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Durante sabatina do Jornal Nacional nesta quinta-feira (25), o ex-presidente Lula (PT) deu ênfase a sua chapa com o seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), que antes eram inimigos. “Nunca antes na história do Brasil esse governo teve uma chapa como Lula e Alckmin para ganhar credibilidade interna e externa para fazer acontecer as coisas no País”, disse o petista, que até então foi o único na sabatina a falar do trabalho com o vice. 

Por anteriormente ter uma relação adversária com Alckmin, Lula reconheceu que “muita gente pensava que era impossível Lula se juntar com Alckmin, e eu me juntei para demonstrar para a sociedade que política não tem que ter ódio”, disse, em alusão ao ódio que vem sendo propagado na política pelo atual presidente da República.“Eu tô até com ciúmes do Alckmin. Você tem que ver o sujeito esperto e habilidoso que é. Ele fez um discurso no dia 7 de maio quando foi apresentado que eu fiquei com inveja, ele foi aplaudido de pé”, observou.

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“O Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma. Eu não quero que o PT peça para ele se filiar, porque a gente não quer brigar com o PSB. Eu tenho 100% de confiança que a experiência dele vai me ajudar a consertar o País, é a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente: o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, uma picanha e tomar uma cervejinha”.

Na ocasião, Lula disse, ainda, que a ex-presidenta Dilma (PT) “é uma das pessoas que eu mais tive respeito pela competência e ajuda que me deu”. 

“Ela fez um primeiro mandato extraordinário, porque a crise mundial se agravou e mesmo assim ela se endividou para poder manter a política social e o emprego. A Dilma cometeu equívoco na gasolina, na hora que fizeram exoneração e isenção fiscal, e quando ela tentou mudar, tinha uma dupla dinâmica contra ela. A dupla era o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) e Aécio (PSDB) no Senado, que trabalharam o tempo inteiro para que ela não fizesse nenhuma mudança”, afirmou.

 

Corrupção

Questionado sobre como os escândalos de corrupção durante o seu governo não se repetirão e como garantir que fará diferente caso eleito, o petista garantiu que não irá acontecer. “Não há hipótese [de ocorrerem os escândalos]. Eu quero voltar na Presidência da República e qualquer hipótese de alguém cometer crime, por menor que seja, essa pessoa será investigada, é assim que se combate a corrupção do País. Só existe a possibilidade de alguém não ser investigado nesse País, que é não cometer erros. O equívoco da Lava Jato foi que ela enveredou por um caminho político, ultrapassou a investigação e entrou na política. O objetivo era tentar condenar o Lula”, destacou.

“O procurador tem que ser leal ao povo brasileiro. Se eu ganhar essas eleições, antes da posse, eu vou ter uma reunião com o Ministério Público para discutir o Brasil. Para mim, o que precisa é dar segurança ao povo. Eu não quero amigo, quero pessoa séria, responsável. Eu tô querendo voltar porque quero ser melhor do que fui, para fazer para as pessoas o que eu queria fazer, mas não sabia que podia”, completou Lula ao se esquivar da PGR.  

Após representação da própria coligação do PT, nessa terça-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) proibiu que a militância de Marília Arraes (Solidariedade) use camisas com a estrela que caracteriza o partido e a sigla 'PT'. Apesar da candidata fazer oposição à Frente Popular, seus cabos eleitorais distribuem materiais de campanha com referências a sigla liderada pelo ex-presidente Lula. 

Conforme a decisão do desembargador eleitoral auxiliar Rogério Fialho Moreira, a estratégia de campanha de Marília configura propaganda irregular e pode confundir o eleitor. Ele ainda intimou a candidata a recolher as camisas já distribuídas, sob pena de multa diária de R$ 3.000. 

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"O perigo de dano é demonstrado pela perpetuação da propaganda irregular, por meio de camisas usadas por cabos eleitorais de partido e coligação diversa da coligação representante, para promover candidaturas de outra coligação e partido, confundindo o eleitorado, provocando assim um desequilíbrio na corrida eleitoral", considerou o desembargador. 

O PSB e o PT se realinharam para as eleições deste ano e Marília migrou para o Solidariedade. Ainda assim, a deputada federal usa a imagem do ex-presidente Lula (PT) para atrair votos. O próprio petista já afirmou mais de uma vez que apoia a campanha de Danilo Cabral (PSB), adversário de Marília na disputa ao Governo de Pernambuco. 

Durante reuniões com representantes do Movimento Atitude e do CDL Pernambuco, nesta terça-feira (23), o candidato Danilo Cabral (PSB) detalhou o plano de investimentos para o Estado em seu governo. O socialista garantiu que nos próximos quatro anos serão aportados mais de R$ 15 bilhões em obras e ações públicas em Pernambuco. Além disso, ele assegurou que, alinhado com o Lula, caso esteja na Presidência da República, vai buscar parcerias com o governo federal, no intuito de atrair ainda mais projetos estruturadores, gerando emprego e renda para a população.

Destacando o esforço fiscal que o governo do estado realizou nos últimos anos, melhorando a arrecadação própria e conquistando a nota B no Capag, que permitirá acessar operações de crédito com taxas de juros menores, Danilo Cabral deu garantias de que seu plano de investimentos será uma realidade a partir de janeiro de 2023.

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“Nós teremos condições de fazer um investimento de, no mínimo, R$ 15 bilhões nos próximos quatro anos. Nós melhoramos a nossa avaliação. Pernambuco hoje está na faixa que permite ter de 8% a 9% de operações de crédito em cima da receita corrente líquida. Quando você soma tudo isso dá perto de R$ 15 bilhões que a gente vai fazer de investimentos, além daquilo que nós esperamos e vamos buscar nas parcerias com o governo federal”, afirmou Danilo. 

“Esse volume de investimentos públicos, aliado às captações e à chegada de investimentos privados, nós vamos girar o motor da economia em Pernambuco de forma mais intensa”, acrescentou.

Ele enfatizou que, no pacote de investimentos, a Educação ganhará destaque especial. Para isso, o planejamento é destinar parte do ICMS arrecadado aos municípios, estimulando que as prefeituras possam construir novas creches e abrir mais vagas. 

Na qualificação da mão de obra, o socialista garantiu que vai expandir para todo o estado a rede de ensino profissional, conectada com as vocações econômicas de cada localidade. O postulante garantiu a ampliação do programa do Recife, Embarque Digital, custeando formação superior de estudantes em cursos de Tecnologia e informação, para ocupar as vagas no mercado de trabalho.

“Não tenho dúvidas de que a gente vai ter um ambiente onde possamos fazer um volume ainda maior de investimentos, fruto de parcerias que queremos construir com o presidente Lula. Para que a gente possa viver aquele que foi o período mais fértil em Pernambuco, que foi com Lula presidente e Eduardo governador”.

Diálogo com os setores

Danilo assegurou que todo o processo será construído de forma coletiva, com a colaboração dos diversos setores da sociedade e segmentos da economia. "Nós vamos estabelecer com todos os setores da sociedade um diálogo permanente e eu quero já deixar aberta essa conexão direta. Para que a gente fale diretamente com todos setores da sociedade”.

Da assessoria

A Comissão de Propaganda da Justiça Eleitoral com atuação no Recife realizou, nesse domingo (21), a apreensão de bandeiras irregulares em vias públicas. Os materiais estavam colocados em canteiros centrais nas avenidas Boa Viagem, Antônio de Góis (Pina), Marcarenhas de Moraes (Imbiribeira), Cais José Estelita e Cosme Viana (Afogados), porém sem um responsável por sua guarda e atrapalhando a mobilidade dos pedestres.

Foram apreendidas bandeiras com propagandas dos seguintes partidos políticos: Solidariedade, MDB, PP, PL e PSB. O material, cerca de 50 bandeiras, foi recolhido e levado para o depósito da Justiça Eleitoral.

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Nos primeiros dias de campanha, a apreensão de bandeiras e das bases de cimento que dão sustentação ao material tem sido o caso mais recorrente de irregularidade encontrada pela fiscalização da Justiça Eleitoral. Os servidores têm apreendido as bases de cimento que são deixados em via pública após as 22h, horário limite para a realização de atividades de rua na campanha.

Camisas

A Justiça Eleitoral também determinou, em decisões liminares, o recolhimento de camisas distribuídas por partidos por considerá-las como material propagandístico, o que é proibido pela legislação eleitoral. Houve distribuição e utilização pela militância de camisas com a foto, com o número da legenda e com as cores da propaganda de candidatos do PSB e MDB.

A Legislação Eleitoral proíbe na campanha eleitoral confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Ao meio-dia deste domingo (21), o comitê da Frente Popular de Pernambuco, encabeçado por Danilo Cabral (PSB) como candidato a governador, e as candidatas Luciana Santos (PCdoB) a vice-governadora e Teresa Leitão (PT) a senadora, foi inaugurado na Avenida Norte, Zona Norte do Recife. A inauguração contou com a presença de centenas de apoiadoras e apoiadores dos candidatos ali presentes que compõem a Frente Popular, e de políticos e secretários.

O correligionário Gilvan Magalhães acentuou que Pernambuco vai avançar caso Danilo ganhe a eleição. “Danilo conhece essa máquina pública e é capaz de fazer ela moer para o que precisa. Ele é filho do Brasil oficial, mas tem a alma e o coração do Brasil real, e é isso o que ele vai fazer no Palácio do Campo das Princesas, aproximar esse Brasil real da professora, do gari, da empregada doméstica, da dona de casa; esse Brasil que é invisível, como dizia Ariano”, disse.

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Já a apoiadora Maria Luiza Brandão exaltou que a candidatura de Danilo representa a continuidade do governo Eduardo Campos. “Sem discussão, Eduardo seria o presidente do Brasil e faria grandes oportunidades para nós e, com Danilo, Pernambuco vai crescer e a gente vai continuar a levar esse legado a diante”.

O candidato ao governo do PSB, Danilo Cabral, chamou o governador Paulo Câmara para ficar ao seu lado no palanque, “eu quero você do meu lado, do lado da gente”. Ele também explicou que a localização do comitê está em um ponto estratégico por um ato representativo. “É um ato simbólico que ele esteja localizado na Av. Norte Miguel Arraes de Alencar. Quando a gente fala que nós fazemos parte do time que mais ganhou eleição, a gente fala também que esse time é o que mais mudou a vida das pessoas”. 

O deputado federal destacou a importância de unir Pernambuco. “É fundamental que cada um e cada uma saiba a responsabilidade que tem neste momento. Não será uma eleição simples, estão aí os nossos adversários que vão utilizar de tudo para nos derrubar. Quem já andou no Recife nos últimos dias e está andando no interior, a gente já viu que a campanha da gente embalou e tá tocando fogo, tá começando a subir, e é um sentimento claro. Quem está andando no Recife está vendo que a gente tá começando a ocupar espaços e fazer o que a gente sabe fazer, porque esse time sabe ganhar eleição e eu não tenho dúvida nenhuma de que vamos ganhar essa”. 

A vice-governadora e candidata à reeleição, Luciana Santos, ressaltou que esta etapa na campanha é decisiva. “Agora chegou a hora da Frente Popular entrar em campo com toda a força. Temos pouco mais de 42 dias para o Brasil ser feliz de novo e Pernambuco aprofundar as mudanças que temos feito nos últimos anos. O que estamos fazendo em Pernambuco é estratégico, porque estamos representando a unidade política”. 

“É preciso unir todas as forças contra o fascismo, pela democracia. A gente luta pela democracia para poder atender ao nosso povo e a nossa população, porque democracia a gente constrói com escola de qualidade. É com ela que a gente faz o País crescer”, completou a comunista. 

Já a candidata ao Senado, Teresa Leitão, antes do discurso, ressaltou os benefícios que os professores de Pernambuco e do Recife receberão nos próximos dias com relação ao Fundeb e Fundef. Além disso, ela realçou que a aliança entre PT e PSB é em prol de um projeto político que “não é meramente eleitoral”. 

“Essa aliança foi trabalhada na política. Essa é a eleição das nossas vidas porque, formalmente, se dá sob marcos da democracia, mas é uma eleição onde os nossos concorrentes todos os dias afrontam a democracia do ponto de vista das condições humanas. O povo que passa fome, que compra um botijão de gás à prestação, que não vê prespectiva”, disse, sobre o presidente Bolsonaro (PL).

A petista também afrontou os seus opositores ao Senado em Pernambuco, mas fez uma observação: “eu só tenho uma concorrente, que é Eugênia Lima (PSOl)”. ”Os outros são todos adversários e eu vou derrubar um por um, porque eu quero que o povo saiba que um deles é defensor do agronegócio, e eu sou defensora da agroecologia, economia solidária e agricultura familiar. Eu não sei tocar sanfona, mas uma sanfona que toca desafinada só para retirar a defesa dos trabalhadores, que anda de moto sem capacete, defende a tortura e é contra a soberania nacional tem que ir para o saco também”. 

O prefeito João Campos, por sua vez, pontuou que a Frente Popular entregou “o melhor quadro que temos para disputar as eleições”. “A gente sabe que Pernambuco e a Região Metropolitana do Recife passaram pelo seu momento extremamente crítico esse ano. Nós precisamos ter alguém [o ex-presidente Lula (PT)] que tenha empatia e que goste do Nordeste, de Pernambuco e do Recife, que consiga fazer um projeto estruturante para a nossa região. Quem conhece a Frente Popular sabe que temos a capacidade de muitas pessoas para vencermos desafios. Estamos unidos e esse povo sabe qual é o dever de casa que tem que fazer: não é com interesse, nem vontade pessoal, nem buscando projeto pessoal que se constrói um partido, uma frente, um Estado. Danilo já deu várias demonstrações de que é leal às bandeiras que são muito caras a nós”, afirmou o prefeito, em referência às trocas de partido da candidata Marília Arraes (SD).

O governador Paulo Câmara avisou: “comitê cheio é só no dia da inauguração e no dia da vitória. “Temos, agora, 43 dias para tomarmos conta de Pernambuco e levar essa mensagem, mostrando, mais uma vez, que esse time que está aqui é o que tem as melhores propostas, que sabe governar e, acima de tudo, vai ganhar as eleições deste ano”.

Parte da militância do PSB e da Frente Popular estiveram, na noite desta sexta-feira (19), na inauguração do candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB), no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. Além da mãe do candidato, Renata Campos, que estava visivelmente emocionada, lideranças como o prefeito João Campos (PSB), a candidata ao Senado pela Frente Popular, Teresa Leitão (PSB) e o candidato a governador de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), marcaram presença no evento exaltando o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e com um discurso alfinetando a oposição. 

Pedro Campos contou ter concordado com o convite para assumir o compromisso de ser candidato a deputado federal para “fazer uma sociedade mais justa”. “Eu topei de corpo, alma e coração. Foi por isso que eu rodei 110 municípios em Pernambuco”.

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“Eu nunca vi confusão resolver a vida de ninguém, mas a gente vai estar aqui para trabalhar. Quando não tiver espaço para conversa, a gente não vai perder tempo com confusão, futrica e nem com arenga, a gente [ele e João Campos] não aprendeu a fazer política assim. A gente aprendeu a fazer política conversando”, disse.

Com relação aos resultados das pesquisas para o Governo de Pernambuco, a qual a candidata Marília Arraes (SD) aparece em primeiro lugar, João Campos espetou: “Não tem eleição ganha, resolvida. Cada voto pode ser buscado, cada pessoa pode ser conquistada sem brigar e nem desrespeitar ninguém. Quando alguém vier com agressividade, vá com amor. Quando alguém vier com intolerância, vá com tolerância e paciência”, disse o perefeito que durante a sua campanha em 2020 fez duros ataques a sua adversária Marília. 

Num discurso de exaltação ao irmão do meio, o prefeito afirmou: “a nossa aliança sempre foi e sempre será com o povo de Pernambuco”. “Daqui até o dia 2 de outubro vamos andar juntos fazendo a campanha, pedindo voto para a nossa chapa completa”, avaliou sobre a disputa que tem, segundo pesquisas, Danilo em quinto lugar. 

A candidata Teresa Leitão, por sua vez, voltou a alfinetar sobre a fidelidade que tem com Lula e com o PT, único partido que fez parte desde quando entrou na política. “Me sinto muito comprometida com a aliança que foi posturada pelo presidente Lula (PT) desde o ano passado, em agosto. A construção dessa aliança teve esse foco fundamental no povo brasileiro, por isso estou aqui, e também porque eu disse ‘sim’ a Lula. Eu disse sim ao PT, meu único partido há 22 anos, e eu disse ‘sim’ com muito respeito a toda Frente Popular, que escolheu a presidência do PT neste palanque. “Não vamos negar o fogo, a minha personalidade é forte. A nossa chapa não tem errada”, expressou. 

Danilo atenuou a importância desta eleição para a Frente Popular. “Essa é a eleição mais importante da Frente Popular, que será desafiadora, dura e difícil mas, quanto maior o desafio, mais apaixonante ele é, e eu tô apaixonado por essa eleição e pela vontade de governar Pernambuco. O nosso palanque ganhou a eleição sempre falando a verdade, não tem ninguém com projeto pessoal. Aqui, temos uma história de projeto político”, disse o pessebista em recado a sua adversária Marília, que saiu do PT para garantir sua candidatura.

Ele aproveitou a ocasião para fazer um desafio para debater sobre Pernambuco aos outros quatro postulantes que estão ocupando o ranking da pesquisa ao governo. “Eu tô desafiando eles todos os dias, mas estão fugindo. Eu quero botar os quatro na minha frente para discutir Pernambuco. Infelizmente, tem uma turma aí já acostumada e anunciou que não quer participar do debate. Quem se dispõe a disputar eleição tem que estar disposto a olhar no olho das pessoas. Se não quer debater, ou é arrogância, prepotência, soberba ou despreparo. Tem medo de debater. Eu não tenho medo de debater com ninguém, pode colocar os quatro na minha frente”, destacou. 

O candidato a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), ressaltou, nessa quinta-feira (18), a importância das tradicionais feiras livres como um polo de geração de emprego, renda e circulação da economia para os municípios e teceu duras críticas às promessas de campanha do candidato do PSB, Danilo Cabral, sobre a criação de “mini-Ceasas”.“Danilo Cabral quer acabar com as feiras livres do interior, uma tradição do nosso estado responsável pelo sustento de milhares de famílias. Essas ‘mini-Ceasas’ vão aumentar os preços dos produtos e prejudicar tanto a quem compra como a quem vende”, disparou Anderson, durante caminhada em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Pernambuco precisa de um governo que trabalhe pelo povo e não contra ele, que some esforços e pense em soluções práticas que, de fato, resultem na melhoria de vida das pessoas”, emendou.

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Além de Anderson, os candidatos a vice, Izabel Urquiza (PL), e ao Senado, Gilson Machado (PL), também participaram da agenda de campanha.

 

Na tarde desta quinta-feira (18), o candidato ao Governo de Pernambuco Danilo Cabral (PSB) disse não ter dúvidas de que crescerá nas próximas pesquisas. “Eu tenho certeza disso. Já participei de outras campanhas e a Frente Popular, em todas elas, desde 2006, sempre não partia na frente, mas sempre ganhou as eleições. Foi assim com Eduardo, Paulo, Geraldo e João. A oportunidade que a gente tem de se apresentar a Pernambuco tá começando agora”, comentou.

Segundo a última pesquisa Ipespe divulgada na segunda-feira (15), o socialista aparece em quarto lugar, com 11%, e vê sua principal rival, Marília Arraes (Solidariedade), liderando em todos os levantamentos feitos no Estado. Cabral aponta que o Guia Eleitoral e o início da campanha nas ruas vão possibilitar que a população conheça a história de cada candidato.

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“Nós aliamos a experiência política com experiência administrativa e disposição para que a gente possa liderar esse novo processo. Pernambuco tem a oportunidade de fazer um reencontro com o Brasil”, assevera.

Jogo limpo

O deputado assegurou que - no que depender dele -, jogará dentro das quatro linhas. “Não esperem de mim nenhum tipo de campanha que vá partir para ataques pessoais, agressões porque eu acho que não é essa a expectativa da população. A gente está vivendo um momento duro, difícil, com o povo brasileiro passando dificuldade, desemprego, fome, inflação batendo na porta. Eu acho que as pessoas esperam respostas para esses desafios e não é com agressão que você vai dar resposta a isso”, fala.

Agenda

Danilo Cabral esteve na tarde desta quinta (18), na Escola Técnica Estadual Professor Agamemnon Magalhães (ETEPAM), localizada na Encruzilhada, Zona Norte do Recife, onde gravou uma peça para a sua campanha ao Governo de Pernambuco e conversou com o LeiaJá sobre algumas de suas propostas para a educação. 

“O passo adiante é a gente universalizar a educação profissional presencial em todas as cidades de Pernambuco. A gente fez isso com o Ensino Médio Integral, que hoje é uma realidade. Nós precisamos agora fortalecer a qualificação profissional, sobretudo para dar acesso ao emprego”, comentou.

O socialista prometeu que, se eleito, a educação será a base de seu governo. “Nós entendemos que ela [a educação] é estruturante, não só para o desenvolvimento econômico, mas sobretudo para o desenvolvimento da cidadania e da inclusão das pessoas”.

Ele assegura que o Estado de Pernambuco é referência no ensino público do Brasil, mas reconhece que precisa avançar mais. “Além da educação profissional, nós temos um desafio que é a questão da pré-escola, que é uma ação de articulação com os municípios. [Precisamos] garantir o acesso porque há muitas crianças que não estão tendo acesso às escolas porque não tem creche. Nós queremos articular e, de alguma forma, participar desse esforço que os municípios têm para construir novas creches”.

Interiorização

O candidato aponta que a interiorização do ensino superior é outro desafio que ele vai assumir em uma possível gestão. “A gente já tem a presença da universidade pública federal ou estadual em todas as regiões do Estado de Pernambuco, mas a gente precisa avançar no acesso a essas universidades”. 

Embarque Digital

O candidato do PSB promete ampliar o programa Embarque Digital. A iniciativa foi lançada no ano passado pela Prefeitura do Recife, em parceria com o Porto Digital, visando proporcionar aos estudantes egressos da rede pública a possibilidade de estudar de forma gratuita os cursos de Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet.

“Nós queremos garantir o lançamento no Estado de uma experiência que já deu certo no Recife. Nós vamos levar para todo o Estado de Pernambuco a oportunidade de você financiar cursos superiores na área da tecnologia já vinculados às demandas de mercado”, pontua.

Candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB) apresentou um novo posicionamento em seu discurso e afirmou que não defende mais a legalização das drogas. Ele disse que não é mais a favor do tema por entender que a descriminalização não vai ajudar o Brasil nesse momento.

Em entrevista a Record, Freixo apontou que é contrário a temas que 'dividissem a sociedade brasileira' e que foco deve ser no desenvolvimento de políticas sociais, de saúde e na polícia. "Não sou mais a favor. Não acho que isso vai nos ajudar nesse momento no Brasil", respondeu.

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"O que a gente precisa fazer é avançar em dois braços. Um é o braço efetivo da polícia, pra botar bandido na cadeia. Estou falando de miliciano, traficante e político corrupto também. E, mais do que isso, quero o braço social. Tem quer ter lugar com esporte, psicólogo, assistente, para a mãe poder levar o filho e permitir prosperidade, uma chance pra essa juventude", resumiu o concorrente. 

Desde que lançou o interesse nas eleições deste ano, Marcelo Freixo tende a tomar um discurso mais moderado e com menos ênfase em pautas polêmicas como estratégia. Uma de suas apostas foi investir em compromissos de campanha na região da Baixada Fluminense, que tem uma tendência a eleger políticos da direita. O deputado foi criticado por adversários da direita e de representantes da esquerda pela mudança drástica de posicionamento.

 O candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), criticou a promessa feita pelo seu rival Danilo Cabral (PSB), que prometeu tornar o IPVA em Pernambuco o menor do Nordeste, nesta segunda-feira (15), nas redes sociais. "A partir de janeiro de 2023, nenhum estado do Nordeste pagará menos imposto que Pernambuco. Qualquer estado que baixar a sua carga tributária, Pernambuco vai baixar também", afirmou Danilo.

 Após postagem, Miguel rebateu a promessa defendida por Danilo e acrescentou críticas ao governador Paulo Câmara (PSB). De acordo com o ex-prefeito de Petrolina, Paulo tornou Pernambuco um dos estados que mais cobra impostos no Brasil.

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“Só pode ser piada. O povo de Pernambuco registrando os carros na Bahia, na Paraíba e no Ceará, para se livrar do IPVA alto, aí, agora, vem o candidato do PSB falar em baixar imposto. Candidato, não subestime a inteligência dos pernambucanos ao prometer baixar o IPVA”, escreveu Miguel.

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Uma grande caminhada pelas ruas do simbólico bairro de Brasília Teimosa, no Recife, marca nesta terça-feira (16), o primeiro ato oficial da campanha do candidato a governador Danilo Cabral (PSB). A concentração será às 17h na antiga Cobal - onde também haverá a apoteose com um comício encerrando o evento. Estão programados pronunciamentos de Danilo, da candidata à senadora Teresa Leitão e do prefeito do Recife, João Campos. 

A escolha por Brasília Teimosa se deu pela forte ligação da área com o candidato a presidente Lula e com as gestões da Frente Popular, o PSB e o PT. O bairro é referência ao se falar do Governo Lula como presidente. Recém empossado, ele fez uma visita histórica a Brasília Teimosa em 10 de janeiro de 2003 e levou consigo 29 ministros. 

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Percorreu as palafitas existentes na época, abraçou populares e anunciou um grande programa de requalificação e criação de um conglomerado urbano do bairro, hoje referência da Zona Sul da capital recifense. 

Antes da transformação, muitas pessoas viviam precariamente, em ambiente insalubre. Lula também mostrou ali que tomava para si a luta contra a pobreza e pela moradia digna e deu sinais de que ouviria as reivindicações do povo saindo do gabinete e colocando os pés nas ruas. A ação da Prefeitura do Recife ocorreu na gestão do então prefeito João Paulo e foi realizada com o apoio e recursos destinados por Lula. 

Quando lançada por Lula, Danilo reforçava a equipe de João Paulo e acompanhou todo o projeto, enquanto compunha nesta mesma ocasião o staff do primeiro escalão da gestão de João Paulo: Danilo era secretário de Administração do Recife (2001-2004). 

 A requalificação de Brasília Teimosa previa a obra de requalificação da orla e região, que abrange a Praia do Pina e o Rio Capibaribe e dá continuidade à praia de Boa Viagem, e a construção de mais de um quilômetro de calçadão da orla, o melhoramento dos serviços de limpeza e transportes e a instalação de uma área de lazer popular. 

Além disso, a retirada de cerca de centenas de famílias do que era conhecida como a mais antiga invasão urbana do Recife e a construção de novas moradias. Urbanizada a partir de 1979, a comunidade de Brasília Teimosa foi o embrião do bairro, uma região que tem passado por resistência e luta pela posse de terra. 

Da assessoria

Prefeito de Araripina, no Sertão de Pernambuco, Raimundo Pimentel (União Brasil) afirmou, nesta sexta-feira (12), que o governador Paulo Câmara (PSB) "perseguiu" sua gestão e tratou a cidade a "pão e água" durante seu mandato. Raimundo, que não é aliado do governador, aproveitou a coletiva onde anunciou dissidência partidária e o apoio à candidatura de Marília Arraes (SD) ao Governo Estadual, para dizer que os prefeitos opositores ao PSB foram tratados de forma 'injusta' pela atual administração.

Em sua fala, inclusive, Raimundo pontuou ter sido retaliado até durante a divisão das vacinas contra a Covid-19.

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“Quero tratar esse momento como uma conclamação a todos os prefeitos que, assim como eu, sofreram na pele as perseguições, os maus tratos e abandonos que fomos submetidos nesses oito anos. Os prefeitos que discordaram do posicionamento político que foi dado a partir de 2014 [da escolha de Paulo Câmara pelo PSB]; os prefeitos que tomaram rumos diferentes, a partir de 2014 para cá, e foram tratados de uma forma absolutamente injusta e cruel, assistiram seus municípios serem tratados a pão e água”, cravou.

“A Araripina foi negado tudo, inclusive vacina. Uma distribuição injusta visando um projeto de marketing, no momento em que se deveria salvar vida humanas... Os prefeitos não aliados do PSB assistiram seus municípios perderem o FEM, que a partir de 2014 não obedeceu um critério de importância para a população, mas de alianças”, emendou Raimundo. Ao se referir ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), criado pelo ex-governador Eduardo Campos.

Raimundo Pimentel está cumprindo o segundo mandato como prefeito de Araripina. Ele foi eleito em 2016 pelo PSL, hoje União Brasil, e reeleito em 2020. Ex-deputado estadual, Raimundo foi filiado ao PSB até 2015.

O LeiaJá entrou em contato com o Governo de Pernambuco para questionar sobre as afirmações do prefeito, mas até o momento da publicação não recebeu respostas. O espaço segue aberto.

A aliança entre o PT e o PSB vem colecionando diversos imbróglios ao longo dos últimos anos. Um deles é o apoio do PSB ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, fato que, inclusive, contou com o voto do candidato da Frente Popular de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB). Nesta segunda-feira (8), porém, Danilo declarou que o episódio já foi superado pelas legendas e classificou o apoio do PSB a destituição de Dilma como um “equívoco”.

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“Esse processo já foi superado. A direção nacional do PSB já se manifestou sobre isso e reconheceu que houve um equívoco histórico do partido ao participar daquela votação”, declarou o deputado federal em entrevista à Rádio Jornal.

“O que nos orienta agora é o futuro do Brasil. Neste exato momento não é só o PSB que está se juntando com PT, as forças democráticas do Brasil estão se aglutinando contra a ameaça à democracia”, reforçou Danilo.

O candidato ainda disse que “essas questões de lá trás podem ter tido uma relevância lá [em 2016], mas a superação deste momento é resultado da verdadeira ameaça à democracia”, segundo ele, proporcionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao questionar a legitimidade das urnas.

O candidato da Frente Popular de Pernambuco ao Governo, Danilo Cabral (PSB), prometeu, nesta segunda-feira (8), que vai, se eleito, duplicar a BR-232 até o município de Serra Talhada, no Agreste do Estado. 

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“Vamos duplicar a BR-232 até Serra Talhada. É um compromisso que queremos assumir. Eu tratei, inclusive, deste assunto com o presidente [candidato] Lula lá em Serra Talhada”, afirmou durante a sabatina na Rádio Jornal, o mencionar a passagem de Lula por Pernambuco em junho.

“Existe o projeto que foi colocado lá atrás de chegar até Arcoverde e não foi executado por problemas fiscais do próprio Governo Federal. Esta estrada custa, de São Caetano até Serra Talhada, e uma faixa até Salgueiro, R$ 3 bilhões. Estou falando de conta objetiva, eu falei esse assunto com Lula e já solicitei que pudéssemos apresentar esse projeto assim que o governo fosse instalado e dividir essa conta”, emendou Danilo.

O deputado federal disse ainda que quem é do interior do Estado sabe da importância da BR-232. “É fundamental que essa espinha dorsal de Pernambuco chegue até Serra. Este é um compromisso que estou assumindo”, reforçou.

Danilo ainda fez questão de salientar que o governo Bolsonaro não colaborou com a gestão de Paulo Câmara em Pernambuco. “Infelizmente o governador Paulo Câmara trabalhou sob um fogo serrado do Governo Federal, o governo Bolsonaro não foi um adversário do governo de Pernambuco, mas um inimigo. Precisamos reencontrar Pernambuco com o Brasil. Vamos ter a oportunidade de retomar diversos projetos e tirar do papel sonhos que não foram possíveis ser tirados”, disse projetando também a eleição do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto.

Em agenda pelo Sertão neste final de semana, o candidato a governador Miguel Coelho (União) visitou os municípios de Betânia, Sertânia e Arcoverde. Na passagem pelas cidades sertanejas, o candidato disse ter ouvido depoimentos frequentes da frustração da população com promessas não cumpridas pelo atual governo e a falta de investimentos.

Em resposta, o candidato do União Brasil disse que pretende fazer investimentos pesados tanto em infraestrutura quanto em abastecimento com a reestruturação e concessão da Compesa.

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”PSB virou o partido da fome e da promessa não cumprida. Por onde eu passo, escuto alguma história de ordem de serviço assinada e a obra não sair do papel. Pior, agora a população está convivendo com a falta de água por incompetência da Compesa e viramos o estado com mais miséria no país. Peço a oportunidade de mudar essa realidade. Vamos fazer o maior investimento que Pernambuco já viu em sua história e não aceitaremos que nenhum sertanejo ou qualquer pernambucano passe fome e sede”, assegurou.

*Com informações da assessoria de imprensa

 

 Durante convenção partidária do PSB e PT de Pernambuco nesta sexta-feira (5), o candidato a governador de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB) alfinetou a concorrente. O ex-prefeito e atual secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Geraldo Julio (PSB), estava no palanque ao lado de Renata Campos, mãe do prefeito João Campos (PSB) e do candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB). 

Cabral disse que o jogo só começa oficialmente no dia 15 de agosto, quando o período da oficialização das candidaturas é finalizado e a campanha eleitoral começa, de fato. “A gente vai ter a oportunidade de discutir Pernambuco com o cidadão, apresentar a nossa história, o nosso pensamento, o que a gente quer construir para o futuro e apresentar o nosso time. O time da gente é do presidente Lula (PT), da Frente Popular”. 

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De acordo com o candidato, o objetivo da Frente Popular é juntar forças também no campo democrático para tirar Bolsonaro da Presidência. “Para que a gente não tenha mais quatro anos de tragédia no Brasil e no estado de Pernambuco. Vamos denunciar esse governo. Inclusive, aqui no estado temos candidaturas colocadas que têm relação direta com ele, como a de Anderson, que é legítima de Bolsonaro; tem Miguel, que o pai é líder do governo, e tem a terceira candidatura, que diz que nem é contra Bolsonaro e nem contra Lula. O momento é para a gente ter lado”, evidenciou. 

No discurso, a candidata ao Senado, Teresa Leitão (PT), afirmou: “é muito bom e todo mundo quer ser chamado do candidato de Lula”. “Isso [a candidatura] foi fruto de uma negociação, uma aliança que traz para Pernambuco o melhor candidato para assumir a cadeira no Palácio do Campo das Princesas. Aqui está o verdadeiro time de Lula, que Lula confia. O palanque que apoia Lula e é apoiado por ele. Me desculpem qualquer um que se sinta ofendido por isso”, ironizou. 

Ao comentar sobre o anúncio que o PP fez nesta sexta com o nome de Antônio Mário para concorrer ao Senado, mas manter o apoio à Frente Popular, a petista e candidata ao Senado pela Frente, afirmou que “o nome de Lula é doce”. “Quando ele tava preso, inelegível, tinha gente que se esquecia dele. Teve gente que votou contra os princípios de tudo aquilo o que Lula vai ter que rever, que ele tá chamando de revogaço. Teresa ser de Lula não é só ser do PT, é ter um projeto de sociedade, para o povo de Pernambuco e o povo do Brasil, construído com Lula em todos os momentos, seja na adversidade, seja na bonança”. 

A Executiva Nacional do PT aprovou nesta sexta-feira, 5, a manutenção do apoio à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio. A decisão contraria a executiva fluminense da sigla, que defendia o rompimento com o parlamentar. O partido ameaçava deixar a coligação com o PSB no Estado caso o deputado Alessandro Molon (PSB) não abrisse mão da candidatura ao Senado em prol do petista André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Sem um acordo, os dois devem disputar o voto da esquerda para senador pelo Rio em outubro.

A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou a decisão pelo Twitter: "A Comissão Executiva Nacional do PT confirma o apoio à chapa Marcelo Freixo (PSB) para governador e André Ceciliano (PT) para senador no Rio de Janeiro. Com Lula e Alckmin vamos juntos reconstruir nosso Brasil", escreveu a deputada.

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Embora ao menos quatro integrantes da Executiva tenham defendido publicamente o rompimento com Freixo, a decisão sobre a aliança com o PSB passou pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deu a palavra final sobre o impasse.

A pressão para que Molon desistisse da disputa aumentou nas últimas semanas. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tentou interceder, mas a decisão do deputado em manter a candidatura já era considerada irreversível.

Alessandro Molon, hoje deputado federal, lidera as pesquisas de intenção de votos mais recentes, empatado tecnicamente com o atual senador Romário (PL), candidato à reeleição. Na sequência, aparecem o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos), o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), de acordo com levantamento da Real Time Big Data divulgado na última semana de julho.

Nas articulações da candidatura de Lula para a disputa pela Presidência, o PT decidiu apoiar Freixo na corrida para o Palácio Guanabara. Em troca, os petistas esperavam indicar Ceciliano como candidato da chapa à cadeira no Senado.

Mas Molon, que preside o diretório fluminense do PSB, não quis abdicar de sua candidatura. Decidiu mantê-la, contrariando o PT, que pressionava por um único candidato ao cargo. Segundo o parlamentar, o acordo entre as legendas alegado pelos petistas nunca existiu. Insatisfeita, a executiva estadual do partido no Estado aprovou o rompimento da aliança com Freixo na noite de terça-feira, 2. Seus integrantes acusavam o PSB de descumprir o acordo estadual.

Freixo já apareceu em primeiro lugar em pesquisas, mas agora figura como segundo colocado, logo atrás do atual governador Cláudio Castro (PL), que assumiu o Palácio da Guanabara após o afastamento do ex-governador Wilson Witzel (então no PSC) por processo de impeachment, em agosto de 2020. Witzel, mesmo inelegível, foi escolhido como candidato ao governo do Rio pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira) e deve tentar ir às urnas com recursos judiciais.

A maioria dos dirigentes petistas no Rio, porém, apesar de ter aprovado a indicação para o rompimento no início desta semana, ainda defende a aliança com o PSB no Estado. Como mostrou a Coluna do Estadão, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador da campanha de Lula, José Guimarães, defenderam a manutenção da aliança.

Principal aposta do PSB na disputa à Câmara dos Deputados em São Paulo, a deputada Tabata Amaral teve uma longa reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de anunciar o apoio ao petista na corrida presidencial. Tabata foi uma das principais vozes de oposição à entrada do PSB na federação composta por PT, PCdoB e PV, o que de fato não se confirmou. Após o encontro com o ex-presidente e sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, a deputada se diz confortável na condição de aliada a ele. "Apoiar o Lula é sobre estar do lado certo", disse.

Eleita com 264.450 votos em 2018, representando à época o PDT, Tabata foi a sexta deputada federal mais votada no Estado. Mas o partido de Ciro Gomes rompeu com a parlamentar após ela votar a favor da reforma da Previdência.

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Filha de uma diarista e um cobrador de ônibus, Tabata afirmou ao Estadão que foi alvo de fake news e ataques de lideranças de esquerda com quem vai dividir palanque nesta campanha.

Nascida na periferia de São Paulo, Tabata Amaral tem 28 anos, é formada pela Universidade Harvard (EUA) e coordenou o programa de governo de Márcio França antes que ele optasse por concorrer ao Senado em vez do Palácio dos Bandeirantes. Agora, é ela quem desponta como um dos principais nomes do partido para a sucessão do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Confira a entrevista a seguir.

Depois de se posicionar contra a federação PT-PSB, a senhora se sente confortável no palanque de Lula?

Isso tem a ver com ter coragem e lucidez no momento histórico que estamos vivendo. Estou com o coração muito tranquilo. A gente está vivendo um dos momentos mais desafiadores da história do nosso País. Eu poderia trazer mil anedotas, mas o show de horrores que foi isso do Bolsonaro convocar embaixadores para questionar as eleições e as urnas é um pequeno exemplo. Apoiar o Lula é sobre estar do lado certo.

Como foi a sua relação com o campo da esquerda ao longo do mandato na Câmara?

Eu sou progressista, e por estar na luta da renda mínima, pela educação pública e pelos direitos das mulheres, tenho muito mais concordância do que discordância com a esquerda. Mas, por razões estratégicas e de disputa de poder, eu recebi muitos ataques (da esquerda). Infelizmente fui alvo de ataques com fake news tanto da esquerda quanto da direita. Para mim é muito claro que a visão de mundo que eu defendo faz sentido para boa parte da população. O combate à corrupção não é uma pauta só de direita. Dá para conciliar o fiscal com o social.

Vai estar nos palanques do Lula fazendo campanha com ele?

Não tive nenhum convite específico, até porque essa campanha está se dando principalmente fora de São Paulo. Mas vou estar aqui nos palanques com Haddad, Márcio França e nossos candidatos a deputado estadual.

Seu eleitorado aceitou essa opção de estar com Lula?

Venho sentindo uma grande compreensão. Estamos falando de um governo que nos trouxe a uma situação com 30 milhões de pessoas passando fome, que todos os dias se coloca contra as mulheres e que acabou com a economia. As pessoas entendem a gravidade do momento, que precisamos derrotar o Bolsonaro nas urnas.

Por que foi contra a federação entre PSB e PT?

Porque o Brasil comporta um segundo partido de esquerda em tamanho, que é o PSB. O Brasil precisa de uma centro esquerda democrática que olha pra frente e se baseia na experiência do socialismo em Portugal e Espanha, e não no passado. O PSB tem história, quadros e um programa de País. Se a gente tivesse feito a federação, o PSB seria uma sublegenda do PT. O PSB é importante de mais para virar uma sublegenda. Mesmo quem era contra acha hoje que foi uma decisão acertada.

Na contramão dos partidos de esquerda, a sra. votou à favor da reforma da Previdência e isso abriu uma crise com seu antigo partido, o PDT. Como foi lidar com as críticas?

Recentemente, eu ouvi um argumento que fez muito sentido pra mim, pena que não me disseram há 3 anos. Da mesma forma que a gente defende o Sistema Único de Saúde, acho contraditório que a esquerda defenda que dentro do sistema previdenciário algumas pessoas tenham privilégios só porque o lobby delas é mais poderoso. O que a gente fez com a reforma da Previdência foi justamente acabar com os privilégios, por exemplo, de políticos que se aposentavam com R$ 40 mil por mês, mas também igualar as condições de quem tinha uma aposentadoria mais favorável às pessoas mais humildes. Para mim, esse é um voto de esquerda. Minha mãe foi diarista e meu pai cobrador de ônibus. Meu voto à favor da reforma da Previdência foi um voto de esquerda. A esquerda tem de olhar para a empregada doméstica, para o pedreiro, que são as profissões da minha família, e não ficar sempre olhando para quem consegue se mobilizar e fazer barulho em Brasília.

A senhora foi muito comentada após votar no PL 4188, que permite que bancos e instituições financeiras possam penhorar imóveis únicos de famílias para quitar dívidas. Foram muitas as críticas por quem hoje está ao seu lado. Houve um erro ali?

Infelizmente, fake news e difamação não são monopólio da direita. Algumas pessoas do campo da esquerda se valeram de um erro em uma votação menor, que foi corrigida logo na sequência, para espalhar fake news de que eu tinha votado a favor desse projeto. Provei que era fake news e que as pessoas usaram de má fé. Não dá para comparar isso com a máquina de ódio do bolsonarismo hoje, mas fake news, ameaça e essa violência toda também existem no campo da esquerda. E isso também é mais feroz contras as mulheres no campo da esquerda. O machismo é a coisa mais suprapartidária do Brasil.

Vai abrir mão do fundo eleitoral?

Defendo que ninguém tenha no seu financiamento de campanha uma fonte que corresponda a mais que 10%, seja doação própria ou de um partido. O que usar de fundo eleitoral não vai ultrapassar os 10% do financiamento. Sou contra o tamanho do fundo e votei pela sua redução. E sou contra a forma como é distribuído. Você destinar milhões para quem tem mandato não é democratizar as eleições.

Fez algum pedido especial ao Fernando Haddad para apoiá-lo?

Fiz dois pedidos. Um foi que ele recebesse o plano de governo do PSB, que eu fui a coordenadora. Ele se comprometeu a integrar esse plano. E fiz outro pedido bastante direto: que metade do secretariado fosse composto por mulheres.

Haddad topou?

Ele topou. Agora estou cobrando esse anúncio público.

Lula e o PT se comprometeram a apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura em 2024. A senhora pretende apoiar essa chapa?

O PSB não tem nenhum acordo com o PT e o PSOL para as eleições de 2024. Vamos calma.

O PSB ventila seu nome na capital. É uma possibilidade?

É uma possibilidade que será discutida depois das eleições. Precisamos de um pouquinho mais humildade neste momento.

Quatro integrantes da Executiva nacional do PT se posicionaram, nessa quarta-feira (3), publicamente contra a candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) ao Senado pelo Rio. Eles devem engrossar o movimento contrário à aliança com o PSB fluminense - e o apoio à candidatura de Marcelo Freixo ao governo do Estado - na reunião, hoje, da direção nacional petista. A maioria, porém, defende a aliança.

O apoio a Freixo foi decidido pelo PT em meio às articulações da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Em troca, os petistas esperavam indicar o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT), como candidato da chapa ao Senado. Presidente estadual do PSB, Molon não concorda em abdicar da candidatura. "Não fiz e não participei de qualquer acordo para ceder ao PT a vaga para o Senado", disse em nota.

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A decisão contraria o PT, que pressiona por candidato único da coligação ao Senado. Insatisfeita, a Executiva estadual do PT no Rio aprovou, anteontem, o rompimento da aliança com Freixo, acusando o PSB de descumprir o acordo estadual. A decisão ainda deve ser validada pelos demais partidos da federação: PCdoB e PV.

Integrantes do PT fluminense e do diretório nacional insistem que Molon quebrou o acordo. "Testemunhei o acordo firmado, que é defendido pelo próprio Freixo", disse a deputada Benedita da Silva, que representa o Rio na Executiva. O ex-secretário nacional de Comunicação do PT Alberto Cantalice, membro do diretório nacional, disse que Molon "traiu" o PT e está causando prejuízos à campanha de Freixo.

O secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, e o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, defenderão, na reunião, o apoio ao ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) ao governo.

Dois nomes

O movimento, no entanto, encontra resistência não só no PT do Rio, que em abril aprovou o apoio a Freixo por 52 dos 55 votos. O candidato petista ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, pediu que o partido "não poupe esforços" para trabalhar pela eleição de Freixo. "Temos grande condição de ganhar a eleição no Rio. Temos um candidato que, se não é o líder, está próximo", disse.

Integrantes da campanha de Lula sugerem manter os dois candidatos ao Senado no Rio, com Freixo candidato ao governo. Durante o anúncio de Cesar Maia (PSDB) como vice, na semana passada, Freixo disse ter "convicção" de que Lula estará ao seu lado na campanha.

Candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT e um dos nomes mais próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse nesta quarta-feira (3) ver a situação do palanque no Rio de Janeiro com preocupação e defendeu que o partido "não poupe esforços" para trabalhar pela eleição de Marcelo Freixo (PSB).

"Vejo com preocupação, porque temos grande condição de ganhar a eleição no Rio de Janeiro. Temos um candidato que, se não é o líder, está próximo do líder", disse Haddad. "É uma figura louvável, que está conseguindo ampliar, como eu tentei em São Paulo também, ampliar a nossa coalizão", afirmou, sobre Freixo, em entrevista coletiva após participar de evento na Fiesp.

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O diretório estadual do PT no Rio aprovou, na terça-feira, a retirada do apoio a Freixo, sob argumento de que o PSB descumpriu o acordo feito com os petistas ao defender a candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado e não a de André Ceciliano (PT). A Executiva Nacional do partido se reunirá virtualmente na manhã desta quinta-feira para debater o assunto.

Outros integrantes da campanha de Lula próximos ao ex-presidente dividem a mesma opinião de Haddad. A avaliação de nomes ouvidos pelo Estadão é de que, a despeito do descumprimento do acordo pelo PSB, não é hora de dar um cavalo de pau na disputa estadual e mudar o rumo das coisas. A sugestão de integrantes do partido próximos a Lula é manter dois candidatos ao Senado, Molon e Ceciliano, com Freixo como candidato a governador.

Alguns petistas lembram que Molon tem boa entrada com setores da esquerda que votam em Lula, além do apoio de artistas e intelectuais no Rio. Uma divisão, segundo essas mesmas fontes, não seria desejável.

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