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O governador Paulo Câmara (PSB) refutou, nesta terça-feira (3), a tese de que o avião do ex-governador Eduardo Campos teria sido sabotado. O assunto foi levantado nesta segunda (2), pelo advogado e irmão do ex-governador Antônio Campos, que disse ter sido procurado por peritos que acompanham a investigação do acidente ocorrido em 2014 e que eles teriam relatado que o Speed Sensor da aeronave foi desligado. 

Questionado sobre como avaliava a questão abordada por Antônio, Paulo Câmara disse que não vai 'entrar neste tipo de declaração'. “Estou aguardando o pronunciamento das autoridades competentes. Temos que confiar nas polícias, estamos esperando resultados oficiais, é isso que vale”, salientou o governador. 

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Nesta segunda, Antônio protocolou uma petição nos autos do inquérito da Polícia Federal sobre a suspeita e relatou que vai dar conhecimento a outros órgãos da Justiça sobre o que chamou de “fato novo”.

“O Speed Sensor da aeronave a toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. Tal fato é grave e relevante na investigação da causa do acidente podendo mudar o curso da investigação”, destaca um trecho do documento apresentado pelo advogado. 

O primeiro a falar no ato "Pernambuco Quer Mudar", que acontece neste sábado (3), em Caruaru, Agreste do Estado, foi o irmão do ex-governador Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos. De forma estratégica pela força do sobrenome Campos/Arraes, Antônio falou sobre o legado da família.

O irmão de Eduardo detonou Paulo Câmara afirmando que Pernambuco não só quer, mas precisa mudar. "O governo que temos aí está destruindo o legado de Eduardo, destruindo o Pacto pela Vida, que saiu do controle das mãos do governador gerando uma grave crise (...) como considerar um governo como esse a continuidade do legado de Eduardo Campos", questionou. "Esse não é a continuidade da história de Arraes e Campos. Esse legado pertence à história guerreira do povo de Pernambuco", completou.

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Sobraram elogios ao ex-governador João Lyra Neto e demais componentes da frente da oposição. "As raízes das famílias Campos, Arraes e Lyra é muito antiga e o povo não se despede de sua história", disse ele, lembrando que quando Lyra Neto se elegeu prefeito de Caruaru, Miguel Arraes se elegeu prefeito do Recife. "Uma ligação histórica. Uma figura histórica, fiel e sou testemunha de como João foi correto como vice-governador do meu irmão".

Outro que foi alvo da rasgação de seda do irmão de Eduardo foi o ministro Mendonça filho. Segundo Campos, o Democrata tem feito um importante trabalho na pasta da educação. Antônio ainda fez uma homenagem ao pai do senador Armando Monteiro Neto, que morreu recentemente. "Armando Monteiro filho, um político honrado", frisou.

As críticas ao atual governo seguiram no discurso quando Antônio falou que o estado teve o pior desempenho fiscal do estado do Nordeste, em 2017. Ainda ressaltou que a oposição a Paulo vai derrotar uma ilusão destacando ainda que será resgatado um legado que "não pertence a eles", disse.

"Há um caminho da esperança. Vejo com muita esperança um amanhã e vejo que Pernambuco vai voltar a ter a liderança que perdeu. Vejo em forças políticas aqui representadas que sairá um candidato e eu serei soldado nesse palanque".

 

O advogado Antônio Campos (Podemos) ingressou, nesta segunda-feira (5), com dois recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender a liminar da Justiça Federal de Pernambuco que impedia a continuidade do processo de privatização da Eletrobras. Campos quer que a matéria seja submetida ao colegiado e aponta impedimento do ministro de analisar o caso, já que se trata de uma ação do governo do presidente Michel Temer (MDB), do qual Alexandre era ministro da Justiça antes de assumir a vaga no STF. 

“Argui o impedimento do ministro Alexandre de Moraes, de forma técnica, para processar e julgar os recursos oriundos da ação popular, cujas reclamações estavam no recesso forense, sob o crivo da ministra presidente Carmem Lúcia, que certamente não as despachou ante a falta de urgência. No caso, o presidente Michel Temer é réu na ação popular e o ministro foi seu defensor/investigador em assunto privado, foi seu Ministro da Justiça e por ele nomeado, o que deve suspender, a princípio, o julgamento das reclamações movidas pela AGU e pela Câmara, até o julgamento do incidente processual, na forma da lei”, justifica Antônio. 

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Alexandre de Moraes  derrubou a liminar da Justiça pernambucana na última sexta-feira (2), autorizando que o Governo Federal continue as tratativas para a privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) com sede em Pernambuco.  

Antônio Campos justificou ainda sua postura negando que a Chesf tenha dado prejuízos a Eletrobras. “Diferentemente das demais empresas controladas pela Eletrobrás, a Chesf não possui dívida significativa, pois quitou, em 2017, grande parte de sua dívida com a própria holding Eletrobrás. É a empresa que possui a melhor capacidade de captar recursos no mercado financeiro para financiar futuros investimentos, sendo de capital aberto, embora não tenha no momento papel em Bolsa. Tem um grande potencial de investimento em energia solar e eólica, que é outro diferencial”, disse. 

Veja a íntegra da nota de Antônio Campos:

Recursos judiciais Eletrobrás e ação judicial Chesf

Em face das recentes decisões que suspenderam a liminar da 6ª Vara Federal de Pernambuco, inicialmente deferida pelo Juiz Federal Cláudio Kitner e ratificada pelo Juiz Federal Hélio Ourem, que suspendia, em sede de ação popular, por mim movida, os efeitos do art. 3º, I, da Medida Provisória 814/2017, acerca da Eletrobrás, vem informar e esclarecer o seguinte: 

I. Recursos judiciais contra a cassação da liminar na ação popular.

1. Ajuizei, hoje, perante o Supremo Tribunal Federal dois recursos de agravo interno contra as decisões do Exmo. Sr. Ministro Alexandre Moraes, bem como impugnei as reclamações como parte interessada, com a finalidade de submeter a matéria ao colegiado e reverter a decisão, demonstrando que não foi usurpada a competência do Supremo, por se tratar de Medida Provisória com efeitos concretos, suscetível de controle de constitucionalidade de forma incidental, não apenas de forma concentrada pelo Supremo, o que pode ser realizado pela instância ordinária judiciária em ação popular. E mais, que o dano e mesmo a usurpação é ao patrimônio público brasileiro, ao autorizar a continuidade do processo de privatização, permitindo despesas na contratação de estudos com base em Medida Provisória inconstitucional e lesiva, já tendo, à toda evidência, o Governo Temer apresentado a modelagem da privatização, que diz querer agora estudar, o que é uma contradição. 

2. Argui o impedimento do Exmo. Sr. Ministro Alexandre Moraes, de forma técnica, para processar e julgar os recursos oriundos da ação popular, cujas reclamações estavam no recesso forense, sob o crivo da Exma. Sra. Ministra Presidente Carmem Lúcia, que certamente não as despachou ante a falta de urgência, com base no art. 144, I, do Código do Processo Civil, que determina o impedimento de “mandatário” de parte envolvida no processo. No caso, o Exmo. Sr. Presidente Michel Temer é réu na ação popular e o Exmo. Sr. Ministro foi seu defensor/investigador em assunto privado, foi seu Ministro da Justiça e por ele nomeado, o que deve suspender, a princípio, o julgamento das reclamações movidas pela AGU e pela Câmara, até o julgamento do incidente processual, na forma da lei. 

3. Também entrei, hoje, com agravo interno contra a decisão suspensiva do Desembargador Federal Rubens Canuto do TRF da 5ª Região demonstrando que a Medida Provisória, que é claramente inconstitucional e lesiva, ao abrir o caminho do processo de privatização e autorizar despesas e estudos vai gerar prejuízos ao erário, sob o manto de norma precária e coloca em risco o patrimônio nacional e o interesse social. 

4. Quanto ao julgamento do agravo interno perante o TRF 5ª Região, argui, como questão de ordem, a ser apreciada inicialmente, incidente de julgamento expandido para que o recurso seja apreciado pelo pleno do Tribunal e não apenas pela 4ª Turma julgadora do TRF 5ª Região. É que a decisão do Exmo. Sr. Desembargador Rubens Canuto, em seu fundamento, colide com decisão do Exmo. Sr. Presidente do TRF 5ª Região Manoel de Oliveira Erhardt, que negou pedido de suspenção da liminar da 6ª Vara Federal feito pela União Federal, por não ver “lesão qualificada” e haver riscos de autorizar a contratação de estudos sob o manto de norma precária, tudo com a finalidade de uniformizar o entendimento do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

II. Ação judicial sobre a Chesf.

5. Na oportunidade, informo que estarei ajuizando, ainda essa semana, em nome do Sindurb- PE, acionista minoritário preferencialista da Chesf, uma ação ordinária anulatória de Assembleia Geral Extraordinária da Chesf, que alterou substancialmente os seus estatutos, retirando a sua autonomia, no último dia 19 de janeiro, em mais um ato no processo privatizante, bem como, para declarar abusivo e ilegal o voto do acionista controlador Eletrobrás. Levaremos ao crivo do Poder Judiciário também o justo receio de voto da Eletrobrás privatizante em futuras assembleias, no intuito de coibir preventivamente tal intento. O fundamento jurídico é o art. 115 da Lei das Sociedades Anônimas, que determina que todos os acionistas devem votar de acordo com o interesse social, que engloba, além do interesse dos acionistas, o interesse da companhia, dos seus empregados e da comunidade na qual está inserida a companhia. 

6. Tal ação inaugura uma nova discussão jurídica sobre a Chesf, que não está no manto das outras discussões, tendo a finalidade de retirar a Chesf da privatização, mesmo sendo a Eletrobrás privatizada.

III. A Chesf é uma empresa viável e fundamental para o desenvolvimento do Nordeste.

7. A Chesf é uma empresa viável, com condições de ter resultados positivos e efetuar investimentos significativos no Brasil e, em especial, no Nordeste.

Mesmo diante da crise econômica vivenciada pelo Brasil, a Chesf vem apresentando números que revelam a sua recuperação e sustentabilidade, continuando a ser uma empresa viável, tendo importante papel estratégico e social no Nordeste.

Mostrou um crescimento significativo de sua receita, como resultado de suas operações e da indenização complementar da transmissão, prevista na Lei 12.783/2013, apresentando um lucro de R$ 1,2 bilhão, em seu balanço de setembro de 2017, já publicado. Existe grande possibilidade de apresentar lucro acumulado superior a 1 bilhão também no quarto trimestre de 2017, ainda em fase de fechamento.

É de se registrar que a indenização reconhecida no balanço, diz respeito apenas a relativa aos ativos de transmissão, confirmada pela Aneel, no valor aproximado de 10 bilhões e que está sendo pago em até oito anos, em parcelas mensais de R$ 210 milhões, já integralizado aproximadamente 1,1 bilhão. Não está ainda contabilizado a indenização relativa aos ativos de geração, estimados em 4,2 bilhões.

Diferentemente das demais empresas controladas pela Eletrobrás, a Chesf não possui dívida significativa, pois quitou, em 2017, grande parte de sua dívida com a própria holding Eletrobrás. É a empresa que possui a melhor capacidade de captar recursos no mercado financeiro para financiar futuros investimentos, sendo de capital aberto, embora não tenha no momento papel em Bolsa. Tem um grande potencial de investimento em energia solar e eólica, que é outro diferencial.

O planejamento empresarial consolidado da Eletrobrás para o período 2018 a 2022, recentemente divulgado, projeta uma distribuição de dividendos da Chesf para a holding (Eletrobrás) de cerca de 4,0 Bilhões nos próximos cinco anos. Registre-se que esses dividendos, uma vez repassados a Eletrobrás, deixam de ser investidos na região Nordeste, pelo que fere o interesse social, que deve ser um dos nortes principais de suas atividades.

O mesmo planejamento projeta também uma queda brusca no investimento da empresa em Geração e Transmissão de energia elétrica na região Nordeste, saindo de um patamar médio de 1,5 bilhões/ano para menos de 0,5 bilhões/ano, prejudicando inclusive relevantes investimentos ambientais e sociais.

8. Os argumentos apresentados pelo Governo Temer em defesa da privatização do Sistema Eletrobrás, incluindo a Chesf, não se sustentam. A venda do patrimônio energético brasileiro servirá, como confessado, para cobrir o rombo das contas públicas, sem as resolver ou alterar de forma significativa o seu resultado, não sendo uma operação para melhorar o resultado financeiro das empresas, especialmente da Chesf. E mais, a conta da energia dos brasileiros irá subir, calcula-se inicialmente em 9,4%, sendo o povo brasileiro, ao final, pagará pela privatização, ferindo, assim, os direitos dos consumidores.

IV. O Rio São Francisco é inalienável. O direito constitucional e humanitário ao acesso a água.

9. Não há garantias reais de que o Rio São Francisco será beneficiado, pondo em risco o múltiplo uso das águas do Velho Chico, se houver a privatização. 

10. Estaremos pautando e denunciando o caso no 8º Fórum Mundial das Águas, que acontecerá, em março, no Brasil. O direito ao acesso a água é um direito fundamental protegido pela Constituição Federal de 1988, que esse ano completa 30 anos, como também é um direito humanitário protegido por tratados e convenções internacionais, que o Brasil é signatário. 

11. Estaremos nessa luta sempre e convocamos o povo brasileiro para participar dela e defender o patrimônio nacional e seus direitos ameaçados. Renovamos a nossa confiança na Justiça. 

12. A energia é dos brasileiros. A Chesf é um patrimônio e instrumento de desenvolvimento dos nordestinos, já tão penalizados pelas desigualdades regionais. O Rio São Francisco é um patrimônio inalienável nacional, sendo o direito ao acesso a água uma das pautas principais que desafiam a atualidade e a sobrevivência da espécie humana.

Recife/Olinda, 05 de fevereiro de 2018.

Antônio Campos

Advogado e autor da ação popular.

 

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em Pernambuco negou o pedido de suspensão de liminar, apresentado pela União, para incluir a Eletrobras e suas subsidiárias no Programa Nacional de Desestatização. O pedido foi indeferido pelo presidente do TRF5, desembargador federal Manoel Erhardt, na nessa terça-feira (16). A liminar foi concedida na última quinta-feira (11) pela 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do estado.

O recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) dizia que a decisão representa risco à ordem pública, porque a suspensão dos efeitos da Medida Provisória (MP) pode “prejudicar todo o cronograma de privatização da empresa, o que, por sua vez, comprometeria a arrecadação dos valores ainda em 2018”. 

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Ao manter o ato judicial que suspendeu os efeitos da MP que possibilitava a venda dos ativos da estatal, o presidente do TRF5 afirmou que "não se visualiza, ao menos por ora, risco iminente ao insucesso do programa, dado que o próprio cronograma é algo indefinido”. A Ação Popular deferida pelo juiz da 6ª Vara Federal, Cláudio Kitner, é de autoria do advogado Antonio Campos. 

Além do recurso da AGU no TRF5, a Câmara dos Deputados apresentou pedido à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, para derrubar a decisão da Justiça Federal. A ação foi encaminhada por sorteio para o ministro Alexandre Moraes. Mas, como o STF está de recesso durante o mês de janeiro, a decisão pode sair por uma liminar da presidente da Corte, que está de plantão neste período. 

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, o  deputado federal Danilo Cabral (PSB) comemorou a decisão do TRF5. “A preservação da liminar suspendendo a privatização da Eletrobras pelo TRF é mais uma derrota do governo Temer. É a ratificação da justiça de que a MP 814 fere frontalmente a Constituição Federal, através das ameaças à soberania do País, ao patrimônio do Estado brasileiro e ao direito do cidadão através do aumento de energia”, afirmou Danilo Cabral. 

O deputado considera a decisão como uma vitória para a batalha jurídica em torno da venda do setor energético. "Vamos perseverar na luta em defesa dos interesses do Brasil e do povo brasileiro, especialmente os pernambucanos”, acrescentou.

O advogado Antonio Ricardo Accioly Campos (Podemos) comemorou a decisão do juiz Cláudio Kitner, da Justiça Federal de Pernambuco, que concedeu liminar suspendendo os efeitos da Medida Provisória (MP) 814/17. A MP permite o processo de privatização da Eletrobras e suas subsidiárias. Já decisão do Juiz Kitner atende a uma ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. 

Segundo o irmão de Eduardo Campos e neto de Miguel Arraes, trata-se de um grande embate político que está começando neste momento. “A bola começou agora a ficar em campo. Há um grande caminho a se percorrer, mas este é um bom início. Eu dedico essa liminar ao doutor Miguel Arraes”, cravou em entrevista exclusiva ao LeiaJá. Ele também enfatiza que é necessário a sociedade se mobilizar para evitar a privatização da Eletrobras e por consequência da Chesf e do Rio São Francisco”, disse.

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Antonio Campos cravou que privatizar o setor elétrico é um prejuízo social. “O que é necessário para tonar o setor elétrico eficiente é ter quem faça uma gestão eficiente, que as empresas sejam bem geridas e não privatizar. Temos exemplos em alguns países em que o setor elétrico vai muito bem”, avaliou.

O advogado assegurou que está é uma batalha política e jurídica com inúmeros capítulos por vir. 

Pedido de suspensão - Quem também entrou com ação para suspender a MP 814/17 foi o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, uma das subsidiárias da estatal, Danilo Cabral (PSB).

Em nota oficial, o Ministério de Minas e Energia se posiciobou sobre a decisão judicial e declarou não ter sido ouvido. Confira a nota na íntegra: 

Tendo em vista a decisão liminar do excelentíssimo juiz federal da 6ª Vara Federal de Pernambuco, Cláudio Kitner, o Ministério de Minas e Energia (MME) esclarece que não foi ouvido previamente na decisão e que está apresentando a manifestação legal confiando na sua consistência e reversão da decisão citada.

O objetivo da revogação do dispositivo legal que retirou a Eletrobrás do PND não é “alterar de forma substancial a configuração do setor elétrico nacional, sem imprescindível participação do poder legislativo na sua consecução”. Tanto é assim, que a Exposição de Motivos nº 84, de 2017, que acompanha a Medida Provisória nº 814, de 2017, explicita que “ a revogação em tela não antecipa as discussões de mérito relacionadas ao tema, que serão debatidas com a sociedade em proposta legislativa especifica a ser enviada ao Congresso Nacional”.

A Exposição de Motivos nº 84, de 2017, também deixa claro que a revogação visa apenas a “permitir, com plena segurança, que sejam contratados e iniciados os estudos da situação econômica e financeira da Eletrobras, garantindo substancial ganho no cronograma da operação, com vista a concluí-la no ano de 2018”.

O MME reitera que o detalhamento que será encaminhado ao Congresso Nacional reconhece que a União, como controladora majoritária, não tem a condição de prover os recursos que a empresa necessita para preservá-la como uma corporação brasileira, conciliando competitividade, valorização da empresa e desoneração dos contribuintes, evitando o desperdício de recursos públicos escassos no pagamento de ineficiências, e beneficiando os consumidores pela promoção e inovação no setor elétrico.

A articulação dos partidos de oposição para o embate contra o PSB nas eleições de 2018 tem ficado cada vez mais evidente. Ao participar da convenção do PSDB de Pernambuco nesse domingo (5), lideranças como o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), o advogado Antônio Campos (Podemos) e a deputada estadual Priscila Krause (DEM) não pouparam críticas ao governador Paulo Câmara, que disputará a reeleição no próximo pleito.

Durante um discurso incisivo, Fernando Bezerra Coelho destacou a importância da unidade da oposição para construir uma alternativa política à atual gestão e lembrou que nos últimos três anos o Estado investiu metade que a Bahia e menos que o Ceará em ações e infraestrutura. 

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“O Estado precisa de outro ritmo, Pernambuco precisa acelerar seus projetos. Falta projeto, falta ousadia e falta coragem, para poder assumir as posições que possam dar a Pernambuco o protagonismo que ele merece. É hora de construir propostas, sem ódio e sem paixões. É hora de unir os melhores, para que possamos estar à altura do desafio que a história nos impõe”, cravou.

Seguindo a mesma linha, Priscila Krause ponderou que o atual modelo de gestão “esgotou”. "A gente não precisa ser cientista político para identificar o quão frágil são as lideranças que tomam conta hoje de Pernambuco e as condições nas quais o Estado se encontra. Desde as condições das estradas, passando pela saúde, chegando àquilo que sentimos todos os dias ao colocar o pé fora de casa, que é a questão da violência e da falta de segurança. Isso tudo só reafirma o que buscamos aqui: uma união de forças que possam se contrapor a isso que está hoje em Pernambuco”, disse. 

“Esse modelo esgotou, chegou à fadiga de material, até porque o material não é de boa qualidade. E esse palanque aqui, essas pessoas que aqui estão, reúnem maturidade política, respeitabilidade, credibilidade, serviços prestados ao estado e ao país e muita competência", acrescentou, fazendo menção a uma união do PSDB, DEM, PTB, PMDB e Podemos para a disputa.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos também endossou a unidade. "Neste momento precisamos ter diálogo, precisamos construir convergências, porque é possível sim construirmos um Pernambuco mais forte. Nosso Estado pode muito mais. Vamos discutir ideias, vamos fazer uma agenda para Pernambuco, pois tenho convicção de que o palanque das oposições sairá vencedor", frisou. Na ocasião, o PSDB anunciou a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a governador. Nos bastidores, comenta-se que caso haja uma unidade concreta e a formação de um palanque entre os partidos opositores, Gomes não deve ter forças para emplacar a postulação majoritária.  

O advogado Antônio Campos (Podemos) ajuizou, nesta sexta-feira (3), um agravo recorrendo ao pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) contra a decisão do corregedor regional eleitoral, José Henrique Coelho Dias da Silva, que autorizou o uso da imagem do ex-governador Miguel Arraes pelo PSB. Para Campos, "há conflitos de interesses políticos da imagem de Arraes".

Presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), o irmão de Eduardo Campos ingressou com uma ação, em setembro, pedindo que a Justiça impedisse que o partido utilizasse registros do líder pessebista nas propagandas partidárias de rádio e televisão. O pedido foi indeferido na última quarta-feira (1º). Na decisão, o corregedor regional eleitoral disse que o uso do imagem teve "caráter informativo e histórico".

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"Entendo ainda que não houve intenção eleitoreira, nem desvirtuamento da propaganda eleitoral, pelo que não há elemento a justificar proibição genérica de sua utilização, o que, pelo entendimento reiterado desta Corte, configuraria censura prévia", justifica o magistrado. Agora o assunto será avaliado pelo Pleno do TRE. 

 

O advogado Antônio Campos afirmou ter recebido o aval da direção nacional do Podemos para articular e lançar uma candidatura solo ao Senado em 2018, garantindo um palanque em Pernambuco para o senador Álvaro Dias, pré-candidato à presidência pela legenda. No próximo pleito, o Estado tem duas vagas disponíveis na Casa Alta.

Segundo Campos, a sua atuação será no campo de oposição à Frente Popular de Pernambuco e em constante diálogo com o chamado G4, composto pelos senadores Armando Monteiro (PTB), Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).  

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“Inicialmente, como quadro é complexo em Pernambuco, irei fazer uma articulação para campanha solo a senador e vamos dialogando com o G4. Em março decidiremos quem apoiaremos para governador. Há um diálogo mais próximo com Armando Monteiro”, detalhou. Armando é considerado candidato natural ao governo, já quem em 2014 ele esteve na disputa e foi derrotado pelo governador Paulo Câmara (PSB), mas ainda há dúvidas sobre a postulação do petebista. O PTB e o Podemos, antigo PTN, são aliados no Estado.  

Antônio Campos também informou que está sendo criada uma comissão de pré-campanha para Álvaro Dias no Nordeste e em outubro o senador deve vir a Pernambuco. “Faço parte da comissão de Álvaro Dias no Nordeste e irei fazer a agenda dele em Pernambuco. Em meados de outubro estará vindo ao estado. Ele deve ir ao São Francisco, além de fazer visitas estratégias no Recife”, disse.

 

O Instituto Miguel Arraes, presidido pelo advogado Antônio Campos (Podemos), ajuizou uma ação ordinária de preservação da imagem e outros atributos do ex-governador Miguel Arraes contra o PSB de Pernambuco e o governador Paulo Câmara (PSB). A iniciativa jurídica é baseada no programa partidário da legenda que estava sendo veiculado, além de atos subsequentes, bem como o uso nas redes sociais.

Como precedente para justificar a medida, Antônio Campos fez menção ao mandado de segurança da ex-primeira-dama Renata Campos para conter o uso da imagem do ex-governador Eduardo Campos em 2014 pelo senador Armando Monteiro (PTB).  Ele disputava contra o apadrinhado político de Eduardo, Paulo Câmara (PSB), e na época foi impedido de usar imagens do ex-aliado político. 

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No programa anterior do PSB, o Instituto Miguel Arraes notificou o PSB "sobre a indevida utilização da imagem, o que justificou ante a reincidência o ajuizamento da ação". De acordo com Antônio, a ação está sob a responsabilidade do corregedor eleitoral Henrique Coelho, mas ainda não foi analisada. Nesta quarta-feira (13), ele anexou aos autos informações sobre o apoio oficial do PSB ao prefeito de Olinda, Professor Lupercio (SD), e entrevista do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, sobre a família Coelho.

De acordo com a nota do neto de Arraes, o objetivo é "demonstrar como o PSB trata os que não rezam na cartilha deles". "Deparando-se com tais questionamentos e ponderando-se os interesses em conflito, reputa-se sensato a proteção da imagem do ex-governador Miguel Arraes na propaganda citada e a sua memória”, frisa o texto.

Discrição e simplicidade são características impressas pela ex-primeira dama de Pernambuco, Renata Campos, desde quando aparecia ao lado do ex-governador Eduardo Campos em eventos públicos. Apesar dos poucos discursos, ela é considerada uma militante nata dentro do PSB, inclusive com uma atuação mais incisiva após a morte do marido em agosto de 2014, o que tem feito com que vez ou outra o nome dela surja como opção da sigla para compor uma chapa presidencial em 2018 e até mesmo seja citada como influenciadora crucial para as decisões partidárias. 

O protagonismo de Renata no PSB, de acordo com uma fonte ex-pessebista em reserva, ficou “maior ainda” depois que Eduardo faleceu. Nos bastidores, conta-se que a participação se dá pelo desejo de manter a atuação dos Campos no partido. O que nitidamente vem se concretizando com o filho João Campos, que tomou as rédeas da defesa do legado do pai e vem preparando o caminho para uma candidatura a deputado federal no próximo ano.  

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“Renata é bastante influente, afinal tem João Campos aí mirando numa candidatura e querendo levar adiante o legado de Eduardo. Algumas vezes esta influência deixa até rachas no partido, mas ela tem vez e voz sim”, declarou a fonte, que preferiu não ser identificada, ao LeiaJá.

A atuação de Renata seria um reforço a promessa feita em um dos seus poucos discursos de não deixar os principais feitos do marido caírem no esquecimento. "Seus sonhos também são nossos e vamos levar seu ideal adiante. Só assim construiremos um melhor Brasil para os brasileiros", disse durante uma homenagem aos 50 anos de Eduardo em 2015.

A meta de "levar o ideal" de Eduardo adiante fez, entretanto, com que a família do ex-governador se dividisse e dentro do PSB tivesse espaço apenas para Renata, os filhos e a mãe de Campos e ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. A prima e vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), foi uma das primeiras a reclamar da falta de espaço e mudar de partido. Já o irmão dele, Antônio Campos, hoje filiado ao Podemos (ex-PTN), expôs a celeuma logo após a eleição de 2016

Depois de perder a disputa pela Prefeitura de Olinda, Antônio disse que foi "traído" pela cunhada. “Renata não foi grata comigo”, disparou na ocasião. Segundo ele, a viúva do irmão tem receio que outra candidatura da família faça “sombra” a do filho, João Campos. “Ela acha que qualquer candidatura, mesmo que não seja antagônica, pode fazer sombra a João. Renata finge não mandar [no PSB], numa pretensa imagem de frágil, enquanto manda nos bastidores o tempo todo”, acrescentou em uma coletiva depois do pleito. 

Viúva tornou-se conselheira 

Secretário-geral do PSB em Pernambuco, Adilson Gomes negou ao LeiaJá intervenções diretas da ex-primeira-dama e disse que Renata dá “conselhos” ao partido. “Ela é ouvida, nós escutamos. Agora se a influência é maior ou menor é da análise de cada um. Escutamos e admiramos o comportamento dela enquanto militante do nosso partido e as nossas decisões políticas são sempre consensuais e coletivas”, argumentou, pontuando que convive com Renata Campos desde a militância do MDB, quando ela conheceu Eduardo. 

“Ela sempre foi uma figura importante dentro deste processo [governo de Eduardo Campos e no PSB]. Evidente que o passado dela, a militância e a convivência, fazem com que, as vezes, ela seja consultada. Ela sempre nos aconselha. Eu mesmo já recebi vários conselhos para buscar a unidade e hegemonia do nosso partido”, acrescentou. 

Influente ou não, o que é unânime no discurso dos pessebistas é que Renata tornou-se uma espécie de “conselheira” da legenda até para definições estratégicas. “Tem uma presença sim dentro do partido, não diria das decisões, mas das discussões. Como não ocupa nenhuma função deliberativa é uma pessoa que você liga como um companheiro seu, para ouvir uma opinião, trocar uma ideia e bolar uma estratégia”, salientou o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. 

Mesmo corroborando a linha de pensamento de Sileno Guedes, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que não sabe se o “título de conselheira agradaria” a Renata Campos, mas ponderou sua contribuição na sigla. “Na medida em que discutimos os temas nacionais, ela sempre deu sua contribuição e mesmo depois da morte de Eduardo continuou bem atuante”, frisou.

Quanto às especulações que vez ou outra surgem de que Renata seria uma opção do PSB para a majoritária pela presidência da República, Siqueira deixou claro que a decisão é da própria ex-primeira-dama. “Claro que ela tem todas as credenciais para ser uma candidata. Porém, Renata sempre atuou como militante política no PSB, mas nunca quis se candidatar. Isso antes e depois da morte de Eduardo. Agora mais ainda, pois ela se sente muito responsável pela condução da família, o que é natural. Só ela pode, por mais incentivada que seja, decidir por uma candidatura ou não”, disse. 

A última vez que apareceu entre os cotados a uma eventual candidatura foi em julho. Ela foi citada como um “nome forte do Nordeste” para reforçar uma chapa liderada pelo PSDB, que tem como opções de candidatos o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria. 

No início da tarde desta terça (15), o prefeito de Olinda, Lupércio Nascimento (SD), enviou nota à imprensa afirmando que "recebeu com tranquilidade" a notícia de que o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) acatou a denúncia contra ele pelo uso de notas de empresas fantasmas para justificar verbas indenizatórias enquanto era deputado estadual. Segundo o gestor, o valor apontado no processo, impetrado pelo rival nas eleições municipais, Antônio Campos, já havia sido depositado nos cofres da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Com 31 páginas, o parecer da relatora, a conselheira Teresa Duere, aponta para a utilização de empresas suspeitas de existência apenas formal, pedindo a devolução de R$ 135.479,92.

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A nota do prefeito de Olinda diz ainda que suas contas foram aprovadas pelo setor de auditoria interna da Alepe e que outros 22 parlamentares "foram vítimas" da mesma acusação. O gestor afirma também que "aguardará a publicação do acordão para verificar a necessidade de recurso".

A 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) acatou a denúncia contra o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (SD), pelo uso de notas de empresas fantasmas para o uso de verbas indenizatórias enquanto era deputado estadual. A queixa foi formulada pelo advogado Antônio Campos (PSB), derrotado por Lupércio na disputa municipal em 2016. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (15).  

A relatora do processo, a conselheira Teresa Duere, teve o voto acompanhado pelos outros dois membros do colegiado, os conselheiros Ranilson Ramos e João Campos. Com 31 páginas, Duere justifica sua postura obervando a utilização de empresas suspeitas de existência apenas formal, dando parecer para a devolução do valor de R$ 135.479,92.

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Após a denúncia, Lupércio informou nos autos a devolução à Assembleia Legislativa do valor, mas isso não extingiu a irregularidade. 

O advogado Antônio Campos anunciou que irá se filiar, no próximo sábado (1º), ao Podemos, nova roupagem do PTN, e no domingo (2) já participa da primeira Convenção Nacional da nova legenda, que acontecerá em São Paulo. Na ocasião ele será eleito membro do diretório nacional. A filiação de Campos no novo partido acontece após ele deixar o PSB, com críticas diretas a falta de apoio da sigla à sua candidatura pelo comando da prefeitura de Olinda, em outubro de 2016. 

As articulações do advogado com o Podemos iniciaram há cerca de um mês. A confirmação do ingresso foi divulgada durante a festa de aniversário dele, no último sábado (24), em Gravatá, na presença da ministra do Tribunal de Contas da União e mãe de Antônio e do ex-governador Eduardo Campos, Ana Arraes (PSB); além de nomes de oposição direta ao governador Paulo Câmara e o PSB, como o senador Armando Monteiro (PTB), o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), o deputado federal Ricardo Teobaldo (PTN) e o deputado estadual e líder da oposição na Alepe, Silvio Costa Filho (PRB).  

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Ao lado do grupo, Antônio reforçou o discurso de oposição ao atual governo e disse que pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2018. Cargo que o sobrinho e atual chefe de gabinete do governador, João Campos (PSB), também deve concorrer. 

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Sem partido desde que anunciou o desembarque do PSB após ser derrotado na disputa pela prefeitura de Olinda, o advogado Antônio Campos estuda ingressar no Partido Podemos, a nova roupagem do PTN. Neste fim de semana, ele anunciou que recebeu o convite para fazer parte da legenda durante uma reunião com a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu, durante uma reunião em São Paulo. 

Antes de encontrar com Renata Abreu, o irmão do ex-governador Eduardo Campos já havia conversado com o deputado federal pernambucano Ricardo Teobaldo, que é presidente do Podemos no estado. Antônio Campos foi convidado por Renata a compor o Diretório Nacional e colaborar com o novo programa da legenda.

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“Estou analisando com carinho o convite e em breve irei tomar uma decisão. O projeto político do Podemos é inovador, resgata sentimentos de esperança e sonhos, num país que passa por uma grave crise e passa por uma verdadeira depressão coletiva. Juntos podemos mudar e ajudar o Brasil”, afirmou o ex-pessebista.

Segundo ele, o senador Álvaro Dias que é pré-candidato a presidente da República pelo Podemos também apoiou o convite de filiação. A transição do PTN para o Podemos será oficializada durante um evento no próximo dia 1º de julho, em Brasília. Na ocasião, haverá uma solenidade com várias filiações, entre elas a de Álvaro Dias. 

Presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), o advogado Antônio Campos encaminhou uma notificação ao governador Paulo Câmara e ao PSB solicitando a “cessação imediata” do uso da imagem e do nome do ex-governador Miguel Arraes nas propagandas do partido e da gestão estadual. No texto, o ex-pessebista diz que o IMA é responsável pela preservação da “imagem, história e coerência” política de Arraes e não autorizou a veiculação. 

Como argumento, Antônio diz que o avô dele é citado nas inserções do PSB que estão no ar na televisão “dentro de um contexto de continuidade política e não uma citação como homem público, que pertence a todos os pernambucanos, não se enxergando legitimidade para tanto”.  

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“É de se relembrar e registrar, ainda, que forças expressivas e preferenciais do seu governo [Paulo Câmara], foram as forças que mais agrediram política e moralmente a figura pública de Miguel Arraes de Alencar, que não passou as mãos nas cabeças dos seus adversários agressores, forças essas é que deveriam estar em sua propaganda partidária”, destaca o presidente do Instituto na notificação. 

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Veja a notificação na íntegra:

Recife, 30 de maio de 2017

Exmo Sr. Governador do Estado de Pernambuco

Paulo Câmara 

Referência: Notificação para cessação imediata do uso da imagem e nome do ex-governador Miguel Arraes dentro do conceito de continuidade/pertencimento 

O Instituto Miguel Arraes – IMA, detentor do acervo, imagem e o nome de Miguel Arraes, cedidos no inventário ao Instituto, devidamente registrados no INPI, inclusive como marcas, sendo uma das suas missões a de preservar sua imagem, história e coerência política, vem notificar Vossa Exa. e o PSB do Estado de Pernambuco para fazer cessar a utilização do nome e imagem do ex-governador Miguel Arraes, na propaganda partidária do PSB, que está sendo veiculada na televisão, que é citado dentro de um contexto de continuidade política e não uma citação como homem público, que pertence a todos os pernambucanos, não se enxergando legitimidade para tanto, nem houve prévia autorização para a utilização da imagem do ex-governador Miguel Arraes. 

É de se relembrar e registrar, ainda, que forças expressivas e preferenciais do seu governo, foram as forças que mais agrediram política e moralmente a figura pública de Miguel Arraes de Alencar, que não passou as mãos nas cabeças dos seus adversários agressores, forças essas é que deveriam estar em sua propaganda partidária. 

Cordialmente,

Instituto Miguel Arraes – IMA

Antônio Campos

Presidente do Conselho Deliberativo

O advogado Antônio Campos oficializou sua desfiliação ao PSB nessa quinta-feira (9). O desembarque da legenda acontece após a derrota na disputa pelo comando da prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e a falta de apoio da legenda na eleição em 2016. 

No comunicado encaminhado aos diretórios nacional e estadual da sigla, o irmão do ex-governador Eduardo Campos também renuncia ao cargo de presidente da Comissão Nacional de Ética. Além disso, ele agradece ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, pela "maneira correta" que marcou a convivência dele com a direção nacional do partido.

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Em fevereiro, quando anunciou que deixaria o ninho pessebista, Antônio disse que tinha decidido “sair do PSB para um projeto inovador”. “Vou buscar algo inovador e que faça a diferença da política”, salientou na ocasião. 

Campos ainda não anunciou em que partido vai ingressar, mas nos bastidores a especulação é de que ele vá para o PV e dispute, em 2018, um cargo federal.  

Derrotado na corrida para prefeito de Olinda, o advogado Antônio Campos, que atribui seu insucesso eleitoral aos caciques do PSB, está deixando a legenda socialista atirando. Ele não poupa ninguém. Bate duro no governador Paulo Câmara, em vários dos seus auxiliares, como o chefe da Casa Civil, Antônio Figueira, e descobriu até arapongagem patrocinada pelos seus oponentes socialistas que torciam pela sua derrocada.

Antônio promete em março anunciar, oficialmente, sua nova opção partidária, pela qual disputará um mandato de deputado federal nas eleições de 2018. O que já vazou é que está se preparando para ter bico e plumagem tucana, ingressando no PSDB. É possível. A legenda tucana é, hoje, no Estado um balaio de gatos sem dono. Depois da morte do ex-senador Sérgio Guerra, em 2014, o partido ficou à deriva.

Não conseguiu um sucessor de peso nem de liderança. Quando prefeito de Jaboatão, Elias Gomes e o seu filho Betinho Gomes, deputado federal, detinha o controle de um naco do partido, embora pequeno. Mesmo antes de virar ministro, Bruno Araújo, que poderia ter sido o novo mandachuva tucano pela relação próxima com Aécio Neves, preferiu entregar o diretório estadual ao deputado Antônio Moraes.

Bruno alegou que não tinha vocação nem saco para cuidar de assuntos da província. De olho no controle da legenda para disputar a Prefeitura do Recife, o deputado Daniel Coelho garfou outro naco do partido, mas com a derrota fragilizou-se. Sua voz já foi mais proativa. A quem ficou entregue o partido, então? O PSDB não tem, hoje, uma única voz de comando, que se imponha.

Diz um provérbio português que em casa onde falta pão, todos brigam, mas ninguém tem razão. Se optar de fato pelo PSDB, Antônio Campos não deve chegar cantando de galo, mas com o tempo, percebendo que o partido não tem comando nem liderança no Estado, cuidará de assumir um papel preponderante, principalmente se vier a ser eleito deputado federal.

DIVISOR– Logo após a divulgação de parte da delação ex-vice-presidente da Odebrecht, Claudio Melo Filho, o Palácio do Planalto já havia definido, internamente, o tratamento que seria dado a ministros do Governo que aparecessem nos depoimentos. Um ministro de Temer revelou, um dia após a delação de Claudio Melo vir à tona, que "o divisor de águas" para decidir se um ministro ficaria ou sairia do Governo seriam os pedidos de abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República. Até porque, avaliavam, políticos citados podem não ser alvos de investigação.

Elias abandona governador– Em baixa, vítima de uma dupla derrota – não fez o sucessor em Jaboatão nem tampouco elegeu o filho Betinho prefeito do Cabo – o ex-prefeito Elias Gomes está trocando a plumagem tucana, largando o palanque do governador Paulo Câmara (PSB) e debandando para a oposição. Qualquer nome consensual do bloco oposicionista em 2018 terá o seu apoio. Aos mais próximos, ele tem dito que não acredita na reeleição de Câmara e que pode até apoiar outro nome do PSB. Assume uma torcida, ainda silenciosa, pela candidatura alternativa de Fernando Bezerra Coelho, que, na opinião dele, assumirá o controle do diretório estadual.

Porto quer bombar Bruno– O deputado Álvaro Porto, da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, convidou a bancada de oposição para um regabofe na casa dele, hoje à noite. O cardápio é bode assado, mas a sobremesa tem sabor eleitoral: 2018. Adepto da candidatura do ministro Bruno Araújo a governador, Porto já admite até virar tucano se o aliado conseguir unir o conjunto das oposições em torno seu nome para o Palácio do Campo das Princesas. Se isso ocorrer, as juras de fidelidade que Porto fez ao presidente estadual do PSD, André de Paula, viram letra morta.

Panelaço em São João– O prefeito de São João, Genaldi Zumba (PSD), não pagou ainda os salários dos servidores inativos referentes aos meses de dezembro e janeiro. O mais grave disso tudo é que assumiu compromisso de começar a quitar no mês passado e não cumpriu a palavra. Insatisfeitos, os aposentados promoveram, ontem, mobilizados pelo Sindicato dos Servidores Municipais, um grande panelaço pelas ruas da cidade para denunciar que o prefeito está matando muitas famílias de fome.

Barbas de molho – A surpreendente declaração do presidente Temer, ontem, afirmando que afastará ministro que for denunciado na operação Lava Jato, gerou uma grande repercussão. O delator da Odebrecht Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht que relatou pagamento de propina ao presidente Michel Temer, foi homenageado em 2012 pelo atual ministro das Cidades, Bruno Araújo, quando ele era líder tucano na Câmara. Em seu acordo de delação, Melo Filho afirma que desenvolveu “uma boa relação profissional e pessoal” com o tucano, chegando a falar de “relação de amizade”.

CURTAS

DÍVIDAS– O ministro da Integração, Helder Barbalho, assinou, ontem, portaria que estabelece novas regras operacionais para a renegociação de dívidas de agricultores em perímetros públicos irrigados da Codevasf e Dnocs. A medida beneficia mais de 12 mil agricultores atingidos pela seca. Os débitos são relativos a vendas de lotes para titulação e uso de infraestrutura de irrigação, conhecidas como K1. O documento regulamenta o artigo 13 da Lei n. 13.340, de 28 de setembro de 2016.

PATINHO FEIO– Não se sabe a razão, mas a direção estadual do PSB ignora a situação deplorável do partido em Triunfo. Ali, a legenda virou o patinho feio do Sertão do Pajeú e até o presidente do diretório municipal, Romildo Johnson, está prestar a pular do barco, jogando a ficha de filiação no lixo. Pelo jeito, não vai sobrar ninguém para juntar os cacos.

Perguntar não ofende: Depois do recado de Temer aos ministros, qual vai cair primeiro?

Derrotado na disputa eleitoral em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o advogado Antônio Campos anunciou que deixará o PSB. O desembarque oficial do partido está marcado para acontecer em março, quando ele também deve divulgar em que legenda será abrigado. 

“Decidi sair do PSB para um projeto inovador... Vou buscar algo inovador e que faça a diferença da política”, declarou, em entrevista a um jornal de circulação local. Ele já comunicou a decisão a Executiva Nacional do partido.

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Segundo Antônio Campos, o que pesou para o desembarque foi o "clima hostil" que existe na legenda em Pernambuco, além do início da Agenda 40, no último fim de semana, e da falta de espaço no Palácio do Campo das Princesas. 

Nesta quinta-feira (19), o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, usou seu Facebook e afirmou ter uma nova testemunha sobre o acidente aéreo que vitimou Eduardo. A postagem também traz documentos protocolados sobre a possível apresentação da testemunha à Justiça. 

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“Arrolei, recentemente, no dia 11/01/2017, após ter tomado conhecimento de alguns fatos novos, uma relevante testemunha para ser ouvida no inquérito civil que tramita perante o Ministério Público Federal de Santos e perante o Exmo. Sr. Juiz Federal da 5ª Vara de Santos, que preside o inquérito policial federal, a cargo das investigações do delegado Rubens Maleiner. O delegado citado apura as causas do acidente aéreo que causou a morte do meu irmão, Eduardo Campos”, escreveu Antônio.

Além de divulgar a existência da possível testemunha, cuja identidade não foi revelada, o advogado ainda disse que no Brasil, “líderes e autoridades morrem de forma misteriosa em acidentes aéreos”. Ele ainda citou a recente tragédia que causou a morte do ministro do STF Teori Zavascki, nesta quinta-feira.  

“Num país em que líderes e autoridades morrem de forma misteriosa em acidentes aéreos e ainda impactado pela morte do ministro Teori, resolvi revelar esse fato novo e reafirmar que esse caso de Eduardo Campos precisa ser aprofundado e é mais um caso que não pode ficar impune. Não descansarei enquanto não forem esclarecidos os fatos, independentemente de eventuais riscos que posso correr”, finalizou o irmão de Eduardo Campos. 

Entre as principais recordações que um dos netos de Arraes, o advogado Antônio Campos, tem do avô é quando na época do exílio, na Argélia. Ele tinha cerca de nove anos e o irmão, Eduardo Campos, 11, quando viajaram ao lado da mãe Ana Arraes e de sua avó dona Benigna, mãe de Arraes. Uma visita difícil já que, naquele tempo, as exigências eram muitas para conseguir um visto.

Apesar da pouca idade à época, Antônio Campos recorda do acontecimento. “Foi marcante porque quando descemos na Argélia, demorou um pouco a nossa liberação na alfândega e eu me lembro muito bem da cena da minha mãe porque meu avô avistava a gente ser liberado na alfândega e demorou cerca de 50 minutos. Eu via a emoção da minha mãe ao ver o seu pai alguns anos depois e me lembro, fortemente, a volta em um avião da TAP onde minha mãe chorava muito. Ela achava que nunca mais viria o pai novamente, mas, quis o destino e Deus que ela voltasse a ver o pai, em 79, quando ele retornou e teve um dos maiores comícios da história de Pernambuco”.

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“Meu avô foi um homem que dava um profundo valor à família, que teve 10 filhos e sempre teve uma ligação com todos, mas, teve uma ligação muito forte com a minha mãe Ana Arraes. Quando voltou do exílio, ele morou seis meses na casa de minha mãe e do meu pai Maximiano e depois foi morar na Rua do Santana, em Casa forte, onde residiu um tempo e depois foi morar na Rua do Chacon”, contou. 

Para o neto de Arraes, uma das grandes características de Arraes era sua humildade, apesar da força de seu nome. “Meu avô nunca contou uma vantagem na vida e se comunicava com o olhar. Essa era uma característica muito interessante de Arraes. Um homem de uma grande sensibilidade humana e marcado pelo sentimento de justiça, que deixou um legado político para o Brasil”. 

“Era uma pessoa de muita leitura e que teve uma experiência de vida muito grande. Conheceu da China a outros lugares do mundo. Conheceu profundamente o mundo árabe, inclusive, falava árabe, não profundamente, mas conhecia os problemas do mundo árabe por ter vivido um no Norte da África e que também pôde ajudar às lutas pela libertação de países como Moçambique, Cabo Verde e outros. Conviveu com pessoas interessantes, intelectuais, políticos, mas o meu avô era um homem muito simples”.

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O LEGADO DE ARRAES

Para Antônio, o grande legado de Arraes é a atualidade do seu pensamento e da sua ação política trabalhando os principais temas da atualidade como a educação e a questão da seca. “Ele criou o Movimento de Cultura Popular com Germano Coelho e Paulo Freire onde surgiu um método de alfabetização reconhecido pela Unesco, pelos pedagogos e educadores de todo o mundo. Foi um revolucionário, que trabalhou profundamente a democratização da água. Eu lembro dele dizendo uma vez que se elegeu três vezes governador de Pernambuco trabalhando o tema água, além de ter trabalhado a questão da reforma agrária não por uma questão ideológica, mas política importante presente em qualquer país do mundo. Arraes mostra, na sua ação política e no seu pensamento estratégico, uma grande atualidade. Ele tinha um projeto de nação como tinha um projeto para o Nordeste”.

                                                                            

 


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