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A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, publicou um vídeo em sua página oficial no Instagram comentando sobre o impacto das fortes chuvas que caíram em Pernambuco na semana passada. O pico das precipitações atingiram a Região Metropolitana do Recife na terça (23) e quarta-feira (24), causando a morte de 12 pessoas, entre elas uma grávida de oito meses

Ao tratar do assunto, a esposa do presidente Jair Bolsonaro exalta o trabalho voluntário e presta solidariedade aos pernambucanos.  

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“Acredito que muitos de vocês tenham testemunhado, com grande tristeza a destruição causada pelas chuvas na grande Recife. Povo pernambucano, receba minha solidariedade e meu carinho nesse período difícil”, disse Michelle, no vídeo publicado na última sexta (26). 

“Em momentos como esses, devemos ajudar ainda mais aqueles que precisam. O trabalho voluntário é um dos grande pilares para a construção de um mundo mais justo e de uma nação mais solidária”, acrescentou. 

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Além das 12 mortes, as fortes chuvas que se estenderam até o fim de semana deixaram cerca de 800 famílias desalojadas e quatro municípios em situação de estado de emergência. 

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A Escola Estadual Ruth Rosita de Nazaré Gonsalez iniciou projeto de ensino voluntário preparatório para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), voltado para alunos com poucas condições financeiras graduados no ensino médio. O principal objetivo é dar condições a estudantes da rede pública de ingressar em uma faculdade.

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A iniciativa partiu do professor de Química, Nilson Santos. “De início, eu tentei abarcar os professores da escola, mas houve uma adesão de poucos devido à grande dificuldade no trabalho voluntariado. As pessoas não querem se dispor a trabalhar de graça. Por ser professor da universidade, recrutei docentes estagiários de instituições como a Fibra e a UFPA (Universidade Federal do Pará). Agora, com uma maior visibilidade do curso, surgem professores de outras escolas interessados em participar”, disse o professor e idealizador do projeto.

Após a divulgação nas redes sociais, a demanda para a matrícula aumentou e a lista de espera conta com 200 alunos, os quais serão submetidos a uma entrevista como processo seletivo. A equipe pedagógica intenciona obter cada vez mais visibilidade e, assim, arrecadar recursos financeiros governamentais e de ONGs (Organizações Não Governamentais).

Apesar de desafios como a evasão escolar durante o ano, o cursinho tem uma média de 50% de aprovação. Segundo Thaisy Monteiro, aluna, sua maior motivação para ingressar no ensino superior é, além de ter uma vida profissional, dar um retorno à sua família e obter uma mudança de vida.

Vilcilene Duarte, vice-diretora da escola Ruth Rosita, destacou a importância da participação familiar e da comunidade para o sucesso do projeto, além de compartilhar sobre a sua experiência em participar. ”É uma realização pessoal muito grande. Por meio do projeto voltei a estudar e ter perspectivas. Assim como eu desperto os sonhos, os sonhos são despertados em mim”, concluiu.

Por Eva Pires.

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A Organização Não Governamental Junior Achievement Pernambuco está com inscrições abertas para o programa “As vantagens de permanecer na escola”, que tem como objetivo principal combater a evasão escolar. Os interessados em atuar como agentes de transformação precisam ter disponibilidade de horários, graduação ou estar pelo menos no segundo período da faculdade, em qualquer área. Para participar é necessário preencher um formulário online, até o final de fevereiro. São 250 vagas disponíveis. 

O projeto tem parceria com a Arconic Foundation e vai beneficiar 6.500 estudantes do oitavo e novo ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, das escolas públicas que ficam nos municípios de Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma e Itamaracá. O trabalho conta com o apoio de profissionais voluntários, que são treinados para atuar com os jovens. Os candidatos passam por três horas de capacitação e cinco horas em sala de aula (manhã ou tarde).

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 “As Vantagens de Permanecer na Escola” mostra aos alunos os benefícios e importância de se manter estudando durante todo ano letivo. O trabalho dos voluntários acontece em cinco momentos, que inclui jogos, análise de gráficos, elaboração de orçamentos, planejamento de carreira e debates. O programa é desenvolvido em sala de aula nos meses de março, abril e maio, sem custos para a escola ou para os alunos.Todos voluntários recebem certificado da instituição. 

Os gestores e professores das escolas que desejam receber o projeto, podem entrar em contato através do e-mail jape@jape.org.br ou pelo telefone (81) 3421.2277. A Junior Achievement de Pernambuco fica na Rua do Riachuelo, 105, sala 901, Boa Vista, Centro do Recife.

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O trabalho voluntário, como o próprio nome diz, é uma atividade sem remuneração. O voluntariado dedica tempo para ajudar outras pessoas. Podem ser em hospitais, creches, asilos ou por meio de doação de alimentos. A Trupe dos Palhaços Curativos se empenha nesse trabalho de uma forma diferente e descontraída.

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A Trupe é um grupo de jovens que promove ações sociais com o objetivo levar felicidade e afeto por meio da arte da palhaçaria, fazendo do amor um curativo. O projeto começou como trabalho de conclusão de curso da graduação da universitária Isadora Lourenço – mestranda em Artes pela UFPA (Universidade Federal do Pará) e já existe há mais de três anos. 

Inicialmente, a ideia principal era levar a arte e o afeto para o ambiente hospitalar. Até hoje são realizadas as visitas semanais aos hospitais de Belém. No entanto, o projeto ganhou novos integrantes de várias áreas profissionais, e a vontade de se expandir gerou mais duas ações: uma, denominada “Tem Palhaço na Rua”, atende pessoas em situação de rua, na Região Metropolitana de Belém, com a distribuição de donativos uma vez no mês;  e o “Rio de Risos”, que ocorre a cada seis meses em comunidades ribeirinhas com a doação de cestas básicas.

A ação do “Tem palhaço na rua” abre um novo horizonte. Estar em uma noite de sábado em uma concentração em frente ao Theatro da Paz, no centro de Belém, caracterizado de palhaço, já causa um impacto. O grupo avisa o dia da ação algumas semanas antes, pelas redes sociais, e outras pessoas interessadas podem contribuir e até mesmo participar da ação. Esse foi o meu caso. Entrei em contato com o grupo e me senti muito acolhida. Na concentração, com todos reunidos, é feita a divisão dos carros e o roteiro a ser seguido.

Os lugares visitados são a praça Waldemar Henrique, o Mercado do Ver-o-Peso, a calçada em frente às lojas Americanas da praça da República e o Mercado de São Brás. Em uma noite são distribuídas mais de 100 marmitas. Para a realização da ação é feito todo um planejamento para a arrecadação de alimentos não perecíveis, descartáveis, garrafas de água, polpa de suco e até mesmo a doação de dinheiro. No dia da ação, a Trupe se reúne algumas horas antes na casa de um dos integrantes para preparar as comidas e organizá-las nos carros.

O trabalho do grupo não se resume apenas à distribuição de donativos. Eles vão a pontos específicos, todos vestidos de palhaço, para oferecer uma forma de terapia e descontração para as pessoas. Cada integrante do grupo incorpora um personagem e tem um nome diferente, e isso ajuda muito para ter um diálogo mais descontraído com quem vive na rua.

A ação é feita à noite, por ser o horário em que as pessoas em situação de vulnerabilidade retornam para seus espaços de dormitório. Ao longo do dia, todos se dispersam. Geralmente, dormem perto de pontos turísticos, órgãos do governo ou em prédios abandonados, e principalmente em grupos, por uma questão de segurança.

A estudante de jornalismo Jaquelliny Lopes Barra, 23 anos, integra o grupo há cerca de seis meses, mas já participava das ações esporadicamente com a irmã, que fazia parte da Trupe. Ela conta que um dos motivos que a tornaram efetiva no grupo foi o trabalho com afeto. “Não é preciso a gente ter muita grana pra doar um pouco do nosso tempo e afeto. Todo ser humano precisa de um pouco de atenção e carinho. E essas pessoas estão em situação de vulnerabilidade, à mercê de qualquer coisa. É isso que me move; se eu puder ajudar, eu vou ajudar”, disse.

A estudante também explica que a caracterização de palhaços é uma questão de aproximação e empatia com o próximo. “O palhaço quebra uma barreira. E não tem nada tão fácil de fazer uma pessoa rir do que o excesso, daí a gente decidiu ser palhaço, porque é uma das melhores formas de transmitir afeto e tirar alguma risada. Pode ser a única risada daquela pessoa naquele dia. Isso aí já ganha um mês pra gente”, conta Jaquelliny.

A estudante relata que sempre teve uma visão muito crítica da sociedade, sempre achou que ninguém está na rua porque quer. Para ela, ajudar essas pessoas é escutar e não fazer julgamentos a respeito dessa condição de vida. Hoje, ela diz ter muito mais empatia do que antes. “Eu consigo entender o que elas passam, eu consigo entender que não é nada fácil, que eu já sabia que não era fácil, mas viver a experiência, viver um pouquinho da realidade delas é muito diferente. Hoje eu consigo entender muito mais elas do que antes.”

Jaquelliny aponta dificuldades. A pior delas, registra, como um desabafo pessoal, é não saber lidar com o não. “Às vezes a gente chega com uma pessoa em situação de rua, por exemplo, e ele não quer falar, ele tem o direito de escolha, muitas vezes a gente não sabe lidar com esse não. Porque estamos lá para ajudar.” Outro problema é a falta de alimentos. “As pessoas têm muito mais facilidade pra comprar um presente de Natal do que doar um alimento. Eu não consigo imaginar como dizer não pra alguém que precisa, acho que essa é a maior dificuldade de receber um não assim”, diz. “Eu não acho que a gente vai mudar a vida de todas essas pessoas ou resolver a vida delas. Mas eu quero pelo menos fazer a diferença naquele dia, para que aquelas pessoas possam ter o acesso a poder rir, que é um direito que todo mundo tem, que não deveria ser negado. Eu quero que elas tenham direito a afeto, a amor, principalmente isso.”

Em minha primeira ação com a Trupe, no dia 22 de setembro de 2018, um rapaz jovem, que deveria ter seus 25 anos, nos abordou desesperadamente pedindo ajuda. Disse que queria sair das drogas e queria imediatamente ser levado para uma clínica de reabilitação. O grupo se reuniu e começou a ligar, até conseguir espaço em uma casa localizada no município de Benevides, a 30 quilômetros de Belém. O dinheiro arrecadado pagou o combustível para a viagem. A Trupe não pensou duas vezes em ajudar.

Reportagem: Trayce Melo.

Edição de texto: Antonio Carlos Pimentel.

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Há pouco mais de um ano, Adriano Santos Loureiro, 35 anos, fugiu de casa porque recebeu ameaças de morte após uma briga com um vizinho policial. Foi uma decisão difícil, mas era a única forma de proteger sua vida. Desde então ele perdeu contato com a família. Impossibilitado de voltar, passou a viver na rua.

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“Boto”, como Adriano é conhecido pelas redondezas do Ver-o-Peso, gosta muito de nadar. Foi daí que surgiu o apelido. Como não usa drogas, ele guarda o dinheiro que ganha reparando carros. “Boto” usa os trocados para comprar comida ou ajudar um de seus colegas com a refeição do dia. A rotina é bem simples: “Durmo, tomo café, almoço. Normal. Para mim eu acho normal. Às vezes reparo carros aqui”.

Em grandes centros urbanos, ou nas cidades pequenas, a situação de vida nas ruas é alarmante. Não se trata de um problema exclusivamente brasileiro. Ele está presente no mundo todo. Pessoas de diferentes vivências estão nessa condição pelas mais variadas razões. Há fatores, porém, que os unem: a falta de uma moradia fixa, de um lugar para dormir temporária ou permanentemente, e a ausência de vínculos familiares, interrompidos ou frágeis. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que, em 2015, o Brasil tinha 101 mil habitantes em situação de rua. Esses são os dados mais recentes. Com a crise e o aumento do desemprego, os índices podem ser bem maiores.

Adriano Santos Loureiro, o “Boto”, morador de rua de Belém, engrossa essa estatística. Nunca chegou a procurar um dos Centros POP da capital paraense - Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Diz que prefere ficar na rua. Não é muito de regras, e cada centro tem suas regras.

Ele conta que nunca sofreu agressão de agentes de segurança pública, só às vezes que os policiais mandam levantar e sair do local, geralmente na praça Waldemar Henrique, região central da cidade, onde se reúnem usuários de drogas. Certa vez, numa briga, saiu com o nariz quebrado. “Quando ele [outro morador de rua] veio me abordar, dei uma cotovelada nele e em seguida o policial me deu um soco”, relatou "Boto", rindo da situação.

Adriano é uma pessoa quieta, bem na dele. Não é muito de falar. Mas é gente boa e simpático. Percebi isso desde a primeira vez que conversei com ele na ação “Tem Palhaço na Rua”, organizada pela Trupe dos Palhaços Curativos. No dia da ação ele estava sentado isolado com sua marmita e um copo de suco, enquanto os outros interagiam e brincavam com a trupe dos palhaços.

Arrisquei conversar, com medo de ele não querer papo com ninguém, mas aos poucos ele foi desenrolando. Naquela noite marquei de voltar outro dia para fazer uma entrevista e ele topou a ideia. Falou que era para eu procurar pelo “Boto” na escadinha que fica ao lado da Estação das Docas, que ele estaria por lá.

Dito e certo, no dia da entrevista, com sol a pino, perguntei por “Boto” a uma vendedora ambulante em frente à Estação das Docas. Queria saber se ele realmente era famoso naquelas redondezas. “O ‘Boto’? Onde ele está? Deve estar nadando perto da escadinha”, respondeu a vendedora.

Foi quando olhei para a pracinha na beira da baía do Guajará e lá estava ele deitado em um banco. Ao redor havia outras pessoas sentadas no chão e em pé, conversando e rindo com dois policiais. Fiquei impressionada. Me aproximei de onde ele estava e perguntei se estava incomodando. Então ele se levantou, pegou sua mochila preta, colocou a camisa no ombro e fomos sentar em outro banco para fazer a entrevista.

Em 2018, “Boto” disse que presenciou a morte de mais de cinco conhecidos das ruas, por envolvimento com drogas. Quando questionei se tinha algum problema com drogas ou álcool, falou que bebia, mas nunca usou drogas nem fumou. Chegou a ter uma parceira. Durou seis meses o relacionamento. Mas ela bebia demais e isso desgastou a relação. Ele também perdeu o emprego um pouco depois, em uma estância, onde trabalhou durante dez meses. Depois disso, não conseguiu mais carteira assinada.

A primeira passagem pela rua foi no ano de 2015. Estava cansado, não aguentava a vida e toda a pressão em casa, contou. No início, ficava desconfiado, com vergonha de ser reconhecido e não sabia muito bem como agir. Disse que não se importa com afeto. Não foi criado pela mãe, relatou, nem teve o seu amor. Passava a maior parte do tempo na rua porque o pai também não ligava para ele, afirmou. Sem amor e afeto na infância, acabou se acostumando a não ter. Quando falei da possibilidade de sair das ruas, ele disse: “Cara, eu queria, mas não sei quando. Não sei, só Deus Sabe!”

Os invisíveis

É bastante difícil quantificar o número de pessoas nessa situação no Brasil. A maioria dos censos leva em conta o local de moradia das pessoas e as que estão em condição de rua não têm essa constância, o que atrapalha a realização de pesquisas. Para o planejamento urbano, eles são realmente invisíveis, embora não seja difícil encontrá-los entre as principais rotas comerciais e turísticas das grandes cidades.

Na cidade de Belém do Pará, os principais cartões-postais da cidade e o centro histórico são os mais habitados por essas pessoas. Os chamados “moradores de rua” estão em situação de vulnerabilidade e acabam se tornando “invisíveis” aos olhos da sociedade.

Só no mês de fevereiro de 2018, em Belém, foram noticiados dois homicídios com pessoas em situação de vulnerabilidade. Os crimes ocorreram num intervalo de tempo de 12 horas e em áreas de intenso comércio: praça do Relógio (ao lado da pedra do Ver-o-Peso) e Entroncamento. Outra questão preocupante é a saúde. Pela falta de higiene muitos deles têm problemas bucais, sequelas de acidentes, ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e tuberculose.

Na última ação do projeto “Tem palhaço nas ruas”, iniciativa de jovens voluntários que distribuem amor e afeto a quem vive na rua, no mês de novembro, encontrei novamente o “Boto” sentado em seu banco, quieto, mas com companhia dessa vez. Era uma mãe e seus três filhos. Uma moça jovem, bonita e muito envergonhada. As crianças adoraram a presença dos palhaços. O mais velho tinha 7 anos, a do meio, 5 anos e a bebê, 3 meses de vida. Confesso que fiquei incomodada com o que estava vendo, mas ela dormia em seu carrinho toda aconchegada. Como Belém está no período de chuvas, a mãe disse que às vezes ela e os filhos dormem em albergue, se conseguem um trocado, mas tem dias que são mais difíceis.

Uma das maiores dificuldades é comprar fraldas, já que são caras. Sobre o pai, a menina de 5 anos contou que ele trabalha muito. Ela disse que estão esperando ele voltar.

A prefeitura registrou na Fundação Papa João XXIII (Funpapa) mais de 2.400 pessoas atendidas entre os anos de 2016 e 2017, segundo o Relatório do Serviço de Vigilância Socioassistencial de Belém. No município, atualmente, existem dois espaços de acolhimento institucional para pessoas adultas em situação de rua: CAMAR I, para acolhimento de pessoas somente do sexo masculino; e CAMAR II, que atende mulheres e famílias. A porta de entrada do serviço é o encaminhamento institucional realizado pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua - Centro POP, Centro de Referências Especializado da Assistência Social - CREAS e, em alguns casos, dos serviços na área da Saúde e de Conselhos de Direitos.

“Boto”, na entrevista, queria contar sobre a visita à casa da irmã, no almoço do Círio, em outubro. Ele estava com roupas novas e um corte de cabelo diferente, animado e cheio de novidades. Passar ao lado da irmã essa data deve ter sido especial, já que ele não a via fazia tempo. Ele também agora era um bom amigo para a jovem que chegou com os três filhos recentemente naquele lugar. Mas à casa da mãe, destacou, ele não voltou mais.

Reportagem: Trayce Melo.

Edição de texto: Antonio Carlos Pimentel.

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A plataforma de voluntariado Transforma Brasil, em parceria com a ONG mineira E-Missão, abriu as inscrições para cadastro de voluntários para ajudar as vítimas do rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A ação procura por psicólogos, médicos, assistentes sociais e pessoas para ajudar na limpeza e separação de donativos. Para realizar cadastro, é necessário acessar portal.transformabrasil.com.br.

Mais de 4 mil voluntários já estão prestando atendimento médico e psicológico às vítimas resgatadas, além de oferecer suporte aos desaparecidos, e auxílio às pessoas que tiveram suas casas atingidas pela lama.

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Além disso, foi criada uma campanha de arrecadação de recursos financeiros, por meio do www.cidadedobem.com, em que é possível realizar doações a partir de R$ 10. O dinheiro angariado será usado para compra de remédios, água, material de limpeza, reabilitação das comunidades atingidas, redução de danos ambientais e ações sociais na cidade.

A empresa Vale publicou comunicado dizendo que também estão cadastrando voluntários. Os interessados podem ligar nos números 0800 285 7000 (Alô Ferrovia – prioritário) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale). Por esses mesmos números, a empresa recebe os dados de sobreviventes encontrados, reporte de desaparecidos, solicitação de apoio emergencial (abrigo, água, cesta básica, roupa, medicamento, transporte etc.) e reparação.

Estão abertas as inscrições para professores de química, física, história, geografia, redação e português do Projeto Interação, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A ação também conta com oportunidades disponíveis para corretores de redações. As candidaturas podem ser realizadas até 31 de dezembro, por e-mail.

Os interessados em participar devem ser estudantes matriculados nos cursos de licenciatura ou bacharelado, nas áreas afins das vagas, que estejam cursando a partir do segundo período de qualquer instituição de ensino superior. Para se candidatar ao cargo de corretor de corretor de redações, basta enviar e-mail para interacaoprojeto.ufpe@gmail.com, anexando histórico escolar; nome completo, curso, instituição, período e telefone(s) para contato. No assunto do e-mail deve estar escrito “SELEÇÃO: professor corretor de redação”.

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Já as demais funções pedem que o candidato envie as mesmas documentações, além de assunto da aula a ser ministrada na seleção para o mesmo e-mail. O assunto deve ser “SELEÇÃO: professor para “disciplina”, devendo substituir o nome disciplina pela matéria na qual deseja fazer a seleção.

Ainda há vagas para voluntários que estejam interessados em compor a equipe de mídia e divulgação social do projeto. As oportunidades são para diretor de arte, redator, social media e audiovisual.

O Projeto Interação tem o objetivo de auxiliar discentes em situação socioeconômica vulnerável que foram, de alguma forma, prejudicados ao longo da sua formação escolar, a ingressarem no ensino superior público. Todos os que lecionam no projeto são alunos voluntários de diversas instituições de ensino superior de Pernambuco.

Em comemoração ao Dia do Voluntariado, o presidente Michel Temer e o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologaram, na manhã desta terça (28), as diretrizes que permitem que as horas de trabalho voluntário dos alunos de escolas e universidades possam ser computadas como carga horária. De acordo com o Governo Federal, o objetivo da medida é estimular esse tipo de atuação. 

 As atividades voluntárias poderão ser incluídas na carga horária mínima do currículo ou serem contadas como horas a mais, sendo a política uma opção de cada instituição de ensino. Apenas na educação básica, as horas de voluntariado, caso sejam adotadas, deverão ser obrigatoriamente contabilizadas como acessórias e complementares ao conteúdo mínimo obrigatório. “O que estamos trazendo é a importância de termos agora a possibilidade, de acordo com as próprias instituições educacionais da educação básica e superior, de trazer o voluntariado para dentro dos seus currículos, se desejado pela instituição e, logicamente, pelo próprio voluntário”, comentou Rossieli Soares.

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O ministro elogiou o trabalho do Conselho Nacional de Educação (CNE) em prol da homologação da resolução. “Mais do que trazer os educandos brasileiros para o voluntariado, é o que o voluntariado pode fazer pela educação, pela transformação da educação do Brasil”, explicou Rossieli Soares.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, acrescentou ainda que a resolução busca promover a utilização dos espaços escolares e universitários para ações voluntárias. “Esta valorização se dará, inclusive, dentro dos currículos acadêmicos, tendo como princípios orientadores, o desenvolvimento integral dos educandos e a articulação com as comunidades locais e o entorno escolar”, concluiu. 

É começo de uma tarde de sábado e um pequeno grupo começa a se formar timidamente em frente a uma das salas de aula do antigo prédio do DEMEC, patrimônio do Núcleo de Ciências Jurídicas da Faculdade de Direito do Recife (FDR), no centro do Recife. Em comum, todos apresentam orientação sexual ou identidade de gênero não normativos, condição que, para alguns deles, torna as salas de aula comuns verdadeiras trincheiras. O professor Henrique*, pronto para oferecer a primeira aula do cursinho pré-vestibular Educar e Transformar, então, se apresenta e conduz sua turma para aquilo pode ser o início de uma nova vida para seus novos alunos e ele próprio.

Aos 34 anos de idade, Henrique já sobreviveu a três-pré infartos, sofreu de obesidade mórbida e venceu inúmeras crises de ansiedade. Entre as causas de tantas enfermidades, somam-se as exigências da carreira de analista de sistemas à transexualidade, com a qual passou a conviver com mais clareza desde o ano de 2013. “Foi quando passei a me entender como indivíduo transgênero, ao entrar na faculdade de design. Estou desistindo de doze anos de experiência na área em que estava porque não vejo perspectiva de aceitação e não sei como vou fazer porque todo o meu currículo foi construído nela”, explica.

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O primeiro homem trans a conseguir utilizar o nome social na faculdade, abrindo precedentes para outros que chegaram depois, Henrique vive um paradoxo. Como ainda não se sente à vontade para fazer a transição hormonal ou identificar-se como homem,  o analista é a única “mulher” da empresa. “Meu ambiente de trabalho, como a área de tecnologia da informação em geral, é composto por homens extremamente machistas, homofóbicos, transfóbicos e fundamentalistas religiosos. Por isso, vivo lá e fiz minha carreira como mulher”, lamenta. Assim, sair da faculdade significa deixar o único espaço onde Henrique pode ser ele mesmo. “Já estou atrasado um período porque não consigo deixar a segurança de lá. Onde sei que as pessoas vão me cobrar pelo motivo certo: por não ter feito o trabalho, não por não ter deixado meu cabelo crescer”, comenta. 

Além de uma área mais aberta à sua identidade de gênero, Henrique pretende encontrar no design a possibilidade de realizar o sonho de se tornar um professor universitário. O problema é de ele sofre de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDH). “Fui alfabetizado em casa, por minha mãe e minha irmã, porque não acompanhava a escola, mas meu diagnóstico só veio aos 30 anos de idade. O lado positivo para o curso é que uma pessoa com dificuldade de aprendizagem vai saber ensinar muito bem ”, conta o professor. 

Transexual, Bruno repetiu de ano por sofrer bullying na escola. Agora, ele busca ajuda no cursinho inclusivo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Aluno e amigo de Henrique, através do qual ficou sabendo do projeto, Bruno*, de 16 anos, repetiu um ano na escola estadual onde está matriculado por causa de depressão consequente do bullying. “Sou o único transexual da escola. Eu ‘gaseava’ aula para não passar por aquilo. Já levei soco no braço, cheguei roxo em casa”, afirma. 

De acordo com o aluno e organizador do cursinho, John Barbosa, que se identifica como homossexual, o caso do aluno que procura o curso devido a dificuldade de se integrar às salas de aula comuns é recorrente. “De certa forma, a escola era um local de tensão. Aqui a gente se preocupa realmente em estudar, pode se vestir como gosta, falar do nosso jeito e não ficar com medo de apresentar um trabalho ou tirar uma dúvida porque podem rir”, fala. 

Organizador e aluno do projeto, John comemora número de 100 inscritos neste ano. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Inicialmente oferecido na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a história do cursinho começou há pouco menos de dois anos, a partir de um projeto mais amplo oferecido na instituição para estudantes de baixa renda. “Só que algumas alunas transexuais começaram a sofrer ataques, inclusive físicos, nos trajetos de ida e volta das aulas. Foi quando o Coletivo Rua-Juventude Anticapitalista viu a necessidade de se implementar uma iniciativa direcionada ao público LGBT”, explica John. De um universo inicial de 20 alunos, dos quais quatro foram aprovados no vestibular, o Educar e Transformar, passou, neste ano, a contar com 100 estudantes matriculados, graças ao apoio de cerca de 30 monitores e professores voluntários. 

“Infelizmente não vai chegar todo mundo. Eu sei que não vai porque, no ano passado, muito conhecido meu se matou porque não aguentou a pressão. Vai cair muita gente, mas só precisamos que um chegue, porque esse ‘um’ vai inspirar muita gente”, lamenta Henrique. Para o professor, contudo, parece improvável a realização do sonho de se tornar um professor universitário. “Porque meu corpo é quebrado demais. Não consigo entender na mesma velocidade do que todo mundo, mas posso ser calço. Então que tudo que é meu, minha história, minha força de trabalho, esteja a serviço de ser ‘calço’”, determina-se. 

A periferia que ocupa a sala de aula

Bruno superou situação de vulnerabilidade social, tornou-se professor e agora prepara jovens de baixa renda para o vestibular. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Antes de se tornar o primeiro membro de sua família a ingressar em um curso superior, Breno Antônio da Silva Gonçalves viu amigos internados por dependência química ou mortos no crime. Criado pela mãe junto com mais duas irmãs na comunidade de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, ele, sem acesso a uma boa escola, já sonhava com a profissão de professor, a despeito da maioria dos garotos de sua idade, para os quais a única carreira possível era de jogador de futebol. “No ano de 2012, entrei no cursinho ‘Terceiro Milênio’, oferecido pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a vestibulandos de baixa renda. Me encantei pelas aulas de biologia”, conta. Motivado pela disciplina, Breno foi aprovado no curso de ciências biológicas da UFPE e, há dois anos, retribui as aulas gratuitas como professor voluntário do mesmo cursinho em que estudou. 

“Sei a dificuldade de sair da favela para vir à universidade, quanto custa a passagem de ônibus e o que é passar uma tarde toda só tendo biscoito para comer. Eu quero dar uma aula com a mesma qualidade da que ofereço num colégio particular”, comenta Breno, que já lecionou em colégios privados e agora desenvolve sua dissertação no mestrado em Biologia Vegetal, na UFPE. 

Aos 24 anos de idade, Breno mostra completo domínio da turma durante a apresentação do conteúdo. Aos alunos concentrados, associa as temáticas, por vezes distantes, da biologia à realidade deles, no final de cada aula. “Na aula de hoje, por exemplo, trabalhamos vermes e muitos deles caracterizam patologias humanas, como a esquistossomose. Aproveito para ensinar sobre prevenção, comentando sobre o gasto público com o tratamento e os perigos da doença”, explica. 

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Se consegue aplicar com competência sua vivência no conteúdo abordado, Breno é ainda mais hábil em absorver a de seus alunos. “Tenho alunos transexuais que apontaram, por exemplo, um comentário meu feito sem má intenção, mas que pode ser interpretado como transfóbico. Parei para refletir e pude me reeducar. O preconceito que sofri sendo negro, só me impulsiona a crescer”, coloca. Para Breno, sua empolgação em sala acaba contagiando os vestibulandos. “Me sinto realizado em sala de aula e é visível o retorno dos meninos comigo. A missão do professor é formar cidadãos, pessoas coerentes, honestas e que façam o bem de verdade. A educação é o veículo contra qualquer tipo de corrupção ou mal estar social”, defende. 

Ciclo do bem

Com um total de 120 alunos e 31 professores voluntários, divididos nos turnos da tarde e da noite, o “Terceiro Milênio” surgiu por iniciativa do professor do departamento de física Tomé Ferraz, em 1996, com o objetivo de suprir a histórica defasagem das disciplinas de biologia, química e física no ensino público. De acordo com o estudante de ciências contábeis da UFPE e atual coordenador do projeto, Waldemir Florentino da Silva, histórias de ex-alunos que são aprovados no vestibular e voltam à iniciativa para preparar outros jovens para os exames são comuns. “É um ciclo. Eu mesmo sou ex-aluno, porque não tive condições de pagar um preparatório. O voluntariado é muito gratificante, não tem preço quando alguns estudantes me ligam após a publicação do listão para me agradecer pelo apoio”, comemora.

*Nomes fictícios utilizados para preservar a identidade dos entrevistados 


O Centro de Pesquisa do Homem do Deserto (Cihde) está procurando voluntários para beber cerveja diariamente durante 56 dias para ajudar no desenvolvimento de uma bebida especial produzida com umatola, uma planta da região que cresce a 3800 metros de altitude.

A cerveja deverá ser feita ao estilo irlandês, tendo cor escura e sabor amargo de malte torrado. Nos primeiros 28 dias os voluntários deverão ingerir uma garrafa de 300 ml de cerveja comum diariamente. Em seguida, deverão ficar duas semanas em abstinência antes de passar 28 dias bebendo a cerveja com umatola. 

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Os interessados em participar do voluntariado devem ter entre 35 e 60 anos e apresentar pelo menos três fatores de risco de doenças cardiovasculares como por exemplo hipertensão, colesterol alto e parentes com doenças cardíacas.

A pesquisa terá início no primeiro semestre de 2018 e os candidatos devem se inscrever entrando em contato com o Centro de Pesquisa do Homem do Deserto através do e-mail cparra@cihde.cl até o final de janeiro.

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A ansiedade toma conta dos feras do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste domingo (5), primeiro dia da prova, milhões de candidatos começam a caminhada rumo ao ensino superior. Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), um dos pontos do Exame, área central do Recife, orações e abraços levam tranquilidade para os candidatos.

Integrante da Igreja Internacional da Graça de Deus, Patrícia Neves reuniu amigos para orar pelos feras e dar abraços gratuidos. De acordo com ela, isso leva calma aos candidatos e reforça a fé pela aprovação. Além de Patrícia, outros grupos religiosos passam uma mensagem de tranquilidade para os estudantes. Os pais também aproveitam e fortalecem o sentimento por uma boa prova. 

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As provas do Enem começam às 12h30 em Pernambuco. Durante cinco horas e 30 minutos, os candidatos responderão questões de Linguagens, Ciências Humanas e redação.

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Há cerca de dois anos, uma iniciativa de jovens universitários tem atraído dezenas de crianças ao Centro Comunitário do Conjunto Guajará I, em Ananindeua. O trabalho dos voluntários, denominado "Jogo do Amanhã", tem como objetivo incentivar a formação do caráter por meio de esporte e educação, e manter os jovens longe da criminalidade.

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Diante dos problemas sociais vivenciados pelos moradores e do abandono do centro comunitário, os amigos Vitor, Riandlo e Gabriel, que moram próximo ao local, viram a necessidade de criar algo que pudesse mudar a realidade das crianças da área e também utilizar o espaço de forma correta. “Resolvemos criar o projeto porque a gente sempre via as crianças aqui no local onde eram feitas coisas ilícitas, e a gente precisava fazer algo por elas. Viemos pra cá só com uma bola, e chamamos as crianças. Tivemos um retorno muito positivo delas”, disse Riandlo Ribeiro, 22 anos, estudante de Fisioterapia.

Além das brincadeiras e atividades esportivas, as crianças recebem orientações que auxiliam na formação do cidadão de bem, e isso reflete no comportamento em casa e na escola. É o que confirma Lorena Silva, 32 anos, mãe de duas crianças que participam do projeto. “Na parte dos estudos eles estão mais interessados, antes era só na frente da televisão. Como aqui tem um cantinho para leitura, isso incentivou bastante. O meu filho mais velho está mais obediente, porque aqui eles ensinam a respeitar os pais”, afirmou.

Cerca de 30 jovens universitários trabalham no local, como coordenadores e equipe de apoio. Todos os sábados eles se dispõem a ir até o centro motivados pela troca de afeto com as crianças. “Quando a gente chega aqui, as crianças te recebem muito bem, elas te abraçam, têm um carinho muito grande. A gente percebe que nem todos têm isso em casa, aqui é uma fonte que elas procuram, é gratificante”, relata Dayane Pereira, 20 anos, estudante de Medicina Veterinária.

Gabriel Henrique, 7 anos, é uma das crianças que participam. Ele conta que conheceu o projeto ao ser convidado por um de seus amigos que já frequentava o espaço. “O que eu mais gosto aqui é de jogar bola, me divirto bastante, e os tios são muito legais”, destaca. O projeto se mantém por meio de doações de pessoas da comunidade, donos de estabelecimentos comerciais, que se sensibilizam e apoiam a causa. Os voluntários também realizam eventos em prol da manutenção do lugar e para a compra de materiais.

“O nosso objetivo é transformar o caráter das crianças, mudar a vida delas. Por ser uma área carente, muitas não têm a atenção da família, e aqui a gente tenta dar esse tipo de ajuda”, concluiu Vitor Ferreira, 19 anos, estudante de Educação Física, um dos idealizadores do projeto "Jogo do Amanhã". Veja vídeo abaixo.

Por Adrielly Araujo, Fernanda Cavalcante e Caroline Monteiro.

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O Movimento República de Emaús, de Belém, existe há pouco mais 40 anos e foi fundado pelo padre Bruno Sechi com a intenção de promover e defender os direitos da infância e juventude. O nome Emaús faz referência a uma passagem bíblica que fala sobre solidariedade. “A ideia básica do Emaús é fazer com que o mundo seja mais solidário, que a vida possa fluir usando a solidariedade, por isso a escolha do nome”, explica o Coordenador de Sustentabilidade do Movimento, José Maria Dias.

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José Maria participa do Emaús há mais de cinco anos e diz que a motivação de ser voluntário é a vontade de ajudar no bom desenvolvimento de crianças e jovens carentes. “É algo no interior das pessoas, uma angústia de ver algo que está errado e querer mudar, então é isso que me motiva a participar”, conta.

O coordenador diz que o movimento Emaús é importante não só para as crianças, mas para a sociedade também. “O resgate da dignidade de crianças em desenvolvimento, que precisam ter as suas necessidades garantidas, não é importante só para criança, mas para a sociedade que vai colher os frutos de ter cidadãos que quando eram crianças tiveram seus direitos respeitados”, relata José.

O Emaús atua em três frentes com os 600 adolescentes da comunidade: na promoção de direitos, na defesa de direitos e no controle social. Na defesa de direitos, o movimento possui o Centro de Defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes (Cedeca), que trabalha com crianças que sofreram violações de direito na infância, como tráfico de pessoas, de drogas, trabalho infantil e prostituição infantil. “Quando as crianças chegam, elas são acompanhadas por pedagogos, psicólogos, que vão conversando e identificando o problema. Quando necessário, ocorrem as visitas nas casas e escolas das crianças”, explica José Maria.

Na promoção de direitos, o Emaús busca oferecer para a comunidade oportunidades que elas não têm. “Não podemos fazer todas as políticas públicas, então, por exemplo, dentro dessa área de promoção de direitos, nós temos algumas ações culturais, que são o grupo de violino, flauta, percussão, violão, canto, temos o teatro, tem capoeira e entre outras atividades”, conta José. Ele explica que no controle social o Emaús sempre está presente nos conselhos municipais e estaduais quando se trata de questões de políticas públicas para crianças e adolescentes: “Nós estamos nos conselhos e fóruns para tratar das questões de cobrança dos direitos dos jovens”.

O Emaús possui o curso de Operador de Microcomputador do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), em convênio com o Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicações, que é um projeto para promover a formação educacional e profissional de jovens de baixa renda em situação de vulnerabilidade social. São ofertados oficinas, cursos e treinamentos com foco no recondicionamento e manutenção de equipamentos de informática, e na conscientização ambiental sobre os resíduos eletroeletrônicos.

O movimento também possui convênio com a Secretaria de Justiça dos Direitos Humanos do Estado pelo Programa de Proteção a Crianças Ameaçadas de Morte. E o Jovem Aprendiz, para adolescentes a partir de 15 anos, que é um programa nacional do Ministério do trabalho que o Emaús se habilitou para poder executar. “É uma porta de entrada para o mundo do trabalho; toda sexta- feira os adolescentes da comunidade assistem aulas teóricas e durante a semana estão em diversas empresas aprendendo na prática”, afirma José.

O movimento possui programas de captação de recursos para ajudar a manter o local que tem um custo de R$ 100 mil por mês. As pessoas  que desejam contribuir com o movimento podem se voluntariar no Emaús e escolher a área em que desejam atuar. O movimento também possui a Campanha de Emaús, que recebe material pedagógico, equipamentos usados, móveis e entre outros materiais que são reaproveitados pelo movimento. “Realizamos o bazar Feira de Emaús, vendemos para a população carente com preço mais barato”, explica a Coordenadora de Artes e Educação do Emaús, Cleice Maciel.

Através do Programa Sócio Solidário, as pessoas podem contribuir com doações financeiras e tornam-se membros do Emaús, tendo direito a voz em decisões a serem tomadas no movimento. “O objetivo é incentivar as pessoasa investir no desenvolvimento da infância e juventude, chamar a população para assumir a responsabilidade cidadã”, diz José Maria. Veja vídeo abaixo.

Para participar dos projetos do Emaús, seguem telefones para contato:

Programa Sócio Solidário: (91) 98938-3797

Campanha de Emaús: 41410457

Número geral do Movimento Emaús : 32857693

Por Leticia Aleixo.

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O Governo Federal anunciou, na última segunda-feira (28), o Programa Viva Voluntário, que pretende estimular a prática do voluntariado no país, através de incentivos. Entre as medidas que visam estimular o trabalho voluntário, está a possibilidade de que candidatos de seleções e concursos públicos possam utilizar a atividades como critério de desempate.

De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (29), será criada uma plataforma digital na qual os interessados podem se cadastrar, registrando as atividades realizadas, para a “utilização como critério de desempate em concursos públicos da administração pública direta, autárquica e fundacional”. 

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Ainda segundo o decreto, a inscrição na plataforma digital deve ser “precedida de assinatura de termo de adesão, celebrado entre o voluntário e o responsável pela atividade voluntária, e conterá a definição do objeto, as condições da atividade a ser desenvolvida, incluídos o seu local de realização, a quantidade de horas e o período da atividade, a possibilidade, ou não, de ressarcimento de eventuais despesas e as responsabilidades das partes”. 

No âmbito do programa, considera-se como trabalho voluntário toda "atividade voluntária a iniciativa pública ou privada não remunerada e sem fins lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, esportivos, ambientais, recreativos ou de assistência à pessoa que vise ao benefício e à transformação da sociedade com o engajamento de voluntários".

Comitê gestor e editais

A medida, no entanto, não será obrigatória. De acordo com informações fornecidas ao LeiaJá pela Casa Civil, um comitê gestor com membros do governo e da sociedade civil será montado para estabelecer diretrizes acerca do programa, mas “é uma medida facultativa que ficará a critério de cada edital”, cabendo então aos órgãos públicos e às bancas organizadoras decidir sobre a adesão ao programa e regulamentar a maneira como o programa será posto em prática. 

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Amparada pelo presidente Michel Temer para descer a rampa presidencial rumo ao salão nobre do Palácio do Planalto, a primeira-dama Marcela Temer usou a tribuna, nesta segunda-feira, 28, durante o lançamento do Programa Nacional do Voluntariado, para um discurso de pouco mais de três minutos, no qual não escondeu o nervosismo e chegou a errar uma das falas.

Não havia teleprompter à disposição da primeira-dama. Marcela tentava demonstrar naturalidade ao ler seu discurso, ao mesmo tempo em que olhava para plateia, o que acabou provocando um tropeço na fala.

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"Devemos nos orgulhar dos cidadãos que em situações de adversidade se unem para auxiliar o próximo. Seja um momento de calamidade em alguma região do Brasil ou fora do País", disse. Depois repetiu: "Seja no momento de calamidade e ou até mesmo seja combatendo a discriminação social, ética, religiosa ou de gênero".

Temer, que acompanhou o discurso com atenção, ao fim da fala da mulher, evitou cumprimentá-la com um beijo, preferindo um aperto de mão. Marcela, que foi alçada à madrinha do Programa Criança Feliz, não costuma comparecer a muitos eventos no Planalto, mas é acionada em situações que destacam trabalhos sociais do governo.

De vestido cinza escuro acinturado, Marcela disse que "ser voluntário é sobretudo um ato de amor". "Abdicar de seu tempo para ouvir e ajudar alguém é a maior demonstração de altruísmo que um ser humano pode dar. Um simples gesto, que independe de recursos financeiros e materiais, como uma palavra amiga, tem poder de mudar o mundo", afirmou.

Convite

Pela manhã, a primeira-dama postou vídeo em sua conta oficial do Instagram convidando seus seguidores a assistir à solenidade pela TV ou pela internet. "Olá, pessoal, bom dia. Hoje é um dia muito especial. O Dia Nacional do Voluntariado", disse Marcela, que adotou um visual mais despojado: usava camiseta regata verde.

O Programa Nacional do Voluntariado lançado por Temer marcou a celebração do Dia Nacional do Voluntariado, instituído em 1985 pelo então presidente José Sarney. O governo anunciou ainda a criação de um prêmio anual para reconhecer empresas e cidadãos que desenvolvem atividades voluntárias de relevante interesse social no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer fez um discurso, nesta segunda-feira, 28, durante lançamento do Programa Nacional de Voluntariado. Discursando no Salão Nobre do Planalto, Temer disse acreditar que a imprensa daria "muito relevo" ao evento. "Quem faz trabalho voluntário está devolvendo a comunidade um pouco do que recebeu ao longo do tempo", afirmou.

O presidente chegou acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer que fez um rápido discurso na cerimônia. Em pouco mais de três minutos de fala, nitidamente nervosa, Marcela defendeu o lançamento do programa, disse que a iniciativa vai ajudar a disseminar o voluntariado no País e afirmou que "ser voluntário é um gesto de amor". "Um mundo melhor só pode ser construído com todos", completou.

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Data

O Programa Nacional do Voluntariado, lançado nesta segunda-feira, marca também a celebração do Dia Nacional do Voluntariado, instituído como dia 28 de agosto em 1985 pelo então presidente José Sarney.

O programa é coordenado pela Casa Civil e tem como objetivo incentivar o engajamento social em atividades voluntárias e o desenvolvimento da educação para a cidadania. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) é parceiro do programa e dará apoio técnico e administrativo às atividades.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que fez um discurso no evento, disse que o governo "reformista" de Temer quer tentar facilitar o encontro dos voluntários com os projetos existentes. "A atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença", disse.

O governo anunciou ainda a criação de um prêmio anual para reconhecer empresas e cidadãos que desenvolvem atividades voluntárias de relevante interesse social. Como incentivo, o decreto assinado nesta segunda por Temer prevê a utilização de horas nesse tipo de atividade como critério de desempate em concursos públicos ou em processos internos de promoção na administração pública, autárquica e federal.

Para o cidadão encontrar atividades voluntárias das quais tenha interesse, o governo pretende criar a Plataforma Digital do Voluntariado.

Ao lado da primeira-dama, Marcela Temer, o presidente Michel Temer fez um discurso, nesta segunda-feira, 28, durante lançamento do Programa Nacional de Voluntariado, para exaltar a parceria do governo com o Congresso Nacional. "Profissão de fé no diálogo tem trazido resultado em todos os domínios", afirmou Temer, destacando que o plano lançado nesta segunda é uma iniciativa que expande "uma marca do nosso governo que é a abertura ao diálogo". "Não se acredita aqui em trabalho solitário, mas em trabalho de equipe."

Uma das prioridades do governo nesta semana é a aprovação do projeto que altera as metas fiscais de 2017 e 2018 e a conclusão do debate da Medida Provisória que cria a TLP, nova taxa de juros para empréstimos do BNDES. O Planalto também espera avançar com a discussão sobre o programa de parcelamento de débitos tributários, o Refis.

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Temer disse ainda que seus anos de experiência no Legislativo o ajudam a governar e que, quando prega a pacificação nacional, pensa em "brasileiros ajudando uns aos outros, e não brasileiros contra brasileiros".

Discursando no Salão Nobre do Planalto, Temer disse acreditar que a imprensa daria "muito relevo" ao evento e destacou a atuação do coral infantil, dizendo que as crianças que cantaram o Hino Nacional deram exemplo "pela voz e disciplina". "Só essa apresentação já nos fez ganhar o dia", afirmou, destacando que nunca tinha visto o salão "em clima tão festivo". "Quem faz trabalho voluntário está devolvendo a comunidade um pouco do que recebeu ao longo do tempo", afirmou.

Para comemorar o Dia Nacional do Voluntário, celebrado em 28 de agosto, a plataforma digital Transforma Recife, da prefeitura local, está oferecendo 250 vagas para quem deseja se capacitar para ajudar o próximo. O curso contará com um bate-papo sobre solidariedade, voluntariado e projetos sociais da capital pernambucana. Além disso, segundo a Prefeitura, é uma boa oportunidade para aprender a transformar esse potencial em atitudes concretas de solidariedade.  

A capacitação será realizada no dia 12 de agosto, das 9h às 12h, no Porto Social, localizado na Rua Marquês Amorim, n° 356, Ilha do Leite. As candidaturas podem ser feitas gratuitamente através do preenchimento de um formulário disponível no site do Transforma Recife.  

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Sobre o projeto 

A ideia do Transforma Recife é juntar no ambiente digital, de forma rápida e prática, quem quer ajudar e a entidade que precisa de apoio, cruzando os interessados com as ofertas de trabalho voluntário em entidades do Recife. O projeto trabalha com dois principais eixos: o tecnológico, que é uma plataforma onde todas as organizações da cidade podem se cadastrar e oferecer vagas de trabalho voluntário em um único local; e o eixo de conexões humanas, que aproxima milhares de pessoas com o objetivo comum de ajudar o próximo. 

Os voluntários realizam o cadastro incluindo preferências de atuação, localização, horários e causas com as quais se identificam. Já as entidades se inscrevem informando as necessidades para ampliarem ou desenvolverem melhor suas ações. Em seguida, é feito o cruzamento dos dados para aproximar voluntários e instituições.

A ideia é juntar no ambiente digital, de forma rápida e prática, quem quer ajudar e a entidade que precisa de apoio, transformando a plataforma numa rede solidária. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 3355.3739.

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O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) está selecionando voluntários para ajudar em atividades administrativas. A colaboração inclui transcrições de áudios de entrevistas dos solicitantes de refúgios, investigações e diagnósticos dos aspectos geopolíticos de países de origem dos solicitantes.

Entre os requisitos para o trabalho voluntário estão: ter conhecimento avançado em inglês, francês e/ou espanhol e ser graduado ou estudante de nível superior. Há preferência por universitários e graduados em Direito, Relações Internacionais, Ciências Sociais ou Políticas, Serviço Social e áreas correlatas. O interessado deve ser proativo, organizado e ter aptidão para ajudar pessoas mais vulneráveis.

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Para participar da seleção de voluntários, os interessados devem enviar o currículo anexo para rsd.conare@mj.gov.br. As candidaturas serão recebidas até 6 de agosto. As atividades têm início previsto para 14 de agosto e duração de três meses, com possibilidade de prorrogação do tempo de serviço. Quem se comprometer com o voluntariado deve ter disponibilidade de, pelo menos, 12 horas semanais.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitirá certificado das atividades exercidas pelo colaborador. Terá direito ao certificado o voluntário que cumprir o tempo mínimo de prestação de serviços, sem interrupção. 

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O projeto Padrinho Cidadão foi criado pela Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região e tem como principal objetivo reduzir os índices de violência em Belém, por meio da aprendizagem. Os padrinhos podem contribuir mostrando uma saída social, cultural e musical como ocupação, para que as crianças e jovens não sejam vítimas do trabalho infantil. Os alunos participaram, no último sábado (29), do projeto Conhecer Belém, uma visita a polos culturais da capital paraense.

O trajeto se iniciou no bairro do Bengui, de ônibus. Os afilhados passaram pela galeria Belém Photos, pelo teatro Waldemar Henrique, pela praça da República e, por fim, pelo Forte do Presépio. Eles também assistiram a uma peça sobre paz e solidariedade.

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O projeto Conhecer Belém é um programa da Comissão de Erradicação do Trabalhado Infantil, da Justiça do Trabalho. Ele se propõe, em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama) e com a Associação Amigos de Belém, a levar os alunos que são afilhados do projeto acadêmico Padrinho Cidadão aos diferentes pontos da cidade, a fim de conhecê-la melhor. “Observamos na realidade que os nossos afiliados não conhecem a cidade, eles não saem da cercania dos seus bairros, não conhecem ruas, pontos turísticos, o mundo deles é muito reduzido. Nós percebemos que eles se perdiam quando realizávamos algum evento fora do bairro deles, eles não sabiam chegar. A partir daí surgiu a ideia que está nos inspirando. Esse é apenas um evento de muitos que realizaremos ainda”, disse a juíza Vanilza Malcher, coordenadora do projeto Padrinho Cidadão.

O foco da iniciativa são os estudantes de escolas públicas, que tenham entre 14 e 17 anos. Uma das principais metas do projeto é ocupar o tempo dos adolescentes de forma útil, para que eles vejam na educação, na cultura e no esporte alternativas para fugir das ruas e da situação de vulnerabilidade, quando estiverem fora da escola. Os afilhados participam de atividades educacionais, lúdicas e esportivas. Os voluntários do projeto cedem parte de seu tempo e conhecimento para se tornarem Padrinhos Cidadãos. Eles contribuem a partir da sugestão de saídas sociais, para evitar que as crianças estejam expostas ao trabalho infantil. “Estou aprendendo muitas coisas. É muito gratificante para mim. Tenho a oportunidade de estar conhecendo a cidade em que vivo”, afirmou Maxlena Britto, que participa do projeto Padrinho Cidadão há um mês.

Em 2016, foram 100 padrinhos inscritos e 55 afilhados participaram do programa. A data de término do programa ainda não foi definida. As visitas serão realizadas uma vez ao mês, com diferentes grupos de alunos.  “São meninos e meninas que estão sendo acompanhados por voluntários desde o ano passado. Então essa ideia só vem a acrescentar na vida deles. O primeiro passo é conhecer a cidade, conhecer sua história. A partir de hoje eles serão novas pessoas. Não podemos deixar nossa cidade do jeito que está, toda abandonada, entregue à violência, e os adolescentes vão contribuir muito para que, no futuro, não precisemos ver esse tipo de coisa”, completou a coordenadora Vanilza.


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