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O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Augusto Heleno, usou as redes sociais para justificar o fato de o governo ter deixado passar as irregularidades no currículo de Carlos Alberto Decotelli, que motivaram seu pedido de demissão do Ministério da Educação. Heleno afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não são responsáveis por analisar currículo de ministros.

"Aos desinformados: o Gabinete de Segurança Institucional/Agência Brasileira de Inteligência examinam sobre quem vai ocupar cargos no governo, antecedentes criminais, contas irregulares e pendentes, histórico de processos e vedações do controle interno. No caso de Ministros, cada um é responsável pelo seu currículo", escreveu o general.

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Anunciado como ministro da Educação na última quinta-feira, Carlos Alberto Decotelli entregou a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro nesta terça. As primeiras inconsistências na formação acadêmica de Decotelli começaram a ser apontadas ainda na última sexta-feira, quando Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, que disse que ele não conclui o doutorado. Na segunda, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também afirmou que ele não fez pós-doutorado na instituição. Decotelli mudou seu currículo na plataforma Lattes depois dos questionamentos.

A situação já era considerada insustentável e o presidente chamou Decotelli para uma conversa. Em seguida, postou nas redes sociais que o economista estava sendo vítima de críticas para desmoralizá-lo. Mas deu um recado: "O Sr. Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (Governo), bem como, está ciente de seu equívoco." E não indicou que haveria posse, anteriormente marcada para esta terça. Decotelli saiu da reunião dizendo que era o ministro da Educação.

A saída de Decotelli, no entanto, foi sacramentada após, em nota, a FGV informar que ele não foi pesquisador ou professor da instituição. O presidente Jair Bolsonaro ficou irritado ao saber de mais uma incoerência no currículo do indicado. O governo então passou a pressioná-lo para que apresentasse uma carta de demissão, o que ocorreu na tarde desta terça-feira. Bolsonaro agora analisa uma série de currículos para o MEC e pediu atenção máxima para evitar um novo constrangimento.

Outros casos

Outros ministros do governo Bolsonaro também já tiveram inconsistências no currículo. O antecessor de Decotelli na cadeira do MEC, Abraham Weintraub, foi apresentado pelo presidente como doutor e professor universitário "de ampla experiência em gestão". Entretanto, ele nunca recebeu título de doutor por nenhuma universidade. Após o erro ter sido apontado, Bolsonaro retificou a informação em suas redes sociais. Mas essa não era a única inconsistência no currículo do ministro e, dias depois, ele foi acusado de se "autoplagiar" publicando o mesmo artigo em mais de uma revista.

Já o primeiro ministro da Educação no governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, contava com pelo menos 22 informações falsas em seu currículo. Em março de 2019, Vélez tinha atribuído a si mesmo a autoria de livros que não foram escritos por ele, e listou artigos publicados em periódicos sem reconhecimento científico.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, se apresentava como "advogada", "mestre em educação", "em direito constitucional" e "direito da família". Em janeiro de 2019, entretanto, ela confessou que os títulos não foram conquistados em uma universidade, mas sim em leituras da bíblia. "Nas igrejas cristãs é chamado mestre todo aquele que é dedicado ao ensino bíblico", afirmou.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) anunciou, neste sábado (23), que entrará com uma representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR), pedindo investigação sobre a rede de informações não oficial que o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter, na reunião ministerial do dia 22 de abril liberada ao público pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após afirmar que precisaria receber mais informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Bolsonaro declarou: “sistemas de informações: o meu funciona” [...] Os ofi… que tem oficialmente, desinforma [sic]”.

“Vamos entrar com uma representação na PGR para que se investigue o aparato clandestino de inteligência utilizado por Bolsonaro. No vídeo da reunião dos ministros, Bolsonaro foi explícito ao falar da efetividade do órgão paralelo de informação. Mais um crime nesta saga golpista”, escreveu Ivan Valente, em suas redes sociais.

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Os dados da Abin contradizem as falas do presidente. Segundo os relatórios da instituição, o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) recebeu 1.272 relatórios de inteligência produzidos por órgãos do governo, entre os anos de 2019 e 2020. As informações são repassadas para o Planalto, auxiliando na tomada de decisões estratégicas para o governo.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, anunciou nesta terça-feira, 28, Frank Márcio de Oliveira como novo diretor-geral da Agência de Inteligência Brasileira (Abin). Diretor-adjunto da órgão, Oliveira substituirá o delegado Alexandre Ramagem que foi confirmado como novo chefe da Polícia Federal.

"Levei ao presidente da República o nome do sr. Frank Márcio de Oliveira para ser o novo diretor da Abin. É oficial de inteligência, com mais de 20 anos de carreira e ampla experiência na atividade. Tenho convicção que a agência seguirá em boas mãos", escreveu Heleno.

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O ministro-chefe do GSI também agradeceu Ramagem, que comandou a agência de inteligência nos últimos oito meses. Segundo Heleno, o ex-chefe da ABIN ampliou a aproximação com a Polícia Federal, que agora passa a comandar.

"Agradeço ao delegado Ramagem pelo excelente trabalho como diretor da ABIN. Ampliou a saudável aproximação com a Polícia Federal e incentivou uma inteligência mais ágil. Como exige a era digital. Cumpriu cabalmente sua missão em um ótimo ambiente de trabalho", destacou o ministro.

Resultados de um relatório feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) parecem ter sido completamente ignorados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após o pronunciamento nacional que aconteceu na última terça-feira (24). O documento sigiloso, publicado pelo site The Intercept Brasil aponta que o novo coronavírus poderá chegar a 207.435 casos nos pais, além de causar a morte de até 5.571 pessoas, até 6 de abril. 

A publicação, datada da última segunda-feira (23), às 22h10, teria sido enviada ao presidente que, na contramão do aviso, criticou governadores e prefeitos por fecharem escolas e o comércio para evitar a propagação da COVID-19.

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Os dados coletados pela Abin projetam que, se não for controlada, a epidemia pode levar a até 5.571 pessoas ao óbito. O relatório leva em consideração a evolução de casos oficiais e mortes causadas pelo coronavírus em países como China, Itália e Irã, locais mais afetados pela pandemia. 

Partindo para um cenário menos pessimista, a Abin projeta 71.735 casos e 2.062 mortes até 6 de abril, levando em conta a evolução da pandemia na Alemanha e na França. Todas as hipóteses são feitas diariamente pela Agência a partir dos dados divulgados pelo Ministério da Saúde e podem variar bastante, dependendo da evolução dos casos. De acordo com o Intercept, o relatório anterior, do último domingo (22) projetava 8.621 mortes até 5 de abril, no pior cenário. 

Mas nem tudo está perdido

Apesar de prever o aumento das mortes em números que podem ser considerados pessimistas, o relatório também analisa dados de outros países e mostra uma diminuição nos casos de coronavírus ao redor do globo, após a adoção de medidas restritivas. Uma das análises é feita com a própria China, de onde saíram os primeiros casos. O relatório afirma que o país oriental conseguiu diminuir o aumento de casos entre 10 e 15 dias depois que adotou medidas de contenção, inclusive com "lockout" (fechamento da entrada e saída de pessoas) em cidades e províncias. 

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informou, em documento oficial obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não infiltrou agentes para espionar bispos da Igreja Católica na preparação do Sínodo da Amazônia. Segundo o GSI, a Abin acompanha o sínodo por meio de informações obtidas em fontes abertas e repassadas por outros órgãos federais.

"Movimento social, membros da igreja, comunidades indígenas e quilombolas, assentamentos rurais ou ONG não estão sendo monitorados por parte da Abin. Ocorre, no entanto, o acompanhamento por meio de fontes abertas para atualização de cenários e avaliação da conjuntura interna", diz o documento, assinado pelo ministro Augusto Heleno. "Cabe à inteligência entender determinados fenômenos com fim exclusivo de averiguar seu potencial efeito lesivo à sociedade e ao Estado. Isso não se reflete, necessariamente, na realização no monitoramento de pessoas."

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O sínodo será realizado em outubro, durante três semanas, no Vaticano. Cerca de 250 bispos devem participar, além de convidados do papa Francisco.

Interpretação

O evento principal é uma série de assembleias de bispos católicos para discutir temas ligados à evangelização e problemas socioambientais na Amazônia. Em documento ao Vaticano, os bispos criticam a exploração econômica, a destruição ambiental e o descaso com povos originários, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De dimensão política, alguns trechos geraram interpretações, principalmente entre militares, de que poderia haver um questionamento à soberania brasileira - o que os clérigos negam.

O GSI cita, como fontes abertas, veículos de imprensa, periódicos, sites da Igreja Católica e de organizações diretamente vinculadas à organização do sínodo, como a Rede Eclesial Pan-amazônica e redes sociais. O órgão negou realizar o monitoramento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de entidades vinculadas, como a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário.

O ofício foi assinado em maio e encaminhado ao gabinete do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). O GSI nega ter feito objeções à realização do sínodo, mas sustenta que a pauta abordará temas ligados à soberania nacional.

O órgão destaca um trecho do documento preparatório do sínodo em que a Igreja afirma que "reconhecer o território amazônico como bacia além das fronteiras dos países facilita a visão integral da região, o que é essencial para a promoção de seu desenvolvimento e de uma ecologia integral".

No fim de agosto, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que a Abin monitora os preparativos do sínodo. Ele afirmou que a assembleia de bispos católicos "tem muita influência política" e que a agência monitora todos os grandes grupos.

Em fevereiro, o Estado revelou a preocupação do governo com a Igreja Católica, a partir de relatórios de inteligência da Abin e das Forças Armadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o vazamento da troca de mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, o alto escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) está mudando de hábitos.

Bolsonaro e integrantes do Executivo iniciaram um processo de troca de celulares e, a partir de agora, não vão mais utilizar os aplicativos de troca de mensagens como o Whatsapp e o Telegram.

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Os celulares do grupo serão trocados por aparelhos criptografados, fornecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Agora, a tendência é que assuntos sigilosos sejam tratados apenas por meio desses telefones criptografados. Essa tecnologia protege os dados dos celulares.

Os dispositivos fornecidos pela Abin não permitem que sejam instalados aplicativos de troca de mensagens e nem redes sociais. Por isso, a ideia é que assuntos oficiais sejam tratados apenas pessoalmente.

O presidente Jair Bolsonaro determinou uma troca no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O atual diretor-geral, Janér Tesch Hosken Alvarenga, é oficial de inteligência e servidor de carreira. O substituto será o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues, que atuou na segurança do presidente na campanha de 2018 e atualmente é assessor especial do ministro Santos Cruz, na Secretaria de Governo.

Questionado na tarde desta quarta-feira, 8, Bolsonaro determinou ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, que explicasse a troca. Heleno afirmou que não há traumas na substituição e que ainda não sabe quando haverá a oficialização.

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"Nós vemos uma troca sem traumas não há nada contra o atual diretor da Abin. Troca feita por orientação do presidente, buscando uma nova situação para inteligência", disse Heleno. O ministro afirmou que busca outro perfil do setor de inteligência para comandar a Abin, buscando mais integração e velocidade na troca de informações.

O Palácio do Planalto quer conter o que considera um avanço da Igreja Católica na liderança da oposição ao governo Jair Bolsonaro, no vácuo da derrota e perda de protagonismo dos partidos de esquerda. Na avaliação da equipe do presidente, a Igreja é uma tradicional aliada do PT e está se articulando para influenciar debates antes protagonizados pelo partido no interior do País e nas periferias.

O alerta ao governo veio de informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e dos comandos militares. Os informes relatam recentes encontros de cardeais brasileiros com o papa Francisco, no Vaticano, para discutir a realização do Sínodo sobre Amazônia, que reunirá em Roma, em outubro, bispos de todos os continentes.

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Durante 23 dias, o Vaticano vai discutir a situação da Amazônia e tratar de temas considerados pelo governo brasileiro como uma "agenda da esquerda".

O debate irá abordar a situação de povos indígenas, mudanças climáticas provocadas por desmatamento e quilombolas. "Estamos preocupados e queremos neutralizar isso aí", disse o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que comanda a contraofensiva.

Com base em documentos que circularam no Planalto, militares do GSI avaliaram que os setores da Igreja aliados a movimentos sociais e partidos de esquerda, integrantes do chamado "clero progressista", pretenderiam aproveitar o Sínodo para criticar o governo Bolsonaro e obter impacto internacional. "Achamos que isso é interferência em assunto interno do Brasil", disse Heleno.

Escritórios da Abin em Manaus, Belém, Marabá, no sudoeste paraense (epicentro de conflitos agrários), e Boa Vista (que monitora a presença de estrangeiros nas terras indígenas ianomâmi e Raposa Serra do Sol) estão sendo mobilizados para acompanhar reuniões preparatórias para o Sínodo em paróquias e dioceses.

O GSI também obteve informações do Comando Militar da Amazônia, com sede em Manaus, e do Comando Militar do Norte, em Belém. Com base nos relatórios de inteligência, o governo federal vai procurar governadores, prefeitos e até autoridades eclesiásticas que mantêm boas relações com os quartéis, especialmente nas regiões de fronteira, para reforçar sua tentativa de neutralizar o Sínodo.

O Estado apurou que o GSI planeja envolver ainda o Itamaraty, para monitorar discussões no exterior, e o Ministério do Meio Ambiente, para detectar a eventual participação de ONGs e ambientalistas. Com pedido de reserva, outro militar da equipe de Bolsonaro afirmou que o Sínodo é contra "toda" a política do governo para a Amazônia - que prega a defesa da "soberania" da região. "O encontro vai servir para recrudescer o discurso ideológico da esquerda", avaliou ele.

Conexão

Assim que os primeiros comunicados da Abin chegaram ao Planalto, os generais logo fizeram uma conexão com as críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Órgãos ligados à CNBB, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), não economizaram ataques, que continuaram após a eleição e a posse de Bolsonaro na Presidência. Todos eles são aliados históricos do PT. A Pastoral Carcerária, por exemplo, distribuiu nota na semana passada em que critica o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que, como juiz, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

Na campanha, a Pastoral da Terra divulgou relato do bispo André de Witte, da Bahia, que apontou Bolsonaro como um "perigo real". As redes de apoio a Bolsonaro contra-atacaram espalhando na internet que o papa Francisco era "comunista". Como resultado, Bolsonaro desistiu de vez da CNBB e investiu incessantemente no apoio dos evangélicos. A princípio, ele queria que o ex-senador e cantor gospel Magno Malta (PR-ES) fosse seu candidato a vice. Eleito, nomeou a pastora Damares Alves, assessora de Malta, para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Histórico

A relação tensa entre militares e Igreja Católica começou ainda em 1964 e se manteve mesmo nos governos de "distensão" dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo, último presidente do ciclo da ditadura. A CNBB manteve relações amistosas com governos democráticos, mas foi classificada pela gestão Fernando Henrique Cardoso como um braço do PT. A entidade criticou a política agrária do governo FHC e a decisão dos tucanos de acabar com o ensino religioso nas escolas públicas.

O governo do ex-presidente Lula, que era próximo de d. Cláudio Hummes, ex-cardeal de São Paulo, foi surpreendido, em 2005, pela greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio. O religioso se opôs à transposição do Rio São Francisco.

Com a chegada de Dilma Rousseff, a relação entre a CNBB e o PT sofreu abalos. A entidade fez uma série de eventos para criticar a presidente, especialmente por questões como aborto e reforma agrária. A CNBB, porém, se opôs ao processo de impeachment, alegando que "enfraqueceria" as instituições.

'Vamos entrar a fundo nisso'

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro, afirmou que há uma "preocupação" do Planalto com as reuniões e os encontros preparatórios do Sínodo sobre a Amazônia, que ocorrem nos Estados.

"Há muito tempo existe influência da Igreja e ONGs na floresta", disse. Mais próximo conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, Heleno criticou a atuação da Igreja, mas relativizou sua capacidade de causar problemas para o governo.

"Não vai trazer problema. (O trabalho do governo de neutralizar impactos do encontro) vai apenas fortalecer a soberania brasileira e impedir que interesses estranhos acabem prevalecendo na Amazônia", afirmou. "A questão vai ser objeto de estudo cuidadoso pelo GSI. Vamos entrar a fundo nisso."

Tanto o ministro Augusto Heleno quanto o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, hoje na assessoria do GSI e no comando do monitoramento do Sínodo, foram comandantes militares em Manaus. O vice-presidente Hamilton Mourão também atuou na região, à frente da 2.ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse ao Estado que deve manter a atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), comandada por Janer Tesch Alvarenga - oficial de inteligência há 34 anos e no comando do órgão desde setembro de 2016. O general disse que quer a Abin sem viés ideológico e integrada aos demais órgãos de inteligência para atuar no combate ao crime organizado.

Ao ser questionado se pretendia retomar características do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), contestou: "Isso é uma bobagem. Não há ideia de resgatar nada. Não estamos olhando para o retrovisor. Estamos olhando para a frente". Segundo ele, "a Abin é um órgão de Estado", "não faz bisbilhotagem" e "não fará nada fora da lei".

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A seguir, os principais trechos da entrevista concedida na sexta-feira passada (21).

O sr. vai manter o atual diretor da Abin no cargo?

Essa decisão não está tomada, mas tudo se encaminha para manter o Janer. Não tenho razão para retirá-lo, mas ainda não consegui ir à Abin, nem conversei com ele. Pretendo manter a estrutura atual. É o mais certo.

Qual será o modelo de inteligência da Abin do governo Jair Bolsonaro?

A ideia é ser o mais inteligente possível (risos). É uma assessoria muito importante para o presidente e para todos os membros do governo. O principal cliente da Abin é o presidente. Mas a Abin trabalha em melhor proveito do Estado, não é do governo. O objetivo é buscar o máximo de eficiência, a maior integração possível entre os diferentes integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, criar um clima de absoluta confiança com os demais órgãos. A Abin tem um papel bastante relevante e definido dentro do Estado brasileiro. Existe uma política de inteligência que dá as normas e princípios de forma didática, servindo de orientação para todas as atividades.

A Abin vai bisbilhotar a vida dos opositores?

De jeito nenhum. A Abin é um órgão do sistema brasileiro de inteligência. Inteligência não é bisbilhotar a vida de ninguém. Inteligência é fundamental em todos os governos do planeta e trabalha em cima de estudos, análises, coleta de informações. São coisas científicas. Não tem nada a ver com bisbilhotar a vida de ninguém. A Abin não faz isso, não fará nada fora da lei. Existem limites legais muito bem definidos e ela vai se ater a isso.

Qual avaliação o sr. faz da estrutura da Abin?

A ideia é manter a estrutura. Foi feito um excelente trabalho nessa retomada da existência do Gabinete de Segurança Institucional, que tinha sido dissolvido pela ex-presidente Dilma Rousseff. A partir daí, a ideia foi manter o que existia e fazer um grande aperfeiçoamento do sistema de inteligência, inclusive com a aprovação da política que dá os parâmetros do setor. Hoje, temos um compromisso com a modernidade e isso é muito difícil porque há uma evolução constante de tudo, principalmente de tecnologia. Temos de acompanhar as técnicas mais avançadas de produção de informações, com respeito absoluto às normas legais e democráticas.

O fato de o governo Jair Bolsonaro ter um grande número de militares significa que a Abin pode voltar a retomar o antigo Serviço Nacional de Inteligência(SNI) dos governos militares?

Isso é uma bobagem. Um absurdo dizer isso. Não há ideia de resgatar nada. A ideia é de partir para um Brasil novo. Não estamos olhando para o retrovisor. Estamos olhando para a frente.

A Polícia Federal fez na sexta-feira passada (21) buscas na casa do advogado Zanone Oliveira Júnior, defensor de Adélio Bispo de Oliveira, que cometeu atentado contra Bolsonaro. O GSI vai trabalhar nisso?

É uma investigação a cargo da PF. Confiamos plenamente que ela fará, como sempre, um ótimo trabalho.

A Abin pode ajudar a investigar quem cometeu atentado contra Bolsonaro?

Isso não é com a Abin. Isso é questão de investigação policial, a cargo da PF.

Há temor de novo atentado ao presidente eleito, seja na posse ou depois?

As informações sobre isso, o próprio general Sérgio Etchegoyen, atual ministro do GSI, já disse que existem informações que essa possibilidade (de atentado contra Bolsonaro) continua. Mas nós temos absoluta confiança no dispositivo de segurança que está sendo montado para a posse e depois.

A Abin pode trabalhar no mapeamento para ajudar no combate ao crime organizado?

A Abin não só pode, como tem de ajudar. A Abin é um dos elementos mais importantes do Sisbin. Claro que a Abin vai ajudar não só a mapear o crime, trabalho que não é só dela, mas continuar a ir atrás de informações buscando, o mais rápido possível, diminuir a atuação do crime organizado e, se possível, neutralizá-lo. É complicado, mas precisamos perseguir isso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criticaram de forma velada a proposta da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de monitorar usuários da internet de forma preventiva. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira, 8, a ideia gerou polêmica no grupo consultivo do TSE responsável por debater o combate à disseminação de notícias falsas nas eleições. Os ministros preferiram falar em caráter reservado já que as discussões estão sendo comandadas pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Luiz Fux.

A sugestão da Abin permitiria, sob o argumento de combater a disseminação de notícias falsas, o monitoramento das ações de usuários brasileiros na internet sem prévia autorização da Justiça. A proposição da Abin prevê o monitoramento amplo e abrangente dos metadados (que registram a atividade dos internautas na web) provenientes de plataformas de mídias sociais e provedores de internet.

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Para um ministro do TSE, não há "varinha de condão" para tratar de um tema delicado como as "fake news". Esse magistrado considera um "perigo" a proposta da Abin, avalia que é impossível controlar os internautas e vê na sugestão da agência a possibilidade de se "abrir porta para a violação de direitos fundamentais".

Um segundo ministro do TSE ouvido pelo Estado desaprova a proposta da Abin e acredita que há outros instrumentos mais eficazes para combater a disseminação de notícias falsas, como o esclarecimento da população e a atuação livre da imprensa para fiscalizar.

Já um terceiro integrante do TSE disse à reportagem não ter qualquer restrição ou preconceito contra qualquer agência de inteligência ou de informação, mas atuar sem autorização judicial é "um pouco demais".

Alternativas

O Estado apurou que alguns integrantes do conselho foram contrários à proposta da Abin discutida em reunião na segunda-feira passada porque ela violaria as garantias legais estabelecidas pelo Marco Civil da Internet e previstas nos princípios do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Teriam sido contra os representantes do Exército, da Safernet e da Polícia Federal. Na reunião, ficou decidido que os conselheiros estudariam alternativas que não violem as garantias e as liberdades individuais.

Procurada pela reportagem, a Abin informou que "ratifica o posicionamento de que o acompanhamento feito pela Inteligência sobre qualquer tema, inclusive os ligados a questões eleitorais, subordina-se aos preceitos constitucionais, à Política Nacional de Inteligência (PNI) e à Estratégia Nacional de Inteligência (Enint)". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Esporte lançou, na segunda-feira (19), em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o curso de Avaliação de Risco em Estádios de Futebol. O objetivo principal da iniciativa é criar um protocolo de atuação das forças policiais especializadas em segurança nos estádios para que atuem de forma uniforme e eficaz no combate à violência entre torcidas, em especial nas arenas de futebol. 

O curso foi criado pela Coordenação-Geral de Governança, Gestão e Segurança em Eventos Esportivos (Coges), do Ministério do Esporte, e terá a mesma metodologia do plano de avaliação de risco implementado pela Abin nos grandes eventos esportivos realizados no Brasil, como na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O curso já começou nesta segunda-feira, no Rio, e se encerra na próxima sexta-feira (23). A meta é que depois ele seja replicado nos demais estados do País.  

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que divulgou o edital de concurso público para candidatos com escolaridade de níveis médio e superior, prorrogou o período de inscrições para o certame. Também houve modificação na remuneração.

Os interessados em participar da seleção agora poderão se inscrever até a próxima quarta-feira (31), às 18h, horário de Brasília. As inscrições devem ser feitas através da internet, sendo necessário ainda realizar o pagamento de uma taxa que vai de R$ 190 até R$ 230 a depender do cargo pretendido. 

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Os salários para as funções de oficial de inteligência, oficial técnico de inteligência e agente de inteligência tiveram alterações. Assim, os novos servidores que forem aprovados no concurso contarão com uma remuneração de R$ 6.302 até R$ 16.620. 

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prepara uma força-tarefa para combater a disseminação de "fake news" nas disputas do próximo ano. A proliferação de notícias falsas e a atuação de robôs na internet também estão em discussão no Exército, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e na Polícia Federal. O objetivo é evitar o impacto negativo de mentiras nas eleições, a exemplo do que ocorreu nas campanhas americanas e francesas, de Hillary Clinton e Emmanuel Mácron.

O tema é visto com preocupação por integrantes do governo e TSE. Funcionários do tribunal já se reuniram com representantes do Google e Facebook para elaborar estratégias.

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O Ministério da Defesa, conforme antecipado pela coluna Direto da Fonte, vai auxiliar a corte no combate aos crimes eleitorais cometidos por organizações e também relativos ao ciberespaço. "É da maior importância essa questão dos crimes cibernéticos relativos a eleição e resultados eleitorais", afirmou o ministro Raul Jungmann à reportagem.

"Nosso papel, por meio do Centro de Defesa Cibernética do Exército, com o apoio da PF, da Abin e de outros órgãos, é apoiar o TSE, porque o tribunal não tem pessoal para cuidar de tudo isso", disse Jungmann.

Embora em menor escala, em 2014 a corrida eleitoral já havia sido influenciada pelas notícias falsas. Boatos sobre o fim do programa Bolsa Família atingiram a então presidente Dilma Rousseff, levando centenas de beneficiários a agências da Caixa Econômica Federal. Na época, a PF concluiu que o boato "foi espontâneo", "não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou um grupo os tenha causado".

De lá para cá, o uso de redes sociais e aplicativos se intensificou no País, o que potencializa o surgimento de novos casos, na avaliação de integrantes do TSE ouvidos pela reportagem. Para um ministro, a corte está "navegando em um mar sem bússola" na tentativa de encontrar instrumentos para frear a disseminação das fake news.

A reforma política aprovada pelo Congresso Nacional impôs ao TSE a missão de regulamentar uma série de questões relacionadas à propaganda eleitoral, como a veiculação de conteúdos eleitorais na internet e o uso de ferramentas digitais. A legislação permite que, a pedido do candidato, partido ou coligação, a Justiça Eleitoral determine a suspensão do acesso a conteúdos que violem disposições legais. Também barra a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral por perfis falsos.

"A linha entre o combate às 'fake news' e um eventual cerceamento da liberdade de expressão é muito tênue. Há notícias dadas que são obviamente falsas e outras que estão numa área cinzenta. Por isso que acredito muito mais no trabalho da sociedade para combater essas fake news, em parceira com a imprensa. A gente combate essa guerra de informação com mais informação e não só com leis", disse Pablo Cerdeira, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio.

Sistema

A reportagem apurou que, em reunião na quinta-feira passada, técnicos do TSE ouviram de representantes do Google e Facebook o compromisso de cumprir decisões judiciais contra conteúdos ofensivos. As duas empresas também ficaram de apresentar um sistema que permita que as propagandas na internet informem os responsáveis pela contratação do serviço e o valor pago. Procurado, o Google informou que não se manifestaria. O Facebook não respondeu até a conclusão desta edição.

Até o fim de novembro, o TSE deverá divulgar um texto-base com as propostas. A corte pretende realizar audiências públicas, antes de concluir a redação final da resolução, que será fechada até março. O vice-presidente do TSE, ministro Luiz Fux, coordena os trabalhos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Planejamento autorizou a realização de concurso público com 300 vagas para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A portaria está publicada na edição desta segunda-feira (17), do Diário Oficial da União.

Segundo o ato, as oportunidades estarão distribuídas em 220 vagas para oficial de inteligência, 60 vagas para oficial técnico de inteligência e 20 para agente de inteligência.

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O ministério dá o prazo de até seis meses para publicação do edital de abertura do concurso público.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou com veemência a suposta investigação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que estaria sendo realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "É preciso preservar as instituições e a lei, sob pena de termos retrocessos nos valores democráticos e republicanos que asseguram a continuidade e o desenvolvimento do Estado brasileiro", cita a nota assinada pelo presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia.

"Não podemos deixar que um momento de instabilidade provoque prejuízos permanentes", cita a nota divulgada no início da noite deste sábado. O texto repudia "qualquer investigação ilegal contra ministro do Supremo Tribunal Federal, especialmente quando articulada por agentes públicos que possuem o dever de salvaguardar o Estado de Direito". A nota de Lamachia não cita o nome de Fachin. Segundo reportagem da revista Veja, Fachin - relator do inquérito contra o presidente Michel Temer - estaria sendo monitorado pela Abin a pedido do Palácio do Planalto. A ação teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em xeque a atuação do ministro.

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Lamachia compara essa estratégia à adotada nos regimes ditatoriais. "O Estado policial, próprio de ditaduras, sempre foi e sempre será duramente combatido pela OAB, em qualquer de suas dimensões, e, mais grave ainda, quando utilizado por órgão de investigação estatal com o fito de constranger juízes da Suprema Corte e subverter a ordem jurídica", menciona o presidente da OAB Nacional.

Para o presidente da entidade, se for confirmada a investigação contra um ministro do Supremo, "estaremos diante de um ataque direto ao Estado Democrático de Direito". "Não podemos aceitar que o Supremo Tribunal Federal seja vítima de arapongagem política. É preciso esclarecer os fatos e, se as acusações forem confirmadas, punir os responsáveis, pois ninguém está acima das leis e da Constituição da República", defendeu Lamachia.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, também se manifestou mais cedo, por meio de nota, afirmando ser "inadmissível" a possibilidade de um ministro da Corte ter sido alvo de investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Própria de ditaduras, como é esta prática, contrária à vida livre de toda pessoa, mais gravosa é ela se voltada contra a responsável atuação de um juiz, sendo absolutamente inaceitável numa República Democrática, pelo que tem de ser civicamente repelida, penalmente apurada e os responsáveis exemplarmente processados e condenados na forma da legislação vigente", disse a ministra.

Na sequência, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também divulgou nota na qual faz um alerta para o suposto uso do "aparato do Estado para intimidar a atuação das autoridades". "É com perplexidade que se toma conhecimento de suposta utilização do aparato estatal para desmerecer um membro da mais alta corte do País, que tem pautado sua atuação com isenção e responsabilidade", afirmou Rodrigo Janot.

Ainda ontem (9), quando foi divulgado o conteúdo da reportagem da revista Veja, o Planalto já havia se manifestado, negando que o presidente Michel Temer tenha acionado a Abin para investigar a vida do ministro Fachin. "O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei."

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota oficial para negar que o presidente Michel Temer tenha acionado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, conforme divulgado pela revista Veja. Segundo a assessoria do Planalto, Temer "jamais" acionou a Agência com essa finalidade.

"O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei", diz o texto. A nota destaca ainda que "a Abin é órgão que cumpre suas funções seguindo os princípios do Estado de Direito, sem instrumentalização e nos limites da lei que regem seus serviços".

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O governo reiterou que "não há, nem houve, em momento algum a intenção do governo de combater a operação Lava Jato", conclui o texto.

Veja a íntegra da nota:

"Nota à imprensa

O presidente Michel Temer jamais "acionou" a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, como publicado hoje pelo site da revista Veja. O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei.

A Abin é órgão que cumpre suas funções seguindo os princípios do Estado de Direito, sem instrumentalização e nos limites da lei que regem seus serviços.

Reitera-se que não há, nem houve, em momento algum a intenção do governo de combater a operação Lava Jato.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República"

O presidente Michel Temer (PMDB), que está sendo investigado por corrupção passiva e participação em organização criminosa, recebeu da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) um novo smartphone. De acordo com informações divulgadas pelo jornal Estadão, o aparelho possui um sistema Android criptografado desenvolvido totalmente com tecnologia nacional.

A ideia é que o presidente fique protegido de invasões. Ainda segundo a reportagem, qualquer ministro que quiser poderá solicitar um aparelho igual. Sobre o smartphone, ainda não foram divulgadas mais informações, mas a criptografia é uma tecnologia semelhante à usada em aplicativos como o WhatsApp e Telegram, e garante o bloqueio de intrusos.

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O governo de Michel Temer nomeou Janér Tesch Hosken Alvarenga para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Para assumir a nova função, Alvarenga passou por sabatina e apreciação no Senado e também foi exonerado da chefia do Departamento de Inteligência Estratégica da Agência.

Ele entra em substituição a Wilson Roberto Trezza, que estava no comando do órgão há anos. Os decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU).

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O presidente em exercício, Michel Temer, encaminhou ao Senado Federal, para apreciação, o nome de Janér Tesch Hosken Alvarenga para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A mensagem com a indicação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, dia 15.

A indicação de Janér Alvarenga ao comando da Abin foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no mês passado. Ele substituirá Wilson Trezza, que está no cargo há oito anos.

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Alvarenga integra os quadros da Abin e atualmente chefia o Departamento de Inteligência Estratégica. Para assumir o posto, ele passará por sabatina no Senado e precisa ter o nome aprovado pela Casa. Até lá, a previsão é de que Trezza permaneça no cargo.

Apesar de a indicação ocorrer poucos dias antes dos Jogos Olímpicos, isso não provocará nenhuma mudança de estratégia da agência na preparação para a competição, afirma o Palácio do Planalto. Alvarenga, como chefe da Inteligência Estratégica, já estava participando do desenvolvimento da cooperação para assegurar a segurança dos jogos.

A Abin está trabalhando em conjunto com 113 outras agências. Um centro internacional de inteligência foi montado no Rio de Janeiro para fazer todo o trabalho de prevenção e acompanhamento da segurança dos Jogos Olímpicos, que começam dia 5 de agosto.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está monitorando um grupo no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram que troca informações, em português, sobre o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Uma nova frente dos jihadistas em terras brasileiras preocupa a entidade, que tenta evitar possíveis recrutamentos de cidadãos do país dois meses antes das Olimpíadas Rio 2016, que terá início no dia 5 de agosto.

Segundo a Abin, as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem. O grupo no Telegram, chamado "Nashir Português", compartilha mensagens divulgadas pela agência de notícias utilizada pelo grupo extremista para publicar seus manifestos, a "Nashir News Agency".

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Segundo a agência de monitoramento de terrorismo SITE Intelligence Group, o grupo criado em 29 de maio conseguiu angariar membros após distribuir mensagens no aplicativo à procura de simpatizantes do EI que falassem português. O número total de participantes, no entanto, é desconhecido.

"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin, em nota.

Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos Estados Unidos. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online. 

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