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Lideranças das centrais sindicais acreditam que a nova greve geral, marcada para o dia 30 de junho, deverá “enterrar de vez” as reformas trabalhista e previdenciária. A postura foi exposta após a rejeição do relatório do projeto que atualiza as leis trabalhistas no Brasil na Comissão Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nessa terça-feira (20). Apesar da considerada vitória pela oposição, a matéria segue tramitando na Casa Alta, mas para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, "a luta dos trabalhadores dá resultados".

“Demora, mas dá resultado. Prova é essa votação na Comissão do Senado, que só foi possível pela luta dos trabalhadores”, declarou durante uma reunião com senadores do PT na noite dessa terça. Vagner Freitas foi enfático ao afirmar que a reforma trabalhista não vai gerar mais empregos, e sim “institucionalizar o bico”.  

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Ele lembrou também que o texto está vinculado à reforma da Previdência. “Se passar a trabalhista, nem precisam mais aprovar a previdenciária, porque não vai mais ter novas pessoas entrando no regime geral da Previdência. As duas se somam. Só tem jeito de derrubar as reformas com povo nas ruas”, disse. 

Na mesma linha, o Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro Índio, enfatizou que o resultado na CAS é “vitória do povo brasileiro, da classe trabalhadora e da bancada de oposição”. 

Para ele, os senadores que votaram contra a reforma trabalhista merecem o respeito do povo brasileiro. “Foi uma importante vitória, mas a luta continua”, frisou, acrescentando que a greve do dia 30 será “para enterrar de vez Temer e exigir eleições diretas”. “É importante a unidade das centrais e movimentos sindicais. A união do povo tem todas as condições de manter os direitos garantidos na Constituição”, afirmou. 

Líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), corroborou os sindicalistas e ressaltou que “agora é hora da nossa ofensiva. Listar o nome dos senadores, conversar um por um”. “E a greve do dia 30 vai enterrar de vez as reformas. O peso nos estados é decisivo nessa reta final”, ressaltou o senador. 

Nesta terça-feira (20), Dia Nacional de Mobilização Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), movimentos sociais e outros sindicatos realizam ações para intensificar a luta da classe trabalhadora contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB).

No período da manhã foi realizada uma campanha de conscientização no Aeroporto Internacional dos Guararapes e nas estações de metrô Recife e Joana Bezerra, através de panfletagem. No período da tarde deve ocorrer uma concentração com caminhada na Praça do Derby, Centro da capital pernambucana, por volta das 16h.

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Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, o dia representa "o esquenta para a greve geral" que está programada para o dia 30 de junho. A manifestação deve reunir diversas categorias contra o governo que é chamado de "ilegítimo" pelas organizações. As classes que participam das manifestações pedem, além da saída de Michel Temer a realização de eleições diretas.

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras, negou os rumores de que haverá uma nova greve geral no país nesta terça-feira (23). Em conversa com o LeiaJá na manhã desta segunda (22), Veras afirmou que a “direita” está tentando “desmobilizar o ato do Ocupa Brasília” marcado para quarta (24) ao tentar liderar uma paralisação.   

“Nunca vi patrão, nem a direita, nem o movimento de direita fazer greve. Amanhã [terça-feira] o que estão chamando [de greve geral] é um movimento de direita tentando desmobilizar o ato do Ocupa Brasília. Então não tem greve”, disparou. Segundo ele, nas próximas semanas as centrais sindicais e frentes populares do país vão organizar uma nova parada, mas ainda não sabem se será de 24 horas ou por tempo indeterminado. 

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“Vai ter greve sim, mas apenas depois do dia 24. Vamos sentar com as centrais e organizar uma greve geral de 24 horas ou por tempo indeterminado para que Temer saia e paralise às reformas”, acrescentou. 

As centrais sindicais pernambucanas estão se concentrando, nesta segunda, para seguir para Brasília com uma caravana de 150 pessoas. A partida dos ônibus da Praça da Derby está marcada para o meio-dia. 

Na quarta, uma mobilização na capital federal pretende reunir militantes de todo o país para protestar não apenas contra a votação das reformas previdenciária e trabalhista, mas também para defender a renúncia ou o impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) após as denúncias apresentadas pela delação dos donos e executivos da JBS. 

*Com informações de Alice Mota

O senador Lindbergh Farias (PT), no final da tarde desta terça-feira (2), disse que o presidente Michel Temer (PMDB) acabou de pedir que o ponto de todos os servidores federais, participantes da greve geral, fosse cortado. “É a marca de um governo autoritário. Nós não vivemos mais em uma normalidade democrática. Veja bem, na história, não tem isso de cortar ponto de trabalhador em uma greve geral. Mais uma medida autoritária desse governo ilegítimo”.

“Esse presidente ilegítimo Michel Temer acabou de soltar orientação mandando cortar ponto de todos os servidores públicos federais que participaram da greve geral. Esse governo não tem limites”, declarou o parlamentar. 

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Lindbergh também disse que, no Senado Federal, tramita um projeto sobre o assunto. “É uma proposta sobre regulamentação de greves, que é praticamente proibindo greve no serviço público (...) se eles acham que os servidores públicos federais vão se intimidar, eu acho que a resposta vai ser justamente o contrário. Agora é a marca de um governo autoritário”, cravou.

O petista também falou sobre o aumento da violência no país. “Minha solidariedade aos três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que foram presos em São Paulo. São presos políticos da greve geral. [Também] ao massacre de oito trabalhadores sem terra no Mato Grosso. Agora, no Maranhão, o absurdo contra indígenas atacados a facões e a tiros. Querem acabar com a política de demarcação de áreas indígenas”, criticou.

Um grupo de cerca de 50 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) protesta na manhã desta terça-feira, 2, em frente ao 63º Distrito Policial (DP), na Vila Jacuí, zona leste de São Paulo. No local, estão presos três militantes do movimento que participaram de manifestações durante a greve geral convocada por centrais sindicais na última sexta-feira, dia 28 de abril.

Os presos são o pedreiro Luciano Antônio Firmino, de 41 anos, o motorista Ricardo Santos, de 35, e o frentista Juraci Santos, de 57, que participaram de um dos primeiros das dezenas de protestos com queima de pneus na sexta-feira. Eles foram indiciados pela Polícia Civil por tentativa de incêndio, explosão e incitação ao crime.

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No sábado, a juíza Marcela Filus Coelho converteu as prisões em flagrante em preventivas, sob o argumento de defesa da ordem pública. O MTST afirma que eles são os únicos detidos durante as manifestações, em todo o País, que ainda permanecem na cadeia. Os advogados do grupo alegam motivos políticos para a prisão e encaminham pedido de habeas corpus.

A Polícia Militar (PM) de Goiás afastou das ruas o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia. A decisão foi tomada após agressão ao estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, em manifestação na última sexta-feira (28). O estudante está internado em estado grave, em Goiânia.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, o capitão continua exercendo funções administrativas. “Não temos outro tipo de medida que prevê o afastamento total de função”, disse. O comandante acrescentou que o inquérito aberto para investigar o caso dura 30 dias e pode ser prorrogado por mais 15 dias.

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Oliveira acrescentou que o inquérito foi aberto após a divulgação de imagens na internet que mostram a agressão ao estudante. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais, foi registrado o exato momento em que Silva foi atingido pelo policial com um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando o policial o atinge na cabeça, carregando o cassetete com as duas mãos.

O universitário sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado na manhã de hoje (1º), Mateus está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.

Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Imagens falsas

Segundo o comandante-geral da PM, circula nas redes sociais uma foto sua como sendo o autor da agressão. De acordo com Oliveira, a agressão foi associada ao seu nome, erroneamente.

O estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, agredido por um policial militar em Goiânia, continua internado em estado grave. Silva foi agredido durante manifestação no centro de Goiânia (GO) na última sexta-feira (28). Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado hoje (1º), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.

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Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando um policial militar o atinge na cabeça, segurando o cassetete com as duas mãos.

Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de ciências sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.

Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, um especialista na área de direitos humanos, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis.

Sem conseguir fazer uma grande mobilização, as centrais optaram por criar tumulto para dar visibilidade aos protestos. O que se viu foram bolsões de intolerância, um grupo querendo resolver pela violência o que não consegue resolver pela palavra, pelo diálogo e o entendimento. O vandalismo observado, ontem, principalmente em São Paulo, é intolerável, repugnante e rejeitado pela sociedade. A população reprovou os atos covardes de ataques ao patrimônio público. Incendiar ônibus, depredar agências bancárias e vitrines de lojas comerciais é crime. 

Os que praticaram deveriam estar presos. As centrais que promoveram o vandalismo, impedindo o libre direito de ir e vir não atraem o apoio dos diversos setores da sociedade. Só atraem a ira. Há uma debilidade política enorme no discurso das centrais sindicais. Sem obter convencimento por meio de um discurso anacrônico, as lideranças que promoveram a bagunça de ontem fizeram um esforço de agitação para manipular os liderados. 

A reforma da Previdência tem que ser feita, se não neste Governo, mas no próximo, porque ela é imprescindível. Não é questão de governo, seja ele Temer ou qualquer que seja. É uma necessidade do País. O Brasil não pode ser transformado no Rio de Janeiro, que enfrenta uma crise fiscal sem precedentes, a ponto de dividir em 12 parcelas o 13º salários dos servidores públicos. 

Os protestos violentos não devem prejudicar a mobilização pela aprovação da reforma da Previdência. Se tivesse sentimento nacional contra reformas, haveria mobilização da sociedade. Isso não aconteceu. O que se viu, ontem, foram movimentos violentos induzidos pelos sindicatos. Foram estarrecedoras as imagens de violência em alguns protestos, tirando o direito de ir e vir da população. 

Isso não é democrático. Usaram métodos não convencionais para impedir a saída de ônibus das garagens, dos metrôs, queimaram pneus nas vias para paralisar algumas cidades. Tentaram fechar aeroportos e houve até tentativa de provocar acidentes envolvendo trens em São Paulo. As cenas de agressão no aeroporto Santos Dumont lembraram cenas da Venezuela. A democracia brasileira não aceita isso. O Brasil, felizmente, não é a Venezuela. 

REAÇÃO DE TEMER– O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu soltar uma nota lamentando a violência em protestos. No texto, Temer ressaltou também a necessidade de respeito aos valores da democracia. Mais cedo, o presidente cogitou fazer um pronunciamento, diante dos protestos convocados pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhistas e da Previdência. Mas diante dos desdobramentos ao longo do dia, Temer achou melhor optar por uma nota, centrada em cima principalmente dos atos de vandalismo observados no Rio e São Paulo. 

No gogó da oposição– Em discurso na solenidade de entrega de mais um trecho da BR-101 em Xexéu, na última quinta-feira, tendo no palanque o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e o governador Paulo Câmara, o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira, saiu em defesa do Governo e bateu sem piedade na bancada de oposição na Assembleia. “Os que fazem oposição vão quebrar a cara apostando no quanto pior melhor para o Estado. Eu tenho confiança absoluta de que Paulo vai se consagrar como o maior governador da história de Pernambuco”, afirmou. Recentemente, Sebastião teve um bate-boca por este blog com deputados da oposição que foram a Santa Cruz do Capibaribe denunciar a paralisação das obras de uma estrada. Mas  ele mostrou, com imagens, que estão em andamento. 

A visão do Governo– O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, criticou as manifestações realizadas, ontem, pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhistas e da Previdência. Em visita a Londrina (PR), Serraglio afirmou que os protestos não têm sentido. "As manifestações foram pífias, não teve a expressão que se imaginava ter. Forçou-se até a situação quando se percebeu que os resultados não eram os imaginados", criticou. O ministro ainda criticou a atitude dos sindicatos. "Os sindicatos têm uma disponibilidade de mais de R$ 2 bilhões, e agora estão percebendo que os operários e trabalhadores estão acordando para essa realidade. Não faz sentido brigar, fazer greve para pagar imposto", disse o ministro.

Dirceu solto– A Segunda Turma do STF marcou para a próxima terça-feira a retomada do julgamento do pedido de liberdade do ex-ministro José Dirceu, preso por determinação do juiz federal Sérgio Moro na Operação Lava Jato. Na sessão, os ministros voltarão a discutir a validade da decretação de prisões por tempo indeterminado na Lava Jato. Na sessão da semana passada, houve apenas um voto, o do relator, Edson Fachin, a favor da manutenção da prisão. A sessão foi interrompida para ampliar o prazo para que os advogados de Dirceu e do Ministério Público Federal (MPF) possam se manifestar. Faltam os votos dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

Provas e prisão– Em artigo, ontem, neste blog, o deputado Sílvio Costa (PTdoB) previu que Lula não será preso porque não há provas contra ele. “Aos acusadores e paladinos da ética seletiva, eu pergunto: existe algum cartório de imóvel do Brasil que tenha um registro, uma escritura ou qualquer documento provando que o apartamento do Guarujá pertence ao ex-presidente Lula? O senhor Léo Pinheiro disse ao juiz Sérgio Moro que o apartamento pertencia ao ex-presidente Lula. Então, por que a OAS deu o apartamento em garantia em uma operação financeira? Na verdade, o senhor Léo Pinheiro afirmou, em seu depoimento, que o apartamento está em nome da OAS”, afirmou em um dos trechos. 

CURTAS 

REGISTROS–Desde ontem, pais já podem escolher registrar seus filhos no local de sua residência ou na cidade de nascimento da criança. A Medida Provisória 776/2017, publicada no Diário Oficial da União altera a lei de registros civis públicos, que até então obrigava que os registros fossem feitos na mesma cidade onde aconteciam os nascimentos. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a mudança atende a uma antiga reivindicação de municípios que não possuem maternidades, e também irá facilitar o controle de dados de epidemiologia e mapeamento de municípios brasileiros para desenvolvimento de ações e políticas públicas.

RESTAURAÇÃO– A Prefeitura de Olinda assinou, na última quinta-feira, a ordem de serviço para iniciar as obras de restauração da Igreja do Bom Jesus do Bonfim, fechada há cinco anos. As obras têm início na próxima terça-feira e, para a realização do serviço, serão investidos na recuperação do espaço R$ 2,9 milhões, recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Perguntar não ofende: O Governo já tem os apoios necessários para aprovar a reforma da Previdência?

O presidente Michel Temer (PMDB) ligou para o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para parabenizá-lo pela posição tomada contra a greve geral que aconteceu no país nessa sexta-feira (28). A informação é da colunista Mônica Bergamos, do jornal Folha de S.Paulo. 

Doria foi incisivo ao dizer, ontem, que os que não querem trabalhar fazem greve. “Enquanto aqueles que não querem trabalhar fazem greve, nós aqui na prefeitura trabalhamos”, criticou. O tucano chegou a provocar. “Hoje pela manhã, tentaram bloquear meu trajeto até a prefeitura sem sucesso. Cheguei no gabinete ainda mais cedo para trabalhar por nossa São Paulo”, disse. 

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Em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado, o tucano chegou a dizer que “as pessoas que têm consciência, decência e prudência não apoiaram esse movimento”. Também fez uma denúncia grave. "Os que pegaram bandeiras, os que gritaram, receberam R$ 100 para fazer isso, um sanduíche e uma lata de refrigerante, além de um transporte parcial para chegar a um ponto da cidade”. 

Grupos pequenos apareciam de repente e faziam uma barricada, ateando fogo a pneus e madeiras. Quando a polícia se aproxima, em vez de resistência, a retirada rápida. Não muito longe, em outro ponto, novo bloqueio, levando à dispersão e divisão das forças da ordem, uma verdadeira "greve de guerrilha". É assim que o comando da polícia de São Paulo viu a tática adotada pelos movimentos populares e sindicatos a fim de bloquear avenidas e impedir o tráfego no estado na greve geral.

Para o comando da PM, "doutrinariamente", a tática de ontem "é de guerrilha urbana", com a "inquietação, intervenção e dispersão". Os bloqueios feitos por manifestantes envolveram sem-teto que vivem em prédios tomados no centro. Cada grupo organizou uma ação.

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Até as 19 horas, a PM havia registrado 22 prisões na Grande São Paulo - 16 na capital e cinco em Osasco. Três policiais foram feridos em confrontos - um dos quais atingido por uma garrafada no rosto. A Coordenação Operacional da PM colocou, desde as 5 horas, todas as Forças Táticas da PM nas ruas. A Tropa de Choque foi dividida entre a Marginal do Pinheiros e Guarulhos, por causa do Aeroporto de Cumbica.

Em todo estado, aconteceram cerca de 50 pontos de bloqueio de vias - 30 dos quais na Grande São Paulo.

O protestos das centrais provocou outro efeito: o mapa da lentidão do trânsito na cidade feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego ficou próximo de zero das 10h30 às 16 horas, mais de 80% abaixo da média inferior de congestionamento registrado nas sextas-feiras.

Esse efeito da greve foi sentido até pelo comandante-geral da PM, coronel Nivaldo Restivo. Ele planejou sair com uma hora e meia de antecedência para ir ao evento pela manhã em Pirituba, na zona oeste, e chegou uma hora adiantado. O trânsito também ajudou as forças de segurança, diminuindo o tempo de reposta da PM. "O resultado foi bom. Tínhamos como objetivo impedir o fechamento das ruas em São Paulo e não se manteve fechada nenhuma rua. Era o tempo de a unidade de serviço chegar, requisitar apoio, quando necessário, e desobstruir a pista."

A greve contou ainda com a estratégia inédita neste tipo de manifestação: a parceria entre sindicatos e movimentos sociais. Enquanto sindicatos mobilizaram trabalhadores para fazer piquetes em portas de fábrica e demais locais de trabalho, movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Central de Movimentos Populares (CMP) travaram vias importantes das cidades dificultando a chegada das pessoas aos locais de trabalho.

"É a primeira vez que tem uma greve com unidade entre o movimento sindical e movimentos sociais fazendo com que a população sentisse que não tinha como chegar ao local de trabalho", disse Raimundo Bonfim, da CMP.

A CMP fez 22 ações em vias em São Paulo. A lógica era, segundo o líder do MTST, Guilherme Boulos, "dificultar o transporte".

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou os manifestantes que saíram às ruas nesta sexta-feira (28), no dia em que centrais sindicais realizaram uma greve geral no País. Em entrevista à Rádio Eldorado, emissora do Grupo Estado, o tucano disse que muitos dos que foram se manifestar receberam dinheiro dos sindicatos. Ele defendeu ainda o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, como proposto na reforma trabalhista.

"Os que pegaram bandeiras, os que gritaram, receberam R$ 100 para fazer isso, um sanduíche e uma lata de refrigerante, além de um transporte parcial para chegar a um ponto da cidade, para gritar nem sabem por quê e nem do quê com o dinheiro da contribuição sindical", disse o prefeito.

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Ele afirmou ainda que o movimento foi motivado pelos partidos PT, PSOL e PCdoB, que "adoram essas boquinhas", em referência ao uso da contribuição sindical. Para o tucano, as pessoas que têm "consciência, decência e prudência" não apoiaram esse movimento.

Para o prefeito, a greve geral não teve sucesso em São Paulo e no País e ainda fez com que mais pessoas se manifestassem contra a paralisação. "O tiro saiu pela culatra. Não pararam São Paulo e não vão parar", disse.

O prefeito novamente criticou os manifestantes e disse que não conseguiram interromper a chegada dele ao trabalho pela manhã. "Enquanto essa turma dorme, essa turma ronca na cama, eu já estou trabalhando e produzindo faz tempo", disse. Doria contou que, às 6 horas, tentaram interromper o acesso à sua residência, no Jardim Europa, mas que neste horário ele já estava na Prefeitura.

Sexta-feira (28) marcada por manifestações em todo o território nacional. No Recife, não foi diferente. Desde os protestos e paralisações ao longo da manhã, a capital pernambucana presenciou uma enorme passeata no Centro. Por volta das 16h, inúmeros cidadãos contrários às reformas trabalhista e da Previdência foram às ruas mostrar a insatisfação com as medidas propostas pelo governo Temer. Confira as imagens registradas pelo repórter fotográfico Chico Peixoto:

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O presidente Michel Temer (PMDB) deverá divulgar uma nota na qual irá “lamentar a violência nos protestos” que ocorreram, nesta sexta-feira (28), dia da greve geral no Brasil. A informação foi divulgada pelo jornalista Gerson Camarotti, no Blog do Camarotti, do portal G1.

Segundo as informações do site, o peemedebista deve destacar “a necessidade de respeito aos valores da democracia”. Ainda de acordo com o jornalista, o presidente chegou a analisar a possibilidade de fazer um pronunciamento, mas teria recuado “diante dos protestos convocados pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência”.

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O Rio de Janeiro foi uma das cidades que apresentou mais violência durante as mobilizações de hoje. No centro, na região da Cinelândia, três ônibus foram incendiados por manifestantes. Policiais militares e protestantes encapuzados também entraram em confronto no entorno do prédio da Assembleia Legislativa do Rio. A policia lançou bombas de gás.

Já o ex-presidente Lula, em entrevista concedida na tarde de hoje, falou exatamente o contrário afirmando que o ato foi pacífico. “Tem que se ter a clareza do sucesso desta paralisação convocada pela sociedade brasileira e pelos movimentos sindicais. É importante a gente retratar que no Brasil inteiro tem sido uma greve pacífica. O trânsito livre significa que houve uma adesão completa da sociedade”, declarou o petista. 

 

O humorista Marcelo Madureira foi agredido e hostilizado por manifestantes na tarde desta sexta-feira, 28, no centro do Rio. Ele tentava gravar um vídeo em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde estavam se concentrando os participantes de um ato que aconteceria no início da noite, na Cinelândia, quando foi cercado.

Madureira foi expulso do local aos gritos de "fascista" e "golpista". Acompanhado de um cinegrafista, ele levou pelo menos dois empurrões pelas costas enquanto deixava a Avenida Primeiro de Março. Mais à frente, ainda foi cercado por um grupo de homens. Um deles, trajando uma camiseta com o símbolo do Fluminense, chutou Marcelo Madureira também pelas costas.

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O centro do Rio foi palco de um confronto de grandes proporções no fim da tarde, depois que manifestantes mascarados jogaram objetos em policiais em frente Alerj. A confusão se espalhou pelas vias próximas, chegando às avenidas Rio Branco e Presidente Vargas e à Praça da Candelária.

Policiais do Batalhão de Choque usaram escudos, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, além de dispararem tiros de bala de borracha.

O acesso ao metrô na Cinelândia foi fechado. Isso porque o gás lacrimogênio lançado pela Polícia Militar para dispersar os manifestantes acabou atingindo pessoas que estavam no interior da estação.

Parece que nem mesmo a greve geral que acontece no Brasil faz com que o presidente Michel Temer (PMDB) repense sobre as propostas apresentadas pelo seu governo, que tem despertado a indignação de uma boa parcela da população que se diz contra as reformas trabalhista e previdenciária. Nesta sexta-feira (28), parecendo querer dar um recado de que não irá mudar de postura, em seu Facebook, o peemedebista voltou a publicar um vídeo antigo no qual diz que o seu governo apresentou “um caminho para salvar a Previdência do colapso”. 

“Apresentamos um caminho para salvar a Previdência do colapso. Para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã (...) se [for] aprovada a reforma não vai tirar direito de ninguém”, diz o presidente. 

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No Twitter, tocando em um assunto desconexo com o dia de hoje, Temer falou sobre o Cartão Reforma. Ele explicou que o benefício começa a valer a partir de hoje. “Estamos recuperando a economia e cuidando do social. Famílias com renda de até R$ 2,8 mil terão R$ 5 mil para reformar suas casas. O dinheiro não precisa ser devolvido”, disse. 

Ontem, em uma publicação, o presidente falou da reforma trabalhista. Ele chegou a dizer que a aprovação do projeto foi resultado de debate entre setores da sociedade. “É um novo ciclo político que está colocando o Brasil na rota do crescimento”. Temer também afirmou, após confirmação de sua vitória no plenário da Câmara dos Deputados onde o resultado final foi de 296 votos a favor e 177 contra, que “o resultado foi satisfatório”. 

Assim como várias cidades brasileiras, o Recife também contou com a adesão de categorias à greve geral nesta sexta-feira (28). Desde as primeiras horas do dia, foram registrados vários tipos de manifestações, como barricadas em estradas, fechamento de estabelecimentos e paralização de categorias como os rodovários. O ato protesta contra as reformas da Previdência e trabalhista, além da Leia da Terceirizção.

Milhares de manifestantes se reuniram na Praça do Derby, na área central do Recife. Nesta tarde, eles tomaram as ruas em passeata, em direção à Avenida Guararapes, no Centro do Recife. Assista ao ato neste momento:

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O Sindicato dos Bancários divulgoum na tarde desta sexta-feira (28)m um balanço da adesão da categoria à grande greve nacional. Ao todo, em Pernambuco, foram cerca de oito mil trabalhadores – de um total de 12 mil - cruzaram os braços em protesto contra a reforma trabalhista e da previdência. Segundo o órgão, isso significa mais de 65% dos trabalhadores do setor.

Os dados mostram ainda que, no Estado, a paralisação teve a adesão em 202 agências. Das unidades em Pernambuco, 70% das agências de Pernambuco estão concentradas na Região Metropolitana do Recife, dessas 40% aderiram à greve geral.

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Do total de agências, 30% delas estão no interior de Pernambuco, dessas 10% aderiram à greve geral. O Sindicato ainda aponta para o número de 32 municípios com instituições financeiras, tanto públicas quanto privadas, fechadas.

Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a greve geral que acontece em todo o país contra as reformas propostas pelo governo Temer. Lula disse que a sensibilidade política dos “parlamentares em Brasília” é “zero”. 

“Eu não sei se os parlamentares que estão em Brasília se lembram mais do que é sensibilidade na sua relação com o povo porque essa mesma gente deu um golpe na presidente Dilma. A sensibilidade política dessa gente é zero. O importante é que o povo fique olhando como é que votaram os deputados nas reformas”, declarou.

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O petista acredita que a greve é capaz de fazer com que o Congresso Nacional comece a mudar de comportamento. “É uma greve que pode fazer com que o povo possa, nas próximas eleições, querer um Congresso com mais compromisso com o povo. É uma greve histórica que acontece no Brasil. É uma greve causada pela irresponsabilidade e pela insensibilidade do governo”, cravou.

“Tem que se ter a clareza do sucesso desta paralisação convocada pela sociedade brasileira e pelos movimentos sindicais. É importante a gente retratar que no Brasil inteiro tem sido uma greve pacífica. O trânsito livre significa que houve uma adesão completa da sociedade. O povo aderiu em todas as cidades e estados”, continuou. 

Em sua explanação, Lula falou também que todas as reformas propostas, citando a trabalhista e a previdenciária, são motivos suficientes para que “o povo brasileiro se rebele, faça sua greve e se manifeste”. Ainda garantiu que a questão da previdência se resolve fazendo a economia voltar a crescer. 

 

 

 

 

 

 

Em Brasília, as centras sindicais estimam que entre 10 e 15 mil pessoas participaram de manifestação na Esplanada dos Ministérios, nesta sexta-feira (28), para quando foi convocada uma greve geral. A estimativa da Polícia Militar foi bem menor: três mil.

O grupo se reuniu por volta das 10h, em frente à Biblioteca Nacional e seguiram até a frente do Congresso Nacional. Geralmente, as manifestações terminam no gramado do Congresso, mas desta vez a PM isolou a área e só permitiu a chegada até a rua anterior. Os agentes, inclusive da Cavalaria e da Rocam, acompanharam o protesto, que se manteve pacífico, sem registro de confusões.

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O movimento foi contrário às reformas previdenciária e trabalhista que atualmente tramitam no Congresso. Mas o grupo também aproveitou a oportunidade para se manifestar contra questões locais, como a transformação do Hospital de Base, o principal em atendimento público no Distrito Federal, em Instituto de Saúde.

Entre as entidades presentes estavam Movimento Acorda Sociedade, União dos Policiais do Brasil, Nova Central da Sociedade Trabalhadora, Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Turismo e Hospitalidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores Terrestres, Sindicato dos Trabalhadores do Ministério Público, Central dos Sindicatos Brasileiros, SindSaúde e Força Sindical.

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Num primeiro balanço dos protestos realizados nesta sexta-feira (28), em vários Estados do País, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, considerou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a greve geral não obteve o sucesso almejado pelas centrais sindicais, responsáveis pela organização da paralisação.

"A necessidade de piquetes e bloqueios é a demonstração de que a greve não está tendo sucesso. Ninguém viu notícia de que tenha havido assembleia de sindicato aprovando que se fizesse greve. Logo, é uma greve das centrais insatisfeitas com as restrições colocadas ao imposto deles", considerou Serraglio.

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Segundo o ministro da Justiça, o monitoramento do governo realizado até o momento indicam que as manifestações "estão sob controle".

"Pelo contato que tive com as autoridades policiais está mais ou menos tudo sob controle. Na medida em que vão surgindo piquetes ou bloqueios, o pessoal está liberando", ressaltou Serraglio.

A referência às restrições ao imposto das centrais, feita pelo ministro, se trata da votação da reforma Trabalhista aprovada nesta quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados. Entre as medidas previstas no texto, que precisará ser votado no Senado, está a extinção do imposto sindical.

Durante as discussões entre os deputados, o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SD), chegou a apresentar uma emenda que previa que ao invés da extinção, a contribuição sindical obrigatória ficasse em torno de 35% de um dia de trabalho. A iniciativa foi, contudo, rejeitada pela maioria dos deputados.

O ministro da Justiça participa de um evento no Paraná e deve retornar a Brasília no meio da tarde. Segundo Serraglio, até o momento o Palácio do Planalto entrou em contato com ele para ter informações sobre o andamento dos protestos. "Ainda não tive contado com o presidente Michel Temer", disse o ministro.

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