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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a adoção do orçamento impositivo a partir do próximo ano vai facilitar a vida do governo. Segundo ele, o Executivo vai ter uma relação de mais independência em relação ao Legislativo e o Parlamento vai ter mais responsabilidade quando se tratar de despesas públicas.

O orçamento impositivo, promulgado pelo Congresso em junho e regulamentado pela Emenda Constitucional 100, determina a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada.

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Orçamento 2020

Ao avaliar a proposta orçamentária para o próximo ano (PLN 22/19), Maia ressaltou que o texto já traz a previsão da aprovação das PECs dos Gatilhos, que devem garantir mais investimentos e reduzir despesas.

A PEC 438/18, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, cria gatilhos para conter as despesas públicas e preservar a regra de ouro. Já a PEC 186/19, está em análise no Senado, e tem como foco as despesas com pessoal. A ideia é permitir, por exemplo, a redução da jornada do servidor com a correspondente redução salarial.

“No orçamento do próximo ano, já tem a previsão da aprovação das PECs dos Gatilhos, isso foi base importante da sustentação do aumento das despesas de investimento discricionárias que o relator está colocando no orçamento", explicou Maia.

"No futuro, vai se abrir um espaço fiscal maior, porque com o teto de gastos é preciso reduzir o piso, precisa abrir espaço para poder aumentar a despesa discricionária”, avaliou.

O orçamento de 2020 deve ser votado pelo Congresso nesta tarde.

*Da Agência Câmara

A notícia de que o Governo Federal excluiria profissões artísticas do Sistema Microempreendedor Individual (MEI) caiu como uma bomba, neste sábado (7), entre o meio artístico. A decisão, no entanto, deve ser revertida, de acordo com nota oficial da Secretaria-Executiva do Simples Nacional. Segundo o órgão, uma proposta de revogação será encaminhada ao comitê gestor do programa. 

A exclusão de cerca de 17 profissões artísticas e culturais do MEI seria feita no próximo mês de janeiro. A medida impossibilitaria a formalização da ocupação de artistas musicais, produtores culturais, humoristas e instrutores de música, entre outros profissionais ligados à cultura. Houve reação imediata de diversas pessoas do setor que usaram as redes sociais para criticar a decisão. 

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A medida, no entanto, deve ser revogada. Em sua conta oficial no Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, falou sobre a possibilidade. "Acabo de receber a informação de que o Conselho de Gestão do Simples está fazendo uma reunião virtual e deve recuar na decisão da resolução". Em seguida, uma nota oficial da Secretaria-Executiva do Simples Nacional foi enviada à imprensa informando que será encaminhado ao comitê gestor uma proposta para revogar a resolução. 


 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nessa sexta-feira (6) o que chamou de "contingenciamento linear" do Orçamento do ano que vem e afirmou que pretende dar ao Congresso mais poder para decidir sobre cortes de verbas. Com isso, eventuais bloqueios atingiriam proporcionalmente todos os ministérios.

O Estado de S. Paulo mostrou ontem que o presidente Jair Bolsonaro blindou despesas ligadas aos ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia de cortes em 2020. Bolsonaro decidiu, no entanto, não livrar de eventuais tesouradas gastos com compra de equipamentos para escolas infantis e de medicamentos para doenças raras previstos no Orçamento do ano que vem.

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"Se você liberar o governo para ele contingenciar onde ele quiser, ele pode contingenciar os investimentos escolhidos pelo Parlamento e executar os escolhidos pelos ministérios. Então tem que ser uma regra que gere harmonia. Pelo que estou ouvindo dos líderes, dos deputados, vai sair do Parlamento um contingenciamento linear, que é o correto", disse o presidente da Câmara dos Deputados em entrevista à GloboNews.

Segunda instância

Ainda ontem, Maia afirmou que a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata sobre prisão após condenação em segunda instância deve ser votada em março. "É uma PEC que trata de recursos especiais, é extensa. Por isso compreendi que a discussão dessa PEC é o melhor caminho. (Mas) Não podemos nunca imaginar que o Parlamento possa cumprir um papel de juiz de execução penal", disse ele em São Paulo, onde participou de evento.

Fundo

Questionado ainda sobre a proposta de elevar o fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões, Maia afirmou que não se pode tirar recursos de áreas como Saúde ou Educação para viabilizar o financiamento de campanhas. "Independentemente do valor, o importante é que não seja em detrimento de nenhuma área fundamental." 

Em meio a uma crescente avaliação de que não há mais ambiente político para aprovação de outras reformas previstas pelo governo, como a tributária e a administrativa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta quarta-feira (4), que todos os projetos serão aprovados.

"(O governo) consegue aprovar. Vamos aprovar todas as reformas, não são importantes só para o governo, são importantes para o Brasil", disse o parlamentar a jornalistas, depois de ter sido questionado sobre se o Executivo teria condições de passar outras reformas após a tramitação da reforma da Previdência.

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Maia também foi perguntado sobre se o governo não estava "legislando muito" por meio de medidas provisórias. Ele concordou, mas ponderou que todos os governos recorrem a esse instrumento. "Sou a favor de mudar a Constituição e vedar a MP, mas ainda não sou majoritário", afirmou.

O presidente da Câmara deu as declarações após ter participado de evento em São Paulo do JPMorgan.

Ele participou de um painel ao lado do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. A conversa foi mediada pela economista-chefe do banco para ao Brasil, Cassiana Fernandez.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (4) que a Casa ainda não recebeu os pedidos do PSL para punir 18 parlamentares da sigla, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Maia, as punições serão analisadas com base no estatuto do partido e no regimento da Câmara.

"O que prevalece (na análise) é o respeito ao estatuto (do partido), e depois, dentro regimento, o que cabe em relação aos pedidos do partido", disse Maia. "Não sei em qual instância foi tomada a decisão, e, recebendo, vamos analisar, baseado dentro das regras da Casa", acrescentou o deputado, em conversa com jornalistas, após participar de evento do JPMorgan em São Paulo.

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O PSL confirmou, na terça-feira (3), a punição a Eduardo e a outros 17 parlamentares que tentaram afastar o presidente do partido, Luciano Bivar (PE), do comando da sigla. O filho do presidente ficará um ano impedido de exercer atividades partidárias e deve deixar a liderança da legenda. Após a decisão, Bivar afirmou que quem não quer ficar no PSL deve "seguir o seu caminho".

Além de perder a liderança, Eduardo vai deixar as cadeiras que ocupa nas comissões temáticas, como a CPI Mista das Fake News, onde tem sido uma espécie de advogado de defesa de Bolsonaro. Ele continuará na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional até o final do ano porque foi eleito presidente e, pelo regimento da Casa, está imune a quaisquer alterações feitas pelo partido.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, recebeu a maior premiação do evento "Brasileiros do Ano 2019", das revistas Istoé e Istoé Dinheiro, nessa segunda-feira (2) à noite, na capital paulista. Ao receber a homenagem de “Brasileiro do Ano”, ele destacou a importância do Poder Legislativo.

“Esse tem sido o meu papel, tentar recuperar o prestígio do Parlamento perante a sociedade. Nada vai mudar nesse país que não seja pelo Parlamento. Porque o Parlamento é a casa da democracia. O presidente da Câmara não é o presidente que executa, é o presidente que ouve, coordena e constrói maiorias, porque o presidente da Câmara não nomeia deputado, os deputados são eleitos todos da mesma forma. No Parlamento é que toda a sociedade está representada”, disse.

Para Maia, o Poder Executivo representa parte da sociedade, mas no Poder Legislativo estão todos os pensamentos da sociedade. “O nosso papel é coordenar os trabalhos da Câmara e construir um novo Estado, um Estado que seja mais justo, mais igual. Nós não podemos mais ter um Estado em que as somas dos impostos e transferências reduzam a nossa desigualdade em só 4%. Na Europa, impostos e transferências reduzem a desigualdade em 38%, então esse Estado [brasileiro atual] não é para todos os brasileiros”.

Ele criticou o sistema tributário atual, afirmando que ele “tributa mais o consumo e menos a renda, mais uma vez tributando mais os brasileiros mais simples e beneficiando a elite da sociedade brasileira, da qual fazemos parte”, disse, dirigindo-se à plateia, formada em grande parte por empresários e políticos. “Esse desafio de reorganizar o Estado brasileiro é de todos nós, mas é do Parlamento”.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também foi homenageado no evento, recebendo o prêmio de “Empreendedor do Ano na Economia”. Ele agradeceu o presidente Jair Bolsonaro e os servidores do ministério. “O Brasil vai dar certo, porque tem o melhor, tem o povo brasileiro, que é criativo, perseverante e acredita no que faz. E os primeiros sinais já estão vindo. A gente tem visto um país que começa a ter um crescimento em termos de fluxo de capitais e recuperação no varejo, recuperação na indústria, recuperação moderada no emprego, diminuição do risco-país”, disse.

“Os fundamentos estão plantados. Muitos dos que estão aqui hoje foram responsáveis pela reformas estruturais pelas quais passamos. Tenho certeza de que nós estamos plantando para colher”, acrescentou.

Participaram do evento o procurador da República Deltan Dallagnol, que recebeu o prêmio de “Brasileiro do Ano na Justiça”, Luciano Bivar, presidente do PSL, Bruno Araújo, presidente do PSDB, os ex-ministros Carlos Alberto Santos Cruz e Gustavo Bebianno, a deputada Tabata Amaral; além de dirigentes e representantes de empresas como Bradesco, MRV, Magazine Luiza, XP Investimentos, Embraer, Caoa e JBS; além de artistas premiados como Jô Soares, Paolla Oliveira, Marina Ruy Barbosa, Luan Santana.

Premiado na categoria “Brasileiro do Ano na Cultura”, Jô Soares pediu mudanças na área da cultura no país. “A cultura está em pior estado do que eu, que estou aqui de cadeira de rodas. Nossa cultura está na UTI. É preciso fazer alguma coisa”, disse. Jô também criticou a polarização política da sociedade e disse que se Jesus Cristo estivesse vivo "seria crucificado novamente porque seria considerado de esquerda”.

Paraisópolis

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A deputada Tabata Amaral recebeu a premiação de “Brasileira do Ano na Política”. Em seu discurso, ela lembrou da morte de nove jovens em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na madrugada do último domingo (1º), resultado de uma ação da Polícia Militar paulista no local. “Quando a vida de nove jovens é destruída, a gente falha como sociedade. Como paulistana, como brasileira, eu me sinto envergonhada e peço desculpas a essas famílias”, disse.

“Vale dizer que no nosso Brasil, que ainda é tão desigual, a cor da nossa pele, o lugar onde nascemos, onde estudamos, onde moramos, não determinam apenas o tamanho dos sonhos que a gente pode ter, mas também até onde vai nossa vida, e não tem crime maior do que esse. É por isso que eu não me aquieto e é por isso que eu não vou me aquietar enquanto a gente não devolver aos nossos jovens, independente de onde morem, de quem sejam, o direito de sonhar. E eu conto com cada um e cada uma nessa missão”, acrescentou.

O governador de São Paulo, João Doria, foi premiado como “Brasileiro do Ano na Gestão Pública”. Ele iniciou o discurso dizendo que prestava homenagem às famílias dos jovens mortos em Paraisópolis. “A seus familiares e amigos, a minha solidariedade como governador do estado de São Paulo. Mas quero registrar também que, ao invés de generalizar, vamos investigar. Investigar, apurar e punir quem deve ser punido. Mas jamais generalizar”, disse. 

“Esse país já perdeu muito ao generalizar acusações, fatos e circunstâncias. O que mais precisamos no Brasil é justiça, bom senso, equilíbrio e obediência à lei e é isso que São Paulo faz e continuará fazendo”, acrescentou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, deve entrar em pauta nesta terça-feira (3). "A nossa intenção é que este projeto seja votado esta semana", afirmou Maia no início da madrugada desta terça, após ter recebido o prêmio Brasileiro do Ano da revista IstoÉ , em São Paulo.

O presidente da Câmara negou que a Casa tivesse esvaziada na segunda-feira (2) e que a ausência dos parlamentares em Brasília teria levado ao fracasso a tentativa da Casa de limpar a pauta antes do recesso parlamentar.

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"O Estadão falou que Brasília estava vazia e, no entanto, aprovamos o projeto hoje (ontem, segunda-feira)", disse o presidente da Câmara, em referência ao projeto que altera a maneira como é recolhido o Imposto sobre Serviços (ISS), aprovado à noite. A aprovação se deu por 312 votos a favor a 1 contra. "Só eu saí de Brasília para vir a São Paulo receber este prêmio. Você tem uma mesa diretora justamente para substituir o presidente", disse Maia.

O texto transfere a competência da cobrança do ISS do município onde fica a sede da empresa para o município onde o serviço é prestado. A lei prevê um prazo de três anos para a transição, a partir de 2020.

Maia também disse que o projeto sobre a prisão após condenação em segunda instância alcançou nesta segunda-feira o número mínimo para a instalação da Comissão que vai analisar a pauta.

"Hoje (segunda) terminou de fechar o número mínimo para instalar a Comissão. Eu vou chamar a Comissão para ser instalada amanhã (hoje, terça-feira) para quarta-feira iniciar os trabalhos e logo no início do ano aprovarmos uma PEC que seja constitucional para e que vá ao encontro de encontro aos interesses da sociedade brasileira", finalizou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou a líderes partidários que, a partir de semana que vem, haverá votações às segundas-feiras para "limpar" a pauta do Legislativo. Maia disse ainda que não aceitará mais nenhum pedido de urgência, que permite a tramitação mais célere de propostas, até o final do ano.

A prioridade será votar as quatro medidas provisórias que ainda estão na pauta da Câmara e projetos de lei prioritários como o que estabelece o novo marco legal do saneamento e a Lei da Informática. Maia disse ainda a líderes que o projeto de lei que estabelece novas regras para exploração dos serviços de saneamento no País será o único que terá o pedido de urgência analisado pela Câmara.

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Maia afirmou que, nas próximas duas semanas, haverá sessões deliberativas nas tardes das segundas-feiras e nas manhãs e tardes das terças e quartas-feiras também. Tradicionalmente, a Câmara só realiza votações importantes nas terças e quartas à tarde.

A decisão de Maia pode dificultar a estratégia de deputados governistas e ligados à bancada da bala de tentar votar ainda este ano uma das propostas do governo em relação às operações de Garantia de Lei e da Ordem (GLO). Um grupo de parlamentares estudava pedir urgência para aprovar a proposta que amplia o excludente de ilicitude em ações da GLO.

Um dos efeitos colaterais dessa medida pode ser no pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, Maia havia prometido levar à votação antes do final do ano o texto analisado pela Câmara no grupo de trabalho, mas a decisão de não aprovar mais nenhum pedido de urgência pode obrigar levar o texto às comissões.

Líderes partidários já sinalizaram a Maia que a regra imposta por ele "valerá para tudo", caso contrário iriam travar a pauta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a condenar, nesta quarta-feira (20), a destruição, pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), de uma placa contra o genocídio negro, nessa terça (19). A arte do cartunista Carlos Latuff é parte de uma exposição sobre o Dia da Consciência Negra, comemorado hoje.

A mostra apresenta a história de diversas personalidades negras do país e está montada no túnel que faz ligação entre as comissões e o plenário principal. A placa tem uma charge do cartunista Carlos Latuff, com um policial de costas com revólver na mão e um jovem negro caído no chão com a legenda 'O genocídio da população negra'. Sob o argumento de que o conteúdo ofendia o trabalho dos policias militares, o deputado gravou um vídeo destruindo a placa e foi alvo de críticas.

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Rodrigo Maia condenou a violência e afirmou que o gesto não pode virar um precedente para outros atos semelhantes, porque desrespeita a livre manifestação artística na Câmara. “Estamos vendo uma solução para esse problema. É lamentável, [ocorrer em] uma exposição que a Câmara autorizou. Uma coisa é fazer uma crítica a uma peça e chegar à conclusão de que ela não está no lugar adequado, outra coisa é tirar essa peça com violência. Então, a gente tem que encontrar um caminho para encerrar esse episódio para que não se repita”, disse.

Sobre a recolocação da placa na exposição, o presidente da Câmara disse que está avaliando o caso com a diretoria responsável pela exposição. “Vamos ver se se consegue encontrar um caminho no qual se respeite o trabalho do artista e valorize nossa polícia. Não devemos generalizar, porque, quando se generaliza contra a política, a gente não gosta, então não deve generalizar a PM [Polícia Militar], mas também não deve generalizar a violência contra as exposições livres”, ponderou.

Proposta do grupo de trabalho criado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi aprovada em 30 de outubro e contém os seguintes pontos:

• cria o Banco Nacional de Perfis Balísticos. O sistema de cadastramento de armas e seus respectivos projéteis, segundo o texto, integraria o Estatuto do Desarmamento e serviria para facilitar o esclarecimento de crimes praticados com o emprego de armas de fogo no País.

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• cria cadeias de custódia em todos os institutos de criminalística do País, a fim de garantir o registro e a guarda dos vestígios da cena do crime e obrigar a identificação de todas as pessoas que tiverem acesso ao material.

• determina o perdimento, em favor da União, de bens utilizados por organizações criminosas ou milícias e dos bens do condenado à pena máxima superior a 6 anos. A perda envolverá o produto do crime que não for compatível com a renda lícita do criminoso.

• autoriza o poder público a manter serviços de ouvidoria, garantindo a qualquer cidadão o direito de relatar crimes contra a administração pública e outros ilícitos administrativos. Segundo o texto, o informante poderá ser recompensado pelas informações que oferecer e só poderá ter a identidade relevada mediante sua concordância formal.

• autoriza policiais a usarem a internet, as redes sociais e aplicativos de comunicação para se infiltrarem em organizações criminosas. O texto admite ainda que órgãos públicos insiram em sistemas de registro oficiais dados fictícios de agentes infiltrados na internet, a fim de conferir credibilidade às ações de investigação.

Aumento de penas

• aumenta de 30 para 40 anos o tempo máximo de cumprimento da pena de prisão no País;

• aumenta de 6 anos a 20 anos de reclusão para 12 anos a 30 anos de reclusão a pena para o homicídio simples se envolver arma de fogo de uso restrito ou proibido;

• aumenta de 4 anos a 8 anos de reclusão para 6 anos a 12 anos de reclusão a pena para comércio ilegal de armas;

• aumenta e 4 anos a 8 anos de reclusão para 8 anos a 10 anos de reclusão a pena aplicada ao tráfico internacional de armas.

• amplia a pena aplicada ao crime de concussão - exigir vantagem em função do cargo que ocupa - para reclusão de 4 anos a 12 anos;

• triplica a pena prevista para os crimes de injúria, calúnia e difamação se praticados pela internet;

• aumenta para até 3 anos o tempo máximo de permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima. Atualmente, esse período não pode exceder 360 dias;

• aumenta de 360 dias para 2 anos o tempo máximo de permanência no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que é aplicado a presos que cometem crime doloso no presídio, transformando as visitas semanais em quinzenais e determinando o monitoramento de todas as entrevistas e correspondências do preso, excetuando a comunicação com o advogado;

• proíbe a saída temporária, conhecida como "saidinha" para condenados por crimes hediondos que tiveram como resultado morte.

Crimes Hediondos

• define como hediondos o crime de organização criminosa voltado à prática de crimes dessa natureza, bem como o homicídio cometido com uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido;

• define que o traficante comum não se enquadra no regime de progressão de pena previsto na lei de crimes hediondos.

Escutas ambientais

• permite ao juiz autorizar a instalação de escutas ambientais como forma de auxiliar a investigação ou a instrução penal de crimes com pena superior a 4 anos. A lei vigente já permite a interceptação telefônica e de sistemas de informática (computador) e telemática (mensagens, e-mail);

• proíbe a instalação de escutas em casas, local considerado pela Carta Magna asilo inviolável do indivíduo;

• determina que a captação ambiental feita por um dos interlocutores de conversa, sem o conhecimento da polícia ou do Ministério Público, só valerá como prova em defesa própria;

• pune com reclusão de 2 anos a 4 anos e multa quem realizar a captação ambiental sem autorização judicial. A mesma pena será aplicada em dobro caso o funcionário público encarregado da captação descumpra a determinação de sigilo;

• proíbe a autorização de interceptações de sistemas de comunicação (computador, celular, e-mail, mensagens) por qualquer meio tecnológico disponível.

Segurança máxima

• determina que lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição iniciem o cumprimento da pena em presídios de segurança máxima;

• autoriza estados e o Distrito Federal a construírem presídios de segurança máxima;

• exclui a possibilidade de o juiz autorizar a gravação da conversa entre o advogado e o cliente dentro de estabelecimentos de segurança máxima;

• elimina a necessidade de o advogado agendar previamente os atendimentos a clientes que cumprem pena em estabelecimentos penais federais de segurança máxima.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um perfil articulista e deve se utilizar dele para transitar na política nacional, seja entre opositores ou aliados, agora que deixou a prisão. Nos próximos dias, a faceta deve ser usada durante uma conversa entre ele e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

O encontro, de acordo com o colunista Lauro Jardim, está sendo intermediado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), que foi o porta-voz de Lula sobre o interesse em estabelecer um diálogo com o democrata. Maia, inclusive, já aceitou encontrar Lula, mas a data da conversa ainda não foi definida. 

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Os dois devem tratar sobre a conjuntura política nacional, as eleições de 2020 e 2022, além das pautas que estão em alta no Congresso Nacional. Encontro deve ser o primeiro do ex-presidente com uma liderança que não seja de esquerda após ter deixado a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. 

Desde que saiu da prisão, no último dia 8, Lula tem pontuado que pretende adotar uma postura opositora ao governo de Jair Bolsonaro. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou em suas redes sociais que pretende votar a reforma tributária no Plenário até março do próximo ano. Segundo ele, tanto o sistema previdenciário quanto o tributário possuem distorções e favorecem quem ganha mais.

“Na Previdência, aprovamos a reforma, que vai trazer mais igualdade. Agora é a hora de trabalhar para aprovar a reforma tributária. Deputados e senadores estão empenhados nessa reforma porque sabem a importância dela para o Brasil”, afirmou o presidente.

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“A reforma tributária não pode ser um sistema que atenda a quem não paga imposto”, disse.

A Proposta de Emenda à Constituição que tramita Câmara simplifica o sistema tributário, substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Pelo texto, a transição vai demorar dez anos, sem redução da carga tributária (PEC 45/19). Outro texto também tramita no Senado e o Governo Federal deve encaminhar um terceiro para a análise do Congresso Nacional. 

*Da Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a origem das manchas de óleo que se espalharam pelo litoral do Nordeste brasileira. O ato assinado pelo presidente atende requerimento do deputado João H. Campos (PSB-PE), que obteve o apoio de outros 267 deputados, superando o número mínimo de assinaturas exigido (171).

Campos argumenta que é importante que a Câmara coordene os esforços para investigar atos e omissões e apurar responsabilidades. Desde agosto, manchas de óleo apareceram em mais de 600 locais do litoral brasileiro, de acordo com dados atualizados até sexta-feira (15) pelo Ibama. Até hoje, não se sabe a origem nem os responsáveis pelos vazamentos de óleo.

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Composição

De acordo com o ato publicado nesta segunda-feira (18), a CPI será composta de 34 membros titulares e igual número de suplentes. O despacho que determina a criação da CPI ainda deve ser lido em Plenário. Cumprida esta etapa, abre-se prazo para que líderes façam a indicação de nomes para integrar o colegiado.

"Uma situação drástica como essa requer ação rápida, eficaz, eficiente e efetiva por parte do Estado", afirma Campos.

De acordo com o ato da presidência da Câmara, o colegiado também vai “avaliar as medidas que estão sendo tomadas pelos órgãos competentes, apurar responsabilidades pelo vazamento e propor ações que mitiguem ou cessem os atuais danos e a ocorrência de novos acidentes”, aponta o documento.

Criação de CPI

As comissões parlamentares de inquérito são criadas a requerimento de, pelo menos, 1/3 dos integrantes da Câmara. O objetivo das CPIs é investigar fato determinado, de relevante interesse para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do País. Essas comissões têm poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais.

O prazo para conclusão dos trabalhos de uma CPI é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, mediante deliberação do Plenário. Os trabalhos não precisam ser interrompidos durante o recesso parlamentar.

Só podem funcionar simultaneamente na Câmara cinco CPIs criadas a partir de requerimento. Atualmente, não há nenhuma CPI em funcionamento na Câmara.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesse sábado (17), em Nova York, que tem intenção de levar a reforma tributária para votação no plenário da Casa até março de 2020. Ele acredita que o governo deverá enviar ao Legislativo a proposta final da reforma ainda em 2019.

Segundo Maia, os parlamentares vão trabalhar com base no projeto elaborado pelo economista Bernard Appy, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, nos próximos dois meses, em parceria com o governo. De acordo com ele, deputados e senadores estão empenhados para o progresso dessa reforma, mesmo com as eleições municipais no segundo semestre do ano que vem.

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Atualmente há dois textos no Congresso Nacional que tratam da reforma tributária - um na Câmara e outro no Senado. Além disso, entre as emendas na Câmara, há duas propostas de substitutivo, uma desenhada por empresários e outra pelos secretários de Fazenda dos Estados. A ideia no Parlamento é esperar o texto do governo e tentar chegar a uma proposta consensual que agrade a todos os grupos.

Inicialmente, a proposta do governo considerava a criação de um imposto sobre pagamentos, similar à CPMF, como forma de compensação para uma desoneração da folha de pagamentos. A impopularidade do tributo, contudo, levou à queda do então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. Agora, um grupo de trabalho dentro da Receita tenta chegar a um novo texto, mais próximo às propostas que estão no Legislativo.

Maia também afirmou ontem a jornalistas que pretende concluir a reforma administrativa, que deverá afetar os benefícios ao setor público, até o primeiro semestre do próximo ano. "Essa reforma é muito importante, pois tem o objetivo de melhorar a eficiência do serviço público."

Mais reformas

Ao receber um prêmio em Nova York, na noite de sexta-feira, o deputado afirmou que é preciso avançar com as reformas estruturais no Brasil, pois elas "não são econômicas, mas sociais", e visam a tornar o Brasil um país menos desigual e com condições de garantir direitos mínimos a toda a sociedade.

"A reforma administrativa não é, como dizem alguns quadros do governo, para reduzir salários. É uma reforma para garantir serviços públicos de qualidade a todos os brasileiros, principalmente em educação e saúde", disse Maia, durante jantar em que recebeu o Prêmio Woodrow Wilson Center por Serviços Públicos.

O presidente da Câmara apontou que, com boas regulações e o controle das contas públicas, o Brasil atrairá investimentos e vai gerar empregos, sem "precisar passar pela crise que outros países vivem na América do Sul". Maia lembrou que os conflitos recentes em várias nações são decorrentes de uma estrutura de concentração de riquezas que se reforçou nos últimos anos, prejudicando a maior parte da população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ser contrário a uma nova constituinte. Mais cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que, diante do impasse da discussão sobre a possibilidade de prisão após segunda instância, talvez seja o momento de propor uma nova Constituição ao País.

Para Rodrigo Maia, uma nova constituinte pode dar sinalização ruim para a sociedade e gerar muita insegurança no País. Segundo Maia, a Constituição brasileira é jovem e não há brechas para essa discussão.

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“Acho que não é o melhor caminho, uma mudança constitucional pode ser instrumento de restrições de liberdades. Temos uma Constituição que tem coisas boas, coisas que precisam ser modificadas e coisas que precisam ser preservadas”, defendeu o presidente.

Pautas prioritárias

Em relação às pautas prioritárias da Câmara após a promulgação da reforma da Previdência, Maia destacou o projeto que muda o marco legal do saneamento e as reformas tributária e administrativa.

*Da Agência Câmara Notícias

 

Sem a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e de ministros do governo, o Congresso Nacional promulgou, nesta terça-feira (12), a reforma da Previdência. A promulgação foi assinada pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em sessão solene do Congresso no plenário do Senado.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e outros integrantes da pasta acompanharam a sessão. Nos bastidores, Marinho manifestou satisfação pela promulgação, deixando claro que há outros desafios na sequência.

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Na mesa da sessão, estavam apenas parlamentares, entre eles integrantes dos comandos da Câmara e do Senado e líderes do governo.

Bolsonaro chegou a dizer pela manhã que decidiria se iria à cerimônia. Pouco antes do evento, parlamentares foram informados que o presidente não estaria presente.

Alcolumbre minimizou a ausência de Bolsonaro. "É um sinal de que o governo federal, através do Poder Executivo, e o parlamento brasileiro estão trabalhando em harmonia, mas em independência, respeitando cada um o papel do outro", afirmou o presidente do Senado.

Ele citou que, em diversas sessões anteriores de promulgação de emendas constitucionais, não houve a presença do chefe do Executivo.

A defesa de um grupo de parlamentares para que o Congresso paute o mais rápido possível a discussão sobre a prisão após condenação em segunda instância não encontra respaldo no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Maia disse que o tema "não é a única urgência do Brasil" e defendeu cautela na análise do assunto pelo Congresso. "Qualquer resposta precipitada que o Parlamento der, vai ser responsável por gerar mais instabilidade política", afirmou.

Mesmo assim, Maia admite liberar o avanço do tema na Câmara, porque o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, transferiu parte da responsabilidade da Corte para o Legislativo.

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"Ele não terminou o julgamento quando ele diz 'o Congresso pode mudar'", disse. "É óbvio que, se ele não entende isso como uma afronta à regra da harmonia, não sou eu que vou dizer que esse tema não poderá ser debatido na Câmara."

Na semana passada, o Supremo reviu seu entendimento e permitiu a presos condenados aguardarem em liberdade até que todos os seus recursos sejam julgados pela Justiça, o que pode levar anos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros condenados da Lava Jato foram soltos a partir disso.

Ontem, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) virou um terceiro turno da eleição entre petistas e bolsonaristas. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acusou o PT de ter mandado matar o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. "Cuidado que eu vou ser eleito governador, hein?", afirmou, dirigindo-se a deputados da oposição. O líder do PT, Paulo Pimenta (RS), devolveu a provocação, acusando a família Bolsonaro de ter contas pessoais pagas por Fabrício Queiroz. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro é suspeito de embolsar parte dos salários de funcionários da Alerj.

No Senado, um grupo de senadores favoráveis à proposta de prisão após condenação em segunda instância defende barrar votações no plenário se o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não pautar o texto após votação na CCJ da Casa. O colegiado deve discutir a PEC no próximo dia 20.

A estratégia foi desenhada em uma reunião entre dez senadores com o autor da PEC, Oriovisto Guimarães (Pode-PR) e a relatora do texto, Juíza Selma (Pode-MT). "Na hipótese remota de ele se negar a pautar após a votação na CCJ, vamos partir para a obstrução. É coisa para daqui a 15 dias", disse Oriovisto.

Na segunda-feira (11), Alcolumbre cancelou uma sessão deliberativa do Senado, o que impediu o avanço da discussão sobre a segunda instância. Ele ainda não comentou a proposta desde o julgamento do STF.

Para Maia, obstruir a pauta "é um erro", porque prejudica outros temas importantes que aguardam votação.

"O Brasil não tem apenas a distorção na morosidade do Judiciário. O saneamento público está pronto para ir ao plenário. Vamos deixar de votar?", comentou. "O trabalho da CCJ é melhorar o texto. Falei já isso para o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR): ‘Acho que vocês deveriam melhorar, buscar outro caminho, outro artigo da Constituição, para que não se faça apenas um movimento político pragmático’".

Maia avaliou o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após deixar a prisão, como "muito raivoso" e saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro.

"Ele é um ex-presidente da República, o presidente Bolsonaro não tem culpa pelos problemas que o Lula vive. É um discurso já politizando eleitoralmente e é ruim."

Maia, que já disse não acreditar que o Supremo possa tornar Lula elegível, vê dificuldades para que o DEM tenha convergência com o PT.

"Infelizmente, o PT não considera a agenda das reformas, pelo menos até o momento, pelo resultado da Previdência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pressionado pelo Congresso e sob fortes críticas pela resposta enviesada sobre um "novo AI-5", o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que jamais pensou em resgatar esse ato da ditadura militar. Com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiando a sua convocação para depor no plenário da Casa e explicar declarações a respeito do AI-5, a grande preocupação do general foi não entrar em polêmicas: não comentou falas do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, mas defendeu a democracia, o Congresso e a Constituição. 

Defesa, inclusive, que ele fez numa mensagem de WhatsApp escrita para Maia, depois que o deputado o acusou de ser "auxiliar do radicalismo" de Olavo de Carvalho. Consultado, Maia primeiro desdenhou: "Não li". Pouco depois, atualizou: "Li agora". E nada mais disse.

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Como o sr. reage à manifestação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que o acusou de ter virado "um auxiliar do radicalismo" do Olavo de Carvalho?

Eu tenho um ótimo relacionamento com o deputado Rodrigo Maia. Não sei quem colocou na cabeça dele que sofro algum tipo de influência do sr. Olavo de Carvalho. Isso não é verdade, de jeito nenhum. Falei com esse sr. pouquíssimas vezes, uma delas num jantar em Washington, e acho que se eu o encontrar por aí nem vou reconhecer. Além disso, sempre fui independente e muito cioso das minhas convicções.

Que convicções são essas?

O Brasil precisa aperfeiçoar o regime democrático, cultuar os símbolos indeclináveis da democracia. Portanto, fui surpreendido com a distorção sobre minha posição sobre o AI-5.

O sr. não disse ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, que se o deputado Eduardo Bolsonaro falou na possibilidade de um novo AI-5, tinha de "estudar como fazer, como vai conduzir"?

Jamais pensei em resgatar o AI-5 nos atuais tempos do Brasil. O AI-5 foi instrumento do passado, que tem de ser vinculado àquela época. Não tem o menor sentido pensar que ele possa ser aplicado, com ou sem modificações, nos dias de hoje.

Então, como o sr. efetivamente vê a declaração do deputado?

Bem, o próprio deputado Eduardo Bolsonaro já voltou atrás. Ponto.

Mas ele falou. Por que?

Sei lá. Eu tinha acabado de chegar de uma viagem longa, cansativa. Não sei se alguém soprou aquilo para ele, se ele exagerou, se falou só porque foi o que chegou à cabeça dele naquele momento. Não sei.

E por que o sr. admitiu "estudar como fazer?"

A primeira coisa que eu falei foi: AI-5? Tem que fazer muito estudo, passar por muita coisa... E não era uma entrevista, era só uma conversa em "off", como vocês dizem (A entrevista, no entanto, foi gravada e o ministro autorizou a publicação).

Há o risco de as manifestações do Chile se repetirem aqui no Brasil, com aquela gravidade?

Não, porque o Brasil está dando certo. Apesar de todo o esforço para demonstrar o contrário, os números comprovam que estamos dando e vamos dar certo. Contra fatos e números, não há argumentos.

E se houver manifestações?

Nós temos instrumentos legais, previstos pela Constituição: PMs, Força Nacional de Segurança Pública, PF, PRF, está tudo lá no artigo 144. Se eles se esgotarem, temos a Garantia da Lei e da Ordem (GLO, com uso das Forças Armadas em situações específicas e emergenciais), que é absolutamente legal e democrática.

Como vai ficar sua relação com Rodrigo Maia?

Não sei. Mandei mensagem para ele ontem (segunda-feira), dizendo que não tenho afeição nem saudade do AI-5. Nunca pensei nisso e considero o Congresso indispensável e incontornável como instrumento fundamental da democracia.

Mas o sr. acusa, na entrevista, que há muita lentidão nas decisões do Congresso...

Não sou só eu. Grande parte dos brasileiros acha que a situação exige emergência, celeridade na aprovação de projetos indispensáveis para sairmos da estagnação em que fomos colocados em governos anteriores. Mas, de outro lado, entendo que (essa lentidão) é parte do processo democrático.

O sr. foi, inclusive, assessor parlamentar.

Fui só por uns três meses, na equipe do general Leônidas Pires Gonçalves (ministro do Exército no governo Sarney, antes da criação do Ministério da Defesa), mas hoje tenho contato todos os dias com congressistas.

O sr. está preparado para ser convocado pelo Congresso e explicar sua posição sobre o AI-5?

Eu me surpreendi quando soube. Aliás, todas essas manifestações estão me surpreendendo, porque fogem ao que eu penso e a tudo o que preguei até hoje.

Qual o foco de seu depoimento, caso convocado?

Que não tem outra saída fora da democracia.

E o processo contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara?

Não vou comentar. Não tenho nada a ver com isso. Isso é lá com eles, no Congresso.

Os sistemáticos atritos, confusões e problemas que os filhos do presidente Jair Bolsonaro causam ao governo incomodam?

Eles são maiores de idade, têm opinião própria. Não me cabe comentar.

A informação do jornal O Globo de que o áudio do condomínio do presidente era de outro porteiro, não do que falou da casa dele, gera tensão? Causa mais uma reviravolta no caso?

Nem vi e nem sei mais o que é verdade e o que é inventado.

Por que o general Santa Rosa pediu demissão da Secretaria de Assuntos Estratégicos?

Não conversei com ele nem sei o que houve. Na verdade, não encontro com ele faz uns três mês, deve ser porque a sala dele ficava no anexo do Planalto.

É o quinto general a sair do governo, por demissão ou vontade. Isso não causa desconforto nas Forças Armadas?

Essa sua conta não faz o menor sentido. É como contar quantos brancos e negros entraram no Flamengo. Não tem grupo militar no Planalto. Sai um, entra outro. São cidadãos recrutados para trabalhar pelo País, como qualquer civil.

Setores das Forças Armadas se preocupam com a possibilidade de o presidente aderir a uma legenda chamada Partido Militar Brasileiro, o que poderia contaminar politicamente os comandos e quartéis. O sr. acha natural?

Nunca ouvi o presidente falar nisso. Há algo concreto?

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), cumpriu agenda em Pernambuco na segunda-feira (4), mas não se encontrou com o governador Paulo Câmara (PSB), que havia viajado para São Paulo, onde se reúne com o presidente da Ambev na manhã desta terça-feira (5). O desencontro não impediu o deputado de tecer elogios ao governador.

“Certamente eu faria uma visita a ele. Sou muito amigo dele, gosto dele, [sou] admirador dele”, disse Maia. O deputado visitou o Complexo Administrativo de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e foi homenageado no Recife por medidas em defesa do setor de cana-de-açúcar do Nordeste.

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Esta não é a primeira vez que Rodrigo Maia elogia o vice-presidente nacional do PSB. Em janeiro, durante visita ao Estado, ele chamou Paulo Câmara de amigo e disse fazer questão de visitá-lo.

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Uma articulação política de bastidores, na Câmara, pode resultar na convocação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para que ele explique declarações dadas ao Estado, na semana passada, quando saiu em defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao se referir à necessidade de conter uma possível "radicalização" da esquerda no País com "um novo AI-5". O movimento para "enquadrar" Heleno tem o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ao cumprir agenda em Pernambuco, ontem, Maia lembrou que há um pedido de convocação do ministro, feito pelo deputado Orlando Silva (PC do B-SP), para que ele esclareça suas afirmações. "Infelizmente, o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", disse o presidente da Câmara, em Jaboatão dos Guararapes, numa referência ao escritor Olavo de Carvalho, classificado como guru do núcleo ideológico do governo. "Acho que a frase dele (Heleno, sobre novo AI-5) foi grave. Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil."

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O pedido de convocação de Heleno deve ser apreciado hoje, em reunião de líderes de partidos e, segundo apurou a reportagem, tem chance de ser aprovado. Caso isso ocorra, Heleno será obrigado a comparecer ao plenário da Câmara em um momento no qual o PSL, partido de Bolsonaro, está rachado e não tem disposição de formar uma "tropa de choque" para apoiá-lo.

"Um ministro palaciano tem de ser mais cuidadoso com o que fala", afirmou Silva ao jornal O Estado de S. Paulo. "A declaração é ainda mais grave pelo fato de ele ser um general da reserva. Muita gente imagina que se trata de uma manifestação com respaldo nas Forças Armadas e eu tenho certeza de que não é. Não se brinca com democracia", disse o deputado.

Na entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, no último dia 31 - e gravada -, Heleno não repudiou a possibilidade de "um novo AI-5". Instituído pela ditadura militar em 1968, o Ato Institucional n.º 5 foi um dos mais duros daquele período, pois revogou direitos, suspendeu garantias constitucionais e delegou ao chefe do Executivo o poder de cassar mandatos parlamentares. "Não ouvi ele (Eduardo Bolsonaro) falar isso. Se falou, tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter", afirmou Heleno.

Diante da repercussão negativa e da ameaça de colegas de levá-lo ao Conselho de Ética, o próprio Eduardo recuou de suas afirmações e pediu desculpas. Antes, Bolsonaro chegou a desautorizar o filho, sob o argumento de que quem fala em AI-5 só pode estar "sonhando".

Logo depois, no Twitter, Heleno disse que suas afirmações haviam sido deturpadas. "Lamentável. AI-5 é coisa do passado", escreveu o general. Para o autor do requerimento de convocação, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional terá a "oportunidade" de se "explicar" ao plenário da Câmara. "O ministro diz que a imprensa mente ou altera o sentido das palavras ditas por autoridades do governo. Ele terá a chance de se explicar, dizer o que significa ‘estudar’ a proposta absurda de Eduardo Bolsonaro de reeditar um novo AI-5 e dar loas à democracia", afirmou Silva, sem esconder uma pitada de ironia.

Aliados de Bolsonaro estranharam ontem a irritação de Maia com Heleno, que é um dos principais conselheiros do presidente, e até mesmo com Eduardo. Em conversas reservadas, dois parlamentares do PSL disseram que o ministro não tem qualquer relação com Olavo. O próprio presidente manifestou incômodo com o fato de Maia ter voltado a criticar as atitudes de seus filhos e também o governo.

Na semana passada, Maia divulgou nota na qual considerou as declarações de Eduardo como "repugnantes" e mencionou até mesmo a possibilidade de punição. Líderes de 18 partidos da oposição entraram com queixa-crime contra Eduardo no Supremo Tribunal Federal e avisaram que pedirão a cassação do seu mandato. "A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo", destacou o presidente da Câmara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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