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Com uma fala próxima aos discursos do pré-candidato à Presidência Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol se filiou nesta sexta-feira, 10, ao Podemos, ampliando a base de apoio do ex-juiz. No evento, tentou fazer uma ponte entre o perfil de procurador e de candidato, resgatando o que toma como avanços da Lava Jato e criticando medidas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O recém-filiado relembrou uma série de fases da força-tarefa e atacou decisões do STF que anularam condenações da Lava Jato e comparou a Corte a um árbitro que quer "mudar as regras e anular os gols" depois da partida. "A luta contra a corrupção é uma luta da sociedade brasileira e precisa ser vencida de baixo para cima", defendeu em evento em Curitiba, enquanto lia um discurso previamente preparado.

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Apresentado por Moro como o próximo deputado federal "mais votado do Paraná", Deltan disse que irá assinar uma carta suprapartidária, visando "colocar no Congresso Nacional 200 deputados com três compromissos básicos: democracia, combate a corrupção e preparação política".

Ao sustentar sua atuação como procurador no que chamou de "defesa do que é certo", reforçou a postura de Moro de colocar o combate à corrupção como mote da campanha de 2022. O ex-juiz também esteve no evento, mas foi embora antes da fala do recém-filiado. Do lado de fora, um pequeno protesto de um coletivo ligado ao PT o acusava de ter usado o Ministério Público para fins pessoais e ser "inelegível" para uma possível candidatura.

A filiação de Dallagnol consolida o esforço do Podemos de criar uma "bancada da Lava Jato" com ex-integrantes do Judiciário e do Ministério Público. Além de Deltan, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também deve se filiar à legenda. Segundo o senador Alvaro Dias, outros integrantes do meio jurídico também chegam na sigla nos próximos meses.

Dallagnol citou diversas organizações como movimentos sindicais, empresas, universidades e igrejas. Se diz dependente de Deus e elogiou à exaustão a Lava Jato. Mas também acredita que a operação fracassou por ter sido desmantelada pelo "sistema", o que o motiva para a disputa em 2022.

Em seu discurso, Moro fez uma defesa contundente dos membros do Podemos que compunham a mesa. Entre eles, os três senadores do Estado, Oriovisto Guimarães, Alvaro Dias e Flávio Arns. "A nossa turma é essa turma aqui. Não é a turma do mensalão, do petróleo, da rachadinha. Nós aqui não precisamos ficar escondendo ninguém", afirmou. No próximo ano, Dias deve se candidatar novamente ao Senado na expectativa de manter a bancada do partido.

Moro foi um dos poucos a extrapolar o tema do combate à corrupção e voltou a levantar questões como os problemas econômicos. Citou por exemplo, o aumento da inflação, a taxa de desemprego e a recessão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. "Quando o País não cresce, o emprego também não aumenta e as pessoas sofrem", afirmou.

Ao final do evento, Alvaro Dias pontuou que a corrupção não é uma pauta única para o partido, mas que é inevitável devido à característica dos integrantes do Podemos. "Nosso tema é o Brasil, um projeto estratégico de desenvolvimento econômico e social", afirmou.

Estratégico, o evento aconteceu em Curitiba, município usado como símbolo de combate à corrupção por grupos "lavajatistas" que ainda se reúnem na capital paranaense. Apoiadores ficaram até o final da reunião para conseguir fotos com o ex-procurador.

O salão do evento, no Hotel Mabu, que tem capacidade para 150 pessoas, estava superlotado. O local escolhido para a ocasião é o mesmo onde Dallagnol celebrou algumas coletivas da Lava Jato.

Dallagnol esteve no centro de momentos controversos da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Em um deles, apresentou um PowerPoint em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era apontado como chefe de uma organização criminosa. O fato foi lembrado pelo ex-juiz Moro em sua agenda de lançamento do livro "Contra o sistema da corrupção", na última terça-feira, 7. "Puxa esse PowerPoint foi realmente uma violação do Estado de Direito", ironizou.

A candidatura consolida a relação de proximidade do ex-procurador com Moro, duramente criticada por opositores quando os dois comandavam a Operação Lava Jato.

Conforme o Estadão mostrou, a vontade de entrar na política não era novidade para o ex-procurador. Contudo, ele foi desencorajado por colegas que temiam a repetição do que ocorreu na Itália, onde um dos principais nomes da Operação Mãos Limpas decidiu entrar para a política.

Para a presidente do Podemos, Renata Abreu, a participação de Moro e Dallagnol provoca um efeito inverso. "Fico feliz que eles não desistiram e entenderam que agora precisam estar inseridos na política para não acontecer no Brasil o que aconteceu na Itália."

 

Na próxima sexta-feira (10), o ex-coordenador da Operação Lava-Jato, Daltan Dallagnol, realizará sua filiação ao Podemos. O ato político ocorrerá no Hotel Mabu, no centro de Curitiba, onde a força-tarefa costumava realizar suas coletivas de imprensa.

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Recém-filiado ao partido, o ex-juiz Sérgio Moro, deve participar do evento. Ele espera concorrer às eleições presidenciais no ano que vem. Por sua vez, Dallagnol deve se candidatar a deputado federal pelo Paraná.

Requisitada ao Governo de Pernambuco pelo público recifense que prestigiou o lançamento do livro do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, neste domingo (5), a delegada Patrícia (Podemos) frustrou o clamor dos seus admiradores e afirmou ao LeiaJá que vai se candidatar como deputada em 2022. 

Aplaudida ao ser citada por Moro por seus esforços contra crimes de colarinho branco em Pernambuco, a pré-candidata retribuiu a gentileza e classificou o ex-juiz da Lava Jato como "a pessoa com maior propriedade para falar sobre combate à corrupção no país".  

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Ovacionada de pé aos gritos de “minha governadora”, Patrícia confirmou ao LeiaJá: "para 2022, [sou] candidatíssima". 

Porém, destacou que vai aproveitar a experiência positiva da estreia eleitoral em 2019 para apresentar uma campanha focada na carreira Legislativa.

Ainda sem cravar sua intenção de concorrer ao Congresso ou à Câmara Estadual, ela espera uma posição do Podemos, que ainda analisa as circunstâncias com maior chance para a delegada.

Uma das novidades do cenário pernambucano, Patrícia se lançou na disputa à Prefeitura do Recife com discurso anticorrupção. Apesar do bom desempenho, ela não foi ao segundo turno, mas conseguiu arrancar votos de adversários com maior bagagem eleitoral.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse acreditar na liderança do seu nome para construir uma candidatura da terceira via às eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, quando indagado sobre se aceitaria ser vice nesse processo de construção para 2022, Moro respondeu que "colocamos nosso projeto em andamento" e que dá para usar a expressão "este navio já zarpou".

"Nunca tive ambição pessoal de ser presidente. Para evitar os extremos, se outro projeto tiver melhores chances, não teria problemas em abrir mão. Agora, acredito na liderança do nosso projeto. Assim como poderia abrir mão, espero que outros tenham o mesmo entendimento, porque nós precisamos somar", disse Moro.

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Na entrevista, o ex-juiz ressaltou ainda que é preciso esquecer a expressão de terceira via, já que pressupõe que há dois candidatos inevitáveis e que seriam favoritos.

"Eu, sinceramente, não acredito nisso. Não acho que o Brasil vai ser forçado a ter escolhas tão trágicas assim. É um governo que não funciona e um governo que não funcionou no passado. Ninguém quer isso de volta" declarou. "Vamos ver o que vai acontecer nas eleições do próximo ano. Eu apresentei o meu nome. Quero construir um projeto e estou colocando de maneira muito clara. Meu objetivo é liderar esse projeto. Mas estamos conversando com todo mundo".

Pouco mais de uma semana após o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro ir ao Senado anunciar posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, três dos nove senadores de seu partido, o Podemos, votaram a favor do texto costurado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Diante da traição ao pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, houve constrangimento e desconforto na bancada.

É a segunda vez que Moro é "atropelado" por parlamentares do Podemos neste tema. Na Câmara, durante a votação da proposta que adia o pagamento dos precatórios - dívidas decorrentes de sentenças judiciais -, cinco dos dez deputados da sigla também haviam sido favoráveis à medida, no início de novembro.

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As principais críticas à PEC têm como argumento o fato de a proposta flexibilizar o teto de gastos públicos, regra que limita o avanço das despesas à inflação, considerada essencial para a credibilidade fiscal do País. O governo afirma que a iniciativa é necessária para pôr de pé o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil, com valor mensal de R$ 400. A iniciativa abre espaço de R$ 106,1 bilhões no Orçamento, dinheiro que dá para encaixar o novo programa social, aumentar as verbas das emendas parlamentares e até o Fundo Eleitoral.

Apesar de ter sinalizado posição contra a PEC na semana passada, o Podemos liberou a bancada que votasse como quisesse. Os três senadores do partido de Moro que votaram a favor da proposta são Jorge Kajuru (GO), Marcos do Val (ES) e Flávio Arns (PR).

Kajuru chegou a postar nas redes sociais que, nem se "a mãe pedisse", votaria a favor da PEC. Procurado, o senador de Goiás justificou a mudança de posição da seguinte forma: "Exclusivamente por ver minha Pátria com milhões passando fome! O vulpino governo Bolsonaro colocou tudo na PEC!".

O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), tentou adotar tom conciliatório e disse entender os motivos que levaram os senadores a votar a favor do governo. "O texto mudou pra melhor. Houve redução do dano. Por isso liberamos", afirmou ele.

Um dos responsáveis pela entrada do ex-juiz e ex-ministro da Justiça na política, Dias admitiu, no entanto, que as mudanças podem não ser aplicadas. Na prática, as alterações feitas pelos senadores em relação ao texto aprovado na Câmara devem acabar sendo fatiadas e enviadas para nova votação pelos deputados.

Pelo regimento do Congresso, apenas os trechos de comum acordo entre Senado e Câmara poderão ser promulgados neste momento. "Houve muitas alterações. Por exemplo: foi fechado o espaço para emendas de relator. Se houver fatiamento, a redução de danos será em vão, pois se fartarão no feirão das emendas", argumentou Dias. "Por isso, dos 13 votos contrários, 6 foram do Podemos", disse o senador, querendo mostrar o outro lado da moeda.

Ao discursar com senadores da bancada do Podemos, no último dia 23, Moro pregou a rejeição da PEC dos Precatórios e pediu que, em vez disso, fosse votada uma proposta alternativa para fixar um limite à verba que ultrapassasse o teto de gastos. "O Podemos não pode compactuar com o desemprego dos trabalhadores brasileiros e gerar situações ainda mais difíceis, sob o argumento de que isso seria necessário para combater a pobreza", criticou o ex-juiz.

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) está “com o caixa aberto” para negociações com parlamentares e a prática do famoso toma lá dá cá, condenado pelo próprio presidente durante a campanha eleitoral de 2018 e no início da gestão. Pouco antes do nome de André Mendonça ser aprovado pelo Plenário do Senado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), Kajuru declarou em entrevista ao UOL que alguns dos seus pares já confirmaram a troca de favores entre o governo e os parlamentares.

“Este é o governo do toma lá dá cá. Hoje já tem senadores do Brasil inteiro confessando o crime do toma lá dá cá, um recebeu R$ 350 milhões em Goiás só neste período de discussões e votações. Outro R$ 1 bilhão no Acre. Enfim, o caixa está aberto e está à disposição”, detalhou Jorge Kajuru, mas sem citar quais senadores teriam sido esses.

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O senador também chegou a relatar que o líder do governo na Casa Alta, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), contou sobre uma reunião na manhã dessa quarta-feira (1º) onde Jair Bolsonaro teria dado ordem para apoio irrestrito ao nome de André Mendonça.

“O líder Fernando Bezerra Coelho me contou e, não me pediu off, ele fez uma reunião junto com Eduardo Gomes, Flávio Bolsonaro e o presidente. A ordem foi apoiar totalmente o André Mendonça”, relatou.

Mendonça teve o nome aprovado pelos senadores na noite dessa quarta. O placar foi de 47 a 32. Até hoje, o maior número de votos contrários já recebido por um indicado ao STF após a redemocratização.

O ex-juiz Sérgio Moro vai receber a partir do mês de dezembro um salário do Podemos. Recém-filiado ao partido e apontado como nome para concorrer a presidente em 2022, Moro vai receber R$ 22 mil, o que, descontados os impostos, ficará em torno de R$ 15 mil. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão.

Assim que foi anunciado como filiado ao Podemos, Moro tem feito uma série de viagens e encontros políticos mirando construir uma candidatura presidencial no ano que vem. Sempre acompanhado da presidente do partido, Renata Abreu, o ex-juiz já se reuniu com dirigentes do Cidadania, PSL, DEM, Novo e Patriota.

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Desde a semana passada, o ex-ministro tem se dividido entre reuniões em São Paulo e Brasília e nesta semana fará um giro pelo Brasil para divulgar seu livro. Estão previstas viagens para Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e São Paulo.

Moro está sem emprego desde que deixou a consultoria Alvarez & Marsall para se filiar ao Podemos. O pagamento de salários por partidos políticos a representantes nacionais é comum. De acordo com as prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT paga ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cerca de R$ 27 mil, o que dá R$ 22 mil em valores líquidos. Ciro Gomes também recebe do PDT um valor mensal na ordem de R$ 27 mil sem os descontos.

Apesar de não ter cargo formal na direção nacional do partido, Moro tem auxiliado a legenda em temas como o combate à corrupção. Ele tem acompanhado de perto a implantação do sistema de compliance do Podemos desde antes de ser filiado.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz se filiou nesta quinta-feira, 25, ao Podemos. Ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, o militar criticou o presidente e também os governos do PT, que deve ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato no ano que vem.

"Esse conflito de direita, esquerda, esse extremismo, ele leva à violência. O final natural do fanatismo é a violência", disse o general, referindo-se, indiretamente, aos dois candidatos que polarizam as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022.

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O militar lembrou a experiência como coordenador da missão de paz no Haiti e comparou com o momento atual da política brasileira: "Passei cinco anos trabalhando em um ambiente, assistindo milhares de mortos fruto do fanatismo político. Isso não pode, o Brasil tem de repudiar todo esse fanatismo".

Apesar da entrada no Podemos, Santos Cruz evitou dizer se vai concorrer a algum cargo nas eleições do ano que vem e justificou a filiação como uma maneira de ajudar o projeto presidencial de Sérgio Moro, que entrou no partido no último dia 10 de novembro.

Também ex-ministro de Bolsonaro, Moro elogiou o general e exaltou a experiência dele na coordenação da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). "É um dos militares de melhor currículo, de mérito, de construção de uma carreira extremamente sólida", disse o ex-juiz da Lava Jato.

O pré-candidato do Podemos à Presidência também deixou claro que, embora tenham sido auxiliares de Bolsonaro, ele e o militar hoje são críticos do governo.

"(Santos Cruz) não teve nenhum receio de se retirar do governo quando percebeu que o plano não era exatamente construir um País melhor, mas simplesmente atender a objetivos pessoais do governante do momento", afirmou Moro.

Podemos prepara campanha de filiações

Como forma de reforçar a pré-campanha de Moro, a legenda planeja uma série de eventos de filiações até o fim do ano. Entre os nomes que devem entrar na sigla estão o deputado Alexis Fonteyne, que vai sair do Novo, e o deputado Maurício Dziedricki, que sairá do PTB.

No mesmo evento, em um hotel em Brasília, a presidente do partido, Renata Abreu, confirmou a filiação de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal de Curitiba. "A gente vai definir agora, depois da filiação dos Santos Cruz, quando que vai ser a filiação do Deltan, mas possivelmente dia 10 (de dezembro) lá em Curitiba", disse a dirigente partidária, que ainda confirmou a intenção de lançá-lo para deputado federal.

Na cerimônia, Santos Cruz afirmou ainda que é contra a possibilidade de reeleição para o cargo de presidente da República, proposta também defendida por Moro. "Estou aqui para reforçar a ideia de que é uma boa medida para o Brasil (acabar com a reeleição)", disse o general.

Além de Moro e Santos Cruz, o evento contou com a presença das bancadas da sigla na Câmara e no Senado e dos presidentes estaduais do partido.

Ex-ministro da Secretaria de Governo do governo Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz tem filiação marcada para esta quinta-feira (25) ao Podemos, partido que planeja lançar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como candidato à Presidência da República. Nos bastidores há uma articulação para Santos Cruz ser candidato a vice de Moro.

A filiação de Santos Cruz e a possibilidade de uma eventual chapa presidencial com Moro é sinal visível do movimento de aproximação do ex-juiz da Lava Jato com oficiais da ativa e da reserva, um dos pilares de sustentação de Bolsonaro. Esta aproximação é recíproca por parte de alguns militares, que têm sinalizado disposição de apoiar uma eventual candidatura do ex-juiz, caso se confirme. No início do mês, Moro convidou outros generais para a cerimônia de sua filiação ao Podemos.

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Na tentativa de livrar da imagem de símbolo da antipolítica - por causa de sua atuação na Lava Jato - Moro tem procurado líderes de partidos do Centrão e da "terceira via" em busca de apoio à sua eventual candidatura. Nos últimos dias, o ex-juiz e dirigentes do Podemos conversaram com Republicanos, Patriota, Novo, Cidadania e União Brasil, legenda que será resultado da fusão do DEM com o PSL.

Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos integra o Centrão e está na base do governo Bolsonaro, que espera apoio na campanha à reeleição.

Mesmo assim, líderes da sigla não fecham a porta para Moro. O deputado Marcos Pereira (AM), que comanda o partido, e sua colega de Câmara Renata Abreu, presidente do Podemos, são aliados.

Na terça-feira, Moro jantou com a bancada do Cidadania na Câmara. Organizador do encontro, o líder do partido, deputado Alex Manente (SP), fez elogios ao ex-ministro e disse ter "identidade" com as pautas que ele apresenta. "Dialogamos com todas as forças da terceira via, tentando buscar uma unidade capaz de vencer Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Moro, na minha opinião, é o pré-candidato mais afirmativo desse campo", disse.

O partido tem o senador Alessandro Vieira (SE) como pré-candidato ao Planalto, mas ele já admitiu abrir mão da disputa em nome de um concorrente com mais chances. Quando questionado sobre Moro, entretanto, o presidente da sigla, Roberto Freire, diz que o ex-juiz é "mais um" entre os nomes apresentados pela terceira via.

Palanque

Moro esteve na quarta-feira (24), em Minas Gerais e participou de um almoço com o governador Romeu Zema (Novo). O líder do Podemos na Câmara, Igor Timo (MG), se mostrou esperançoso com a possibilidade de Zema abrir palanque para o ex-juiz, apesar de o Novo ter lançado o cientista político Luiz Felipe d’Ávila à Presidência. Timo avalia , no entanto, que isso não deve ser empecilho. "Existe uma convergência de bandeiras e ideais. Aos poucos as coisas vão se encaixando".

No começo do mês, Moro e Renata Abreu também estiveram com Ovasco Resende, presidente do Patriota. A exemplo dos outras siglas, Resende não fechou as portas para o ex-juiz, mas também não a abriu.

No ato de filiação de Sérgio Moro ao Podemos, realizado nesta quarta-feira, 10, em Brasília, dois ex-ministros de Jair Bolsonaro prestavam atenção ao discurso que o antigo colega de equipa ministerial fazia, repletos de críticas ao presidente. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que comandou a pasta da Secretaria de Governo, e Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, eram dos principais nomes entre os ex-aliados de Bolsonaro que se aproximaram de uma possível candidatura presidencial do ex-ministro da Justiça. Mas nas primeiras filas do auditório Ulysses Guimarães, parlamentares eleitos na onda do bolsonarismo, em 2018, já ocupavam as primeiras filas para ouvir as palavras de Moro, deixando o presidente Bolsonaro de lado.

Nessa plateia de ex-bolsonaristas, além dos ex-ministros estavam, por exemplo, os deputados federais Júnior Bozzella (PSL-SP), Professora Dayane Pimentel (PSL-BA), Julian Lemos (PSL-PB) e Luis Miranda (DEM-DF).

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"Todos têm o direito de apoiar e votar em quem quiser. Mas ninguém tem boas justificativas para votar em Lula ou em Bolsonaro. Dito isso, estamos no jogo da democracia e cada um defenderá quem melhor lhe representa. Eu me sinto representada por Moro", disse a deputada Professora Dayane.

"Moro é o herói de toda uma geração cansada de ver o Brasil ser saqueado por corruptos. Ele representa o significado mais genuíno do patriotismo. Deixou a toga e o ministério por convicção, por comprometimento com o país, e isso está na memória de todo brasileiro", disse Bozzella nas suas redes sociais.

Pivô de uma crise direta com o presidente Bolsonaro, por conta de denúncias feitas pelo seu irmão em relação à pressão para aquisição de vacinas contra a covid, o deputado Luis Miranda fez questão de posar para fotos ao lado de Moro.

"Nós continuamos combatendo a corrupção. Nós não nos aliamos a corruptos de nenhum lado. Nós não fechamos os olhos para os erros de ninguém. Nós pagamos um preço alto por isso. Nós temos a consciência tranquila. Nós vamos construir um país verdadeiramente diferente", afirmou o deputado.

O general Santos Cruz concorda que Moro pode se tornar a opção preferencial para quem, como ele, ficou decepcionado com o governo Bolsonaro.

"Na campanha de 2018, existia um entusiasmo muito grande para encerrar aquele período do PT. O PT estava desgastado por escândalos financeiros, escândalos de corrupção. Então, existia um entusiasmo geral para terminar aquele período e começar um novo. E Bolsonaro se apresentou com um discurso do qual não cumpriu nada", lembra o general.

Dentro de seu novo partido, Moro já desperta a admiração de aliados atuais de Bolsonaro, como os senadores Eduardo Girão (CE) e Marcos do Val (ES), que atuaram na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid alinhados ao governo Bolsonaro. Os dois compareceram ao ato de filiação. Girão considerou o discurso de Moro "sereno e forte".

"Participei do ato de filiação do ex-ministro Sérgio Moro ao Podemos. Em seu discurso sereno e forte, ele ressaltou a necessidade de diálogo para unir o País, a importância de enfrentar a corrupção, o retorno da prisão em 2ª instância, o fim da reeleição e do foro privilegiado", postou o senador nas suas redes sociais.

Deltan Dallagnol vai se filiar ao Podemos para concorrer à Câmara dos Deputados, confirmou o presidente do partido, senador Álvaro Dias, nesta quinta-feira (11). A declaração foi concedida ao Uol.

Após incorporar Sergio Moro ao Podemos para disputar à Presidência, o senador mostrou confiança ao anunciar que a filiação do ex-procurador vai ocorrer em dezembro.

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"Fará uma votação histórica para deputado federal do Paraná", projetou Dias.

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Ao comunicar sobre sua exoneração do Ministério Público Federal (MPF) após 18 anos de atuação, Dallagnol expôs sua "vontade de fazer mais, fazer melhor e fazer diferente" nas redes sociais e foi criticado pelos indícios de que entraria na política.

Além da mesma casa, ele e Sergio Moro dividem o discurso anticorrupção como principal proposta para atrair votos. A dupla também tem consenso sobre o enfraquecimento da Operação Lava Jato, que deixou de ter efeitos práticos na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Eles também foram protagonista da série de reportagens do The Intercept Brasil, conhecida como 'Vaza Jato', que expôs negociações entre procuradores e Moro dentro da Lava Jato.

O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta quinta-feira (11), o discurso do ex-juiz da Operação Lava Jato Sérgio Moro, feito ontem em evento para marcar sua filiação ao Podemos. "Eu assisti porque foi meu ministro. Não aprendeu nada. Um ano e quatro meses não sabe o que é ser presidente, nem ser ministro", declarou Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Abandonando a promessa de nunca entrar na política eleitoral, Moro se filiou ao Podemos com a intenção de disputar a Presidência da República. Em tom de candidato, Moro criticou Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também prometeu uma força-tarefa para combater a pobreza e colocou-se "à disposição" para ajudar o País.

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O chefe do Executivo ainda disse aos apoiadores que "está difícil" escolher um candidato para as eleições de 2022 em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. "A gente não vê nome", afirmou. Bolsonaro deseja lançar como candidato ao governo paulista o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas - que resiste ao convite e prefere ser candidato ao Senado por Goiás.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) anunciou que está coletando assinaturas entre os senadores para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de substituir a (PEC) 23/2021, também chamada de PEC dos Precatórios, aprovada pela Câmara dos Deputados. O objetivo é garantir o auxílio para mais pobres sem desconsiderar o teto de gastos.

Segundo o senador, a proposta aprovada pelos deputados, além de furar o teto de gastos públicos, promoverá um “calote” na sociedade, já que permite ao governo o não pagamento de precatórios, o que deveria ser líquido e certo.

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O senador esclareceu ser totalmente possível estabelecer um auxílio social ao povo brasileiro como política pública de Estado e não de governo, sem necessidade de alterar o “teto de gastos”.  Disse, ainda, que sua intenção, ao apresentar a matéria, é oferecer mais uma alternativa viável ao país e que também irá ajudar o próprio governo federal.

"Estamos há três semanas trabalhando incansavelmente nessa PEC. Não trabalho sozinho, mas com técnicos do Instituto Fiscal Independente [IFI], com técnicos do meu gabinete, com outras pessoas que me ajudaram e chegamos à seguinte e clara conclusão: é possível, sim, estabelecer um auxílio de R$ 400 por mês, permanente, não um auxílio eleitoral que vai acabar daqui a um ano, não. Um auxílio permanente, uma política de Estado, e não uma política de um governo", declarou.

*Da Agência Senado

Nos momentos finais do evento de filiação ao Podemos, nessa quarta-feira (10), Sergio Moro foi chamado de traidor por um homem que atirou moedas no palco. Após o protesto, ele foi retirado por seguranças.

Moro havia acabado o discurso com críticas ao presidente Jair Bolsonaro e foi surpreendido enquanto apresentava a carta de filiação ao lado de representantes do Podemos no Congresso, como os senadores Marcos do Val e Eduardo Girão - integrantes da base governista na CPI da Covid.

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"Tá aqui suas moedas seu traidor", afirma o militante identificado como Joaquim. Em seguida, joga as moedas aos pés do ex-ministro da Justiça, que passou a ser cotado para disputar a Presidência pelo Podemos.

Moro chega a olhar as moedas espalhadas no palco, mas não reage ao xingamento. Dois seguranças são acionados pela presidente nacional do partido, a deputada Renata Abreu, e retiram o homem do local do evento.

"É isso que ele merece. Eu simplesmente dei as moedas. Não tinha, eu coloquei três moedas para ele. É um traidor que traiu a população brasileira em plena pandemia", disse Joaquim em referência à passagem bíblica de Judas Iscariotes.

O ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao Podemos, nesta quarta-feira (10), e durante seu primeiro discurso como presidenciável, além de se colocar à disposição do povo brasileiro e criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – de quem era aliado, ele afirmou que o seu projeto político pretende criar uma espécie de força-tarefa para a erradicação da pobreza.

"Uma das prioridades do nosso projeto será erradicar a pobreza, acabar de vez com a miséria. Isso já deveria ter sido feito anos atrás. Para tanto, precisamos mais do que programas de transferência de renda como o Bolsa Família ou o Auxílio Brasil. Precisamos identificar o que cada pessoa necessita para sair da pobreza", declarou o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, fazendo uma leve crítica aos governos atual e do PT.

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"E, como medida prioritária, sugerimos a primeira operação especial: a criação da Força-Tarefa de Erradicação da Pobreza, convocando servidores e especialistas das estruturas já existentes. Ela será uma força-tarefa permanente e atuará como uma agência independente e sem interesses eleitoreiros, com a missão de erradicar a pobreza no país", emendou Moro.

Ainda na ótica do presidenciável, "muita gente pensa que isso é impossível, como diziam que era impossível combater a corrupção. Não é, e nem precisa destruir o teto de gastos ou a responsabilidade fiscal para fazê-lo. Nós podemos erradicar a pobreza e esse é o desafio da nossa geração”.

Em seu discurso de filiação ao Podemos, na manhã desta quarta-feira (10), Sergio Moro apresentou um plano de governo aparentemente distante da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Favorável ao fim do foro pivilegiado e da reeleição em cargos do Executivo, o alinhamento mais evidente se apresentou no apoio à agenda liberal.

O ex-ministro da Justiça fez uma série de críticas a Bolsonaro e à irresponsabilidade fiscal do Governo, mas encerrou o discurso ao lado de apoiadores do presidente no Congresso como os senadores Marcos do Val e Eduardo Girão, que ganharam destaque na CPI da Covid.

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Apoiado no combate à impunidade, Moro disse que 'sonhava' que o sistema político ia se corrigir após a Lava Jato e repudiou esquemas como a 'rachadinha' e o 'orçamento secreto' no Legislativo. "É mentira dizer que acabou a corrupção, quando na verdade enfraqueceram as ferramentas para combatê-la", afirmou.  

Presidente só se preocupa com a reeleição

Para enfraquecer a corrupção, ele propôs o fim do foro privilegiado e reiterou a ambição em retomar a execução da condenação criminal em segunda instância.

Após a experiência ao lado do presidente, o ex-magistrado disse que passou a enxergar a necessidade de acabar com a reeleição no Executivo. "Presidente assim que eleito, e eu vi isso, começa desde o primeiro dia a se preocupar mais com a reeleição do que com a população. Está em permanente campanha política", revelou.

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Reformas e privatizações

Em seu projeto classificado como "não agressivo", o pré-candidato defendeu "a Verdade, a Ciência e a Justiça", e previu que o agravamento da crise econômica, que não aponta indícios de melhora. "Os juros vão aumentar ainda mais nesse governo", anunciou.

Defensor do livre mercado e mínima interferência do Estado, sua gestão na Economia vai manter as negociações para privatizar estatais e por reformas "bem feitas", sobretudo do sistema tributário.  

"Ao olharmos para as reformas que estão sendo aprovadas, o que percebe é que ninguém está olhando para as pessoas", considerou ao comentar sobre o furo de teto de gastos e as últimas movimentações do legislativo pela aprovação da PEC do calote.  

O ex-juiz Sergio Moro confirmou participação nas eleições em evento de filiação ao Podemos, na manhã desta quarta-feira (10). Embora tenha dito que não entraria na política, o ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro deixou de lado o desinteresse e se mostrou disposto a evitar a reeleição do presidente que lhe levou ao primeiro escalão do Executivo.

Criticado por assumir a pasta após sentenciar o principal adversário do então candidato Jair Bolsonaro na Operação Lava Jato, Moro disse que aceitou o convite na 'esperança por dias melhores', mas teve o trabalho contra a corrupção boicotado pelo chefe quando percebeu que não tinha liberdade para investigar “quem quer que seja".

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"Quando aceitei, não fiz por poder ou prestígio. Queria combater a corrupção, mas para isso precisava do apoio do Governo e esse apoio foi negado", afirmou.

Em seu pedido de demissão, Moro comentou sobre a proteção de Bolsonaro aos filhos e se irritou pela recusa do Governo ao seu escolhido para assumir a direção da Polícia Federal. "Não existe nenhum cargo que valha a alma de uma pessoa", apontou.

Falta de eloquência

Diante da plateia de empresários e políticos, que incluiu um dos companheiros enquanto representante do governo Bolsonaro e aspirante à chapa, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Moro confessou nervosismo e comentou sobre as críticas à sua voz e falta de eloquência.

"Se eventualmente não sou a melhor pessoa para discursar, posso assegurar que sou alguém em que vocês podem confiar", garantiu o ex-magistrado.

"O Brasil não precisa de líderes que tenham a voz bonita, precisa de líderes que ouçam a voz do povo brasileiro", rebateu no discurso.

Atacado quando vazaram as conversas com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) para ambientar a condenação do ex-presidente Lula (PT), o ex-magistrado deixou o Brasil e foi buscar emprego nos Estados Unidos, período que classificou como uma reflexão longe dos holofotes.

 

O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, usou o Twitter, nesta terça-feira (9), para divulgar uma contagem regressiva ao seu ingresso no Podemos. A filiação de Moro está marcada para acontecer nesta quarta-feira (10), em Brasília. 

Na imagem, o ex-aliado de Bolsonaro aparece em pose altiva, com o fundo verde e amarelo, cores da bandeira nacional, e ao lado a frase: "Um Brasil justo para todos". A expectativa é de que no evento desta quarta, Moro também anuncie oficialmente sua pré-candidatura à Presidência da República. 

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Moro está em busca - assim como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) - de se firmar como a terceira via na disputa de 2022. Isto porque há uma concentração eleitoral entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, ainda sem partido, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode concorrer pelo PT. 

O vereador do Recife, Pastor Júnior Tércio (Podemos), apresentou na Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) que visa declarar a música gospel como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. O PL 363/2021 foi proposto pelo parlamentar no final do mês de outubro e, agora, segue para análise e emissão de pareceres por parte das comissões competentes.

Se aprovado, o projeto declara o gênero musical gospel como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade do Recife. Outros ritmos, como o brega, já possuem o título, que visa resguardar e valorizar determinado segmento da cultura local. Até sua aprovação, o PL precisa passar pela análise das comissões e pelo plenário da Casa. Em caso de parecer favorável nesse primeiro momento, seguirá posteriormente para sanção ou veto do prefeito João Campos (PSB). 

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Ao justificar o projeto, o Pastor Tércio afirmou que Pernambuco é o estado com o maior número de evangélicos na região Nordeste e disse que a música gospel é usada para os mais variados fins, indo do simples apelo estético aos motivos cerimoniais e, até mesmo, mercadológicos. “O objetivo principal é a evangelização, ou seja, que as pessoas confraternizem e conheçam a palavra de Deus”, explicou.

O ex-juiz Sérgio Moro desembarcou na manhã desta quarta-feira (3), em Brasília, para dar início aos seus primeiros eventos como pré-candidato à Presidência da República em 2022. No entanto, a recepção não foi tão calorosa para ele, que foi chamado de "juiz ladrão" e "vendido".

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud). A entidade, que está no local protestando contra a reforma administrativa (PEC-32), afirmou por meio de suas redes sociais que esta é a oitava semana consecutiva de protestos e vigílias, além de contatos com parlamentares, em defesa dos servidores públicos. 

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Candidatura

Para se lançar como um dos nomes da chamada "terceira via", o ex-juiz deve se filiar ao Podemos no próximo dia 10 de novembro. Moro desembarcou em Brasília após uma temporada nos Estados Unidos, onde prestava consultoria para Alvarez e Marsal. 

Em Brasília, o Podemos e o ex-juiz devem procurar possíveis alianças que fortaleçam a sua candidatura, principalmente entre os que não querem nem o ex-presidente Lula (PT), nem o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Reforma Administrativa

A PEC-32 é uma proposta do governo Bolsonaro e já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Agora ela precisa ser votada e aprovada em dois turnos no plenário, com três quintos dos votos. Em caso de aprovação, ainda será necessário passar pelo Senado Federal.

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