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O Governo do Estado de São Paulo divulgou, na edição do Diário Oficial desta terça-feira, 1º, as diretrizes para o retorno às aulas na rede pública e privada de ensino. O retorno, a partir do dia 8 de setembro, será permitido apenas para atividades não curriculares, em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo (programa estadual de flexibilização da quarentena). A determinação é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio.

Além dos alunos inscritos nestas séries, os estudantes sem acesso a computadores ou conexão de internet para realização das atividades escolares não presenciais ou aqueles que, embora tenham acesso a atividades escolares não presenciais, apresentam dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social, conforme informado pelos responsáveis, também terão prioridade. A publicação da resolução com as regras foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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Dentre as atividades presenciais que podem ser ofertadas nesta primeira etapa do retorno são: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais; utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais.

Neste momento, a participação dos estudantes não será obrigatória e aqueles que fazem parte do grupo de risco não deverão comparecer às aulas presenciais. De acordo com a portaria, as instituições da rede estadual poderão receber até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino, e a primeira semana de atividades presenciais será destinada, preferencialmente, a ações de acolhimento aos estudantes e profissionais da educação.

Alunos com máscaras de proteção retornaram nesta terça-feira (1°) às aulas em Wuhan, a cidade do centro da China onde surgiu o novo coronavírus no fim de 2019, que reabriu colégios e jardins de infância após sete meses.

Quase 1,4 milhão de estudantes retornaram às aulas em cerca de 2.800 jardins de infância e escolas dos ensinos básico e fundamental. Os colégios do ensino médio retomaram as atividades em maio.

A imprensa estatal exibiu imagens de estudantes com bandeiras chinesas - o que é parte da rotina nos colégios públicos -, apesar das advertências para evitar aglomerações.

As escolas seguem protocolos para evitar os riscos de novos surtos: os alunos devem usar máscaras e evitar, na medida da possível, os ônibus e trens públicos.

De acordo com dados oficiais, Wuhan concentrou 80% das mais de 4.600 mortes provocadas pelo novo coronavírus na China. A cidade permaneceu confinada e fechada durante mais de dois meses, a partir do fim de janeiro.

Wuhan também organizou em maio uma campanha de testes em larga escala para a população de 11 milhões de pessoas.

A China conseguiu controlar em grande medida a epidemia de covid-19. As escolas de todo o país - fechadas no fim de janeiro - voltaram a abrir de forma gradual.

Setembro, mês da volta às aulas na Europa, acontece este ano em um cenário radicalmente diferente pelos novos surtos de coronavírus após seis meses de estudos interrompidos ou consideravelmente prejudicados.

As crianças na França e Bélgica retornaram nesta terça-feira (1°) às escolas. Alemães, norte-irlandeses e escoceses retomaram as aulas em agosto.

A situação representa um desafio para as autoridades. As crianças que retornaram às escolas não encontraram os centros de ensino de "antes", devido às medidas sanitárias excepcionais que envolvem a retomada das aulas presenciais.

Entre as medidas estão o número reduzido de alunos por turma - como na Grécia ou na Bósnia -, tempo de aula menor, o uso obrigatório de máscara a partir de 11-12 anos ou ainda mais jovens na Grécia. As autoridades querem evitar a qualquer custo que as escolas se transformem em focos de propagação da covid-19.

Na França, 12,4 milhões de alunos de todos os níveis retornam nesta terça-feira às aulas e devem respeitar as determinações das autoridades de saúde, como a máscara obrigatória para os professores e estudantes a partir de 11 anos, inclusive do lado de fora dos colégios.

O ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, considera que o novo protocolo sanitário é "simples e claro", mas alguns professores lamentam o que consideram "pontos de interrogação, como a organização nos refeitórios ou nas áreas de recreio.

Em alguns países os recreios serão organizados por turnos para evitar a aglomeração. Este é o caso da Grécia, onde o retorno às aulas previsto para 7 de setembro ainda pode ser atrasado em uma semana.

Os professores também estão preocupados com o retorno às escolas de crianças que ficaram totalmente desconectadas dos estudos durante o confinamento.

Na França e na Bélgica, após dois meses de confinamento, entre março e abril, apenas alguns níveis considerados prioritários foram autorizados a retornar às aulas antes das férias de verão.

A Bélgica confirmou o retorno das aulas para 1 de setembro depois que a primeira-ministra Sophie Wilmès afirmou que é "fundamental que as crianças possam retomar uma vida escolar normal ou tão normal quanto possível".

Uma opinião compartilhada pelo governo britânico, que considera os benefícios do retorno às aulas (esta semana na Inglaterra e em Gales) mais importantes que os potenciais riscos.

A Bélgica, de 11,5 milhões de habitantes, tem um dos níveis mais elevados de mortalidade de covid-19 no mundo em relação a sua população, atrás apenas do Peru.

O país prevê medidas estritas para evitar os eventuais contágios, como a obrigação de limitar a cinco pessoas fora de casa os "contatos sociais próximos" (possíveis a menos de 1,50 metro sem máscara) até 1 de outubro.

Na Espanha, onde a volta às aulas acontecerá de maneira gradual de 4 a 15 de setembro, dependendo das regiões, o uso de máscara será obrigatório para alunos com mais de seis anos, o tempo todo.

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (31), o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, afirmou que parte dos estudantes e escolas que não conseguirem concluir o conteúdo do ano letivo de 2020 nas aulas remotas sofrerá um grande prejuízo caso as aulas presenciais da educação básica não sejam retomadas ainda este ano. “O ano letivo de 2021 não vai ser suficiente para a gente poder dar conta disso”, disse Amancio.

Em sua fala, Fred explicou que após a retomada das atividades presenciais, o calendário será repensado em forma de ciclo, para que os conteúdos que não puderam ser vistos este ano em razão da pandemia sejam estudados pelos alunos ao longo do ano que vem. “A gente não vai ter o ano de 2020 e o ano de 2021, mas o ciclo 2020-2021 que vai nos permitir complementar o conteúdo de 2020 ao longo de 2021”, disse o secretário. 

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Fred afirmou também que no governo “não trabalhamos com esta hipótese”, mas que caso as aulas não fossem retomadas ainda em 2020, o fato de muitas escolas não conseguirem dar conta de boa parte dos conteúdos causaria grande prejuízo aos estudantes e o próximo ano não seria o suficiente para concluir o que ficou faltando. 

“A continuidade do processo de aprendizagem, a manutenção do vínculo dos estudantes com a escola, são muito importantes não apenas do ponto de vista de aprendizagem, mas também do ponto de vista emocional do estudante, sob vários aspectos do desenvolvimento dele, porém a gente sabe, por ainda não ser possível, a gente ainda não deu esse passo (...) A gente não consegue cobrir todo o conteúdo de um ano letivo inteiro em apenas um ano de 2021. Então efetivamente a não retomada das atividades, não necessariamente para todos os estudantes e não todas as escolas, mas para muitos estudantes e muitas escolas escolas não retomar as atividades presenciais este ano vai trazer prejuízos enormes, porque o ano letivo de 2021 não vai ser suficiente para a gente poder dar conta disso”, afirmou Fred. 

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O Programa de Línguas e Informática (Prolinfo) da Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou o cronograma de retomada das aulas do semestre 2020.1, paralisado devido à pandemia de Covid-19. De acordo com a UPE, as aulas presenciais serão reiniciadas a partir do dia 3 de novembro com encerramento no dia 27 de fevereiro. Na modalidade remota, as atividades serão desenvolvidas de outubro a dezembro de 2020, com consulta prévia aos alunos a respeito da adesão ao modelo. 

“O PROLINFO consultará todos os alunos e respeitará a escolha que cada um deles fizer. Os que optarem por permanecer na modalidade presencial terão essa opção garantida também”, afirmou o coordenador do programa, Carlos Silva, à assessoria de imprensa da universidade. 

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Os estudantes que desejarem também poderão aderir ao modelo a distância, havendo inclusive previsão de abertura de um edital de matrícula para alunos novatos que desejem ingressar no Programa tendo aulas na modalidade remota. 

Atendimento

A partir desta terça-feira (1º), os atendimentos presenciais serão retomados na sede do Prolinfo, que fica localizada na Avenida Rui Barbosa, 1599, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Em Camaragibe e nas unidades do interior do Estado, o atendimento permanece remoto.

A princípio, serão recebidos pais, mães e/ou responsáveis de estudantes do PROLINFINHO e PROLINFORTEEN com uso obrigatório de máscara; higienização das mãos com álcool gel; distanciamento físico (1,5m); tapete sanitizante e aferição de temperatura sem contato. Haverá atendimento também através dos telefones (81) 3033.7384 e (81) 3033.7385. 

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O Governo de Pernambuco prorrogou, mais uma vez, a suspensão das aulas nas escolas públicas e privadas do Estado. Os detalhes foram anunciados na tarde desta segunda-feira (31), em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Agora, a nova suspensão das atividades presenciais segue até 15 de setembro.

A suspensão se mantém em virtude dos casos de Covid-19 no Estado. A decisão contraria o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), representante das escolas privadas, que defende a ideia de que as unidades de ensino estão preparadas para receber seus alunos, respeitando os devidos protocolos de segurança.

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No que diz respeito à Rede Estadual de Ensino, ela possui, atualmente, cerca de 580 mil alunos. Já o número de escolas passa de mil.

O Governo de Pernambuco anunciou, na tarde desta segunda-feira (31), a autorização para a retomada das aulas nas instituições de ensino superior. A retomada poderá ocorrer a partir do dia 8 de setembro e será opcional tanto para as instituições quanto para estudantes, que poderão decidir voltar ou não à sala de aula nesse primeiro momento.

A medida, no entanto, não vale para todo o Estado: serve apenas para as macrorregiões 1 (Região Metropolitana do Recife - RMR - e Zona da Mata) e 2 (Agreste). No Sertão, apenas a região de Petrolina será autorizada.

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O anúncio foi feito pelo secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, durante coletiva de imprensa. Segundo ele, a retomada será feita em um processo composto por quatro etapas, iniciando com a possibilidade de ter até 25% do total de alunos em sala de aula e avançando gradativamente até chegar à totalidade dos estudantes presencialmente a partir de 28 de setembro.

"Nesta fase, as instituições de ensino só poderão receber até 25% da sua capacidade, dando prioridade aos concluintes. No dia 14 de setembro, as faculdades e universidades poderão retomar as atividades com até 50% da capacidade de estudantes. O retorno às aulas presenciais deste segmento de ensino segue nos dias 21 e 28 de setembro, estando as instituições de ensino autorizadas a retomarem as atividades com 75% e 100% de sua capacidade, respectivamente", detalhou o Governo do Estado.

O secretário afirma, no entanto, que apesar da determinação dos percentuais máximos de alunos em sala de aula, as instituições de ensino terão que atender às regras do protocolo que já foi divulgado em relação às normas de higiene e distanciamento mínimo de 1,5m em sala de aula. Assim, segundo Fred, muitas instituições terão que adotar o rodízio de estudantes ou modelos híbridos de ensino para atender às orientações.

O secretário de Educação e Esportes explicou, ainda, que as instituições de ensino que optarem pelo retorno às atividades presenciais deverão definir as turmas e cursos que estarão incluídos nesse processo. De acordo com Fred Amancio, a Secretaria sugere que os alunos que estão perto de concluir seus cursos tenham prioridade.

“O Comitê de Enfrentamento à Covid-19, após análise dos números da pandemia em Pernambuco, autorizou o início da retomada das aulas presenciais nas instituições de Ensino Superior. Também foi levada em consideração a faixa etária destes estudantes, a grande maioria com mais de 18 anos. Mas, é importante ressaltar que este plano de retomada está diretamente ligado ao monitoramento do Comitê e, se necessário, este cronograma de evolução das etapas de retorno às atividades presenciais do Ensino Superior poderá ser reconsiderado, a partir dos dados da Covid-19”, avaliou Amancio, conforme informações da assessoria do Governo do Estado.

Enquanto os colégios de São Paulo continuam proibidos de oferecer classes presenciais, aulas de idiomas e esportes viraram atalhos para reabrir a escola. Atividades extracurriculares ganham espaço em colégios particulares e unidades voltadas para o contraturno, impulsionadas pela demanda de retomada da rotina escolar pelas famílias.

Como são cursos livres, ou seja, não fazem parte da educação regulamentar, as atividades estão permitidas pelo plano de reabertura econômica do governo paulista e também por regras municipais.

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Especialistas afirmam que o risco de infecção nessas atividades é mais baixo pelo menor número de alunos e tempo de permanência no local, mas destacam que há dúvidas sobre a capacidade de transmissão do vírus pelas crianças.

No início do mês, o Colégio Magno/Mágico de Oz, na zona sul, abriu as portas para cursos extras que já oferecia antes da pandemia. As atividades incluem berçário e pré-vestibular. Segundo o colégio, a decisão foi tomada após ouvir a comunidade escolar. O arranjo é possível, de acordo com a direção, porque cursos livres no colégio são realizados por outra empresa, ligada ao Magno.

"São abertos porque é um centro integrado de estudos que funciona dentro da escola", explica Cláudia Tricate, diretora pedagógica do Magno. No berçário, o tempo de permanência é de 45 minutos para atividades como musicalização e educação psicomotora. Já a sala de Inglês recebe até três crianças.

A oferta de cursos livres atende a uma dupla necessidade: por um lado, das famílias, que veem crianças ansiosas e estressadas. Por outro, das escolas, que podem ceder a infraestrutura do prédio a empresas responsáveis pelas atividades.

A Afterschool, na Vila Madalena, na zona oeste, já recebe até 20 crianças de 4 a 11 anos. A unidade, cadastrada para ensino de idiomas, música e arte, funciona como um contraturno bilíngue, com atividades em inglês e pertence aos mesmos donos de uma escola de educação infantil a 2 quilômetros, que está fechada.

Agora, passou a oferecer turmas em Português. Crianças com atividades escolares podem levar o computador e serão supervisionadas nas tarefas. "Há famílias que estão com anseio de voltar ou precisam voltar", diz Bruno Campos, diretor e fundador da Afterschool.

Donos de colégios particulares já avaliam juridicamente a possibilidade de abertura com cursos livres. "Minha escolha é por retomar as atividades", disse a mantenedora de uma escola de educação infantil na zona sul, que perdeu 40% das receitas e pretende abrir em setembro para cursos livres.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) tem consultoria jurídica para esse modelo de abertura. Segundo Ademar Batista, da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), essa oferta tem crescido em todo o País. Com receio de fiscalização, diz, "as empresas estão fazendo sem alarde".

A Fenep entende que mesmo cursos livres oferecidos pelas escolas (e não por terceirizadas) podem funcionar. Já para Benjamin Ribeiro, do Sieeesp, as escolas precisam de cadastro específico para ofertar esses cursos.

Procura

Pais que optam por matricular os filhos nessas atividades relatam exaustão e prejuízos ao desenvolvimento pela longa quarentena com as crianças. "Estava há 150 dias trancada em casa e não dava mais para suportar", diz Millena Onesti, mãe de Caio, de 6 anos, e Maia, de 4. As crianças continuam matriculadas na escola, mas não se adaptaram bem às classes online e a mãe procurou aulas particulares e espaços que atendessem presencialmente. "Descobri uma escola de Kumon para ter outra atividade de raciocínio", diz Millena. Cerca de 60% das unidades do Kumon da capital, voltado para a resolução de questões de Matemática, Inglês e Português, já têm aulas presenciais. "Aqui tem procura por pessoas de outros bairros. Os pais sentem falta da rotina", diz Zilda Celidonio, orientadora de uma unidade em Pinheiros, na zona oeste. Todos que entram têm a temperatura aferida, as salas não recebem mais do que cinco crianças e o contato dos alunos com os orientadores foi reduzido.

Cautela

A liberação para os cursos livres é vista com cuidado por educadores e médicos. Por um lado, existe a necessidade dos pais e das crianças, cansadas do confinamento. Além do fato de a exposição ao risco ser menor do que se elas estivessem em aulas regulares. Por outro, há questionamentos se as atividades podem piorar a pandemia, com crianças assintomáticas contaminando pais e professores.

"Há demanda por essas atividades, tanto pelos pais, que precisam trabalhar, quanto pela exaustão que se criou entre as crianças", diz Silvia Colello, educadora da Universidade de São Paulo (USP). "A criança que sai para fazer atividade física tem a possibilidade de descarregar energias, relaxar. Mas temos de assumir que é uma exposição e tem um risco - atenuado pelo número menor de alunos. Mas estranho pelo fato de não ser atividade essencial."

Já na opinião do infectologista Carlos Magno Fortaleza, do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, do governo estadual, chegou-se à conclusão de que os cursos livres oferecem menos riscos e permitem que se faça preparação para a abertura das escolas, por reunirem menos pessoas e por período menor de tempo. "Uma coisa é uma escola abrir em momentos isolados para aula de Inglês. É bem diferente de lotar de alunos o tempo inteiro. Pode haver contradições em termos educacionais, mas não em termos epidemiológicos."

Já o plano de abrir escolas para reforço em setembro, apresentado pelo governador João Doria, não se diferencia dos cursos livres do ponto de vista epidemiológico, segundo Fortaleza. "Fala de começo com só 20% da ocupação das classes e revezamento de horários. É uma proposta sutil e pensada para não prejudicar demais as crianças no momento em que os pais voltam a trabalhar."

Professor da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, Domingos Alves, por sua vez, acredita que a abertura dessas atividades com crianças pode aumentar as infecções, em cenário que ainda é de alta taxa de contaminados. "Todas as evidências das experiências praticadas em nível internacional mostram que o retorno a essas atividades com o número de casos ainda aumentando é um desastre para a saúde pública." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Pará, por meio de decreto, autorizou a retomada das aulas em escolas públicas e privadas a partir de 1º de setembro, nos municípios que estejam em bandeira amarela, verde e azul (Zonas 03, 04 e 05). A decisão contraria nota técnica emitida na terça-feira (18) pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT), considerando precipitada a volta às atividades presenciais nas escolas em razão dos riscos à saúde de crianças, adolescentes, professores e demais profissionais da educação diante da pandemia de covid-19.

Pelo decreto governamental, o retorno às aulas será gradual, com respeito às medidas de distanciamento e aos protocolos de segurança apresentados pelo Comitê Técnico Assessor de Respostas Rápidas à Emergência em Vigilância em Saúde Referentes ao Novo Coronavírus (Ncov), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Segundo o Decreto Estadual 800/2020, publicado com atualização na noite de quinta-feira (27), em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), as salas de aula deverão ser adequadas aos protocolos de segurança para evitar riscos de contágio.

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A retomada das atividades presenciais alcança os ensinos Infantil, Fundamental, Médio e Superior, mas não é obrigatória, informa o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer, em entrevista à Agência Pará, plataforma de comunicação oficial do governo. “As instituições que optarem pelo retorno das aulas deverão, obrigatoriamente, oferecer também a opção de ensino remoto aos alunos”, explicou o procurador.

O retorno das aulas presenciais, segundo o protocolo de segurança, que será disponibilizado no site específico da Covid-19, deverá obedecer a critérios rigorosos de prevenção e higiene. Na primeira semana de retomada nas instituições, para os Ensinos Infantil e Fundamental, deve ser permitido o retorno de apenas 25% da capacidade física estrutural das salas de aula, já respeitando o distanciamento de 1 metro entre as carteiras. Na segunda, terceira e quarta semanas, o retorno deverá ser gradual, permitindo os quantitativos de 50%, 75% e 100%, respectivamente, sempre levando em consideração o distanciamento obrigatório.

Para os ensinos Médio e Superior, fica autorizado o retorno na primeira semana de 50% da capacidade física das salas de aula, respeitando o distanciamento. Este quantitativo poderá variar na terceira e na quinta semanas, flexibilizando o retorno para 75% e 100%, respectivamente.

Nos estabelecimentos onde há turmas de todas as idades, a recomendação é que a retomada seja iniciada pelos alunos dos ensinos Médio e Infantil, gradativamente, iniciando com a capacidade máxima de 25% das salas de aula na primeira semana. O retorno do Ensino Fundamental iniciaria a partir da segunda semana, também de forma gradativa (50% para Infantil e Médio, e 25% para o Fundamental). Todas as turmas só poderão retornar com a mesma capacidade (75%), a partir da terceira semana.

Segundo o documento elaborado pelo Comitê Técnico, o retorno das atividades deve ser optativo, cabendo aos responsáveis pelo aluno a escolha para o retorno ou não às aulas, já que as instituições ficam obrigadas a manter o ensino remoto aos alunos.

Além disso, ficam proibidas a remoção e a adição de carteiras nas salas de aula, assim como serão obrigatórios o distanciamento social e a utilização de máscara por alunos e funcionários.

O aluno deverá levar seu copo para a escola e os bebedouros de pressão deverão estar lacrados. A higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel deve ser feita ao entrar nas escolas, após a utilização de banheiros, e antes e depois do lanche.

Alunos e funcionários de grupos de risco poderão retornar às atividades presenciais seguindo todos os protocolos de segurança para minimizar o risco de transmissão. A recomendação é que as instituições fiquem atentas a estes grupos na realização rígida da higiene das mãos e com o distanciamento social de, pelo menos, 2 metros de outras pessoas.

Todas as instituições devem, obrigatoriamente, ofertar uma sala específica para o atendimento de alunos que tiverem contato com paciente de Covid-19 ou com sintomas suspeitos, ou que apresentarem sintomas suspeitos quando estiver em ambiente escolar. Nesta sala, o aluno aguardará o responsável ir buscá-lo, o qual assinará um termo de que está ciente sobre os sintomas do aluno.

A unidade deverá notificar o caso à Sespa e fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários aos funcionários que irão atuar no ambiente.

Com informações da Agência Pará.

 

As aulas para o curso de capacitação empreendedora do Programa Gerdau Transforma, que seriam realizadas entre  31 de agosto a 4 de setembro, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foram adiadas para o período de 21 a 25 de setembro, de acordo com informações da assessoria. 

 As inscrições podem ser feitas gratuitamente pela internet. São 9 mil vagas para as regiões de Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Do total de oportunidades, 600 são destinadas para os estados  de Pernambuco e Ceará, para candidatos dos municípios do Recife e Maracanaú.

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Podem se inscrever jovens que tenham entre 18 a 29 anos e que estejam matriculados ou tenham frequentado escola pública. Além disso, também precisam possuir ideia de negócios e viver em zonas periféricas. Os participantes irão receber certificado digital. O Programa é uma iniciativa da Gerdau Transforma, em parceria com a Agência de Fomento Social (Besouro).

Para o presidente do Instituto Besouro e criador do By Necessity, Vinicius Mendes Lima, a parceria com a Gerdau é importante para incentivar a juventude, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. “O objetivo do programa é mostrar aos jovens brasileiros, mexicanos e peruanos que eles são criativos e capazes de empreender, mesmo em tempos de pandemia. Ser empreendedor é acreditar em si e que é possível mudar a comunidade e, quem sabe, o mundo”, afirma.

O curso será transmitido por meio do YouTube durante um período de cinco dias.  O link de acesso será passado após confirmar a inscrição. Serão três horas de aulas diárias e os horários ainda serão definidos. Ao final do curso o aluno terá acesso a um modelo de negócio pronto, com baixo ou zero investimento inicial.

A Gerdau ressaltou que “a capacitação apoia jovens e pequenos empreendedores a ingressar no mercado de trabalho por intermédio do empoderamento e fortalecimento individual. Além de ensinar as bases para começar uma empresa, como abertura de CNPJ, definição do público-alvo, noções de lucro, investimento e fluxo de caixa. Ao todo, são 10 etapas de ensino para que o aluno finalize o curso com o plano do futuro negócio nas mãos”, de acordo com informações da assessoria.

Sindicatos que representam profissionais da área de educação do Distrito Federal chegaram a um acordo sobre a volta às aulas com o Ministério Público do Trabalho. Em uma iniciativa inédita do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, a videoconferência realizada na segunda-feira (24) - mediada pelo desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran - durou mais de 8 horas e definiu os critérios necessários para a retomada do aprendizado.

Segundo o acordo, alunos de educação infantil e do ensino fundamental 1 poderão retornar às classes no dia 21 de setembro. Para os professores, a data marcada é entre os dias 17 e 18 de setembro, já que deverão fazer treinamentos de adaptação para o retorno. Esse calendário também se aplica a creches particulares.

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Alunos do ensino fundamental 2 serão recebidos nas escolas no dia 19 de outubro, com cursos de adaptação marcados para 14 a 16 do mesmo mês. Ensino médio e ensino profissionalizante serão retomados no dia 26 de outubro, com cursos de adaptação na semana anterior: nos dias 22 e 23.

Medidas de proteção

Entre as medidas acordadas, equipamentos de proteção individual (EPIs) deverão ser utilizados durante todo o período de permanência na escola, informa a decisão. Luvas, protetores faciais e jalecos serão indispensáveis para os professores e trabalhadores.

Para aqueles que trabalham com alimentação das crianças e adolescentes, gorros e aventais também são necessários. Todos os cuidados se estendem aos profissionais de limpeza, que deverão usar todo aparato de proteção durante a jornada.

Foi acordado, ainda, o limite máximo de 50% do contingente de alunos por sala de aula, com distanciamento físico de 1,5 metro. Todos os profissionais e alunos que forem diagnosticados como positivos para covid-19 deverão ter afastamento imediato.

Para validar o acordo, o Governo do Distrito Federal deve se manifestar favoravelmente, aceitando os termos negociados. O desembargador não definiu valor de multa para o descumprimento das cláusulas.

Nesta terça-feira (25), a Aliança Francesa promoverá aulas experimentais gratuitas de francês para aqueles que têm interesse em conhecer o idioma. Os encontros virtuais serão realizados entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro. Para participar é necessário fazer inscrições através do e-mail recepcaoderby@af.rec.br.

Segundo a escola, o primeiro momento marcado para próxima quinta-feira (27), às 18h, enquanto no dia 11 de setembro o evento será realizado às 11h. Ainda de acordo com a Aliança Francesa Recife, em setembro haverá abertura de novas turmas para níveis Débutant I, Intermédiaire II e preparatório para o Delf – prova que certifica a proficiência na língua francesa. 

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Seguindo o cronograma, iniciantes no curso Débutant I, estarão com turmas a partir do dia 4 de setembro, com término no dia 18 de dezembro, das 14h às 16h30, e também às terças-feiras e quintas-feiras, das 19h às 21h, com início em 17 de setembro até 26 de novembro. 

Já as turmas intermediárias terão início no dia 17 de setembro até o dia 17 de dezembro, com aulas nas terças-feiras e quintas-feiras, das 19h às 21h. O curso de preparação para certificação de proficiência, terá turmas a partir de 23 de setembro a 28 de outubro, nas segundas-feiras e quartas-feiras, das 18h30 às 20h30.

É importante ressaltar que todas as aulas serão transmitidas através da plataforma Zoom, seguindo com as medidas de prevenção ao coronavírus. Desta forma, os alunos poderão interagir nas aulas, além de acessar os materiais didáticos e demais recursos durante a aula. Mais informações podem ser obtidas pelo número: (81) 99429-3622.

A Abertura do Semestre Letivo Suplementar 2020.3 da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é realizada nesta segunda-feira (24), em evento que vai contar com a participação do reitor Alfredo Gomes e do vice-reitor, Moacyr Araújo. O período letivo será aplicado por meio de aplicativos. 

A programação poderá ser acompanhada pelo canal da UFPE no YouTube em três momentos: a primeira será às 9h, para os estudantes do Campus Recife; às 11h, para os do Centro Acadêmico do Agreste (CAA); e às 14h, para os estudantes do Centro Acadêmico de Vitória (CAV). Ao total, 25.085 alunos e 1.906 docentes da UFPE irão encarar a volta às aulas de forma on-line, em decorrência da pandemia da Covid-19. 

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De acordo com a UFPE, embora o novo momento exija mais versatilidade e resiliência, as dicas de alguns especialistas para enfrentar a situação não diferem muito dos conselhos para quaisquer modalidades de aulas. “Aos/as alunos/as eu recomendo que se sintam à vontade para instrumentalizar os/as professores/as a fim de alcançar seus propósitos acadêmicos”, afirma o professor Luciano Meira, do Departamento de Psicologia da Universidade. O docente vai oferecer neste semestre extra a disciplina eletiva Psicologia e Inovação, no âmbito da atividade de Projeto de Desenvolvimento (Projetão), que se conecta com o Centro de Informática (CIn) e o Departamento de Design, do Centro de Artes e Comunicação (CAC).

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O Governo do Amazonas adiou a volta de 100 mil estudantes do ensino fundamental às aulas presenciais, que estava prevista para a próxima segunda-feira (24). O anúncio foi divulgado na noite desta sexta-feira (21). A previsão é de que a retomada ocorra nos próximos 14 dias.

Em comunicado, o secretário de Estado de Educação em exercício, Luis Fabian Barbosa, informou que 60% das escolas já estão preparadas para o reinício das aulas, entretanto há dificuldades para adequar as demais.

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"Temos encontrado alguma dificuldade com a disponibilidade de insumos para a adequação da estrutura física dos outros 40% das escolas. Em razão disso, nós precisamos adiar o reinício das atividades para salvaguardar o bem maior, que é a segurança e o bem-estar de alunos e trabalhadores da educação", disse.

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) afirmou que a retomada ocorrerá somente quando as 107 unidades de ensino estiverem com todos os protocolos de saúde implantados e a testagem em massa nos cinco mil profissionais da educação ter atingido o maior número de servidores possíveis.

As aulas no ensino médio, que começaram no último dia 10 de agosto, seguem normalmente, pois as escolas já foram validadas pela FVS-AM.

Profissionais da educação vão paralisar

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Sinteam) farão uma paralisação de advertência nas próximas segunda, 24, e terça-feira, 25.

Segundo o Sinteam, das 123 unidades de ensino que retornaram com aulas presenciais, 48 já apresentaram casos confirmados de covid-19 entre professores, pedagogos, merendeiros, secretários e gestores. Os profissionais têm enviado exames, receitas médicas e atestados para comprovar a alegação.

"O governo precisa voltar atrás ou prefere se responsabilizar por uma segunda onda e lotar os hospitais e até os cemitérios?", afirmou a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, em comunicado à imprensa.

Até esta sexta-feira, 21, a FVS-AM confirmou 114.792 casos do novo coronavírus no Amazonas. Destes, 40.460 são de Manaus (35,25%) e 74.332 do interior do Estado (64,75).

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está disponibilizando 1.113 vagas em cursos gratuitos através do Programa Senac de Gratuidade. As qualificações são nas áreas de artes, beleza, gastronomia, gestão, idiomas, tecnologia e vendas, com duração de 15 a 300 horas.

Ao todo, são 30 cursos que poderão ser ministrados de forma presencial, híbrida ou totalmente remota, a depender da qualificação escolhida. Para participar, os interessados deverão atender alguns requisitos exigidos no edital de cada curso, bem como possuir renda familiar de até dois salários mínimos por pessoa.

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Em entrevista ao comunicador Geraldo Freire nesta quinta-feira (20), na Rádio Jornal, o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, admitiu que ainda não é o momento de retomar as atividades presenciais nas escolas do Estado. Mesmo preocupado com os impactos da pandemia do novo coronavírus, a exemplo dos riscos de evasão escolar, Amancio segue aguardando as orientações dos órgãos competentes; em Pernambuco, as aulas da educação básica seguem suspensas até o dia 31 deste mês, nas escolas públicas e privadas.

“É o momento de voltar? Não, não é o momento. Quando vai ser esse momento? Quando as autoridades de saúde entenderem que os números da pandemia melhoraram no Estado”, disse o secretário a Geraldo Freire. O gestor educacional revelou, no entanto, sua preocupação com pessoas que defendem um retorno das escolas apenas em 2021. “Alguns prejuízos poderão perdurar pelo resto da vida”, alertou Amancio.

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Na visão do secretário, o retorno das escolas de Pernambuco precisa ser gradual e, até mesmo, em formato de rodízio. Fred Amancio adiantou que os alunos do terceiro ano do ensino médio devem voltar às aulas primeiro, uma vez que 2020 é o último ano deles na escola, bem como como são os mais velhos entre os estudantes.

Pernambuco tem cerca de 580 mil alunos na rede estadual de ensino. No que diz respeito ao impactos do novo coronavírus, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o Estado contabiliza 116.359 casos de Covid-19, enquanto que o número de mortes passa de 7,3 mil.

O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a gestão João Doria (PSDB) planeja a realização de inquéritos sorológicos para identificar anticorpos para a Covid-19 em professores, funcionários e estudantes de escolas de diferentes regiões do Estado de São Paulo. Segundo ele, os resultados poderão implicar em "estratégias adicionais" nas escolas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

"Nós já estamos desenhando junto com o secretário Rossieli (Soares, da Educação), no sentido de nós podermos também efetuar testagem tanto em profissionais da área da educação, sejam professores, educadores, administrativo, como naquelas crianças. Para que a gente possa estabelecer, para uma das regiões, qual é uma estratégia adicional para aquelas medidas sanitárias bastante rígidas que estão sendo adotadas em cada aparelho institucional", disse em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na qual foi anunciada ampliação do horário de funcionamento de comércios e serviços.

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Gorinchteyn não comentou se a testagem abrangeria apenas a rede estadual. Na cidade de São Paulo, a prefeitura realizou um inquérito sorológico com 6 mil crianças e adolescentes da rede municipal, o qual atestou que 64% dos casos foram assintomáticos. O resultado motivou a gestão Bruno Covas (PSDB) a vetar a reabertura de escolas das redes pública e privada para atividades de reforço em setembro. A retomada em outubro ainda é avaliada.

Um decreto que será publicado na quinta-feira, 20, trará detalhes sobre os protocolos de reabertura das escolas em setembro para atividades de reforço. O secretário da Educação, Rossieli Soares, destacou que os critérios deverão ser adotados pelas prefeituras, que poderão exigir normas ainda mais restritivas.

A reabertura de escolas é permitida a partir de 8 de setembro nas regiões que estão na fase amarela há mais de 28 dias. O retorno é opcional e decidido pelas prefeituras. Essa retomada é focada em atividades de acolhimento, recuperação, atividades físicas, tutoria e aulas em laboratório, enquanto a data oficial de retorno é 7 de outubro. O funcionamento está condicionado ao cumprimento de protocolos sanitários.

Voluntários que receberam segunda dose de vacina chinesa não tiveram efeitos colaterais, diz secretário. Gorinchteyn também comentou sobre a continuidade dos testes da fase 3 da vacina CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e que está em testagem no Brasil em parceria com o Instituto Butantã. "Vários (voluntários) já receberam a segunda dose da vacina sem que efeitos colaterais impedissem a continuidade do estudo, reforçando ainda mais a segurança da vacina, que já era evidenciada nos estudos clínicos da fase 2."

O Estado de São Paulo tem 27.591 óbitos e 721.377 casos confirmados do novo coronavírus. A ocupação de UTIs é de 57,2%, taxa que é de 55,2% na Grande São Paulo. Ao todo, são 5.285 internados em leitos de terapia intensiva por causa da Covid-19. A projeção do Governo do Estado é que o número de casos chegue a até 970 mil neste mês, enquanto o de mortes alcancerá até 36 mil.

Na coletiva, o secretário comentou, ainda, que alguns hospitais da cidade começaram a permitir a visita a pacientes com Covid-19. Segundo ele, os procedimentos estão seguindo normas técnicas de segurança sanitária, como o uso de EPIs. Não são permitidos, contudo, visitantes idosos, crianças ou que sejam portadores de doenças crônicas. "Isso visa trazer uma humanização, uma atenção", disse.

O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), decidiu, nesta quarta-feira (19), suspender o retorno das aulas em escolas públicas por tempo indeterminado. A previsão era de volta às salas a partir 31 de agosto.

O recuo ocorre para evitar a aceleração da contaminação pela Covid-19. A informação foi antecipada pelo site Metrópoles e confirmada pelo governo local ao Estadão.

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Há 140.170 casos acumulados e 2.097 mortos pela covid-19 na capital federal, segundo boletim de terça-feira, 18, do Ministério da Saúde. O último boletim de análises semanais sobre o avanço da covid-19 da pasta, publicado em 12 de agosto, aponta estabilização das mortes no Distrito Federal. A região, no entanto, ainda bate os próprios recordes. Na terça-feira, 17, foram registradas 66 mortes, maior número confirmado em um dia.

Em 29 de junho, Ibaneis disse ao Estadão que o Distrito Federal abriria bares, restaurantes, escolas e outras atividades, "sem restrições", até o começo de agosto. À época havia 47.701 casos e 559 mortos pela doença. Na mesma entrevista, que antecedeu a retomada de atividades em pleno avanço da doença, o governador minimizou o impacto sobre os serviços de saúde: "Vai lotar nada. Vai ser tratado como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início".

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), também recuou, na terça-feira, 17, e adiou o retorno das aulas presenciais em escolas públicas e privadas na capital paulista, prevista para 8 de setembro. Não há nova data definida para esta retomada.

No Distrito Federal, as aulas em colégios privados estão suspensa por decisão da Justiça. O governo local havia autorizado o retorno a partir do dia 27 de julho.

Uma nota técnica emitida nesta terça-feira (18) pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) avalia como precipitada a atitude do gestor estadual e dos gestores municipais de retornar às atividades presenciais nas escolas públicas e privadas em razão dos riscos à saúde de crianças, adolescentes, professores e demais profissionais da educação diante da pandemia de covid-19.

MPPA, MPF e MPT acompanham o processo de reorganização do calendário escolar tanto na capital quanto no interior e defendem a construção de um planejamento com a participação da sociedade, sem se descuidar do grave e excepcional momento vivenciado.

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A nota destaca a responsabilidade do poder público na retomada das atividades escolares e diz que as decisões estatais devem estar baseadas em critérios técnicos. “A decisão estatal deve estar baseada em fundamentos técnico-científicos e respeitar os princípios da prevenção e precaução, em especial com observância às normas e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na dúvida, não se deve expor a risco a saúde das pessoas, em especial, no caso concreto, de alunos, professores e seus familiares”, afirma a nota.

Diz ainda a nota técnica que a capacidade de detecção e gerenciamento de novos casos pelo Sistema de Vigilância em Saúde Pública, um dos critérios previsto pela OMS, deve ser demonstrado pelo gestor público como pressuposto para reabertura segura das atividades. Porém, dados os números de subnotificações, visíveis nos boletins epidemiológicos do Estado, o que se observa é que os casos dificilmente são detectados e acompanhados a tempo.

“Há muito mais mortes pela Covid-19 e casos no dia de hoje ou ‘na última semana’ do que parecem revelar os dados oficiais, haja vista a demora na testagem e na divulgação de seus resultados. Isso significa que qualquer análise feita apenas com dados dos últimos dias está sujeita a altíssimo grau de erro”, destaca o texto da nota.

Outro alerta feito pelos MPs, com base em critério da OMS, é que para a reabertura segura das escolas os gestores devem, no mínimo, demonstrar que o sistema de saúde é capaz de absorver a demanda projetada. “Dessa forma, torna-se salutar a demonstração do planejamento de aumento e melhor distribuição de leitos clínicos pediátricos e de UTI, uma vez que, no site da Secretaria de Saúde do Estado do Pará, constam apenas 28 leitos clínicos e outros 25 de UTI com destinação pediátrica e exclusivos para Covid-19 para todo o Estado.”

Outro ponto que deve ser garantido pelo poder público previamente à retomada das atividades escolares presenciais é que as escolas efetivamente possuam a estrutura necessária para cumprir, na prática, os protocolos sanitários criados para segurança dos alunos, pais, professores e demais funcionários.

No caso da educação infantil, também é necessário levar em consideração a dificuldade especial de engajamento e controle das medidas sanitárias e de distanciamento social em sala de aula com alunos dessa faixa etária.

Para o MPPA, MPF e MPT, “sem a segurança demonstrada por parecer específico das autoridades sanitárias (que estarão assumindo solidariamente a responsabilidade pela medida) não se pode autorizar a retomada de atividades escolares presenciais, principalmente de crianças de tenra idade, notadamente diante de novas doenças que estão sendo reportadas e associadas a complicações da Covid-19”.

A “nova doença” à qual a nota se refere é a SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica), uma doença rara e que pode levar à morte e vem sendo monitorada pelo Ministério da Saúde a fim de compreender melhor sua relação com o novo coronavírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, em seu último boletim, o país já registrou 117 casos de SIM-P, com nove óbitos de crianças e adolescentes, sendo, pelo menos, 2duasmortes no Estado do Pará. Entre os sintomas da doença estão pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor no abdômen, náuseas, vômitos e problemas respiratórios. O Pará já registra 18 casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P).

A nota conclui que, “caso o poder público autorize, sem fundamento técnico científico e sem respeito aos princípios da precaução e prevenção, a realização de atividades escolares presenciais, deverá responder administrativa, civil e criminalmente, pelos eventuais danos causados.”

Informações das assessorias dos MPs.

O inquérito sorológico realizado pela Prefeitura de São Paulo com 6 mil estudantes entre 4 e 14 anos da rede municipal apontou que 16,1% têm anticorpos para o novo coronavírus. Do total, 64,4% são assintomáticos para a Covid-19, dado que preocupa a gestão pela possibilidade de disseminação.

O levantamento motivou o prefeito Bruno Covas (PSDB) a descartar um retorno em setembro em todas as redes de ensino, mesmo com liberação do governo estadual, por identificar as crianças e adolescentes sem sintomas como potenciais disseminadores da doença. A volta às aulas em outubro ainda será avaliada a partir de dados de outros três inquéritos, que incluirão também alunos de instituições privadas e estaduais e informações de contaminação dentro das mesmas famílias.

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"O retorno às aulas dessas crianças seria temerário em uma momento desses, que estamos controlando a doença em São Paulo", disse Covas durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 18. "Nesse momento, a volta às aulas representaria, pelo o que pensa a Secretaria da Saúde, a Vigilância Sanitária, um grande vetor de contaminação, ampliação e disseminação da doença na cidade."

Para o prefeito, medidas para evitar a contaminação são mais difíceis de terem sucesso no ambiente escolar. "É muito mais complicado manter o distanciamento dentro da sala de aula, da escola, do que em bares, restaurantes, supermercados, lojas, estabelecimentos já autorizados para o retorno."

Outro dado que preocupa a Prefeitura é a estimativa que 25,9% dos alunos da rede municipal moram com pessoas acima dos 60 anos, grupo de risco da covid-19. "Estamos falando de 250 mil crianças que moram muito provavelmente com avôs, avós, tios e tias com mais de 60 anos e, portanto, podem agravar disseminação da doença nessa faixa etária da população, que é a que tem o risco de maior vulnerabilidade", ressaltou Covas. "Retomar as aulas nesse momento, para a Prefeitura de São Paulo, significaria a ampliação do número de casos, a ampliação - em consequência - do número de internações e do número de óbitos."

O prefeito exemplificou que seria pouco eficaz fazer medição de temperatura na porta das escolas, pois a maioria dos casos são assintomáticos. "Não vai apresentar que está febril, não vai mostrar que está com febre, mas vai estar contaminada, às vezes com a mesma carga viral de um adulto", afirmou. "Portanto, algumas medidas de restrição não serão aplicáveis, já que dois terços é de assintomáticos, um número maior do que mostra o inquérito sorológico da população como um todo (de 42,5% em pessoas com 18 anos ou mais)."

O inquérito colheu amostras de sangue venoso (com extração de soro) de 2 mil alunos do ensino infantil, 2 mil do ensino fundamental I e outros 2 mil do ensino fundamental II, todos escolhidos de forma aleatória. O procedimento ocorreu entre 6 e 10 de agosto. Ao todo, a rede municipal tem 675.922 matriculados entre 4 e 14 anos.

Pela margem de erro, a prevalência varia entre 14,7% e 17,5%. Na divisão por etapas de ensino, houve pequena variação: 16,5% entre alunos de 4 e 5 anos, 16,2% entre aqueles de 6 a 10 anos e 15,4% para os de 11 a 14 anos. "Os pais saíram para trabalhar, voltam do trabalho, passam a contaminação para as crianças, que são assintomáticas e colocam em risco os idosos com quem convivem nas casas", apontou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Como apontado nos inquéritos com adultos, a doença atingiu mais alunos pretos e pardos (17,8%) do que brancos (13,7%). Do total de crianças e adolescentes ouvidos, 74,1% fizeram distanciamento total, enquanto 24,1% praticaram parcialmente e 1,8% não realizou. Além disso, 76,7% utilizam "sempre" máscaras em local público, 14,1% usam "a maioria das vezes", 5,7% usam "de vez em quando", 1,5% não utiliza e 2,1% não frequenta espaço público.

"Esses dois dados são muito importantes porque mostram que, mesmo com a adesão ao distanciamento e a adesão ao uso das máscaras, nós tivemos um contingente bastante expressivo de crianças que tiveram o vírus e se mostraram assintomáticas", destacou o secretário.

Esse foi o quinto inquérito sorológico divulgado pela gestão municipal. Os demais foram focados na população adulta. O último, divulgado em 13 de agosto, apontou que 10,9% da população maior de 18 anos tinha anticorpos para o novo coronavírus.

Governo de SP permite reabertura em setembro, mas decisão é das prefeituras

A reabertura de escolas está permitida pelo governo estadual para a partir de 8 de setembro nas regiões que estão em fase amarela há mais de 28 dias, caso da cidade de São Paulo. Durante o anúncio da medida, o governador João Doria (PSDB) chegou a ressaltar que o retorno é opcional e decidido pelas prefeituras.

A retomada em setembro é focada em atividades de acolhimento, recuperação, atividades físicas, tutoria e aulas em laboratório, enquanto a data oficial de retorno é 7 de outubro. O funcionamento está condicionado ao cumprimento de protocolos sanitários.

Segundo Covas, a Secretaria Municipal de Educação anunciará novas medidas nesta semana para atender as crianças da rede municipal com atividades à distância nas próximas semanas.

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