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Um dia após a Petrobras anunciar um novo aumento na gasolina, nesta sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o 'exagerado lucro' da empresa e indicou que mais um reajuste pode motivar uma greve dos caminhoneiros, como em 2018. “A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos”, consumou o presidente nas redes sociais.

Na publicação, Bolsonaro pontuou sobre o interesse público e apelou para a crise mundial para se opor a decisão do conselho administrativo da empresa. “A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”, escreveu.

Nesta quinta (16), uma reunião de emergência foi convocada em pleno feriado de Corpus Christi pelo conselho da Petrobras para discutir um novo aumento puxado pela política de preço de paridade de importação (PPI). O percentual de reajuste ainda não foi definido, mas deve ser apresentado ainda nesta sexta (17).

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A rede de postos de combustíveis PetroMega foi multada em R$ 1 milhão na manhã desta segunda-feira (3). Esta é a maior multa já aplicada pelo Procon-PE, segundo o próprio órgão.

A punição à PetroMega se deve ao caos gerado na Região Metropolitana do Recife (RMR) após a divulgação nas redes oficiais da possibilidade de greve dos caminhoneiros na madrugada desta segunda-feira. A atitude da rede se enquadraria no delito de “divulgação de notícias falsas, que levam a população ao pânico, intranquilidade e insegurança”. O caso também é investigado pela Polícia Civil.

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  Foi dado um prazo de dez dias para a rede apresentar sua defesa. Caso a PetroMega não responda ao comunicado, o boleto da multa é gerado imediatamente.

 Na publicação que viralizou nas redes sociais, a empresa dizia que eram fortes as evidências de paralisação dos caminhoneiros. “Visando evitar os mesmos transtornos e caos gerados na primeira vez, aconselhamos que deixem seus veículos abastecidos”, comentava a nota.

 Em nova publicação, na noite do domingo (2), a PetroMega argumentou : “(...) a intenção não foi gerar qualquer transtorno, sua única e real motivação foi a de prevenir a população para um eventual problema de desabastecimento, em face das notícias divulgadas em redes sociais”. O Procon-PE também fiscaliza postos de combustíveis nesta manhã para identificar se houve aumento abusivo após o boato, que gerou longas filas de carros. A fiscalização ocorre desde o domingo e cinco estabelecimentos já foram notificados a apresentarem suas notas dos dias 30 e 31 de agosto.

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Na manhã desta segunda-feira (3), equipes do Procon-PE realizam fiscalizações em postos de combustíveis da Região Metropolitana do Recife (RMR). A ação visa verificar se os estabelecimentos estão cobrando preços abusivos após nota divulgada pela empresa Petro Mega sobre a possibilidade de paralisação dos caminhoneiros nesta madrugada. 

As fiscalizações começaram ainda no domingo (2). Foram visitados 11 postos, localizados nos bairros recifenses de Afogados, Parnamirim, Torre, Graças, Aflitos, Espinheiro, Rosarinho, Casa Amarela e Imbiribeira. Destes, alguns já se encontravam fechados e cinco foram notificados para que apresentem, no prazo de 24 horas, as notas fiscais dos dias 30 e 31 de agosto. No dia 31 de agosto, a Petrobras anunciou um aumento de 13% para o diesel e 1,54% para a gasolina.

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Se for constatada o abuso, o posto poderá ser multado ou interditado. A multa varia de R$ 1.050 a R$ 9,5 milhões. A Petro Mega, que divulgou o boato nas redes sociais, pode ser  punida na Lei de Contravenções Penais e no Código de Defesa do Consumidor por praticar o delito de divulgação de notícias falsas, que levam a população ao pânico, intranquilidade e insegurança. No texto, a empresa dizia: “não temos uma confirmação, mas são fortes as evidências. Visando evitar os mesmos transtornos e caos gerados na primeira vez, aconselhamos que deixem seus veículos abastecidos”.

Após a repercussão do caso, uma nova nota foi publicada na noite do domingo. Dessa vez, a Petro Mega diz: “(...) a intenção não foi gerar qualquer transtorno, sua única e real motivação foi a de prevenir a população para um eventual problema de desabastecimento, em face das notícias divulgadas em redes sociais”.  A Delegacia do Consumidor, da Polícia Civil, também irá abrir inquérito para investigar as intenções da Petro Mega com a propagação do boato. 

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Dezenas de postos de combustíveis recebem intensa movimentação de clientes na manhã deste domingo (2). Depois que mensagens sobre uma possível nova paralisação dos caminhoneiros foram compartilhadas nas redes sociais neste fim de semana, boa parte dos consumidores foi aos estabelecimentos garantir gasolina e etanol para seus veículos. Em vários bairros da capital pernambucana, há filas de clientes consideradas longas; o cenário de hoje, no entanto, não é tão crítico como o presenciado entre maio e junho deste ano, durante a crise dos combustíveis.

Uma das mensagens compartilhadas foi publicada em um Instagram que seria da rede de postos PetroMega. No texto, o estabelecimento informa aos clientes que pode acontecer uma nova paralisação dos caminhoneiros na madrugada desta segunda-feira (3). “Não temos confirmação, mas são fortes as evidências”, diz trecho do conteúdo. Além dessa postagem, áudios e outras mensagens correram a internet, principalmente em grupos de WhatsApp, alegando que as entidades representativas dos caminhoneiros estariam preparando uma greve.

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Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, em trabalho paralelo ao Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon/PE), garantiu que notificará, nesta segunda-feira, a empresa PetroMega, que deverá “prestar esclarecimentos quanto à nota veiculada em suas redes sociais neste sábado”. A SJDH ainda acrescentou: “O informativo, sem qualquer fundamentação, alerta de forma irresponsável a população quanto à possibilidade de paralisação no abastecimento de combustíveis no Estado. A SJDH esclarece, ainda, que provocar alarme, anunciando perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime previsto no Art. 41, da Lei de Contravenções Penais (LCP), sob pena de prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa”.

Entre os consumidores, o clima foi de receio. Muitas pessoas não quiseram ficar sem combustíveis para seus veículos. O gerente de restaurante Daniel Mesel resolveu abastecer seu carro ainda de madrugada. Ao largar do estabelecimento onde trabalha, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Daniel foi a um posto no mesmo bairro e esperou cerca de uma hora na madrugada deste domingo para encher o tanque. “Duas horas da madrugada e a gente tentando abastecer. Ainda bem que consegui, porque estava com medo de ficar sem combustível para ir trabalhar”, disse Daniel, acrescentando que o preço pelo litro de gasolina estava por R$ 4,19.

O LeiaJá circulou em vários bairros do Recife nesta manhã. O preço da gasolina gira em torno de R$ 4,17 a R$ 4,20, enquanto o etanol está sendo comercializado em muitos estabelecimentos a R$ 3,17. Confira o vídeo a seguir:

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O estudante universitário Thales Graf, 26 anos, mora ao lado de um dos postos mais movimentados da Zona Norte do Recife, o Norte Braz, no bairro de Água Fria. Ele relata que na noite de ontem as filas já eram enormes. Hoje, em virtude de uma necessidade urgente, precisou abastecer e deu “sorte”. Saiu às 7h e conseguiu encontrar um posto próximo ao estádio do Arruda com as filas ainda se formando, mesmo assim ainda esperou 40 minutos.

 

“Acredito que toda essa situação desnecessária, isso é boato. Eu mesmo recebi diversas mensagens em grupos com tom de terrorismo, de que iria faltar combustível, de que só medicamentos seriam liberados. Quando me informei no posto, o frentista negou qualquer tipo de greve ou possibilidade de falta de combustível”, detalhou o estudante. Ele complementa: “Infelizmente, o pior do Brasil é o próprio brasileiro. Fui em um posto anteriormente em que um funcionário já está informando a suspensão da utilização do cartão de crédito, apenas pagamentos em dinheiros, no intuito de se aproveitar da situação”, lamentou.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco, Alfredo Pinheiro Ramos, garantiu que não há desabastecimento nos postos e que existem poucas chances de uma nova greve. “Desacreditamos 99% que vá acontecer uma nova greve com aquela dimensão”, declarou.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, informou que a população pode ficar tranquila porque não há greve. Ele ainda garantiu que vai intensificar as fiscalizações contra os postos de combustíveis que aumentaram os preços dos produtos em decorrência do receio da população.

Representantes dos caminhoneiros 

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) divulgou uma nota sobre o aumento do preço do óleo diesel, que seria fator motivador para possíveis levantes dos caminhoneiros. A entidade garantiu que “fará o possível para evitar uma nova paralisação”. Confira a nota:

 A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou na noite desta quinta-feira (30) os novos preços de referência para o óleo diesel, que registram alta de até 14,4% em alguns Estados.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), defensora dos direitos dos caminhoneiros autônomos do país e entidade responsável pelas negociações com o Governo durante a paralisação geral da categoria, informa que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do referido aumento.

A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano.

A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação.

Já uma nota divulgada à imprensa por outra entidade, a União Nacional dos Caminhoneiros, promete nova paralisação, mas não na madrugada desta segunda-feira. Segundo o texto, uma mobilização está sendo programada em todo o País para depois do dia 7 de setembro, feriado da Independência. O grupo pretende protestar contra o aumento no preço do diesel.

Com colaboração de Thiago Graf

A Coca-cola estaria disposta a encerrar as atividades de fabricação de concentrado para refrigerante no Brasil. Os responsáveis pela empresa demonstraram insatisfação com a diminuição de subsídios fiscais na Zona Franca de Manaus.

Segundo a Folha de São Paulo, o presidente da Coca-cola no Brasil, Henrique Braun, apresentou as demandas da empresa a Jorge Rachid, secretário da Receita Federal. A principal reclamação é a alteração da incidência de IPI, realizada após a greve dos caminhoneiros.

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A empresa estaria disposta a transferir a fabricação do xarope de seu famoso refrigerante a algum país vizinho que ofereça vantagens fiscais. Segundo a Folha, o governo, por sua vez, acusa a Coca-cola de superfaturar produtos produzidos na Zona Franca para ampliar ganhos usando os subsídios.

A companhia aérea Azul fechou o segundo trimestre deste ano com lucro recorde de R$ 283,3 milhões, mesmo com o prejuízo de R$ 57 milhões no período, entre perda de receitas e aumento de despesas.

Em comunicado, a empresa informou que o resultado foi afetado por eventos não recorrentes como a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio e que, segundo a Azul, impactou o resultado com R$ 51,2 milhões em perdas de receitas e R$ 5,8 milhões em aumento de despesas.

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A paralisação dos caminhoneiros afetou voos durante dez dias, nos quais “cerca de 37 operados pela Azul ficaram sem combustível e alguns deles permaneceram fechados por três dias", afirma o texto.

O número de passageiros transportados pela companhia aumentou 17,4% no trimestre, porém a ocupação recuou para 80,1%, 0,8 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo período de 2017.

O relator do projeto de lei que regulamenta o transporte de cargas, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), retirou do texto o artigo que anistia os caminhoneiros das multas aplicadas durante a paralisação que ocorreu nas últimas duas semanas de maio deste ano.

 Após se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com líderes partidários, Marquezelli afirmou que ficou definido que as multas poderão ser incluídas na medida provisória que trata sobre o preço mínimo de fretes.

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Segundo o deputado, a anistia das multas ou a conversão das penalidades financeiras em advertências não aparecerá mais no texto. As transportadores e os motoristas autônomos deverão ser “perdoados” de maneira diferente.

Marquezelli destacou que caso não seja possível apresentar a emenda da anistia, haverá possiblidade de realizar um acordo com o governo para editar uma medida exclusiva sobre o tema. 

Apesar de os economistas só preverem aumento da taxa básica de juros (Selic) no ano que vem, no mercado financeiro crescem as apostas de uma alta ainda este ano, principalmente após a crise deflagrada com a greve dos caminhoneiros. As curvas de juros já mostram uma possibilidade de 50% de um aumento da Selic já na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Nesta quarta-feira (6) o juro básico está em 6,5% ao ano, e as indicações do BC são de que ficará estável por muitos meses.

Na terça-feira (5), a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 11,35% para 11,80% no fechamento da sessão regular. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou na máxima de 10,95% (ante 10,57% na segunda-feira) e a do DI para janeiro de 2021 encerrou na máxima de 9,05% - na segunda-feira, fechou em 8,76%. O DI para janeiro de 2019 avançou de 6,712% para 6,900% e para janeiro de 2020 foi de 7,62% para 7,89%.

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Profissionais já avisavam que a melhora vista na segunda nos ativos não se sustentaria. É longa a lista de fatores negativos: receios de agravamento da crise fiscal após a crise dos combustíveis, possibilidade de mudança na política de reajuste de preços da gasolina, fortalecimento de candidatos com perfil heterodoxo nas pesquisas de intenção de voto para presidente e temor de aumento da ingerência política na área econômica.

Na queda de braço dentro do governo, que já resultou na saída de Pedro Parente da presidência da Petrobrás, o mercado desconfia que a equipe econômica pode ficar enfraquecida e, por isso, adiciona prêmio à curva de juros. Entre os temores do investidor, está a dúvida sobre quem vai pagar a conta dos subsídios ao diesel.

O mercado também piorou na terça-feira à medida que os leilões extraordinários de contratos de swap cambial do BC, no começo da tarde, foram incapazes de aplacar a trajetória ascendente da moeda americana. "O dólar ignorou a intervenção e o mercado foi para cima. O DI reagiu, com a leitura de que o nível do dólar pode ser uma preocupação para o BC na inflação", disse um gestor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, disse hoje (4) que estão superadas as questões relativas à segurança, defesa e ao abastecimento provocadas pela paralisação dos caminhoneiros. Segundo ele, o foco do governo, a partir de agora, será a fiscalização para garantir a implementação das medidas acordadas com a categoria, como o desconto no preço do óleo diesel.

Etchegoyen disse ainda que o governo também vai dar prioridade às conversas com o Congresso, em busca de fazer avançar no Parlamento as medidas acertadas com os caminhoneiros que dependem de aprovação do Legislativo.

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“Concluímos que as questões pelas quais o grupo trabalhava, abastecimento e temas relativos à defesa e segurança estão superadas. Já temos o abastecimento normalizado em todo o país e não há mais ameaça à segurança institucional, às estradas. A partir de agora, o grupo se reorganiza para dar o protagonismo à fiscalização do que foi acordado, às questões de preço de petróleo, de diesel, fretes. E o trato político junto ao Congresso para fazer avançar as decisões que dependem do Parlamento”, afirmou, em entrevista, após a reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento.

Etchegoyen acrescentou que a fiscalização será feita com “toda a energia que a situação exige".

O ministro confirmou que o governo não vai prorrogar o emprego das Forças Armadas, que atuaram para liberar estradas durante a paralisação dos caminhoneiros, no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Hoje encerra a vigência do decreto que autorizou o uso das Forças Armadas.

Em declaração na última quinta-feira (31), o presidente Michel Temer atribuiu o fim da greve ao diálogo. Em acordo com representantes dos caminhoneiros, o governo atendeu às reivindicações da categoria. Uma das medidas foi a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel pelo prazo de 60 dias. Na sexta (1°), o governo publicou portaria que trata da fiscalização para garantir que os postos de combustíveis repassem aos consumidores o desconto no preço do diesel.

Sobre o desconto no diesel, Sergio Etchegoyen informou que a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atual atua principalmente na distribuição e comercialização de combustíveis, se antecipou e já aplicou o desconto em todo o seu estoque.

O ministro disse ainda que será dado prosseguimento aos processos já iniciados, relacionados à violência contra caminhoneiros e às sabotagens. "Os processos de violência contra caminhoneiros, pessoas em geral, as ações de sabotagem contra linha férrea e torre de eletricidade, as investigações e o processo continuam, e o governo empenhará seus meios para que essas pessoas sejam levadas à Justiça". 

Participaram da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, o ministro substituto da Justiça, Claudemir Brito, e o almirante de esquadra Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse hoje (2), no Twitter, que a troca de comando na presidência da Petrobras não vai alterar a política preços da empresa. Segundo o ministro, a estatal continua com liberdade para definir a política de precificação dos combustíveis que, atualmente, segue os preços internacionais do barril de petróleo.

"A troca de comando não alterou a política de preços da Petrobras. A Petrobras continua tendo toda liberdade para aplicar sua política de preços. Mas isso não é incompatível com a busca de ações que mitiguem os impactos de flutuação de preços. Porque governo tem que governar. E é isso o que vamos fazer: proteger as pessoas e atividades econômicas das flutuações internacionais dos preços dos combustíveis", afirmou.

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Em pronunciamento à nação, Temer também reafirmou o apoio à política de preços praticada pela empresa. 

“Reafirmo que meu governo mantém o compromisso com a recuperação e a saúde financeira da companhia. Continuaremos com a política econômica que nesses dois anos tirou a empresa do prejuízo e a trouxe para o rol das mais respeitadas do Brasil e do exterior. Declaro também que não haverá qualquer interferência na política de preços na companhia.”

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demIssão do cargo nesta sexta-feira (1º). A informação foi confirmada pela estatal. O executivo está reunido com o presidente Michel Temer (MDB), neste momento, no Palácio do Planalto, quando deve comunicar da decisão.

A saída de Parente ocorre depois da greve dos caminhoneiros contra os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis. Durante a paralisação, a política adotada por Parente na estatal petroleira foi bastante criticada.  

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De acordo com a Petrobras, a nomeação de um interino deve ser avaliada ainda hoje pelo Conselho de Administração da empresa e, até o momento,  a composição dos demais membros da diretoria executiva não sofrerá alteração.

Um dos líderes da paralisação dos caminhoneiros, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) José Fonseca Lopes é filiado ao PSDB e já foi candidato a deputado federal pela legenda tucana. A informação é do jornal Folha de São Paulo. Fonseca recebeu, em 1998, 1.851 votos, número insuficiente para ser eleito para ocupar uma das vagas de São Paulo na Câmara Federal. 

A origem do líder sindical reforça ainda mais a tese de que a greve dos caminhoneiros também teve um cunho político. No momento em que o presidente Michel Temer (MDB) precisou renegociar o retorno das atividades da categoria, foi com José Fonseca que ele precisou articular. Isto porque, depois de um primeiro acordo, a Abcam, que tem cerca de 600 mil caminhoneiros, decidiu permanecer parada. No último domingo (27), Temer cedeu em outros pontos e Fonseca recomendou que seus representados liberassem as pistas bloqueadas.

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De acordo com a reportagem, José Fonseca também tem livre trânsito entre o patronato. Tanto é que a sede da Abcam fica localizada no prédio da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em Brasília. E, inclusive, Fonseca foi convidado para assumir a cadeira de vice-presidente da CNT.

Durante a paralisação, a CNT divulgou uma nota classificando como desproporcional a política de preços da Petrobras e outras empresas do setor de transporte apoiaram o movimento dos caminhoneiros, o que levantou a suspeita de prática de locaute, que é a participação de empresários e patrões em greves. A atitude é proibida por lei. José Fonseca está entre os investigados pela Polícia Federal pela a prática. 

A crise de abastecimento de combustíveis que assola o país há 10 dias está alterando bastante o cotidiano dos brasileiros. As atividades artísticas e culturais também sentiram o efeito e muitos shows, exposições e apresentações vêm sendo canceladas em todo o país. Produtores e artistas, receosos pela impossibilidade de deslocamento do público e dos próprios equipamentos, cenários e figurinos, estão optando por alterar suas agendas. Confira algumas das atrações culturais que foram canceladas ou adiadas na cidade do Recife. 

 Orquestra Criança Cidadã

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A Caixa Cultural receberia, nesta quarta (30), o concerto dos grupos de câmara da Orquestra Criança Cidadã. A apresentação foi cancelada e uma nova data será anunciada em breve. 

Aurora Instrumental

O show do violeiro Hugo Linns que aconteceria nesta quarta (30), dentro da programação do Aurora Instrumental, ganhou nova data. O público poderá vê-lo no dia 27 de junho, no Teatro Arraial. 

Cine PE

O Festival do Audiovidual, Cine PE, também fez alterações em sua programação e datas. O festival enxugou sua duração e inicia suas atividades na próxima quinta (31), no Cinema São Luiz. Por outro lado, a organização do evento optou por abrir a bilheteria e oferecer entrada gratuita para o público em todos os dias do festival.  

Exposição ContraPeso

A exposição ContraPeso, do artista Ramsés Marçal, estava com data de abertura marcada para a última terça (29), na Galeria Amparo 60, mas, também foi cancelada. Uma nova data será anunciada. 

Arraiá do Seu Zezo

A primeira edição do Arraiá do Seu Zezo seria realizada no próximo sábado (2), com nomes como Zezé di Camargo & Luciano, Silvana Salazar, Cikó Macedo e João Victor. Quem já adquiriu o ingresso poderá pedir a devolução do dinheiro a partir da próxima terça (5) diretamente no ponto de venda onde a compra foi feita. 

Carla Rio e Dudu Nobre

O show Raiz e Enredo, com a sambista pernambucana Carla Rio, e o carioca Dudu Nobre, que aconteceria na próxima sexta (1º), também foi cancelado. Os ingressos adquiridos permanecem válidos para a nova data que será anunciada brevemente. Quem preferir poderá pedir o reembolso do valor a partir da próxima segunda (4). 

A Bela e a fera in Concert

O musical cancelou sua sessão marcada para o próximo domingo (3), no Teatro Guararapes. A apresentação no Recife foi adiada para o dia 18 de agosto. Os ingressos já adquiridos serão válidos para a nova data. Aqueles que preferirem resgatar o valor pago poderá fazê-lo nos locais de venda. 

Fernando Anitelli Voz e Violão apresenta: O Teatro Mágico

Os fãs da banda O Teatro Mágico terão que esperar até o dia 14 de julho para ver a apresentação de Fernando Anitelli. Esta é a nova data marcada para o show que aconteceria no último sábado (26), no Teatro Boa Vista. Os ingressos já adquiridos continuam válidos. 

Trem do Forró

A viagem que abriria a temporada 2018 do Trem do Forró, no próximo sábado (2), foi cancelada. Aqueles que já tiverem comprado ingressos para esta data poderão pedir reembolso ou usá-lo em alguma das demais datas de saída do Trem (09, 10, 16, 23, 24 ou 30 de junho). 

20º Baile dos Namorados

A festa seria realizada no dia 8 de junho, no Arcádia Paço Alfândega. Quem desejar devolver o ingresso por conta do adiamento deve procurar a Ticket Folia, pelo site ou pontos de venda, para reaver o valor pago. Uma nova data será informada posteriormente. 

Festival Nacional do Frevo

O concurso que se propõe a revelar novos nomes do frevo também alterou seu cronograma. A terceira eliminatória e a grande final serão realizadas no mês de julho, em dias ainda a serem definidos. 

O youtuber Whindersson Nunes usou o Twitter, esta semana, para se posicionar sobre a greve dos caminhoneiros. Em seu perfil da rede social, Whindersson disse que estava solidário à paralisação e revoltou-se ao citar o presidente Michel Temer na publicação

"Temer, você não se sensibiliza? Eles perdem a infância dos filhos, perdem tempo de estar com a família, muitas vezes a vida, roubo de carga, e ainda tem o gás pra tentar ajudar o Brasil e você não se sensibiliza? Se liga man!”, escreveu o piauiense. 

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Na postagem, filhos de alguns caminhoneiros se manifestaram. "Eu que sou filho de caminhoneiro sei bem como é, dá pra contar nos dedos as datas comemorativas que passei com meu pai, o medo que a gente tem do telefone tocar na madrugada e ser a policia avisando de algum acidente, mesmo assim tenho o maior orgulho da profissão dele!", contou um internauta.

O governador Paulo Câmara (PSB) divulgou um vídeo, na manhã desta quarta-feira (30), comemorando o desbloqueio de um dos acessos ao Porto de Suape, em Ipojuca. Principal ponto do estado para a entrada de combustível, gás de cozinha e outros itens que deixaram de ser transportados para as cidades pernambucanas com a greve dos caminhoneiros, ocasionada pela sucessiva alta do preço dos combustíveis no país. A desobstrução da via portuária foi determinada pelos Tribunais de Justiça de Pernambuco (TJPE) e Regional Federal da 5ª Região (TRF5)

“A partir desta operação, vamos ter condições de escoar com rapidez o combustível, o gás e outras mercadorias para que elas possam chegar a todo estado de Pernambuco”, informou Paulo. “Que a gente tenha condições de com velocidade regularizar os serviços. Os dias estão difíceis, mas estamos no caminho certo para que Pernambuco volte a normalidade e nosso povo possa continuar a contribuir com o desenvolvimento do nosso estado”, completou. 

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Segundo o pessebista, a operação foi “exitosa e sem violência”. Além disso, de acordo com ele, outras rodovias estaduais e federais vão ser alvos da mesma operação feita em Suape durante todo o dia de hoje. 

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O protesto dos caminhoneiros chegou ao 10º dia nesta quarta. Eles são contra o aumento no preço do diesel e a paralisação tem prejudicacado o abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos em várias regiões do país. Nesta terça, o presidente Michel Temer pediu que os caminhoneiros voltassem ao trabalho e o Senado aprovou a desoneração sobre o PIS/Cofins sobre o óleo diesel. 

No nono dia de mobilização dos caminhoneiros, as aulas começaram a ser retomadas em escolas públicas e universidades de algumas localidades. Em outras, as instituições de ensino continuam com atividades suspensas.

Levantamentos do Ministério da Educação (MEC) e de entidades representativas de estados e municípios mostram suspensão total ou parcial das aulas em pelo menos seis estados, além de 45 universidades federais e 48 instituições federais de educação profissional.

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De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entre as escolas estaduais, que concentram a maior parte do ensino médio, em 10 estados e no Distrito Federal, as aulas chegaram a ser suspensas total ou parcialmente. Em cinco estados, as aulas foram retomadas. Em Santa Catarina, nesta quarta-feira (30), de 1.073 escolas, 310 não terão atividades devido ao comprometimento do transporte ou da merenda escolar.

Na terça-feira (29), no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, onde aulas foram totalmente suspensas, as atividades foram retomadas. Paraíba, Rondônia e Alagoas tiveram as aulas suspensas apenas em algumas escolas, mas as atividades também já foram retomadas.

As aulas nas escolas estaduais permanecem suspensas nas redes de ensino de Sergipe e de Minas Gerais. No Ceará, 33 das 723 escolas não funcionaram na terça-feira (29) e, no Paraná, 99 dos 399 municípios estão sem aula.

Segundo o Consed, no Pará, alguns municípios ficaram sem combustível e, consequentemente, sem transporte escolar, o que levou à suspensão das aulas. A maioria das escolas da rede, no entanto, funcionou normalmente. Em Mato Grosso, foi decretado ponto facultativo.

De acordo com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), as escolas municipais, que concentram a maior parte do ensino infantil e do fundamental, também foram afetadas. A Undime não estima quantas redes estão com as atividades parcialmente ou totalmente suspensas.

O presidente da Undime, Alessio Costa Lima, disse, porém, que ainda não há melhoras significativas de abastecimento nos municípios, sobretudo naqueles de mais difícil acesso. “Aqueles que ficam mais distantes de centros de distribuição, independentemente do tamanho, enfrentam dificuldade maior no tempo que os caminhões levam para chegar a esse a esses locais.”

A entidade esclareceu que as aulas que estão deixando de ser dadas terão que ser repostas. ”O aluno tem direito a 200 dias letivos. Se as aulas foram suspensas, independentemente de qualquer motivo, as atividades devem ser retomadas no ponto em que foram paralisadas, nem que para isso o ano letivo seja prolongado”, afirmou Costa.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, o ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que as redes de ensino estão, aos poucos, retomando as atividades e que o MEC está em contato com o Consed e a Undime “para entender as dificuldades e auxiliá-los no que for necessário”.

Instituições Federais

Balanço divulgado hoje pelo Ministério da Educação revela que pelo menos 35 das 63 universidades informaram que estão sem aulas e 10 que elas foram parcialmente afetadas. De acordo com o MEC, uma instituição não informou a situação atual. Das 64 instituições federais de educação profissional, 32 estão totalmente paralisados e 16, parcialmente. Ou seja, a greve afeta mais de dois terços das instituições federais.

Outras, que não suspenderam as aulas, como a Universidade de Brasília (UnB), divulgaram comunicados para que os professores mantenham a flexibilização da frequência nas aulas e evitem atividades de avaliação dos estudantes nesta data.

O presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Tecnológico (Proifes), Nilton Brandão, estimou que, mesmo não havendo suspensão das aulas, cerca de 70% a 80% das atividades em todas as instituições de ensino federais foram impactadas.

“Se formos considerar só o caso da greve, parece que caminhamos para a normalidade, mas vai demorar um pouco, estamos dependendo de um único modelo de transporte, e ainda tem o feriado (Corpus Christi, quinta-feira, dia 31). Apenas na segunda-feira (4) poderemos ter uma nova avaliação”, disse o professor. 

De acordo com Brandão, a dificuldade de abastecimento de combustíveis apenas agrava a situação de falta de recursos que as instituições de ensino já vêm passando. “De 2015 a 2018, o orçamento das universidades federais caiu para menos de 50%; o dos institutos, para 30% a 40%. Essa situação só vem a agravar o problema.”

O MEC tem feito repasses constantes para essas instituições. Até o início do mês, havia repassado R$ 2,4 bilhões, o que, segundo o ministro Rossieli Soares, garante o pagamento dos compromissos de custeio e investimento dos institutos federais e das universidades.

Hospitais universitários

Também hoje, o ministro Rossieli Soares afirmou que a pasta está voltada para a normalização do abastecimento dos hospitais universitários. São 50 sob o comando do MEC. Este foi, segundo Rossieli, um dos pontos destacados nas reuniões junto ao gabinete de monitoramento, no Palácio do Planalto.

“Até hoje estamos garantindo serviços hospitalares essenciais em todos os hospitais que estamos gerenciando”, diz. Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), empresa pública responsável pelo gerenciamento desses hospitais, as principais dificuldades causadas pelo movimento dos caminhoneiros são a mobilidade de funcionários, a reposição de alimentos, o abastecimento de enxovais e a coleta de resíduos infectantes.

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--> Universidades públicas têm nova suspensão de atividades 

O Senado Federal aprovou na noite dessa terça-feira (29) o projeto de lei (PLC 52/2018) que retira diversos setores da economia da lista dos que contam com desoneração da folha de pagamentos. Foi mantido no texto o dispositivo que zera até o final do ano a cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A oposição tentou derrubar essa previsão, mas não obteve sucesso. Senadores da base do governo garantiram que o presidente da República, Michel Temer (MDB), vetará essa parte do projeto, que segue agora para sanção.

O texto faz parte do acordo com os caminhoneiros para dar fim ao movimento grevista, com a redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel. Pela proposta, serão reonerados o setor hoteleiro, o comércio varejista (exceto calçados) e alguns segmentos industriais, como automóveis.

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Também terá fim a desoneração da folha sobre o transporte marítimo de passageiros e de carga na navegação de cabotagem, interior e de longo curso; a navegação de apoio marítimo e de apoio portuário; empresas que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados; o transporte ferroviário de cargas e a prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária.

A desoneração permite que empresas deixem de recolher a alíquota de 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento e paguem percentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Das 56 atividades econômicas atualmente desoneradas, metade será mantida e a outra metade voltará à contribuição previdenciária tradicional.

O texto aprovado mantém na tributação sobre a receita bruta as empresas de tecnologia da informação (TI) e da comunicação (TIC), com alíquota de 4,5%; o teleatendimento (call centers), com imposto de 3%. As empresas estratégicas de defesa ficarão com alíquota de 2,5% sobre a receita bruta.

Esta última alíquota é a mesma para a maior parte dos setores incluídos pelos deputados em relação à previsão inicial do Executivo: couro, confecção e vestuário, carroceria de ônibus, máquinas e equipamentos industriais, móveis, indústria ferroviária, fabricantes de equipamentos médicos e odontológicos, fabricantes de compressores e setor têxtil.

Ônibus, calçados, artigos têxteis usados, transporte rodoviário de cargas e serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga e de passageiros regular pagarão o tributo com alíquota de 1,5% sobre a receita bruta.

Também mantêm a desoneração da folha as companhias aéreas de transporte regular de passageiros e carga, também com alíquota de 1,5%. Outra novidade é a inclusão das empresas de reparos e manutenção de aeronaves e de embarcações (2,5%); todas as embarcações (2,5%); e o varejo de calçados e acessórios de viagem (2,5%).

Na alíquota de 1% foram mantidos os produtores de carne suína e avícola e o pescado. Também há a previsão de contribuição sobre a receita bruta mensal para as empresas de transporte coletivo de passageiros rodoviário, metroviário (metrô) e ferroviário, que pagarão 2%; de construção civil e de obras de infraestrutura, que pagarão 4,5%; e de comunicação (como rádio, TV aberta, editoras, portais de internet), que pagarão 1,5%.

Após 90 dias da publicação da futura lei, as empresas que saírem da tributação sobre a receita bruta pagarão à Previdência Social contribuição de 20% sobre a folha de pagamento.

*Da Agência Senado

Apesar de mais desmobilizada, a greve dos caminhoneiros continua ampliando os prejuízos da indústria, do comércio e da agricultura do País. Dados divulgados por 13 segmentos da economia indicam perdas de mais de R$ 50 bilhões com fábricas paradas, exportações suspensas, vendas adiadas e animais mortos, entre outros problemas.

No grupo de setores com maiores perdas estão o de distribuição de combustível, que deixou de vender o equivalente a R$ 11 bilhões, e o químico, com perda de faturamento de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 9,5 bilhões). A cadeia produtiva da pecuária de corte deixou de movimentar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.

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Produtores de aves e suínos contabilizam R$ 3 bilhões em prejuízos, incluindo a morte de 70 milhões de aves e de 20 milhões de suínos, a maior parte por falta de ração. Mesmo após o fim da greve, a recuperação vai demorar a ocorrer. "O tempo que o produtor deve levar para se reestruturar é de seis meses a um ano", calcula o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula perdas de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,8 bilhões) só com exportações que não foram concretizadas. Segundo a entidade, 45% das 660 mil empresas do País estão paradas por falta de matéria prima ou pela dificuldade de enviar os produtos.

Ociosos

Vários setores não calcularam prejuízos, mas o balanço de suas atividades dá a dimensão do estrago resultante da greve. "Estamos apavorados", diz o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.

Pesquisa feita com associados da entidade indica que metade dos 300 mil funcionários das empresas do setor está ociosa em razão do desabastecimento de matérias-primas. Estoques de calçados prontos, equivalentes a um mês de produção aguardam condições de tráfego para serem despachados aos lojistas.

"Com base no volume de insumos que têm hoje, 85% das empresas só conseguem trabalhar até sexta-feira", diz Klein. Com isso, o número de trabalhadores ociosos poderá chegar a 230 mil.

Automóveis

A indústria automobilística, que mantém a maioria das 40 fábricas de diversas marcas paralisadas desde sexta-feira, 25, já deixou de produzir aproximadamente 38 mil veículos. O setor emprega 113 mil funcionários e grande parte está em casa, sem previsão de retorno.

Ainda não há falta substancial de carros nas concessionárias, mas o desabastecimento de peças de reposição começa a se agravar, diz Alarico Assumpção, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam perdas de R$ 3,1 bilhões nas vendas de combustíveis, lubrificantes e hortifrutigranjeiros nos Estados de São Paulo (responsável por quase metade desse valor), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Distrito Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No momento em que o país enfrenta o nono dia de paralisação dos caminhoneiros, o presidente da República, Michel Temer (MDB), destacou nesta terça-feira (29) a importância do diálogo para a democracia e disse que quando “alguns” ameaçam não querer o diálogo e parar o Brasil, é preciso exercer “a autoridade” para preservar os direitos da população.

Temer discursou, nesta terça-feira, na cerimônia de abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo.

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“O diálogo é da própria essência da política e da democracia. É, aliás, sua fortaleza. Quando alguns rejeitam o diálogo e tentam parar o Brasil, exercemos a autoridade para preservar a ordem e os direitos da população, mas antes disso, um diálogo é fundamental, leve quanto tempo levar”, disse.

Temer acrescentou ainda que alguns confundem a vocação para o diálogo com eventual leniência política e que, na verdade, é exatamente o oposto.

Reforma da Previdência

O presidente declarou que, apesar de ter saído da pauta legislativa, a reforma da Previdência continua na agenda política. “Ninguém chegará ao fim deste ano, ou do ano que vem, sem realizar a reforma previdenciária. Por isso, as próximas eleições serão distintas das que tivemos desde a redemocratização.”

Para o presidente, os assuntos tidos como fundamentais serão levados em conta pelos eleitores brasileiros. "[Eles exigirão] posições claras, planos de governos, propostas concretas e resultados”, disse. “Os brasileiros vão querer saber se os candidatos se comprometerão com o equilíbrio fiscal ou se aceitaram inflação alta e juros elevados”, acrescentou o presidente.

A crise do desabastecimento continua trazendo dificuldades para quem procura combustível para seu veículo. Muitos postos continuam zerados e aqueles que têm gasolina estão com longas filas.

Aos poucos, os postos vão sendo abastecidos na Região Metropolitana do Recife (RMR). A quantidade de locais com gasolina nesta terça-feira (29) já é superior ao dia anterior. Há estabelecimentos abastecidos no Recife, Olinda, Paulista e Moreno, na Região Metropolitana do Recife. Abaixo, você confere um mapa com alguns desses locais:

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