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Com aglomeração e alta rotatividade de pessoas, as agências bancárias de Pernambuco sofrem para proporcionar a segurança necessária aos clientes no contexto da pandemia. Nesta segunda-feira (6), encerra o prazo para que os estabelecimentos cumpram às exigências para continuar em funcionamento. As determinações foram publicadas no decreto 48.881/2020 do Governo do Estado.

Devido a redução da capacidade de atendimento, filas extensas são percebidas nos bancos de Pernambuco, sobretudo na capital. A agência do Itaú, localizada no bairro da Encruzilhada, Zona Oeste do Recife, amanheceu com muitos de clientes; a maioria sem máscaras e, muitos inseridos no grupo de risco da Covid-19.

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Dentre as solicitações que devem ser atendidas pelos bancos estão: a organização de filas, demarcação de distanciamento no chão, manutenção mínima de um metro de distância entre os clientes e que eles aguardem o atendimento na área externa do local.

Para auxiliar no controle e garantir a segurança dos funcionários, o Sindicato dos Bancários vai enviar um ofício para prefeituras e Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE). O objetivo é que as Guardas Municipais e a Polícia Militar possam ajudar no cumprimento das deliberações do decreto.

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O Sindicato dos Bancários de Pernambuco protocolou na sede do Governo do Estado, nesta quinta-feira (19), a solicitação para que os bancos públicos e privados sejam fechados imediatamente como medida de prevenção contra a Covid-19. O documento entregue destaca que foram ineficazes as medidas adotadas pelos bancos até o momento para garantir a proteção de bancários e clientes.

Segundo o sindicato, a categoria está exposta à contaminação e disseminação em razão da natureza do trabalho bancário e às características do ambiente, que, em geral, é fechado, com ventilação por ar-condicionado. 

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Mesmo com o controle de acesso escalonado de clientes às agências bancárias, a entidade diz que há aglomeração nas filas e grande fluxo de usuários.

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta quinta-feira (14) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para tratar da Medida Provisória (MP) 905/2019, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na última segunda-feira (11), no anúncio do “Programa Verde e Amarelo”. O Comando Nacional conseguiu segurar a implantação da MP até que seja concluída a negociação com a representação da categoria. A próxima reunião será realizada no dia 26 de novembro.  

De acordo com a Fenabran, durante a reunião desta quinta-feira (14), o Comando deixou claro que repudia os pontos da Medida Provisória que alteram direitos dos bancários e que não vai aceitar o trabalho aos sábados; nem a extensão da jornada para 44 horas semanais. “Tampouco serão aceitas as alterações estipuladas pela MP que permitem a negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) sem a participação das entidades sindicais e que desrespeitem os pisos salariais da categoria, definidos na CCT”, salienta a entidade. 

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A Caixa Econômica Federal, por exemplo, já havia anunciado aos seus funcionários as mudanças que já seriam aplicadas. No entanto, depois dessa reunião, a Fenabran diz que os bancos cederam à pressão do comando e concordaram com a suspensão da aplicação da Medida Provisória até nova negociação que ocorrerá no próximo dia 26 de novembro. 

A proposta da Fenabran é construir um aditivo à Convenção coletiva de trabalho (CCT), válido até dezembro de 2020, que garanta todos os direitos da categoria e neutralize a MP em todos os pontos que atingem os bancários. “A comissão de negociação dos bancos se comprometeram a defender perante o setor a assinatura deste aditivo. Dia 26, serão debatidos os detalhes do texto do aditivo à CCT”, pontua. 

*Com informação da assessoria

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza um ato, às 12h desta quinta-feira (9), em frente à agência da Caixa da Ilha do Leite, na área central do Recife. O protesto é contra a venda de setores lucrativos do banco por parte do governo federal.

A mobilização da categoria ocorre em todo o país, intitulada Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública. A convocação ocorreu em razão do leilão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), que estava marcado para 9 de maio, mas foi adiado pela sexta vez e deverá ocorrer no próximo dia 28, conforme aviso da Comissão de Outorga do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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No Recife, o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) também participará da mobilização. O grupo denuncia a interrupção de programas habitacionais.

Segundo o Sindicato dos Bancários, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões em 2017. Desse valor, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal. "Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%", afirma nota do sindicato.

No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

Os serviços bancários serão suspensos por duas horas nesta sexta-feira (10) em Pernambuco. A paralisação faz parte das mobilizações do Dia Nacional do Basta.

Segundo a Sindicato dos Bancários, a interrupção do serviço ocorrerá entre 10h e 12h. Neste período, “os diretores do Sindicato vão dialogar com funcionários e clientes sobre os ataques aos direitos da classe trabalhadora”, afirmou a categoria.

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Dia Nacional do Basta

Conforme a Central Única dos Trabalhadores (CTU), o Dia Nacional do Basta – organizado pelas Centrais Sindicais - “tem como objetivo paralisar os locais de trabalho e mobilizar as bases sindicais e os movimentos sociais em manifestações de protesto contra o desemprego crescente, contra a retirada de direitos da classe trabalhadora”.

Ao longo do dia devem ser realizados protestos para "exigir um basta de desemprego, de aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, de retirada de direitos da classe trabalhadora, de privatizações e de perseguição ao ex-presidente Lula".

Por unanimidade, os bancários de Pernambuco rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de aumento pelo índice de inflação e entraram em estado de greve. Segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, os bancos devem apresentar uma revisão do documento no próximo dia 17 de agosto. Caso a resposta não atenda às reivindicações da categoria, os trabalhadores entrarão em greve.

A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária, realizada na noite desta quarta-feira (8), na sede do Sindicato. A categoria informou que a proposta da Fenaban não contempla reivindicações importantes, como a não substituição de bancários por terceirizados, a não adoção das novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista e o combate às metas abusivas que adoecem grande número de trabalhadores. Os trabalhadores pedem, também, mais 5% de ganho real na campanha salarial 2018/2019.

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Estão abertas as inscrições do processo seletivo, que visa à contratação de 236 profissionais temporários para atuarem como prestadores de serviços por tempo determinado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Bancários, em João Pessoa. As vagas são para os cargos de níveis médio, técnico e superior. As inscrições podem ser feitas até esta terça-feira (27). Confira o edital.

Para participar, os interessados devem encaminhar ao e-mail inscricaopssupabancarios@gmail.com, os seguintes documentos: Em arquivo único digitalizado em formato PDF, a ficha de inscrição anexa no edital, devidamente preenchida e assinada, além de foto 3x4; RG; CPF; Título de eleitor; Carteira de trabalho, frente e verso da foto; Comprovante de votação na última eleição; Carteira reservista, se do sexo masculino; Cópia do comprovante de residência; Diploma ou certificado do curso referente ao cargo inscrito; Carteira do conselho de classe referente ao cargo pretendido; Nada consta atualizado do conselho de classe; PIS/PASEP; Laudo médico emitido pela Funad (se pessoa com necessidades especiais).

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Há oportunidades para condutor de ambulância, técnico em enfermagem, técnico em imobilização ortopédica, técnico em laboratório de análises clínicas, técnico em radiologia, assistente social, enfermeiro diarista, enfermeiro plantonista, farmacêutico, farmacêutico-bioquímico/biomédico, médico clínico, médico pediatra e médico ortopedista.

Os profissionais selecionados atuarão na UPA até o resultado do concurso público para provimentos de vagas na rede municipal de Saúde, que está em andamento. "As contratações são temporárias, para suprir necessidade excepcional de interesse público e terá prazo determinado de seis meses, podendo ser prorrogável por igual período ou, até a posse dos aprovados no concurso público", relatou Isadora Guedes, da Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (DGTES).

Nesta sexta-feira (2), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco interditou a agência Santander do Shopping Recife, na Zona Sul do Recife. O banco só será aberto após o meio-dia.

De acordo com os representantes da categoria, o protesto é contra a realização de homologações de rescisão de contrato no banco, sem o acompanhamento da entidade sindical. Eles alegam que esse tipo de procedimento traz perdas para os bancários demitidos.

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Ao longo do mês de maio, os bancários estarão com a campanha "Homologação de Demissão Segura é no Sindicato". A homologação dos bancos estaria se apoiando em um dos pontos previstos na lei da reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017.

Só na última semana, o sindicato recebeu três casos de demissões em que haveria perdas para bancários caso não tivessem recorrido à entidade. O caso do Banco Santander é de Regina Célia Cavalcanti. Conforme o sindicato, apesar dela possuir dupla estabilidade, por tempo de serviço e por doença ocupacional, reconhecida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e pela médica do próprio banco, o Santander a demitiu sem justa causa.

“Cheguei na agência, bati o ponto de entrada e em seguida fui chamada pela gestora que me apresentou os papéis e disse que eu deveria assinar. Me recusei e ela assinou com duas testemunhas. Procurei o Sindicato e descobri que a minha demissão é arbitrária”, relata Regina. A assistência jurídica oferecida pelo Sindicato identificou que a documentação apresentada pelo banco, além de não respeitar a dupla estabilidade da funcionária, não garantia o pagamento correto das verbas rescisórias.

Neste momento, os bancos estão aproveitando para demitir, ilegalmente, funcionários com estabilidade e adoecidos, além de não pagar corretamente as verbas devidas. A nossa orientação é que em caso de desligamento o bancário entre imediatamente em contato com o Sindicato para garantir a segurança jurídica e não assine nenhum documento no banco ou realize exame médico demissional”, comenta o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino. 

Até o meio-dia desta segunda-feira (19), 12 agências bancárias estarão fechadas no centro do Recife. A medida tomada pelos bancários faz parte do Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência.

A maior parte das agências fechadas está localizada na Avenida Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista. "Escolhemos essas agências por terem mais visibilidade", explica a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues.

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"Essa é nossa contribuição contra essa medida que pune os trabalhadores. A reforma prejudica desde a empregada doméstica ao metalúrgico", complementa a sindicalista.

A intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro impede que sejam votadas medidas que alterem a Constituição, ou seja, o projeto da Previdência, cuja votação estava agendada para a próxima terça-feira (20), não poderá ocorrer. Isto fez com que o Dia Nacional de Paralisação perdesse o engajamento.

"Por isso não fechamos todas as agências. A orientação da CUT [Central Única dos Trabalhadores] foi para que essas ficassem fechadas até meio-dia. Mas achamos que isso [a medida de segurança impedir a votação da reforma] possa ser uma estratégia de Temer", finaliza Suzineide.

Confira a lista de agências fechadas:

Caixa Econômica Federal

Avenida Conde da Boa Vista

Santander

Rua da Soledade, no bairro da Boa Vista

Avenida Conde da Boa Vista

Rua da Imperatriz, no bairro da Boa Vista

Itaú

Duas agências na Avenida Conde da Boa Vista

Bradesco

Duas agências na Avenida Conde da Boa Vista

Antigo HSBC 

Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista

Banco do Brasil

Rua Sete de Setembro, no bairro da Boa Vista

Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio

Banco do Nordeste

Avenida Conde da Boa Vista

Onze agências do Branco Itaú terão o serviço paralisado nesta quinta-feira (1°). Os estabelecimentos ficam localizados em bairros da Zona Sul do Recife e em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana da capital pernambucana (RMR).

 

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A mobilização é promovida pelo Sindicato dos Bancários em protesto contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos bancários. De acordo com o Sindicato, os funcionários enfrentam o não pagamento das horas extras, demissões em massa e sobrecarga de trabalho.

A ação segue o calendário nacional de paralisação que ocorre em vários estados brasileiros nesta semana. Nessa quarta-feira (31), a categoria realizou o mesmo movimento em onze agências do Santander no Recife.

Confira as agências que serão paralisadas nesta quinta-feira (1°):

Itaú Pina

Itaú Personalite Pina

Itaú Boa Viagem

Itaú Av. Antônio Falcão

Itaú Verdes Mares

Itaú Conselheiro

Itaú Conselheiro Aguiar

Itaú Personalite BV

Itaú Piedade

Itaú Candeias

Itaú Prazeres

Após o feriado do dia dos bancários na Paraíba ser suspenso pelo ministro Alexandre Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (25), apenas os bancos privados abriram nesta segunda-feira (28) no Estado.

O Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão fechadas para atendimentos em alusão ao Dia Nacional dos Bancários. Desde o ano de 2002 essa data era dada como feriado na Paraíba.

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O sindicato dos bancários programa fazer protestos em frente as agências da capital paraibana que estão funcionando normalmente hoje. De acordo com o presidente do sindicato Marcelo Alves, os manifestantes vão percorrer todas as agências abertas na capital e fazer uma homenagem a classe bancária pelo seu dia e dialogar com sociedade.

A Caixa Econômica Federal atualizou, na última quinta-feira (3), o normativo 037, permitindo a contratação temporária de funcionários terceirizados para a função de bancário, atividade fim da empresa, sem vínculo empregatício. A decisão, de acordo com a Caixa, tem como objetivo suprir a demanda de vagas deixadas pelos Programas de Desligamento Voluntário Extraordinários (PDVE). 

Representantes de sindicatos de trabalhadores da Caixa, no entanto, se queixam da medida. Para Suzineide Rodrigues, a contratação de terceirizados burla o concurso público e precariza o trabalho. “Nós somos veementemente contra em qualquer setor pois se contrata para pagar um salário de miséria sem garantia de direitos. Na Caixa precisamos de mais empregados, mas que sejam concursados. Estamos pedindo resposta à Caixa, que afirma que não vai aplicar o normativo e conversar com o Governo, mas até agora está valendo o normativo. Somos contra que uma empresa pública como a Caixa que tem concurso feito com pessoas competentes e não contrata”, explica Suzineide.

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Em resposta ao LeiaJá, a Caixa afirmou que as alterações no normativo interno da empresa foram realizadas para adequação às alterações previstas na Lei 13.429/2017 e que “concurso da CAIXA de 2014 foi realizado para composição de cadastro de reserva, sem obrigatoriedade de aproveitamento de todos os candidatos”. Apesar de não ser estipulado um número no normativo, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco acredita que serão contratados cerca de 10 mil bancários temporários. 

De acordo com Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, afirma que os empregados da Caixa Econômica são contrários a esta resolução há muitos anos. 

“Nos anos 90 e início dos anos 2000, a Caixa trabalhou com muitos temporários, chegando a uma ter uma relação meio a meio com os concursados. Com a assinatura de uma TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o Ministério Público, conquistada após diversas ações judiciais do Sindicato contra a terceirização da atividade-fim, o banco teve de encerrar este tipo de contratação, que foi extinta só em 2006, mas manteve o normativo. Sempre cobramos a revogação do RH 037 em mesas de negociação e, no ano passado, a Caixa alegou que aguardava a regulamentação do trabalho terceirizado em lei.” Confira o documento confidencial com o texto da normativa na íntegra, a que o LeiaJá teve acesso por meio de uma fonte que não deseja se identificar.

*Com informações da Fenae

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Contra a reforma da previdência e em apoio às demais categorias de trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco informou que irá paralisar suas atividades na sexta-feira (28). A decisão foi tomada pela categoria durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta terça-feira (18), na sede da entidade.

Em nota, eles explicaram que “Por unanimidade, a categoria aprovou o fechamento das agências dos bancos públicos e privados por um período de 24 horas”. Eles informam que “A mobilização nacional tem o objetivo de barrar as nocivas reformas da Previdência e trabalhista, assim como a Lei da Terceirização defendidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer”.

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A presidente do Sindicato, Suzineide Rodrigues, detalhou: "Essa será a greve da consciência e da unidade. O Sindicato oferecerá toda a estrutura necessária, mas a greve deve ser espontânea. Precisamos ter coragem para enfrentar o que o que capital está fazendo com os nossos direitos”.

Na ocasião da assembleia, foi definido ainda um cronograma denominado “Calendário de luta dos bancários”, onde é mostrado os próximos atos. No dia 20 de abril, às 9h, será o Dia Nacional de Mobilização em defesa dos bancos públicos; em 24 de abril, às 18h30, haverá uma reunião da direção com delegados sindicais e base para definir agenda de visitas às agências; em 26 de abril será a Assembleia Organizativa para a Greve Geral e no dia 28 de abril a paralisação geral.

Na última terça-feira (7) uma assembleia, realizada na sede do Sindicato dos Bancários, na área central do Recife, visou resolver a adesão ou não da paralisação nacional da próxima quarta-feira (15). A categoria resolveu mostrar apoio à manifestação em busca dos direitos dos trabalhadores contra a proposta de Reforma da Previdência.

De acordo com o Sindicato, também foi aprovada uma assembleia, no dia 14 de março, a fim de organizar as atividades que serão realizadas no dia 15. Ainda segundo nota da entidade, “diversos bancários, entre base e delegados sindicais, externaram sua preocupação com os danos ao futuro dos bancários caso passe a reforma. Também houve proposta de destacar no site do sindicato a mobilização de 15 de março, assim como colocar carros de som nos corredores bancários e intensificar as reuniões nos locais de trabalho”.

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A presidente do Sindicato, Suzineide Rodrigues, afirmou que a categoria vive “um ataque ferrenho aos bancos públicos e a reação é agora”. Advogados estiveram presentes na assembleia e mostraram aos trabalhadores que “o argumento do governo para anunciar um déficit nas contas da previdência é falacioso, visto que o Governo não inclui em suas contas todas as fontes de arrecadação para a soma dos recursos da previdência”.

Além disso, o discurso do advogado Alexandre Vasconcelos apontou que a dívida ativa com a previdência, hoje, é de cerca de R$ 500 bilhões. “Dentre os maiores devedores, estão bancos privados, grandes empresas, prefeituras que, se pagassem o que devem ao sistema, também garantiriam superávit nas contas”.

Outro argumento apresentado pelos advogados foi em relação às “constantes desvinculações dos recursos da previdência para o pagamento de juros da dívida pública”. Assuntos como idade mínima para aposentadoria, também foram apresentados na ocasião.

De acordo com a ONU Mulheres Brasil, os espaços de grupos de apoio e organização sindical, apesar de significarem um importante centro de luta e empoderamento feminino pela dignidade trabalhista e econômica, ainda é, por vezes, inacessível a algumas mulheres. A falta de tempo e estrutura causadas pelo machismo, além da tripla jornada de trabalho das mulheres economicamente ativas, as afastam desses espaços de militância e reivindicação de direitos sociais no trabalho. 

O LeiaJa.com buscou histórias inspiradoras de mulheres pernambucanas que conseguiram passar por todas essas barreiras sociais impostas pelo gênero e não somente participam dos sindicatos de suas categorias de trabalho, como chegaram a postos de liderança como coordenação geral e presidência, ganhando reconhecimento e respeito. 

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“Não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação”

Dulcilene Morais é presidenta do Marreta (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco) e afirma que o machismo está presente no movimento sindical primeiramente por estar entranhado na sociedade brasileira: “O movimento sindical como a sociedade é machista, porque o machismo é cultural na questão do patriarcado, que prega que mulher tem que ficar em casa lavando prato e limpando menino”, opina Dulcilene. 

De acordo com ela, por volta de 1988, teve início a luta pela presença feminina no sindicato, que a levou ao pioneirismo como mulher ocupando a presidência. “Quando entrei no movimento sindical, começou o movimento da CUT para colocar as mulheres nas direções dos sindicatos, mas não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação. Implementamos café e almoço na obra, políticas de segurança nas construtoras que tratavam os trabalhadores como algo descartável e nós forçamos a aplicar normas a partir da patrulha sindical nas obras. Também implantamos sala de aula em obras a primeira do país. Foi uma série de questões que mostramos que se o trabalhador tem direito e as oligarquias perseguem nosso sindicato, pois não aceitamos ser tratados como resto de material da obra, temos que ser tratados com respeito”, conta a sindicalista. Outra conquista do Marreta diz respeito à equiparação salarial e equidade de gênero nos quadros profissionais das empresas de construção. Segundo Dulcineide, foi preciso recorrer ao Ministério Público para garantir que as engenheiras ganhassem os mesmos salários que os engenheiros homens.

Sobre questões como dupla jornada e necessidades estruturais que permitam às mulheres uma atuação forte nos sindicatos, Dulcineide afirma que patrões e maridos são barreiras muito presentes. “Elas têm o tabu em casa que às vezes o marido não quer deixar, às vezes a empresa não quer liberar a mulher, mas a gente garantiu que elas poderão participar nas mesas de comissão em igualdade de direitos em relação aos homens. Os sindicatos têm que ter estrutura de creche, por exemplo, para a mulher ficar tranquila tendo onde deixar seu filho para poder vir para a luta com mais vontade. Elas vêm até com mais vontade que os homens na minha avaliação, tomam consciência de que têm que lutar pelos seus direitos", diz. 

O setor da construção é, geralmente, visto como um segmento de trabalho para homens. Quando perguntada sobre como é presidir um sindicato desse ramo sendo mulher, Dulcineide afirma que o machismo é forte sim, mas que não é só em sua área de atuação que ele existe: “Temos outras mulheres em sindicatos de construção civil, mas o machismo também está presente em categorias tipicamente femininas que são presididos por homens e não mulheres, isso é um reflexo da realidade social”, finaliza a presidente do Marreta.

Pauta de luta trabalhista 

A Coordenadora Geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Simone Fontana, afirma que a diretoria de seu sindicato tem maioria feminina como reflexo da categoria do ensino que é, em maioria, composta por mulheres. No entanto, ela reconhece as dificuldades que as mulheres enfrentam nos sindicatos.

“As dificuldades são muitas, pois mulheres têm trabalhos de cuidado com família, filhos, idosos”, explica Simone. Para ela, garantir que as mulheres estejam inseridas no contexto sindical deve ser uma pauta de luta trabalhista e é preciso que os próprios sindicatos tenham uma estrutura de acolhimento para possibilitar essa participação: “A atuação sindical é difícil para mulheres se a estrutura do sindicato não tem essa visão e não garante esse suporte. Nós somos importantes e não devemos ficar restritas nem na hora da luta e nem na organização familiar, pois os ataques atingem as mulheres, como reforma da previdência, restrição de pensões, aposentadoria especial e PEC dos gastos públicos", opina a integrante do Simpere. 

“Me disseram que sindicalista não tinha direito a licença maternidade” 

Suzineide Rodrigues é a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, mas enfrentou diversas dificuldades até chegar a este posto. “Quando entrei no sindicato em 1991 senti na pele o que é ser mulher com filho pequeno num sindicato em que sua jornada não tem horário. Nenhuma outra mulher lá era mãe e quando precisei tirar licença, me disseram que sindicalista não tira licença maternidade”. Segundo ela, a situação só mudou quando outra sindicalista se tornou mãe e foi iniciado o debate para fazer valer a lei que confere às mulheres o direito de cuidar de seus filhos recém-nascidos.

Suzineide diz que foi difícil conseguir introduzir a pauta de discussão feminista dentro do sindicato e enfrentou muita resistência. "Em nossa trajetória houve muita luta para conseguir visibilidade e para ter uma mulher presidenta. Só com 79 anos de sindicato a gente conseguiu ter a primeira, teve um racha na diretoria e a presidenta venceu por dois votos de diferença apenas”. De acordo com Suzineide, o enfrentamento trouxe bons frutos para as bancárias. “Conseguimos auxílio creche em convenção coletiva, as mães bancárias recebem um valor para ajudar a pagar. No sindicato a gente flexibiliza o horário, paga hora extra de babá, bota creche quando tem curso, para ajudar pessoas que têm filhos. A gente também desbravou o debate sobre violência contra a mulher e sobre paridade”.

Até sua consolidação como presidente do Sindicato, Suzineide enfrentou resistências. “A ideia de ter mulheres vai bem na base, mas é difícil para nós subirmos aos postos de poder. Quando estamos nesse cargo, os homens não são tão diretamente machistas de dizer que não temos competência, mas se a gente não mostrar muito pulso de liderança no trabalho em equipe, dificulta", complementa. 

A situação de insegurança nas agências bancárias já virou rotina nas manchetes dos jornais de Pernambuco. Dados de um balanço realizado pelo Sindicato dos Bancários revelam que, desde janeiro até outubro de 2016, 247 ações violentas foram praticadas em bancos, terminais de autoatendimento, casas lotéricas e agências dos Correios na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior do Estado. 

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (1º), na sede do Sindicato dos Bancários, no centro do Recife, bancários pediram mais investimento no setor de inteligência das forças policiais. Segundo as estatísticas divulgadas pela associação da categoria, até outubro já são 13 assaltos, cinco sequestros de trabalhadores, 29 explosões, 13 arrombamentos, 128 ataques aos terminais de autoatendimento instalados fora das agências, 18 ataques a agências dos Correios, 36 ações em casas lotéricas e cinco explosões de carros-fortes.

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Para o presidente interino do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura, não há uma resposta da Secretaria de Defesa Social (SDS) contra a falta de segurança pública no Estado. "Uma agência explodida causa um prejuízo enorme, tanto do ponto de vista econômico, como do social para pessoas que trabalham internas ou moram nas redondezas. A gente vive sob uma condição de medo constante por causa da ineficiência dos órgãos competentes", lamentou Moura. 

Com o alto número de registros violentos contra bancos, o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, pediu o envolvimento do Exército Nacional e da Polícia Federal na investigação dos casos. "Muitas vezes, apenas os militares têm acesso a modelos de armas e de explosivos utilizadas pelos assaltantes", afirmou. Para ele, além do papel efetivo da força militar, é preciso um maior efetivo de policiais no interior do Estado. 

"A situação agora é emergencial e precisa ser resolvida de forma coletiva com a sociedade civil", explicou Rufino. Ele também alfinetou o Governo de Pernambuco e afirmou que não adianta trocar secretário de Defesa Social. "O caminho não é substituir as pessoas, mas criar uma força efetiva para investigar esses casos. Os homens que agem nessas situações têm mais inteligência que nossa polícia", criticou.

Por causa das ações criminosas, atualmente 48 agências do Banco do Brasil seguem interditadas e sem funcionar completamente. "Em alguns municípios, onde só ha uma agência, a população sofre muito quando os bancos são explodidos e há a necessidade de se descolar até outra cidade para realizar transações financeiras", argumentou o secretário de Assuntos Jurídicos dos Bancários.

Apesar da SDS informar que o número de ocorrências de roubo a agências bancárias diminuiu em relação ao ano passado, a associação rebate e diz que os roubos diminuíram porque os assaltantes preferem explodir as agências a noite. De janeiro a setembro de 2016, conforme a SDS, foram registrados 19 roubos e, na mesma época em 2015, foram 38 ocorrências. "As quadrilhas não agem mais durante o dia, com algumas exceções. Eles se especializaram em furtar as agências e explodir os caixas eletrônicos durante a noite, e esse número cresceu absurdamente", falou Rufino. 

Recorrência

Nas últimas 24 horas, três agências bancárias foram alvo de bandidos. Na madrugada desta terça-feira, pontos de atendimento do Banco do Brasil (BB) e do Bradesco no município da Pedra, Sertão Central, foram totalmente destruídos por explosivos. Os criminosos também incendiaram carros para assustar a população e impedir a perseguição policial.

Na segunda-feira (31), por volta das 19h, a agência do BNB de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), também foi assaltada. Dois suspeitos vestidos com farda dos Correios e de segurança privada chegaram ao local e, armados, renderam uma gerente e um vigilante.

As vítimas também foram ameaçadas pela dupla, que mostrou fotos de parentes dos bancários para comprovar que estariam monitorando suas famílias e suas rotinas. Os assaltantes fugiram levando um malote de dinheiro. A quantia levada não foi informada. Ninguém ficou ferido.

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As agências da Caixa Econômica Federal (CEF) de Pernambuco vão abrir uma hora mais cedo nesta segunda (10) e terça-feira (11). A medida é nacional e tem o objetivo de oferecer um tempo extra de atendimento após um longo período de greve dos bancários.

Como a abertura das agências em Pernambuco ocorre às 10h, os clientes passarão a ser atendidos às 9h. O horário de encerramento continua o mesmo, 16h.

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No Estado, a greve dos funcionários da Caixa foi finalizada na noite da última sexta-feira (7). Com cerca de 300 trabalhadores participando da assembleia, apenas 10 votos foram contrários à retomada dos serviços, e houve também duas abstenções. 

Na quinta-feira (6), os bancos privados, Banco do Brasil e Banco do Nordeste já haviam optado pelo término da paralisação. Após 30 dias de greve e dez rodadas de negociação, a proposta aceita para o ano corrente foi a de reajuste salarial de 8%; abono de R$ 3,5 mil, 15% no benefício de alimentação; 10% no auxílio de refeição; 10% no auxílio creche-babá; licença paternidade de 20 dias; abono integral dos dias parados e garantia de emprego através da realocação e requalificação de funcionários.

Para 2017, a proposta é de reajuste conforme o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Em Pernambuco, 98% das agências ficaram fechadas enquanto no Brasil este número ficou em quase 60%.

Após 31 dias de paralisação, a greve dos bancários pode acabar nesta quinta-feira (6). Em reunião com a categoria na noite desta quarta-feira (5), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs aos trabalhadores um reajuste nominal de 8% nos salários e abono de R$ 3,5 mil. Os empregados vão se reunir às 17h desta quinta, em assembleia geral, para avaliar a proposta e decidir os rumos do movimento.

O Comando Nacional dos Bancários vai indicar aprovação da negociação e o fim da greve, segundo nota do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

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Além do reajuste e do abono, os bancos ofereceram reajuste de 10% no vale refeição e no auxílio creche-babá e 15% para o vale alimentação. Em 2017 haveria a correção integral no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

"Fizemos uma greve forte e, em um ambiente de alta incerteza política e econômica, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale alimentação, refeição e auxílio creche. Garantimos também a não compensação dos dias parados e o Comando vai orientar a aprovação nas assembleias", disse por meio de nota a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Um balanço divulgado pelo sindicato afirma que 42 mil trabalhadores participaram das paralisações durante o período de greve na área de abrangência da entidade, atingindo 727 locais de trabalho, sendo 24 centros administrativos e 703 agências fechados na quarta-feira.

Até a rodada de negociação feita nesta quarta, os grevistas reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, o sindicato pedia o pagamento de três salários mais R$ 8.297,61 em participação nos lucros e resultados, além da fixação do piso salarial em R$ 3.940,24. Se a proposta negociada ontem for aprovada, o piso de funcionários que trabalham em escritórios nos bancos passa de R$ 1.976,10 para R$ 2.134,19.

Os números da greve dos bancários chamavam a atenção na quarta-feira (5). A paralisação completou 30 dias, se igualando à mais longa da história, ocorrida em 2004, segundo nota do sindicato da categoria em São Paulo, Osasco e Região. Seriam 42 mil funcionários de braços cruzados. A Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) contabilizava 13.104 agências e 44 centros administrativos paralisados - algo como 55% do total de agências de todo o Brasil.

Não é possível porém, contabilizar os transtornos que os clientes dos bancos estão enfrentando de Norte a Sul do País. Apesar dos caixas eletrônicos e da digitalização via tablets, computadores e celulares, uma séria de serviços ainda depende do atendimento na boca do caixa.

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Os que mais sofrem são os clientes que têm o azar de ter algum problema com o cartão no meio da paralisação e não têm a quem recorrer. Lucia Helena Agostinho Damico, de 46 anos, vive esse transtorno em Santos, no litoral de São Paulo.

Bloqueados

Lucia cuida das finanças da mãe, Maria de Lourdes Agostinho Damico, de 71 anos, que tem restrições de mobilidade após dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral), usa uma cadeira de rodas para sair de casa e toma dez remédios diariamente. Os gastos com medicamentos passam de R$ 1 mil por mês. Desde o dia 26 de setembro, o cartão da mãe está bloqueado. "No caixa eletrônico, surgiu uma mensagem informando que a senha precisa ser revalidada. O cartão foi bloqueado sem nenhum aviso anterior. Havia um funcionário orientando os clientes e ele confirmou que minha mãe precisa entrar na agência para fazer a revalidação pessoalmente. Só que todas as agências estão fechadas. Como fazer? O dinheiro é dela e está retido", diz Lucia.

Em São Luís, no Maranhão, a servidora Elza Araújo, de 53 anos, tem problema parecido. Não consegue ter acesso à conta porque o seu cartão venceu no meio da paralisação. Ela acredita que os bancários estão no seu direito de fazer greve, mas que deveria haver um mínimo de funcionários para resolver esse tipo de problema. O aposentado José Pires Collins, 79 anos, também de São Luís, teve o cartão bloqueado e nem sabe o motivo. Não consegue sacar a aposentadoria, nem ter acessar às economias. "Quero resgatar parte do meu dinheiro que está em investimentos e poupanças, porém não consigo. Nunca vi uma greve neste País a esse nível". Colins chegou a ir ao Procon para tentar ser atendido.

O empresário Lúcio Carvalho, de 39 anos, de Sorocaba, interior de São Paulo, é da velha guarda por opção. Deixou de fazer operações bancárias pela internet depois que uma de suas contas foi invadida e sofreu transferências indevidas. "Não confio mais nesse sistema, além do mais, ele não permite saques e preciso ter dinheiro porque alguns de meus funcionários não têm conta em banco."

Carvalho diz que está acumulando prejuízos ao longo da greve: atraso no pagamento dos funcionários, demora no recebimento por mercadorias e serviços prestados, juros do cheque especial usado para pagar fornecedores, juros pelo atraso no pagamento de boletos e o tempo perdido. "Meu advogado disse que é possível e estamos contabilizando tudo o que tivemos de prejuízo por causa da greve", diz o empresário.

Até um simples cheque pode render dor de cabeça. O auxiliar administrativo Nilton Jones, de 25 anos, de Belo Horizonte, não pode receber uma dívida. O amigo que lhe deve precisa descontar um cheque para fazer o pagamento. O amigo não tem conta no banco. Precisa ir numa agência para sacar. "Com os bancos fechados isso é impossível", diz Jones.

O vigilante Marcelo Moreira, de 38 anos, também da capital mineira está no grupo dos que se atrapalharam com a corrida do dia a dia e agora têm contas pendentes. "Não consegui pagar nos caixas rápidos e usei uma lotérica, mas há limite para o recebimento de contas", conta.

Na quarta-feira, representantes de bancos e bancários voltaram a negociar. As conversas estavam suspensas desde o dia 28 de setembro. O encontro foi solicitado pelos bancos, que são representados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Não havia definição sobre o rumo do movimento até o fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na tarde desta quarta-feira (5), bancários e centrais sindicais se reuniram para um ato contra a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pernambuco (OAB-PE). Com concentração desde as 15h, em frente à Caixa Econômica Federal - Marrocos, bairro de Santo Antônio, a categoria marchou até a sede da Ordem, localizada na Rua do Imperador, Área Central da cidade. 

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O Sindicato dos Bancários aponta que o ato ocorre após uma série de investidas jurídicas por parte da OAB contra a greve da categoria. Inclusive, foi pedida a majoração da multa de R$ 10 mil para R$ 100 mil e o pedido de prisão da presidente da entidade, Suzineide Rodrigues. A Juíza do Trabalho, Mariana de Carvalho Milet julgou improcedente e excessivo os pedidos da Ordem. 

As reivindicações dos bancários – em greve há 30 dias – consiste na melhoria das condições de trabalho, reajuste de 14,78% - inflação de 9,78% mais 5% de ganho real -, redução das taxas de juros, igualdade de oportunidades e fim dos assédios moral e sexual.

De acordo com o Sindicato dos Bancários, o ato conta com a participação de mais de 30 entidades, entre elas, Contraf, CUT, Frente Brasil Popular, CTB, Levante Popular da Juventude, ABRAT, MST e demais movimentos sociais, como de mulheres, juventude e negros.

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