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Produtores regionais participaram na Estação das Docas, em Belém, de evento comemorativo ao Dia Nacional da Cachaça, 13 de setembro. A 1ª Mostra de Cachaça Paraense teve degustação gratuita de cachaça de jambu, bacuri e açaí, para maiores de 18 anos, e exposição.
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A cachaça também é conhecida por outros nomes: pinga, aguardente, marvada, branquinha, dependendo de cada região. No Pará, uma das mais conhecidas é a cachaça de jambu, planta consumida na culinária paraense, como no tacacá e pato no tucupi, e que agora faz sucesso misturada com o álcool.
O paraense Leandro Augusto Alves Marques, advogado de 40 anos, é sócio proprietário de uma empresa que produz a famosa cachaça. “Na minha infância eu sempre viajava com meu avô, que era do interior do Estado. Tive as primeiras impressões com produtos tradicionais da nossa culinária quando íamos para o município Santarém Novo, que fica a 200 quilômetros de Belém”, conta o empreendedor.
Leandro revela que sempre teve interesse em fazer alguma coisa com o jambu. Em 2008, ele teve seu primeiro contato com a bebida. “A primeira impressão que tive do jambu em bebida foi quando provei um licor, muito ruim por sinal. Nunca esqueci deste momento”, revela.
Apesar do gosto nada agradável da bebida, Leonardo não desistiu do produto. “Não saía da minha cabeça a vontade de fazer algo com o jambu. Em 2012 passei a produzir a cachaça com jambu comercialmente para amigos”, comentou. A cachaça tem um grande diferencial em relação a outras bebidas pela sensação de tremor que a planta causa na boca.
Em 2013, saiu a primeira garrafa de cachaça de jambu da produção de Leandro. Hoje em dia, ele fabrica, além da cachaça, licor de jambu, licor de açaí e jambu, doce de cupuaçu, azeite aromatizado com pimenta, molho de pimenta com tucupi, camarão, pata de caranguejo empanado e castanha do Pará. A última novidade da sua empresa e o lançamento da vodka com jambu.
O empresário informa que todos os produtos usam matérias-primas orgânicas e sustentáveis. “Nas cidades próximas a Belém encontramos quase todos os nossos insumos orgânicos e sustentáveis. De agricultura familiar, onde todos da família trabalham para a horta. Quando tive a ideia de fazer os produtos, sempre pensei na seguinte situação: quero fazer o cliente se transportar para Belém e sentir o verdadeiro gosto da nossa terra e sem conservantes”, observa.
Com reportagem de Sandy Brito.