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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Sicário, com o fim de reprimir a prática de atos preparatórios de terrorismo. Ao todo, 14 policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária. 

A investigação teve início após comunicação da Universidade Federal de Jataí de que um aluno teria feito graves ameaças contra a comunidade universitária. 

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Durante as investigações, foram constatados fortes indícios que revelaram a iminência de um atentado, pelo que foi necessária ação rápida e efetiva da Polícia Federal. 

O investigado poderá responder pela prática do crime de realização de atos preparatórios de terrorismo (art. 5º da Lei n. 13.260/2016), cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão, entre outros que venham a ser elucidados até a conclusão das investigações.

Da assessoria

Um suspeito de planejar um ataque em uma escola no Distrito Federal foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), na operação 'Shield'. A operação tem como objetivo reprimir atos graves de violência, incluindo massacres escolares e contou com a parceira internacional da Polícia de Imigração, Agência de Investigações de Segurança Interna e Alfândega dos Estados Unidos.

Em nota, a polícia informou que o jovem, de 20 anos de idade, de identidade não revelada, durante seu depoimento, confirmou sua participação em grupos nazifascistas e antidemocráticos. Vale lembrar que o atentado à escola não foi realizado. Durante a busca e apreensão, a políca encontrou fotos e vídeos no celular do suspeito relacionados à pornografia infantil.

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De acordo com o delegado Dário Taciano de Freitas, da Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), a operação impediu uma tragédia. “A operação neutralizou uma possível tragédia que poderia ocasionar consequências nefastas”, pontuou o delegado responsável pela investigação.

Dois ataques deixaram ao menos 48 mortos e 108 feridos na noite de quarta-feira no centro da Somália, disse nesta quinta-feira (24) Ali Gudlawe Hussein, líder do estado de Hirshabelle.

Os ataques foram reivindicados por insurgentes do Al Shabaab.

O primeiro ataque no distrito de Beledweyne, em Hirshabelle, foi realizado por um homem-bomba, matando dois parlamentares locais, incluindo Amina Mohamed Abdi, e vários de seus guardas enquanto fazia campanha pela reeleição.

Minutos depois, um carro-bomba explodiu do lado de fora do principal hospital de Beledweyne, onde os feridos estavam sendo levados para tratamento, matando dezenas de pessoas, derrubando prédios e carbonizando veículos.

"Podemos confirmar a morte de 48 pessoas e outras 108 feridas nas duas explosões", disse Ali Gudlawe Hussein, chefe do estado de Hirshabelle, acrescentando que equipes de emergência encontraram corpos sob os escombros.

"Estamos pedindo aos cidadãos que sejam muito vigilantes e ordenando que todas as agências de segurança reforcem a vigilância", disse ele.

"Os agressores realizaram o primeiro ataque usando um homem-bomba e prepararam um carro carregado de explosivos em frente a um hospital para causar mais vítimas", disse o coronel Isak Ali Abdulé.

"Foram ataques simultâneos e devastadores, danificando propriedades e causando vítimas civis em massa", acrescentou.

Os ataques ocorreram no mesmo dia em que três pessoas foram mortas em outro ataque perto do aeroporto de Mogadíscio, que também foi reivindicado pelo Al Shabab.

Militantes ligados à Al Qaeda frequentemente atacam alvos civis, militares e governamentais na capital da Somália e além.

Os atentados no dia 11 de março de 2004 em Madri, também conhecidos como 11-M, completam 18 anos. Foram atentados terroristas organizados contra o sistema de trens suburbanos de Madri, dias antes das eleições gerais em que o Partido Popular, liderado por José María Aznar, foi derrotado. As explosões mataram 193 pessoas e ocorreram nas estações de Atocha, El Pozo de Tio Raimundo, Santa Eugenia e no comboio a caminho de Atocha.  

As forças de segurança encontraram mais três bombas, que segundo o ministro Ángel Acebes, estariam preparadas para explodir quando chegassem os primeiros socorros às vítimas. A investigação oficial por parte do judiciário espanhol examinou que os ataques foram dirigidos por um grupo de terroristas inspirados na Al-Qaeda, apesar de não haver nenhuma participação direta do grupo extremista. Os mineiros espanhóis que venderam os explosivos para os terroristas também foram presos, embora não tenham tido  nenhum papel de planejamento. 

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“(...) março me ensinou a tirar um sorriso do jornal, ter confiança em mim mesma e não ter medo. E sobre todo mundo saber quem são as pessoas que são importantes da vida” expressou a vítima do atentado 11-M, Zahira Obaya, para o El País. 

Os atentados foram os piores ataques terroristas da história espanhola e da Europa. Após 21 meses de investigação, o juiz Juan del Olmo processou várias pessoas por participações no ataque. Em dezembro de 2004, o político José Luis Zapatero afirmou que o governo do PP apagou todos os arquivos de computador relacionados aos atentados de Madrid, deixando apenas os documentos impressos.

Em 11 de março de 2007, foi inaugurado na Estação de Atocha um monumento às vítimas. A cerimônia de inauguração foi conduzida pelo rei da Espanha, Juan Carlos, e pela rainha Sofia. 

Por Camily Maciel

 

 

 

O atentado suicida de sexta-feira contra uma mesquita xiita de Peshawar, noroeste do Paquistão, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), deixou 62 mortos, segundo um balanço atualizado divulgado pela polícia.

A polícia divulgou imagens de uma câmera de segurança que mostram o momento em que um homem, com traje tradicional, é morto por dois policiais ao entrar na mesquita no bairro Risaldar, em Peshawar. Ele detonou um cinto de explosivos repleto de peças de metal que se dispersaram pelo edifício, que estava lotado, antes do início da oração de sexta-feira.

O EI reivindicou o ataque. "Há sete corpos irreconhecíveis, incluindo dois pés amputados, que acreditamos são do homem-bomba", disse Muhammad Ijaz Khan, chefe da polícia de Peshawar.

"Estamos tentando estabelecer a identidade do autor a partir de testes de DNA", acrescentou. Ijaz afirmou que entre as 62 vítimas fatais estão sete crianças de menos de 10 anos. O balanço anterior citava 56 mortos.

Este é o ataque mais violento na região desde 2018, quando um atentado - também reivindicado pelo EI - contra um comício eleitoral em Mastung, na província de Baluchistão (sudoeste) matou 149 pessoas. Peshawar, a 50 km da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados diários durante a primeira metade da década de 2010, mas, nos últimos anos, a segurança melhorou consideravelmente. O último ataque do tipo havia acontecido em novembro de 2018, quando 31 pessoas morreram em um atentado suicida em um mercado da cidade.

Os xiitas do Paquistão já foram alvos do grupo Estado Islâmico no passado. O braço local, Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), reivindicou a autoria de diversos atentados no país nos últimos anos. Além disso, o Paquistão enfrenta há muitos anos o retorno do 'Tehreek-e-Taliban Pakistan' (TTP), os talibãs paquistaneses, galvanizados pela chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão em agosto do ano passado.

Ao menos 56 pessoas morreram e 194 ficaram feridas em um atentado suicida, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), contra uma mesquita xiita em Peshawar, noroeste do Paquistão, durante a oração de sexta-feira.

A explosão aconteceu poucos minutos antes do início da oração desta sexta-feira (4) em uma mesquita xiita localizada em uma rua estreita do bairro de Kosha Risaldar, perto do histórico bazar de Qissa Khwani.

"No total, 56 pessoas morreram e 194 ficaram feridas. Os feridos incluem 50 pacientes em estado crítico", declarou à AFP Muhammad Asim Khan, porta-voz do hospital Lady Reading de Peshawar.

O número de vítimas, no entanto, ainda pode aumentar, disse à AFP o comandante da polícia de Peshawar, Muhamad Ijaz Khan.

"Dois criminosos atiraram contra os policiais na entrada principal da mesquita. Um policial morreu na hora e outro ficou gravemente ferido", disse.

Mais tarde, o grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado através de sua agência de propaganda, Amaq.

"Um combatente kamikaze do Estado Islâmico conseguiu entrar hoje [sexta-feira] em uma mesquita xiita de Peshawar" e "detonou um cinturão carregado com explosivos no meio dos xiitas", informou a Amaq em um comunicado divulgado nas redes sociais.

Uma testemunha, Zahid Khan, relatou à AFP o ocorrido. "Estava do lado de fora da mesquita quando vi um homem que atirou contra dois policiais, antes de entrar na mesquita. Poucos segundos depois, ouvi uma grande explosão", disse.

Outra testemunha, Ali Asghar, contou que viu o momento em que um homem "atirou com uma pistola" dentro da mesquita e matou "as pessoas, uma a uma. "Depois, ele detonou a carga explosiva."

Um correspondente da AFP observou pedaços de corpos espalhados no local, enquanto os serviços de resgate e a população local se esforçavam para ajudar as vítimas.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, condenou o atentado com veemência, afirmou um porta-voz.

- O retorno do TTP -

Peshawar, a 50 km da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados diários durante a primeira metade da década de 2010, mas, nos últimos anos, a segurança melhorou consideravelmente.

O último ataque do tipo havia acontecido em novembro de 2018, quando 31 pessoas morreram em um atentado suicida em um mercado da cidade.

Os xiitas do Paquistão já foram alvos do grupo Estado Islâmico no passado. O braço local, Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), reivindicou a autoria de diversos atentados no país nos últimos anos.

Além disso, o Paquistão enfrenta há muitos anos o retorno do 'Tehreek-e-Taliban Pakistan' (TTP), os talibãs paquistaneses, galvanizados pela chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão em agosto do ano passado.

Embora tenham raízes comuns, o TTP é um grupo diferente do Talibã afegão. O grupo reivindicou vários ataques desde o início do ano.

Um dos atentados mais violentos cometidos pelo TTP foi o massacre de 150 pessoas, em sua maioria estudantes, em Peshawar, em dezembro de 2014.

A sede do Partido dos Trabalhadores em Campinas, São Paulo, foi alvo de atentado na noite dessa quarta-feira (2). Foi a segunda investida contra o local em cerca de 40 dias. De acordo com a nota do diretório nacional, o imóvel foi invadido e depredado. A Polícia Militar foi acionada para apurar o ocorrido, mas não foi comunicado, até o momento desta publicação, se houve roubo ou apropriação de algum bem do partido. No entanto, equipamentos eletrônicos, fiações e acervo foram destruídos. 

O diretório municipal do PT em Campinas, que fica na avenida Barão de Jaguara, não possui câmera de segurança em funcionamento. A via é movimentada e fica no Centro da cidade. Possíveis autores não foram identificados. 

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De acordo com nota assinada por Gleisi Hoffmann, presidente nacional da sigla, "o nível de depredação e ódio demonstra uma escalada de violência contra o partido, ameaçando a democracia". 

O PT afirmou que exige que as autoridades apurem os fatos. "O Partido dos Trabalhadores alerta para a crescente violência política que busca ameaçar o processo eleitoral. Não nos intimidaremos diante de ações desse tipo, estimuladas pelo ódio que se instalou no país”. 

Confira a repercussão entre figuras políticas: 

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O deputado estadual André Fernandes (PL-CE) afirmou ter sido vítima de um atentado na noite dessa segunda-feira (7), no município de Solonópole, a 230 quilômetros da capital cearense, Fortaleza. O parlamentar, que estava acompanhado do assessor, teria sido perseguido e o seu carro, alvo de disparos de arma de fogo. No relato, alega que pensou se tratar de um assalto e que os autores dos disparos estavam em uma motocicleta. Fernandes registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia Regional de Iguatu.  

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No documento publicado em suas redes sociais, o deputado conta que saiu de casa, no Eusébio, com destino ao município de Cariús, por volta das 16h50, para cumprir agenda. Às 19h30, fez uma parada de cerca de 40 minutos em Banabuiú e seguiu viagem. Na altura da cidade de Solonópole, percebeu que poderia estar sendo perseguido por uma motocicleta e em seguida, ocorreram os disparos.

André alega que foram aproximadamente sete tiros. Ninguém ficou ferido graças à blindagem do veículo, mas um dos tiros teria atingido o pneu do automóvel, o que dificultou a fuga contra os suspeitos. Ainda assim, o deputado relata que conseguiu dirigir por cerca de três quilômetros, mas precisaram parar o veículo "pois era impossível seguir viagem". Nesse momento, a "motocicleta deu meia volta" e encerrou a perseguição. 

“Tentaram de matar! Acabei de sofrer uma tentativa de homicídio! Registrei o BO na Delegacia de Iguatu. Meu assessor que estava comigo, está assustado! Minha família está com medo!”, disse. 

Governador do Ceará se posicionou 

Em postagem nas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que determinou rigorosa investigação e disse que o caso será devidamente apurado. Essa e outras ocorrências violentas que se passaram no estado na última semana deverão ser analisadas com maior cautela. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) ainda não se pronunciou sobre o caso. 

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Eduardo Bolsonaro cobra respostas 

Atualmente no Partido Liberal, mesma legenda do presidente Jair Bolsonaro, André Fernandes faz parte da cúpula governista do país. Quem saiu em sua defesa foi o filho do mandatário, o deputado paulista Eduardo Bolsonaro (PSL), que pediu imparcialidade por parte dos órgãos de segurança pública. “Os governantes e gestores têm que entender que a análise de risco para se determinar que uma equipe de segurança acompanhe a autoridade não pode se misturar com a política”, disse. 

O deputado também aproveitou da ocasião para justificar que a crescente da violência armada no Brasil pode ser amenizada através do porte de armas. “Além disso, o caso do Dep. André Fernandes pode ter mil motivações, mas a realidade é que todo brasileiro ainda vive num país violento e quem faz a segurança de sua família é ele próprio, logo, precisamos de uma nova lei sobre porte de armas a ser analisada pelo Congresso”, continuou. 

Dedicado às redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) não gostou dos comentários na foto do pai hospitalizado e criticou a falta de sensibilidade com o estado de saúde do presidente. Socorrido com dores no abdomên na madrugada desta segunda-feira (3), Jair Bolsonaro (PL) está internado em um hospital particular de São Paulo sem previsão de alta.

Alguns usuários comentaram declarações polêmicas ditas pelo próprio Bolsonaro, como quando afirmou que não era coveiro após ser questionado sobre a gravidade da pandemia no Brasil ou quando sugeriu fazer cocô dia sim, dia não para reduzir a poluição.

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O posicionamento de parte dos opositores irritou Carlos, que reclamou da 'invasão' na postagem.

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Na publicação, o chefe do Executivo informou que precisou interromper as férias e foi internado por conta de uma nova obstrução abdominal, que seria relacionada à facada sofrida em 2018. Ainda de acordo com Bolsonaro, uma nova cirurgia será necessária.

Ele espera a chegada do médico-cirurgião Antonio Luiz Macedo, responsável pela operação após o atentado e, caso seja confirmada a necessidade da nova intervenção, será a quinta relacionada ao ataque.

Socorrido com urgência após sentir dores abdominais na madrugada desta segunda-feira (3), Jair Bolsonaro (PL) indicou que deve passar por mais uma cirurgia de desobstrução intestinal. Apesar da falta de exames conclusivos e do diagnóstico do médico pessoal, o presidente garantiu que a nova internação ainda é consequência da facada sofrida na campanha de 2018.

Bolsonaro deixou o Litoral de Santa Catarina, onde passava as férias com a família desde o dia 27, e deu entrada no Hospital Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 3h.

Ele conta que começou a sentir o desconforto após o almoço do domingo (3) e segue internado com sonda nasogástrica na espera do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo.

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 O médico foi quem o operou após o atentado e teve que interromper a viagem as Bahamas para atender o presidente. A expectativa é que Macedo chego à unidade por volta das 15h.

Caso confirmada a necessidade da nova intervenção, será a quinta cirurgia relacionada ao atentado. De acordo com o boletim, seu quadro é estável e ainda não há previsão de alta.

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Segundo investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, pelo menos dois adolescentes e uma mulher adulta planejavam invadir escolas e espaços públicos, utilizando-se de armas de fogo, com intuito de atentar contra a vida de outras pessoas. 

Nesta quinta-feira (02), a operação Escola Segura foi deflagrada pelas polícias civis de Minas, Pará e do Espírito Santo. Com o esforço integrado das forças de segurança dos três estados, foi possível identificar e localizar a casa dos suspeitos, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

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Em Minas Gerais, a ordem judicial foi cumprida na cidade de Conceição da Aparecida, Sul de Minas, em ação coordenada pelo delegado Roberto Fontes.

A operação, coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), contou com o compartilhamento de informações e colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e do Serviço Secreto, ambos da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.

Oito pessoas morreram nesta quinta-feira (25) e 17 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba perto de uma escola na capital somali Mogadíscio.

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Al Shabaab, informaram as forças de segurança.

O porta-voz da polícia somali, Abdifatah Adan, confirmou o balanço de oito mortos em um comunicado.

Outro oficial das forças de segurança, Mohamed Abdillahi, afirmou que a explosão deixou 11 estudantes feridos.

Testemunhas afirmaram à AFP que um comboio militar da AMISOM, a Missão da União Africana (UA) na Somália, passava pela área no momento da explosão.

O grupo Al Shabaab, vinculado à Al-Qaeda, reivindicou o ataque contra instrutores militares".

"O prédio da escola sofreu graves danos e os ônibus escolares também foram atingidos", declarou à AFP Ahmed Bare, segurança na área do ataque.

O diretor do serviço de ambulâncias Aamin da capital da Somália, Abdikadir Abdirahman, publicou no Twitter fotos do local da explosão e citou uma "tragédia".

Um atentado contra um ônibus militar em Damasco deixou pelo menos 14 mortos nesta quarta-feira (20), o ataque mais violento do tipo em vários anos na capital da Síria.

Uma hora depois, um bombardeio do exército matou 13 pessoas, incluindo 10 civis, na província de Idlib, o último grande reduto jihadista e rebelde da região noroeste do país, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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Às 6H45 (0H45 de Brasília), um ônibus militar que circulava perto de uma ponte estratégica da capital "foi alvo de um ataque terrorista com dois dispositivos explosivos fixados ao veículo, o que provocou as mortes de 14 pessoas e deixou vários feridos", informou a agência estatal SANA.

A agência oficial síria SANA informou "um atentado terrorista que utilizou dois dispositivos explosivos contra um ônibus sobre uma ponte na capital síria". O ataque também deixou três feridos.

As imagens divulgadas pela agência mostram um ônibus em chamas e uma equipe trabalhando para desativar um terceiro explosivo na mesma área.

Damasco não é tão afetada pela violência da guerra síria, especialmente desde que militares e milícias aliadas tomaram o controle em 2018 do último reduto rebelde perto da capital.

O ataque, que não foi reivindicado por nenhum grupo até o momento, é o mais violento na cidade desde o atentado executado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra o Palácio de Justiça em março de 2017, que deixou pelo menos 30 mortos.

- Bombardeio em Idlib -

Quase uma hora depois da explosão, o exército bombardeou a cidade de Ariha, na província de Idlib, severamente castigada pela guerra.

A ação, que matou pelo menos 10 civis e um combatente, aconteceu em uma área movimentada da cidade no momento de entrada nas escolas, segundo o OSDH. Três vítimas eram crianças.

"À 8 da manhã, acordamos com os bombardeios. As crianças ficaram aterrorizadas e gritavam, não sabíamos o que fazer nem para onde ir", declarou à AFP Bilal Trissi, pai de duas crianças e que mora perto do local atacado.

"Bombardearam o nosso bairro, o mercado. Crianças morreram. Não sabemos por quê, de que somos culpados?", questionou.

Este é um dos ataques mais violentos desde a entrada em vigor de uma trégua em Idlib, em março de 2020, mediada por Rússia e Turquia, os dois principais personagens estrangeiros no conflito sírio.

Muitos rebeldes e jihadistas procedentes de outras áreas se reagruparam nesta província, dominada pelo grupo extremista Hayat Tahrir Al Sham (HTS), integrado por líderes do ex-braço sírio da Al-Qaeda.

- Reconquista do regime -

Os dois eventos abalam as mensagens do governo de que os 10 anos de guerra no país ficaram para trás e a estabilidade está garantida para iniciar o mais rápido possível os projetos de reconstrução e investimento.

O regime do presidente Bashar al-Assad se esforça para sair do isolamento internacional e registrou alguns progressos recentemente.

Meio milhão de pessoas morreram no conflito, que começou com a brutal repressão dos protestos iniciados em 2011 no âmbito da Primavera Árabe, segundo os dados do OSDH.

A guerra também provocou o maior deslocamento forçado pela violência desde a Segunda Guerra Mundial. Metade dos 22 milhões de habitantes sírios de antes do conflito se viram forçados a deixar suas casas em algum momento.

A posição de Assad ficou por um fio quando suas forças controlavam apenas um quinto do território sírio, mas a intervenção militar da Rússia em 2015 permitiu o início de uma longa e violenta reconquista do país.

Apoiado ainda pelo Irã e por milícias aliadas, o exército recuperou quase todas as principais cidades da Síria, embora as forças curas apoiadas pelos Estados Unidas ainda controlem o nordeste.

O autoproclamado califado do Estado Islâmico, que impôs sua lei brutal em várias partes da Síria e Iraque, perdeu espaço até desaparecer no início de 2019.

O que restou do EI no leste da Síria passou à clandestinidade, mas continua atacando o governo e suas forças aliadas, especialmente em zonas desérticas.

Agora, o principal objetivo do governo é a região de Idlib. O regime de Assad insiste na intenção de reconquistar todo o território, incluindo esta província rebelde.

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas depois que alguém começou a atirar durante um jogo de futebol americano no estádio Ladd-Peebles, na cidade de Mobile, no estado do Alabama (EUA), conforme a mídia local.

Os vídeos do incidente, divulgados nas redes, mostram pessoas fugindo do local.

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O tiroteio ocorreu às 22h no horário local (0h no horário de Brasília) durante os minutos finais do jogo entre as equipes das escolas secundárias de Vigor e Williamson.

"Vários feridos foram relatados e as vítimas foram transferidas para um hospital. Um indivíduo foi hospitalizado com um ferimento potencialmente mortal", disse a Polícia de Mobile.

A identidade do atirador ou a motivação do ataque não são ainda conhecidas.

Devido ao incidente, a partida foi adiada. A data e o local do evento esportivo serão anunciados posteriormente. Em 2019, outro tiroteio ocorreu no mesmo estádio, que resultou em nove feridos. Após este ataque, detectores de metal foram instalados no local.

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Da Sputnik Brasil

Pelo menos cinco pessoas morreram, neste domingo (10), em um ataque com carro-bomba em Áden, no sul do Iêmen, contra um comboio de autoridades do governo, que sobreviveram ao atentado.

Segundo fontes da segurança, o governador de Áden, Ahmed Lamlas, o ministro da Agricultura, Salem al-Socotri, e outra autoridade cuja identidade não foi revelada estavam a bordo do comboio que passava por Áden.

Áden é a segunda maior cidade do país e a capital provisória do governo iemenita, que desde 2014 está em guerra contra os rebeldes houthis.

Segundo balanço provisório das fontes de segurança, o atentado, que por ora não foi reivindicado, causou cinco mortos e 11 feridos.

"O carro-bomba explodiu na rua Al-Moualla quando o comboio de altos funcionários passou. Estavam a bordo o governador de Áden, o ministro da Agricultura e outro", disse uma dessas fontes à AFP. Todos sobreviveram, segundo a agência de notícias estatal Saba.

O governador e o ministro da Agricultura são membros do Conselho de Transição do Sul (separatistas, STC) que participa no governo de união nacional juntamente com os apoiantes do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional. Este governo tem sua sede em Áden desde a queda da capital, Saana, para os rebeldes houthis.

O Iêmen do Sul era um Estado independente até a reunificação em 1990. No sul ainda há muito ressentimento contra os iemenitas do norte, a quem acusam de ter forçado a unificação do país.

Nos últimos anos, vários ataques antigovernamentais foram atribuídos aos rebeldes houthis. Outros foram reivindicados por grupos extremistas islâmicos.

Após o ataque deste domingo, o primeiro-ministro iemenita, Main Abdelmalek Said, pediu uma investigação e chamou-o de um atentado "terrorista covarde", de acordo com a agência de notícias Saba.

Por sua vez, o porta-voz do STC, Ali al-Kathiri, denunciou um "complô perigoso" contra o Sul, acrescentando que o ataque coincidiu com o avanço das forças "terroristas" houthis nas regiões de Marib (norte) e Chabwa (centro).

Os houthis intensificaram sua campanha nos últimos meses para tomar a cidade de Marib, que tentam conquistar desde fevereiro das forças pró-governo, avançando em várias frentes. Os combates causaram, desde então, centenas de mortes.

Na guerra do Iêmen, o governo conta com o apoio militar de uma coalizão liderada pela vizinha Arábia Saudita. Os houthis, por sua vez, têm apoio político do Irã, país xiita rival dos sauditas sunitas.

Os rebeldes houthis controlam grande parte do norte do país, incluindo a capital, Sanaa.

A comunidade internacional tenta, em vão, chegar a uma solução pacífica para este conflito que causou a pior crise humanitária do mundo, de acordo com a ONU.

Quase 80% da população iemenita depende da ajuda humanitária para sobreviver. De acordo com organizações internacionais, dezenas de milhares de pessoas morreram no conflito e milhões foram deslocados.

O atentado em Áden acontece quando o enviado dos Estados Unidos para o Iêmen, Tim Lenderking, lançou uma nova tentativa de encerrar a guerra com uma turnê regional que incluiu a Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal bolsonarista Loester Trutis (PSL-MS) por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo. Ele é acusado de forjar o próprio atentado.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros diz que 'robustos elementos' contradizem a versão do parlamentar.

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"Diversos Laudos Periciais, Relatórios e Informações Policiais, além de oitivas, revelaram a real dinâmica dos fatos e refutaram a versão inicialmente apresentada pelos denunciados à Polícia Federal", afirma a PGR.

O deputado bolsonarista alega ter sido vítima de um ataque a bala em fevereiro do ano passado na rodovia BR-060, entre Sidrolândia (MS) e Campo Grande (MS), e atribui a emboscada a uma disputa política no Mato Grosso do Sul.

A Procuradoria também chama atenção para o uso político do episódio. "Considerando que o porte de arma é uma pauta política defendida intensamente pelo Deputado Loester Trutis; o Parlamentar, ao noticiar o episódio, atribui ao porte de arma a ausência de lesões e, até mesmo, o escape da morte", destaca o vice-procurador.

Caberá à ministra Rosa Weber, relatora do caso no STF, decidir se aceita ou não a denúncia.

Ao concluir a investigação, em maio, a Polícia Federal apresentou um relatório de 105 páginas em que rebate a versão do deputado e do assessor dele, Ciro Nogueira Fidelis. Os investigadores disseram que ambos prestaram informações falsas para tentar inviabilizar as apurações.

"Na verdade, as informações recebidas, constantemente, serviram somente para que fossem empreendidos esforços em diligências desnecessárias, tirando os investigadores do foco", diz um trecho do documento. "As diligências que tomaram por base a versão trazida pelas supostas vítimas não eram corroboradas com nenhum dado, prova ou até mesmo indício e sempre levavam a investigação por caminhos que não traziam quaisquer resultados", acrescenta a PF.

Ao cruzar imagens de câmeras de segurança instaladas no trajeto e dados do GPS do carro do deputado, a Polícia Federal concluiu que não havia nenhum veículo perseguindo ou monitorando Trutis. A versão dos investigadores é que o parlamentar entrou em uma estrada secundária e atirou contra o próprio veículo.

"O veículo esteve parado no mesmo local por exatos 40 segundos, entre o horário das 05:29:02 às 05:29:42. E mais, por aproximadamente 24 segundos o automóvel esteve com a ignição desligada. Tempo suficiente para descer do veículo, efetuar vários disparos de arma de fogo e retomar para dentro do veículo", afirma a PF.

"Ao que tudo indica, planejaram de madrugada o plano e pela manhã cedo foram executá-lo, sem antes ter estudado a localidade. Essa escolha ocorreu ali mesmo na rodovia BR-060. É possível constatar pelos dados do rastreador veicular como o Toyota Corolla trafegou na rodovia, nos mais diversos sentidos em velocidades baixas, pois os atores da tragicomédia estavam procurando o lugar para encenarem a sua peça", diz outro trecho do relatório.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO

"Confio no poder da verdade. Sou vítima de um refinado conluio de autoridades locais, que induziram o PGR e a ministra a erro. Testemunhas essenciais não foram ouvidas, e provas foram destruídas ou manipuladas, como por exemplo o GPS do carro que eu ocupava, que foi formatado pela locadora. Ou mesmo o veículo alvejado, que não foi preservado pela polícia técnica, tendo sido devolvido à locadora, reformado e vendido. Em ambos os casos me foi cerceada qualquer possibilidade de proceder perícia complementar e independente. Tudo isso foi feito com a autorização da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, um verdadeiro absurdo jurídico.

Desde o primeiro dia, meu mandato se pautou no combate ao crime organizado e no fortalecimento das Instituições de Segurança Pública que combatem quadrilhas que assolam o Estado do Mato Grosso do Sul há mais de 30 anos.

Por fim, espero ansiosamente que as provas possam ser analisadas fora do MS, e os atos ilícitos dessa investigação - que nunca teve o intuito de apontar o autor da tentativa de assassinato que sofri, e sim tenta promover um assassinato de reputação e da minha vida política - sejam finalmente demonstrados."

O Consulado da China no Rio de Janeiro publicou nota oficial neste sábado (18) sobre o atentado sofrido na última quinta-feira (16), quando um homem jogou uma bomba intencionalmente no local. A sede diplomática considera o incidente como “grave ato de violência”, e pede que as autoridades brasileiras realizem uma “investigação minuciosa” para encontrar os responsáveis.

No texto, o órgão esclarece que o ocorrido não causa perigo para as relações entre Brasil e China. “O desenvolvimento sem sobressalto das relações sino-brasileiras corresponde aos interesses essenciais dos dois países. Não terá sucesso qualquer conspiração de pouquíssimas pessoas em destruir a amizade China-Brasil”, lê-se.

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A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) publicou uma nota de repúdio ao ato e prestando solidariedade e apoio ao país. “Tais condutas são inadmissíveis e podem macular as relações diplomáticas entre o Brasil e a China, cuja parceria mostra-se profícua e extremamente importante para o desenvolvimento de ambos os países e para o estreitamento de laços respeitosos de amizade que ultrapassam os contextos culturais e econômicos”, diz texto, assinado pelo Conselho Federal da OAB, presidida pelo advogado Felipe de Santa Cruz Oliveira Scaletsky.

Confira abaixo as notas do Consulado da China e da OAB-RJ, respectivamente, na íntegra:

Declaração do Consulado Geral da China no Rio de Janeiro sobre o ataque do dia 16 de setembro

Em 16 de setembro à noite, um homem não identificado lançou um explosivo ao Consulado Geral da China no Rio de Janeiro, causando danos no edifício. Foi um grave ato de violência ao qual o Consulado Geral da China manifesta veemente condenação. Mantendo estreita comunicação com as autoridades brasileiras, esta missão consular pede a investigação minuciosa sobre o ataque, a punição do culpado nos termos da lei e medidas cabíveis para evitar que incidentes similares voltem a ocorrer.

O desenvolvimento sem sobressalto das relações sino-brasileiras corresponde aos interesses essenciais dos dois países. Não terá sucesso qualquer conspiração de pouquíssimas pessoas em destruir a amizade China-Brasil. Esperamos e temos a convicção de que o governo brasileiro tomará medidas concretas para proteger esta missão consular e seu pessoal, como prevê a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, garantindo a segurança e a integridade das instalações e de seu pessoal.

Nota da OAB

“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por intermédio de sua Coordenação Nacional das Relações Brasil-China e de sua Comissão Especial Brasil/ONU de Integração Jurídica e Diplomacia Cidadã, e o Conselho Seccional da OAB/Rio de Janeiro, por intermédio de sua Coordenação Estadual das Relações Brasil-China, repudiam o atentado explosivo perpetrado na noite do dia 16 de setembro de 2021 contra o Consulado Geral da República Popular da China, localizado na cidade do Rio de Janeiro.

O ato representa uma agressão ao Estado chinês, o qual se faz presente também em outros estados brasileiros por meio de suas missões estrangeiras no Distrito Federal, em São Paulo e em Pernambuco, que igualmente se tornaram alvos de ameaças e atitudes xenofóbicas, sobretudo após o advento da pandemia da covid-19.

Tais condutas são inadmissíveis e podem macular as relações diplomáticas entre o Brasil e a China, cuja parceria mostra-se profícua e extremamente importante para o desenvolvimento de ambos os países e para o estreitamento de laços respeitosos de amizade que ultrapassam os contextos culturais e econômicos.

A OAB acredita que as autoridades brasileiras conduzirão investigações com a devida seriedade exigida pelo caso, sobretudo em atenção às Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares. Da mesma forma, espera que as autoridades brasileiras empenhem esforços e realizem ações preventivas para inibir que tais atos sejam repetidos.

A OAB presta solidariedade à Embaixada da República Popular da China no Brasil, aos Consulados Gerais no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife, a todos os diplomatas acreditados e seus familiares, bem como à toda comunidade chinesa no Brasil e seus descendentes.

 

George W. Bush, que era presidente dos Estados Unidos quando ocorreram os ataques de 11 de setembro de 2001, lamentou a divisão do país neste sábado (11) durante uma cerimônia em Shanksville, onde caiu um dos quatro aviões lançados por terroristas contra alvos norte-americanos.

“Nas semanas e meses que se seguiram aos ataques de 11 de setembro, tive orgulho de liderar um grupo impressionante, resiliente e unido”, disse o ex-presidente.

“Se falamos da unidade dos Estados Unidos, esses dias parecem distantes”, lamentou. “Muitas de nossas políticas se tornaram um apelo à raiva, ao medo e ao ressentimento. Isso é preocupante para nossa nação e nosso futuro”, advertiu.

Quarenta pessoas, além dos quatro sequestradores, morreram no voo 93 da United Airlines, que cobria a rota entre Newark, Nova Jersey, e San Francisco, que caiu em Shanksville e seria suspostamente dirigido contra o Capitólio, a sede do Congresso americano, em Washington.

Os Estados Unidos marcam, neste sábado (11), o vigésimo aniversário do 11 de Setembro, com cerimônias para homenagear os cerca de 3.000 mortos nos ataques da Al-Qaeda, em uma atmosfera tensa pela caótica retirada americana do Afeganistão.

Um minuto de silêncio foi observado às 8h46 (9h46 de Brasília) no memorial de Manhattan (Nova York), onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), exatamente vinte anos após o primeiro avião sequestrado pelos terroristas ter atingido a Torre Norte.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, preside a homenagem aos 2.977 mortos (incluindo 2.753 em Nova York) no "Marco Zero" ao lado de antecessores, incluindo Barack Obama e Bill Clinton.

Em duas décadas, o tempo de uma geração, os ataques terroristas mais mortais da História agora estão bem ancorados na história política e na memória coletiva dos Estados Unidos, mas a dor das famílias das vítimas e sobreviventes continua extremamente viva.

- Pearl Harbor -

Mais cinco minutos de silêncio e homenagens musicais se seguirão até as 12h30 (13h30 de Brasília) para marcar a trágica manhã daquela terça-feira de 11 de setembro de 2001: o colapso das torres de Nova York, o ataque ao Pentágono perto de Washington e a queda de um dos aviões em Shanksville, Pensilvânia.

Como todo 11 de setembro, durante três horas, os nomes das quase 3.000 vítimas serão lidos no memorial de Nova York. Enormes feixes de luz verticais saem das duas enormes bacias pretas que substituíram a base das torres.

Na Times Square, no centro de Manhattan, coração econômico da maior potência mundial, onde tradicionalmente se comemora as vitórias do país, também estão previstos uma mobilização e momentos de contemplação.

Todo americano, vítima ou testemunha do 11 de Setembro, se prepara para homenagear um ente querido perdido.

Frank Siller foi mais longe. Irmão de um bombeiro do Brooklyn que morreu no WTC, ele "caminhou 537 milhas (864 km entre Washington e Nova York) do Pentágono, em Shanksville, até o Marco Zero", e está levantando fundos para apoiar as famílias das vítimas.

"A América nunca se esqueceu de Pearl Harbor, e nunca se esquecerá do 11 de Setembro", disse Siller à AFP.

De fato, segundo pesquisadores, o cataclismo do 11 de Setembro mudou a sociedade e a política americanas e, em uma geração, tornou-se um capítulo da história inscrito na memória do país. Como Pearl Harbor, o Desembarque na Normandia ou o assassinato do presidente Kennedy.

Este aniversário do 11 de Setembro, Joe Biden, de 78 anos, sem dúvida preparou muitas vezes desde sua vitória em novembro contra Donald Trump, a quem acusou de ter enfraquecido e fragmentado os Estados Unidos.

Em uma mensagem de vídeo transmitida na sexta-feira à noite, o presidente democrata pediu "união, nossa maior força".

Mas depois de oito meses no cargo, ele é amplamente criticado pelo desastre do fim da intervenção militar no Afeganistão, com Washington sendo pego de surpresa pelo avanço meteórico do Talibã.

Em 20 anos, os Estados Unidos perderam 2.500 soldados e gastaram mais de US $ 2 trilhões no Afeganistão.

No final de agosto, abandonaram o país às mãos dos fundamentalistas islâmicos que haviam expulsado de Cabul no final de 2001, acusando-os de abrigar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, que finalmente foi morto em 2011 no Paquistão.

- Geração 11 de Setembro -

E o ataque de 26 de agosto, reivindicado pelo braço afegão do grupo Estado Islâmico, que matou 13 jovens soldados americanos no aeroporto de Cabul - em meio a uma operação de evacuação - revoltou parte da opinião pública.

Esses jovens militares eram, em sua maioria, crianças em 11 de setembro de 2001.

A morte deles é um lembrete de uma dolorosa cicatriz nos Estados Unidos: entre a memória ainda viva para dezenas de milhões de adultos americanos e uma consciência histórica mais parcial para os jovens nascidos desde os anos 1990.

É "importante que saibam o que aconteceu naquele dia, porque há toda uma geração que não entende bem", defende Monica Iken-Murphy, viúva de um operador do mercado financeiro que trabalhava na Torre Sul do WTC.

A rainha Elizabeth II prestou homenagem neste sábado às vítimas do 11 de Setembro, bem como à "resistência e determinação das comunidades que se uniram para reconstruir" após os ataques.

Em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofreram um ataque terrorista que impactaria para sempre a história do mundo. Neste dia, às 9h46 do horário de Brasília, terroristas ligados à Al Qaeda, lançaram dois aviões sequestrados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, localizado em Nova Iorque, o que resultou no desmoronamento do complexo.

Mesmo 20 anos após o ocorrido, ainda não foi possível identificar o total de pessoas atingidas pelo atentado. Na última quarta-feira (8), O Departamento de Perícia Médica de Nova York conseguiu identificar mais duas vítimas do ataque terrorista, que somam um total de 1.647 mortos identificados. Saiba mais: https://www.leiaja.com/noticias/2021/09/09/vitimas-do-11-de-setembro-sao-identificadas-apos-20-anos/

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O evento chocou o mundo e as consequências geraram uma guerra contra o terrorismo que duraria por anos. Durante esse período, muitas mudanças foram realizadas, não apenas na esfera política, mas também nos processos de imigração.

Segundo o advogado especialista em Direito Internacional Daniel Toledo, os que participaram do atentado já se encontravam dentro dos Estados Unidos, alguns já haviam tirado suas cidadanias e outros eram estudantes universitários. “Além disso, tinham participado de curso de pilotagem, inclusive feito dentro dos Estados Unidos, ou seja, era uma preparação que já acontecia há muito tempo", observa.

Conforme seguiam as investigações do atentado, Toledo lembra que os Estados Unidos passaram a focar em possíveis suspeitos que já estavam em território americano, além de monitorar os que entravam no país.

Por estarem fragilizados, o advogado lembra que nessa época iniciaram-se os debates sobre invasão de privacidade, que envolviam o aumento das câmeras de vigilância, dispositivos de reconhecimento facial nos aeroportos e diversos outros assuntos.

Outro reflexo do atentado segundo Toledo, foram alguns procedimentos criados pela Transportation Security Administration (TSA), departamento responsável pela segurança em transportes nos Estados Unidos, que dificultaram a entrada de pessoas no país, entre eles, a melhoria da precisão dos equipamentos e a exigência de retirada dos calçados para passar pelos scanners de segurança. “Isso aumentou bastante a segurança, mas não quer dizer que é totalmente à prova de falhas”, aponta.

Toledo explica que o triste evento abalou a confiança que os Estados Unidos tinham com o mundo, que vai desde o aumento de segurança em aeroportos, além de um controle mais acirrado das fronteiras, as quais recebem voos de países atrelados a determinados radicalismos.

Atualmente, os Estados Unidos também trabalham com campanhas de conscientização, as quais visam esclarecer e apresentar as consequências do atentado para jovens que não viveram essa época. “As escolas a partir do 9º ano começaram a debater sobre como reagir em situações de risco, como informar a polícia e como se afastar de grupos que eventualmente começam a pregar esse tipo de atitude”, descreve o advogado.

De acordo com Toledo, o atentado colocou o país em estado de alerta e, hoje, o debate sobre o assunto visa a prevenção. “Com certeza isso impacta na vida de todos nós, principalmente para as pessoas que tentam entrar nos Estados Unidos, seja para turismo ou passeio, pois precisarão passar pelos mesmos procedimentos de segurança”, define.

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