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Dezesseis de março de 2020. Com hipertensão, obesidade, diabetes e infecção urinária, a empregada doméstica Cleonice Gonçalves, aos 63 anos, não teve direito a folga nem quando seus patrões regressaram da Itália com sintomas de Covid-19. Pela última vez, ela repetiu o único caminho que a pobreza lhe permitira nos últimos dez anos: os 120 km que separavam sua casa, na pequena Miguel Pereira, do bairro do Leblon, que ostenta o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro, cruzados em dois ônibus e um trem. Daquela vez, contudo, o esforço para comparecer ao trabalho seria inútil. Diante de uma persistente falta de ar, Cleonice precisou voltar para casa às pressas. Um dia depois, ela se tornaria a primeira brasileira a morrer de Covid-19, em um hospital público de sua cidade. O caso escancarou a maneira como a pandemia da doença agudizou as vulnerabilidades das trabalhadoras domésticas no Brasil. Em uma série de reportagens, o LeiaJá analisa os impactos sofridos pela categoria no período de crise sanitária, da perda em massa de emprego à piora das condições de trabalho.

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Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), exemplificam o impacto da pandemia do novo coronavírus para a categoria. Comparando os números do segundo trimestre de 2019 com aqueles que correspondem ao mesmo período de 2020, quando os efeitos da crise começaram a ser sentidos no Brasil, é possível observar que o Brasil perdeu 1,54 milhão de postos de trabalho doméstico, o equivalente a 24,63% do total do ano passado. Se antes o número de vagas ocupadas era de 6.254.000, depois passou a ser de 4.714.000.

No segundo trimestre deste ano, o Brasil perdeu 1,54 milhão de postos de trabalho doméstico, na comparação com o mesmo período de 2019. (Júlio Gomes/LeiaJá)

Mesmo na comparação com o primeiro trimestre, os meses de abril, maio e junho de 2020, totalizaram 1.257.000 (21,05%) empregos domésticos perdidos. Apenas no Estado de Pernambuco, por exemplo, que responde por 3,22% das trabalhadoras domésticas do Brasil (antes da pandemia, a porcentagem era de 3,69%), a comparação relativa ao segundo trimestre de 2019 com o de 2020 revela a perda de 26,21% dos postos de trabalho, o que corresponde a 54 mil trabalhadores desempregados.

O fundador e presidente da empresa Doméstica Legal e da ONG Doméstica Legal, Mario Avelino, destaca que o emprego doméstico é mais vulnerável ao desemprego porque está na ponta da linha de produção. “Foram mais de 700 mil empresas fechadas e outras 900 mil paralisadas, algumas até agora. Se sou funcionário de uma empresa e perco meu emprego, minha primeira providência é dispensar a empregada doméstica. As pessoas perderam renda e precisaram cortar custos”, comenta.

História de lutas

De acordo com o estudo "Os desafios do passado no Trabalho Doméstico do Século XXI", publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no ano de 2018, 63% dos brasileiros que exerciam o ofício no Brasil eram mulheres negras e apenas 1% dos postos de trabalho na área são ocupados por homens.

A socióloga e fundadora do SOS Corpo, Betânia Ávila, destaca que os recortes de gênero e raça da profissão denunciam sua origem, ligada à escravidão e à divisão sexual do trabalho, que delega às mulheres a sobrecarga de atividades ligadas ao lar. “É uma função cheia de marcas do Brasil Colônia e de sua violência, da qual somos tributários. Desde as trabalhadoras escravas na casa dos patrões, violentadas, estupradas e engravidadas, um processo que faz parte da formação social brasileira. O período de pandemia e confinamento pelo qual estamos passando, agudiza tudo isso e cria, inclusive, novas formas de perversidade”, coloca.

Em 1936, foi fundada a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do Brasil, em Santos, no interior de São Paulo. (Acervo/Fenatrad)

Tão antigas quanto as opressões sofridas pelas trabalhadoras domésticas são as lutas por elas encampadas. Ainda em 1936, a sindicalista e militante negra Laudelina de Campos Melo fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do Brasil, em Santos, no litoral de São Paulo. A instituição chegou a ser fechada pelo Estado Novo, voltando a funcionar em 1946. A professora do curso de Serviço Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Elisabete Pinto chama atenção para o fato de que, àquela época, Laudelina já discutia feminismo, ainda que não se intitulasse feminista. “Ela conseguia, de sua forma, fazer a interseccionalidade entre gênero, raça e classe. Quando se fala de empregadas domésticas, mulheres negras e brancas, empregadas e patroas, estamos falando de uma relação de gênero, que expressa a desigualdade entre as mulheres. Ela conseguiu perceber isso”, explica.

Filiada ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), Laudelina também se tornaria responsável pelo surgimento do sindicato das domésticas de Campinas, em 1961, o que a solidificou como uma referência nacional na militância pelos direitos dessas trabalhadoras e figura central na conquista dos direitos à Carteira de Trabalho, às férias anuais remuneradas de 20 dias e à Previdência Social, através da Lei n 5.859 de 1972, em plena ditadura militar, que já eram usufruídos por outras categorias desde os anos 1930. As conquistas, contudo, só foram asseguradas pela Constituição de 1988, que, por um detalhe, manteve a segregação jurídica entre domésticas e demais trabalhadores.

Procuradora do MPT Débora Tito lembra que constituição de 1988 exclui as trabalhadoras domésticas em seu parágrafo único (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

“A gente tem uma constituição estudada no mundo todo, considerada uma constituição cidadã, mas que em seu artigo sétimo elenca uma série de dispositivos dos quais exclui as trabalhadoras domésticas, no seu parágrafo único”, comenta a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco Débora Tito.

Assim, a constituição concedeu à categoria repouso semanal remunerado (preferencialmente aos domingos), décimo terceiro salário, salário mínimo, aviso prévio e licença para gestantes, mas deixava de fora direitos como seguro-desemprego, remuneração do trabalho noturno superior ao diurno, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), jornada de trabalho máxima de oito horas e seguro contra acidentes de trabalho. Essas últimas conquistas só foram alcançadas pela categoria com a aprovação da PEC 66/2012, conhecida como PEC das Domésticas, que daria, por fim, origem à Lei Complementar 150/2015.

Luísa Batista, presidente da Fenatrad, pontua que a Lei Complementar 150 não trouxe a tão sonhada igualdade para a categoria. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Luísa Batista, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), pontua, contudo, que a luta pelos direitos da categoria está longe de acabar. “A gente sabe que a Lei Complementar 150 não trouxe a tão sonhada igualdade. Para outras categorias, o Seguro Desemprego é concedido em cinco parcelas no valor que o trabalhador teria direito. No nosso caso, a gente faz rescisão de contrato, mas a trabalhadora só tem direito a três parcelas no valor de um salário mínimo”, exemplifica.

Vulnerabilidades

Em junho de 2020, o Ipea e a ONU Mulheres publicaram uma nota técnica a respeito das "Vulnerabilidades das Trabalhadoras Domésticas no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil". O texto destaca que, além dos recortes raciais e de gênero, a categoria é marcada pela precariedade trabalhista. Os dados do primeiro trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2020 mostram que apenas 28% dos(as) trabalhadores(as) domésticos(as) do País possuíam carteira de trabalho assinada. Como em 1995, essa porcentagem era de 18%, é possível afirmar que a formalização da categoria cresceu apenas 10 pontos percentuais em 25 anos.

De acordo com a especialista em políticas públicas e gestão governamental lotada na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Ipea, Carolina Torkaski, que assinou a nota  técnica ao lado de Luana Pinheiro e Marcia Vasconcelos, a desproteção social da categoria é primeira de três vulnerabilidades específicas da categoria mapeadas durante a pandemia do novo coronavírus. “Há inclusive um movimento de redução da quantidade de mensalistas e aumento das diaristas, que tem que buscar essa proteção social individualmente. Delas, 9% possuem carteira assinada e 24% contribuem com a previdência. O que esses números nos dizem é que, durante a pandemia, apenas nove em cada 100 domésticas tiveram acesso ao Seguro Desemprego e apenas 24 em cada 100 diaristas têm acesso ao auxílio doença por causa do risco de contaminação pela Covid-19. São mais expostas à contaminação e têm menos proteção, seja no campo do emprego, seja no campo do auxílio doença”, explica.

Torkaski lembra que mesmo as mensalistas, as quais correspondem a 56,5% das trabalhadoras domésticas, só têm carteira de trabalho assinada em 43% dos casos. “Ou seja, mulheres que trabalham três ou mais dias no mesmo domicílio e não possuem CLT. Isso quer dizer que essas trabalhadoras convivem, no período da Covid-19, com medo e incerteza: ou elas correm o risco de contaminação ou perdem o emprego. É uma escolha muito dura”, reforça.

Um segundo tipo de vulnerabilidade está associado à própria natureza do trabalho realizado. “É um ofício que se dá dentro de domicílio, as domésticas, muitas vezes, manipulam corpos ou fluidos corporais que são dos empregadores, então o risco de contaminação é alto. Além disso, há uma sobrecarga das tarefas de cuidados dentro das casas das pessoas, já que muitos serviços não voltaram, como escolas e creches. Por fim, não existe fiscalização no local de trabalho, nas residências, verificando a existência de abusos”, completa Torkaski.

Por fim, o Ipea pontua o aumento da violação sistemática de direitos humanos durante a crise sanitária. “A Fenatrad, os sindicatos e a imprensa têm mostrado relatos de trabalhadoras que enfrentam jornadas exaustivas, acúmulo de funções e até restrições de liberdade e mobilidade. Com os hospitais sobrecarregados, questões menos graves de saúde estão sendo tratadas em casa, então a casa das pessoas se tornou uma linha de frente, constituída pelas domésticas, no enfrentamento da pandemia”, conclui Torkaski.

Recomendações

Durante a pandemia, MPT, Ipea e ONU Mulheres elencaram um conjunto de recomendações para proteger as trabalhadoras domésticas durante a pandemia do novo coronavírus. Confira as recomendações: 

1- Maior envolvimento dos homens no trabalho reprodutivo;

2- Quarentena remunerada para as domésticas;

3- Empregadores devem fornecer EPI's, como máscara, luvas e álcool em gel 70%, bem como arcar com os custos do deslocamento para o local de trabalho, utilizando outros meio “que não o transporte coletivo”;

4- Empregadores devem garantir a dispensa das trabalhadoras em caso de suspeita ou confirmação de covid-19;

5- Com base nas manifestações da Fenatrad e no entendimento da Procuradoria-Geral da República, recomenda-se que os governos estaduais revoguem os decretos e as leis que instituem a totalidade do trabalho doméstico como uma atividade essencial;

6- Auxílio emergencial de R$ 600 pelo período que durar a pandemia;

7- Prioridade às domésticas na testagem para a covid-19;

8-Discutir medidas para tratar de eventuais transtornos mentais relacionados ao aumento da ansiedade e quadros depressivos, criados tanto pela exposição da categoria e de seus familiares ao vírus quanto pela perda de renda;

9- Retomar a discussão sobre os incentivos à formalização do trabalho doméstico remunerado. A formalização viabiliza o acesso ao seguro-desemprego e a outros benefícios conectados com as políticas de proteção social e alivia o efeito negativo ocasionado por crises socioeconômicas.

Na próxima quinta-feira (24), o LeiaJá dará continuidade à série de reportagens. A segunda matéria retrata o drama de uma trabalhadora desempregada.

Domésticas: a linha de frente invisível

 --> Vivendo com R$ 300: o drama de uma diarista desempregada

 --> Mirtes: 'Nunca mais volto a trabalhar de empregada'

--> Denúncias das domésticas na pandemia incluem até cárcere

 De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (5), a candidata do PT à prefeitura do Recife, Marília Arraes diminuiu sua diferença para João Campos (PSB), líder das intenções de voto do pleito, que se manteve como preferência de 31% dos entrevistados. Embora tenha chegado a 21%, a petista segue em situação de empate técnico com Mendonça Filho (DEM), que aparece com 16% e, por sua vez, empata pela margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos com Patrícia Domingos (Podemos), que aparece em quarto lugar e pontua 14%.

O Coronel Feitosa (PSC) marca 2%, enquanto Carlos Andrade Lima (PSL) e Charbel (Novo) empatam em 1%. Os candidatos Thiago Assis (UP), Marco Aurélio (PRTB), Cláudia Ribeiro (PSTU) e Victor Assis (PCO) não pontuaram. Dentre os entrevistados, o percentual de 12% disseram que votariam branco ou nulo. Outros 3% não souberam responder.

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O Datafolha ouviu 924 eleitores entre os dias 3 e 4 de novembro. Na última pesquisa divulgada pelo instituto, Marília aparecia com 18%, seguida por Domingos (16%) e Mendonça Filho (15%).

Quanto ao índice de rejeição, pela primeira vez Patrícia Domingos lidera o ranking, com 35%. Nesta relação, João Campos é o segundo colocado (34%), seguido por Mendonça Filho (32%) e Coronel Feitosa (30%). Marília Arraes ficou com rejeição de 26% entre os entrevistados.

O Partido Social Liberal (PSL) anunciou, nesta sexta (28), que terá candidatura própria à Prefeitura do Recife, nas eleições municipais de novembro de 2020. A legenda será representada no pleito pelo advogado Carlos Andrade Lima.

A decisão foi compartilhada em encontro realizado em um restaurante da Zona Sul do Recife, com as presenças do vice-presidente do partido, Antônio Rueda, do coordenador político do PSL/PE, Marcos Amaral, e do presidente municipal da sigla, Raphael Souto. O presidente do PSL, Luciano Bivar também participou do encontro e  celebrou a escolha de Andrade Lima.

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De acordo com Bivar, o advogado se encaixa no projeto de renovação do PSL no Recife. “Carlos Andrade Lima é um homem novo na política, com perfil e ideais jovens. É uma pessoa de consenso no partido e nada melhor do que lançar o nome dele em nossa candidatura própria. Com certeza ele trará boas ideias ao debate para a gestão do Recife”, afirmou.

Neófito no meio político, Andrade Lima atua no ramo privado da advocacia desde 2004 e filou-se ao PSL em março deste ano. “Fiquei lisonjeado com o convite. Estou animado com a candidatura e para colocar as nossas ideias em prática.”, comentou o advogado.

O nome do vice que integrará a chapa segue em discussão. De acordo com o PSL, a legenda se reunirá com outros partidos em busca de apoio.

 Em reunião realizada em sua sede, nesta sexta-feira (14), o Republicanos oficializou seu apoio à candidatura do deputado federal João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife. Além do prefeiturável, participou do evento Silvio Costa Filho, atual presidente da sigla.

No encontro, o partido entregou uma carta programática com um conjunto de sugestões a serem que incorporadas ao programa de governo do pré-candidato. Dentre os pontos destacados como prioridade pelo Republicanos, estão a valorização dos servidores públicos, o fortalecimento da atenção básica de saúde e a rediscussão do Plano Diretor da Cidade. 

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“Não tenho dúvida que juntos vamos trabalhar para buscar a melhoria da qualidade de vida dos recifenses que sonham com uma cidade mais justa e solidária. Acredito que João reúne todas as condições para liderar esta nova etapa da capital pernambucana. Estamos construindo uma aliança com um conteúdo programático para a cidade. Nós do Republicanos defendemos uma gestão que busque o desenvolvimento econômico e social”, comentou Silvio Costa Filho.

Campos celebrou o apoio e elogiou a atuação do Republicanos no Congresso Nacional. “O seu apoio e confiança na nossa pré-candidatura e na Frente Popular do Recife, oficializado nesta sexta-feira, reforça o nosso projeto de garantir uma cidade cada vez mais voltada às pessoas, que valoriza e assegura os avanços conquistados, que planeja e trabalha por um futuro com mais oportunidades. As sugestões e eixos defendidos pelo Republicanos, na carta nos entregue hoje, dialoga com diretrizes do Programa de Governo que estamos consolidando para apresentar à população do Recife”, colocou o pré-candidato.

Em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta terça (11), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, pregou prudência quanto à vacina Sputnik V, produzida pela Rússia em prevenção ao novo coronavírus. Mais cedo, o governo do Paraná anunciou que assinará um convênio com o país para produzir a preparação biológica. A vacina desperta insegurança na comunidade internacional, pois há poucas informações acerca de sua eficácia.

“A gente fica feliz e saúda a iniciativa da realização russa, mas é preciso ter muita prudência nesse momento em relação a essa vacina, para não criar falsas expectativas. A OMS [Organização Mundial de Saúde] já se pronunciou sobre a necessidade de avaliação pela comunidade internacional dos ensaios clínicos desenvolvidos para a validação dessa vacina, então a gente precisa aguardar mais detalhes”, ressaltou Longo.

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O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, ressaltou ainda que a responsabilidade pelo programa nacional de imunização é do governo federal. “Vacinas são usadas para prevenção, em pessoas saudáveis, por isso, seu perfil de segurança precisa estar bem estabelecido, bem como sua efetividade. Quando uma vacina estiver disponível, pode ter certeza que os municípios irão fazer seu papel, para ela chegue primeiro aos grupos prioritários e posteriormente a toda a população, se assim for necessário”, completou.

Por meio de nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou que o laboratório russo responsável pela vacina não apresentou pedido de análise do produto pela instituição. “A análise da Anvisa começa a partir da solicitação do laboratório farmacêutico”, comunicou a agência.

Nessa sexta-feira (31), o Recife celebrou a alta de número 2.500 dos hospitais de campanha voltados para o tratamento da Covid-19. Após apresentar cura clínica, a  professora Eliane dos Santos Medeiros, de 60 anos, foi liberada com festa pelos profissionais do Hospital Provisório Recife 2, no bairro dos Coelhos. Asmática, ela passou sete dias internada, entre a UTI e enfermaria.

“Fui muito bem atendida e estou muito agradecida a todos os profissionais, desde os serventes, aos médicos e gestores. Para a equipe do hospital desejo muitas felicidades. Todos ajudam a gente no peito e na raça. Não tinha ninguém com má vontade. A equipe foi muito bem preparada”, comenta Eliane, que terá a oportunidade de conhecer seu primeiro neto, que está para nascer.

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A professora usa sua história para alertar outras pessoas sobre os riscos de não adotar as medidas preventivas ao novo coronavírus. “Quero deixar um recado a todos. Isso aqui não é uma brincadeira; é uma guerra. O povo não está acreditando. Essa doença não é brincadeira. Usem máscara, não fiquem juntos de muita gente e cuidem de si e do próximo”, disse a docente.

O supervisor de enfermagem da UTI, Erickson Luan Gomes, relata que a recuperação de Eliane foi muito comemorada. “Ela é uma pessoa muito sensível. Quando chegou, não acreditou que estava com covid, mas ao ver o exame, começou a responder ao tratamento, mesmo sendo asmática. Quando dei a notícia de sua alta, ela não acreditou. Ficou bastante emocionada”, lembra.

Com informações da assessoria

Nesta sexta (17), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, assinou um decreto que liberado o banho de mar nas praias do municípios a partir deste sábado (18). Um protocolo com algumas medidas preventivas foi divulgado, dentre as quais está o uso obrigatório da máscara fora da água.

Desde o dia 21 de junho, já estavam liberados caminhadas na faixa de areia e no calçadão, além dos passeios de bicicleta nas ciclofaixas. Continua proibida a prática de esportes coletivos, uso de barracas, guarda-sol, cadeiras, caixas térmicas, comércio ambulante e venda de comidas e bebidas na praia.

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De acordo com a Prefeitura de Jaboatão, o efetivo da Guarda Municipal, equipes de fiscalização, quadriciclo e drone, irão fiscalizar o cumprimento das regras, entre as 7h às 19h. “Os ambulantes cadastrados no município para trabalhar na orla têm recebido cestas básicas da prefeitura, pois estão sem poder trabalhar devido ao decreto estadual”, informa nota da prefeitura.

A Fiocruz detectou um caso humano de infecção por uma mutação do vírus influenza A H1N2, com potencial pandêmico. Uma jovem de 22 anos, residente na cidade de Ibiporã, no Paraná, desenvolveu uma infecção respiratória provocada pelo vírus. O caso foi divulgado na última sexta (10), no site da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A paciente infectada trabalha em um matadouro de porcos, animais em que o vírus costuma circular. A jovem desenvolveu um quadro complicado no mês de abril, mas recebeu tratamento em domicílio e apresentou cura clínica.

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De acordo com a Fiocruz, não se sabe se é possível o contágio de pessoa para pessoa, mas até agora 26 casos de influenza A H1N2 foram registrados em todo o mundo desde 2005, sendo três deles no Brasil.

Durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro deu a entender que foi acometido pela covid-19. Bolsonaro foi cobrado para apresentar seus exames, mas se recusou a fazê-lo. “Se meu exame tivesse dado negativo, eu mostrava”, afirmou. 

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Curiosamente, durante a reunião, nenhuma política sólida de combate à covid-19 é discutida pela equipe ministerial. Apesar disso, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves chegou a afirmar que elaborou cinco procedimentos para pedir as prisões de cinco governadores e prefeitos que adotaram o isolamento social.

 

Nesta quinta (21), o Náutico anunciou a campanha Projeto Série A, um conjunto de ações criadas para estimular o acesso do clube à Série A. A retransmissão, às 16h do próximo sábado (23) da vitória sobre o Ituano, em 2006, que recolocou o Timbu na primeira divisão depois de 12 anos, foi escolhido para marcar o início do planejamento, em decorrência de seu simbolismo para os torcedores alvirrubros, que foram tidos como determinantes para a conquista do resultado. A primeira ação concreta será o “Tô com o Timba”, um pacote de ingressos para partidas da série B, gerando receita ainda antes do retorno ainda incerto do Campeonato Brasileiro.

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Nas rodadas iniciais, é provável que a competição ocorra com arquibancadas vazias, em prevenção à Covid-19. Ainda assim, o presidente do Náutico, Edno Melo, está confiante em um retorno forte da equipe. “Com a torcida alvirrubra ao nosso lado o Timbu vai voltar forte. Voltar para casa, voltar a campo, retomar os planos de futuro [...] Com a Nação Timbu unida, vamos trabalhar muito para comemorarmos os 120 anos da nossa fundação com o Náutico na Série A”, comenta.

O primeiro pacote de ingressos dará direito a 10 jogos da Série B, enquanto o segundo, batizado de “season ticket”, contempla os 19 jogos do Brasileirão. Em ambos, cada partida sai a R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia), podendo ser dividido em até 6x. Para os sócios, já com os descontos, os valores são de: R$ 6 (categorias Patrimonial e Contribuinte), R$ 8 (Sócio Torcedor) e R$ 10 (Standard). É possível adquirir as entradas nos links: Sócio Nação Timbu e Público geral.

Armas de calibre 38, 380 e 40, além de munições, drogas, celulares e outros itens, foram apreendidas durante uma revista no Presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, nesse sábado (11). A ação foi feita através de Policiais Penais, do Grupo de Operações da Secretaria de Ressocialização (Seres) e pelo Batalhão de Choque da PM.

Realizada no pavilhão D e E, a revista foi levantada após um tumulto entre facções. Durante a briga, o detento Gleison Estevão da Silva morreu em uma troca de tiros e mais seis pessoas ficaram feridas. Após a confusão, a Gerência de Operações e Segurança (GOS/Seres) controlou a situação.

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De acordo com informações da Seres, os envolvido serão submetidos ao Conselho Disciplinar e o fato será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.

Curiosamente, Fernando Bezerra Coelho é líder do governo no senado. (Divulgação)

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Em sessão remota na tarde desta segunda (30), o Senado Federal apresentou um manifesto em apoio à política de isolamento social que está sendo adotada pelos governos estaduais brasileiros para combater a pandemia do coronavírus. A ação foi articulada justamente pelo líder do governo na casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e contou com a adesão de lideranças como Antonio Anastasia, vice-presidente do Senado. O ato marca o posicionamento dos congressistas contra a postura do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a lançar uma campanha nacional contra a quarentena.

“Eu queria agradecer às diversas lideranças, à expressiva maioria dos líderes que manifestaram seu apoio a essa manifestação do Senado Federal no dia de hoje, em um agradecimento particular aos senadores Eduardo Braga, Randolfe Rodrigues, que de certa forma, participaram da elaboração e da sugestão do texto", comentou. Coelho, contudo, confessou que foi procurado por colegas preocupados com a duração indefinida do isolamento social. “Para que a gente possa buscar em algum momento uma discussão sobre critério de flexibilização. Para que a gente possa buscar o achatamento da curva do contágio e, por outro lado, proteção de emprego e renda para os brasileiros”, completou.

No documento, o Senado reforça que “a experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social”.

Confira o manifesto na íntegra:

Pelo isolamento social

"A pandemia do coronavírus impõe a todos os povos e nações um profundo desafio no seu enfrentamento. A experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social. Somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o “achatamento da curva” de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vidas, conforme apontam os estudos sobre o tema. Ao Estado cabe apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais que serão atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento. Diante do exposto, o Senado Federal, através da maioria expressiva dos seus líderes, se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa".

Jornalista Xico Sá enalteceu a atitude do grupo. (Twitter/reprodução)

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Um grupo de chineses doou, na última sexta (27), suprimentos ao Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, localizado na Vila Espanhola, na cidade de São Paulo. De acordo com a embaixada da China no Brasil, quando o hospital quis registrar o nomes dos doadores, os benfeitores preferiram se identificar apenas como “chineses”.

Por meio de suas redes sociais, o jornalista Xico Sá enalteceu a atitude do grupo. “Parabéns, grande China, vamos fazer mais pelo povo do mundo inteiro. Saudações comunistas”, escreveu.

André Longo afirmou que a Fiocruz demonstrou interesse na produção. (Reprodução)

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Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta (27), o Governo de Pernambuco anunciou que tentará ampliar sua capacidade para 50 mil kits de testagem do novo coronavírus. O estado também espera que a Fiocruz passe a produzir o equipamento. Pernambuco já confirmou 57 casos da covid-19, quatro óbitos e sete curas clínicas.

“Nós tivemos contato hoje com a Fiocruz Pernambuco. Há interesse deles em desenvolver os testes aqui no estado, mas falta o insumo, eles já estão em movimentação para adquirir. Para além destes, estamos buscando a contratação de exames em um laboratório privado, que está importando insumos da China e vai prestar serviço ao estado”, comentou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

É por meio do Consórcio Nordeste que o estado espera se fortalecer para negociar com os fabricantes chineses. “Há uma preocupação nossa na aquisição de produtos que tenha, alguma segurança. A Espanha comprou kits na china que demonstraram um nível de sensibilidade muito baixo e estavam gerando um problema muito grande pro sistema de saúde espanhol. A gente está com uma epidemia que não completou três meses, a corrida para desenvolver e vender esses produtos é muito grande e a gente como gestor público precisa ter segurança nessas transações para não ser ludibriado”, considerou Longo.

O secretário também reconheceu que ainda não existem insumos para testar todos os casos de síndromes gripais leves “de forma indiscriminada". “O foco quando você não tem recursos, como é o caso do Brasil, é salvar vidas. Não podemos nos dar ao luxo de usar os insumos para pessoas assintomáticas”, argumentou.

Após sair em turnê pelo Nordeste, o compositor e poeta Tauã chega ao Recife. Ele faz o show de apresentação do seu disco Ã, lançado em maio de 2018, na próxima sexta (1º), no Terra Café.

No show, Tauã canta algumas músicas de seu mais recente álbum, Ã; além de apresentar poemas-ruídos do novo projeto literário intitulado Pras pedras que somos. Também haverá espaço para releituras de artistas como Zeh Rocha e Bob Marley. A apresentação, intitulada Sìlaba Molhada, brinca com a interseção entre poesia e canção.

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Serviço

Sílaba Molhada - Tauã

Sábado (1º) | 21h

Terra Café (Rua Monte Castelo, 102 - Boa Vista)

R$ 10

 

Após um emocionado artigo na revista "New Yorker", no qual confessou que foi violentado aos 8 anos, o presidente do prestigioso Prêmio Pulitzer, o escritor americano de origem dominicana Junot Díaz, foi denunciado por agressão sexual por uma jovem e renunciou ao cargo.

A organização do Pulitzer anunciou que fará uma investigação independente sobre as acusações, com a qual o escritor colabora. Por enquanto, Díaz, de 49 anos e nascido na República Dominicana, continuará integrando a direção.

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Em 4 de maio, a jornalista Zinzi Clemmons lhe perguntou, em um simpósio em Sydney, por que ele a havia tratado tão mal há seis anos, quando ela era uma estudante na Universidade de Columbia.

Depois, contou no Twitter que Díaz a encurralou e a beijou sem seu consentimento, e assegurou que está longe de "ser a única" a ter sofrido uma agressão sexual por parte do escritor.

Em abril, Díaz publicou um comovente artigo na "New Yorker", relatando ter sido violentado quando era criança e expondo o trauma e os problemas que isso lhe trouxe ao longo de sua vida - da infidelidade ao alcoolismo, passando pela insônia e pela depressão.

Clemmons alega que o artigo foi escrito para justificar seus abusos.

Em um comunicado após as acusações, o autor de "A fantástica vida breve de Oscar Wao", livro que lhe valeu o Pulitzer em 2008, disse que se deve educar os homens sobre consentimento.

"Assumo minha responsabilidade por meu passado. Essa é a razão, pela qual tomei a decisão de contar a verdade sobre minha violação e seus consequências danosas. Essa conversa é importante e deve continuar", declarou.

"Estou ouvindo e aprendendo com as histórias das mulheres nesse movimento cultural essencial e longamente esperado. Devemos continuar ensinando a todos os homens sobre consentimento e limites", acrescentou Díaz.

O novo presidente temporário do Pulitzer é Eugene Robinson, colunista do jornal "The Washington Post".

Desde a explosão do escândalo sobre Harvey Weinstein em outubro, denunciado por abuso, agressão sexual, ou estupro de mais de 100 mulheres, dezenas de homens poderosos do mundo das artes, da moda, da política, da imprensa e do entretenimento foram acusados de abuso sexual.

As acusações acabaram com a carreira de Weinstein, que foi demitido, em outubro passado, da Weinstein Company, e agora enfrenta vários processos judiciais.

Weinstein nega todas as acusações de sexo não consentido e afirma que nunca realizou um ato de represália contra as mulheres que rejeitaram seus avanços sexuais.

Petistas de Pernambuco se reuniram com secretário-geral do partido e deputado federal, Paulo Teixeira, nesta segunda-feira (27). Após o encontro, o deputado federal João Paulo (PT) postou na sua página do facebook uma foto onde aparece acompanhado do senador Humberto Costa, do também deputado federal e presidente estadual da legenda, Pedro Eugênio e dos assessores Dílson Peixoto e Múcio Magalhães. Quem também aparece na foto é o ex-secretário municipal na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), Claudio Ferreira, um dos nomes cogitados para disputar a presidência do PT do Recife.

“Hoje à tarde, nos reunimos aqui no escritório do Recife, para uma conversa com o deputado Paulo Teixeira, secretário-geral do PT. Foi um primeiro aquecimento, para unir o Partido em Pernambuco. Nosso objetivo é fortalecer a imagem do Governo Federal em nosso estado, consolidando a extraordinária aprovação da presidenta Dilma Rousseff. Na mesa, os companheiros Dilson Peixoto, Cláudio Ferreira, Pedro Eugênio, Paulo Teixeira, João Paulo, Humberto Costa e Múcio Magalhães”, texto postado no facebook de João Paulo.

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