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Senadores que foram membros da CPI da Pandemia acionaram a Advocacia do Senado para fazer uma "radiografia" dos processos instaurados após a apresentação do relatório final e reunir todos os documentos que consideram ser provas de crimes cometidos pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante o período de enfrentamento à covid-19. Os parlamentares esperam que, sem foro privilegiado, Bolsonaro seja julgado em primeira instância. 

"Tomei a iniciativa de mobilizar os colegas senadores da CPI da Covid e vamos reunir as provas dos crimes cometidos por Bolsonaro, que não tem mais como se esconder por trás do foro privilegiado. A justiça será feita. A gestão irresponsável na pandemia não passará impune ", afirmou o senador Humberto Costa nas redes sociais. 

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O relatório final da CPI, apresentado em outubro de 2021 pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), acusou formalmente o então presidente Jair Bolsonaro de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade. 

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que sempre se opôs ao chamado “núcleo duro” da CPI da Pandemia e promoveu a defesa das ações do governo federal no enfrentamento à covid-19, contesta essa nova movimentação por parte de alguns senadores: "Depois de uma eleição controversa, com negativa de diversos pedidos de investigações sobre o sistema eleitoral e aplicação de censura, querem tornar Bolsonaro inelegível! Não existe elemento que possa sustentar essa denúncia, é um absurdo!”, rebateu Heinze. 

Ao se declarar o único senador independente da CPI da Pandemia, Eduardo Girão (Podemos-CE) afirma que essa proposta de levantar documentos é "muita desfaçatez, visto que todos perceberam que a CPI foi um palanque eleitoral visando apenas antecipar a disputa presidencial de 2022 para 2021, com o objetivo de desgastar unicamente o governo federal". 

"Tanto é verdade que além de a cúpula da CPI ter abraçado “de corpo e alma” a campanha do Lula no ano passado, na época da CPI eles blindaram apenas os governadores e prefeitos da investigação de desvios de verbas públicas (corrupção) quando tínhamos indícios fortes. Só eu entrei com dezenas de requerimentos nesse sentido, alguns negados e outros que nem sequer colocaram para votar. A CPI infelizmente foi zero na busca pela verdade e 100% politiqueira", afirmou. 

Entenda o caso Cópia do relatório final da CPI da Pandemia foi entregue em mãos pelos senadores ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, no dia 28 de outubro de 2021. Um dia antes, eles também estiveram com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. O documento foi distribuído ainda para órgãos do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos previstos na legislação para que fossem promovidos os devidos encaminhamentos.

Nas questões em que havia autoridades com foro privilegiado, a PGR solicitou ao STF para instaurar investigações preliminares. Em janeiro de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) informou que desmembrou em 12 apurações a investigação a partir do relatório final da CPI da Pandemia. No mesmo período, Augusto Aras e o procurador Claudio Drewes José de Siqueira encaminharam ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ofício em que comunicaram a "autuação de notícia de fato". Caberia então à PGR apurar e, se fosse o caso, oferecer denúncias contra os investigados. 

Mas, em julho de 2022, a PGR deu início a pedidos de arquivamento de investigações contra o presidente Jair Bolsonaro, o que foi contestado por um grupo de senadores que integravam o colegiado. Eles apresentaram uma petição ao STF, solicitando aos ministros que desconsiderassem o pedido feito pela PGR e promovessem ação contra o presidente para apurar denúncias feitas pela CPI no relatório final.

"A Advocacia do Senado entrou com um pedido no STF, informando que havia ainda um procedimento de indexação das provas, de estudo das provas, porque era muita coisa, vários documentos digitais que não foram processados devidamente. E havia no Senado um processo para verificar essas provas e fazer a correlação delas com as imputações dos indiciamentos do relatório final", diz o coordenador do núcleo de processos judiciais da Advocacia do Senado, Edvaldo Fernandes da Silva, responsável por coordenar a representação judicial e a assessoria jurídica da CPI da Pandemia.

Alguns processos que estavam com o ministro Ricardo Lewandowski já foram arquivados, mas há procedimentos em aberto com a ministra e presidente do Supremo, Rosa Weber, com o ministro Luís Roberto Barroso e a ministra Cármen Lúcia.   

Como o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seus ministros de Estado que motivaram a fixação do foro no Supremo perderam essa condição privilegiada, os processos devem ser encaminhados automaticamente à primeira instância. 

"O Supremo já faz esse encaminhamento, mas nós podemos pedir o desaforamento dos processos para acelerar. Se os senadores determinarem esse pedido de desaforamento, para as suas remessas à primeira instância, a Advocacia do Senado vai fazer a solicitação", explica o coordenador.

A Advocacia do Senado representou, por exemplo, contra Bolsonaro em razão de ele ter feito uma associação das vacinas anticovid com propagação da AIDS. Foi aberto inquérito e recentemente houve a conclusão pela Polícia Federal de que sim, houve cometimento de crime. 

"Nesse caso agora, certamente esse relatório da PF vai ser remetido para a primeira instância e o juiz de primeiro grau vai adotar as providências que achar cabíveis". 

*Da Agência Senado

O empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, que está no exterior e já teve sua extradição pedida pela Justiça, tornou-se réu em mais um processo em que é acusado de crimes sexuais. Na sexta-feira (16) o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), acatou denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em que ele é acusado de ter estuprado a estudante de Medicina e ex-miss São Paulo Stefanie Cohen. Esta é a sexta vez em que Brennand se torna réu na Justiça paulista. Em dois casos, foram expedidos mandados de prisão contra ele.

No caso de Stefanie, a Justiça acatou também as denúncias pelos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual e constrangimento ilegal. Conforme o TJ-SP, a Justiça brasileira aguarda o processamento de um pedido de extradição feito ao governo dos Emirados Árabes, país onde Brennand está em liberdade provisória. Ele foi preso pela Interpol em outubro último, em Abu Dabi, mas foi libertado após pagamento de fiança. O brasileiro não pode mudar de endereço e é obrigado a comparecer às audiências determinadas pela Justiça.

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Noite de terror

A estudante de Medicina contou ao Estadão que conheceu Brennand em outubro de 2021, quando comemorava a vitória no concurso Miss São Paulo de las Américas. Convidada para jantar, ela acha que foi dopada durante o encontro, pois começou a passar mal. Alegando o intuito de socorrer a jovem, ele a levou para um hotel. Stefanie disse que foi forçada, de forma violenta, a manter relações sexuais com o empresário. "Ele foi forçando a relação anal e eu me lembro de implorar que não, porque era uma coisa que eu nunca tinha feito. E ele forçando aquilo sem preservativo, sem nada."

Na manhã seguinte, após Brennand ter saído do quarto, ela tentou fugir, mas, ao abrir a porta, se deparou com um segurança armado. Mais tarde, o agressor passou a depreciar os atributos físicos dela, chamando-a de "Miss Paraíba", "gorda" e recomendando um cirurgião plástico. Quando conseguiu ir para casa, fingindo que estava tudo bem e que voltaria a se encontrar com ele, o agressor enviou vídeos íntimos feitos enquanto ela dormia. "Aquele vídeo disse tudo o que precisava ser dito, ou seja, era uma ameaça explícita", contou.

Em outro processo, Brennand se tornou réu por ter violentado uma mulher norte-americana. Conforme o MP, o empresário filmou a vítima durante os atos sexuais e ameaçou divulgar os vídeos, prática denominada "revenge porn" (pornografia da vingança). Ele também foi acusado de estuprar e mandar tatuar suas iniciais no corpo de outra mulher. A vítima também foi mantida em cárcere privado. Ao menos dez mulheres ouvidas pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do MP-SP já relataram abusos cometidos pelo empresário.

Outros casos

Os casos vieram à tona depois que Thiago Brennand foi flagrado por câmeras agredindo a empresária e modelo Helena Gomes na academia de um shopping, em São Paulo. O empresário instigou o filho menor de idade a proferir agressões verbais contra a mulher, por isso, além das agressões, ele foi denunciado também por corrupção de menores.

Em outros dois casos, Brennand foi denunciado pela Justiça de Porto Feliz (SP) por agressão e ofensas contra funcionários do condomínio onde morava. As vítimas são o garçom Vitor Igor Rodrigues Machado e o caseiro Agostinho Rodrigues da Silva. Brennand é processado também pela advogada e ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur por injúria, calúnia e difamação.

O empresário está fora do País desde o dia 4 de setembro, um dia após ser denunciado pelo MP-SP pela agressão à modelo. Após ter descumprido determinação da Justiça para retornar ao Brasil, ele teve a prisão decretada e passou a ser considerado foragido, mas foi preso pela Interpol. O TJ-SP já enviou às autoridades os documentos para extradição do réu. A documentação ainda é analisada pela justiça dos Emirados Árabes.

Procurado pela reportagem, o escritório HSLaw Hasson Sayeg, Novaes e Venturole Advogados, que defende Thiago Brennand, informou que não irá se manifestar.

Um etíope cujo pai foi assassinado durante a guerra em seu país se uniu a uma ação movida no Quênia contra a companhia Meta. A empresa matriz do Facebook é acusada de fomentar a violência e o discurso de ódio.

A ação apresentada no Supremo Tribunal afirma que a Meta não respondeu adequadamente aos conteúdos que incitavam o ódio em sua plataforma, especialmente em relação com a guerra na região etíope do Tigré, iniciada há dois anos.

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Um dos demandantes disse que seu pai, um acadêmico etíope, foi alvo de mensagens racistas antes de seu assassinato em novembro de 2021. Segundo ele, o Facebook não removeu essas publicações, apesar das queixas.

"Se o Facebook tivesse impedido a propagação de ódio e moderado adequadamente as postagens, meu pai estaria vivo", disse Abraham Meareg, um acadêmico assim como o pai.

"Vou levar o Facebook ao tribunal para que ninguém volte a sofrer o que minha família sofreu. Busco justiça para milhões de compatriotas africanos prejudicados pela especulação do Facebook e uma desculpa pelo assassinato de meu pai", acrescenta Meareg.

Os demandantes pedem ao tribunal que um fundo de indenização de 200 bilhões de xelins quenianos (US$ 1,6 bilhão) seja criado para as vítimas de violência e ódio expressos no Facebook.

A denúncia contra torcedores que entoaram cânticos racistas e chamaram Vini Jr. de “macaco” foi arquivada pela Procuradoria Provincial de Madrid. O Ministério Público espanhol reforçou a posição contrária ao preconceito no futebol, mas decidiu não levar a denúncia adiante por entender que os xingamentos foram pontuais.

No clássico contra o Atlético de Madrid, em setembro, o brasileiro que fez o gol do título da última Champions League do Real Madrid foi ofendido por parte da arquibancada e no entorno do estádio. O episódio baseou a denúncia do presidente do Movimento Contra a Intolerância, Racismo e Xenofobia, Esteban Ibarra.

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O Ministério Público espanhol considerou o canto como "nojento", "inadequado" e "desrespeitoso". Segundo o El País, o representante do MP apontou que não há ato específico a ser imputado a uma pessoa determinada e que o contexto da rivalidade do clássico não define o crime contra a dignidade da pessoa. Além disso, acrescenta que os xingamentos não se repetiram mais de duas vezes e que duraram "alguns segundos".

“Quem mata passa duas horas esfaqueando? Ou dois minutos? Isso é incrível", criticou Ibarra. Ele orientou as autoridades a analisar gravações para identificar os responsáveis. “É perturbador que eles tenham tomado essa decisão e que ela não tenha sido suficientemente investigada. Isso abre as portas para a impunidade nesse tipo de evento em campos de futebol”, disse.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB) pediu investigação à Polícia Civil da Bahia por uma ameaça e por perseguição registrados em um resort de luxo na Praia do Forte, na região metropolitana de Salvador. A Delegacia de Proteção Ambiental (DPA) apura o caso. O episódio ocorreu no dia 20 de novembro.

Maia, que estava com sua companheira, a advogada Vanessa Canado, foi abordado por um casal no café. O homem, então, passou a hostilizar o deputado, chamado de "ladrão." Como reação às ofensas, Maia fez a letra L com a mão, em uma referência ao símbolo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como reação às ofensas. O caso foi noticiado pelo jornal O Globo e confirmado pelo Estadão.

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"A representação do parlamentar é aguardada para prestar depoimento. A unidade já solicitou informações ao estabelecimento, para a identificação dos envolvidos", diz o comunicado da Delegacia de Proteção Ambiental.

O crime de perseguição foi tipificado na legislação nacional em março do ano passado, no artigo 147-A do Código Penal. A punição é adotada para quem "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade". A pena é de seis meses a dois anos de prisão e multa.

O ex-ministro Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência em 2022, também foi vítima de ataques no fim de semana. Em um aeroporto para Miami, uma mulher o chamou de "traidor" por apoiar Lula no segundo turno da eleição presidencial. Ao lado da esposa, Ciro apenas ignora as ofensas. A reportagem procurou contato e não teve resposta.

O ex-jogador e ídolo do Náutico Kuki fez fortes revelações sobre os bastidores do final de temporada do Timbu. Em entrevista ao canal do jornalista Wellington Araújo, na última quarta-feira, Kuki afirmou que um jogador do elenco alvirrubro esteve envolvido com apostas esportivas.

''Foi uma vergonha o que aconteceu dentro do Náutico. Esquema de jogo no final. Pode ver nas redes sociais do cara, ele ganhava 10 mil no Náutico e andava de Land Rover'', afirmou.

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''Ele já está na cidade dele anunciando que fez dinheiro. O Grêmio veio jogar aqui e um jogador disse: 'O que aquele cara está fazendo ali? Esse cara aí é o que dá gol'. Tudo isso a gente tem que engolir”, complementou.

Na entrevista, o ídolo alvirrubro diz, sem citar nomes, que o jogador falhou decisivamente na reta final da temporada e revela o momento a que se refere. 

“Naquele jogo da Chapecoense não teve um homem dentro do vestiário para pegar o contêiner, jogar em cima dele e dizer que ele era um lixo. É só você olhar o jogo da Chapecoense. Ele puxa o cara e joga-o para dentro. Vergonhoso. Liguei para Nei Pandolfo e disse: 'tira agora para desmoralizar'. Quase tive um treco, eu tremia no sofá”, disparou.

Na 37ª rodada da Série B, o Náutico enfrentou a Chapecoense na Arena Condá. Na ocasião, o Timbu perdeu de 1 a 0, com o placar garantindo a permanência da Chape na Série B. O único gol da partida foi resultado de um pênalti cometido pelo zagueiro Artur Henrique, do Náutico, em Perotti.

“Me falaram para ter calma. Calma com esse 'Fdp' fazendo isso com a gente? Ele matou sonhos nossos. E tem outros jogos que dá para ver o que fez esse cara dentro do Náutico. Se você falar, como funcionário, está errado. Quem devia falar, que são os jogadores, têm medo. Jogador é corporativo. É uma vergonha”, completou Kuki.

A reportagem do LeiaJá procurou a empresa responsável por gerir a carreira do zagueiro Artur Henrique, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria.

Neste domingo (20), a quadrinista brasileira Mary Cagnin usou suas redes sociais para denunciar um suposto plágio de sua obra praticado pela Netflix. Em diversas publicações, a artista traça paralelos entre roteiro e estética de seu quadrinho Black Silence, publicado em 2016, com a série 1899, produzida pelo serviço de streaming. 

"Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas", escreveu a artista.

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De acordo com Cagnin, o plágio seria possível porque ela apresentou a obra em influentes feiras internacionais, a exemplo da Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia. "Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês", explicou. 

A quadrinista também frisou que o Brasil ainda oferece poucas oportunidades para artistas que trabalham com a linguagem. "Já chorei horrores. Meu sonho sempre foi ser reconhecida pela meu trabalho nacionalmente e internacionalmente. E ver uma coisa dessas acontecendo realmente parte meu coração. Sabemos que no Brasil temos poucas oportunidades para mostrar nosso trabalho e ser reconhecido por ele", desabafou.

Representantes da sociedade civil que integram o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura denunciaram 'boicote' do governo Jair Bolsonaro na última reunião presencial do colegiado, marcadas para esta quarta-feira, 9, e quinta, 10.

Dos 11 integrantes do governo que integram o grupo, apenas dois participaram do encontro nesta quarta, 9, impedindo a abertura dos trabalhos do grupo. A ausência se repetiu nesta quinta, 10, e novamente não houve quórum para a reunião - no mínimo 14 membros.

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A reunião do plenário estava desde setembro, mas os representantes do governo que integram o comitê não apresentaram justificativas formais sobre a ausência. Alguns deles alegaram 'conflitos de agenda'. Do outro lado, os 11 membros da sociedade civil que integram o grupo estavam presentes. A previsão é a de que o colegiado seja composto por 12 integrantes da sociedade civil, mas um cargo está pendente de preenchimento.

Em razão das ausências, o colegiado não pode discutir os itens previstos na pauta, que incluía temas como transição de governo na pasta de Combate à Tortura; novos editais de seleção de perito do Mecanismo Nacional de Combate à Tortura e membro da sociedade civil do comitê; a apresentação de relatório sobre inspeção realizada em Alagoas. Outra questão que seria definida na reunião é a data do próximo encontro, em 2023.

De acordo com a vice-presidência do Comitê, mesmo sem a instalação da reunião foram discutidos temas para não prejudicar a análise de 'graves violações'. Foi dado encaminhamento a denúncias de violações de direitos nos Estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás.

Em nota de repúdio, os integrantes do comitê afirmaram que o 'boicote' à última reunião do ano 'integra um conjunto de constantes atos de desmonte do Sistema de Prevenção e Combate a Tortura, reiteradamente praticados durante a gestão do governo Jair Bolsonaro'. "(Tais atos) sucatearam o prosseguimento de pautas de combate e prevenção à tortura, além de manifesto desrespeito à política de combate à tortura assegurada na Constituição Federal, em normas nacionais e internacionais", afirmam.

As denúncias de blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF), contrariando determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são destaque na mídia internacional, que levantam as suspeitas de repressão eleitoral nesta disputa para a Presidência do Brasil.

Com o título "Acusações de supressão de eleitores em eleição no Brasil", o The Washington Post expõe em seu site as denúncias de repressão eleitoral e a manutenção do horário de votação. "Apesar das ações de interferência, as urnas fecharão no horário estipulado, afirmam autoridades". "As tensões no Brasil estão altas neste domingo, quando o País profundamente dividido vota em uma eleição vista como a mais importante desde o colapso da ditadura militar em 1985", complementa.

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A Reuters afirma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "minimizou os relatos de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou bloqueios ilegais de ônibus que transportam eleitores pelo nordeste pobre, onde o apoio de Lula é mais forte", e acrescenta que "críticos alegam que a PRF se tornou abertamente pró-Bolsonaro e que as autoridades estavam tentando impedir a votação nos redutos de Lula".

O The Gardian pontua que "o futuro de uma das maiores democracias do mundo e da floresta amazônica estava no fio da navalha quando o Brasil realizou sua eleição mais importante em décadas e seu presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, lutou para se agarrar ao poder em meio a alegações de que as forças de segurança estavam envolvidas em uma campanha de repressão eleitoral pró-Bolsonaro".

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco recebeu apenas uma denúncia de assédio eleitoral neste domingo de votação (30). O órgão atendeu no esquema de plantão neste fim de semana, período em que totalizou 12 queixas. 

LeiaJá também: Assédio eleitoral: 27 empresas foram denunciadas em PE

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Do total de denúncias nesses dois dias, 10 foram no Recife, uma em Caruaru, no Agreste, e uma em Serra Talhada, no Sertão do estado. O objetivo da fiscalização é assegurar que os trabalhadores possam votar sem qualquer tipo de influência ou impedimento. 

Desde o início do pleito eleitoral, o MPT em Pernambuco registrou 48 denúncias em todas as regiões. No Brasil foram cerca de 2.500 ocorrências, índice que saltou em relação a 2018, quando foram contabilizadas 212 denúncias de assédio eleitoral no país e apenas 6 em Pernambuco. 

LeiaJá também:

---> MPT em PE recebeu 11 denúncias de assédio eleitoral

---> Empresário que exigiu voto em Bolsonaro faz acordo com MPT

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, enviou um ofício na madrugada deste domingo, 30, a todas as Superintendências reafirmando a continuidade das operações da corporação, apesar de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ter proibido no sábado qualquer ação neste sentido.

"Reafirmo o compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança pública nacional, quer seja na promoção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União, razão pela qual a OPERAÇÃO ELEIÇÕES 2022, nas ações não conflitantes com a decisão proferida pelo TSE, deve seguir seu curso natural até o dia 1º de novembro de 2022, com o Debriefing das ações do 2º turno", destaca o documento obtido pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Neste domingo de eleição, há centenas de denúncias de abordagens da PRF, mas também da Polícia Federal (PF) e também da Polícia Militar (PM), que têm atrasado e até impedido eleitores de chegar às suas seções eleitorais.

A determinação de sábado que proibiu as operações da PRF atendeu a uma ação do PT que já havia recebido denúncias de articulações neste sentido. Embora no ofício às Superintendências, Vasques fale em "fiel cumprimento da aludida decisão", logo abaixo ele destaca a manutenção da Operação Eleições 2022.

Por todo o País, mas especialmente no Nordeste, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra força eleitoral, houve um reforço da atuação da PRF. A Folha de S.Paulo destacou que, na comparação com o primeiro turno, o número de abordagens se multiplicou e já era 70% maior até o início da tarde - até 12h35, o órgão já havia realizado 514 operações, de acordo com informações obtidas pelo jornal.

A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações. Moraes determinou o fim imediato das atividades e também convocou Vasques a se explicar no TSE. Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, evitou comentar sobre as denúncias de operações ilegais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estariam atrapalhando os deslocamentos de eleitores neste domingo, 30. Após votar na Asa Sul, em Brasília, a ministra foi questionada por jornalistas sobre o tema, mas disse apenas que a "Justiça Eleitoral está tratando adequadamente deste tema".

Por volta das 15h20, o diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, estava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prestando depoimento sobre as operações, que foram proibidas no sábado pelo presidente da corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes. Rosa ainda disse que este domingo de votação em segundo turno é um dia que a democracia se reafirma. "Cada vez que o povo se dirige às urnas para escolher os nossos dirigentes nós reafirmamos a nossa democracia e o Estado Democrático de Direito", afirmou.

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A ministra ainda disse que "é muito bom ver a votação acontecendo de forma serena" e desejou que a situação continue tranquila até o fim do dia. "E que nós todos possamos juntos celebrar a democracia."

Mais tarde, Rosa Weber deve ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar a apuração com os ministros da corte eleitoral e outros membros do STF, além de autoridades de outros Poderes, em uma forma de blindar a instituição dos ataques que tem sofrido, como já ocorreu no primeiro turno.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou por volta de 12h deste domingo (30) que o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais. Há relatos de diversos Estados, em especial no Nordeste.

No despacho, Moraes citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem "orquestrados".

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No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime pelo diretor-geral da corporação.

Receio de que eleitores sejam impedidos de votar

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tome providências sobre suposto uso da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em favorecimento ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O ministro Alexandre de Moraes, que comanda o Tribunal Superior Eleitoral, determinou neste domingo que os diretores-gerais das Polícias Federal e Rodoviária Federal prestem informações em até quatro horas sobre as acusações de que as corporações estariam agindo em favor do presidente Bolsonaro.

Na noite de sexta, 28, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em uma rede social que soube de denúncias a respeito. "Chegaram a nosso conhecimento denúncias de que PF e PRF estariam sendo instrumentalizadas pelo governo para fazer operações com objetivo eleitoral. Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição", escreveu no Twitter.

Um estudante, de 17 anos, foi agredido pelo professor de Educação Física dentro de uma escola em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nessa quinta-feira (27). Ele foi demitido após circular um vídeo do momento em que deu um soco no pescoço do aluno. 

A agressão ocorreu na quadra da escola Aquarela, durante uma competição de handebol dos jogos internos. Nas imagens, o aluno tenta pegar uma bola que está com o professor, quando recebe o soco. 

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O caso foi registrado pela família do garoto no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) de Paulista como lesão corporal. A escola emitiu um comunicado em repúdio à conduta do professor e anunciou sua demissão dele e da coordenadora, que supostamente teria tentado evitar a denúncia. 

Confira a nota na íntegra:

"A Escola Aquarela vem através deste repudiar veementemente a atitude tomada por um ex funcionário da escola onde o mesmo aparece em vídeos que estão circulando em redes sociais agredindo um aluno da escola.  

A direção esclarece que todas as medidas foram tomadas tais como: Demissão imediata do funcionário, afastamento da coordenadora e suspensão dos jogos e total apoio e assistência a família do menor. A escola Aquarela estará à disposição para qualquer esclarecimento" 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro para suspender a veiculação das inserções do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob o argumento que rádios deixaram de veicular ao menos 730 comerciais de sua campanha.

Logo após a decisão do tribunal, Bolsonaro convocou ministros mais próximos e militares para uma reunião de emergência no Palácio da Alvorada e uma coletiva de imprensa durante a noite. A expectativa anterior era que ele saísse de Minas Gerais diretamente para o Rio de Janeiro, onde tem agenda de campanha nesta quinta-feira, 27. O avião ficou parado por meia hora no pátio com Bolsonaro ao telefone até ele resolver convocar a reunião na capital federal.

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Na decisão, Moares arquiva o processo pela "inépcia" e encaminha a decisão ao procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, para que analise possível "cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno". Além disso, pede que Aras avalie instaurar um processo administrativo para apurar o eventual "desvio de finalidade" na utilização de recursos do fundo partidário pela campanha de Bolsonaro. Na prestação eleitoral entregue até o momento, não há gastos com a empresa contratada pela campanha para o levantamento dos dados que sustentaram a denúncia.

O ministro disse que a campanha apontou "uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito, sem base documental crível, ausente, portanto, de qualquer indício mínimo de prova em manifesta afronta à lei eleitoral". Em letra maiúscula, o ministro escreveu: "DIANTE DE DISCREPÂNCIA TÃO GRITANTES, ESSES DADOS JAMAIS PODERIAM SER CHAMADOS DE 'PROVA' OU 'AUDITORIA'".

"Não restam dúvidas de que os autores - que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha - apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova", escreveu Moraes na decisão.

Segundo o ministro, a campanha incorreu em "manifesta afronta" à Lei das Eleições por apresentar denúncias sem "fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias". "Os erros e inconsistências apresentados nessa "pequena amostragem de oito rádios" são patentes". O ministro afirma que inicialmente a campanha alegou que "emissoras de rádio em diversas cidades brasileiras, espalhadas por todas as regiões, não veicularam as inserções do presidente", mas que "foram alterando suas alegações, chegando a expressamente admitir a existência de pedido incerto e indefinido, ao afirmarem que o total dos dados só poderá ser apresentado e checado totalmente ao fim das investigações judiciais".

O ministro destacou em sua decisão que o País tem cerca de 5 mil rádios e que a campanha apresentou "supostas irregularidades" em oito emissoras, o que representa 0,16% do universo estatístico apontado. "A campanha não trouxe qualquer documento suficiente a comprovar suas alegações" juntando apenas o relatório produzido pela Audiency Brasil Tecnologia, uma empresa que, na avaliação do ministro, não tem atuação na área de auditoria.

O Estadão ouviu seis das oito rádios: quatro dizem que fizeram tudo certo, uma diz que a campanha do Bolsonaro atrasou a entrega e uma sexta admitiu que, num único dia, um erro no sistema fez com que Lula tivesse 15 inserções a mais da sua campanha veiculadas. Essa mesma rádio também disse que a campanha de Bolsonaro atrasou a entrega dos conteúdos.

Após algumas emissoras de rádio alegarem não terem recebido os programas de Bolsonaro, a campanha do presidente divulgou uma nota afirmando que todas as entregas ocorram no prazo e dentro das regras do TSE. "Os documentos comprobatórios foram encaminhados para o setor jurídico da campanha", diz a nota.

"Pasmem, ainda, que do exame dos arquivos juntados pelos autores não se extraem os dados apontados como aptos a amparar as razões apresentadas. Ao contrário disso, apenas são encontradas planilhas, a rigor esparsas, com dados aleatórios e parciais, que tornam impossível chegar a conclusão sustentada pelos requerentes", criticou Moraes na sua decisão.

Moraes disse que a campanha não conseguiu comprovar que a programação regular transmitida pelas rádios é a mesma veiculada pelas plataformas de streaming, como alegou no estudo apresentado ao TSE. O ministro destacou que a programação das rádios na internet e no streaming não segue necessariamente a propaganda institucional obrigatória, como o horário eleitoral gratuito e o tradicional programa "A voz do Brasil".

"Os erros e inconsistências apresentados nessa ‘pequena amostragem de oito rádios’ são patentes, tanto que constatados rapidamente em estudo realizado por Miguel Freitas, engenheiro professor do departamento de Telecomunicações da PUC/RJ, em 26/10/2022, ao analisar as inserções em uma das rádios apontada pelos autores".

Freitas narra que a partir das informações apresentadas pela campanha de Bolsonaro ao TSE ele desenvolveu um programa capaz de analisar áudio e buscou duas propagandas de Bolsonaro no intervalo de 24 horas da programação da Rádio da Bispa, de Recife (PE).

Como resultado, encontrou nove inserções que não foram contabilizadas no relatório da empresa Audiency Brasil Tecnologia, contratada pela campanha de Bolsonaro para a auditoria. Assim, as 13 inserções do PL apontadas pela empresa naquele intervalo deveriam ser, no mínimo, 22 -- quase 70% a mais.

Além disso, a emissora pernambucana apontou outro problema no relatório. O documento apresentado pelos advogados de Bolsonaro ao TSE após pedido de esclarecimentos de Moraes traz uma frequência que não corresponde a da emissora no FM e aponta apenas 101 inserções de programas de Bolsonaro no período entre 7 e 14 de outubro.

A rádio diz que foram 200, conforme determinado no mapa de inserções definido pela Justiça Eleitoral. "Não procede a informação de que a Rádio da Bispa 98,7 FM favoreceu um candidato", destaca. Freitas destaca que a metodologia usada pela empresa tem probabilidade de erro porque, a grosso modo, compara áudios que possui com o que é transmitido pelo streaming da rádio.

"É como um app que identifica a música que está tocando. Mas tem uma probabilidade de erro. O áudio pode estar distorcido, pode fazer contagem a mais ou a menos. Não sou auditor, mas vejo que se for para fazer seriamente uma auditoria não poderia ser assim", disse ao Estadão.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito para investigar suposto esquema de enriquecimento ilícito que seria encabeçado pelo primo do prefeito de Barreiros, Carlinhos da Pedreira (PP), no município no Litoral Sul de Pernambuco. O principal suspeito estaria acumulando os cargos de secretário adjunto enquanto comandava ações da Secretaria de Obras, Transporte e Cultura, além de ter parte considerável da família dentro da gestão.  

Conforme a denúncia recebida pela Promotoria de Justiça de Barreiros, Raphael Henrique Belo Sanguinetti é dono de carros e caminhões agregados à Prefeitura e recebe valores junto à empresa que contrata os automóveis da gestão. 

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Raphael Belo Sanguinetti também é investigado por empregar parte da família na Prefeitura. "Todos recebem altos salários e as maiores gratificações do município", ressaltou o documento. 

A denúncia descreve que Raphael era conhecido como o verdadeiro prefeito da cidade. Com o pedido para não ser identificada, uma ex-funcionária da Prefeitura de Barreiros comentou a atuação da família Belo Sanguinetti ao LeiaJá. "Enquanto o prefeito faz pose para foto, o primo e a esposa do primo é quem manda e desmanda na cidade e perseguem quem não concorda com isso. A esposa não faz a mínima questão de esconder que ela quem manda e só trabalha quem ela quer", afirmou.

A criminação investigada pelo MPPE cita a secretária de Educação da cidade, Onilda Belo, e o secretário de Esportes e Eventos, Zonari Sanguinetti, que seriam parentes do prefeito Carlinhos da Pedreira. A acusação também cita a esposa Andreza Sanguinetti como secretária adjunta da Secretaria de Saúde; a prima da esposa Andralina, como coordenadora de regulação da mesma pasta; a prima, Pollyana Sanguinetti, tem contrato com a Secretaria de Ação Social; e o irmão, Onildo Sanguinetti, também tem negócios com a Prefeitura. 

A Prefeitura de Barreiros foi procurada, mas não se posicionou sobre o caso até o momento.

 

O Ministério Público Federal de Sergipe ofereceu denúncia nesta segunda-feira, 24, contra os policiais rodoviários federais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia pela suposta tortura de dois jovens, um de 23 anos e outro menor de idade, durante uma abordagem policial em 23 de maio na cidade de Umbaúba (interior de Sergipe, a 100km de Aracaju). Em outra ação penal, Nascimento e Noia também foram denunciados pelo assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, morto dentro de uma viatura sufocado por gás.

A denúncia tramita perante a 7ª Vara Federal de Sergipe, sob responsabilidade do juiz Rafael Soares Souza. De acordo com o MPF, os policiais, que integram o Grupo de Motopoliciamento Tático da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, solicitaram aos rapazes que parassem para uma abordagem. Eles teriam resistido à ordem, o que em tese motivou os agentes a agredirem-nos com ‘pisões no corpo e no rosto, chutes, tapas e ameaças, como castigo pessoal por não terem obedecido’.

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O ato, de acordo com as investigações, foi tipificado como crime previsto na Lei de Tortura e tem uma pena que pode chegar a oito anos. Segundo o MPF, duas agravantes devem incidir sobre o caso: o fato de uma das vítimas ser menor de idade e a autoria do crime ser de um agente público. Caso sejam condenados, os três policiais serão exonerados de suas funções.

Santos, Nascimento e Noia, de acordo com a Procuradoria, ‘submeteram dois jovens a intenso sofrimento físico e mental’. As lesões provocadas nos rapazes foram confirmadas pelo Instituto Médico Legal e cinco testemunhas teriam presenciado tanto as agressões quanto a ausência de qualquer reação por parte das vítimas.

A morte de Genivaldo Jesus dos Santos aconteceu no dia 25 de maio, na mesma cidade, apenas dois dias depois da agressão aos dois rapazes. Eles registraram ocorrência no dia 27 daquele mês, depois da repercussão que teve o caso de Genivaldo. A Justiça determinou a prisão preventiva de Nascimento e Noia no último dia 14.

COM A PALAVRA, CLENILSON SANTOS, PAULO NASCIMENTO E WILLIAM NOIA

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a defesa dos policiais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

O Ministério Público de São Paulo denunciou o ginecologista Renato Kalil por crime de lesão leve e violência psicológica durante o parto da influenciadora Shantal Verdelho. O caso foi revelado por ela ainda no ano passado através das redes sociais e, nos dias seguintes, outras mulheres surgiram com acusações similares de violência obstétrica contra o médico.

As promotoras Fabiana Dal Mas e Silvia Chakian, responsáveis pelo caso, também pediram à Justiça uma indenização de R$ 100 mil. Em nota, o MPSP frisou que considera "todos esses crimes em contexto de violência obstétrica", reconhecida pela Organização Mundial de Saúde na década passada como um problema de saúde pública que afeta mulheres e seus bebês.

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O caso de Shantal foi revelado através de áudios e vídeos gravados durante o parto realizado por Kalil e enviados em um grupo de amigos da influenciadora. Ela relata o que ocorreu durante o nascimento de sua filha, Domenica, em setembro de 2021.

"Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele (Renato) me xingava o trabalho de parto inteiro. Ele fala: 'porr*, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, porr*'", conta Shantal no áudio.

Pelo menos sete mulheres acusaram Kalil de ter cometido violência obstétrica similar à narrada por Shantal. Em dezembro, a Promotoria de Enfrentamento à Violência de Gênero, Doméstica e Familiar contra a Mulher, do MPSP, e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriram investigação contra o médico.

O Estadão tentou contato com Roberto Kalil, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto. Ainda no ano passado, durante o início das investigações, o médico disse que aguardava "com tranquilidade a apuração, que irá comprovar a improcedência das denúncias" e repudiou veementemente o que classificou como "relatos mentirosos que aludem a atos com conotação sexual".

O empresário Thiago Brennand foi novamente denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por ameaçar o caseiro de uma propriedade em um condomínio de luxo em Porto Feliz (SP). O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) analisa o caso.

De acordo com o MP, a vítima estava dirigindo o próprio carro próximo da casa de Thiago, que estava deixando o imóvel na mesma hora. O acontecimento se deu no dia 25 de julho de 2022.

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Com isso, Brennand começou a perseguir e buzinar para a vítima. Segundo o MP-SP, um policial militar aposentado estava trabalhando como segurança naquela noite e viu o crime acontecendo. A testemunha revelou que Brennand utilizou de palavras de baixo calão para se referir ao caseiro. O empresário teria dito: “Só não te quebro aqui porque você está no lugar errado. Olha o tamanho da sua barriga, seu velho safado".

O segurança também afirmou que Brennand estava com as mãos nas costas durante a discussão, dando a entender que estava armado, a fim de intimidar o caseiro.

Esta não é a primeira vez que o MP-SP denuncia Thiago Brennand. Em 19 de outubro, o empresário foi denunciado por lesão corporal após agredir um garçom em março deste ano. É também réu na justiça de São Paulo por nove crimes cometidos contra uma mulher em 2021. A vítima acusou Thiago de obrigá-la a tatuar as iniciais do nome dele.

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) publicou no Diário Oficial, neste sábado (22), a instauração de um inquérito civil sobre a denúncia de uma servidora fantasma e de nepotismo no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Segundo a acusação, a servidora é irmã do secretário executivo da Secretaria de Saúde da cidade à época. 

O texto diz que a servidora, identificada apenas como A.M.O, foi mencionada no Portal da Transparência de Caruaru até o mês de junho de 2021 no cargo de auxiliar administrativa, com primeira admissão em 01/04/2019. A servidora A.M.O já foi lotada na Comissão Permanente de Licitação e na Gerência Geral de Atenção Especializada, recebendo, na segunda, a quantia mensal de R$1.178,50. No entanto, ela “não exerceria nenhuma função”. 

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Em nota enviada ao LeiaJá, a Secretaria de Saúde de Caruaru informou que a denúncia “não procede”, e que os servidores não fazem parte da atual gestão. “Toda a informação e documentos foram encaminhados para o Ministério Público de Pernambuco há mais de um ano, sem novos questionamentos desde então. De toda forma, nenhum dos servidores fazem parte do quadro funcional da atual gestão”, explicou. 

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