Tópicos | Fernando Haddad

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, ao votar neste domingo (28), que o desafio para o próximo presidente será diminuir as desigualdades no Brasil. Para o gestor, o voto do Nordeste será importante e decisivo para o resultado da disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Com isso, o pessebista acredita que o próximo presidente deverá ter um olhar especial para a região e trabalhar pela redução das desigualdades.

“O presidente precisa conversar com os governadores, como os governadores têm que conversar com os prefeitos e prefeitas. Isso faz parte da Federação e a gente espera que isso seja feito da forma correta. Ou seja, olhando o Brasil por inteiro, olhando as regiões com todas as suas peculiaridades. O desafio do próximo presidente é diminuir as desigualdades regionais, que é fundamental para o Brasil que a gente quer”, defendeu o gestor.

##RECOMENDA##

Aliado do candidato petista, Paulo destacou o que chamou de “crescimento consistente” de Haddad nos últimos dias e pontuou que a região dará vitória ao petista. “Hoje é mais um dia em favor da democracia. As eleições estão ocorrendo muito bem em Pernambuco e a gente espera que ocorra assim ao longo do dia. Nosso candidato teve um crescimento consistente nos últimos dias. O Nordeste está muito unido e, com certeza, vai dar uma grande vitória a Fernando Haddad”, destacou o governador reeleito.

O gestor pernambucano votou acompanhado do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), da primeira-dama Ana Luiza Câmara, da vice-governadora eleita Luciana Santos (PCdoB) e de correligionários, no Centro de Educação Comunitária e Social do Nordeste (Cecosne), no bairro da Madalena, Recife.

Em seguida, Paulo Câmara e Geraldo Julio, que é primeiro-secretário nacional do PSB, caminharam até o Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, também na Madalena, local de votação do prefeito. Geraldo falou sobre como vitória de Fernando Haddad será importante para o povo brasileiro.

“A democracia é muito importante para nosso país. Tivemos um tempo em que as conquistas sociais foram muito fortes para o nordestino e para o povo mais pobre do país inteiro. Pessoas que tiveram acesso ao crédito, que tiveram a carteira assinada, muitos jovens tiveram oportunidade de entrar numa universidade, particular ou pública, e um tempo de muitas transformações, onde muita gente que não tinha oportunidade passou a ter. É isso que a gente defende. Um governo popular, como foi com Eduardo Campos, Miguel Arraes e com Paulo Câmara. A gente defende um governo popular e, sobretudo, a democracia”, frisou o prefeito recifense.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, declarou neste sábado seu apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, por meio de sua conta no Twitter. "Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, todo o meu apoio ao meu amigo Fernando Haddad. Conheci o Fernando quando ele era prefeito de São Paulo; ele é um homem de valor, um defensor da democracia, competente e corajoso", disse Anne na rede social.

Um dia antes das votações do segundo turno das Eleições 2018, o youtuber Felipe Neto revelou para quem vai seu voto. Em sua conta do Twitter, ele afirmou que votará no candidato Fernando Haddad, do PT, apesar de ser contra seu partido. Felipe Neto tem mais de 26 milhões de seguidores no Youtube e é considerado uma das vozes mais influentes da internet.

Em um tweet, Felipe Neto explicou que se manteve neutro até então por conta de seu "ódio ao PT", mas, uma fala do oponente, Jair Bolsonaro, o fez mudar de ideia: "Tudo mudou quando o Bozo falou, agora, que vai varrer os opositores para fora do país ou para a cadeia. Em 16 anos de PT eu fui roubado, mas nunca ameaçado. Autoritarismo nunca mais. Irei de Haddad sem orgulho algum, mas pela democracia".

##RECOMENDA##

Em duas horas, o tweet do youtuber já alcançava mais de três mil comentários e 37 mil curtidas. O público se dividiu entre apoiá-lo e criticá-lo. "Imbecil, vou banir você do YouTUbe da minha filha", disse um seguidor; enquanto outro comentou: "É massa ver tua evolução do pensamento de 2014 pra cá, Felipe. Não é uma questão de apoiar o PT e sim sobre circunstâncias de risco ao ser humano".

[@#relacionadas#@]

 

O apresentador e escritor Marcelo Tas declarou que votará em Fernando Haddad no segundo turno das eleições neste domingo (28). Tas compartilhou um vídeo nas redes sociais acompanhado de um texto, neste sábado (27), em que diz que apesar do voto em Haddad, considera os governos petistas uma lambança.

“Meu voto vai contra as posições de um candidato em relação à Amazônia, em relação às minorias, às diferenças, à política contra a violência, que eu não me identifico com armas para combater a violência”, disse o artista se referindo ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). “Portanto, meu voto será para o outro candidato. Infelizmente, também tenho muitas críticas porque até hoje não vi o Partido dos Trabalhadores reconhecer de uma maneira cabal a lambança que eles fizeram nesses últimos anos”.

##RECOMENDA##

Tas diz ainda que Bolsonaro tem péssimas ideias para o Brasil. “Vou votar no outro, sem grande entusiasmo, por causa do partido dele. Meu voto é Haddad, que é um cara que não teve autonomia para assumir a sua candidatura, infelizmente digo isso, mas naquele outro candidato não dá para votar, principalmente em nome da democracia e das liberdades individuais que eu prezo bastante”, completou.

No texto em que compartilhou, Marcelo Tas também faz críticas a Gleisi Hoffmanm, Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney. “Que inveja tenho de um pais cujos ex-dirigentes são Jimmy Carter, Barack Obama ou Angela Merkel”, assinalou.

[@#video#@]

 

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa usou sua conta no Twitter para declarar voto em Fernando Haddad (PT) para a Presidência da República.  Na mensagem, Barbosa diz que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o inspira medo.

“Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”, escreveu o ex-ministro.

##RECOMENDA##

No dia 10 de outubro, Haddad chegou a se reunir com Joaquim Barbosa em Brasília. O objetivo do encontro foi conseguir o apoio do ex-presidente do STF. Também foi cogitado se o advogado seria o indicado para o Ministério da Justiça em um eventual vitória petista.

Joaquim Barbosa chegou a ensaiar uma candidatura à presidência pelo PSB. Sua mensagem anterior no Twitter, inclusive, era justamente desistindo da disputa. “Decisão estritamente pessoal”, escreveu em maio deste ano. Barbosa foi relator do processo do mensalão, que condenou os petistas José Genoino, José Dirceu e João Paulo Cunha.

[@#video#@]

 

As atrizes Luisa Arraes e Letícia Colin, que estão atuando na novela Segundo Sol, da TV Globo, aderiram ao movimento Vira Voto, organizado por eleitores de Fernando Haddad, candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O objetivo é mudar o voto de eleitores indecisos ou que não pretendem participar do pleito, através de conversas em pequenos grupos nas ruas.

As atrizes foram vistas no Rio de Janeiro, junto a uma pequena mesa com comida na qual convidavam as pessoas a sentar para uma conversa sobre política. Em seu Instagram, Letícia Colin postou uma foto na qual ela e Luisa Arraes aparecem falando com eleitores, junto a uma legenda sobre amor, tolerância, fake news e liberdade.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Em pequenos grupos, eleitores de Haddad tentam virar voto

--> Regina Duarte:'Homofobia de Bolsonaro é da boca para fora'

O ator Paulo Betti foi filmado em um dos vagões do metrô no Rio Janeiro fazendo campanha para Fernando Haddad, candidato à Presidência do Brasil pelo PT. Na imagem publicada no Facebook da jornalista Rita Lisauskas, Betti aparece panfletando.

Abordado por um usuário do transporte público, Paulo Betti falou em acreditar na vitória de Haddad neste domingo (28), no segundo turno das eleições, contra Jair Bolsonaro (PSL). "Vamos virar, gente. Até domingo eu não saio da rua", disse.

##RECOMENDA##

Confira:

[@#video#@]

LeiaJá também

--> 'Meu voto é no professor Haddad', declara a ex-BBB Gleici

Um dos recortes da última pesquisa Datafolha, que aponta Jair Bolsonaro (PSL) com 56% dos votos válidos e Fernando Haddad (PT) com 44%, traz uma preferência maior pelo petista entre a população LGBTI. De acordo com os dados, Haddad tem 57% das intenções de votos do grupo e Bolsonaro 29%. Esta foi a primeira vez que o instituto perguntou a orientação sexual dos entrevistados.

Dos que responderam ao levantamento, 86% se declararam heterossexuais, 3% homossexuais, 2% bissexuais e 2% de outras orientações sexuais. Os que não quiseram indicar a sexualidade somaram 6%. Entre os que se enquadram no grupo LGBTI, 89% disseram estar totalmente decididos do voto e 11% pontuaram que ainda podem mudar.

##RECOMENDA##

A rejeição dos presidenciáveis nesta categoria eleitoral é de 62% para Bolsonaro e 31% para Haddad. A maior parcela contrária ao capitão da reserva é explicada pelo histórico de discursos contra a população minoritária.

Apesar de pontuar insistentemente que não é homofóbico, Bolsonaro já chegou a disparar contra os gays em discursos posteriores. “Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”, afirmou em uma entrevista concedida em 2011.

Além disso, o presidenciável do PSL também é crítico a implantação de uma política de combate ao preconceito nas escolas, inclusive apelidou de kit gay o programa de combate à homofobia nas escolas públicas do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e atribuiu a iniciativa a Haddad, chamando-o de “pai do kit gay”.

Na reta final da campanha presidencial, os candidatos têm trocado ainda mais alfinetadas. Depois de Fernando Haddad (PT) dizer, nesta sexta-feira (26), que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) estava fazendo a campanha mais baixa e mentirosa da história, o capitão da reserva usou as redes sociais para afirmar que “ninguém mentiu mais que o PT nesta eleição”.

Como costumeiramente tem utilizado a internet para se posicionar sobre os assuntos, Bolsonaro rebateu no Twitter a crítica chamando Haddad de “orientado por um presidiário” e “pai do kit gay”.

##RECOMENDA##

“Haddad diz que sou responsável pela campanha mais baixa da história. Logo ele, que é orientado por um presidiário, esconde as cores do partido, finge ser religioso, joga bíblia no lixo, esconde apoio à ditadura venezuelana e espalha um monte de porcaria mentirosa ao meu respeito”, salientou.

E alfinetou acrescentando: “Ninguém mentiu mais que o PT nesta eleição. São mestres em enganar. Mudaram o plano de governo diversas vezes após expormos seu viés totalitário. Agora dizem respeitar a família, a democracia e a justiça, mas sabemos que a missão do pai do Kit-gay é soltar o chefe da quadrilha”.

Mais cedo, Haddad também disse que Bolsonaro era “um verdadeiro suicídio” ao país e um “salto no escuro”. O deputado federal, por sua vez, respondeu que representa uma ameaça sim, mas “aos corruptos, à bandidagem, aos estupradores, aos esquemas que assaltam o BNDES, aos assassinos e aos que querem destruir o Brasil! Por isso estão desesperados! NÃO TERÃO SOSSEGO EM MEU GOVERNO [sic]”.

O embate entre o petista e o capitão da reserva tem sido acalorado. Enquanto Bolsonaro já aparece confiante da vitória no próximo domingo (28) e faz projeções de possíveis ministros, Haddad tem intensificado as agendas públicas em uma campanha chamada de “virada do voto”. De acordo com dados do Datafolha dessa quinta (25), o candidato do PSL registra 56% dos votos válidos e o do PT 44%. O placar aponta uma queda de Bolsonaro, mas a diferença entre os dois ainda é grande.

 Um vídeo do programa ‘Superpop’, exibido pela Rede TV, comemorando a vitória de Jair Bolsonaro como presidente da República, vazou nas redes sociais na noite desta quinta-feira (25). A apresentadora Luciana Gimenez aparece parabenizando o canditado do PSL e deseja sucesso no mandato.

O programa deve ser exibido na segunda-feira (29), um dia após a decisão da corrida presidencial. "Parabéns, Bolsonaro, que você consiga fazer um bom governo, unificando o país para uma democracia cada vez mais forte e uma nação cada vez mais justa. Nossa, fiquei até arrepiada, viu?", diz Gimenez.

##RECOMENDA##

A apresentadora também diz que Bolsonaro já esteve várias vezes no programa e que já ‘é da casa’. Caso o candidato do PSL realmente ganhe as eleições, serão exibidos alguns momentos das participações do presidencial no ‘Superpop’. De acordo com o ‘Notícias da Tv’, não foi produzido uma versão da atração se o candidato Fernando Haddad for eleito e a homenagem a Bolsonaro será substituída por uma entrevista com a modelo Núbia Óliiver.

[@#video#@]

No Instagram da apresentadora, diversas pessoas condenaram a previsão do resultado das eleições. “Que absurdo @lucianagimenez era seu fã até hoje. Decepção’; ‘Que papelão seu programinha ja gravado elegendo antecipadamente o fascista .. por isso q da traço no Ibope’; ‘Então vc já sabe o bozo ganhou ninguém precisa votar domingo sai daí o perdedora . Gostava do seu programa agora estou fora .. sem credibilidade sua sujeita’, comentaram.

Por Lídia Dias

Candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) afirmou, nesta sexta-feira (26), que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) é “um verdadeiro suicídio” ao país e um “salto no escuro”. Na ótica do petista, o deputado federal não tem estatura para governar o país e, segundo ele, a prova disso é a ausência nos debates.  

“Só tem ódio no coração. O Brasil não merece alguém da estatura dele para a Presidência da República… Ele é um salto no escuro, nunca aprovou um projeto na Câmara dos Deputados. Não merecemos uma pessoa tão miúda e pequena como ele. Se tivesse dignidade me enfrentaria no debate, mas ele diz que a estratégia dele é fugir. Nunca vi um militar falar isso”, alfinetou, em entrevista a uma rádio mineira.

##RECOMENDA##

De acordo com Haddad, Bolsonaro mente para os eleitores. “A pior coisa é mentir para a população, não pode ficar fazendo de conta que você é o que não é. Agora ele quer se fazer de bonzinho depois de querer armar toda a população. Ele fala um dia uma coisa e outro dia outra. Não tem firmeza e ainda usa o mundo subterrâneo da internet para fazer política baixa”, criticou.

O candidato petista também aproveitou para reconhecer erros do PT e dizer que se vencer o pleito no domingo (28) vai precisar “ampliar o leque de pessoas democratas” ao seu lado.

“Todo meu esforço é voltar a falar com a população que nos distanciamos. Fomos para periferia de São Paulo falar a língua do povo. Reconhecer o erro não é pecado nenhum. Qual o problema? Fizemos muito pelo país, mas reconhecer erro é uma virtude. O que sou contra é jogar o país no precipício”, salientou.

Quanto ao desempenho do PT nas urnas, ele acrescentou: “O PT sobreviveu [nas urnas] a crise política, ao contrário do PSDB e do PMDB que foram severamente punidos. Para nós continuarmos vivos e crescermos vamos ter que fazer uma reflexão, melhorarmos interna e externamente e ampliar o leque de pessoas perto da gente, em caso de vitória no domingo”.

Já ao ser indagado como se comportaria em caso de derrota, como oposição a Jair Bolsonaro, Fernando Haddad não considerou explicitamente a hipótese, mas ponderou o fato das pessoas estarem se sentindo ameaçadas.

“Temos que garantir que todos tenham liberdade e hoje as pessoas estão com medo de dizer o que pensam porque os seguidores do Bolsonaro são muito violentos e se armarmos essas pessoas vamos criar uma guerra no nosso país. E eu sou o candidato da paz e não da guerra”, finalizou.

Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) apresentam caminhos distintos para a política externa.

Bolsonaro tem acenado com uma maior aproximação com os Estados Unidos e elogiado as políticas implementadas pelo governo de Donald Trump. No âmbito regional, o candidato defende o distanciamento do Brasil de países como Venezuela e Cuba.

##RECOMENDA##

Haddad, por sua vez, defende o aprofundamento da integração na América Latina por meio do Mercosul, da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Seu plano de governo também prevê o fortalecimento da participação brasileira em mecanismos multilaterais como o Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Jair Bolsonaro

Na proposta de governo entregue pelo candidato ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro fala em um “novo Itamaraty”. Segundo o texto, o Ministério das Relações Exteriores precisa estar a serviço de valores que sempre foram associados ao povo brasileiro. A outra frente, diz o programa, será fomentar o comércio exterior com países que possam agregar valor econômico e tecnológico ao Brasil.

“Deixaremos de louvar ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes como EUA, Israel e Itália. Não mais faremos acordos comerciais espúrios ou entregaremos o patrimônio do povo brasileiro para ditadores internacionais”, diz o documento.

Sobre comparações feitas entre ele e o presidente dos Estados Unidos, Bolsonaro respondeu, em coletiva de imprensa, no último dia 20: “Trata-se de querer um Brasil grande assim como ele quer uma América grande.”

“Ele [Trump] diminuiu a carga tributária do setor produtivo, foi criticado, mas isso gerou emprego e atraiu novas empresas de fora. A Inglaterra fez isso há 20 anos. Admiro muito ele [Trump] por isso aí, ou vão querer que eu admire [Nicolás] Maduro [presidente venezuelano] ou o governo cubano?”, acrescentou Bolsonaro.

No âmbito regional, o plano de Bolsonaro prevê aprofundamento da integração “com todos os irmãos latino-americanos que estejam livres de ditadura”. “Precisamos redirecionar nosso eixo de parcerias”.

Sobre o Mercosul, o candidato afirmou, na entrevista do dia 20, que não se pode “jogar para o alto” o acordo. “O que não pode é continuarmos usando acordos como esse em função de interesses ideológicos como o PT fez”, criticou. “Vamos partir para o bilateralismo onde for possível. Conversei com o [Mauricio] Macri [presidente da Argentina], ontem com o do Paraguai [Mario Abdo], encontrei senadores do Chile. Vamos buscar fazer acordos com os países da América do Sul sem o viés ideológico”.

Fernando Haddad

Em seu programa de governo registrado no TSE, Haddad aponta para a “retomada de uma atitude proativa no plano internacional” com o fortalecimento de iniciativas como o Brics e o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (Ibas). “Isso é essencial para criar um mundo mais equilibrado e menos dependente de um único polo de poder, de modo a superar a hegemonia norte-americana”, diz o documento.

O candidato também defende o aprofundamento das relações de “amizade e parceria” com os países africanos e árabes e disse que sua administração estará empenhada em promover a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em prol de um mundo mais multipolar e equilibrado.

“As mudanças no cenário internacional, especialmente nos EUA sob o governo Trump, apontam no sentido de esvaziamento dos organismos multilaterais, menor peso para aspectos normativos e maior ênfase à velha política de poder de ações unilaterais. Isso apresenta grandes riscos como exacerbação de conflitos e ações multilaterais unilaterais, mas também cria aberturas para um mundo mais multipolar, menos submetido à influência hegemônica de um polo de poder”, diz o plano do candidato do PT.

Segundo a proposta, o Brasil deve retomar e aprofundar a política externa de integração latino-americana e a cooperação Sul-Sul de forma a apoiar o multilateralismo, a busca de soluções pelo diálogo e “o repúdio à intervenção e a soluções de força”. “O Brasil também voltará a ter presença ativa no Sistema Internacional de Direitos Humanos”, diz o texto.

Para o petista, é necessário recuperar os avanços na integração regional. Seu governo, afirma, promoverá a integração das cadeias produtivas regionais, a expansão da infraestrutura e o fortalecimento de instrumentos de financiamento do desenvolvimento, como o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

A dois dias do segundo turno, os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) organizam os últimos detalhes para o domingo (28) de votação, sem deixar de lado a reta final de campanha, cada um a seu estilo.

Haddad chega nesta sexta-feira (26) a João Pessoa, onde fará uma caminhada, e depois seguirá para Salvador, para encontro com artistas e outro corpo a corpo na rua, com concentração no bairro de Ondina. À noite, ele concederá entrevista exclusiva à TVE.

##RECOMENDA##

Bolsonaro deve ficar em casa, como fez durante todo segundo turno. Nessa quinta-feira (25), ele concedeu uma longa entrevista coletiva à imprensa nacional e internacional. Nela, respondeu a perguntas sobre política interna, externa e ideologia.

O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25), em Recife, que tem feito todos os acenos possíveis para que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado no primeiro turno, declare apoio à sua candidatura. No último dia 7, Ciro disse que não votaria em Bolsonaro, mas em seguida viajou para a Europa e não chegou a participar da campanha de Haddad. Ele retorna ao país nesta sexta-feira (26). O PDT, partido de Ciro, declarou "apoio crítico" à candidatura de Haddad, também sem participar de atos de campanha do petista.

"Vou continuar fazendo aceno porque boto o país acima de tudo. Temos que ter humildade, tem que partir de mim o exemplo, esses gestos, para demonstrar que vamos fazer um governo amplo, de unidade nacional, democrático e popular, que vai ter que tomar medidas, mas sempre olhando quem mais precisa do Estado", afirmou Haddad. O presidenciável disse ainda que conversou novamente com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e pediu para que eles compartilhem o que chamou de "momento da virada" nas eleições.

##RECOMENDA##

O petista também comentou outros apoios recebidos nos últimos dias, como os da candidata derrotada no primeiro turno Marina Silva (Rede), do ex-presidente nacional do PSDB Alberto Goldman e do senador eleito por Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB). "Essas pessoas se vêem obrigadas a demonstrar, por gestos, esse risco que estamos correndo. Eles sabem o que representa o Jair Bolsonaro, saído do porão da ditadura, uma pessoa que enaltece a tortura, a violência, em todo o discurso", criticou Haddad.

O presidenciável também fez um apelo pelo voto dos indecisos e voltou a direcionar críticas ao adversário: "Entre erros e acertos, nossos governos mudaram a vida de dezenas de milhões de pessoas. Vamos corrigir os erros e manter os acertos. Agora o que eles querem é transformar acerto em erro. O Bolsonaro já se comprometeu com a política econômica do Temer. Por acaso está dando certo a política econômica do Temer? Antes da eleição ele já convidou o DEM para o governo. É o caminho do desastre".

Nordeste

Após conceder entrevista à imprensa, Fernando Haddad participou de um comício na Pátio do Carmo, no centro do Recife. Ele estava acompanhado da esposa, Ana Estela, do senador Humberto Costa (PT-PE), além do governador de Pernambuco, o aliado Paulo Câmara e o prefeito da capital do estado, Geraldo Júlio, ambos do PSB.

Durante seu discurso aos apoiadores, Haddad comentou o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgado na noite dessa quinta-feira e afirmou estar confiante em uma virada. "No Datafolha, em três dias, a distância entre nós caiu seis pontos. O Bolsonaro disse no domingo que vai varrer a oposição. Pois ele não vai ter oposição porque ele não vai ser governo. Nós vamos virar", disse. Segundo o levantamento, considerando os votos válidos, Bolsonaro tem 56% da preferência, enquanto Haddad aparece com 44%. No levantamento anterior, os candidatos tinham 59% e 41%, respectivamente.  

Haddad segue em agenda pelo Nordeste durante esta sexta-feira. Pela manhã, participa de uma caminhada no centro de João Pessoa. À tarde, embarca para Salvador onde terá um encontro, a partir das 16h, com artistas, no bairro de Ondina e depois também faz uma caminhada na região. Às 20h, participa da última sabatina antes das eleições, na TVE da Bahia, com transmissão simultânea pela Rádio Educadora da Bahia e redes sociais.  

Em um momento de incertezas políticas e de forte tensão quanto ao futuro do país, o tema meio ambiente, geralmente esquecido durante as eleições, tem gerado preocupação e recebido destaque na reta final. Os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que disputam o segundo turno, são contrários em praticamente todas as propostas e convergem apenas no assunto energia eólica. Enquanto no plano de governo do capitão do exército o meio ambiente não é tratado com um tema nem tem capítulo próprio, no de Haddad a sessão é nomeada de “transição ecológica para a nova sociedade do século 21”.

Com as pesquisas apontando como provável a vitória de Bolsonaro, entidades ambientalistas têm demonstrado preocupação. "Ao longo das últimas décadas, experimentamos grandes retrocessos na área ambiental, mas as propostas de Jair Bolsonaro poderão nos levar à um cenário trágico e sem precedentes", afirmou o Greenpeace em comunicado divulgado na quarta-feira (24). Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que monitora o desmatamento na Amazônia, apontou que o desmatamento da floresta pode triplicar caso o candidato vença e cumpra o que tem prometido para a área socioambiental.

##RECOMENDA##

Se feita uma busca milimétrica no plano de governo do candidato do PSL, é possível observar que a palavra meio ambiente aparece apenas uma única vez. Apoiado por boa parte da bancada ruralista e com propostas fortemente rejeitadas por ambientalistas, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas, traz como uma das promessas mais polêmicas a fusão dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Para ele, isso "coloca um fim na indústria das multas, bem como leva harmonia ao campo". Ele defende, também, que a pretende acabar com o “ativismo ambiental xiita”. Ainda segundo o capitão do exército, o ministro seria indicado "pelas entidades dos produtores". "Que fique claro: o futuro ministro sairá do setor produtivo. Não haverá mais brigas", afirmou em uma coletiva de imprensa em 11 de outubro, quatro dias depois de vencer o primeiro turno com 46% dos votos.

Em seu plano de governo, Bolsonaro também defende que o Estado deve facilitar que o agricultor e suas famílias sejam os gestores do espaço rural. “Devemos identificar quais são as áreas em que realmente o Estado precisa estar presente, e a que nível”, diz o texto. Para que isso aconteça, sugere que o primeiro passo é “sair da situação atual onde instituições relacionadas ao setor estão espalhadas e loteadas em vários ministérios, reunindo-as em uma só pasta”. Essa nova estrutura federal agropecuária reuniria atribuições de política e economia agrícola; recursos naturais e meio ambiente rural; defesa agropecuária e segurança alimentar; pesca e piscicultura; desenvolvimento rural sustentável; e inovação tecnológica.

Bolsonaro também já declarou que pretende que o Brasil deixe o Acordo de Paris sobre o clima — assim como fizeram os Estados Unidos de Donald Trump. Segundo ele, o país teria que “pagar um preço caro” para atender às exigências e, para o candidato, isso fere a soberania do país. "O que está em jogo é a soberania nacional, porque são 136 milhões de hectares que perdemos ingerência sobre eles. Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim", disse no dia 3 de setembro.

“Pensar que desenvolvimento se faz à custa do ambiente nos traz uma preocupação enorme. É uma visão muito simplista imaginar que é preciso derrubar floresta para fazer agricultura ou pecuária”, avalia a pesquisadora brasileira Thelma Krug, do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial. O acordo foi aprovado por 195 países em 2015. Um de seus principais objetivos é reduzir a emissão de gases do efeito estufa, de forma a evitar o aquecimento global. “O pessoal não está entendendo que cada vez mais o vetor que vai estimular o mercado internacional deixa de ser quanto custa, mas a pegada ecológica do produto. Não vai ter mercado para o País (se o desmatamento da Amazônia aumentar), mas aí a floresta já foi”, complementa.

Bolsonaro indicou também o plano de transformar o Ibama (responsável pela fiscalização ambiental no País) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio – que faz a gestão das unidades de conservação) em uma coisa só, para acabar com o que chama de “indústria da multa”. Já em relação a energia, o plano de governo defende que “é preciso um choque liberal no setor”. “Caso nada seja feito, o setor de energia será novamente um gargalo ao crescimento econômico no início da próxima década. Crescendo de 3% a 4% ao ano, chegaremos em 2021- 22 altamente dependentes da geração termelétrica a óleo e carvão, elevando preços e ocorrências de blecautes”, diz o texto. O programa também aponta que o Nordeste seria a região mais beneficiada com o novo modelo. “Com sol, vento e mão de obra, o Nordeste pode se tornar a base de uma nova matriz energética limpa, renovável e democrática”, diz.

Dividido em seis tópicos, o programa de Haddad promete que “dará os sinais decisivos para a construção de uma economia justa e de baixo carbono, contribuindo decisivamente para conter aquecimento global”. O texto também afirma que, se eleito, Haddad implantará a reforma a fiscal verde, que progressivamente aumentará o custo da poluição e premiará investimentos e inovação de baixo carbono. “A reforma incluirá a desoneração de tributos sobre investimentos verdes (isenção de IPI, dedução de tributos embutidos em bens de capital e recuperação imediata de ICMS e PIS/COFINS), reduzindo o custo tributário do investimento verde em 46,5%” diz o texto.

O programa também sugere que “investirá no aperfeiçoamento do modelo energético, orientado pelas seguintes diretrizes (1) a retomada do controle público, interrompendo as privatizações; (2) a diversificação da matriz elétrica, direcionando investimentos para expandir a geração com energias renováveis (solar, eólica e biomassa); (3) tarifas justas; e (4) participação social”. Haddad também traz como meta instalar kits fotovoltaicos em 500 mil residências por ano. O petista promete criar um novo marco regulatório da mineração, que será construído “de forma participativa, prevendo medidas para que a atividade mineradora produza com maior valor agregado e responsabilidade social e ambiental”. O marco ainda conterá previsão para a responsabilização das empresas e pessoas físicas quanto aos impactos ambientais e sociais por práticas que desrespeitem a legislação; a criação de órgão de fiscalização e regulação da atividade mineradora; estímulo ao desenvolvimento tecnológico e inovação das empresas do setor; e a instituição de políticas para as comunidades atingidas pela mineração, inclusive compensação financeira.

Haddad também se compromete a ampliar a infraestrutura de oferta de água por meio da retomada ou início de obras de adutoras, canais e barragens. Ele também promete a revitalização de bacias hidrográficas e a despoluição dos rios para recuperar sua capacidade hídrica e sugere uma “política de reuso e reciclagem da água, de promoção da eficiência hídrica e de busca de fontes não convencionais, como a dessalinização de água do mar”. Na área de gestão de resíduos sólidos, o petista propõe que o governo federal “apoie estados e municípios e incentive a coleta seletiva e a reciclagem. Diz, ainda, que adotará medidas concretas para diminuição dos impactos ambientais gerados pelo consumo de descartáveis, estimulando a mudanças de hábitos para redução de seu uso e/ou substituição por materiais biodegradáveis”.

Em relação ao campo, Haddad considera que “o Brasil precisa aproveitar o momento de desvalorização do câmbio e dos altos preços das principais commodities exportadas para dar solidez a práticas mais sustentáveis de produção no campo”. O candidato aponta que a  prioridade deve ser a produção agroecológica, “tornando as práticas de agricultura de baixo carbono formas dominantes de produção no agronegócio e na agricultura familiar”. Ele propõe, ainda, a recriação, em órgão único, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério da Aquicultura e Pesca, bem como pelo redesenho dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Para o agronegócio, o petista indica  regulação do grande agronegócio para “mitigar os danos socioambientais, impedir o avanço do desmatamento, assegurar o ordenamento da expansão territorial da agricultura de escala, corrigir as permissividades normativas, impedir excessos das subvenções públicas e subordinar sua dinâmica aos interesses da soberania alimentar do país”.

Um eventual governo de Haddad também afirma que haverá mudanças no crédito rural, que não vai “financiar práticas produtivas ofensivas ao meio ambiente e aos direitos trabalhistas, serão valorizadas as boas práticas ambientais na agricultura”. Além disso, o novo Plano Safra iria estabelecer a diretriz para que o financiamentos esteja de volta integralmente para a agricultura de baixo carbono até 2030. O projeto também aponta que a reforma agrária estará no centro da agenda pública nacional, havendo a atualização dos parâmetros de aferição da função social da terra rural, “que contemplará não só a produtividade econômica, mas também a legislação ambiental e trabalhista”. O candidato também promete a “regularização fundiária dos territórios tradicionais e historicamente ocupados, o reconhecimento e demarcação das terras indígenas e assegurará a titularidade prioritária às mulheres nos lotes dos assentamentos nos programas de reforma agrária”.

O plano petista assume o compromisso com a taxa de desmatamento líquido zero até 2022. Diz, também, que as respostas brasileiras ao Acordo de Paris e à Agenda 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) se tornarão referências para outros países em desenvolvimento. Além disso, Haddad promete que “promoverá um amplo debate para a construção de políticas públicas nacionais de proteção e defesa dos animais, em especial na área de educação, visando a construção de uma nova cultura sobre tema”.  Por fim, afirma que, se eleito, “fará a formulação e implantação de políticas de educação ambiental, envolvendo universidades, escolas e demais órgãos públicos, redes, movimentos sociais e toda a sociedade civil organizada”. João Adrien, diretor executivo da Sociedade Rural Brasileira, discorda da questão do desmatamento. “O desmatamento ilegal tem de ser combatido com todas as forças, rigor absoluto. Por mim tinha de acabar hoje, não em 2030 ou 2022. É ilegal, portanto não é aceitável. Mas o Código Florestal permite um corte legal. Dentro de normas adequadas, que contemplem o universo da sustentabilidade, não vejo o problema, sobretudo no Cerrado. Porque é possível que em algum momento seja necessário expandir”, afirma.

Com informações da Agência Estado

“Bolsominion”, “petralha”, “nazista”, “marmita de Lula”, “apoiador de ditadura”... A lista de adjetivos disparados entre os eleitores por causa das candidaturas à Presidência da República que defendem foi extensa nas eleições deste ano. Ironias, críticas e acusações vêm pautando as discussões políticas que de tão acaloradas começaram a ultrapassar as palavras nas redes sociais e conversas, transformando-se em agressões físicas e até morte em alguns casos.

##RECOMENDA##

O cenário é de uma verdadeira guerra verbal e ideológica que tem preocupado especialistas sobre o rumo que isso tomará após o pleito, uma vez que a histórica polarização presidencial PT e PSDB deu lugar, este ano, a uma discussão mais intensa dos campos ideológicos de direita x esquerda, passeando pelas questões moral e religiosa dos brasileiros.  

“Essa polarização já era esperada, sabíamos que ocorreria em algum momento devido ao período grande de domínio do pessoal mais de correntes à esquerda, como os social democratas, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso e Lula. Existia uma direita brasileira que sempre esteve diluída, não estava organizada em termos partidários, mas agora parece que tomou jeito. Isso polariza tudo”, considerou o professor do departamento de sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Benício Viero Schmidt.

Para Schmidt, “o grande problema é que nessa confusão existe uma grande dificuldade de esclarecer as distinções entre os campos” representados, no caso, pelas candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

“É difícil saber quais são as diferenças entre um candidato e outro agora no final porque eles não debatem muito isso e a discussão foi para a moral e os costumes, um velho recurso das eleições no mundo ocidental. Isso é muito perigoso porque põe o sistema eleitoral em xeque”, argumentou o estudioso, que salientou que a cada pleito se instaura um novo debate sobre a importância da democracia no Brasil, a garantia dos direitos das minorias e este ano isso foi mais intenso.

Além da discussão sobre o sistema vigente, outro aspecto ressaltado pelo professor da UnB foi a falta de educação política dos brasileiros, o que intensificou ainda mais o clima, em comparação aos pleitos passados.

“Aqui no Brasil o que marca a sociedade é um grande anti-intelectualismo, qualquer coisa mais ampla que venha a se discutir, as pessoas querem mensagens de 30 segundos. Aí deu nisso, ninguém entende nada. Vão continuar brigando pelo que não sabem e não entendem. Parece torcida de futebol, pensam que entendem o mundo em uma frase. Pouca gente é capaz de entender a complexidade do que está acontecendo e o resultado das eleições é sempre errático”, observou Benício Viero Schmidt.

Com isso, na ótica de Schmidt, o clima acalorado entre os eleitores vai demorar para arrefecer, principalmente porque o próximo presidente não terá um quadro governamental favorável para impor soluções imediatas aos principais problemas do país.

“Vai depender muito de quem vencer [a manutenção das discussões entre os eleitores]. Se vai apresentar resultados positivos especialmente quanto aos direitos da cidadania e a economia. Se isso funcionar bem, há sinal de que essa polarização tende a arrefecer, diminuir. As pessoas tendem a se preocupar mais com as suas vidas pessoais e familiares. A vida está difícil e nenhuma das candidaturas dispostas consegue dar esperança de que a curto prazo algo positivo virá. Essa polarização vai continuar e não acredito que o governo instalado traga resultados positivos para o país a curto prazo, a situação não vai melhorar tão rápido assim”, considerou o estudioso.

 

O senador Humberto Costa (PT) acredita que o candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, vai reverter o quadro de desvantagem em relação a Jair Bolsonaro (PSB) e ganhar a disputa no próximo domingo (28). De passagem por Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Humberto chamou Bolsonaro de “soldadinho de araque picareta” e disse que o Nordeste vai impedir a vitória dele.  

"Tenho certeza que o brasileiro vai votar com consciência, para garantir um país no futuro sem discriminação às mulheres, aos negros e aos gays. O povo nordestino vai impedir que esse monstro despreparado saia vitorioso nas urnas. Aqui, ele não passará”, disse, ressaltando que o capitão da reserva já fez diversos ataques aos nordestinos.

##RECOMENDA##

“A mulher nordestina, atacada por Bolsonaro, não vota num cara desse. Quem puxa o desenvolvimento do Brasil é o Nordeste. Não queremos ser tratados como coitadinhos, como ele disse ontem. Queremos somente o nosso direito e nossas oportunidades”, disparou.

Humberto, que foi deputado federal entre 1995 e 1999, ironizou também a atuação de Bolsonaro como deputado federal e disse que ele era considerado um “parlamentar folclórico pela quantidade de besteira que pronunciava quando abria a boca”.

“Ele nunca apresentou e aprovou um único projeto em benefício do povo. Nas vezes em que discursava, era pior: só defendia a tortura, a ditadura e votava contra a população. Ninguém nunca levou a sério as asneiras que falava. Agora, aparece como salvador da pátria. Isso não existe”, alfinetou.

O senador ainda criticou o fato do adversário de Fernando Haddad não querer participar dos debates para o segundo turno. “Como vamos dar um voto a um cidadão vazio, que foge do confronto e, quando abre a boca, só sai coisa ruim? É hora de virarmos esse jogo votando no melhor ministro da Educação que este país já teve”, disse.

Ex-presidenciável, Ciro Gomes (PDT) pode declarar apoio a Fernando Haddad (PT) nesta sexta-feira (26). A informação é do BR18, do Estadão. De acordo com a nota, o senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, estaria preparando um grande ato na capital cearense para receber o pedetista que estava viajando pela Europa, depois de ficar em terceiro lugar no primeiro turno da disputa.

Nos bastidores, a expectativa é de que o candidato do PDT ao Planalto aproveite o evento para oficializar seu voto em Haddad. Até agora, contudo, nenhum de seus aliados mais próximos confirmou essa decisão.

##RECOMENDA##

A sinalização de apoio de Ciro é aguardada por Haddad com ansiedade. Em entrevista ao Roda Vida, na última segunda-feira (22), o petista falou da importância do pedetista para a política brasileira e disse que era essencial que ele se posicionasse publicamente.

“Eu esperava e espero que o Ciro dê um alô de onde ele estiver, porque é muito importante para o Brasil que ele se manifeste publicamente. Aguardo ansiosamente o seu aceno, porque precisamos ganhar a eleição e governar juntos o Brasil”, considerou.

Nesta semana, Haddad recebeu o apoio de dois ex-presidenciáveis de partidos que haviam declarado neutralidade: Eymael (DC) e Marina Silva (Rede). Além deles, adversários históricos do PT também declararam voto no ex-prefeito de São Paulo: o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e o ex-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB).

Quando saiu vencedora da 18ª edição do Big Brother Brasil, Gleici Damasceno gritou ao vivo no programa "Lula Livre" após ficar sabendo que ele estava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. Envolvida em diversas causas sociais, a ex-BBB publicou na manhã desta quinta-feira (25), no Instagram, um vídeo dançando durante a sua participação no reality show.

Gleici usou as imagens do programa para declarar o seu apoio ao presidenciável Fernando Haddad (PT). "Precisamos de paz e não de guerra. Meu voto é no professor Fernando Haddad pela paz e defesa da democracia. Não vamos nos entregar ao ódio e fascismo, minha gente. Quem me conhece sabe o quanto meu coração queima por justiça social (...) Não é de hoje que estou nessa, sempre lutei e sempre vou lutar contra todo tipo de opressão", disse.

##RECOMENDA##

A acreana recebeu os parabéns por parte dos eleitores do candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhos, já outros condenaram a atitude da moça. Entre milhares de comentários, uma seguidora foi direta ao ponto: "Deixando de seguir. Não dá para compactuar com nada que venha do PT.

Em resposta, Gleici respeitou a decisão da internauta. "É um direito seu deixar de me seguir e seguir quem você quiser. Democracia. Respeito", escreveu. Na postagem, as cantoras Preta Gil e Teresa Cristina mostraram apoio a Gleici. "Estamos juntas, meu amor", comentou Preta.

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Dua Lipa leva brasileiros à loucura com #EleNão

--> Madonna adere à campanha #EleNão

No último dia oficial de comícios e atos públicos antes do segundo turno, marcado para o próximo domingo (28), o candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) desembarca em Pernambuco para reforçar a estratégia de reversão da desvantagem apontada pelas pesquisas diante do adversário Jair Bolsonaro (PSL). A campanha de Haddad, nesta reta final da campanha, tem focado no Nordeste - tradicional reduto petista - e nas áreas mais periféricas do país.

No Recife, na tarde desta quinta-feira (25), o ex-prefeito de São Paulo tem agendada a participação de um ato político em defesa da democracia no Pátio do Carmo, bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana. A expectativa é de que o evento inicie às 16h. Haddad também deve conceder entrevista coletiva à imprensa no local, que é simbólico para os petistas, uma vez que foi palco de campanha dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

##RECOMENDA##

Lula que, inclusive, nessa quarta-feira pediu unidade democrática em torno da candidatura de Haddad e salientou que, neste momento, o ódio ao PT deve ser deixado de lado, pois uma  “ameaça fascista paira sobre o Brasil” com a candidatura de Bolsonaro.

“Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história. Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo”, argumentou o ex-presidente, em carta divulgada pelo partido.

Apesar das pesquisas apontarem vantagem de Jair Bolsonaro, Haddad tem apostado no que chama de “virada do voto”. O último levantamento Ibope, divulgado na terça-feira (23), trouxe uma leve redução das intenções para o capitão da reserva que saiu de 5% para 57%. Já Haddad subiu dois pontos, passando de 41% para 43%.

Depois da agenda no Recife, Haddad segue viagem pelo Nordeste visitando Salvador e João Pessoa. A expectativa da coordenação da campanha dele é de encerrar as atividades com uma caminhada pela paz, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, na manhã do próximo sábado (27).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando