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Quem entra em um supermercado na Argentina percebe que alimentos de marcas importadas desapareceram das prateleiras, dando espaço a menos variedades. Quem tenta comprar um carro zero ouve nas concessionárias que não há previsão de entrada de novos automóveis no curto prazo. Entidades hospitalares alertaram há poucas semanas que cirurgias podem ser canceladas e tratamentos interrompidos por falta de equipamentos básicos.

Em dívida com o FMI e com as reservas em dólares no vermelho, a Argentina observa a sombra de um desabastecimento generalizado em produtos importados ou que dependem de peças de fora. Entidades empresariais e grupos de saúde vêm desde o começo do ano publicando notas de alerta, mas a recente desvalorização da moeda e com a entrada de dólares cada vez mais escassa, as ausências de produtos ficam mais evidente e o medo é de uma paralisação completa da produção industrial do país.

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Em agosto, o governo, que tenta se manter no cargo pela candidatura de Sergio Massa à presidência, correu para negar que havia risco de desabastecimento de produtos médicos depois que associações de tratamento de diálise alertaram que não estavam conseguindo comprar insumos e poderiam suspender tratamentos. Mas os comunicados de alerta não para de chegar e vêm dos mais diversos setores.

"As atuais restrições regulatórias e cambiais impedem o regular abastecimento do sistema de saúde, o que afetará a qualquer momento a realização de análises clínicas, obrigando à suspensão de intervenções como transplantes e cirurgias, colocando em risco de vida os pacientes do país", afirmaram entidades que representam empresas e laboratórios médicos em um documento enviado em julho ao ministro da Economia e presidenciável, Sergio Massa.

A área médica não é a única a sofrer com dificuldades de importação. Há pelo menos três meses a Argentina não recebe carros importados e faltam peças para os automóveis em manutenção. Entidades químicas também alertaram para a falta de insumos que impactariam desde a produção de alimentos até antibióticos, e a indústria no geral vê sua dívida externa crescer conforme o governo não libera os dólares para pagamentos de compras já feitas.

"No supermercado há cada vez menos variedade de produtos, porque a gente recebe muitos produtos alimentícios importados do Brasil", observa Juan Carlos Rosiello, professor de Economia da Universidade Católica Argentina (UCA). "O mesmo acontece com os carros, que compramos muito do Brasil e já não entram."

"Mas o mais angustiante é a falta de medicamentos, inclusive para doenças com tratamentos complexos. Obviamente a escassez de automóveis é menos grave que de medicamentos, e alimentos nós também produzimos internamente então vamos continuar comendo. Mas essa situação mostra que a Argentina não está tendo um livre comércio", completa.

No último dia 19 de setembro, a União Industrial Argentina lançou um alerta de que as dificuldades para acessar as divisas estão impactando nas compras de serviços essenciais para o funcionamento das indústrias, como licenças de softwares, hardwares e alojamento na nuvem.

A entidade também alertou para um salto na dívida comercial das empresas, que contam com uma liberação de dólares a conta gotas por parte do governo. Segundo comunicado, a dívida saltou de US$ 16 bilhões para US$ 38 bilhões nos últimos três anos. "Esse aumento está causando complicações no crédito privado que as empresas têm com seus fornecedores e pode causar maiores tensões nas cadeias produtivas", diz a nota.

"Nossas exportações têm um percentual de componente importado, então, se a indústria exportadora não consegue importar esse pequeno percentual que precisa para finalizar o seu produto, ela não consegue exportar, e isso gera um forte impacto na produção, que fica paralisada. Então além de impactar a área médica, de alimentos e automotivos, impacta também a questão da produção interna", explica Rosiello.

Restrições a importações

Segundo as entidades empresariais, o problema não é apenas a falta de dólares para pagar os parceiros comerciais, mas também as barreiras de importação impostas pelo governo e a constante oscilação de preços devido à inflação. Com as reservas líquidas em dólares negativas em quase US$ 10 bilhões, segundo estimativas de consultorias privadas, o governo tenta conter a fuga das notas com as importações.

Por um tempo o país permitiu que suas transações fossem feitas também em yuan, a moeda chinesa, mas mesmo esta fonte começa a secar. Com isso, o governo vem impondo desde outubro do ano passado um limite de importações.

Frente a um cenário de vários câmbios em circulação que chegam a custar até o dobro do valor oficial, o governo argentino se viu diante de uma situação em que produtores seguravam suas vendas sabendo que o produto valeria mais no futuro e importadores faziam imensas compras para garantir o dólar mais barato.

Com isso, foi criado o Sistema de Importação da República Argentina (Sira), para regular este fluxo. Quem precisa importar insumos tem que preencher um formulário e é a partir dele que o governo determina se autoriza ou não a entrada. As empresas, porém, vêm denunciado atrasos nas autorizações dos formulários e dificuldades de comunicação com as autoridades responsáveis.

Toda essa situação se soma à enorme desvalorização da moeda argentina que o governo promoveu logo após as eleições primárias, a pedido do FMI para liberar mais dinheiro. A medida gerou instabilidade nos preços, o que provocou a retirada de produtos das prateleiras.

De forma semelhante, parceiros comerciais passaram a vender seus produtos a conta-gotas contando com câmbios mais favoráveis nos dias seguintes. Com isso, serviços médicos que dependem de manutenção de estoques, como foi o caso dos centros de diálise, viram seus insumos minguarem.

Para completar, o país ainda atravessa uma seca histórica que já provocou a perda de metade dos principais cultivos da Argentina. O resultado de tudo isso é um déficit comercial de US$ 6 bilhões de janeiro a agosto, sendo este mês sozinho responsável por US$ 1 bilhão, 241% a mais que o mesmo período do ano passado. As importações caíram cerca de 12% no mês, enquanto as exportações caíram 26%.

"Quando um país está funcionando normalmente, a diferença de dólares se consegue com uma diferença comercial positiva entre as exportações e as importações", afirma Rosiello. "O problema é que as exportações caíram muito na Argentina". E o governo não pode utilizar os dólares que recebe do FMI para corrigir esta distorção, muito menos para desvalorizar o câmbio, ficando limitada a pagar a dívida com o próprio fundo.

A melhora deste desequilíbrio passaria por mais desvalorizações do peso, a fim de corrigir a distorção de câmbios que a Argentina tem entre dólar oficial e os outros vários tipos de dólares (blue, soja, turismo, entre outros). Uma ação que tem custos políticos altos para o ministro-candidato Sergio Massa, que já avisou que não o fará antes das eleições. Se ganha o pleito, porém, terá de fazê-lo se quiser mais dinheiro do FMI.

Segundo as últimas pesquisas de intenção de votos, Massa tem maiores chances de ir a um segundo turno com o libertário Javier Milei, o que aumenta sua resistência a medidas impopulares. Já Milei e Patrícia Bullrich, candidata da oposição macrista, prometem mudanças profundas nas políticas monetárias, cada um em um espaço de tempo diferente.

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (15) que assinou um contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida (molécula asparte) para garantir o abastecimento da rede no Sistema Único de Saúde (SUS). O quantitativo, segundo a pasta, é suficiente para o tratamento de mais de 67 mil pacientes. A previsão, entretanto, é que a primeira entrega seja realizada até 9 de julho. “O Ministério da Saúde mantém tratativas com o distribuidor para antecipação de parte do quantitativo”.

Em nota, a pasta cita “dificuldade de aquisição” da insulina análoga de ação rápida, indicada para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. O comunicado lista, além da aquisição emergencial internacional do insumo, outras medidas para evitar o desabastecimento na rede pública, incluindo o remanejamento dos estoques existentes entre os estados e a autorização de compra pelas secretarias estaduais de saúde com ressarcimento por parte do governo federal.

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“Cabe reforçar que o país enfrenta cenário de falta de produção nacional de insulina análoga de ação rápida de forma sustentável e capaz de atender às necessidades nacionais”, destacou o ministério. 

“A expectativa, a partir do diálogo constante com as secretarias estaduais de saúde e monitoramento intenso por parte do ministério em parceria com o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], é que seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados. Além disso, o Ministério da Saúde vem ressarcindo os estados que possuem pauta vigente para aquisição direta do fármaco.”

A pasta reforçou que as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, estão com “estoque adequado” e que o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado “com máxima prioridade” junto aos fornecedores nacionais e internacionais para garantir o atendimento da população.

Moradores do Reino Unido estão precisando racionar vegetais, como tomates e pepinos, desde que produtos frescos começaram a desaparecer das prateleiras há duas semanas. A maioria das grandes redes de supermercado passaram a impor limites sobre a quantidade de produtos que os clientes podem comprar - uma situação que levou o governo a culpar fenômenos naturais, enquanto críticos a indicam como uma possível consequência do Brexit.

Autoridades britânicas culparam o mau tempo na Espanha e no norte da África para justificar o sumiço dos produtos do país. De acordo com a narrativa oficial do governo, a escassez - já chamada de "fiasco vegetal" por parte da imprensa europeia - pode durar por até um mês.

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Críticos do governo conservador de Londres, no entanto, apressaram-se para apontar uma ligação entre a falta de produtos e o Brexit, indicando que seria uma consequência do cenário político, e que outros países europeus não estão passando pela mesma privação.

O público geral tem reagido a disputa de narrativas. A secretária do Meio Ambiente, Therese Coffey, foi alvo de zombaria nas redes sociais após afirmar que os consumidores britânicos deveriam "apreciar" mais os produtos britânicos, e comer nabos em vez de alimentos importados. Quando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitou o país na semana passada, alguns a pediram que levasse alguns tomates na bagagem.

Especialistas afirmam que o Brexit provavelmente desempenhou um papel na atual escassez de alimentos, mas que um conjunto mais complexo de fatores, dentre os quais mudanças climáticas, dependência excessiva de importações do Reino Unido (sobretudo no inverno), custos crescentes de energia e estratégias de preços dos supermercados britânicos, expliquem a crise.

Frio e contas de energia mais caras

Um fator apontado como muito relevante tanto pelo governo quanto pelos especialistas tem a ver com as temperaturas e o tempo no Hemisfério Norte, e o alto preço da energia, em meio ao cenário geopolítico atual.

Temperaturas anormalmente baixas na Espanha e fortes chuvas e inundações no Marrocos - dois dos maiores fornecedores de tomate para o Reino Unido - levaram a colheitas ruins e são citadas como a principal causa da escassez pelo governo.

Na Espanha, os agricultores culpam as recentes temperaturas congelantes, que vieram após um calor recorde e condições secas no ano passado. Em Almería, que produz 40% das exportações de vegetais frescos do país, os níveis de produção de tomate, pepino e berinjela caíram mais de 20% durante as três primeiras semanas de fevereiro em comparação com o mesmo período de 2022, segundo a Fepex, uma organização que representa os exportadores espanhóis de frutas e vegetais. O grupo disse que a situação está melhorando.

O calor e a seca na Europa no ano passado também estão afetando as colheitas de hortaliças em outros países, incluindo a Alemanha. Separadamente, a Holanda, outro grande produtor de tomate, viu uma queda na produção porque o preço da energia muito acima do normal, impulsionado pela guerra na Ucrânia, fizeram com que muitos produtores optassem por não acender as luzes de LED em suas estufas neste inverno.

Produtores de hortaliças no Reino Unido relataram que também foram forçados a deixar suas estufas vazias. Richard Diplock, diretor-gerente da Green House Growers, com sede no sul da Inglaterra, disse que seus custos de energia são cerca de seis vezes maiores em comparação com os invernos anteriores.

"Decidimos que não poderíamos aquecer as estufas em dezembro e janeiro e adiamos o plantio até fevereiro. Muitos produtores de tomate estão em uma posição semelhante", disse ele.

Peso do Brexit

A escassez no Reino Unido - e imagens contrastantes de prateleiras cheias de vegetais em supermercados pela Europa - provocaram relações quase imediatas sobre o Brexit. Especialistas dizem que a burocracia extra e os custos associados à saída da UE contribuíram, mas não é um fator principal.

"Uma hipótese para menos exportações para o Reino Unido é que, se a oferta é restrita, por que você precisaria de papelada extra (para exportar para lá)?" disse Michael Winter, professor de mudanças agrícolas na Universidade de Exeter.

"Se os custos de transação forem maiores para exportar para um país em comparação com outro, isso vai ditar para onde você vai."

"O Brexit exacerbou o problema, sem dúvida", acrescentou Winter. "Mas eu não quero exagerar nisso. Tem mais a ver com a mudança climática e a falta de investimento em nossa indústria".

Preço x custo de produção

Agricultores dizem que outro fator é como os maiores supermercados do Reino Unido procuram se manter competitivos, mantendo os preços o mais baixo possível, mesmo com o aumento dos preços dos alimentos, um dos principais impulsionadores para a inflação estar nos níveis mais altos em décadas.

Em alguns países da UE, como a Alemanha, não há prateleiras vazias, mas os preços dos vegetais frescos dispararam enormemente. Os supermercados britânicos relutam em pagar mais ou cobrar tanto dos clientes, disse Diplock.

"Estando no Reino Unido, você sabe que toda semana o preço de um pepino é 0,75 libra (R$ 4,67), não importa a época do ano", disse Diplock. "Produtores do norte da África e da Espanha terão um retorno melhor ao abastecer os supermercados europeus."

Falta de investimento

Produtores britânicos afirmam que,mesmo que os custos de energia não tivessem subido tanto, não seriam capazes de compensar a escassez de produtos importados. Durante o inverno, a produção doméstica do Reino Unido representa apenas 5% ou menos dos tomates e pepinos vendidos nos supermercados britânicos.

O Sindicato Nacional dos Agricultores alertou por meses que o excesso de confiança em produtos frescos importados deixa o Reino Unido vulnerável a eventos climáticos imprevisíveis e outros fatores externos, como a guerra na Ucrânia.

Os agricultores também reclamaram da falta de investimento do governo no setor e de financiamento para ajudá-los a lidar com contas de energia extremamente altas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Nesta semana, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou que, do dia 22 ao dia 28 de novembro deste ano, pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relatou falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19. Em Pernambuco, algumas cidades da Região Metropolitana também reclamam da falta de vacina, havendo suspensão da aplicação em alguns casos.

No Recife, crianças de 3 a 4 anos tiveram a imunização suspensa por conta da falta da vacina. "A decisão da Prefeitura do Recife foi necessária após o Ministério da Saúde não enviar novas remessas de Coronavac, único imunizante permitido para essas faixas etárias. A gestão municipal cobrou por duas vezes, através de ofícios enviados ao órgão federal, o envio das doses, mas não obteve retorno", detalhou a Secretaria de Saúde da capital pernambucana.

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Essa é a segunda vez que o Recife precisa paralisar a aplicação da primeira e segunda doses contra Covid-19 das crianças com 3 e 4 anos. No começo de novembro, com a falta de estoque de Coronavac no município e sem previsão para normalização da distribuição por parte do Ministério de Saúde, a gestão municipal também precisou suspender a vacinação dos meninos e meninas nessas faixas etárias. 

Até o momento, 11.769 crianças com 3 e 4 anos foram vacinadas na capital pernambucana com a primeira dose contra a covid-19 - o que representa 27,27% de cobertura vacinal. Desse total, 3.741 (8,66%) já receberam a segunda dose e completaram o esquema vacinal. 

Jaboatão

A cidade de Jaboatão dos Guararapes confirmou que recebeu 1210 doses da Coronavac há duas semanas e continua ofertando a realização das segundas doses para crianças de 3 a 4 anos, completando, assim, o esquema vacinal destas. 

No entanto, a orientação da Secretaria de Saúde da cidade é não iniciar novas demandas por não ter prazo de envio de novas doses pelo Ministério da Saúde. 

"O estoque em nível central é de cerca de 300 doses, estando o restante distribuído em salas de vacina e na Van da Vacina", informou a assessoria de Jaboatão.

Paulista

No dia 8 de novembro, a cidade de Paulista havia suspendido a vacinação das crianças de 3 a 4 anos, também por falta de doses suficientes. No entanto, o município retomou com o serviço no dia 25 de novembro. 

De acordo com a Coordenação do Programa Nacional de Imunização de Paulista (PNI), o município recebeu um total de 640 doses para a retomada da vacinação contra a Covid-19 do público de 3 a 4 anos. Até esta terça-feira (29/11), foram vacinadas 148 crianças com a primeira dose (D1), e outras 148 unidades já estão separadas para a aplicação da segunda dose (D2) nesse mesmo público, totalizando 296 doses. Além da primeira dose, foram vacinadas 64 crianças com a dose de reforço (D2). 

De acordo com o PNI da cidade, 100 doses foram enviadas na quarta-feira (30) para o polo de vacinação do Paulista North Way Shopping, restando 180 no estoque. "Até o momento, não é possível dizer se haverá ou quando haverá suspensão da D1, pois isso depende da procura a essas 100 unidades que foram disponibilizadas para o dia de hoje", respondeu a assessoria do Paulista.

O que diz a Secretaria Estadual de Saúde?

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que todas as doses da Coronavac destinada para a faixa etária de 3 a 4 anos de idade enviadas pelo governo federal já foram encaminhadas para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) e distribuídas aos municípios pernambucanos. 

De acordo com a SES, o último recebimento de imunizantes da Coronavac para este grupo ocorreu no dia 22 de novembro, após um período de hiato por parte do Ministério da Saúde.

"Importante frisar que Pernambuco recebeu um lote com 40 mil doses, ou seja, menos de 50% das doses solicitadas ao órgão federal para atender a necessidade do Estado. Para se ter uma ideia, as solicitações do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE), ao órgão federal, somaram um total de 100 mil doses. No Estado, o público estimado é de 154.355 pessoas com 4 anos de idade e 149.786 crianças com 3 anos", detalha a secretaria. 

Ministério da Saúde nega desabastecimento

O LeiaJá procurou o Ministério da Saúde, que negou que esteja faltando doses da Coronavac, que mandou vacinas para o estado e que cabe aos estados o planejamento da distribuição.

"Não há desabastecimento de vacinas contra covid-19 para o público infantil. Na segunda quinzena de novembro, o Ministério da Saúde distribuiu um milhão de doses destinadas ao público com idades de três a menores de cinco anos para todo o Brasil de forma proporcional e igualitária. Para o estado de Pernambuco, foram 40 mil doses destinadas a esse público. Cabe aos estados o planejamento e gerência da distribuição aos municípios", pontua.

Manifestantes que protestam contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de domingo, 30, realizam atos em 15 trechos de rodovias no Estado do Rio de Janeiro, segundo balanço divulgado pela assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal no Rio às 18h54 desta segunda-feira, 31.

Um dos protestos começou às 17h20 em um acesso à ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, sentido Niterói. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de dez manifestantes interditam parcialmente o trânsito. Agentes da PRF estão no local tentando liberar o tráfego.

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Outros pontos ocorrem em rodovias. Na Presidente Dutra (como se chama a BR-116 no trecho entre os municípios do Rio e de São Paulo), no km 197, em Queimados (município da Baixada Fluminense), cerca de 20 pessoas interditam totalmente a pista no sentido São Paulo. Segundo a PRF, o trânsito está sendo desviado por dentro de um posto de combustíveis. Agentes da polícia negociam a liberação do trânsito.

Na mesma rodovia, no km 184, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), cerca de 300 manifestantes interditaram uma faixa no sentido São Paulo às 14h15 desta segunda-feira e totalmente, em ambos os sentidos, às 14h50. Houve um princípio de incêndio, debelado pelo Corpo de Bombeiros. Agentes da PRF estão no local, segundo a assessoria de imprensa.

Também na Dutra, no km 276, em Barra Mansa, cerca de 100 manifestantes interditaram totalmente o trânsito de caminhões e alguns outros veículos - carros de passeio e ônibus com idosos, crianças e portadores de necessidades especiais estão sendo autorizados a trafegar. O ato começou às 23h30 do domingo, e agentes da PRF estão no local.

Na mesma rodovia, no km 264, também em Barra Mansa, os dois sentidos foram totalmente fechados às 12h35 por dois veículos de carga que estacionaram atravessados na pista. A PRF foi ao local e o trânsito foi liberado às 15h.

Ainda na Dutra, no km 263, em Volta Redonda, cerca de 20 manifestantes interditaram totalmente a via, por volta das 15h40. Às 18h30 não havia informações atualizadas.

Em outra parte da BR-116, na rodovia Rio-Teresópolis, no km 76, em Teresópolis, cerca de 50 manifestantes interditaram parcialmente a via nos dois sentidos, a partir das 10h46. Caminhões foram barrados, mas veículos de passeio e ônibus tiveram autorização para seguir viagem. Objetos foram incendiados na pista.

Na BR-101, no trecho identificado como rodovia Rio-Santos, no km 392, em Itaguaí, ativistas interditaram os dois sentidos a partir das 14h57. Às 18h30, a PRF não tinha informações atualizadas.

Também na BR-101, no km 415, em Mangaratiba, cerca de 50 manifestantes interditaram totalmente a via nos dois sentidos, às 18h.

Na mesma rodovia, no km 486, em Angra dos Reis, cerca de 50 manifestantes interditaram parcialmente os dois sentidos às 9h44. Às 18h30 a interdição continuava e havia congestionamento de 3,5 quilômetros.

Também na BR-101, no km 530, em Paraty, cerca de 50 manifestantes interditaram totalmente a via às 18h, causando um quilômetro de congestionamento.

Em outro trecho da BR 101, no km 70, em Campos dos Goytacazes, aproximadamente 60 manifestantes interditaram a via totalmente nos dois sentidos, às 16h20. Pneus foram espalhados na pista.

Na BR-040, no km 119, em Duque de Caxias, 40 manifestantes interditam parcialmente a via e causam congestionamento de 1 quilômetro, desde as 16h50.

Na mesma rodovia, no km 61,5, em Petrópolis, desde as 14h20 há concentração de manifestantes no posto de combustíveis Capivari, sem impacto ao trânsito.

Na rodovia BR-356, na altura do km 50, em Itaperuna, dez manifestantes interditaram parcialmente os dois sentidos, a partir das 15h50. Às 18h30 a PRF não tinha informações atualizadas.

Na rodovia BR-465, no km 14, em Seropédica, sete motoristas de caminhão se concentraram a partir das 14h15, sem impacto ao trânsito.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que o fornecimento de energia na Estação Elevatória Duas Unas foi interrompido devido às fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Recife (RMR) nesta madrugada do sábado (5). A unidade é responsável pelo bombeamento de 800L/s de água para a produção do Sistema Tapacurá, que atende os municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe.

A Neoenergia foi acionada para restabelecer a energia, mas a situação ainda não foi resolvida. Devido a isso, a Compesa ressalta que poderá haver queda de pressão e desabastecimento em alguns bairros do Recife. Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe não foram impactados.

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Veja as áreas afetadas no Recife

Mangueira, San Martin, Jiquiá, Torre, Madalena, Prado, Cordeiro, Zumbi, Bongi, Mustardinha, Afogados, São José, Santo Antônio, Boa Vista, Soledade, Derby, Coelhos, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Paissandu, Santo Amaro, Recife Antigo, Cabagá, São José, Graças, Espinheiro, Encruzilhada, Aflitos,  Apipucos, Poço da Panela, Santana, Tamarineira, Rosarinho, Alto do Mandu, Alto de Santa Isabel, Mangabeira, Vasco da Gama, parte de Nova Descoberta, Bomba Grande, Brasília, Jardim Petrópolis, Loteamento Nova Morada, Sítio São Brás, Casa Forte, Caxangá, Loteamento Nova Caxangá, Cidade Universitária, Cordeiro, Iputinga, Dois Irmãos, Engenho do Meio, Iputinga, Macaxeira, Monteiro, Parnamirim, Roda de Fogo, Torrões e UR7-Várzea.

De volta ao Brasil após uma viagem oficial de 12 dias por Egito, Emirados Árabes Unidos e Grécia, o vice-presidente Hamilton Mourão sugeriu, nesta sexta-feira (8), a exploração de potássio na Amazônia como forma de conter eventual falta de fertilizantes no Brasil, questão apontada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, em cerimônia para revisão de normas trabalhistas, o chefe do Executivo previu desabastecimento no País no próximo ano por falta de fertilizantes. "Vou avisar um ano antes. Por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento no ano que vem", declarou Bolsonaro, que prometeu um plano emergencial para conter o impasse.

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Questionado sobre o tema na sua chegada ao Planalto nesta sexta, Mourão respondeu que solucionar o problema "não é simples". De acordo com o vice-presidente, existe uma grande mina de potássio a ser explorada na Amazônia, mas que estaria aguardando licenciamento por conta de comunidades indígenas dos arredores. "Seria uma renda de R$ 10 bilhões por ano para o Estado do Amazonas, além de nos tornar autossuficientes no potássio, fonte de vários fertilizantes", afirmou. Mas ele não quis tecer mais comentários sobre o tema. "Presidente deve estar recebendo dados que eu não possuo ainda".

Viagem.

Mourão disse ainda que todos os objetivos do governo foram cumpridos durante sua viagem ao exterior, marcada por encontros bilaterais com autoridades e investidores. "Fizemos palestra para a comunidade internacional sobre a Amazônia", declarou. O vice-presidente também destacou o apoio da Grécia à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), hoje travada. "Essa questão (ingresso do País no grupo) avançou muito", garantiu Mourão, sem oferecer mais detalhes.

Uma arara da espécie canindé afetou a rotina de cerca de 9 mil pessoas que circulam diariamente no terminal de ônibus Nova Bahia, no município de Campo Grande-MS. Na terça-feira (22), a ave fechou o registro do terminal, deixando o local sem água. 

Devido ao desabastecimento, uma equipe da Agência de Trânsito (Agetran) foi acionada para investigar o ocorrido. A arara foi filmada enquanto movia a válvula do registro.

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O responsável pelas filmagens, o chefe da divisão de transporte público da Agetran, Anderson Carlos Alves da Silva, informou ao G1 que havia sido alertado de uma arara bebendo água próximo ao registro. Ele só associou a falta de água à arara após rever as gravações que fez. Ele pretende instalar um diferente tipo de registro para que o episódio não se repita.

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Um ofício do Conselho Nacional de Saúde (CNS) aponta que o Ministério da Saúde cancelou, em agosto de 2020, uma compra internacional de medicamentos para o chamado "kit intubação".

O agravamento da pandemia no país tem feito as reservas dos medicamentos necessários para o procedimento se esgotarem. Com isso, o governo passou a requisitar os estoques dos laboratórios para tentar suprir a demanda, conforme publicado pelo G1.

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Um texto do CNS, de 20 de agosto do ano passado, comenta o cancelamento e ressalta que o Ministério da Saúde não deu explicações do motivo.

"Considerando que em 12 de agosto de 2020 a operação Uruguai II, executada pelo Ministério da Saúde para aquisição de medicamentos do kit intubação foi cancelada, sem que seus motivos fossem esclarecidos", diz um trecho do documento.

O texto já alertava que o desabastecimento desses medicamentos colocaria em risco toda a estrutura planejada para o atendimento de Saúde durante a pandemia, já que "mesmo com leitos disponíveis, sem esses medicamentos não é possível realizar o procedimento, podendo levar todo o sistema de saúde ao colapso".

A Uruguai II é o nome da operação para a compra dos equipamentos. Segundo informações do site do Ministério da Saúde, a Uruguai I comprou "54.867 unidades de medicamentos usados no auxílio da intubação de pacientes em UTI que se encontram em estado grave ou gravíssimo pela COVID-19".

Da Sputnik Brasil

Mais de 746 mil pessoas que sofrem com desabastecimento de água em Pernambuco estão sendo beneficiadas com atendimentos via carros-pipa em todo o Estado pela Compesa. A ação, que está prestes a completar um mês de operação, é tida como emergencial para auxiliar as pessoas durante a pandemia de coronavírus. 

Segundo a Compesa, já são 72 municípios atendidos na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior, contemplando 394 localidades. São 1.200 viagens feitas diariamente pela Companhia - que garante que até agora 8 milhões de litros de água foram distribuídos em 112 localidades que estão sofrendo com o desabastecimento, sem rede ou pressão insuficiente.

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“A Compesa está com todas as equipes técnicas mobilizadas para atender a população neste período de enfrentamento da pandemia e não vamos descansar, neste desafio de levar água para nossa população”, pontua a presidente da Compesa, Manuela Marinho.

Já são R$ 2,5 milhões destinados para esta ação emergencial.

 

Ao anunciar os números do 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), pesquisa que aponta o total de frutas e hortaliças comercializadas no país, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltaram a afirmar hoje (16), em Brasília, que, apesar da corrida inicial a centrais de abastecimentos e supermercados, por conta da covid-19, o Brasil não corre risco de desabastecimento. Eles falaram também sobre a influência das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus na dinâmica da comercialização desses produtos.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “as centrais de abastecimento estão em pleno funcionamento e adotaram diversas medidas de controle sanitário para a segurança, na prevenção ao novo coronavírus, com o objetivo de assegurar à população o acesso aos mais variados produtos, não havendo, portanto, indícios de desabastecimento de hortifruti no país”, disse Bastos ao abrir entrevista online. “Caso sejam identificados problemas, atuaremos para que sejam mitigados [reduzidos] o quanto antes”, acrescentou.

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O diretor executivo de Operações, Abastecimento e de Política Agrícola da Conab, Bruno Cordeiro, disse que, enquanto estabelecimentos de hortifrutis e supermercados intensificaram as compras em razão de uma maior demanda, observou-se também a redução do fluxo de movimentação nas centrais de abastecimento, devido ao fechamento de bares e restaurantes e das recomendações de isolamento social.

“Essas variáveis geraram um cenário atípico que repercutiu nas cadeias produtivas e no elo de comercialização”, disse Cordeiro, antes de detalhar as altas identificadas em março nos preços de produtos como batata, cenoura tomate, cebola e de frutas. Segundo ele, as exceções ficaram com a maçã, que teve baixas variando entre -3,38% (em Minas Gerais) e -7,14% (Pernambuco) e folhosas perecíveis, como o alface, que registrou baixas de -15,69% no Espírito Santo, e de -9,84% em São Paulo.

Entre os aumentos destacados na entrevista estão a batata (29% na Ceasa de MG e de 1,49% em SP); cenoura (52% em Pernambuco e 13,15% em Goiás); tomate (alta de 44,4% no Espírito Santo e de 1,66% em Goiás); e a cebola (85% no Rio de Janeiro, 26,28% em São Paulo). “É importante frisar que esses aumentos são sazonais, pois o excesso de chuvas em importantes regiões produtoras prejudica o cultivo”, disse Cordeiro.

Frutas

Em relação às frutas analisadas, com exceção da maçã todas as demais apresentaram alta de preços, com destaque para banana (17,39% na Ceasa de Pernambuco, e de 1,73% na de Minas Gerais); laranja (alta de 35,9% em Pernambuco e de 2,78% em Goiás); mamão (35,26% em Goiás e de 0,56% no Rio de Janeiro); e melancia (65% em Goiás e 9% no Espírito Santo). Já a maçã teve uma baixa de -7,14% em Pernambuco e de -3,38% em Minas Gerais.

No caso de citros como laranja, tangerina e limão, os aumentos na procura estão relacionados à pandemia, já que são frutas ricas em vitamina C. “A demanda por citros aumentou. O motivo principal está ligado à pandemia do novo coronavírus, que está levando as pessoas a modificarem hábitos de consumo. Frutas ricas em vitamina C auxiliam no aumento da imunidade. Por isso, passaram a ser mais procuradas, elevando a demanda e pressionando cotações”, explicou a gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Conab, Joice Fraga.

A safra 2019-2020 no cinturão citrícola se encerrou com a produção de 386,79 milhões de caixas. Essa quantidade é 35,2% maior do que a da safra anterior. Joice ressaltou que, em termos de produtividade, a safra de cítricos foi recorde com 1.045 caixas por hectare. 

Na avaliação da gerente, a expectativa é de normalização da oferta nos meses seguintes, tanto para a indústria de suco como para o varejo, o que, segundo ela, pode contribuir para uma redução de preços.

Para ela, a comercialização total do setor de frutas mostrou redução de 10% em relação a março de 2019, e incremento de 2% em relação ao mês anterior, o que pode ser explicado em função de fevereiro ser um mês com menos dias (29 este ano).

4º Boletim Prohort

De acordo com o levantamento da Conab, no primeiro trimestre a exportação de frutas apresentou um acumulado de 236,8 mil toneladas (-1,96% na comparação com o mesmo período de 2018). Isso corresponde a US$ 203 milhões, valor 8,73% menor do que o registrado no ano anterior.

O setor hortigranjeiro comercializou 16,81 milhões de toneladas de frutas e hortaliças em 2019, o que representou uma movimentação de mais de R$ 41 bilhões em todo o país. Na comparação com 2018, estes números demonstram estabilidade na quantidade comercializada. No entanto, com relação aos valores das transações, representam um aumento de 12,97%.

Nesta quarta-feira (1º), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), usou sua conta no Twitter para publicar um vídeo com informações falsas. No conteúdo, um homem aparece em um galpão com poucas pessoas e mente ao afirmar que há uma crise de desabastecimento na Central Estadual de Abastecimento (Ceasa) de Belo Horizonte, em Minas Gerais. 

Na filmagem, que o autor garante ter sido feita nessa terça-feira (31), ele alega que o falso desabastecimento é resultado da decisão conjunta dos governadores de suspender o comércio para adotar medidas de isolamento, recomendadas pelo Ministérios da Saúde e demais autoridades de saúde mundiais.

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"O presidente da República tá brigando incessantemente para que haja uma paralisação responsável", declarou ao exaltar o isolamento vertical, no qual apenas pessoas inseridas no grupo de risco são isoladas.

Na legenda, Bolsonaro ainda reforçou que não tem o mínimo cuidado com a checagem das suas publicações, ao garantir que o vídeo era real: "são fatos e realidades que devem ser mostradas", escreveu. A mensagem foi excluída ainda durante a amanhã, não se sabe se a ação partiu do próprio presidente ou se ele sofreu uma nova sanção dos gestores da rede social.

--> Twitter apaga posts de Bolsonaro questionando isolamento

Nesta quarta-feira (1º), o Ceasa amanheceu com a habitual movimentação de caminhões e clientes. A assessoria negou a falta de produtos no centro. A posição foi reforçada pelo presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (ABRACEN), Gustavo Melo, que garantiu que não há desabastecimento em nenhuma unidade do Brasil. Ele ainda criticou a publicação falsa e pediu que o presidente seja mais responsável.

A 33ª Vara Cível da Capital determinou que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não pode suspender o fornecimento de água dos consumidores residenciais inadimplentes durante o período de emergência de saúde devido ao novo coronavírus. A decisão, em caráter liminar, foi assinada nesta quarta-feira (25) e atende pedido da Defensoria Pública do Estado em ação civil pública. A Defensoria Pública já havia conseguido, com a 3ª Vara Cível da Capital, uma liminar para que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) não suspenda a energia elétrica dos inadimplentes. 

A liminar desta quarta-feira também determina o restabelecimento dos cortes já efetuados em virtude de não pagamento e a adoção de providências para fornecimento de água nas localidades ainda não atendidas, seja pelo sistema ordinário de provimento de água ou caminhões pipa. Caso a decisão não seja cumprida, será aplicada uma multa diária de R$ 10 mil por cada consumidor afetado, que será revertida ao Fundo Estadual do Consumidor.

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Na ação civil pública, a Defensoria Pública destacou que há bairros periféricos no Recife e Região Metropolitana que estão desabastecidos de água. Apontou também que a suspensão do abastecimento, como medida de coação de pagamento, configuraria afronta à dignidade da pessoa humana na situação excepcional atualmente vivenciada.

"A água é essencial para a concretização das medidas de higiene sobremaneira estimuladas, como a lavagem constante das mãos, para evitar a disseminação do vírus", diz o pedido, destacando a essencialidade do serviço no período.

A liminar foi assinada pela juíza Karina Aragão. "Diante de tal cenário, não é difícil perceber que o abastecimento de água – serviço já considerado essencial em época de normalidade – reveste-se do caráter de indispensabilidade, dada a sua fundamental importância para manutenção da higiene dos indivíduos e de sua permanência, em isolamento domiciliar. O fornecimento de água mostra-se, assim, essencial para a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana, da saúde e da vida dos cidadãos, aspectos especialmente afetados em razão da crise sanitária mundial", pontuou a magistrada.

O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, alertou a população que não há necessidade de uma corrida aos supermercados. “Não precisa haver correria aos supermercados”, afirmou.

Ontem (15), embora em um movimento atípico para domingos, a quantidade de consumidores nos supermercados do Rio de Janeiro foi menor do que na sexta-feira (13) e no sábado (14), quando os estabelecimentos ficaram cheios de compradores que temiam enfrentar problemas de desabastecimento.

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“Hoje a gente teve um movimento acima do normal para um domingo, mas já com uma procura bem menor. Isso é muito importante. A gente teve as lojas menos cheias. Estamos massificando a informação e reforçando o apelo de que o consumidor não faça uma corrida desenfreada para as lojas. Não há necessidade disso”, reafirmou em entrevista à Agência Brasil.

A redução no movimento ocorreu principalmente em alguns bairros da zona sul e da zona oeste da cidade, como Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá.

Fábio Queiróz disse que tem se empenhado em tranquilizar a população. Ele inclusive publicou vídeos nas redes sociais da Asserj garantindo que não precisa correr aos supermercados e nem fazer estoques pessoais.

“[No vídeo estou] Pedindo, apelando à população, para não correr para os supermercados e não superestocar. E para garantir que vou atualizando a população diariamente. Hoje soltamos outra nota. Qualquer mudança no cenário, serei o primeiro a avisar, porque enquanto as mercadorias estiverem sendo entregues a gente não terá problema de abastecimento”, disse.

“A gente gosta de vender, mas esse não é o momento. Agora é hora de evitar aglomerações para que a gente não chegue ao isolamento social, que é o caos e a falência do sistema de saúde”, disse.

O presidente da Asserj garantiu que os supermercados estão preparados para atender a demanda e revelou que o único produto que os supermercados estão com dificuldade de reposição é o álcool em gel, que teve um aumento muito grande na procura e as fornecedoras não estão conseguindo atender a demanda na mesma velocidade. “O único item que estamos com dificuldade de abastecimento, aí sim, de abastecimento mesmo, é o álcool em gel, porque a procura foi muito acima do esperado e, portanto, sem condição de aumento da produção com a logística para chegar ao destino final. É o único produto que estamos verdadeiramente com dificuldade”.

Fábio disse que as entregas de produtos não dependem dos supermercados, mas da produção da indústria e dos insumos que ela recebe. “Perceba que é um ciclo e estamos mil por cento de olho nesse ciclo. Se qualquer elo dessa cadeia se quebrar, me comprometo a ser o primeiro a avisar às autoridades competentes e à população”, afirmou.

O presidente da Asserj disse que com o movimento dos últimos dias houve aumento na busca por produtos de limpeza e alimentos congelados, mas os estabelecimentos estão preparados e abastecidos para atender a demanda para fornecer o serviço essencial à população.

Fábio Queiróz disse que é preciso fazer diferença entre desabastecimento e não reposição. A falta de produtos em prateleiras conforme ocorreu nos dois últimos dias, segundo ele, ocorreu porque não deu tempo de repor os produtos diante da velocidade em que os consumidores pegavam para levar para a casa. “Algumas imagens de gôndolas vazias significam que a gente não tinha condição, de naquele momento, de tirar o produto do depósito ou da central de distribuição para a gôndola”, disse.

Fechamento de lojas

Ele negou ainda que possa ocorrer o fechamento de lojas. Alertou que tem ocorrido a divulgação de fake news que provocam pânico na população. “Está circulando um anúncio do Guanabara dizendo que não teria o atendimento. Aquilo é para os fornecedores. Para colaborar com a não propagação do vírus, a maioria dos supermercados não está atendendo presencialmente os seus fornecedores. Os atendimentos têm sido feitos por meios digitais ou por telefone. Aquele cartaz diz respeito a isso e tem outros que maldosamente fizeram dizendo que as lojas iam fechar. Total fake news. Eu garanto que nenhum supermercado vai fechar, nenhum”, assegurou.

Segundo Queiróz, para evitar os contatos pessoais, os supermercados não estão mais fazendo os contatos pessoais com os fornecedores e os pedidos estão sendo feitos por meios digitais. Ainda conforme o presidente da Asserj, os donos dos estabelecimentos agiram preventivamente e anteciparam os pedidos de compras na semana passada.

“Os supermercados aumentaram o estoque como um todo. Estamos trabalhando com estoques mais altos por conta desse momento. No início da semana passada já começou o estreitamento da parceria com os fornecedores, a antecipação dos pedidos de compra para que os fornecedores entreguem mais cedo nas nossas lojas e a gente continue abastecido”, disse.

Segundo ainda Queiróz, a logística também precisou ser adaptada. “Não adianta ter o produto no depósito e não ter gente para repor os produtos nas gôndolas. As vezes a gente coloca o produto na gôndola e o consumidor pega como formigas no doce. Claro que vai acabar e vai ficar sem reposição. Não dá tempo”.

O presidente da Asserj disse que a decisão de fazer estoque de alguns consumidores é nocivo, especialmente para a população de renda mais baixa, que fica com menos opção de compra e terá que enfrentar a falta de produtos. “O estoque tem que ser distribuído de forma equânime a toda a população. Se quem tem mais poder aquisitivo comprar muita coisa e porventura tiver um rompimento na cadeia de abastecimento, as pessoas de renda mais baixas podem ficar vulneráveis e desabastecidas”, disse.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que monitora o potencial risco de desabastecimento de remédios e outros suprimentos médicos pelo surto do novo coronavírus que atinge mais de 80 países e territórios. No mundo já são 101.781 casos confirmados.

Ontem, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a falta de remédios é uma possibilidade não só pela alta na demanda de suprimentos médicos, mas pelo fato de a China ser um dos principais produtores de insumos para essa indústria. "A OMS concentra-se nos remédios essenciais para atenção básica e emergências", disse ele.

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Ghebreyesus afirmou que a organização está trabalhando com associações de indústrias, agências regulatórias e outros parceiros para monitorar esse risco de desabastecimento. Até agora, diz a OMS, não foi identificado nenhum risco iminente de falta de remédios, mas a entidade demonstrou preocupação com a situação de abastecimento de oxigênio medicinal.

"O acesso ao oxigênio medicinal pode ser a diferença entre a vida e a morte para alguns pacientes, mas já há escassez em alguns países, o que pode ser agravado por essa epidemia de covid-19", declarou Ghebreyesus. Ele disse que a OMS tem um grupo de trabalho com fundações internacionais para aumentar o acesso ao oxigênio.

E ainda reiterou que não se vive uma pandemia, mas epidemias em alguns locais, e destacou novamente a importância de os países darem prioridade a medidas de contenção do surto, mesmo com aumento de casos. Segundo afirma, tornar a disseminação mais lenta pode salvar vidas ao dar mais tempo de preparação aos governos e sistemas de saúde. "Cada dia que conseguimos desacelerar a epidemia é um dia a mais que os hospitais podem se preparar, um dia a mais que os governos podem preparar profissionais para detectar, testar, tratar e cuidar dos pacientes, um dia que estaremos mais próximos de vacinas e tratamentos", declarou Ghebreyesus.

Ainda ontem, o ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a corrida pela compra de máscaras por países de primeiro mundo está "perturbando severamente" o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para o Hemisfério Sul e países que não realizaram as aquisições. O ministro pontuou, por outro lado, que o nível local de abastecimento está bom, lembrando que o País está adquirindo máscaras.

Procurada nesta semana para falar sobre o assunto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há "evidências" de que os estoques de medicamentos no Brasil estejam sob risco "iminente" de desabastecimento. E a ideia é agir rapidamente em possíveis desabastecimentos. "Todas as associações representativas da indústria farmacêutica já foram contatadas."

Registros

Até agora, há 101.781 casos confirmados, conforme levantamento atualizado pela Universidade Johns Hopkins. A China é o país com o maior número de casos registrados - 80.573 até o momento.

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na América do Sul chegou a 30 nesta sexta-feira. Argentina, Brasil, Chile, Equador e Peru registraram casos do vírus, segundo informado pelos ministérios da Saúde desses países.

O covid-19 não fez nenhuma vítima na região e há apenas uma paciente internada em estado grave. O primeiro caso no Peru foi confirmado ontem: um homem de 25 anos que esteve recentemente em Espanha, França e República Checa.

Mesmo assim, grandes empresas na região começaram a se precaver. A direção mundial da FCA Fiat Chrysler enviou a todas as unidades do grupo recomendação para que executivos e profissionais de todas as áreas evitem viagens e utilizem mecanismos como videoconferência. O grupo tem duas fábricas de automóveis no Brasil, uma da marca italiana Fiat, em Minas, e outra da Jeep, em Pernambuco. 

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), entidade que representa os caminhoneiros, decidiu manter a convocação de uma paralisação de 12 horas da categoria para esta quarta-feira (19).

A mobilização já estava marcada para o dia 19 quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgaria três ações que contestam a constitucionalidade da política de tabelamento de frete rodoviário. A votação foi adiada para o dia 10 de março, quando entidades contrárias e favoráveis ao tema vão se reunir em uma audiência de conciliação no Supremo.

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O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, disse em entrevista à Sputnik Brasil que a mobilização está mantida mesmo com o adiamento do julgamento, mas os caminhoneiros se comprometeram a não fechar nenhuma rodovia.

"O que a gente pediu para a categoria é para que parassem, cruzassem os braços e não trabalhassem. Eu estou orientando a categoria dizendo que nós precisamos ter responsabilidade, seriedade, e não fechar nenhuma rodovia", explicou.

A ideia, segundo Wallace Landim, é fazer uma paralisação que vai das 6 horas até às 18 horas desta quarta-feira.

"A gente está pedindo para o pessoal ficar em casa para mostrar que estamos unidos. Não estamos querendo que ninguém pare na beira da rodovia, isso caracteriza multa alta para os caminhoneiros", disse.

Escute a entrevista:

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O presidente da Abrava, que foi um dos principais representantes dos caminhoneiros na greve que parou o Brasil em maio de 2018, diz que a mobilização pretende mostrar que os caminhoneiros estão atentos ao tema e organizados para defesa da constitucionalidade do piso mínimo.

"A gente está buscando o nosso piso mínimo de frete, a lucratividade cada um faz a sua. Para vários segmentos existe um tabelamento e é constitucional, como é o caso da OAB. Eles têm a tabela de honorários para os advogados. Só nós, a categoria do autônomo, que é inconstitucional? Nós não vamos aceitar e não aceitamos retrocesso", afirmou Wallace Landim.

A tabela de fretes foi criada em 2018 pelo governo do ex-presidente Michel Temer e passou a valer em janeiro de 2019. A lei estabelece um preço mínimo que deve ser pago por quem contrata o serviço de transporte rodoviário de carga. Ela era uma das principais reivindicações dos caminhoneiros durante a greve de 2018.

Da Sputnik Brasil

O aposentado Valdecy Luiz de França, de 72 anos, mostra um caderno de folhas amassadas com vários números anotados. São páginas e páginas de sequências numéricas que, ao primeiro olhar, não parecem fazer muito sentido. Tratam-se de protocolos das reclamações que já fez à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Há cerca de três meses Valdecy não sabe o que é ter água nas torneiras em sua casa no bairro de Jardim Primavera, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Na mesma semana em que Valdecy adicionou novos protocolos ao caderno, ele soube que a conta de água e esgoto ficou mais cara. Desde a última segunda-feira (12), está valendo o reajuste de 6,72% na tarifa em todo o estado de Pernambuco. O aumento foi aprovado no mês de julho pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe).

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Valdecy faz parte dos moradores das partes altas de Camaragibe, que estão sofrendo com o desabastecimento de água há tempos. Há relatos de falta de água ou descumprimento do calendário em locais como Vila da Fábrica, Vale das Pedreiras, Vila da Inabi e Santa Mônica. 

O que mais frustra o aposentado são as promessas feitas pela Compesa e que não se cumprem. Nas diversas ligações que faz à companhia, sempre são passadas datas para o abastecimento e, quando chega o dia e a água não aparece, nova data é divulgada.

O LeiaJá telefonou para o serviço de atendimento da Compesa. O atendente informou que faltava água na rua do aposentado por causa de um problema no conjunto moto-bomba da Estação Elevatória de Camaragibe. Segundo a Compesa, a estação funciona com duas bombas, mas uma está quebrada. Por causa disso, não estaria havendo pressão suficiente para levar água às ruas mais íngremes. Previsão passada por telefone para o equipamento estar consertado: 23 de agosto. A partir do reparo, o abastecimento seguiria o calendário de cada localidade.

Mas Valdecy rebate: “Eles já falaram isso antes. Disseram que consertaria 12 de julho, aí não chegou água, depois disseram dia 19, depois 26, aí disseram 2 de agosto, depois 6…”, ele contabiliza. E assim, o aposentado começa a se sentir enrolado.

Desde junho o LeiaJá acompanha a situação em Jardim Primavera. Naquele mês, a assessoria da Compesa apresentou um problema diferente para a falta de água. “O abastecimento (...) está sendo afetado devido a um estouramento próximo ao Shopping Camará”, disse. A retomada da distribuição estava prevista para 22 de junho. Nunca se cumpriu.

Na última semana, a assessoria da Compesa foi novamente cobrada. Ela respondeu ter finalizado na quarta-feira (21) a manutenção emergencial em uma Estação Elevatória de uma das unidades operacionais do sistema de abastecimento de São Lourenço da Mata, na RMR. “O sistema já voltou a operar e está em fase de enchimento do reservatório. A água será liberada ainda hoje”, afirmou por nota na quarta-feira (14) passada. Até o momento, nada de água na rua de Valdecy.

A espera infindável começa a tirar o sossego das pessoas. “Bate uma saudade do barulho da água chegando”, lamenta Joana Maria, também moradora de Jardim Primavera. Devido à situação, os moradores começaram a aproveitar a água da chuva. Joana diz que as famílias estão colocando cloro na água coletada e utilizando para banho, lavar louça, lavar roupa…

Na quarta-feira, Valdecy esteve na sede da Compesa em Camaragibe. Diz ter conversado com um funcionário de nome Evandro, que garantiu que a água chegaria no dia seguinte e, caso não chegasse, ele poderia voltar lá para cobrar. Pois bem, não chegou. O aposentado diz ter voltado e sido mal recebido. “Uma atendente discutiu comigo. Me tratou mal. Disse que talvez Evandro nem fosse aparecer, que talvez estivesse em Olinda. Eu disse ‘vou esperar’”. De fato, Evandro apareceu. Já a água? Nada. Valdecy também sempre liga para Arpe. Ele lembra que a primeira ligação foi no dia 15 de junho, quando a falta de água já preocupava. A agência responde que vai cobrar uma solução à Compesa. 

A casa de Valdecy tem reservatórios que acumulam, ao todo, cinco mil litros de água. Como ele diz, agora está só na ‘laminha’. Diante das contas pagas, dos telefonemas que nada resolvem e da aflição que só quem não tem água há meses sabe como é, ele se sente impotente. Nos próximos dias, ele deve levar o caso ao Procon-PE e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) enquanto paga 6,72% a mais para juntar água da chuva.

Águas de Camaragibe

No dia 5 de agosto, foi lançado o programa Águas de Camaragibe, uma parceria da Prefeitura e da Compesa. O objetivo é realizar ações de esforço hídrico e diminuição do racionamento na cidade, além de um mutirão para tapar 95 buracos abertos na cidade. 

Inicialmente, a Compesa irá avaliar os terrenos da Comunidade Bondade de Deus e verificar as condições para instalações do sistema hidráulico. Receberão ações do projeto as seguintes localidades: Bairro Novo, Alberto Maia, Alto da Boa Vista, Vila da Fábrica, Carmelitas, Jardim Primavera, Jardim Teresopólis, Loteamento São Paulo e São Pedro, Timbi, UR-7 Várzea, Várzea, Santa Mônica, Tabatinga, Tabatinga Baixa, Santana, Centro, Céu Azul, Córrego do Desastre, Vila da Fábrica e Vila da Inabi.

Olinda

Em audiência judicial realizada em julho deste ano, o MPPE cobrou melhorias à Compesa devido às constantes irregularidades na distribuição para o município de Olinda. O juiz determinou que a Compesa apresente um cronograma com previsões de melhorias progressivas no racionamento das áreas mais críticas. A promotora cobrou que o calendário seja cumprindo, nem que para isso sejam enviados caminhões-pipas às localidades. Na mesma ação, foi requerido que a empresa anule as faturas não pagas referentes aos meses em que não houve fornecimento efetivo de água aos clientes.

Uma reunião no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na última terça-feira (19), fixou até o dia 30 de junho para que a crise do abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) seja normalizada no estado. Os representantes da Petrobras, da Transpetro e das empresas distribuidoras de gás presentes na reunião concordaram com a proposta.

Segundo o promotor de Justiça Solon Silva Filho, que atua na Defesa do Consumidor, o MPPE está dando a chance de que acordos e tentativas conjuntas sejam desenvolvidos para que o caso não seja judicializado. "O MPPE está atento aos problemas do desabastecimento de gás GLP em Pernambuco e vem cobrando das empresas responsáveis, públicas e privadas, uma solução", disse. 

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Petrobras, Transpetro e empresas distribuidoras se disseram tranquilas para cumprir o prazo. O otimismo se deve ao sucesso obtido no teste de bombeamento simultâneo de gás realizado no último domingo (17) pelos dois dutos da Transpetro, localizados no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Porto de Suape). Os dutos abastecem caminhões das distribuidoras Nacional Gás, Liquigás, Copagaz e Supergás.

Segundo os presentes e o relatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apresentado na ocasião, os resultados superaram as expectativas. Houve um ganho de produtividade de quase 50%, que só não foi maior pela falta de capacidade das distribuidoras de armazenar o incremento total. "Temos capacidade com folga. Basta ter demanda. A operação pode ser mantida enquanto for necessário", explicou o representante da Transpetro Sérgio Vasconcelos.

Os representantes das distribuidoras, no entanto, alertaram que não há como tornar o esforço como rotineiro por conta da necessidade de manutenção dos equipamentos e de cláusulas trabalhistas, que limitam o número de horas-extras dos funcionários. Para que houvesse a experiência de domingo, foi preciso um acordo com o sindicato da categoria.

O representante da Petrobras Luiz Leandro de Oliveira informou que o teste ajudou a diminuir o déficit de gás existente e que as entregas da Petrobras foram adiantadas em 11% até o dia do bombeio. “Do dia 1º ao dia 17 de junho, entregamos um montante de gás correspondente 235 mil botijões aproximadamente”, contabilizou ele.

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, se propôs a enviar às empresas distribuidoras uma lista dos municípios pernambucanos que estão em condições mais críticas de desabastecimento. O intuito é que haja uma priorização de entrega de botijões nestes locais. Uma nova reunião no MPPE foi marcada para 2 de julho, onde será avaliado o cumprimento da regularização do abastecimento, assim como novas medidas para que a situação de crise não se repita.

Com informações da assessoria

A crise do desabastecimento continua trazendo dificuldades para quem procura combustível para seu veículo. Muitos postos continuam zerados e aqueles que têm gasolina estão com longas filas.

Aos poucos, os postos vão sendo abastecidos na Região Metropolitana do Recife (RMR). A quantidade de locais com gasolina nesta terça-feira (29) já é superior ao dia anterior. Há estabelecimentos abastecidos no Recife, Olinda, Paulista e Moreno, na Região Metropolitana do Recife. Abaixo, você confere um mapa com alguns desses locais:

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O levante de caminhoneiros que agora pedem a volta dos militares já em sinal de desespero fez do risco de uma queda de Michel Temer a pauta do Congresso. O presidente continua perdido sem ação, apenas demonstra que é fraco e tem na sua linha de frente um monte de ministro fraco que não demonstram nem tem nenhuma credibilidade junto a população brasileira. Temer dá sinais que não tem mais nenhuma condição de comandar este país, é de uma inabilidade incrível, e agora começa a se esconder de todos e coloca na linha de frente três ministros que não servem nem para assessorar vereador de munícipio pequeno. Vejam vocês, o Brasil está entregue a Eliseu Padilha, Moreira Franco e Carlos Marun, precisa dizer mais alguma coisa? Em reunião a portas fechadas, no Senado, ao menos um parlamentar da base do governo defendeu a derrubada de Temer. A esta altura muitos congressistas já tramam nos bastidores a saída do presidente Temer, mas pelo visto Temer quer continuar sangrando o país e tem apoio de alguns políticos corruptos que agem como ele.

 

Prefeitura intervém e transporte coletivo é ampliado em Petrolina

Uma boa notícia para os usuários do transporte coletivo de Petrolina: após mobilização do prefeito Miguel Coelho, nesta segunda-feira (28), a Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) conseguiu o repasse de 15 mil litros de combustíveis o que possibilitará o aumento da frota do transporte coletivo, já a partir desta terça-feira (29).

Frota

A frota que estava operando com apenas 40% será ampliada, gradativamente, mas já volta à normalidade nos horários de pico quando 100% dos veículos deverão estar disponíveis à população. De acordo com o diretor-presidente da Ammpla, Geraldo Miranda, de imediato, a frota será ampliada para 50% fora dos horários de pico, mas a expectativa é que, a partir desta terça-feira (29), o número de veículos circulando seja aumentado paulatinamente.

Prefeitura de Caruaru divulga funcionamento desta terça-feira (29)

Em decorrência do movimento nacional dos caminhoneiros, a Prefeitura de Caruaru informa abaixo o expediente interno de alguns setores para atender a população. 

 

Secretarias e órgãos

Saúde: Funcionamento dos serviços ambulatoriais especializados, centros de saúde, UPAs, hospitais e demais unidades de funcionamento 24 horas terão seus serviços mantidos normalmente. As Unidades de Saúde da Família vão funcionar até as 12 horas;

Serviços Públicos: A Feira do Gado, realizada às terças-feiras, funcionará normalmente, em seu horário habitual, das 4h às 12h. O Matadouro Público também está funcionando normalmente;

Centro Administrativo: A Secretaria da Fazenda e o Procon funcionam das 7h às 12h;

Recursos Humanos:

A Secretaria de Administração estará atendendo os funcionários da prefeitura das 8h às 13h. Após esse horário, o expediente será interno;

Destra: Setor administrativo (atendimento ao público) vai funcionar das 7h às 13h. A guarda municipal, agentes de trânsito, defesa civil e 118 continuam com o horário normal, disponíveis 24h;

Secretaria de Ordem Pública: Funcionamento será das 8h às 13h, com atendimento ao público.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos 

Ficam mantidos os atendimentos essenciais do Centro de Atendimento aos Adolescentes Usuários de Drogas (CAUD), das quatro casas de acolhimento para crianças e adolescentes e do acolhimento da população adulta, assim como as atividades de emergência do Centro Pop. O CadÚnivo está funcionando em horário normal, das 07h às 17h, de segunda à sexta.

Secretaria da Mulher

Os serviços da Secretaria de Políticas para Mulheres estarão funcionando das 8h às 12h, como o Balcão da Mulher (serviço de apoio jurídico, psicológico e de Assistência Social) e o CRM - Centro de Referência Maria Bonita (serviço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar).

Educação: As aulas na rede municipal de ensino e o funcionamento das creches continuam suspensos

Produtores de frutas do Vale do São Francisco estimam R$ 570 milhões em prejuízos

Maior exportador de frutas do país, o Vale do São Francisco já contabiliza um prejuízo de R$ 570 milhões ao final do oitavo dia de paralisação dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira.

Preocupação

Segundo o representante do mais importante segmento da economia regional, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou de comercializar nesta semana para os mercados interno e externo 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão.

Safra perdida

Jailson Lira advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida essa semana poderá ficar comprometida por falta de mercado. “Além de termos cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.

Movimento apoiado 

 

Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento, onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

Reitoria do IFPE mantém suspensão de atividades nesta terça-feira (29)

A reitoria do IFPE informa à comunidade acadêmica que manterá a suspensão das aulas e atividades administrativas nesta terça-feira (29), considerando que a circulação do transporte público e o abastecimento dos postos de combustíveis ainda não foram normalizados. A decisão, tomada em conjunto com os Diretores Gerais, é válida para a reitoria e todos os 16 campi do Instituto. 

Calendário

Com o cancelamento do expediente administrativo, fica suspensa até quarta-feira (30) a entrega de documentos para solicitação da isenção da taxa de inscrição do Vestibular 2018.2. Um novo cronograma será divulgado pela Comissão de Vestibulares e Concursos (Cvest), no site cvest.ipfe.edu.br. Também estão suspensas as inscrições para a eleição do Conselho Superior do IFPE. 

Amanhã

Em relação ao expediente da quarta-feira (20), a reitoria divulgará um novo posicionamento da tarde desta terça (29), após avaliar a retomada e a normalização dos serviços de transporte no estado.

Paulista suspende coleta de lixo

Por conta da falta de abastecimento, decorrente da greve dos caminhoneiros, a empresa que presta serviço à Prefeitura do Paulista foi obrigada a suspender temporariamente a coleta de lixo nesta segunda-feira (28.05). Ao todo, 13 caminhões compactadores e outros seis do tipo caçamba paralisaram o serviço. Diante da situação, 500 toneladas de resíduo domiciliar e entulhos deixam de ser recolhidos por dia em toda a cidade.  

 

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