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Já se sabia que o coronavírus causa febre, tosse, falta de ar e até mesmo dificuldades respiratórias. Mas os otorrinolaringologistas agora estão alertando para outro sintoma que acreditam estar associado à doença: a perda do olfato.

Os profissionais da área observaram nos últimos dias "um aumento de casos de anosmia", apontou na sexta-feira o N.2 do Ministério da Saúde francês, Jérôme Salomon, atualizando diariamente a situação na França.

Trata-se de um "desaparecimento repentino" do olfato, mas sem nariz entupido e, às vezes, acompanhado por um desaparecimento do paladar (ageusia).

Esta anosmia descrita por várias pessoas com a Covid-19 pode ocorrer isoladamente ou com outros sintomas relacionados ao vírus.

Em caso de anosmia, "você deve ligar para o seu médico e evitar a automedicação sem aconselhamento especializado", disse Jérôme Salomon.

No entanto, esse sintoma seria "bastante raro" e "geralmente" observado em pacientes jovens, com "formas leves" da doença, disse o diretor de Saúde.

A sociedade otorrinolaringológica francesa lançou na sexta-feira um alerta sobre o aumento desses casos, compartilhado por médicos nas redes sociais.

"Existe uma ligação óbvia" entre a anosmia e o vírus, diz Jean-Michel Klein, presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia, que atua em Paris.

"Nem todos os Covid-positivos são anosmáticos, mas todos os anosmáticos isolados sem causa local, sem inflamação, são Covid-positivos", disse o especialista à AFP.

Segundo os primeiros casos relatados pela rede profissional de otorrinos, os pacientes em questão são bastante jovens, entre 23 e 45 anos.

Muitos profissionais da saúde também seriam afetados, incluindo vários otorrinolaringologistas.

"As pessoas que experimentam anosmia devem se confinar como precaução e usar uma máscara, mesmo no nível da família", segundo Jean-Michel Klein.

Ao contrário do que é feito no caso de anosmia clássica, o médico recomenda não administrar corticoterapia, "o que reduziria as defesas imunológicas", ou uma lavagem do nariz, com risco de "enviar o vírus da mucosa nasal para os pulmões".

Após essas primeiras constatações, os otorrinolaringologistas notificaram a faculdade de medicina geral e o ministério e estudarão esse fenômeno. As publicações alemãs e americanas notaram os mesmos sintomas, disse Jean-Michel Klein.

Desde que o primeiro caso do coronavírus foi descoberto, pessoas mundo afora passaram a se preocupar com a gravidade da doença. Nos últimos dias, a disseminação do Covid-19 vem gerando pânico e, para diversos médicos infectologistas, a única maneira de driblar a pandemia é redobrar os cuidados com a higiene. 

O vírus Sars-Cov-2, que provoca a Covid-19, ainda está causando dúvidas entre as pessoas. Chegando a ser confundida com uma simples gripe, a doença requer uma atenção reforçada para que o seu contágio não tenha avanço exacerbado.

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Para diferenciar os sintomas do coronavírus, resfriado e alergia, o biólogo Pedro Falcão, que também é reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), compartilhou nas redes sociais dicas para alertar a população sobre aos sintomas do Covid-19 e outras síndromes respiratórias.

Confira:

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Cleo suspeita que está com o novo coronavírus. A atriz e cantora usou o Instagram, na última terça-feira (17), para explicar aos seguidores que apresentou os sintomas da doença que se tornou uma pandemia mundial e está preocupando o Brasil todo. Por conta disso, resolveu procurar um hospital para realizar o teste que aponta se ela é positivo ou não para o vírus Covid-19.

"Vocês lembram que ontem eu disse que estava com sintomas e que hoje eu ia fazer o exame do corona? Até agora ninguém chegou, a gente demorou para ter a resposta. A gente entende que os profissionais de saúde estão bem ocupados, tem muita coisa acontecendo, mas estamos aqui para fazer logo esse exame", relatou ela.

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Um pouco mais tarde, a filha de Gloria Pires voltou à rede social para contar que conseguiu ter informações do hospital e relatou o motivo da demora em ser testada.

"Bom, temos notícias da coletora. Ela disse que o hospital só passou o agendamento para ela hoje, provavelmente quando ligamos para lá para saber porque estava atrasado. É estranho porque estávamos ligando há dois dias. Não sei o que houve, mas entendo que o setor de saúde esteja sobrecarregado e caótico", disse.

Ela ainda explicou que conseguiu realizar o exame, mas que só terá a resposta em, no máximo, cinco dias. Por conta disso, deverá ficar em quarentena do mesmo jeito.

"Acabei de fazer o exame! A profissional falou o que eu tinha achado. Tá um caos e, às vezes, as informações se perdem. O importante é que eu consegui fazer o exame, só que demora uns quatro ou cinco dias pra sair o resultado. Já ia ficar de quarentena de qualquer forma, agora só vou continuar", observou.

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, afirmou, nesta sexta-feira (13), que comunicou aos integrantes da comitiva presidencial que estava junto com ele nos Estados Unidos (EUA) assim que começou a sentir os sintomas do novo coronavírus. O secretário foi diagnosticado com a doença, depois que voltou ao Brasil da viagem em que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e segue em isolamento. 

Em publicação no Twitter, Wajngarten disse que qualquer informação além do que ele descrevia na rede social era "fake news". 

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“Diante de especulações veiculadas por parte da imprensa, esclareço que desde o primeiro momento em que apresentei os sintomas de mal estar avisei aos integrantes da comitiva presidencial que foi aos EUA”, escreveu.

“Chegando em São Paulo fui direto do aeroporto ao Hospital Albert Einstein, aonde fiz o primeiro exame, fato também comunicado às autoridades. Confirmado, avisei à Presidência da República, guardei quarentena  e adotei as recomendações médicas. Qualquer outra ilação é mais uma fakenews de parte da mídia”, emendou o secretário.

Com o auxiliar testando positivo para o coronavírus, o presidente e todos que fizeram parte da comitiva fizeram exames e estão sendo monitorados. Os resultados devem ser anunciados nesta sexta. 

Antes do vírus chegar ao Palácio do Planalto, contudo, Jair Bolsonaro chegou a minimizar o coronavírus, dizendo que ele não era tudo aquilo que vinham sendo veiculado pela imprensa. “Tem muita fantasia”, chegou a argumentar Bolsonaro. Nessa quinta, o presidente fez a tradicional live semanal no Facebook usando máscara e com um pote de álcool gel na mesa.

58 pessoas que regressaram da China e iniciaram ontem o período de quarentena em Anápolis (GO) seguem sem apresentar nenhum tipo de sintoma que indique contaminação pelo novo coronavírus.

A informação foi divulgada nesta tarde de segunda-feira, 10, em boletim da Operação Regresso, pelo Ministério da Defesa. De acordo com o boletim, os hóspedes que estão na Ala 2 da Base Aérea de Anápolis "permanecem com o quadro assintomático".

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O grupo passou por avaliações clínicas de saúde, que incluem aferições de sinais vitais, como medição de temperatura, pressão e frequência cardíaca e exame de nasofaringe. São previstas três avaliações por dia.

O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizaram uma apresentação sobre os aspectos da "área branca", local comum aos hóspedes, que oferece lazer e bem-estar.

Na manhã de domingo, os 34 brasileiros e mais 24 tripulantes chegaram a Anápolis, depois de 36 horas de viagem a partir de Wuhan, na China. Todos vieram ao Brasil porque não apresentavam nenhum sintoma de contaminação. A quarentena tem caráter preventivo. Depois de 18 dias, eles serão liberados para seguirem para as suas casas.

Uma mulher foi presa ontem (8) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, após dizer que tinha viajado para Hong Kong e simular os sintomas do coronavírus, que já matou  mais de 700 pessoas na China.

Segundo a Polícia Civil, agentes da 12ª DP (Copacabana) a prenderam em flagrante, acusada do crime de falsidade ideológica e da contravenção de “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.

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Ela esperava por atendimento prioritário na UPA e disse aos agentes de saúde que havia viajado como babá de uma família e estava apresentando os sintomas associados ao novo coronavírus.

De acordo com informações da Polícia Civil, houve grande comoção na UPA e foram postos em prática os protocolos internacionais para o tratamento do vírus. A mulher foi isolada e submetida a exames. As vigilâncias sanitárias estadual e municipal foram informadas e notificaram o Ministério da Saúde.

Ministério da Saúde

Como familiares da paciente disseram que ela não havia viajado e não tinha passaporte, o que foi confirmado pela Polícia Federal, ela recebeu voz de prisão dentro da UPA. Após ser desmentida pelos familiares, a paciente admitiu que inventou a história para receber atendimento prioritário na unidade de saúde.

As infecções pelo novo coronavírus, geralmente associadas a quadros de pneumonia, podem ocorrer também sem que o infectado apresente sintomas, o que pode dificultar a contenção do surto. É o que indica um estudo de pesquisadores chineses publicado na sexta-feira (24) no periódico científico The Lancet.

A conclusão vem da análise de uma família chinesa que teve seis integrantes infectados. Eles foram diagnosticados na cidade de Shenzen, onde moram, mas haviam viajado a Wuhan, epicentro do surto, dias antes da detecção da doença. Segundo o artigo, um dos integrantes da família, um menino de 10 anos, foi infectado pelo vírus, mas não teve manifestação da doença, enquanto os outros cinco apresentaram sintomas.

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O diagnóstico surpreendeu os médicos, que inicialmente não pensavam em submeter o garoto a exames. Os testes só foram feitos por insistência da família, que estranhou o fato de o garoto ter viajado a Wuhan e não apresentar a doença.

Os autores do estudo destacam que esse achado indica mais uma dificuldade para conter o surto, já que o paciente pode carregar e transmitir o vírus sem apresentar sinal da doença. "Esses casos enigmáticos de pneumonia ambulante podem servir como uma possível fonte para propagar o surto", destacam os especialistas.

Eles também ressaltam que, no caso dos pacientes com sintomas, as manifestações podem mudar de paciente para paciente. Embora a maioria relate febre, tosse e dificuldade para respirar, dois membros da família estudada tiveram como primeiro sintoma uma diarreia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A música pode ser uma forte aliada no tratamento da doença de Alzheimer. É o que garante uma pesquisa elaborada pelo núcleo de Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP). O estudo ainda assegura que a utilização da musicoterapia pode funcionar mais e melhor se o principal cuidador do paciente for o próprio cônjuge. Algumas canções que fazem parte da história do casal podem aliviar sintomas e possibilitar que famílias e portadores da síndrome tenham mais qualidade de vida.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa em que os portadores ficam totalmente dependentes dos cuidados de outras pessoas. A patologia pode fazer com que os pacientes fiquem mais agitados, agressivos, tenham falta de memória, além da diminuição motora e cognitiva. Neste sentido, a música tem sido considerada uma estratégia terapêutica para quem lida com a tarefa de cuidar de um familiar que apresente essas condições.

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De acordo com o autor da pesquisa, o musicoterapeuta e mestre em Gerontologia Mauro Amoroso Pereira Anastácio Júnior, foram doze atendimentos realizados uma vez por semana para quatro casais idosos que residem na cidade de São Paulo. Para o levantamento, o pesquisador considerou critérios como o diagnóstico da síndrome em estágio inicial ou moderado, e que o cuidador fizesse tal função há mais de seis meses.

Para Anastácio, as músicas podem despertar sentimentos, sensações que estimulam referências de épocas, pessoas, lugares, experiências vividas e emoções guardadas na memória dos idosos e as abordagens terapêuticas são uma alternativa, já que os medicamentos disponíveis dão conta apenas dos sintomas. Aliada aos benefícios apresentados está a sensação de bem-estar dos cuidadores, que podem viver momentos satisfatórios em casal, mesmo estafados por terem que estar atentos e zelar pelo paciente todos os dias. Por isso, o pesquisador aplicou métodos como a utilização de instrumentos musicais, a gravação dos dois cantando alguma música do repertório deles para ouvirem juntos e o acompanhamento com instrumentos para harmonizar ainda mais o canto e as canções.

Envelhecimento no Brasil

A pesquisa também mostra a estimativa da população brasileira em desenvolver doenças neurodegenerativas motivadas pelo envelhecimento da população. Na década de 1950, a expectativa de vida era de 51 anos. Já em 2016, o cálculo passou para 75,8 anos. O prognóstico para o ano de 2040 é que os brasileiros vivam, em média, até os 80 anos.

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Após defender o Litoral de Pernambuco e recolher mais de 1000 toneladas de óleo, 19 pessoas apresentaram diversos sintomas de intoxicação, até essa quinta-feira (24), segundo a Secretária de Saúde do Estado. "É um estado de emergência", alerta a coordenadora do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox).

"Não era para ter tantos casos se fosse usado o material adequado e as pessoas não entrassem em contato respiratório e na pele”, destaca a coordenadora Lucineide Porto. "É imprevisível o que pode acontecer à saúde humana com o contato com essa substância. Esse óleo não deve entrar em contato de maneira nenhuma", alerta.

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Segundo a coordenadora, apenas casos leves foram registrados - 17 em São José da Coroa Grande e os dois em Ipojuca. Ela acredita que a incidência seria evitada com o uso de máscara descartável, luvas de borracha, galochas e reforça que todo o corpo deve estar coberto. "Esperamos novos casos, mas o número pode ser diminuído com o uso adequado dos EPIs", instrui.

Mesmo considerados leves, os piores casos originam da inalação que pode alterar todo o organismo e resultar uma pneumonia, afirma Lucineide. As principais queixas compreendem náuseas, dores de cabeça, irritação no nariz, na garganta e pele, além de tosse.

Alerta para retirada do produto - Durante a retirada do resíduo tóxico do corpo, pacientes apresentaram dermatites após o uso de solventes como querosene, álcool e tiner. A especialista indica apenas água, sabão, óleo vegetal e glicerina para desprender a substância.

Os voluntários que procuraram atendimento em unidades de saúde foram medicados conforme os sintomas e serão acompanhados - por tempo indeterminado - pela Secretaria de Saúde. Em casos de intoxicação, o contato com o Ceatox deve ser feito pelo telefone 0800 722 6001.

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A ocorrência de centenas de casos confirmados de sarampo em Manaus e Roraima e a morte de um bebê em Manaus deixaram o país em alerta. Outros três estados - Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro - também já registraram pacientes com diagnóstico positivo para a doença.

O Brasil não registrava casos desde 2014 e a volta da doença preocupa. O sarampo já foi uma das principais causas de mortalidade infantil no país e pode deixar sequelas neurológicas. O vírus provoca manchas vermelhas no corpo, febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e pontos brancos na mucosa bucal.

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A vacina contra o sarampo está disponível na rede pública. A mais comum é a Tríplice Viral, que protege ainda contra rubéola e caxumba. A Tetra Viral fornece ainda proteção adicional contra a varicela. São indicadas duas doses em um intervalo de um a dois meses. Em crianças, o intervalo deve ser um pouco maior, sendo a primeira dose entre os primeiros 12 e 15 meses de vida.

A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), para tirar dúvidas sobre a transmissão da doença, vacinação e como evitar. "Vacinar e combater a circulação do vírus não é só um ato individual, é um ato de solidariedade e de responsabilidade coletiva", destaca a médica.

Como se pega o sarampo? 

"O vírus é facilmente transmissível. A doença se dissemina de forma similar à gripe, por vias respiratórias, através de um espirro, tosse, beijo e também pelas mãos. Então, é fácil ocorrer um surto de sarampo. Ele se alastra rapidamente."

Quais os riscos para quem contrai?

"Em caso de suspeita, a pessoa precisa procurar uma unidade de saúde. Ela não deve usar medicamentos por conta própria. O sarampo não tem tratamento e o papel do sistema de saúde é dar suporte à pessoa. Pode ocorrer necessidade de hospitalização, mas é raro. Na maioria dos casos, o paciente fica em casa. Mas quadros graves ocorrem e a doença pode inclusive levar à morte."

Como se proteger?

"A única maneira eficaz é através da vacina. Crianças, adolescentes e adultos devem se imunizar não apenas para se protegerem, mas para proteger também os que não podem se vacinar e que são os que correm o maior risco de complicações e de terem quadros que evoluem ao óbito. Estamos falando de pessoas com câncer, pessoas que vivem com HIV e estão imunodeprimidas, pessoas que estão fazendo quimioterapia ou outro tratamento com drogas que causam imunossupressão."

Quem já teve sarampo precisa se vacinar?

"Não. Quem tem certeza que teve a doença não precisa. O sarampo não ocorre duas vezes."

Quem não se lembra ou não sabe se foi vacinado precisa se vacinar?

"Quem não tem certeza, mesmo que ache que já tenha se vacinado, deve se vacinar. Se não tem a carteirinha que comprove a vacinação, não há nenhum prejuízo para a saúde do indivíduo receber uma nova dose."

Onde se vacinar?

"Em postos de saúde espalhados pelas cidades. O Ministério da Saúde disponibiliza a vacina há muito tempo. Não é uma novidade. Se todos tivessem seguido o calendário de vacinação, talvez não estivéssemos passando por esta situação. É importante destacar que a vacina não é só para a criança. O adulto pode ser o responsável pelo início de um surto no país ou na sua região. Apenas uma minoria que recebe as duas doses não cria imunidade. São cerca de 2%. Mas se toda a população estiver vacinada, essas pessoas também estarão protegidas.

Caso não tenham se vacinado na infância, pessoas com até 29 anos conseguem obter duas doses da vacina na rede pública. Já entre 30 e 49 anos, recebem uma dose apenas. A SBIm, do ponto de vista individual, recomenda as duas doses em qualquer idade para pessoas que ainda não tenham sido imunizadas. Mas o Ministério da Saúde opta por não vacinar maiores de 50 anos, porque a maioria das pessoas dessa faixa etária teve o sarampo na infância."

Há alguma situação em que a vacina não é recomendada, por exemplo, após o consumo álcool ou drogas?

"Situações de vida comum, como o consumo de álcool, não contraindicam a vacinação. Uma das contraindicações é relacionada com as situações de imunodepressão. Grávidas não podem ser vacinadas. Para que estas pessoas fiquem protegidas, as demais precisam se vacinar." 

Qual estação do ano ocorre mais transmissão da doença?

"Antigamente, o sarampo tinha maior ocorrência na primavera. Hoje, o que podemos dizer é que ambientes fechados ampliam as chances de disseminação das doenças que são transmitidas por via respiratória".

Como está o cenário atual?

"A preocupação é grande. Se não tomarmos as medidas necessárias e as pessoas não forem se vacinar, podemos ter de volta a circulação do vírus do sarampo no país. Temos atualmente surtos secundários decorrentes da importação do vírus. O que não podemos é ter a circulação do vírus sem controle. De 2000 a 2013, tivemos casos pontuais e todos importados. Não tivemos surtos. Em 2013, importamos o vírus, provavelmente da Europa, e tivemos surtos no Ceará e em Pernambuco. De 2014 pra cá, não tivemos mais casos. Em 2016, recebemos o certificado de erradicação da circulação do vírus do sarampo no país. E agora, em 2018, fomos surpreendidos pela importação da Venezuela. E temos uma preocupação grande quando vemos, por exemplo, casos em Porto Alegre, onde o vírus foi trazido de Manaus".

Às vésperas do início da temporada de inverno no Brasil, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação contra a influenza, também conhecida como gripe. A infecção do sistema respiratório tem como principal complicação a pneumonia, quadro de saúde responsável por um grande número de internações hospitalares em todo o país.

De acordo com a pasta, existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O último causa apenas infecções respiratórias brandas e não representa grande impacto na saúde pública. Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o tipo A responsável por pandemias como a H1N1, registrada em 2009.

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O resfriado, por sua vez, também é uma doença respiratória e, frequentemente, é confundido com a gripe. O quadro é causado, entretanto, por vírus diferentes. Os mais comuns, segundo o ministério, são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), que geralmente acometem crianças.

Confira a diferença entre gripe e resfriado nas perguntas e respostas abaixo publicadas pelo Ministério da Saúde:

Quais os sintomas da gripe?

Inicia-se, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar.

Como se transmite a gripe?

A influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar ou por meio indireto pelas mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o vírus diretamente para a boca, o nariz e os olhos.

Por quanto tempo os vírus influenza podem permanecer em superfícies?

Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem por duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se contaminar a partir dessas superfícies.

Como tratar a gripe?

Pessoas com gripe devem beber bastante água e descansar. A maioria dos pacientes se recupera dentro de uma semana. Os medicamentos antivirais para a gripe podem reduzir complicações e óbitos, embora os vírus do tipo influenza possam desenvolver resistência aos medicamentos. Eles são especialmente importantes para grupos de alto risco. Os medicamentos devem ser administrados precocemente (dentro de 48 horas após o início dos sintomas).

Quais os sintomas do resfriado?

Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo – entre dois e quatro dias. Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A febre é menos comum e, quando presente, ocorre em temperaturas baixas.

Como se transmite o resfriado?

As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.

Existem outros quadros que podem ser confundidos com a gripe?

Outra doença com sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

Desde julho de 2017, o número de casos suspeitos e confirmados de febre amarela tem aumentado no Brasil, principalmente na região sudeste do país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), entidade ligada às Nações Unidas, classificou na última terça-feira (16) todo o estado de São Paulo como área de risco. Confira 10 questões para entender o surto da doença e como se proteger.

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1) O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença causada por um vírus, o qual é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infectado. Em áreas urbanas, o mosquito transmissor pode ser o Aedes Aegypti, o mesmo da dengue.

2) Quais os sintomas da febre amarela?

A doença se manifesta de três a seis dias depois da picada do mosquito no ser humano. Os principais sintomas são: febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo (lombar e pernas), fraqueza, tonturas, mal-estar, icterícia (pele e olhos ficam amarelos) e vômitos. "Os sintomas surgem de forma aguda. A pessoa quase sempre começa a se sentir muito mal repentinamente", disse à ANSA o médico Marco Antonio Pontes, clínico geral do Hospital São Camilo, em São Paulo.

Algumas pessoas são picadas pelo mosquito, mas não apresentam quadros graves. "Em torno de 15% dos pacientes desenvolvem a forma mais grave da doença. Mas, quando isso ocorre, os pacientes apresentam sintomas como insuficiências hepática e renal, hemorragia (nas gengivas, nariz, estômago, intestino e urina) e um cansaço intenso", afirmou o especialista. "Ocorre também, em alguns casos isolados, a falência dos órgãos".

3) Como é feito o diagnóstico da febre amarela?

Com exame clínico, epidemiológico e laboratorial. A doença é confirmada com a detecção de antígenos virais e do RNA viral.

4) Como é possível se prevenir?

A vacina é a melhor forma de prevenção. Ela é gratuita e fica disponível nos postos de saúde durante todo o ano. A recomendação é aplicar a vacina 10 dias antes de viajar para uma área de risco. Crianças a partir de nove meses já podem receber a medicação, que dura para a vida toda. Evitar a propagação do Aedes Aegypti nas áreas urbanas e usar repelentes também são recomendações contra a febre amarela.

5) O que é a vacina fracionada?

O surto de febre amarela no Brasil aumentou a procura pela vacina nos postos de saúde e provocou escassez do medicamento. Como forma de garantir a vacinação para o maior número de pessoas, as autoridades sanitárias decidiram fracionar a dose. Em vez de aplicar a dose completa, com 0,5 ml e que vale por toda a vida, estão sendo distribuídas vacinas com doses menores, de 0,1 ml, que protegem por oito anos.

6) A febre amarela tem cura?

Não existem medicamentos específicos para a cura da doença, apenas para tratar os sintomas. O próprio sistema imunológico do paciente elimina o vírus do organismo. Alguns remédios, como analgésicos e antitérmicos, podem ser usados para aliviar a dor e febre. Pede-se também para o paciente ingerir muito líquido para evitar desidratação. Existe uma forte recomendação para que se evite aspirina e derivados, porque podem favorecer os sangramentos.

7) Qual a diferença entre febre amarela silvestre e febre amarela urbana?

A principal diferença são os mosquitos que transmitem a doença. Nos centros urbanos, a transmissão é feita pelo Aedes Aegypti. Já nas áreas rurais, geralmente são os mosquitos Haemagogus e Sabethes.

8) Qual o motivo principal do surto de febre amarela no Brasil?

A causa do surto ainda é desconhecida, mas existem algumas hipóteses, como o deslocamento de pessoas com a doença para outras cidades; o aumento no número de mosquitos transmissores; a falta de vacinação nas regiões onde a doença foi registrada; e até o impacto do desastre de Mariana, em Minas Gerais, no ecossistema.

O último balanço do Ministério da Saúde, de terça-feira, confirma 35 casos de febre amarela no Brasil registrados de julho de 2017 a 14 de janeiro de 2018. O estado de São Paulo tem o maior número de casos: 20. Minas Gerais, com 11, está na segunda colocação, seguido por Rio de Janeiro (três) e Distrito Federal (um). Outros 145 casos estão em investigação, e 290 foram descartados. São Paulo também lidera o número de mortes por febre amarela confirmadas, com 11, na frente de Minas Gerais (sete), Rio de Janeiro (uma) e Distrito Federal (uma).

9) Qual a relação dos macacos com a febre amarela?

Em algumas cidades, macacos foram encontrados com sinais de agressão, e os veterinários suspeitam que tenham sido tentativas de matar os animais para prevenir a febre amarela. Mas os macacos não causam a doença. Assim como os seres humanos, eles são vítimas dos mosquitos transmissores.

Os macacos são os hospedeiros do vírus, mas apenas os mosquitos infectados são capazes de picar seres humanos e transmitir a febre amarela. Nas áreas urbanas, o próprio ser humano é o hospedeiro, e apenas o mosquito Aedes Aegypti transmite a doença.

10) Qual a origem da febre amarela?

A origem do vírus causador da febre amarela foi motivo de discussão e polêmica durante muito tempo. Porém estudos recentes, utilizando novas técnicas de biologia molecular, comprovaram que sua origem é africana. O primeiro relato de epidemia de uma doença semelhante à febre amarela é de um manuscrito maia de 1648, em Yucatán, no México.

Na Europa, a febre amarela já havia se manifestado antes dos anos 1700, mas foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2,2 mil pessoas. Nos séculos 18 e 19, os Estados Unidos foram acometidos repetidas vezes por epidemias devastadoras, quando a doença era levada através de navios procedentes das índias Ocidentais e do Caribe.

No Brasil, a febre amarela apareceu pela primeira vez em Pernambuco, no ano de 1685, onde permaneceu durante 10 anos. A cidade de Salvador também foi atingida, com cerca de 900 mortes em seis anos.

A realização de grandes campanhas de prevenção possibilitou o controle das epidemias, mantendo um período de silêncio epidemiológico por cerca de 150 anos no país. A última ocorrência de febre amarela urbana no Brasil foi em 1942, no Acre.

Da Ansa

O risco de depressão é menor entre as pessoas com nível mais alto de instrução, aponta o informe anual da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) sobre a educação.

Segundo o relatório, indivíduos com mais diplomas têm melhores oportunidades de trabalho, o que "reduz a ansiedade". As pessoas com mais instrução têm "uma taxa de mortalidade menor e uma expectativa de vida mais alta", destaca o informe "Panorama da Educação 2017" da OCDE, publicado nesta terça-feira.

Os dados coletados pelo organismo mostram que a educação pode contribuir para combater a depressão. "Os indivíduos com mais instrução têm, em geral, melhores oportunidades de trabalho", o que diminui "a ansiedade e a depressão".

Esta conclusão se baseia em uma pesquisa realizada em 2014 em vários países europeus, cujos resultados foram publicados este ano. Nestes países, 8% das pessoas com idades entre 25 e 64 anos afirmam ter sofrido depressão nos últimos 12 meses. E "a incidência da depressão declarada pelos interessados varia sensivelmente em função do nível de formação".

Em média, o percentual de pessoas com depressão é duas vezes maior entre os adultos sem diplomas da segunda metade do Ensino Médio (12%). A diferença chega a 3 pontos percentuais entre as pessoas que têm um diploma de bacharel e as que têm instrução superior.

"O percentual de adultos que afirmam sofrer depressão diminui sucessivamente em função do nível de formação", afirma o estudo. A educação "contribui para o desenvolvimento de uma série de habilidades", mas estas não têm o mesmo impacto sobre a depressão, diz o informe. "A construção de habilidades sociais e emocionais, como a autoestima, tem mais impacto do que a aquisição" de competências matemáticas, ou literárias.

A pesquisa mostra que o percentual de mulheres que declaram sofrer depressão é superior ao dos homens, mas "diminui de forma mais forte do que o dos homens em função do nível de formação". Embora a depressão tenha múltiplas causas, seu risco aumenta com o desemprego, ou a inatividade, duas situações que podem levar à solidão e a problemas financeiros.

"Aumentar o nível de capacitação dá às pessoas ferramentas melhores para lidar com este fator de risco", conclui a OCDE.

Catorze pessoas infectadas pelo vírus Ebola em Serra Leoa nunca ficaram doentes, constataram especialistas, quase um ano depois do fim da epidemia mais mortal desta febre hemorrágica no oeste da África.

Segundo um estudo publicado nesta terça-feira (15), cientistas detectaram anticorpos que neutralizam o vírus Ebola no sangue destes indivíduos, indicando que foram infectados no passado.

Doze das catorze pessoas disseram não ter tido nenhum sintoma durante o período de transmissão ativa em suas comunidades. As outras duas lembram ter tido apenas febre quando o vírus se manifestou na região.

O vírus Ebola, que causa febre, vômitos e diarreia severa, deixou mais de onze mil mortos em dois anos e gerou pânico em todo o mundo devido à sua periculosidade. A Organização Mundial da Saúde anunciou neste ano o fim da epidemia da doença na África ocidental.

O estudo confirma suspeitas anteriores de que a severidade dos sintomas de uma infecção pelo vírus Ebola varia e que algumas pessoas não apresentam qualquer sinal da doença, destacou o doutor Gene Richardson, da Universidade de Stanford, na Califórnia, principal autor da pesquisa.

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica conhecida pelos sintomas de ouvir e ver coisas que, na verdade, não existem. No entanto, estes não são os únicos sintomas da condição. De acordo com o psiquiatra Filipe Doutel, "a doença vai restringindo a vida pessoal. O paciente passa a ter uma dificuldade social de se relacionar com as pessoas".

"Na verdade, a esquizofrenia é uma perda de contato com a realidade e, basicamente, quem tem essa doença apresenta alucinações e delírios, que são construções de ideias falsas sobre a realidade", explica o médico.

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Por isso, na opinião de Doutel, nos primeiros estágios é comum que a família não perceba que a pessoa está com algum problema. O médico afirma que, quando se tem problemas de comportamento, que não são visíveis, eles podem demorar a serem notados.

Ainda há muito preconceito contra pessoas que sofrem com a esquizofrenia. Doutel atribui essa questão a falta de conhecimento que a maioria das pessoas tem em relação à doença. "Há um desconhecimento muito grande, porque de 1% a 2% da população sofre de esquizofrenia, diferente da depressão ou da síndrome do pânico, que atinge de 20% a 25%. A raridade da doença faz com que ela seja muito menos compreendida", afirma.

Doutel diz que, hoje, há muito métodos para tratar pessoas com esquizofrenia. "O que é mais aceito e funciona bem são as medicações, que atualmente são muito boas junto com psicoterapia e projetos de reinserção social", explica.

De acordo com o psiquiatra, as técnicas para colocar o paciente na sociedade novamente fazem com que eles tenham uma vida normal, como se tratassem qualquer outra doença que precisa de cuidados especiais. Para exemplificar, Doutel falou sobre pacientes com diabetes, que sempre precisam tomar cuidado com aquilo que comem.

"É sempre uma batalha para integrar pessoas diferentes na sociedade, é uma luta muito importante", opina o médico.

Pesquisadores e instituições se comprometeram com a divulgação gratuita de futuras descobertas sobre o zika, uma prática incomum nos círculos científicos justificada pela urgência de saber mais sobre o vírus e erradicar a epidemia.

Em declaração conjunta, as revistas Nature, Science e The Lancet, a Academia Chinesa de Ciências, o Instituto Pasteur, a Fundação Bill e Melinda Gates e a agência de pesquisa médica japonesa, estimam que as informações sobre o vírus são "uma ferramenta crucial na luta contra esta emergência sanitária".

"Os signatários irão divulgar online com acesso gratuito todo o conteúdo sobre o zika vírus", segundo o comunicado. Na maioria dos casos, o zika é benigno e assintomática. Às vezes provoca sintomas leves do tipo gripal (febre, dor de cabeça, dores musculares). Suspeita-se que quando afeta uma mulher grávida seja responsável por causar malformações congênitas no feto, incluindo microcefalia (circunferência da cabeça anormalmente pequena, prejudicando o desenvolvimento intelectual e físico das crianças).

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congênitas constitui uma "emergência de saúde pública de alcance global". Os pesquisadores signatários da declaração comum notam que irão divulgar tanto dados preliminares de suas pesquisas quanto os resultados finais "o mais rápido e amplamente possível". Normalmente, a publicação de dados científicos ou resultados de um estudo ocorre no final de um longo processo. E os resultados não são compartilhados antes de ser publicados em uma revista científica.

"No contexto de emergência sanitária, é imperativo disponibilizar todas as informações que possam ajudar a combater esta crise", dizem os signatários, entre os quais também incluem a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), The New England Journal of Medicine, as revistas PLoS Science e o conselho de pesquisa médica sul-africano.

Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas em torno do zika vírus que afeta a América Latina, especialmente Brasil, Colômbia e Caribe. Tenta-se, em particular, estabelecer a ligação entre o zika e a microcefalia, além de saber em que medida o vírus afeta o feto. Não há atualmente nenhuma vacina ou tratamento contra o zika.

O Ministério da Saúde e a Vigilância Epidemiológica do Piauí estão concluindo a investigação do que pode ser o primeiro caso de febre do Nilo no Brasil. Exames iniciais, feitos em outubro, indicaram que um agricultor de 52 anos, do município de Aroeiras do Itaim, no Piauí, tem o vírus, e os órgãos de Saúde estão recolhendo material de animais, na região, para avaliar a situação.

De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.

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Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.

Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.

De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.

Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.

Febre, tosse por mais de duas semanas, produção de catarro e muito cansaço. Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe forte ou uma virose. O diagnóstico da tuberculose, doença que atinge os pulmões, pode ser descoberto com um simples radiograma e exame de escarro. Atualmente, pode ser curada em quase 100% dos casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença teve uma redução de 21%, mas os números ainda são altos. 

A tuberculose atinge, em sua maioria, a população com sistema imunológico baixo. A arquiteta Mirella Dantas, de 23 anos, faz parte da estatística. “Senti uma dor muito forte nas costas, com muitas pontadas e febre. Quando o médico me examinou, percebeu que eu estava com muita água no pulmão direito. Foi feita uma punção de emergência, onde foram retirados 700 mililitros do líquido, que foi encaminhada para análise e confirmou a doença pleural”, relatou a jovem.

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Além disso, há outros fatores ainda mais iminentes à contaminação, que são a pobreza e má distribuição de renda. O fato ocorre devido ás más condições de saúde da população em determinados locais. A estatística em que a arquiteta faz parte inclui mais 70 mil novos casos. De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a redução de pessoas com a tuberculose também foi perceptível em relação aos óbitos. A taxa de mortalidade de 2013 foi de 2,3 mortes por 100 mil habitantes, 23% menor que a taxa de três óbitos por 100 mil habitantes registrada em 2012.

De acordo com o pneumologista Joaquim Cunha, responsável pelo setor de tuberculose infantil do Hospital Otávio de Freitas – unidade hospitalar referência em Pernambuco – a doença ganglionar, mais comum em crianças, não é transmissível. “Esse tipo de tuberculose extrapulmonar não é capaz de transmitir a bactéria para outras pessoas, pois não há risco de contágio. Por mês, atendemos 50 crianças aqui no Otávio”, relatou. Diferentemente da ganglionar, a tuberculose pulmonar pode ser pega através dos sintomas mais comuns da doença.

Tratamento

O tratamento é baseado na medicação por seis meses. “Nos primeiros meses, são quatro tipos de remédios diferentes. Depois, os antibióticos são trocados, geralmente dadas uma única vez ao dia, por ser muito forte”, afirmou Cunha.

"Comecei a tomar os medicamentos e as reações são terríveis. O que eu mais senti foi enjoo, insônia e urticária - lesões de pele com vergões vermelhos e inchaço. Mas depois, o organismo se acostuma e a pessoa não sente tanto", afirmou Mirella Dantas. 

Cerca de seis milhões de novos casos são notificados no mundo anualmente, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Há vários grupos de pessoas que tem um risco maior de desenvolver a doença. Dentre elas estão os idosos, alcoólatras, quem possui problema de insuficiência renal crônica, além de doentes com neoplasias ou quimioterapia, portadores de HIV e transplantados. O diagnóstico precoce ainda deve ser a melhor forma de tratar a doença. Caso os sintomas como tosse e febre persistam, o recomendável é procurar um médico. "Quanto mais cedo, melhor para que a doença seja curada logo. Não pode deixar que a doença se agrave para procurar um médico. Quanto antes, melhor", finaliza o pneumologista, Joaquim Cunha.

Imagem: campanha do Governo Federal

Foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o primeiro caso do vírus chikungunya em Pernambuco. De acordo com o órgão, o paciente infectado não teve a doença transmitida no Estado e outros cinco casos estão sendo apurados pela SES. Os infectados pegaram o vírus - que é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue (Aedes aegypti) - na República Dominicana, África e na Bahia.

Representantes de vários municípios pernambucanos participaram da reunião na sede da Secretaria, no bairro do Bongi, zona oeste do Recife nesta terça-feira (15). A ação foi realizada para discutir ações preventivas contra a manifestação do chikungunya.

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"Atualmente, temos seis casos notificados no Estado, sendo um confirmado e cinco em investigação. Apesar de nenhum dos pacientes ter contraído o vírus em Pernambuco, já há registro de casos autóctones - infectados oriundos de outros países - em municípios baianos, como Feira de Santana. É essencial que as ações sejam antecipadas nos municípios para prevenção", informou Roselene Hans, diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES.

Doença

A população pode pegar a doença através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti albopictus infectadas pelo chikv. Segundo a Secretaria de Saúde, os casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que exclusivamente, no intraparto de gestantes virêmicas e pode provocar, na maioria das vezes, infecção neonatal grave. 

“Assim como a dengue, o chikungunya não possui vacina, logo, o meio mais eficaz de controle da doença é controlando o vetor. Por isso, os municípios precisam estar preparados. Durante o encontro, capacitamos os profissionais em relação à doença e discutimos a elaboração dos planos de contingência”, afirma Rosilene Hans.

Sintomas

Quem for contaminado com a picada do inseto pode ter sintomas parecidos com o da dengue cerca de quatro a oito dias depois. São eles a febre de início agudo, dores articulares e musculares, náusea, fadiga e fortes dores de cabeça. O que diferencia o vírus da dengue são as dores fortíssimas nas articulações e, dependendo do avanço, o paciente passará para fase subaguda e crônica.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, dificilmente um paciente morre em decorrência da doença, mas a chikungunya tem elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, que pode levar à incapacidade e redução da produtividade e da qualidade de vida.

Após a divulgação do primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, em Paraná, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que já realizou uma série de ações preventivas. O órgão disse que a medida é uma precaução, caso haja algum paciente que apresente os sintomas no Estado.

>> Resultado de exame de caso suspeito de ebola sai em 24h 

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De acordo com o órgão, uma reunião já foi realizada com o Hospital Oswaldo Cruz, que é a unidade referência para receber esse tipo de doença em Pernambuco, para debater as formas de proceder com a chegada de algum paciente com suspeita do caso. "Quem apresentar sintomas como febre forte, associado à sinais de sangramento e que tenha vindo de algum País da África como Serra Leoa, Guiné e Libéria, deve ligar para os números da Secretaria de Saúde para que os procedimentos seguros sejam realizados", informou a diretora geral de controle de doenças e agravos, Rosilene Hans.

Em caso de algum tipo de sintoma, a população deve ligar para os números 0800 081 3781 ou o 94884267.

>> A epidemia de Ebola

 

 


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