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Humberto Costa (PT) esteve presente no ato pró-Haddad, realizado no Recife, neste sábado (20). O senador reeleito destacou que um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL) agrediria a Constituição e os direitos.

“Seria um governo violento, de ataque à Constituição, aos direitos garantidos, de ataque às minorias e de defesa dos mais ricos, particularmente do setor financeiro”, comentou Costa. Ele diz ter expectativa de que as ‘coisas importantes’ que estão sendo ditas pelo PT fará a população pensar e mudar o voto.

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Ainda de acordo com Humberto, é importante que as mobilizações sejam intensificadas. “Também queremos intensificar a discussão, o debate, o enfrentamento pelas redes sociais, TV e rádio”, complementou.

Ingênuos

O petista também comentou a denúncia de caixa 2 e fake news envolvendo o candidato do PSL. “Acho que isso é mais uma demonstração do jogo sujo sendo feito no Brasil pela extrema direita, com apoio de forças internacionais. Temos que cobrar isso, porque está se transformando numa prática pelo mundo. Isso ocorreu na eleição de Trump, no plebiscito sobre a saída da Inglaterra da União Europeia e aconteceu em outros momentos. Aqui no Brasil talvez tenhamos sido ingênuos em achar que isso não ia ocorrer”.

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Presente no ato pró-Haddad, realizado neste sábado (20) no Recife, o presidente do Diretório Estadual do PT, Bruno Ribeiro, diz que muitas pessoas assumem a figura de Jair Bolsonaro (PSL) como algo novo na política, o que seria um equívoco. Nos últimos dias antes da eleição, a militância deve chegar até as periferias do Grande Recife para fazer campanha pelo candidato petista, diz Ribeiro.

“A gente tem feito, a esquerda e os partidos de esquerda, esse contato com a periferia. Mas eu reconheço que precisa ser retomado como permanente e orgânico o diálogo com a periferia. Até o dia 29 vamos chegar nas regiões pobres para conversar com o jovem que está se confundindo. O novo é Haddad”, explica Bruno.

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Ele continua: “Há um descrédito enraizado na sociedade em relação ao político. Isso sempre se deu, mas nos últimos anos, com tudo que a gente vem acompanhando, inclusive manipulações, há uma reação muito grande a políticos. As regiões mais pobres, sob o impacto da baixa oportunidade e do alto desemprego, estão se iludindo que Bolsonaro é novo. Ele é um veterano com o pior que a política tem, elege filhos, tem ideias grotescas”.

O presidente do PT-PE também lembrou as denúncias de caixa 2 contra Bolsonaro. Ele acredita que a situação tende a elevar Haddad. “A campanha de 2014 foi um pouco assim, Dilma foi virar nos últimos dias”, finaliza.

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Pesquisa do Instituto Datafolha mostra que 67% dos eleitores brasileiros acreditam que o debate entre os dois candidatos a presidente, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), é muito importante.

Para 73% dos entrevistados, Bolsonaro deveria participar dos debates. Entre os 9.137 eleitores ouvidos em 341 municípios, 23% afirmaram que o ex-militar não deve comparecer aos debates e 4% não souberam responder.

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Enquanto sete em cada dez eleitores consideram o confronto de ideias e propostas frente a frente muito importante, 19% acreditam que o debate com os dois candidatos não é nada importante, 13% acham que o encontro seria pouco importante e 2% não souberam responder.

Questionados se o debate poderia mudar a intenção de voto, 76% dos entrevistados responderam que não, 8% que a chance disso acontecer é pequena, 8% que é media e 6% que as chances de isso ocorrer seriam grandes.

Entre os eleitores que pretendem votar em Bolsonaro, 84% afirmam que o debate não os faria alterar seu voto. Já entre os que manifestam intenção em votar no Haddad, 76% responderam que não mudariam de candidato.

A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta sexta-feira (19), que vai “livrar o Brasil do PT” com a ajuda dos eleitores. Em entrevista à Rádio Folha, o presidenciável rebateu informações de que ele pretende eliminar o programa Bolsa Família do Governo Federal e negou que tenha recebido apoio financeiro de empresários para a difusão de mensagens contra o PT via WhatsApp, como apontou uma matéria da Folha de São Paulo dessa quinta (18).  

“Quem prega isso [mentiras] é o outro lado, o PT fica fazendo fake news e mentindo sobre o adversário… Pregaram que íamos acabar com o Bolsa Família, isso não existe, mas queremos combater a fraude no programa. Vamos atacar o roubo, o desvio e a corrupção no programa. Não pretendemos mexer nesses programas, seria desumanidade retirar do senhor e da senhora o Bolsa Família, isso não acontecerá e vamos dar o 13º dio Bolsa Família que foi negado pelo PT em 2007. Vamos dar o décimo terceiro e combater a fraude”, salientou.

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Quanto a informação de que a campanha dele teria alimentado uma espécie de caixa 2 com a ajuda de empresários, ele negou. “É uma mentira que a folha pregou, juntamente com o PT e o PDT. Estão apavorados. O povo não acredita mais em mentira”, disparou.

“Não preciso de fake news para atingir o Haddad, com verdade todos conhecem ele. Tudo que ele pensa em fazer vai no presídio buscar autorização”, acrescentou, sem citar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril.

A alfinetada contra o adversário petista continuou quando Bolsonaro resolveu justificar a ausência nos debates para o segundo turno. “A facada que eu levei em Juiz de Fora, dizem os médicos que estou vivo por milagre. Perdi no dia 2 litros de sangue, perdi 15 quilos, fiz uma nova cirurgia, foi algo sério. Estou liberado com restrição, posso ter uma recaída. Por que quero correr o risco? Eu vou enfrentar o candidato genérico, que é o Haddad. Um homem que não tem personalidade e é um mentiroso. Por que vou debater com esse cara?”, indagou.

O deputado federal aproveitou a entrevista e agradeceu aos votos conquistados no Nordeste, pontuando que como oposição ao PT ninguém nunca teve os votos que ele recebeu na região, majoritariamente petista.  “Se livrem do PT, o PT foi o pior que aconteceu no Brasil… Agindo desta maneira temos um Brasil melhor para todos. [...] Vocês vão ter um presidente como nunca viram na vida. Chega de mentira e de enganação”, destacou.

O candidato também garantiu que não vai restringir o repasse de verbas para os governadores do Nordeste que forem oposição ao governo dele. “Não podemos ser uma oposição a alguns governadores e prejudicar o seu povo, uma das metas é fazer com que os recursos vá para Estados e municípios. Não haverá esse problema, o que eu quero é que façam um trabalho voltado aos interesses da população, o que eu puder fazer estarei fazendo”, salientou.

Sobre as eleições estaduais no segundo turno, Bolsonaro foi direto e pontuou que o foco dele é a Presidência. “Tenho que ficar neutro nos estados. São Paulo, por exemplo, os dois candidatos falam no meu nome. O meu objetivo é a Presidência, os Estados cada eleitor que decida”, disse, ao ser lembrado que o candidato a governador de São Paulo, João Dória (PSDB), buscou ele para selar um apoio, mas Bolsonaro optou por não se reunir com o tucano.

Para Pernambuco, o candidato à Presidência disse que o próprio Lula da discriminou a região quando preferiu investir em um complexo portuário de Cuba e não no Porto de Suape. “Ele sim discriminou o Nordeste. Sabemos da restrição orçamentária, mas vamos ter que espremer de um lado e de outro para que ele volte a funcionar a contento. A questão do São Francisco, a parte feita pelo exército estão funcionando, já as outras não. Foi entregue para as empreiteiras e a consequência está aí, temos uma Transposição que está quase no papel”, observou.

Ao tratar do assunto, ele também ponderou que o eventual ministro da área de Infraestrutura será um general. “O futuro ministro da Infraestrutura deva ser um general, ele vem do quadro de engenheiros militares, participou de conclusão de muitas coisas no Brasil. Se conseguirmos afastar a indicação política combatendo a corrupção sobra dinheiro”, considerou, afirmando que já tem outros três nomes já fechados para um possível governo - Paulo Guedes, na Economia, general Heleno, na Defesa, e o deputado federal Onyx Lorenzete (DEM), na Casa Civil.

Mesmo com as pesquisas apontando vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT, de Fernando Haddad, não tem aberto mão da disputa. Presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos no próximo dia 28, quando acontece o 2º turno do pleito. Na ótica dele, assim como em 2014, quando a disputa era entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), a “sociedade vai virar o jogo”.

“Vivemos um processo semelhante em 2014, quando no 2º turno a sociedade foi à frente dos partidos. O candidato que representava uma ameaça, que era o retorno da pauta neoliberal e comparada com as ameaças de agora é até simples e civilizada, a sociedade virou aquele jogo e vai virar novamente. A sociedade não vai aceitar esse convite a mergulhar nas trevas e subordinação ao que há de pior na elite brasileira”, considerou o dirigente, ao se reunir com membros do PSOL nessa quinta-feira (18) para intensificar a agenda pró-Haddad.

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Uma pesquisa Datafolha divulgada na noite de ontem aponta que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad 41%. Bruno Ribeiro também alertou para o que chamou de “arma da fake news”, segundo ele, tendo como base ações Cambridge Analytica, empresa de publicidade americana que teria feito ações para influenciar a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Estão sendo usadas armas sobre o mantra da expressão fake news tem coisas muito graves. O que é visto nas redes sociais não é feito no clube militar por esses generais de pijama que querem voltar a mandar no Brasil, é feito fora do Brasil. As ameaças são profundas, físicas e aos princípios e valores”, salientou.

Ainda para o presidente do PT pernambucano, Bolsonaro é uma “pessoa grotesca” e a sociedade precisa estar atenta ao fato de que “não está se escolhendo apenas um candidato, mas um modo de vida. Não é só Haddad e Bolsonaro é algo mais forte e perigoso”.

A nove dias do segundo turno das eleições, as autoridades preparam para esta sexta-feira (19) anúncios sobre as prioridades para as votações no dia 28. O alerta ocorre no momento em que os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocam acusações sobre a existência de empresários que financiaram um esquema de disseminação de notícias falsas anti-PT.

À tarde haverá uma entrevista coletiva da qual participarão a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

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A expectativa é de que sejam anunciadas as medidas institucionais adotadas em decorrência de questionamentos levantados no primeiro turno. Nas últimas horas, PT, PSL, PSOL e PDT se manifestaram sobre a divulgação e os impactos de fake news. Recorreram à Justiça eleitoral o PT e PSOL, enquanto os outros dois partidos também anunciaram que vão ingressar com ações.

Advertência

Nessa quinta-feira (18) Raquel Dodge advertiu sobre os riscos da disseminação de conteúdo falso. “O eleitor é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem tudo convém. As fake news não convêm ao eleitor nem à democracia", afirmou. “É preciso também que não haja abuso, não haja ilícito no modo como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os vizinhos e eleitores.”

A advertência ocorreu durante a reunião em que o combate à divulgação de notícias falsas nas redes sociais foi o tema principal. Participaram procuradores eleitorais e os advogados das campanhas de Bolsonaro e Haddad, além do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Fair Play

Na reunião, Fachin  defendeu que os candidatos “joguem limpo” durante a campanha eleitoral. O TSE renova a conclamação feita aos representantes dos candidatos e a estende a todos. Pratiquemos o fair play [jogo limpo] que significa cumprir e fazer cumprir as regras do jogo”, disse.

Na tentativa de buscar soluções, Jungmann lembrou que a parceria com o TSE criou um sistema para dar mais agilidade às denúncias sobre suspeitas de irregularidades no processo de votação. No primeiro turno, vários vídeos falsos foram divulgados contra a credibilidade da urna eletrônica.

“Qualquer cidadão terá sua crítica registrada, investigada e apurada para termos a certeza de que o resultado do pleito venha traduzir a vontade democrática do povo brasileiro.”

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, passa parte do dia hoje (19) no Rio de Janeiro onde mora o adversário Jair Bolsonaro (PSL). O petista tem um encontro com pesquisadores, professores e estudantes às áreas de ciência e engenharia.

Haddad participa de uma reunião no Clube de Engenharia para o debate "Democracia e soberania: Universidade, Ciência e Engenharia para o desenvolvimento brasileiro".

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Bolsonaro ontem (18) - em uma transmissão ao vivo nas redes sociais indicou que não pretende participar de debates nem tem a intenção de fazer campanhas de rua, o chamado corpo a corpo. Segundo ele, teme pela própria segurança.

A nove dias das eleições, a campanha está mais acirrada e o foco é a disseminação de notícias falsas nas redes sociais e aplicativos.

Os candidatos trocam acusações, enquanto os partidos políticos recorrem à Justiça Eleitoral em busca de providências.

Um bom leque de alianças é considerado primordial entre os políticos para garantir forças e vencer uma eleição, mas o conjunto de partidos que endossam os palanques dos candidatos ao segundo turno presidencial, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), não é um retrato disso. Com alianças modestas, apesar da expectativa de construírem frentes amplas, os postulantes ao Palácio do Planalto esbarraram com a opção de neutralidade da maioria dos partidos.

Dos que concorreram no primeiro turno presidencial declararam neutralidade o DC, de Eymael; o Novo, de João Amoêdo, mas que deixou claro ser "absolutamente" contrário ao PT; o Patriota, do Cabo Daciolo; o PSDB, de Geraldo Alckmin, mas liberou os Estados para apoiarem o candidato que quisesse; e o MDB, de Henrique Meirelles. A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, recomendou "nenhum voto" a Bolsonaro, mas ressaltou que não apoiaria Haddad.  

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Ainda na lista dos neutros, estão o DEM, mas o presidente nacional e prefeito de Salvador, ACM Neto, está apoiando Jair Bolsonaro; Podemos, PP,  PSD, PR, PRB e Solidariedade. O PPS, por sua vez, anunciou que fará oposição às duas candidaturas.

Já entre os que se posicionaram por um ou outro, estão com Fernando Haddad o PDT, de Ciro Gomes, que optou por um "apoio crítico" - tanto é que o irmão do presidenciável, nesta semana, chegou a bater boca com militantes petistas ao pedir que o partido fizesse uma mea culpa sobre a crise enfrentada pelo país após o governo de Dilma Rousseff (PT); o PPL, de João Goulart Filho; o PSOL, de Guilherme Boulos, e o PSTU, de Vera Lúcia. O PSB, que ficou neutro no 1º turno, e o PCB também se alinharam a Haddad. Enquanto PTB e PSC decidiram apoiar Bolsonaro.

Mesmo tendo acoplado seis legendas ao palanque já formado pelo PROS e PCdoB, Fernando Haddad não conseguiu encorpar a chamada “frente democrática” que gostaria de ter formado contra Jair Bolsonaro, uma vez que o PDT foi resistente e crítico ficando de fora do grupo e, inclusive, Ciro Gomes deixou o país e não vai pedir votos nos atos públicos para o ex-prefeito de São Paulo.

Na ótica do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, a solidez do grupo poderia garantir a vitória do petista, mas ele fracassou até agora. “Haddad tentou criar a Frente Democrática, mas não conseguiu e hoje eu vejo ele solitário. Há, claro, alguns apoios aqui e ali, mas não existe uma liderança como Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso e Joaquim Barbosa liderando uma frente democrática, o que é dificuldade para a campanha de Haddad”, ponderou.

Apesar da linha conservadora, que afastou muitos partidos, e de apenas duas declarações oficiais de apoio para a segunda etapa do pleito, o capitão da reserva sai em vantagem com relação ao petista, segundo Adriano Oliveira.

“No caso de Bolsonaro, as manifestações já estão nas ruas, ele já conquistou parcela majoritária dos eleitores, embora não tenha grandes figuras emblemáticas apoiando ou pedindo voto. Cabe destacar que o mercado apoia Bolsonaro, grupos empresariais como o agronegócio já declararam apoio. Portanto, nesse instante, ele agrega muito mais do Haddad. Bolsonaro está agregando o setor produtivo e Haddad não está conseguindo montar, o que era uma oportunidade de vencer a eleição a construção dessa frente democrática”, complementou o estudioso.

Para Oliveira, contudo, a maior preocupação agora já é com o posterior a eleição. “O que devemos ter como preocupação agora não é com as alianças do segundo turno, mas sim como o próximo presidente da República lidará com o Congresso.  PSL e PT têm as maiores bancadas. Bolsonaro é favorito para ganhar a eleição, então já parte com 52 deputados e seu desafio é saber lidar com o Congresso e criar um presidencialismo de coalizão para fazer as reformas que o país precisa, como a da Previdência, e outras ações que ele pretende implantar como as privatizações”, salientou.

O cientista político disse ainda que “o grande desafio para qualquer um dos dois vai ser saber lidar com a oposição”. “Qualquer um que ganhar vai ter ‘a oposição’, tanto no Congresso quanto nas ruas, por isso que eles precisam tomar medidas imediatas não só para salvar a economia do país como também não podem reforçar a crise política que existe hoje. E claro, na medida que fazem ações que visam melhorar a economia do país vão servir como escudo para Bolsonaro ou Haddad”, destacou Adriano Oliveira.

Com a economia do país se recuperando de uma recessão, o número alto de desempregados e a crescente violência que atinge diversos Estados, a expectativa dos brasileiros é que os planos de governo apresentados nas eleições deste ano sejam colocados em prática a partir de janeiro de 2019, quando o novo presidente toma posse. Registrando 41% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa Ibope, o candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), está em segundo lugar na disputa e seu programa, que conta com 61 páginas, prevê a atuação em cinco eixos centrais que trazem propostas que vão desde a retomada da economia até ações de sustentabilidade.

Passeando por diversos campos, os principais pontos do plano de Haddad garantem que, se eleito, ele irá promover a retomada de empregos, através do projeto “Meu emprego novo” - reativando obras paralisadas da Petrobras e do Minha Casa, Minha Vida; além do aumento do poder de compra do cidadão, com a ampliação do crédito - a partir de uma reforma bancária, da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos e do Dívida Zero.

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Já no âmbito da segurança pública, o plano aponta que o eventual governo de Haddad vai transferir para a Polícia Federal o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, hoje de responsabilidade dos Estados, e criar um plano para reduzir os homicídios. Quando o assunto é saúde, o documento diz que a intenção é criar uma rede de clínicas de especialidades médicas e implantar o prontuário eletrônico em todo país. E na educação, o destaque é para os convênios para ampliar o número de creches e escolas de tempo integral.

Como qualquer outro político petista, Haddad também prega no documento a ampliação dos programas sociais, a igualdade de gênero e o direito de segmentos da população como indígenas, negros, deficientes e quilombolas. Ou seja, o plano de governo do ex-prefeito de São Paulo tem uma lista ampla de ações e de como elas devem ser implantadas em caso de vitória.

Uma peculiaridade do programa de governo dele, contudo, chama a atenção. Na ótica de especialistas, as propostas são um misto do legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e no próprio texto de abertura do documento, inclusive, há o registro de que sim, o plano “honra o legado de Lula e condensa suas ideias”.  

Na avaliação do cientista político e pesquisador do Observatório do Poder, Arthur Leandro, mesmo esse reflexo sendo da extração de iniciativas do auge da gestão de Lula, falta a identidade do próprio candidato na proposta. “O programa sinaliza para uma mistura de coisas que foram feitas no segundo governo Lula, e deram certo, e de coisas que fatidicamente deram errado no governo Dilma. Existe pouco de inovação. Existe pouco de Haddad no programa de governo dele. Essa é uma dificuldade do PT que, de maneira geral, não acreditou que o candidato seria Haddad”, considerou o especialista. “O plano de governo de Haddad é pouco conhecido como uma referência original e mais conhecido como um legado”, completou.

Dificuldades

Analisando os passos que devem ser adotados pelo presidenciável petista, Leandro alertou para dificuldades que podem ser encontradas, a partir do cenário de crise do país, com a ampliação dos gastos públicos com o investimento em obras públicas e da concessão do crédito para que possa aumentar o consumo e a circulação de riqueza no país.

“Essa fórmula era mais convincente na transição do primeiro para o segundo governo Lula, quando o Brasil tinha uma situação fiscal favorável, então havia a possibilidade de utilizar esse tipo de recurso. Hoje em dia o Brasil tem uma situação de crise fiscal, as empresas brasileiras estão com, problemas de credibilidade, o crédito internacional dessas empresas está com problemas e como a situação atual do país e é de crise e desconforto, então qualquer governo que venha assumir o país , ainda vai precisar encaminhar e emplacar medidas que são impopulares”, observou.

O cientista político citou como exemplo a reforma da Previdência, que Fernando Haddad já adiantou a pretensão de fazer um sistema único de Previdência com a convergência entre o regime geral de aposentadoria e o de servidores públicos.

“A previdência pública exige providências imediatas. Nós temos que sentar com governadores e prefeitos que estão hoje em situação de penúria e resolver o problema da previdência pública. Os chamados regimes próprios de previdência. Uma segunda etapa, você tem que convergir o regime geral que é a previdência, do INSS, com a previdência pública para ter um sistema de previdência única no país cortando todos os privilégios. (...) Tem que acabar com os privilégios, fazer um sistema único de previdência, começando por uma reforma dos sistemas próprios”, disse o candidato, em entrevista recente à Rádio CBN.

Pontos positivos

Por outro lado, Arthur Leandro apontou como questões positivas e deficitárias no plano de governo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), adversário do petista na disputa, o foco em questões ligadas a assistência social e a manutenção dos direitos humanos.

“[No programa] existe uma preocupação clara com projetos sociais, como historicamente é parte da marca do PT; bem como as chamadas políticas identitárias, população indígena, quilombola, LGBT, questão da violência contra a mulher. O plano de governo do PT é detalhado acerca disso, uma coisa que o plano de Bolsonaro não tem”, salientou.

O pesquisador também pontuou que o molde das privatizações pregada pelo governo do presidente Michel Temer (MDB) é refutada no plano de Haddad, que diz pretender ouvir a população sobre o assunto. “A ideia de que é necessário ampliar a discussão com a sociedade sobre as privatizações, é parte do plano de governo, o que reflete a ideia de que sendo contrário, a instância de orientar e guiar o processo de privatização vai no sentido de não permitir”, ponderou Arthur Leandro.

O cientista político disse ainda que o grau de das propostas de Haddad é claro, ao contrário do que prevê o programa de governo de Jair Bolsonaro. “Uma das vantagens do plano de Haddad é o grau de detalhamento, a agenda de governo do PT fica bem esquematizada, você consegue entender quais os pontos que seriam prioritários no governo do PT. O de Bolsonaro é esquemático, ele anuncia os problemas, mas não diz como fazer. No de Haddad você consegue inferir que parte das ações vão acontecer da forma que o PT historicamente tem agido”, destacou.

Confira aqui no programa de governo completo de Fernando Haddad.

O último ato oficial de campanha do candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) será no Recife. De acordo com o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, o ex-prefeito de São Paulo comandará uma caminhada na próxima quinta-feira (25), com concentração a partir das 16h, no Parque Treze de Maio e seguirá até a Praça da Independência, no Centro da capital pernambucana. A atividade vai culminar uma série de ações menores que os partidos aliados estão realizando em prol do petista no Estado.

Nesta quinta-feira (18), a cúpula do PT local se reuniu com a direção do PSOL e parlamentares eleitos para alinhar a agenda da reta final da campanha. Uma comissão com três membros de cada legenda será criada e as atividades devem ser fechadas até esta sexta (19). Em coletiva de imprensa, após o encontro que aconteceu na Casa Marielle, no bairro do Derby, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos, uma vez que o adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL), está na frente nas pesquisas de intenções de votos.

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“Estamos aprofundando a articulação planejada das forças democráticas para evitar [a eleição de Bolsonaro]. Para a sorte nossa, os 49 milhões de votos em Bolsonaro não são de fascistas. Se fosse de nazistas e fascistas a preocupação nossa era maior. Há um percentual enorme de consciências que estão manipuladas e vamos atrás de reverter esses votos”, salientou o dirigente petista.

O encontro do PT apenas com o PSOL deu a entender que há uma divisão em Pernambuco da frente em defesa de Haddad, já que PSB e PDT, por exemplo, também estão no mesmo palanque no âmbito nacional, além de PCB, PSTU e PCdoB. O presidente do PT, contudo, deixou claro há uma unidade. “É uma frente só que está agindo em diversas regiões através das suas militâncias. Existem visões diferentes [entre os partidos], mas lutamos para que o país continue abrigando essas diferenças”, disse.

O presidente estadual do PSOL, Severino Biu, também reforçou a tese. “Essa unidade se estabelece nas ruas, o PT e o PSOL, apesar das suas divergências, vem pautando as reivindicações da sociedade brasileira. Esse é um momento concreto que estamos expressando nossa unidade. Queremos que este seja um momento de virada política. Acreditamos que o eleitor brasileiro define seu voto na última semana”, argumentou, lembrando que “não podemos misturar as posições estaduais com a disputa federal” e a unidade desses partidos independe do cenário estadual.

Ex-candidata a governadora pelo PSOL, Dani Portela também participou do encontro assim como outros políticos que foram candidatos dos dois partidos - eleitos ou não. Para a psolista, o momento é de “olhar nos olhos” das pessoas para barrar Bolsonaro.

“Entendemos essas eleições como um marco histórico de um divisor de águas, não é simplesmente para escolher entre dois campos, estamos no momento de decidir entra a civilização e a barbárie. Reta final de agendas que já estão acontecendo e a nossa tática daqui para o final é olhar no olhos das pessoas, o crescimento de Bolsonaro mostra o sentimento de crise de representatividade e precisamos sair, voltar para as bases. Muitos que estão nesse projeto estão indo sem compreender o tamanho do abismo”, reforçou.

Além de Dani, do PSOL estavam o deputado estadual Edilson Silva, o vereador do Recife Ivan Moraes e o coletivo eleito para deputada estadual do Juntas. Já do PT, o senador Humberto Costa, os deputados estaduais Odacy Amorim e Teresa Leitão, além da vereadora e deputada federal eleita Marília Arraes.

Candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) afirmou, nesta quinta-feira (18), que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) criou uma organização criminosa com empresários para bancar sua campanha. A crítica surgiu depois que o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem apontando que empresas aliadas do capitão da reserva estão comprando pacotes de disparos de mensagens no WhatsApp contra a campanha do PT.  

O petista disse que vai acionar a Polícia Federal e a Justiça para impedir que Bolsonaro faça “conluio” para violar a “vontade popular”. “A Folha hoje comprova que o deputado Bolsonaro criou uma verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa 2, dinheiro sujo, estão patrocinando disparos de mensagens mentirosas no WhatsApp”, disparou o petista, em publicação no Twitter.

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A prática é considerada ilegal, uma vez que empresas estão doando recursos em favor de candidatos e os montantes não são declarados na prestação de contas do candidato - o que configuraria uma espécie de caixa 2.

“Vamos acionar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral para impedir o deputado Bolsonaro de agredir violentamente a democracia como ele tem feito. Fazer conluio com dinheiro de caixa 2 para violar a vontade popular é crime. Ele que foge dos debates, não vai poder fugir da Justiça”, considerou.

Na ótica de Haddad, o deputado federal “está usando crime eleitoral para obter vantagem” na disputa pelo comando do Palácio do Planalto. “Ele que dizia que faz a campanha mais pobre foi desmentido hoje. Ele faz a campanha mais rica do país com dinheiro sujo”, alfinetou.

De acordo com a reportagem publicada no jornal de hoje, entre as instituições privadas que contrataram o serviço contra Fernando Haddad está a Havan, de Luciano Hang - que já foi acionado pelo Ministério do Trabalho por coagir os funcionários para votar em Jair Bolsonaro (PSL).  

O valor gasto em cada contrato, segundo a reportagem, pode chegar a R$ 12 milhões e uma "grande operação" contra Haddad estaria sendo preparada para a semana que antecede o segundo turno, marcado para 28 de outubro.

O dia hoje (18) deve ser de definições para os dois candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). É esperada para a tarde a avaliação de uma junta médica sobre o estado de saúde de Bolsonaro. A partir desses exames, o candidato do PSL disse que decidirá sobre sua participação em debates e viagens para fora do Rio de Janeiro.

Depois do ataque que sofreu em 6 de setembro, quando levou uma facada na barriga, Bolsonaro está com uma colostomia, o que exige cuidados e mais atenção em situações de aglomeração de pessoas e eventual tumulto. Nos últimos dias, o candidato indicou que pode participar de dois debates até o segundo turno das eleições.

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Haddad tem cobrado a participação do adversário nos debates. Segundo ele, quer “olhar olho no olho” de Bolsonaro. A junta médica deve ir ao Rio, na casa do candidato do PSL, como fez na semana passada. São médicos que o acompanharam no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O candidato do PT tem encontro, em São Paulo, com o grupo denominado Juristas pela Democracia, que reúne magistrados que apoiam seu nome neste segundo turno. Ao longo do dia, ele ainda tem conversas com grupos de defesa dos animais e concede entrevistas exclusivas para emissoras de rádio e televisão.

Haddad deve ir nesta sexta-feira (19) ao Rio e no fim de semana ao Nordeste. Os locais do Nordeste ainda vão ser definidos, mas ele deve escolher o Piauí, a Bahia e o Maranhão, onde os governadores são aliados do PT.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) questionou, nesta quarta-feira (17), o fato de, segundo ele, a Justiça ter demorado sete anos para desmentir sobre a existência do “kit gay”. Nesta semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu que a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) atribuísse ao adversário Fernando Haddad (PT), que foi ministro da Educação no governo Lula, a responsabilidade pela criação de supostas cartilhas para serem distribuídas nas escolas e pontuou que o projeto 'Escola sem Homofobia', do qual o kit faria parte, não chegou a ser executado.

O psolista comemorou a decisão do TSE, mas disse que a Justiça tardou. “A decisão é correta, mas chega com mais de SETE ANOS [sic] de demora! Isso mesmo: Bolsonaro inventou a mentira do “kit gay” em 2011 e, desde então, nada foi feito pelo Judiciário. Foi graças a essa mentira que ele deixou de ser apenas um deputado medíocre do baixo clero e passou a ter alguma relevância política. Se alguma providência tivesse sido tomada na época, ele não teria chegado até aqui”, argumentou o deputado, em publicação nas redes sociais.

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Na ótica de Wyllys, apesar do impedimento judicial quanto a tratar do assunto, o “estrago já foi feito”. “Milhões de pessoas acreditaram nessa mentira e, depois, em muitas outras que o fascista criou. E agora? Ninguém é responsável? E as reputações destruídas a partir dessa mentira que já dura sete anos? Quem vai reparar o dano?”, indagou.

Antes disso, Jean Wyllys também disse que se demorou muito para perceber as “mentiras” do adversário de Fernando Haddad na disputa presidencial. “A campanha de Bolsonaro é feita na base da mentira, da difamação e das fake news, e muita gente está começando a perceber isso. Mas alguns demoraram muito para perceber, e talvez seja tarde”, ponderou.

Os ânimos na classe artística estão respingando por todos os lados, principalmente em quem não se posicionou sobre os mais diversos assuntos, na maioria deles polêmicos, durante o período eleitoral. Daniela Mercury, sempre opinando no que acredita, resolveu entrar em discussões políticas.

Durante uma publicação de Luciano Huck, artigo que ele escreveu ao declarar que nunca tinha votado no PT, e compartilhado no Instagram, a cantora baiana foi mencionada por diversos seguidores. Em um dos comentários, uma internauta chegou a dizer que Daniela era corrupta e que ela deveria "seguir o exemplo de Regina Duarte", atriz que declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

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A esposa de Malu Verçosa, que se viu no meio de tantas citações, rebateu o que estava sendo colocado na rede social. "Não sou fascista, de maneira alguma. Sobre o Haddad eu tenho o direito de acreditar nele, votar nele e acreditar que ele vai fazer um governo bom para o meu país", escreveu. 

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Candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) disse, nesta quarta-feira (17), que pretende manter o respeito pela indicação em lista tríplice do Ministério Público para a escolha do Procurador-Geral da República.

“Ao contrário do meu adversário, me comprometo a respeitar a lista-tríplice do Ministério Público para a escolha do Procurador-Geral da República em favor da autonomia do órgão”, declarou Haddad, em publicação nas redes sociais.

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A afirmativa é em reação a postura do adversário Jair Bolsonaro (PSL) que, em entrevista à TV Globo nessa terça (16), não se comprometeu em aproveitar as três indicações feitas pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para o cargo. Na ocasião, o capitão da reserva disse que se os nomes forem vinculados à esquerda não serão conduzidos ao cargo.

“O critério é a isenção. É alguém que esteja livre do viés ideológico de esquerda, que não tenha feito carreira em cima disso. Que não seja um ativista no passado por certas questões nacionais”, salientou. Depois, ao perceber que havia soado mal, o candidato explicou o posicionamento.

“Pode ser que eu tenha me expressado mal. Não queremos à esquerda. Que seja ao centro. Não quero alguém do MP subordinado a mim, como tiveram no passado a figura do engavetador geral da União, mas alguém que pense grande, que pense no seu país. O MP é muito importante, agora se tiver um ativismo... Nós não podemos correr o risco de alguém que atrapalhe a nação", disse Bolsonaro.

Constitucionalmente, o presidente da República não precisa escolher o procurador-geral entre os nomes aprovados pela ANPR. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não seguiu a lista votada pela associação, em 2001, quando a iniciativa foi inaugurada pela instituição, mas desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a indicação é a partir dos três nomes indicados.

A campanha do candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), vai ganhar um tom carnavalesco em Pernambuco. No próximo domingo (21) mais de 50 agremiações vão se reunir, em Olinda, para apoiar o candidato. A concentração será o Largo do Guadalupe, no sítio histórico da Marim dos Caetés, a partir das 15h.

O movimento, chamado de “amor em bloco”, pretende, segundo a organização, ganhar as ladeiras de Olinda para “levar amor e defender o sonho por um Brasil que seja generoso com sua população”.

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Agremiações tradicionais e mais novas do Recife e de Olinda aderiram a espécie de prévia carnavalesca em apoio a Haddad. Entre elas estão Eu Acho é Pouco, Amantes de Glória, Enquanto Isso na Sala da Justiça, Vassourinhas, O Bonde, Hoje a Mangueira Entra e Menino da Tarde.

Fernando Haddad concorre no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com a pesquisa Ibope divulgada na última segunda-feira (15), contabilizando os votos válidos, o deputado federal tem 59% das intenções já o petista aparece com 41%.

Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) têm reuniões nesta quarta-feira (17), no Rio de Janeiro e em São Paulo, com representantes da Igreja Católica e dos evangélicos, respectivamente.

De manhã, Bolsonaro se encontra com o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na sede da Arquidiocese, no bairro da Glória.

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Também de manhã, Haddad tem encontro com pastores evangélicos, no Excelsior São Paulo Hotel, no centro da capital paulista.

Redes sociais

Os dois candidatos têm utilizado as redes sociais para enviar mensagens aos eleitores. Bolsonaro publica posts em que apresenta as propostas de governo e compara com as do adversário.

Haddad divulga trechos de entrevistas que concede ao longo do dia. Hoje, ele conversará com a Rede RBS por telefone e dará entrevista exclusiva ao SBT, ao vivo, à noite.

 

A fala do senador eleito no Ceará, Cid Gomes (PDT), sobre o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viralizou e é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta terça-feira (16). No topo das hashtags aparece a ‘#LulaTaPresoBabaca’, uma das frases disparadas por Cid em resposta aos militantes do PT que começaram a vaiá-lo e gritar o nome de Lula após ele cobrar mea culpa do partido diante da situação do país e da ascensão de Jair Bolsonaro (PSL).

Diversos memes e comentários de políticos e internautas circulam na rede social. Presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson comentou citando, inclusive, o veto da legenda à candidatura de Marília Arraes a governadora de Pernambuco. “A imprensa petista, irada, agora está acusando Cid Gomes de ser desleal. Mais desleal do que Lula, que forçou o PSB a abandonar Ciro e declarar neutralidade, destruindo inclusive a candidatura de Marília Arraes? Só há uma resposta: #LulaTaPresoBabaca”, disparou.

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Resposta

Em contrapartida, também nas redes sociais, o coordenador da campanha de Haddad no Ceará, deputado federal José Guimarães (PT), disse que lamentava a postura de Cid e pontuou que a discussão entre o PT e a família Gomes deve ser feita depois da eleição.

“Lamento profundamente a forma desrespeitosa como fomos tratados pelo senador Cid Gomes (o senador que o PT apoiou) ao criticar o PT em um momento inadequado e que só contribuiu para gerar desconfiança e incertezas da nossa vitória. Como coordenador da campanha do Haddad no Ceará reafirmo o compromisso do nosso candidato com os cearenses e que tudo faremos para derrotar a facismo, o ódio e a truculência do nosso adversário”, salientou.

“A eleição está em aberto. Vamos para o confronto e apelamos para que todos os democratas se somem ao esforço de derrotar essa direita representada pela candidatura de Bolsonaro. Sobre os nossos legados e parcerias entre o PT e os FGs discutiremos após o 2º turno. Tá na hora mesmo de fazermos um balanço desde 2006 e se for o caminho da separação que façamos com respeito mútuo”, rebateu José Guimarães.

Com a proximidade do segundo turno das eleições presidenciais, o PT e o PSB de Pernambuco decidiram reforçar a campanha do candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) em Pernambuco. Nesta terça-feira (16), o senador Humberto Costa (PT) anunciou que vai realizar um ato, com concentração na Praça Maciel Pinheiro, no Centro do Recife, a partir das 16h. Já o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que na próxima sexta-feira (19) a legenda vai reunir os prefeitos que compõem a Frente Popular de Pernambuco, composta por 12 partidos, para um evento pró-Haddad em Garanhuns, no Agreste do Estado.

A atividade de campanha comandada pelo PSB foi divulgada nessa segunda-feira (15), durante uma reunião da Executiva Estadual que aprovou o apoio da sigla a Haddad que concorre contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Durante reunião realizada no Recife Praia Hotel, que contou com a presença do governador e vice-presidente nacional do PSB Paulo Câmara e de Humberto Costa, os membros da Executiva aprovaram, por unanimidade dos presentes, resolução indicando “o apoio irrestrito ao petista”.

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“Temos pouco mais de 10 dias para o segundo turno. Temos uma responsabilidade grande. O cenário que se apresenta é difícil, mas é possível uma reversão. Temos que fazer o dever de casa, multiplicar a eleição de Fernando Haddad porque vamos precisar do governo de Haddad. O Brasil precisa de pessoa com ideias fundamentadas na democracia e no olhar para os mais pobres. E é essa mensagem que a gente precisa levar ao povo pernambucano”, destacou Paulo, que considerou essencial para o seu segundo mandato a eleição do petista.

Necessidade também observada por Humberto. “Nossa vitória é fundamental para barrar caminho até a barbárie e para retomarmos um projeto que seja capaz de promover igualdade e inclusão para o povo brasileiro”, comentou o senador.  Além da Executiva Estadual, o ato também contou com a participação de prefeitos da Região Metropolitana e da Mata Norte, além de deputados eleitos em 2018.

Eleito senador pelo Ceará, Cid Gomes (PDT) não poupou críticas ao PT e à falta de uma mea culpa diante da situação do país durante um evento que abriu a campanha do candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT), no segundo turno no Estado. No palanque ao lado do governador Camilo Santana (PT), o irmão de Ciro Gomes (PDT) disse na noite dessa segunda-feira (15) que tinha “zero problema” em votar no petista, mas os correligionários deveriam usar os discursos para pedir desculpas ao país.

Neste momento, a plateia composta por filiados e simpatizantes ao PT reagiu com vaias e Cid revidou no discurso. "Não admitir o mea culpa, os erros que cometeram, isso é para perder a eleição e é bem feito", disparou o ex-governador do Ceará.

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"Eu conheço o Haddad, é uma boa pessoa. Tenho zero problema de votar nele, mas aí fica para algum companheiro do PT que me suceda aqui na fala: se quiser fazer um exemplo para o País, tem de fazer um mea culpa. Tem de pedir desculpas, tem que ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira", disse Cid, pouco antes do início da discussão.

Durante uma fala que inflou os militantes, o pedetista culpou o PT de construir a figura política de Jair Bolsorado (PSL), adversário de Haddad na corrida presidencial.

“Vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram donos de um país e o Brasil não aceita ter dono. O Brasil é um país democrático, quem criou Bolsonaro foram essas figuras que acham que são donos da verdade, acham que podem fazer tudo e que os fins justificam os meios”, alfinetou. Assista:

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Entre um disparo e outro de Cid, a plateia começou a gritar o nome de Lula e o pedetista rebateu: “O Lula tá preso, babacas. E vai fazer o quê?”.

A fala foi essencial para que o evento fosse curto, já que Cid foi o primeiro a discursar. Logo depois, Camilo Santana falou aos presentes, mas não seguiu o conselho do antecessor ao microfone. "Nosso objetivo aqui não é fazer uma análise política… Eu entendo tudo que o Cid falou aqui. Cada um tem a liberdade de se expressar, mas o Cid tomou a decisão de vir pra ajudar a construir a grande vitória do Haddad no Ceará. Esse é o momento de nos unirmos", considerou o petista reeleito.

A postura de Cid acende um alerta maior para a campanha de Fernando Haddad que cobrou, nessa segunda, mais empenho do PDT no segundo turno. O partido, contudo, não aparenta estar muito satisfeito em precisar pedir voto para o petista.  

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