semelhantes, mas não coincidem na data, dividem cada cidade em dois grupos que competem em suas habilidades na concepção e fabricação de carros alegóricos, fantasias e foguetes artesanais, em uma competição em que o jurado é o povo.

O número de crianças migrantes e refugiadas em idade escolar no mundo cresceu 26% desde o ano 2000, segundo um relatório divulgado hoje (19) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que avalia o impacto da movimentação de pessoas nos sistemas educacionais. O Relatório de Monitoramento Global da Educação 2019 (GEM 2019) tem como tema “Migração, Deslocamento e Educação: Construir Pontes, não Muros” e foi divulgado nesta segunda na Alemanha.

De acordo com o relatório, o direito dessas crianças a uma educação de qualidade, apesar de ser reconhecido em discursos e em acordos, é desafiado diariamente nas salas de aula e negado por alguns governos ao redor do mundo. Desde a assinatura da Declaração de Nova York para refugiados e migrantes, em 2016, refugiados em todo o mundo já perderam, somados, 1,5 bilhão de dias de aula em todo o mundo.

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Por meio de um comunicado a imprensa, o diretor-geral da Unesco, Audrey Azoulay, disse que o direito a uma educação de qualidade não serve somente ao interesse das próprias crianças, mas também das comunidades em que vivem. “Aprendizado não é um luxo. Todos perdem quando a educação de migrantes e refugiados é ignorada. A educação é a chave para a inclusão e a coesão. É a melhor maneira de tornar as comunidades mais fortes e resilientes”.

Segundo a Unesco, metade das pessoas deslocadas à força no mundo tem menos de 18 anos. Muitas delas são excluídas dos sistemas educacionais dos países para onde se deslocam. Aqueles que buscam asilo em países como Austrália, Hungria, Indonésia, Malásia e México, por exemplo, têm acesso limitado ou nenhum acesso à educação.

Evasão

O relatório mostra que a proporção de estudantes imigrantes em países de alta renda aumentou de 15% para 18% entre 2005 e 2017. A estimativa é que representem 22% dos estudantes até 2030. Entretanto, o fato de crianças e jovens imigrantes irem à escola não garante que estejam tendo boas chances de sucesso. Em 2017, o dobro de jovens nascidos no exterior deixou a escola cedo em comparação com os nativos na União Europeia.

“Os países não podem pensar que o trabalho está feito, uma vez que os imigrantes estão na escola. Eles estão sendo excluídos de muitas outras maneiras”, diz o diretor do Relatório GEM 2019, Manos Antoninis.

O Relatório GEM 2019 é o terceiro de uma série de 15 relatórios anuais que serão lançados até 2030 para avaliar avanços do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4, que trata de assegurar educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos até 2030. No Brasil, o GEM 2019 será apresentado nesta terça-feira (20) no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP), às 13h30.

A Unesco lançou um "Observatório de jornalistas assassinados", com o objetivo de listar as medidas tomadas para punir crimes cometidos contra profissionais da imprensa e coibir a impunidade, anunciou nesta terça-feira (6) a agência da ONU.

O Observatório é uma "base de dados on-line" sobre "o estado de evolução das investigações judiciárias de cada morte de jornalista ou profissional de mídia listada pela Unesco desde 1993, com base nas informações fornecidas pelo país no qual a morte foi cometida", explica a Unesco em nota.

Foram 1.293 mortes registradas pelo Observatório desde 1993, "das quais mais de 80 só neste ano".

Enquanto enviados especiais às vezes morrem em campos de guerra, jornalistas locais que investigam corrupção, crime e política são de longe as principais vítimas. Eles representam 90% dos jornalistas mortos em 2017, segundo a Unesco.

Segundo um relatório da diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, sobre a segurança dos jornalistas e o perigo da impunidade, de 2018, "um jornalista ou membro da mídia é morto a cada quatro dias".

"Essas mortes fornecem uma ilustração trágica dos riscos enfrentados por muitos jornalistas no exercício de suas funções, e as últimas estatísticas da UNESCO mostram que, em 89% dos casos, os agentes desses atos ficam impunes", observa a organização.

O banco de dados permite que "jornalistas, pesquisadores e o público em geral obtenham informações sobre jornalistas mortos e pesquisem por nacionalidade, país de assassinato, nome, gênero, tipo de mídia e por status profissional", explica.

Esta base de dados também fornece "informações sobre o andamento das investigações judiciais e, em muitos casos, dá acesso a documentos de autoridades nacionais sobre processos judiciais para avaliar os níveis de impunidade em cada país", acrescenta a Unesco.

 O Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, começa a receber amanhã (10) tapumes em seu entorno para que sejam iniciadas as obras de contenção e outros procedimentos para manter a estrutura do palácio segura.

Há uma semana, o prédio foi atingido por um incêndio de grandes proporções que destruiu a maior parte de seu acervo de 20 milhões de itens. Neste domingo (9), o acesso aos jardins do palácio já estava fechado para a imprensa.

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A vice-diretora do Museu Nacional Cristiana Serejo confirmou à Agência Brasil que, na próxima terça-feira (11), começam a chegar no Rio técnicos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que vão auxiliar nos trabalhos. De acordo com Roberto Leher, o reitor da UFRJ, instituição a qual o Museu é vinculado, a Unesco ofereceu especialistas que já trabalharam em tsunamis e outros desastres para ajudar na remoção dos escombros. 

Com a colocação dos tapumes, começam as obras de contenção e outros procedimentos para manter a estrutura do palácio segura e permitir mais buscas nos escombros na tentativa de localizar peças do acervo que tenham escapado do fogo. Uma equipe de especialistas, sob o comando de arqueólogos do museu realizará esse trabalho, com apoio de engenheiros contratados para garantir a segurança nos escombros.

De acordo com Cristiana, o grupo de especialistas é formado também por museólogos do Instituto Brasileiros de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e já está trabalhando no interior do prédio.

Ela explicou que os trabalhos ocorrem em duas frentes: uma estrutural e uma de resgate do acervo. A expectativa é de que no decorrer dessa semana, sejam liberados R$ 10 milhões do Ministério da Educação para ações emergenciais na segurança do prédio. A UFRJ já está fazendo um termo de referência, com a relação dos serviços mais necessários nessa etapa emergencial.

Segundo Cristiana Serejo, o museu vai aceitar também doações de outras instituições. Contatos com essa finalidade já estão sendo feitos pela direção do museu. “O Museu Nacional está tentando se organizar”, afirmou a vice-diretora.

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