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Chegaram no Supremo Tribunal Federal (STF), nas últimas semanas, duas ações de inconstitucionalidade sobre as novas diretrizes do Conselho Federal de Psicologia que proíbem atendimentos associados a crenças religiosas.

A resolução, publicada em abril, reforça o caráter laico da profissão. Veja alguns pontos vedados:

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- Induzir a crenças religiosas ou a qualquer tipo de preconceito, no exercício profissional;

- Usar o título de psicóloga ou psicólogo associado a vertentes religiosas;

- Associar conceitos, métodos e técnicas da psicologia a crenças religiosas;

- Usar, como forma de publicidade e propaganda, suas crenças religiosas.

As ações foram distribuídos ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ele não pretende decidir individualmente e está decidido a levar o caso para julgamento direto no plenário.

Os processos devem ser analisadas em conjunto, mas não há uma data prevista para o julgamento. As ações só serão liberadas para inclusão na pauta depois que o Conselho Federal de Psicologia enviar suas justificativas e a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República concluírem seus pareceres.

Com as manifestações em mãos, Moraes decidirá quando liberar os processos para julgamento e a Presidência do STF poderá marcar uma data. Não há prazo para esses andamentos, o que significa que o tempo corre a favor do Conselho Federal de Psicologia, já que por enquanto não há risco de Moraes derrubar monocraticamente a resolução.

A primeira ação é movida em conjunto pelo Partido Novo e pelo Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR). Eles afirmam que a resolução restringe a liberdade de crença e pedem que o STF declare o texto inconstitucional.

"A crença em determinada religião ou a consciência religiosa de um indivíduo não apenas estão ligadas a essência de seu ser, seus afetos mais profundos, como necessariamente se manifestam na vida desse indivíduo como um todo", argumentam.

O PDT também entrou com ação, mas em sentido contrário. O partido pede que o Supremo Tribunal Federal declare válida e resolução. O argumento é que a espiritualidade não pode ser usada para 'desvirtuar os standards da psicologia'.

"Mesmo respeitando a espiritualidade de cada profissional, o campo de incidência e a autonomia dos profissionais de psicanálise devem ficar muito bem distintos de imposições religiosas", diz um trecho da ação. "Tal desenlaçamento não implica proibição, vedação ou perseguição ao exercício da fé e da crença, seja tanto em seu aspecto intimista como em manifestações coletivas."

O partido afirma ainda que Novo e IBDR buscam, por 'vias transversas', garantir a promoção de terapias de conversão sexual, popularmente conhecidas como 'cura gay', 'através de inseminação de conteúdo religioso em detrimento da técnica e da ciência inerente à profissão'. O STF já reconheceu que qualquer prática terapêutica que considere a homossexualidade como um 'desvio' é ilegal.

A resolução foi aprovada por unanimidade, em dezembro de 2022, por uma assembleia formada pelo Conselho Federal de Psicologia e pelos 24 conselhos regionais. O texto foi publicado em 6 de abril de 2023, quando começou a valer.

A versão final foi construída a partir de sugestões de pesquisadores e do grupo de trabalho criado em 2014 para debater o tema. O Código de Ética da Psicologia já trazia diretrizes semelhantes, entre elas a proibição de 'induzir' convicções morais, ideológicas e religiosas aos pacientes.

"A resolução orienta que psicólogas e psicólogos devem atuar segundo os princípios éticos da profissão, pautando seus serviços com base no respeito à singularidade e à diversidade de pensamentos, crenças e convicções dos indivíduos e grupos, de forma a considerar o caráter laico do Estado e da Psicologia como ciência e profissão", justificou o Conselho Federal de Psicologia ao publicar a resolução.

A Universidade Federal de Pernambuco apresentou a nova edição das diretrizes de retomada das atividades presencias na instituição, no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Também foi divulgada a nova plataforma UFPE Saúde Digital, que tem como objetivo auxiliar a comunidade acadêmica no enfrentamento da Covid-19 com apoio da tecnologia. 

As novas diretrizes foram abordadas no seminário “Experiências e desafios no enfrentamento a emergências em saúde pública: o que aprendemos e temos a ensinar?”, que trouxe uma análise do papel das instituições com as ações na pesquisa, ensino, extensão e administração remotos num panorama de cortes do orçamento e negacionismo. 

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“Precisamos de mensagens claras com informações claras, comprometidas com o processo de preservação da vida. E, em função dessa articulação, nossa estratégia passou por se reorganizar em diálogo profundo com a comunidade. Fizemos inúmeras reuniões com as representações de estudantes e mantivemos conversas amplas e sistemáticas com o corpo docente e também com o pessoal técnico administrativo, para pensarmos coletivamente uma perspectiva de construção de alternativas em face desse processo”, explicou o reitor Alfredo Gomes.  

O documento, apresentado pelo integrante do GT Covid-19 da UFPE, Breno Caldas, traz o plano geral de retomada das atividades e as diretrizes institucionais adotadas pela UFPE durante a pandemia. A elaboração foi feita a partir de um trabalho conjunto realizado pelo GT Covid-19, entidades representativas da UFPE e pelas unidades internas da instituição. 

“Esses dois produtos que nós estamos aqui olhando, atualizando um [diretrizes] e lançando o outro [plataforma], de fato, são produtos que foram construídos da melhor forma possível: coletivamente’’, afirmou o vice-reitor Moacyr Araújo, que também coordena o GT Covid-19 da UFPE. Ele ressaltou a importância do documento e da plataforma para avançar no enfrentamento da pandemia, em apoio ao bem estar da comunidade e proteção da saúde.  

UFPE Saúde Digital 

A plataforma traz orientações e faz o monitoramento de sintomas da covid-19. Também permite divulgar canais e rede com profissionais de saúde, inclusive via canal de teleorientação.  

“Ela [a plataforma] tem recursos relacionados à questão do ‘mobile’, do uso do celular, mas também anexa toda a característica de informação e armazenamento de informação dentro dos nossos servidores, onde a gente pode fazer toda a parte estatística, levantamento gráfico ou levantamento georreferenciado”, explicou o superintendente de Tecnologia da Informação da Universidade, Marco Aurélio Bennedetti.  

Para acessar a plataforma, acesse o link para informações de como obter o aplicativo (que, em breve, também estará disponível no Google Play e na App Store), e o login deve ser feito com o UFPE ID. O usuário poderá adicionar informações sobre seu esquema vacinal e convívio social, além de responder questões referentes à sua saúde na tela de autoavaliação, que é uma forma de interação a respeito de sintomas sugestivos da covid-19. Embora não se configure como diagnóstico, a autoavaliação pode auxiliar no maior entendimento sobre os riscos de transmissão e contaminação da doença, bem como na procura de assistência à saúde com base nos sintomas. 

A partir dos dados informados, o aplicativo fornece orientações personalizadas. Todos os dados são organizados para avaliação e servirão de apoio a ações de proteção sanitária voltadas à comunidade da UFPE. O sistema foi desenvolvido com base em informações do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) da UFPE, que conta com especialistas em diversas áreas da saúde, como infectologia, enfermagem, saúde coletiva e etc. 

“Esse aplicativo chega também num bom momento para que a gente possa reunir mais informações, dados confiáveis sobre a nossa comunidade e, obviamente, continuar prestando um grande serviço, que a gente vem fazendo, à sociedade de maneira geral”, disse o reitor. 

 

 

O partido Novo apresentou novas diretrizes de atuação da legenda e se colocou como oposição ao governo de Jair Bolsonaro. De viés liberal e com foco em pautas econômicas, a legenda fundada em 2011 estreou na Câmara dos Deputados na eleição de 2018, com uma bancada com oito nomes.

A nova diretriz partidária do Novo diz que a legenda posiciona-se como oposição ao atual Governo Federal. "Orientação esta que norteará desde já tanto nossas posições institucionais quanto nossas candidaturas para 2022", afirma o documento.

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"Como bem explicitado na diretriz, a bancada federal permanecerá formalmente independente. Não vamos nos associar a qualquer legenda por oposição pura e simples. Temos nossos valores. Está claro que somos um partido que trabalha pela liberdade, ao contrário de outros partidos que defendem a bênção do Estado para tudo", afirmou o líder da bancada do partido na Câmara, Vinícius Poit (SP), ao Estadão/Broadcast.

"Vamos nos opor ao governo como já vínhamos fazendo quando não concordarmos com o que é proposto ou apresentado. Porém, votaremos a favor das pautas que acreditamos serem importantes para o País, ainda que isso signifique votar com o governo", completou o deputado.

No Twitter, a vereadora da cidade de São Paulo Cris Monteiro chegou a pedir o impeachment de Bolsonaro ao anunciar as novas diretrizes. "Somos OPOSIÇÃO ao Governo Bolsonaro! #ImpeachmentJa", escreveu.

Para a definição da nova postura, o partido cita o abandono das políticas anticorrupção e o encerramento da Operação Lava Jato, a atuação do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a postura de Bolsonaro durante a pandemia, entre outros pontos.

Apesar da oposição ao governo, o Novo diz repudiar a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por determinação de ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.

Os desmatamentos recordes promovidos pelo governo Jair Bolsonaro foram completamente ignorados na "Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil", publicada em decreto pelo governo nesta terça-feira, 27. Ela estabelece uma série de diretrizes e metas econômicas, sociais e ambientais dentro do planejamento do governo, para o período de 2020 a 2031.

No "eixo ambiental" do decreto, as metas de combate ao desmatamento não aparecem, assim como não há nenhuma menção à Amazônia ou ao Pantanal, biomas que, desde o ano passado, registram os piores níveis históricos dos últimos anos em relação a desmatamentos e queimadas. A atenção do governo está voltada, basicamente, a tratamentos urbanos. Uma das metas prevê que a quantidade de lixões e aterros controlados em operação, que somavam mais de 2,4 mil locais em 2017, seja totalmente zerada até 2031.

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O tratamento de esgoto coletado, realidade para 46% da população, chegaria até a 77% em 2031. Essa meta, na prática, joga fora o plano de ter cobertura de todo o território nacional até 2033, como previa o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) até o ano passado. Sobre as perdas no sistema de distribuição de água, o índice que hoje é de 37% cairia até 25% daqui a 11 anos.

De forma genérica, sem citar nenhum dado efetivo, o decreto afirma que o "desafio" do governo é "assegurar a preservação da biodiversidade, a redução do desmatamento ilegal, a recuperação da vegetação nativa e o uso sustentável dos biomas nacionais".

Para "garantir a continuidade do declínio do desmatamento ilegal", o governo afirma que deve "impulsionar a recuperação de áreas desmatadas e degradadas com a utilização de tecnologias adaptadas a cada bioma", além de "reduzir a ameaça de extinção de espécies da biodiversidade brasileira".

Na semana passada, o vice-presidente, Hamilton Mourão, admitiu que o governo federal ainda tem muito o que fazer e apresentar, efetivamente, em medidas de proteção ao meio ambiente. "O governo está agindo. Agora, precisa apresentar melhores resultados. Isso é uma realidade", declarou, após encontro realizado na sexta-feira, no Itamaraty,com embaixadores europeus.

O vice-presidente, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia, um comando militar que atua na floresta, disse que o Brasil persegue a meta de reduzir o desmatamento atual para menos da metade da área degradada, até 2023, chegando a cerca de 4 mil km². "Seriam aqueles números melhores que nós tivemos na década passada. Temos de fazer o impossível para que isso aconteça", comentou Mourão, um dia após o presidente Jair Bolsonaro declarar que diplomatas estrangeiros não vão encontrar "nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada" na Amazônia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Numa sinalização de que manterá sua ofensiva contra o aborto, o documento "Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil" publicado em decreto pelo governo, na terça-feira (27), traz, em seu "eixo social", a afirmação de que o governo deve "promover o direito à vida, desde a concepção até a morte natural, observando os direitos do nascituro, por meio de políticas de paternidade responsável, planejamento familiar e atenção às gestantes".

A bandeira contra o aborto é puxada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que reiteradamente critica as possibilidades médicas de interrupção de gravidez, até as previstas em lei. Na semana passada, Brasil e EUA se uniram a uma aliança internacional, batizada de "Consenso de Genebra", antiaborto.

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Nesta quarta-feira (2), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou diretrizes de seu plano para retomada das atividades presenciais de seus campi em um documento que sintetiza planejamento e diretrizes elaborados pela administração central da instituição. “O documento, construído coletivamente, traz o conjunto de informações que devem orientar a evolução da retomada segura das atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como o funcionamento dos diferentes níveis de gestão da UFPE”, explica o coordenador do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) e vice-reitor, Moacyr Araújo.  

O plano elaborado pela universidade é dividido em oito fases enumeradas de zero a 7, que vêm sendo seguidos. Atualmente, a instituição está na fase de número 4 de seu plano e planejando as próximas etapas, que ainda não têm datas definidas. 

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Fases de retomada:

Fase 0: Ações emergenciais e estabelecimento inicial de parcerias para enfrentamento à Covid-19;

• Fase 1: Retomada das aulas da pós-graduação stricto sensu, Bloco Vida do Hospital das Clínicas e consolidação de novas parcerias estratégicas;

• Fase 2: Retomada das atividades não Covid-19 dos serviços de saúde;

• Fase 3: Retomada gradual de atividades não Covid-19 de laboratórios de pesquisa;

• Fase 4: Retomada das aulas da graduação de forma remota e dos estágios obrigatórios remotos e presenciais;

• Fase 5: Abertura gradual das clínicas-escola e laboratórios de ensino;

• Fase 6: Retomada das atividades administrativas de forma híbrida (remota e presencial); e

• Fase 7: Retomada de atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão de forma híbrida (remota e presencial)

Para a fase 6 de retomada das atividades administrativas em modo híbrido, o GT Covid-19 está compilando todos os planos de retomada que foram solicitados aos diferentes setores que compõem a gestão universitária e elaborando um documento que descreverá as sequências de etapas para a implantação do sistema híbrido, que é a última etapa de retomada.

Na fase 7, será possível  realizar convenções e outros eventos, desde que utilizem protocolo para triagem do estado de saúde dos participantes, e apresentado previamente à Administração Central e seguindo outras regras sanitárias previamente definidas e consolidadas. 

“Embora esta fase represente o marco do retorno gradual das atividades presenciais, a Administração Central promoverá a continuidade de processos de ensino e aprendizagem e de trabalho remotos, e a sua combinação gradual com atividades presenciais, sobretudo as relacionadas a aulas práticas, laboratórios e clínicas-escola”, explica o documento, onde também são apresentadas as diretrizes de distanciamento social e utilização de equipamentos de proteção individual.

*Com informações da UFPE

O Governo do Estado de São Paulo divulgou, na edição do Diário Oficial desta terça-feira, 1º, as diretrizes para o retorno às aulas na rede pública e privada de ensino. O retorno, a partir do dia 8 de setembro, será permitido apenas para atividades não curriculares, em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo (programa estadual de flexibilização da quarentena). A determinação é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio.

Além dos alunos inscritos nestas séries, os estudantes sem acesso a computadores ou conexão de internet para realização das atividades escolares não presenciais ou aqueles que, embora tenham acesso a atividades escolares não presenciais, apresentam dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social, conforme informado pelos responsáveis, também terão prioridade. A publicação da resolução com as regras foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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Dentre as atividades presenciais que podem ser ofertadas nesta primeira etapa do retorno são: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais; utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais.

Neste momento, a participação dos estudantes não será obrigatória e aqueles que fazem parte do grupo de risco não deverão comparecer às aulas presenciais. De acordo com a portaria, as instituições da rede estadual poderão receber até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino, e a primeira semana de atividades presenciais será destinada, preferencialmente, a ações de acolhimento aos estudantes e profissionais da educação.

Preocupado com o risco de a nuvem de gafanhotos, localizada na Argentina, entrar em território brasileiro e prejudicar produtores no sul do país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou, no Diário Oficial da União desta terça-feira (30), portaria que estabelece diretrizes para "Plano de Supressão e medidas emergenciais" a serem aplicadas caso a praga (Schistocerca cancellata) chegue no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo a Portaria nº 208/2020, caberá ao órgão estadual de defesa agropecuária de cada estado estabelecer o plano de supressão "a partir dos procedimentos gerais de controle estabelecidos pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura".

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Entre as medidas previstas, figuram recomendações gerais para o uso de agrotóxicos, bem como mecanismos de controle das quantidades de agrotóxicos a serem distribuídos, comercializados e utilizados, caso a praga chegue ao país.

Uso de inseticidades

Em anexo, a portaria apresenta tabelas com recomendações de uso e dosagem de inseticidas biológicos à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, bem como dosagens, intervalos de aplicação, limites de resíduos e dosagens máximas dos princípios ativos a serem usados no combate à praga.

A portaria prevê, ainda, a criação de canais para envio de informações relacionadas à identificação da praga em território brasileiro, com vistas à emissão de alertas fitossanitários. 

Ainda entre as medidas previstas pela portaria estão a adoção de procedimentos operacionais para monitoramento "das características e níveis populacionais da praga", e o estabelecimento de mecanismos de controle a serem aplicados em função de suas diferentes fases de desenvolvimento.

Durante o período de emergência, os órgãos estaduais de defesa agropecuária deverão apresentar relatórios trimestrais ao Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, informando as ações que foram executadas.

Fenômeno

Nos últimos dias, milhões de gafanhotos invadiram cidades e fazendas de parte da Argentina, formando verdadeiras nuvens de insetos. Embora não representem um risco direto para os seres humanos, estes ortópteros saltadores podem, em grupo, causar grandes prejuízos econômicos, devorando plantações em questões de horas.

Embora o fenômeno tenha ganhado destaque internacional quando a nuvem de gafanhotos já ameaçava cruzar as fronteiras da Argentina com o Brasil e com o Uruguai, ele não surgiu de uma hora para outra, do nada. 

Desde 2015, especialistas argentinos estudam o crescimento acelerado desta população, principalmente da espécie Schistocerca cancellata, também chamada de gafanhoto migratório sul-americano.

Foto: Governo da província de Córdoba

Quando forem retomadas, as aulas presenciais nas escolas terão menos alunos por sala e só atividades individuais, nada de trabalhos em grupo. Haverá rodízio entre estudantes em sala e em casa, com continuidade das atividades online. No intervalo, refeitórios terão lugares marcados para que estudantes mantenham a distância entre si. Cada um deverá ter a própria garrafinha de água. Podem ocorrer aulas de reposição aos sábados ou em outros períodos. Professores e alunos devem usar máscaras o tempo todo.

Essas são algumas das diretrizes elaboradas pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para o retorno às aulas presenciais no País. Os secretários estaduais não têm previsão de datas para a volta, mas elaboraram a cartilha nacional para que Estados façam adaptações às realidades locais, principalmente em relação às ações sanitárias. O documento dedica grande espaço a medidas pedagógicas.

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As escolas devem apresentar alternativas para o cumprimento da carga horária mínima anual com ampliação da jornada diária e reposição de aulas aos sábados ou à noite. O documento prevê a "possibilidade de prorrogação do calendário para o período de recesso ou para o ano seguinte". Isso significa que o ano letivo não deve acabar em dezembro.

"Os anos letivos de 2020 e 2021 serão entendidos como um ciclo. Com isso, os alunos não seriam prejudicados. Os conteúdos de 2020 seriam distribuídos nesse ciclo", diz a secretária de educação de Alagoas, Laura Souza, uma das coordenadoras do documento. "Vamos olhar para o currículo e identificar aprendizagens fundamentais que não podem faltar para todos os estudantes."

Embora seja orientado principalmente para escolas públicas, a cartilha do Consed também influencia as particulares. Em São Paulo, gestores e professores já começaram a quebrar a cabeça para se adequar ao "novo normal" antes mesmo de o documento ser divulgado. Medidas de prevenção, como máscaras, medição de temperatura e álcool em gel, são itens de consenso. O problema será o distanciamento social.

Rodízio

No Colégio Equipe, em Higienópolis, região central paulistana, os mais de 600 alunos deverão viver um rodízio de uma turma por vez, por dia e por período na escola. "Na segunda-feira, teremos aulas apenas para os alunos do 1º do ensino médio, por exemplo. Esses alunos, da mesma turma, serão distribuídos em várias salas", diz a diretora Luciana Fevorini.

O mesmo rodízio deve ocorrer com os 814 alunos do Colégio Gracinha, no Itaim-Bibi, na zona oeste de São Paulo. "Será muito difícil que a gente retorne com todos de uma vez. Concordamos que o retorno deve ser gradual, por partes, com poucos alunos", avalia Wagner Cafagni Borja, diretor geral.

Eliana Rahmilevitz, diretora pedagógica da Stance Dual School, escola bilíngue na Bela Vista, região central da cidade, mostra preocupação com o lado emocional dos quase 500 alunos e suas famílias. "Queremos ouvir o que eles têm a dizer nas aulas de teatro, música e artes."

O documento divulgado pelo Consed faz recomendações sobre "como" as escolas devem proceder, mas não faz referência ao "quando". Ainda não há previsão de reabertura das escolas para aulas presenciais.

Benjamim Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo, aposta no mês de agosto como a possível retomada de todas as escolas, privadas e públicas. Os colégios particulares de São Paulo preparam protocolo próprio, já apresentado ao governo estadual, mas ainda não obtiveram retorno.

Uma das preocupações dos autores do estudo é com o financiamento das ações na esfera pública. "Os cuidados de prevenção vão criar custos extras. Não temos margem para tantos investimentos. É preocupante", diz Claudio Furtado, secretário de Educação da Paraíba e também coordenador do estudo do Consed. Ele diz que não houve participação do Ministério da Educação (MEC). "Por isso, o protocolo é importante como ação unificada de Estados e Distrito Federal." Procurado, o MEC não se manifestou.

Falta de recursos

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam desafios para a implementação do plano, tanto em relação à disponibilidade de profissionais e recursos quanto à diversidade das redes de ensino pelo País.

Silvia Colello, professora de pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, afirma que algumas medidas estão distantes da realidade escolar. "Temos propostas sobre contratação de mais servidores e formação dos professores. Outra cita ampliação das aulas em horários alternativos. Mas as escolas já funcionam em três turnos e os professores trabalham em diferentes instituições", argumenta. "Há boa intenção. Mas é preciso tomar cuidado entre boas intenções e um discurso prescritivo sem a efetivação das medidas."

O professor Wagner Cafagni Borja, diretor geral do colégio Gracinha, no Itaim-Bibi, zona oeste, classifica o documento como "embasado e que alinha medidas bastante razoáveis do ponto de vista sanitário, ainda que apresentem grande dificuldade de implementação, e do ponto de vista pedagógico".

O documento foi criado pela Frente Protocolo de Retomada, que reúne técnicos das secretarias estaduais de Educação e do Distrito Federal, a partir da experiência de outros países que já retomaram as aulas, como a França, organismos internacionais, entre eles a Unesco, e de protocolos de Estados que já se adiantaram nesse quesito. O Sebrae foi parceiro técnico.

Método

Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo (Undime), afirma que o documento não contempla as necessidades dos municípios. "Não basta dizer o que fazer. Também temos de dizer 'como' fazer", diz.

"O documento traz a leitura e o olhar das redes estaduais. Ele olha para o atacado, como um todo. O Estado de São Paulo, por exemplo, tem 645 municípios. Cada um tem uma realidade diferente entre si", avalia o presidente da Undime, que pretende lançar o seu próprio protocolo de diretrizes para retomada das escolas na próxima sexta-feira.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira, 5, diretrizes atualizadas para o uso de máscaras não médicas, que podem ser feitas em casa, segundo a própria entidade. "Baseando-se em nova pesquisa, a OMS recomenda que as máscaras fabricadas devem consistir de ao menos três camadas, de diferente material", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva.

A OMS diz que elas devem ser usadas em locais com muita transmissão da covid-19 e dificuldades para o distanciamento físico, sobretudo por pessoas com mais de 60 anos ou doenças pré-existentes. Segundo as diretrizes divulgadas hoje, as máscaras devem ter: uma camada externa, com material resistente à água; uma camada mais interna, que absorva a água; e uma intermediária, para agir como um filtro. No site da entidade, há um vídeo com mais explicações sobre o assunto.

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As máscaras devem ainda necessariamente cobrir o nariz, a boca e o queixo. É preciso colocá-la com as mãos limpas e evitar tocá-las durante o uso. Caso toque nelas, o usuário deve limpar novamente as mãos, recomenda a OMS. Após o uso, o recomendado é retirar a máscara a partir das faixas laterais nas orelhas, sem tocar o centro dela, e de qualquer modo é preciso lavar novamente as mãos depois desse procedimento.

Além de atualizar diretrizes, a OMS recomenda agora que profissionais de saúde em áreas com casos de novo coronavírus usem máscaras durante o trabalho sempre, mesmo que não lidem diretamente com pacientes da covid-19.

De qualquer modo, o comando da OMS ressaltou na coletiva que o uso de máscaras não substitui outras medidas para conter a doença, como o distanciamento social e a higiene das mãos. "As máscaras em si não protegerão você da covid-19", disse Ghebreyesus e a OMS também lembrou que elas funcionam mais para evitar disseminar a doença do que para não pegá-la.

Caso uma pessoa doente e isolada tenha que deixar o confinamento, é crucial que ela use uma máscara médica. Além disso, pessoas que cuidam de um doente em casa devem usar uma máscara médica se estiverem no mesmo ambiente, afirmou Ghebreyesus.

O Conselho Nacional de Educação (CNE), em plenária virtual, definiu novas diretrizes que prometem minimizar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus em salas de aula brasileiras. O documento, que será deliberado nesta terça-feira (28), traz sugestões e orientações para o ensino superior, abordando, também, desde o ensino infantil até o ensino médio.

A proposta pensada pelo CNE é em função das dúvidas de estados e municípios com o ano letivo. Uma das questões mais preocupantes é como será considerado o calendário escolar de 2020, assim como se as escolas contarão as horas letivas ou se terão que repor integralmente após o retornos das aulas presenciais.

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A reabertura das escolas requer apontamentos dos rumos da educação, assim caberá a cada rede de ensino verificar a melhor forma de cumprir as 800 horas obrigatórias do ano letivo escolar. Também estão no radar as estratégias para enxugar conteúdo ao essencial, buscando não estender reposições até janeiro, além de exigência de avaliação diagnóstica das competências básicas de português e matemática.

Orientações

Nesta versão preliminar do parecer, a CNE lista algumas das atividades não presenciais que podem ser considerados no ano letivo, durante a pandemia. Além da flexibilização do cumprimento da carga horária obrigatória, o órgão explica que, para educação infantil as aulas, serão repostas visto impedimento legal para execução de aulas não presenciais, com o objetivo de não causar retrocessos no aprendizado deste segmento.

O documento ainda reforça que as sugestões devem ser consideradas de acordo com a realidade de cada estado e município. O órgão ainda recomenda que o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) acompanhem os novos calendários de cada sistema de educação, principalmente para avaliações a nível nacional como Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A aplicação do Enem 2020 está mantida para os dias 1º e 8 de novembro, na versão impressa. E nos dias 22 e 29 de novembro, deverá ocorrer a versão digital. As inscrições serão realizadas de 11 e 22 de maio.

Próxima etapa

Com a proposta aprovada, será necessária a homologação do MEC, além do conselhos estaduais e municipais de ensino, que terão autonomia para definir os calendários escolares.

No Brasil, em todos os estados, as aulas foram suspensas para conter o contágio da Covid-19. Em Pernambuco, o novo coronavírus totaliza 5.724 casos confirmados, sendo 3.884 considerados graves. Em todo o Estado, o total de óbitos confirmados chega a 508, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

O YouTube removeu 7,85 milhões de vídeos e 1,67 milhões de canais entre julho e setembro de 2018, de acordo com o relatório mais recente da companhia sobre a aplicação de suas diretrizes da comunidade.

O YouTube diz que a maioria dos vídeos removidos - 79,6% - violou suas políticas de spam, conteúdo enganoso ou fraudes, enquanto 12,6% foram removidos por nudez ou conteúdo sexual.

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Apenas cerca de 1% dos canais foram removidos por promoção de violência, extremismo violento, assédio ou conteúdo odioso ou abusivo, segundo o YouTube. O banimento de maior destaque do ano aconteceu em agosto, quando o YouTube excluiu o canal do teórico da conspiração de direita e do apresentador de rádio da InfoWars, Alex Jones.

No final do ano passado, o Google prometeu ter 10.000 pessoas focadas em procurar por violações de conteúdo na plataforma até o final de 2018, e um porta-voz disse à CNBC que está trabalhando para atingir essa meta.

O YouTube disse que 80% dos vídeos removidos no terceiro trimestre foram detectados pela primeira vez por máquinas e que, destes, 74,5% nunca receberam uma única visualização. De forma inédita, o YouTube também divulgou o número de comentários que removeu: 224 milhões no terceiro trimestre.

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O Facebook está tornando público o documento com suas regras internas que antes estavam disponíveis apenas para moderadores de conteúdo. As diretrizes explicam o que é proibido na plataforma, como posts que contêm discurso de ódio, racismo e violência. Também de forma inédita, a empresa está dando aos usuários o direito de apelar às regras, caso acredite que a empresa cometeu um erro.

"Decidimos publicar essas diretrizes internas por dois motivos. Primeiro porque elas vão ajudar as pessoas a entenderem como nos posicionamos sobre questões delicadas. E em segundo lugar, ao oferecer esses detalhes tornamos o processo mais fácil para todos, incluindo para especialistas em diferentes áreas, nos darem feedbacks para que possamos melhorar as diretrizes - e as decisões que tomamos - ao longo do tempo", informou a rede social, em comunicado.

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Até então, os usuários eram informados de forma vaga sobre o que poderia ou não ser publicado na rede. A documentação divulgada explica, por exemplo, porque mamilos femininos são algumas vezes censurados na plataforma.

"Entendemos que a nudez pode ser compartilhada por variadas razões, inclusive como forma de protesto, para conscientização sobre uma causa ou por motivos médicos e educacionais. Quando tal intenção fica clara, abrimos exceções para o conteúdo", diz a rede social.

Outro ponto que chama atenção no documento é a proibição de participação na rede de assassinos em série ou em massa. Criminosos condenados por matar uma pessoa, porém, podem se inscrever no Facebook.

"Consideramos um homicídio como assassinato em massa se ele resultar em quatro ou mais mortes em um incidente. Consideramos um assassino em série todo indivíduo que tenha cometido dois ou mais homicídios em diversos incidentes ou locais", explica o documento.

O Facebook diz que usa uma combinação de inteligência artificial e denúncias das pessoas para identificar publicações, imagens ou outros conteúdos que possam violam as diretrizes da comunidade. Essas denúncias são revisadas por uma equipe que trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana, em mais de 40 idiomas. Neste momento, a rede social emprega 7.500 revisores.

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A hipertensão arterial foi redefinida nesta segunda-feira (13) pela Associação Americana do Coração, que disse que a doença deve ser tratada mais cedo, quando atinge 130/80, e não o limite anterior, de 140/90.

"A hipertensão arterial agora é definida em leituras a partir de 130 mm Hg para a medição da pressão arterial sistólica, ou a partir de 80 para a medição diastólica", disseram as diretrizes.

Os médicos agora reconhecem que as complicações "podem ocorrer nesses números mais baixos", disse a primeira atualização das diretrizes abrangentes americanas sobre a detecção e o tratamento da pressão arterial desde 2003.

O novo padrão significa que quase metade (46%) da população dos Estados Unidos será considerada hipertensa.

Anteriormente, um em cada três americanos (32%) tinha a condição, que é a segunda principal causa de doença cardíaca e acidente vascular cerebral, após o tabagismo.

O limite considerado normal para a pressão arterial é de 120/80.

Uma vez que uma pessoa chega a 130/80, "já dobrou seu risco de complicações cardiovasculares em comparação com aqueles que têm um nível normal de pressão arterial", disse Paul Whelton, autor principal das diretrizes publicadas na revista científica Hypertension, da Associação Americana do Coração, e na revista do Colégio Americano de Cardiologia.

"Queremos ser diretos com as pessoas - se você já tem uma duplicação do risco, você precisa saber disso".

Ele disse que um diagnóstico da nova hipertensão não significa necessariamente que uma pessoa precisa tomar medicação, mas que "é uma luz amarela" que indica que "você precisa baixar sua pressão arterial, principalmente com abordagens não medicamentosas".

As mudanças foram anunciadas na conferência Sessões Científicas de 2017 da Associação Americana do Coração, em Anaheim, Califórnia.

O documento que estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio será enviado pelo Ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE) só no início do ano que vem. A previsão inicial do governo era que a Base Nacional Comum Curricular do ensino médio fosse concluída até o fim deste ano.

Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, o adiamento aconteceu porque ainda está sendo finalizada a análise da Base Nacional Comum Curricular para a educação infantil e o ensino fundamental.

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“Agora vamos concentrar todas as nossas energias aqui, mas em paralelo estamos ouvindo muitas pessoas sobre a base do ensino médio para que ela reflita tanto a reforma do ensino médio quanto outros pontos que precisam ser aperfeiçoados”, disse Rossieli.

O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, informou que o conselho também realizará consultas sobre a base para o ensino médio, assim como fez com o documento que trata da educação infantil e do ensino fundamental. Segundo ele, por causa da reforma do ensino médio, o CNE também vai elaborar a revisão das diretrizes curriculares nacional do ensino médio.

O CNE deverá votar a proposta da base para a educação infantil e o ensino fundamental na primeira semana de dezembro. Após a aprovação, o documento ainda deverá ser homologado pelo ministro da Educação.

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Ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB) oficializou a sua pretensão de disputar o cargo de governador de Pernambuco pela legenda tucana em 2018. Em entrevista ao LeiaJá, nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  

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Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo. 

“O que nós temos aí é um governador, pré-candidato a reeleição, que está enfrentando enormes dificuldades, seja de conjuntura, ou tão graves como a da violência, o que evidente pode até enfrentar antes da eleição e espero que ele recupere e esteja bem para isso. Do outro lado, tem um grupo de caciques que são donos de muito poder em Pernambuco e está lá discutindo quem vai ser governador, senador e vice. Aí eu pergunto será que não dá para se construir um projeto diferente disso? É o que estou propondo com a minha experiência, minha pré-candidatura”, esclareceu. 

Elias destacou também que no momento não está procurando alianças para endossar seu nome, mas um debate interno no PSDB. “Eles [os membros da direção] não dizem nada, não falam nada. Estão constrangidos com o descumprimento vergonhoso da palavra [de dividir o comando do partido entre Antônio Moraes e Elias]. O partido está sem direção, os mandatos foram concluídos e não foram renovados. O partido está acéfalo. Eu deveria ter tomado posse já, mas não vou brigar por isso, estou mobilizando o partido e dando uma sacudida com uma pretensão mais a frente com a minha candidatura”, destacou. 

Segundo o ex-prefeito, caso o ministro das Cidades Bruno Araújo ou o deputado federal Daniel Coelho tivessem se colocado como postulantes teriam o apoio dele, mas como isso não aconteceu ele espera que o “partido possa se reunificar” em torno do seu nome. 

Elias formalizou a inscrição como pré-candidato nessa quinta (21). Antes disso, segundo ele, tentou convocar uma reunião com o diretório estadual para discutir o assunto, mas não foi atendido. “Os dirigentes não se dignaram a marcar esta reunião interditando o diálogo, não me restou, diante disto, outro caminho se não dizer que eu formalizaria a minha candidatura. Não se trata de uma pressão, mas de uma atitude política. Agora o partido vai ter que avaliar, em novembro a minha pré-candidatura”, esclareceu. 

Propostas

O ex-prefeito disse que já apresentou a pré-candidatura com cinco diretrizes que devem nortear a construção de um plano de governo. Uma das propostas prevê a redução da máquina pública, passando de 29 para 12 secretarias, além da implantação de quatro unidades regionais do Palácio do Campo das Princesas. Outra diretriz fala do desenvolvimento econômico do estado, com a sugestão de que haja um sustentabilidade e independência interna maior incentivando a produção e ampliação dos médios e pequenos empresários e produtores. 

Calo do atual governo, de acordo com Elias ainda consta entre as cinco diretrizes a segurança pública. Pontuando que o projeto dele é Pernambuco pela paz, o ex-prefeito salientou que “a organização da segurança no Brasil está equivocada” e as ações precisam ser integradas entre a União, os estados e municípios. 

O ministro Mendonça Filho afirmou que, uma vez confirmada a Base Nacional Comum Curricular, Estados e municípios interessados poderão receber apoio técnico tanto para a mudança do programa quanto para a capacitação de professores. A expectativa do MEC é de que a base entre em vigor nas escolas das redes públicas e particulares em 2019.

O documento vai definir 60% do que deve constar no currículo, que será elaborado por Estados e municípios. A base é dividida em quatro grandes áreas do conhecimento (Matemática, Ciências da Natureza, Linguagens e Ciências Humanas). O documento também define dez "competências" que devem ser desenvolvidas e estimuladas, como exercitar a curiosidade intelectual; utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica e significativa; e exercitar empatia e valorizar a diversidade de indivíduos.

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As mudanças nas bases curriculares do ensino médio deverão ser apresentadas no segundo semestre (mais informações na página A14). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A direção da Rede Sustentabilidade se reúne neste fim de semana para avaliar a participação do partido na primeira eleição, após o registro oficial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisar a conjuntura política nacional e definir o calendário de atividades para 2017. 

O encontro, marcado para acontecer neste sábado (19) e domingo (20), será em Brasília. Ao todo, os membros do chamado Elo Nacional – como eles se referem à Executiva do partido – vão discutir 11 diferentes pautas. 

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Além dos assuntos já citados, os integrantes falarão ainda sobre a relação das bancadas parlamentares com o partido, a alteração do prazo de vigência das comissões provisórias municipais, o modelo de gestão da Rede para as prefeituras e a atuação dos vereadores eleitos. 

A candidata do PCdoB à prefeitura de Olinda, Luciana Santos, divulgou, nesta sexta-feira (12), as diretrizes que vão nortear o programa de governo que ela apresentará durante a campanha. Em um documento de quatro páginas, a comunista define que os eixos serão 'inovar, cuidar e avançar', para, segundo ela, tratar de “problemas antigos” como manutenção, segurança, infraestrutura e mobilidade.

“Vamos cuidar do que já foi feito na cidade, inovar na maneira de ver os problemas e suas soluções e avançar construindo uma Olinda que pode mais”, detalha Luciana no texto, pregando que “o planejamento é instrumento indispensável para o bom governo das cidades” e a estruturação das ações em médio e longo prazo. 

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O cuidado pelo patrimônio comum e espaços públicos; a modernização das práticas de gestão, valorizando o funcionalismo e utilizando as novas ferramentas da tecnologia; e a geração de emprego e renda a partir de arranjos produtivos para atrair mais investimentos que abranjam a economia criativa, também são necessidades apontadas por Luciana no documento que, segundo ela, ajudará a preparar a cidade para a comemoração dos 500 anos, em 2035.

Veja o documento na íntegra:

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, anunciou nesta quarta-feira (18) as dez diretrizes que nortearão os novos rumos da política externa brasileira. Entre os principais pontos estão o fortalecimento de parcerias bilaterais com Argentina, por "semelhanças políticas e econômicas", e a intensificação das relações com países asiáticos China e Índia.

Serra destacou que a pasta atuará com outros ministérios, como Defesa, Planejamento e Fazenda para reverter o quadro que considerou "penúria de recursos" no Itamaraty.

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"Quero retirar o Itamaraty gradativamente da penúria de recursos em que foi deixado pela irresponsabilidade fiscal que dominou a economia brasileira nesta última década", disse. “Nossa política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não de um governo, jamais de um partido”, completou.

O ministro informou ainda que atuará para reduzir o chamado “Custo Brasil”, que, segundo ele, impõe acréscimo de 25% em mercadorias e produtos com os custos de tributação do país.

Temas como meio ambiente, direitos humanos e proteção do território brasileiro no combate ao contrabando de armas e mercadorias e o tráfico de drogas também fazem parte das diretrizes apresentadas por Serra.

“Vou trabalhar muito, apresentar e receber idéias, tomar iniciativas e delegar responsabilidades, cobrar resultados e promover negociações efetivas, bem como ter presença marcante. Longe de cumprir um calendário de visitas inócuas para cumprir tabelas”, acrescentou.

José Serra substituiu Mauro Vieira, diplomata de carreira e com 43 anos de atuação no Itamaraty. O ex-ministro ocupou o cargo por 17 meses.

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