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A deputada federal Maria Arraes (SD-PE) comemora a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados do projeto de lei (PL) que autoriza o monitoramento por tornozeleira eletrônica de acusados de violência doméstica.

O texto aprovado altera o art. 22 da Lei Maria da Penha (n° 11.340), de 7 de agosto de 2006, para possibilitar ao juiz submeter o agressor à monitoração eletrônica e conceder à vítima dispositivo de alerta que informe a sua aproximação e permita o acionamento imediato da polícia em caso de ameaça. O objetivo é tornar mais efetivo o cumprimento de medidas protetivas de urgência.

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“Essa é mais uma vitória das mulheres e uma resposta necessária aos alarmantes dados que apontam que 30% das mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica ou familiar praticada por um homem. Já passou da hora de barrar essa escalada”, enfatiza a parlamentar, cuja atuação em defesa das mulheres tem se destacado na Câmara dos Deputados. “Na semana passada, foi enviado para sanção do presidente Lula outro projeto pelo qual lutamos muito que estabelece o protocolo Não é Não, para proteger mulheres vítimas de assédio e violência em bares, restaurantes e casas noturnas. Passo a passo, avançamos na luta para acabar com todas as formas de violência de gênero”, reforça.

Após aprovação conclusiva na CCJ, o texto sobre a monitoração eletrônica dos agressores seguirá agora direto para o Senado.

 

O projeto de lei (PL) que institui cotas para concursos públicos em Pernambuco foi aprovado em primeira discussão nesta terça-feira (12), na Assembleia Legislativa (Alepe). O texto é da deputada Dani Portela (PSOL), líder da oposição na Casa, e determina a reserva de 20% das vagas para os candidatos autodeclarados negros. A proposição segue em tramitação, e deverá ser votado em segunda discussão. 

Segundo a parlamentar, a aprovação é um passo importante na luta antirracista no estado. “Muito importante colocarmos um projeto como este para frente, entendendo a necessidade de enfrentarmos o racismo nas demais áreas da vida social. Vamos seguir trabalhando e articulando para que essa lei saia do papel e mude de fato a vida das pessoas”, pontuou.  

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A proposta é um resgate, feito pela deputada, do texto que ela tentou emplacar na Câmara Municipal do Recife, quando ela foi vereadora, mas, à época, o projeto não prosperou. “Essa aprovação de hoje é uma conquista histórica da luta antirracista em nosso estado”, finalizou.

 

Presente na cerimônia que marca a formatura dos primeiros estudantes de medicina, através do Programa Mais Médicos, nesta terça-feira (12), o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e ex-candidato ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), em entrevista ao LeiaJá, falou sobre a preparação do partido para pleito municipal de 2024.

À reportagem, o presidente do PL Pernambuco ressaltou que a organização já iniciou as movimentações. "O PL já está se organizando. Hoje mesmo, estou viajando para Toritama. Temos cidades com articulações e já temos pré-candidatos [à prefeitura] em Olinda, Jaboatão [dos Guararapes], Paulista e Recife”, listou.

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Na capital pernambucana, Gilson Machado, ex-ministro na gestão de Jair Bolsonaro (PL), já se configura como nome na disputa eleitoral. Questionado pelo LeiaJá sobre a oficialização da pré-candidatura de Machado, Anderson Ferreira afirma que haverá uma convenção partidária, após o Carnaval, para a consolidação do ex-ministro do turismo à prefeitura do Recife.

 

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), disparou críticas o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Embratur, Gilson Machado (PL), logo após ele assumir a presidência do PL em Pernambuco e ter seu nome anunciado como pré-candidato à Prefeitura do Recife. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Cirne disse que Gilson é um dos maiores “bajuladores, conivente e cúmplice” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A petista também afirmou que enquanto ministro, o pernambucano “cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas”.  "Um dos maiores bajuladores, conivente e cúmplice de Bolsonaro, quer ser prefeito do Recife. A marca de Gilson, enquanto ministro, foi de garupeiro do inelegível. Nas poucas agendas em Pernambuco com seu chefe, ele cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas antidemocráticas. Nossa cidade não merece ter um gestor que faz parte da cúpula suja, composta com o pior da política", disparou. 

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Posse como presidente do PL 

Gilson Machado foi empossado como presidente da sigla em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira (6), em Brasília, no Distrito Federal. A cerimônia contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos deputados Coronel Meira, Marco Feliciano e André Ferreira, o senador Magno Malta e outras lideranças locais e nacionais.

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (5), regime de urgência ao projeto de lei que proíbe a utilização de cerol ou produto semelhante em fios ou linhas de pipas ou papagaios. Com essa medida, a proposta pode ser colocada na pauta de votação do plenário a qualquer momento.

De autoria da ex-deputada Nilda Gondim, a iniciativa considera cerol "a mistura de pó de vidro ou material análogo (moído ou triturado) com a adição de cola de madeira ou outra substância glutinosa, passada na linha de 'pipa ou papagaio' para torná-la aguda e cortante".

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A medida tem por objetivo evitar acidentes, pois o material cortante "é capaz de provocar lesões, mutilações ou pior ainda, causar a morte".

De acordo com a medida, os mais vulneráveis são os motociclistas e os ciclistas.

O texto prevê penas de acordo ao determinado na legislação penal brasileira para os infratores.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na quarta-feira (29) o projeto de Lei (PL) 3225/2023, que cria as Patrulhas ou Rondas Henry Borel, destinadas a impedir o uso de castigo físico e violência na educação de crianças e adolescentes. O projeto, do senador Wellington Fagundes (PL-MT), ganhou parecer favorável do senador Dr. Hiran (PP-RR). Agora, segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Além de reprimir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante vitimando crianças e adolescentes, essas patrulhas ou rondas das polícias militares deverão difundir formas não violentas de educação. O nome das patrulhas é uma referência ao menino de 4 anos morto em 2021 por hemorragia interna após espancamentos no apartamento em que morava com a mãe e o padrasto, no Rio de Janeiro.

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O programa seria similar ao Patrulha Maria da Penha, que consiste em visitas periódicas aos lares de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, para verificar o cumprimento de medidas protetivas de urgência e reprimir eventuais atos de violência.  Em sua justificação, o autor do projeto lamenta que muitas crianças e adolescentes brasileiros sejam vítimas de violência. Ele propõe a adaptação das Patrulhas Maria da Penha, de forma a dispor de um mecanismo ágil, de fácil acionamento e de resposta rápida.

Dr. Hiran manifestou apoio à proposta e afirmou que "o projeto demonstra ter importância ímpar para a urgente proteção de criança e de adolescente, em seu seio familiar, quando houver fundada preocupação de que possa ser novamente vítima do terrível ciclo da violência”. 

Caso Henry Borel O Caso Henry Borel refere-se ao assassinato do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, ocorrido em março de 2021, no Rio de Janeiro. O menino foi assassinado no apartamento onde morava a mãe e o padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como Dr. Jairinho. O caso gerou grande repercussão no Brasil, sendo muito assemelhado aos casos Isabella Nardoni, ocorrido 13 anos antes, e Bernardo Boldrini, ocorrido 7 anos antes.

*Da Agência Senado

Um conjunto de 24 proposições, sendo 23 projetos de lei do Executivo (PLE) e um projeto de lei Ordinária (PLO), foi aprovado por duas comissões temáticas permanentes da Câmara Municipal do Recife, na manhã desta quinta-feira (30): a Comissão de Finanças e Orçamento e a Comissão de Legislação e Justiça reuniram-se por videoconferência.

A Comissão de Finanças e Orçamento foi conduzida pelo vereador Samuel Salazar (MDB), presidente do colegiado, e contou com a presença dos vereadores Chico Kiko (PP) e Marco Aurélio Filho (PRTB). O grupo aprovou 18 projetos de lei do Executivo (PLE).  São eles: o PLE 48/23, que reduz temporariamente a alíquota do Imposto Sobre Serviços De Qualquer Natureza (ISSQN), concedendo incentivo fiscal às empresas de hotelaria na forma em que dispõe. 

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PLE 49/23, que altera o zoneamento da cidade, instituindo, com fundamento nos art. 65, inciso II, e artigos 72, 79 da Lei Complementar nº 2 de 23 de abril de 2021, Zona Especial de Interesse Social 2 – ZEIS 2; PLE 50/23, que altera a Lei Municipal nº 16.600, de 27 de setembro de 2000, que dispõe sobre o Serviço de Transporte Coletivo de Escolares do Recife (SETCER) . 

PLE 51/23, que altera a Lei Municipal nº 17.537, de 16 de janeiro de 2009, que fixa normas para a exploração do Sistema Municipal de Táxi do Município do Recife (SMTX/Recife);

PLE 52/23, que altera a Lei Municipal nº 18.207*, de 30 de dezembro de 2015. Essa lei dispõe sobre o Plano de Incentivos a Projetos Habitacionais Populares de Interesse Social, vinculado ao programa federal Minha Casa, Minha Vida, recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), e Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). Através dele, o Executivo é autorizado a doar áreas de propriedade do município; institui isenção de tributos para operações vinculadas ao programa federal "Minha Casa, Minha Vida", nas condições especificadas, e dá outras providências. 

PLE 53/23, que dispõe sobre o serviço de locação social no Município do Recife e dá outras providências; PLE 54/23, que institui o Programa Moradia Primeiro para Pessoas em Situação de Rua, no âmbito do Município do Recife; PLE 55/23, que altera a Lei número 15.563, de 27 de dezembro de 1991 e revoga as Leis nº 17.410, de 2 de janeiro de 2008 e a Lei nº 18.114, de 12 de janeiro de 2015; PLE 56/23, que institui alterações à Lei Municipal n° 18.207, de 30 de dezembro de 2015;

PLE 57/23, que altera a Lei Municipal nº 18.869, de 09 de dezembro de 2021.  PLE 58/23, que institui o Programa Municipal de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PMSHIS) e dá outras providências;

PLE 59/23, que institui a Base Cartográfica Municipal do Recife, apoiada à Rede de Referência Cadastral Municipal (RRCM/Recife) e dá outras providências;

PLE 60/23, que cria cargos efetivos no âmbito da Secretaria da Mulher, para provimento mediante concurso público, com a finalidade de compor o Grupo Ocupacional de Promoção dos Direitos das Mulheres do Recife, instituído pela Lei Municipal nº 19.064, de 24 de maio de 2023.

 PLE 61/23, que concede isenção total dos tributos municipais que discrimina, remissão de dívidas tributárias e anistia de multas tributárias às entidades de caráter associativo e sem fins lucrativos, e dá outras providências; PLE 62/23, que dispõe sobre a reserva de vagas nos concursos públicos e seleções simplificadas no âmbito da Administração Pública Municipal Direta e Indireta. 

PLE 64/23, que dispõe sobre a criação do Programa de Regularização Fiscal Educação (PREFIS Educação no Município do Recife); PLE 65/23, que estabelece as normas e procedimentos para aplicação do instrumento urbanístico Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV no Município do Recife, em cumprimento à Lei Complementar nº 02, de 23 de abril de 2021, que instituiu o Plano Diretor do Município do Recife; e PLE 68/23, que institui e disciplina, no âmbito da Rede Municipal de Ensino do Recife, o Programa Recife no Mundo. 

Comissão de Legislação e Justiça -  Já a Comissão de Legislação e  Justiça  analisou e aprovou todos os projetos que passaram pela Comissão de Finanças e Orçamento, além de outros seis. A reunião do colegiado foi  presidida pelo vereador Zé Neto (PROS), e ocorreu com a participação de Rinaldo Junior (PSB) e Samuel Salazar.

O grupo concedeu parecer pela aprovação ao projeto de lei Ordinária número 122/2023, de autoria do vereador Rinaldo Junior, que reconhece como local sagrado para a Jurema Sagrada a Rua da Guia. Além desses, também aprovou: 

O PLE número 47/2023  institui, no Município do Recife, o “Programa Geração de Oportunidades – Go Recife”, e altera a Lei Municipal nº 18.785, de 15 de março de 2021 e dá outras providências. 

O PLE 63/2023, que  altera a Lei Municipal nº 17.310, de 28 de março de 2007, que instituiu o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa – COMDIR; 

O  PLE 66/2023, que  altera a Lei Municipal nº 16.292 de 29 de janeiro de 1997 para permitir a adoção de procedimento simplificado e auto declaratório para o licenciamento urbanístico e ambiental; 

PLE 67/2023 dispõe sobre a recepção local e à aplicabilidade do artigo 3º, IX da Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, prevista na Lei Federal nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, no âmbito do Município do Recife;

O PLE 68/23 institui e disciplina, no âmbito da Rede Municipal de Ensino do Recife, o Programa Recife no Mundo e PLE 69/2023 estabelece medidas para unificação e racionalização dos processos de licenciamento no âmbito da Administração Pública Municipal e cria o Comitê de Licenciamento Unificado.

*Da Câmara Municipal do Recife

Dono da maior bancada da Câmara dos Deputados, o PL entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado André Janones (Avante-MG), acusado de participar de um esquema de rachadinha do seu gabinete. A solicitação foi encaminhada à Mesa Diretora, passará pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e seguirá para avaliação na Comissão de Ética. O colegiado é quem define se o pedido se tornará um processo ou não. 

Servidores do gabinete de Janones, segundo o Metrópoles, acusaram o deputado de praticar rachadinha - quando o parlamentar obriga o funcionário a devolver parte do salário recebido - de 2019 a 2022, quando ele cumpria o primeiro mandato. Um áudio divulgado pelo portal expôs a eventual adoção da atividade irregular. 

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Na gravação, feita em 2019, Janones diz que algumas pessoas do seu gabinete teriam altos salários para que “ajudassem” a recompor o patrimônio que ele perdeu nas eleições de 2016 ao comando da Prefeitura de Ituiutaba.

Janones nega que esteja envolvido em um esquema de rachadinha. "Usaram uma gravação clandestina e criminosa, um áudio retirado de contexto e para tentar me imputar um crime que eu jamais cometi. Aproveito para solicitar que o conteúdo criminosamente gravado seja disponibilizado na integra e não edições manipuladas, postada quase simultaneamente por todas as lideranças de extrema-direita", declarou em nota divulgada nas redes sociais.

 

Com pedido de urgência aprovado, o Plenário do Senado vota nesta terça-feira (28), a partir das 14h, o projeto que modifica as regras de aprovação e comercialização de agrotóxicos. O PL 1.459/2022 é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 526/1999, apresentado pelo ex-senador Blairo Maggi.

A matéria foi recém-aprovada na Comissão de Meio Ambiente (CMA), com parecer favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que apresentou alterações, como a retirada de partes ou expressões do texto.

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O substitutivo da Câmara trata de pesquisa, experimentação, produção, comercialização, importação e exportação, embalagens e destinação final e fiscalização desses produtos. Entre as principais medidas, está a concentração da liberação de agrotóxicos pelo Ministério da Agricultura.

A proposição foi inicialmente aprovada pela Comissão de Agricultura (CRA) e seguiria direto ao Plenário, mas houve recurso para que também passasse pelo crivo do colegiado ambiental. Com o novo texto, a atual Lei de Agrotóxicos (Lei 7.802, de 1989) será quase totalmente revogada.

Fundo social

Também recém-deliberado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), está na pauta do Plenário o projeto de lei complementar (PLP 243/2023), que permite o uso de recursos do Fundo Social para custear despesas com programa de incentivo à permanência de estudantes no ensino médio, sem que isso seja contado nos limites de gastos do governo federal previstos pelo novo regime fiscal (Lei Complementar 200, de 2023) para este ano.

Do senador Humberto Costa (PT-PE), o projeto recebeu voto favorável do relator, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Pela proposta, o programa de incentivo deverá ser criado por legislação específica.

Bolívia

Por fim, os senadores analisam o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 380/2023, que aprova a adesão da Bolívia como um Estado-Parte do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul). A proposta da Câmara dos Deputados recebeu parecer favorável do relator, senador Chico Rodrigues (PSB-RR), na Comissão de Relações Exteriores (CRE).

Para ser aceita como Estado-Parte, a Bolívia precisa da aprovação dos parlamentos de todos os integrantes: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Atualmente, o país é associado ao grupo, assim como Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname.

Psicólogos

Outra proposta pautada é o PLS 511/2017, que fixa em 30 horas semanais a jornada máxima de trabalho dos psicólogos.

Na CAE, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou parecer favorável à proposta — originada a partir de uma sugestão legislativa —, que tem entre seus objetivos proteger a saúde física e mental dos profissionais.

Para o relator, os psicólogos são submetidos a variações emocionais abruptas que levam a um desgaste superior ao de outras categorias profissionais.

*Da Agência Senado

 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (22),um projeto de lei (PL) que classifica a doença diabetes mellitus tipo 1 como uma deficiência. Por ter sido votada em caráter conclusivo, em que o projeto é apenas analisado pelas comissões designadas para analisá-lo, a proposta segue para apreciação do Senado.

A ideia do projeto é dar visibilidade aos portadores da enfermidade. "O País não conta com uma política pública estruturada", diz a justificativa da proposta.

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O Ministério da Saúde considera diabetes mellitus uma síndrome metabólica causada pela ausência insulina no organismo e pela incapacidade desse hormônio exercer de maneira satisfatória seus efeitos no corpo humano. A doença tem por característica altos níveis de açúcar no sangue de forma permanente.

De acordo com os autores do projeto de lei, deputados Flávia Morais (PDT-GO) e Dr. Zacharias Calil (União-GO), a iniciativa tenta minimizar variadas complicações da doença. Quando não tratada, a diabetes pode causar perda da visão, complicações renais crônicas, amputações, cardiopatias, além de transtornos alimentares e quadros depressivos. Os parlamentares ainda afirmam no texto que "menos de 25% dos pacientes apresentam controle adequado da doença".

Segundo os deputados, aprovação do projeto de lei pode colocar o Brasil entre os países que seguem a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) na classificação da doença. A instituição internacional define deficiência como doença que causa desigualdade, em razão de problemas no corpo, impõe limitações para atividades, gerando desafios e restringe na execução de tarefas diárias normais.

Durante sessão deliberativa, deputados salientaram que as pessoas insulinodependentes não podem prestar concurso público que exija atividades físicas ou exerce atividade na iniciativa privada que envolvam diretamente máquinas e equipamentos veiculares.

A governadora Raquel Lyra encaminhou, na última segunda-feira (20), um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que garante benefício financeiro para a aquisição de livros pelos servidores efetivos e contratados por tempo determinado da Secretaria de Educação e Esportes. A iniciativa, chamada de Bônus Livro, tem o objetivo de permitir a melhoria da qualidade do ensino público em Pernambuco e valorizar os professores da rede estadual. Para o pagamento do Bônus, serão investidos anualmente cerca de R$ 33,9 milhões, considerando o quantitativo de professores e profissionais administrativos existentes na rede hoje - 36.757 servidores.

“Esta é uma iniciativa que demonstra o compromisso do Governo de Pernambuco com a criação de ações que melhorem a qualidade do ensino público no Estado, fortalecendo um amplo programa de investimentos públicos, que é o Juntos Pela Educação. Além disso, o incentivo contribui para a formação de professores e servidores da educação, pois oferece uma atualização de conhecimento e uma formação contínua”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

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Segundo a proposta, o Bônus Livro terá valores de R$ 1.000 para os professores e R$ 500 para os demais servidores, que poderão ser reajustados anualmente, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Bônus será concedido durante a realização de feira de livro no Estado, organizada ou apoiada pela Secretaria de Educação e Esportes.

Terão direito ao Bônus os servidores efetivos e contratados por tempo determinado que estejam em exercício de suas funções um mês antes da realização da feira de livro. O Bônus Livro não será incorporado à remuneração do servidor.

*Da assessoria de imprensa

A Câmara aprovou, nessa terça-feira (21), um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado nacional. Foram 303 votos a favor, 115 contra e duas abstenções. Agora, o mérito da proposta poderá ser analisado pelos deputados nas próximas sessões do plenário, sem precisar passar antes por comissões. O projeto foi aprovado pelo Senado em 2021.

O PL e o Novo foram os únicos partidos que orientaram seus parlamentares a rejeitar o requerimento de urgência. Nesta segunda-feira (19), integrantes da bancada negra, criada recentemente, pediram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desse prioridade ao projeto que unifica o feriado do Dia da Consciência Negra em todo o País - hoje, o 20 de novembro é feriado em apenas seis Estados.

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Coordenador-geral da bancada negra, o deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB) afirmou ontem, em entrevista coletiva, que o grupo "não é da esquerda nem da direita". Ele também ressaltou que a direção da bancada é formada por políticos de todas as matizes ideológicas, do PT ao PL e do União Brasil ao PSOL. O grupo tem feito reuniões com uma série de autoridades em Brasília para tratar da questão racial e quer um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O deputado do União foi eleito por aclamação ontem para coordenar a bancada por um período de um ano. As vice-coordenadoras serão as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Silvia Cristina (PL-RO) e Taliria Petrone (PSOL-RJ). A eleição ocorrerá sempre no dia 20 de novembro de cada ano. Segundo Damião Feliciano, a intenção da bancada, ao ter lugar no Colégio de Líderes da Câmara, é ter resultados concretos na redução das desigualdades raciais e no combate ao preconceito.

"Se a gente fizer uma lei por ano que melhore a questão da igualdade racial, estamos satisfeitos. Se forem duas leis, melhor ainda", disse Feliciano. "Queremos resultado, transformação. É uma política não só de resgate da História, mas de justiça", emendou. "A bancada negra não é da esquerda nem da direita", afirmou, ao apresentar Silvia Cristina como representante da direita e Taliria Petrone e Benedita da Silva, da esquerda.

"Não temos nenhuma preocupação com divergências, porque a gente não vai divergir entre nós, vamos incluir a todos em um projeto de País", respondeu o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), ao ser questionado sobre possíveis discordâncias internas devido às diferenças ideológicas.

Brito foi o relator do projeto de resolução que criou a bancada negra. "É ter a total consciência de que brancos e pretos são iguais. Queremos a igualdade, homens e mulheres negros estão sub-representados na política, e nós vamos mudar isso a partir dessa bancada negra", declarou o líder do PSD.

Taliria Petrone, por sua vez, disse que não há democracia possível quando parte da população "não cabe" nela. "Não é um detalhe para a democracia brasileira a gente ter agora uma bancada negra institucionalmente representando a Câmara", afirmou a deputada, que foi autora do projeto de resolução em conjunto com Damião Feliciano. "Isso é histórico, é o reconhecimento deste Parlamento de que há racismo no Brasil, mas, mais do que isso, um anúncio de que este Parlamento está pronto para atender as demandas da população negra", acrescentou.

A criação da bancada negra foi aprovada no último dia 1º pelo plenário da Câmara. Na ocasião, o único partido contrário foi o Novo. O PL liberou seus parlamentares para votar como quisessem e todas as outras siglas orientaram seus deputados a apoiar o projeto. Nos moldes da bancada feminina, o grupo tem assento no Colégio de Líderes e direito a cinco minutos semanais de fala na tribuna. Não há aumento de gastos da casa legislativa.

São 31 deputados que se autodeclaram pretos e 91 que se identificam com a cor parda. O cálculo é de que a bancada negra, com cerca de 130 integrantes, corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares da Câmara.

Ao argumentar no plenário a favor da criação da bancada negra, em 1º de novembro, Antonio Brito disse que o movimento era coerente com uma emenda constitucional aprovada pelo Congresso em 2021 que determinou que os votos dados a candidaturas de mulheres ou negros nas eleições realizadas de 2022 a 2030 contarão em dobro para fins de distribuição dos recursos dos fundos eleitoral e partidário entre os partidos.

"Esse gesto não é contra ninguém, é a favor de todos nós. Esse gesto é a demonstração de que nós não podemos só ver pretos e pretas para ter fundo eleitoral de partido, nem para PEC de anistia para partido que não cumpre. Nós queremos ver pretos e pretas compondo esta Casa e honrando o nosso País", declarou Brito, na ocasião, em referência a uma proposta que avançou na Câmara este ano para anistiar partidos que não cumpriram a destinação mínima de recursos dos fundos eleitoral e partidário para candidaturas de negros e mulheres.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira (22), às 11 horas, para analisar processos contra a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) e o deputado André Fernandes (PL-CE). O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) é o relator do primeiro, enquanto o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) relata o segundo. Os pareceres preliminares ainda não foram apresentados.

Célia Xabriabá responde a representação do PL (REP 9/23), que acusa a deputada de quebrar o decoro parlamentar ao ofender o deputado Zé Trovão (PL-SC) durante a votação do marco temporal que limita a demarcação de terras indígenas àquelas já ocupadas tradicionalmente desde 1988 (PL 490/07). Segundo o PL, Célia Xabriabá teria afirmado na sessão que os deputados favoráveis à proposta eram "assassinos do nosso povo indígena".

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A parlamentar protocolou defesa prévia em que nega ter proferido a palavra "assassinos". "Desafiamos o autor a apresentar as imagens contendo a conduta atribuída à representada", rebateu Célia Xabriabá, que pede o arquivamento da representação.

Já o deputado André Fernandes é acusado pelo PT de proferir falas de teor discriminatório durante a votação da reforma tributária (PEC 45/19). Na sessão, André Fernandes questionara uma explicação do deputado Rogério Correia (PT-MG) de que uma referência a gênero no texto da proposta se tratava de "gênero alimentício", e não orientação sexual.  "Se o que o Rogério Correia está dizendo que isso aqui que eu estou apontando é gênero alimentício, então, essa raça que ele está falando aqui é o quê? É raça de boi?", perguntou.

André Fernandes afirmou ser contra o racismo e rebateu a denúncia como caluniosa. Na REP 19/23, o PT aponta que as afirmações do deputado são marcadas por uma postura racista e discriminatória e pela ridicularização da questão racial e de identidade de gênero.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (20) o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por racismo contra o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

A denúncia foi baseada nas declarações do deputado durante uma entrevista concedida a um programa de podcast na internet, em junho deste ano. 

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Na ocasião, Gayer associou africanos a pessoas com quociente de inteligência (QI) baixo. Durante a conversa com o apresentador Rodrigo Barbosa Arantes, o deputado disse que a população daquele continente não tem capacidade para viver em um regime democrático.

Na entrevista, o deputado ainda chamou o presidente Lula de "bandido".  Após as declarações terem sido levadas à PGR pela Advocacia-Geral da União (AGU) e parlamentares da base governista, o deputado publicou nas redes sociais uma mensagem contra Silvio Almeida.

"Mais um para provar que QI baixo é fundamental para apoiar ditaduras. Infelizmente temos um ministro analfabeto funcional ou completamente desonesto", escreveu.  De acordo com a vice-procuradora em exercício, Ana Borges Santos, as declarações de Gayer não estão cobertas pela imunidade parlamentar. 

"As palavras empregadas não estão alcançadas pela imunidade, porque o discurso foi dolosamente ofensivo, injurioso, depreciativo, aviltante", escreveu a procuradora.  Defesa A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete de Gustavo Gayer e aguarda retorno.

Em vídeo publicado nas redes sociais na época dos fatos, Gayer disse que sua entrevista foi tirada de contexto e publicada na internet. O parlamentar afirmou que fez comentários sobre a qualidade da educação e subnutrição no continente, fatores que, segundo ele, têm impacto no QI da população.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) apresentou um projeto de lei na Câmara para criar uma nova modalidade de crime de responsabilidade para presidentes da República: o de “protelação” da indicação do procurador-geral da República.

A proposta foi protocolada pelo parlamentar na última quinta  (9). Segundo o projeto, o presidente estaria cometendo crime de responsabilidade se postergar por “mais de 30 dias” a indicação ou se protelar a nomeação por mais de cinco dias após a aprovação do indicado pelo Senado.

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Se a lei entrar em vigor, ela poderá ser usada contra o presidente Lula, que protela há mais de um mês a indicação do novo chefe da PGR. O mandato de Augusto Aras como procurador-geral da República acabou desde o último dia 26 de setembro.

No quarto dia da 1ª Jornada Antirracista da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Gilmar Júnior (PV), ao presidir o evento, divulgou o Projeto de Lei 1360/2023. No texto, o parlamentar inclui o ensino antirracista nas escolas públicas de Pernambuco. 

“É fundamental falar, desde cedo, sobre a contribuição negra para a nossa história. Mas não somente isso: é preciso falar sobre o antirracismo. Ir mais além nessa questão! As crianças negras também são vítimas de preconceito, inclusive, nas escolas. E levar o ensino antirracista até o ambiente escolar é mais do que um movimento para mudar a sociedade no futuro, é fazer com que esses estudantes sejam respeitados e ocupem o lugar que lhes é de direito agora!”, justificou Gilmar Júnior.

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O deputado, que é enfermeiro, parabenizou a organização do evento por trazer, de forma inédita, essa discussão para a Alepe: “Eu estou emocionado e orgulhoso em participar deste momento histórico! Ainda mais porque a minha profissão é, majoritariamente, formada por mulheres negras e periféricas. E é por elas, também, que eu luto! Espero que esse movimento continue e que a gente possa levar o antirracismo adiante, até o dia em que não precisaremos mais nos reunir para tratar de direitos que, há muito tempo, já deveriam estar em pleno exercício!”, concluiu o deputado.

*Da assessoria 

A Comissão de Esporte (CEsp) aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto de lei (PL) 75/2023, que inscreve o nome do jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O texto, do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), segue para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação em Plenário.

O relator da matéria foi o presidente do colegiado, senador Romário (PL-RJ). Ele considerou prejudicado o PL 78/2023, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que trata do mesmo tema.

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Romário incluiu uma emenda para que a inscrição do nome de Pelé no livro seja concretizada a partir de 2032. A medida atende a uma determinação da Lei 11.597, de 2007. Segundo a norma, a inscrição no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria deve aguardar pelo menos dez anos desde a morte do homenageado.

Edson Arantes do Nascimento nasceu em 1940 na cidade de Três Corações (MG) e logo se destacou como jogador de futebol, iniciando sua carreira no Santos Futebol Clube aos 15 anos e, na Seleção Brasileira, aos 16 anos. Pelé foi o único jogador até hoje a ganhar três copas do mundo da Fifa: em 1958, 1962 e 1970.

Em 2000, foi eleito Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prêmio Melhor Jogador do Século da Fifa. O título de Atleta do Século foi oficializado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1999.

O atleta morreu em São Paulo (SP) em 2022, aos 82 anos, e está sepultado em Santos, onde se destacou como profissional. Para Veneziano, Pelé merece figurar no Livro dos Heróis da Pátria “sobretudo pela altura alcançada por sua arte de jogar futebol, que transcendeu o esporte mais popular no Brasil, levando o nome do nosso país e do nosso futebol para o mundo inteiro”.

O senador Romário, ex-atleta e campeão pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, também destaca o papel de Pelé na divulgação do país mundo afora. “Sem uma intenção formal, Edson Arantes do Nascimento transformou-se em um extraordinário embaixador do Brasil, em cada nação por onde andou. Nesses lugares, foi recebido por reis, rainhas, presidentes, líderes políticos e empresariais e grandes artistas de fama internacional”, lembra o senador no relatório.

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria registra, em páginas de aço, o nome e homenageia os brasileiros ou grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida em defesa e construção do país com dedicação e heroísmo excepcionais. Ele está guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

*Da Agência Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está confiante na aprovação ainda em 2023 da regulamentação das subvenções estaduais na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ele participou nesta quarta-feira, 8, de uma reunião de mais de duas horas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa para explicar o tema e ouvir o que está sendo apurado na base política.

"Vamos aprovar este ano", disse o ministro ao ser indagado sobre a expectativa para aprovação do texto ainda em 2023.

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Haddad estava satisfeito com a reunião. "Fizemos uma boa explicação. Ficou entendido a natureza do problema. Tudo é construção, são matérias técnicas difíceis. Os líderes tiraram muitas dúvidas sobre os propósitos e origem do problema, um jabuti de 2017 que será resolvido agora", afirmou, ao chegar na Fazenda, acompanhado do secretário-executivo, Dario Durigan, que também participou do encontro.

Segundo o ministro, foram apresentadas preocupações e dúvidas do passivo de empresas com a receita, todo um passivo de questões e cada parte ficou com uma "tarefa."

Não houve definições, por exemplo, sobre se esse texto avançará como medida provisória (como foi enviado originalmente em 31 de agosto) ou como projeto de lei. Haddad disse que esse é um tema de mérito do Congresso e que cabe aos parlamentares a decisão. "Vou até o mérito da proposta", disse. Não houve definição sobre cronograma para apreciação da matéria.

Não há data para uma nova reunião, mas a Fazenda tem a tarefa de explorar novas possibilidades para poder conversar com os parlamentares novamente.

Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já mostrou, esse projeto é a prioridade da equipe econômica para o último bimestre de 2023. A estimativa do governo é de que, se o texto não for aprovado neste ano, a base de arrecadação no ano que vem será reduzida em até R$ 200 bilhões, o que representará uma perda de receita de R$ 70 bilhões.

O impacto inviabilizará a meta fiscal zero em 2024 e colocará o País em uma situação fiscal delicada. O cumprimento da meta fiscal enfrenta o ceticismo do mercado financeiro e de alas do Congresso e, recentemente, foi colocado em dúvida pelo próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Senado aprovou nesta terça, 7, o projeto de lei orgânica das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros. O texto trata de garantias, vedações, uso da força e das redes sociais, entre outros assuntos. A matéria também prevê que o pagamento da folha da Polícia Militar e dos bombeiros do Rio de Janeiro, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima possa passar para a conta da União.

Está previsto no texto do projeto que o militar em atividade não poderá estar filiado a partido político e a sindicato, nem comparecer fardado a eventos político-partidários, salvo se em ato de serviço.

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De acordo com a legislação, as corporações continuarão subordinadas aos governadores e os detalhes de sua organização serão fixados em lei de iniciativa desses governantes, observadas as normas gerais do projeto e os fundamentos de organização das Forças Armadas.

Preocupados com a possibilidade de a matéria voltar para a Câmara, o texto foi aprovado pelos senadores sem alterações no texto do relator Fabiano Contarato (PT-ES). Apenas o senador Cid Gomes (PDT-CE) insistiu em uma emenda para mudar a redação do texto. A preocupação com uma possível volta para a Câmara, no entanto, fez com que a emenda fosse rejeitada. O texto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao longo dos dez primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), descumprem com frequência a orientação do partido e votam a favor de pautas de autoria do Palácio do Planalto na Câmara dos Deputados.

Na votação do projeto de taxação dos super-ricos e fundos de alta renda no exterior, aprovado no último dia 25, o PL orientou que a bancada votasse contra a proposta, mas 12 parlamentares acompanharam o governo.

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Essa situação mostrou novamente a "infidelidade" de alguns parlamentares às decisões do PL, que já foi registrada em outras discussões de pautas do governo. Nos primeiros dez meses de mandato, quando a sigla orientou votos contrários, os parlamentares também decidiram tomar outro caminho em mais cinco propostas.

No final de maio, por exemplo, o PL orientou que os deputados votassem contra a medida provisória que reestruturava os ministérios do governo Lula. Porém, sete deputados da sigla decidiram votar com o Planalto, enquanto outros 77 seguiram a orientação da sigla.

O partido presidido por Valdemar Costa Neto também orientou que os deputados filiados votassem contra a reforma tributária, que foi aprovada na Câmara no dia 7 de julho. A determinação foi seguida por 75 parlamentares e descumprida por 20.

No mesmo dia, o PL determinou que os deputados votassem contra um destaque em um texto do Planalto que retomou o Programa de Aquisição de Alimentos. Nessa votação, 73 deputados seguiram a orientação da legenda e oito acompanharam a base governista.

Em agosto, a sigla orientou posição contrária a uma medida provisória do governo que concedia um reajuste salarial de 9% a servidores públicos federais. Dezesseis parlamentares da sigla não seguiram a orientação. Em setembro, o PL determinou uma obstrução a outra medida que abriria um crédito de R$ 200 milhões para combater a gripe aviária. Sete decidiram apoiar a proposta do Executivo.

Infidelidade

De acordo com o cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Tiago Valenciano, em tese, os parlamentares deveriam acompanhar as orientações da liderança, mas o voto contrário não é proibido pelo regimento da Câmara.

"Os deputados deveriam, pelo princípio ideológico e de fidelidade partidária, acompanhar o partido. Por outro lado, as legendas podem ingressar com o processo de expulsão desses parlamentares por infidelidade partidária", afirmou.

João Carlos Bacelar (BA) e Júnior Lourenço (MA) descumpriram a orientação do PL e votaram com o governo em todas as seis ocasiões. Os dois estão no partido desde antes do ingresso de Bolsonaro, em novembro de 2021.

Bacelar foi aliado do ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. Em maio deste ano, ele indicou, segundo a Folha de S. Paulo, um cargo de chefia na Superintendência do Patrimônio da União na Bahia.

Na campanha eleitoral do ano passado, Lourenço anunciou nas redes sociais que apoiaria Flávio Dino (PSB-MA) para o Senado. Nomeado ministro da Justiça do governo Lula, Dino protagoniza embates com bolsonaristas.

Em março deste ano, Júnior Lourenço foi criticado por colegas de partido por ter retirado a sua assinatura do requerimento que criaria a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

Até a publicação deste texto, o Estadão tentou entrar em contato com João Carlos Bacelar, mas ele não respondeu. A reportagem também procurou Júnior Lourenço, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.

Aliados

O deputado Robinson Faria (RN) também votou com o governo cinco vezes, contrariando o partido nessas ocasiões. Ele é pai do ex-ministro das Comunicações de Bolsonaro, Fabio Faria. Embora tenha apoiado abertamente o ex-presidente na campanha eleitoral, não falou mais sobre o ex-chefe do Executivo em 2023.

Em 2014, quando era filiado ao PSD, Robinson foi eleito governador do Rio Grande do Norte em uma coligação com o PT. No X (antigo Twitter), naquele ano, o deputado publicou postagens de apoio ao então ex-presidente. Em 19 de setembro daquele ano, o parlamentar afirmou que o petista era o "político mais popular da história do Brasil".

A reportagem procurou Robinson Faria, mas não obteve retorno do deputado até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto a manifestações.

O deputado Samuel Viana (MG) também votou quatro vezes contra a orientação do PL. Assim como Josimar e Detinha, ostenta fotos com Padilha nas redes sociais. Ele é filho do senador Carlos Viana (Podemos-MG), que foi candidato do PL ao governo mineiro, mas se distanciou de Bolsonaro em março deste ano e se desfiliou da sigla.

Viana disse que vota em projetos que considera importantes para a sociedade e que não atua de acordo com orientações ideológicas. O parlamentar pediu a desfiliação do PL em agosto deste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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