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A Eve Urban Air Mobility, empresa da Embraer, e a Ascent Flights Global anunciaram nesta segunda-feira, 23, o aprofundamento da parceria para desenvolver um "ecossistema robusto" de mobilidade aérea urbana na região da Ásia-Pacífico. A partir de 2026, a Eve fornecerá à Ascent até 100 mil horas de voo no veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical (eVTOL), o "carro voador". A Eve planeja colocar até 100 aeronaves para serem comercializadas pela plataforma da Ascent em suas rotas atuais e futuras.

A empresa de Cingapura, que atua como um aplicativo sob demanda, pagará pelo tempo de voo nas aeronaves da Eve ao mesmo tempo em que vai operar em conjunto com outros parceiros na Ásia-Pacífico e de outros mercados.

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A aeronave será utilizada em grandes cidades como Bangcoc (Tailândia), Manila (Filipinas), Melbourne (Austrália), Tóquio (Japão), e também em Cingapura.

O acordo é parte da estratégia abrangente de mobilidade da Eve para se posicionar como líder na indústria. A implementação das aeronaves da Eve na rede da Ascent está sujeita à celebração de acordos finais entre as partes.

"A Ascent é uma das maiores empresas de mobilidade aérea urbana na Ásia-Pacífico e sua forte presença na região a torna a parceira ideal para as operações da Eve. A região possui uma enorme demanda por soluções inovadoras de transporte, que pode ser atendida com nossa aeronave de baixa emissão. Este é o caminho certo para um crescimento sustentável", disse o presidente e CEO da Eve, Andre Stein, em nota.

"A tecnologia inovadora de Eve, combinada com sua experiência em manufatura e serviços de cobertura global por meio da Embraer, nos dá a certeza de que teremos uma solução adequada aos complexos requisitos da região", disse o fundador e CEO da Ascent, Lionel Sinai-Sinelnikoff.

Em comunicado, a fabricante brasileira destaca que a Eve apresenta "proposta de valor única", apoiada em mais de 50 anos de experiência da Embraer na fabricação de aeronaves e na expertise em certificação.

Segundo a companhia, o veículo aéreo de zero emissões e baixo ruído, com design simples e intuitivo, continua a atingir marcos relevantes de desenvolvimento, incluindo o primeiro voo do simulador de engenharia em julho de 2020 e o modelo em escala em outubro de 2020.

Além disso, o projeto de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano da Eve atingiu uma nova marca em sua colaboração com a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA, Civil Aviation Authority na sigla em inglês), para o desenvolvimento das condições necessárias para voos UAM com alto potencial de expansão.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou, nessa segunda-feira (16), o inquérito aberto contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) por crime de desacato contra a policial civil que lhe pediu para colocar a máscara de proteção facial quando deu entrada no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro para passar por exame de corpo de delito ao ser preso em flagrante.

O caso foi encerrado depois que o deputado fechou um acordo com a Procuradoria-Geral da República em que se comprometeu a pagar uma multa de R$ 20,1 mil. Na decisão de hoje, Moraes declarou extinta a punibilidade do parlamentar porque o valor foi depositado no prazo.

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"Efetivamente, após a homologação do acordo de transação penal firmado entre a Procuradoria-Geral da República e o autor do fato, Daniel Silveira, com aplicação da pena consistente no pagamento de multa no valor de R$ 20.177,91, houve o cumprimento integral da sanção aplicada, fato, inclusive, ratificado pelo Ministério Público. Diante do exposto, declaro a extinção de punibilidade pelo integral cumprimento da pena, com consequente resolução do processo", escreveu.

O acordo com a PGR foi fechado depois que a Polícia Federal encerrou as investigações e concluiu que o deputado cometeu crime de desacato. No relatório entregue ao Supremo em maio, o delegado Wedson Cajé Lopes, responsável pelo caso, disse que ao usar 'expressões ofensivas' Silveira 'acabou por desrespeitar a funcionária pública, que se encontrava no exercício de sua função'.

Durante a discussão, filmada por um assessor parlamentar, o deputado chamou a servidora de 'militante petista', 'folgada' e alegou ter dispensa médica para usar a máscara.

Nas últimas semanas a internet acompanhou uma disputa entre a Walt Disney Company e o canal Starz, que brigavam na justiça pelo nome Star+, nova plataforma de streaming da dona do Mickey Mouse. Após inúmeros conflitos, as duas empresas chegaram a um acordo na última segunda-feira (9) e a Disney poderá lançar seu novo serviço em 31 de agosto.

Na disputa, a Starz alegava que a semelhança entre o nome Star+ e seu serviço de streaming Starzplay poderia confundir os consumidores. Em julho, a Justiça do Estado de São Paulo concedeu uma liminar favorável à emissora, o que fez a Disney recorrer a outras estratégias. Na última semana, a criadora do Mickey Mouse chegou a oferecer R$50 milhões ao canal televisivo para poder utilizar a nomenclatura. Saiba mais: https://www.leiaja.com/cultura/2021/08/07/disney-oferece-r50-milhoes-starz-pelo-nome-star/

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A Starz aceitou a oferta da Disney e com isso, a disputa jurídica entre as gigantes foi encerrada. Hoje (10), a criadora do Mickey Mouse reativou as redes sociais do Star+ e retomou o marketing de sua nova plataforma de streaming. Alguns detalhes como os valores de mensalidades e possíveis planos devem ser divulgados nos próximos dias.

O Star+ será um serviço que abrangerá os conteúdos do estúdio Fox, ao qual a Disney finalizou a compra em 2019. Segundo a empresa, a plataforma visa oferecer séries e filmes que não se adequam ao Disney+, como “Os Simpsons” (1989), “Family Guy” (1999) e “Futurama” (1999).

Pressionado por descumprir suas principais promessas de campanha, sobretudo em relação à eliminação do déficit orçamentário do Estado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), encontrou uma boia de salvação no acordo feito com a mineradora Vale. Assinado semana passada, o acordo prevê um crédito suplementar ao orçamento mineiro de R$ 11,06 bilhões, como parte da reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro de 2019.

O recurso poderá abastecer caixas de prefeituras e realizar obras e investimentos em 853 municípios no momento em que Zema articula sua candidatura à reeleição.

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No ano que vem, o governador deverá enfrentar o atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que está no final do segundo mandato e deve concorrer ao governo do Estado. De acordo com pesquisas locais e monitoramentos feito pelos partidos, Zema é melhor avaliado no interior, pela força do cargo. Por outro lado, Kalil tem aprovação concentrada em Belo Horizonte e nos municípios da região metropolitana, onde está a maior parte dos eleitores.

O valor destinado ao Executivo corresponde a 30% do total de R$ 37,68 bilhões do acordo com a Vale. Os outros R$ 26,62 bilhões serão aplicados pela mineradora na reparação socioeconômica e socioambiental de Brumadinho e mais 25 municípios de seu entorno atingidos pela tragédia - que deixou 270 pessoas mortas, entre elas duas mulheres grávidas, em 25 de janeiro de 2019. Dez vítimas continuam desaparecidas.

Zema sofreu críticas por não obter êxito em eliminar o déficit orçamentário. Para 2021, a previsão é de déficit de R$ 17,3 bilhões. No ano que vem, a estimativa é de novo rombo de R$ 12,4 bilhões. Os novos recursos, porém, não serão usados para reduzir o déficit. Com as contas no vermelho, somente na área da saúde, entre 2009 e 2020, em transferências obrigatórias que deixou de fazer, o governo mineiro acumulou dívidas de R$ 6,9 bilhões com os municípios, de acordo com levantamento do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Essa situação fez com que, desde sua posse, Zema enfrentasse pressão por parte dos prefeitos.

Agora, desse total de 11,06 bilhões que entram no caixa do Estado, R$ 1,5 bilhão serão repassados diretamente às prefeituras. A distribuição será proporcional ao número de habitantes, em valores que variam entre R$ 750 mil, em municípios pequenos, e R$ 50 milhões, cifra recebida pela capital. O cronograma prevê transferências até as vésperas das eleições do próximo ano: 40% até o dia 30 deste mês, 30% até 31 de janeiro de 2022 e, os outros 30%, até 1º de julho de 2022.

O restante de pouco mais de R$ 9,5 bilhões, Zema vai poder gastar em iniciativas como a retomada da construção de hospitais, serviços de pavimentação e melhorias nos 475,8 km de rodovias estaduais, aquisição de equipamentos de comunicação para a Polícia Militar e órgão de fiscalização ambiental, reformas de escolas estaduais e postos de saúde, construção de cisternas e intervenções em córregos.

"Esses R$ 50 milhões para Belo Horizonte podem não valer nada para a prefeitura da capital. Mas R$ 750 mil ou R$ 1,5 milhão é um dinheiro que vai ter um impacto político muito grande em cidades pequenas", disse o presidente da Associação Mineira de Municípios, Julvan Rezende Araújo Lacerda. "Esses recursos vão agregar muito para o governador em cidades pequenas do interior."

Reeleição. Zema nega que o dinheiro da Vale possa favorecer sua campanha à reeleição, argumentando que a maior parte dos investimentos previstos serão feitos após concluir o atual mandato. "Serão depositados em valores semestrais, durante os próximos cinco anos. A maior parte das receitas será viabilizada, após o encerramento do período de mandato", disse, por meio de nota.

O líder do bloco de oposição na Assembleia Legislativa, André Quintão (PT), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o desastre na mina da Vale, disse haver ausência de transparência e debate com as vítimas e a sociedade para definir os investimentos. "As vítimas e a sociedade não participaram. O governo definiu os investimentos sem ouvir", disse o deputado.

O prefeito de Santana do Garambéu, - a 240 Km da capital mineira - José Francisco de Moura (Republicanos) disse que a receita extra será gasta na reforma de uma escola municipal, na compra de equipamentos para o posto de saúde e início da construção de uma creche na cidade. O município de 2,4 mil habitantes, com orçamento de R$ 10 milhões, em 2020, vai receber R$ 750 mil do acordo com a Vale.

"Eu não conhecia o governador (Zema). Estivemos com ele no Palácio (Tiradentes) e fomos muito bem recebidos. Ele é um homem muito simples. A conversa foi muito boa. Agora arrumamos uns troquinhos com ele", disse o prefeito. "Ele (Zema) pode contar com a nossa ajuda nas eleições do ano que vem", completou.

A doméstica Madalena Gordiano diz que nunca esteve tão feliz. Ela, que se tornou símbolo da luta contra o trabalho escravo no Brasil, fechou há três dias um acordo com a família que a manteve por 38 anos em condições análogas à escravidão em sua residência, em Patos de Minas, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais.

Pelo acerto, Madalena já recebeu um apartamento, avaliado entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, e um carro, no valor de R$ 70 mil, bens que pertenciam à família que é ré num processo aberto pelo Ministério Público do Trabalho no ano passado. O acordo prevê mais R$ 20 mil para pagamento de impostos dos bens em questão.

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Assim como Madalena, seus advogados, voluntários da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), consideraram o acordo satisfatório - apesar de terem reivindicado R$ 2,2 milhões.

Madalena, no entanto, disse ao Estadão que não vai ficar com os bens. Ela pretende vendê-los para construir ou comprar uma casa, ainda não sabe bem. A vítima pretende seguir morando em Uberaba, onde atualmente mora com uma assistente social. "Vou vender o apartamento. Não vou morar lá não, porque tenho muita recordação ruim. Mas vou ter de entrar, olhar. Agora é meu, né?

As lembranças ela ainda não consegue apagar. "Eles me maltratavam muito, não me deixavam fazer nada. Eu queria ir na missa e não podia, ou tinha de voltar depressa. Me davam muita bronca", lembra.

Esse sofrimento, porém, ficou para trás. Quando atendeu ao telefonema da reportagem, primeiro disse que não poderia falar porque estava indo para a academia. Mas logo começou a contar como tem sido a nova vida e a relação ainda recente com a liberdade. "Fui para a praia, entrei no mar, fizeram uma festinha de aniversário para mim, pequena, por causa da pandemia. Estou de cabelo novo", contou ela, rindo. "Estou feliz demais".

Também está muito contente por ter voltado a estudar, está aprendendo Português e Matemática, e falou sobre o futuro. Trabalhar de doméstica, nunca mais. "Eu quero é estudar, virar enfermeira, ajudar a atender as pessoas", sonha. E passear. Depois de conhecer o mar de Paraty, o próximo destino será a cidade maravilhosa. "O Rio é muito lindo, quero ir lá."

Sobre a família que a mantinha como escrava, ela diz que nunca mais se encontrou com eles. "Nem quero. De vez em quando eles aparecem em audiência, custaram a fazer o acordo, o advogado deles não aceitava nada. Ele também não", disse, referindo-se ao professor Dalton Cesar Milagres Rigueira, que está sendo processado junto com a mulher, Valdirene Rigueira. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Rigueira.

Madalena Gordiano foi resgatada pelo MPT e Polícia Federal em Patos de Minas em 27 de novembro de 2020. A doméstica morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, nem salário mínimo garantido ou descanso semanal remunerado.

"Não foi um acordo fácil. As audiências foram muito longas. Reivindicamos tudo o que ela tinha direito, que somava esses R$ 2 milhões, mas o acordo foi muito bem-vindo, ela queria resolver isso", conta a advogada Márcia Leonora Santos Régis Orlandini, professora de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da UFU e coordenadora da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da universidade.

"Todos os advogados que atuaram no caso são voluntários. Foi um esforço muito grande. Por mais que se tenha indignação, foi muito rápido o acordo, foram sete meses", afirma Márcia Orlandini. Segundo ela, o MPT fez uma devassa no patrimônio da família e não foram encontrados outros bens além dos citados no acordo.

A advogada também disse que um acordo foi fechado com cinco bancos onde os acusados fizeram empréstimos consignados em nome de Madalena, no valor estimado de R$ 50 mil. Todos os empréstimos serão cancelados.

Os negociadores que tentam salvar o acordo nuclear com o Irã se reunirão neste domingo (20), depois da vitória do ultraconservador Ebrahim Raisi nas eleições presidenciais realizadas na quinta-feira na República Islâmica.

Esta nova reunião faz parte das discussões regulares que começaram no início de abril com o objetivo de que os Estados Unidos voltem ao acordo histórico de 2015 e que o Irã cumpra novamente com os limites de seu programa nuclear em troca de um alívio das sanções.

Mikhaíl Ulyanov, o enviado russo nas negociações presididas pela União Europeia, disse que na reunião de domingo será "decidido o caminho a seguir".

"Um acordo sobre o restabelecimento do acordo nuclear está ao alcance das mãos, mas ainda não está finalizado", escreveu ele no Twitter no sábado.

As partes do acordo -- Reino Unido, China, Alemanha, França, Rússia e Irã-- se reuniram em Viena com participação indireta dos Estados Unidos em abril para salvar o acordo, que promete a Teerã um alívio das sanções em troca de reduzir seu programa nuclear.

Entretanto, em 2018 o ex-presidente americano Donald Trump se retirou do pacto e voltou a impor sanções, o que levou o Irã a intensificar suas atividades nucleares a partir de 2019.

O ultraconservador Ebrahim Raisi foi declarado vencedor das eleições presidenciais do Irã no sábado, com quase 62% dos votos.

O Carrefour fechou nesta sexta-feira, 11, um acordo em que prevê o pagamento de R$ 115 milhões no âmbito de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com autoridades do Rio Grande do Sul após o espancamento e morte de João Alberto Silveira Freitas, o Beto Freitas. O crime ocorreu em novembro de 2020 em uma unidade do supermercado em Porto Alegre. O valor vai ser aplicado ao longo de três anos em uma série de ações divulgadas pela empresa.

"O termo assinado não reduz a perda irreparável de uma vida, mas é mais uma medida tomada com o objetivo de ajudar a evitar que novas tragédias se repitam. Com este novo passo, o Grupo Carrefour Brasil reforça sua postura antirracista, ampliando sua política de enfrentamento à discriminação e à violência, bem como da promoção dos direitos humanos em todas as suas lojas", afirmou em nota à imprensa Noël Prioux, presidente do Grupo Carrefour Brasil.

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O grupo disse que, passados seis meses do caso, os membros da família da vítima foram indenizados, o modelo de segurança nas lojas foi reformulado e compromissos assumidos vêm sendo postos em prática com objetivo de combater o racismo e promover a equidade.

O TAC foi celebrado entre o Carrefour e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande Do Sul, a Defensoria Pública da União e as entidades Educafro e Centro Santo Dias.

Os recursos do acordo deverão ser voltados para educação. "Boa parte do recurso financeiro será destinado à concessão de bolsas de estudos para pessoas negras, de nível superior e de pós-graduação. Haverá ainda bolsas voltadas para a aprendizagem de idiomas, inovação e tecnologia, com foco na formação de jovens profissionais para o mercado de trabalho. Ao todo serão mais de 10 mil bolsas", informou o grupo.

O plano de ações, acrescentou, conta também com a promoção do empreendedorismo entre pessoas negras e aceleração de empresas. "Há ainda a implementação de política de Tolerância Zero, treinamento contínuo de todos os profissionais que atuam no Grupo Carrefour Brasil em relação ao letramento racial e ao combate de todo o tipo de discriminação e violência, bem como o fortalecimento do canal de denúncias. Todas as três ações já em implementação na Companhia."

Beto Freitas foi morto na noite de 19 de novembro de 2020, véspera do Dia da Consciência Negra no Brasil, após ser espancado por dois seguranças do hipermercado Carrefour localizado na zona norte de Porto Alegre.

A morte foi filmada e divulgada nas redes sociais, causando revolta e acusações de racismo contra os seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar. Além deles, também estava envolvida no crime, segundo a polícia, a fiscal do Carrefour Adriana Alves Dutra.

De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), atualmente os dois seguranças continuam presos em regime fechado, enquanto Adriana está em prisão domiciliar e os outros três estão soltos. O MP-RS quer que todos sejam presos.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (4), que fechou hoje um acordo com a farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, para o recebimento de três milhões de doses da vacina anticovid-19 a serem aplicadas em junho.

Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso em 3 de maio, o Ministério da Saúde citou um processo de compra de 38 milhões de doses da vacina da Janssen.

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Em entrevista ao programa CB.Poder, do jornal Correio Braziliense e da TV Brasília (RedeTV!), Queiroga disse que o Brasil quer antecipar a chegada de imunizantes contratados. Ele afirmou também que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) estuda estratégias para, se for o caso, oferecer mais doses para regiões com frio intenso, onde há uma tendência maior de circulação do novo coronavírus, aos Estados de fronteira e aos locais onde o momento epidemiológico é mais complexo com ameaça de colapso do sistema de saúde.

Diante de sinais de recuperação no setor aéreo, as companhias aéreas Latam e Azul decidiram encerrar o acordo de 'codeshare' que haviam firmado em junho do ano passado. A parceria, que permitia que as empresas vendessem passagens para voos da concorrente e ganhassem uma comissão por isso, terminará em 22 de agosto.

Segundo o presidente da Latam no Brasil, Jerome Cadier, o acordo não correspondeu às expectativas. A ideia era ajudar as empresas a encherem seus voos, dado que havia a possibilidade de o passageiro realizar um trecho da viagem com uma das companhia e o outro com a concorrente. Hoje, porém, 2% dos passageiros transportados pela Latam compraram passagens com a Azul, diz Cadier. "Esperávamos um crescimento, mas, o tempo foi passando e vimos que essa alta não veio na proporção esperada."

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A Latam também deve elevar sua oferta nos próximos meses, respondendo ao aumento da demanda. Segundo Cadier, a empresa pretende contratar 750 tripulantes até dezembro - no ano passado, 2.700 foram demitidos -, ampliar a frota de cargueiros de 11 para 21 aeronaves e receber mais sete aviões para o transporte de passageiros.

Apesar de março e abril terem sido meses difíceis, a Latam percebeu uma melhora em maio e projeta operar com 90% da capacidade em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2019. Em abril, a aérea operou com 38% e, agora, está com 49%.

Entre os sinais de recuperação, a companhia também percebeu uma queda no número de passageiros que compram passagem, mas não aparecem para viajar. Há 45 dias, eles correspondia a 14% do total. Hoje, esse número está em 6%.

A Azul não se pronunciou até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O projeto que permitiu um acordo para destravar o Orçamento de 2021 pode elevar o risco de órgãos recorrerem a "pedaladas de fim de ano" para honrarem suas obrigações e manter a máquina funcionando, segundo técnicos ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Os parlamentares tiraram a necessidade de priorizar gastos com o funcionamento da administração pública, o que abre espaço para o governo "apertar o cinto" nessas despesas em nome da manutenção de maior volume de emendas indicadas pelos congressistas. Se acabar faltando dinheiro, a fatura é jogada para o início de 2022.

Nas negociações para a sanção do Orçamento, o governo já indicou que deve cortar cerca de R$ 9,5 bilhões nas próprias despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos) para evitar um veto mais drástico em emendas negociadas com parlamentares. Hoje, segundo dados da Consultoria de Orçamento da Câmara, o Orçamento prevê aproximadamente R$ 99 bilhões dessas despesas que não são obrigatórias no Executivo, descontadas as emendas.

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O temor é que o corte nas discricionárias acabe estrangulando o funcionamento da máquina, o que pode encorajar os órgãos a assumir despesas que não cabem no Orçamento como uma "válvula de escape" para seguir funcionando. Os gastos seriam adiados para 2022, quando haverá folga maior devido à ampliação do teto em R$ 106 bilhões na comparação com este ano. A prática, porém, fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Constituição e pode ser considerada crime contra as finanças públicas.

A manobra é possível por meio da chamada Despesa de Exercícios Anteriores (DEA), uma linha da execução orçamentária que é usada pelos gestores para identificar gastos que extrapolaram a dotação disponível nos períodos anteriores. A DEA é geralmente usada em casos de exceção e com valores pequenos: uma conta de luz que ultrapassou o valor previsto no último mês do ano, sem tempo hábil de ajuste, por exemplo. Mas já houve no passado suspeitas de uso intencional desse expediente, o que permitia aos órgãos continuar gastando mesmo sem espaço no Orçamento.

Esqueleto

O problema é que a DEA só aparece quando, após a virada do ano, o órgão "desenterra" o compromisso de gasto e efetua o empenho - que é a primeira fase da despesa, quando ela é formalizada. Até então, ela fica fora do radar até mesmo de órgãos de controle. Por isso, é considerada uma espécie de "esqueleto" à margem do Orçamento, difícil de ser estimado com antecedência.

A condução da discussão do Orçamento de 2021 tem ampliado a preocupação dos técnicos com o risco de aumento desse tipo de despesa. Na segunda-feira, o Congresso aprovou um projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 e tirou de um de seus artigos a necessidade de priorizar gastos com o funcionamento da máquina pública. Essa priorização vinha sendo inclusive citada nos bastidores por fontes da área econômica como uma espécie de "proteção" contra cortes mais drásticos nas discricionárias.

Em outro dispositivo, ficou estabelecido que cancelamentos de despesas para ajudar na recomposição de gastos obrigatórios dispensam indicação de consequências "sobre a execução de atividades, projetos, operações especiais e seus subtítulos". Na prática, será mais fácil cortar sem dar muitas explicações ou reconhecer que o órgão poderá sofrer paralisia por causa da redução de despesas.

"As pedaladas via DEA ocorrem justamente quando a dotação orçamentária é irrealmente baixa para as despesas indispensáveis", afirma o consultor de Orçamento do Senado Vinicius Amaral. "Ainda que ilegal, pode acabar sendo uma forma desesperada de os gestores manterem serviços públicos funcionando", diz.

TCU de olho

O governo Michel Temer entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) por ter deixado R$ 1,3 bilhão em despesas para seu sucessor, o presidente Jair Bolsonaro, por meio de DEAs. O caso chamou a atenção porque o então Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) sabia da insuficiência e pediu ao Congresso a abertura de novos créditos, mas não foi atendido.

Na análise das contas de 2019 pelo TCU, o próprio governo Bolsonaro acabou recebendo uma ressalva por adotar a mesma prática. Houve pagamento de R$ 1,5 bilhão em benefícios previdenciários sem o devido respaldo no Orçamento. A despesa deveria ter sido executada em 2019, mas acabou virando um "orçamento paralelo" que só foi devidamente registrado no início de 2020.

Para o consultor de Orçamento da Câmara Ricardo Volpe, o governo deve conseguir sobreviver com o patamar atual de discricionárias, embora "com restrições em alguns casos".

Diferenças

1. 'Pedaladas' de Dilma

O governo atrasou o repasse de recursos referentes a benefícios sociais aos bancos públicos, que continuaram efetuando os pagamentos às famílias. Para o TCU, a prática caracterizou financiamento da União pela instituição financeira, o que é vedado.

2. 'Pedaladas' de fim de ano

Já ocorreram em diferentes governos (inclusive Michel Temer e Jair Bolsonaro), muitas ainda sob investigação do TCU. São vistas quando o órgão não tem mais espaço no Orçamento para assumir compromissos, mas continua gastando e deixa a conta escondida para registrar apenas no ano seguinte.

Com o acordo entre governo e Congresso para resolver o impasse político em torno do Orçamento de 2021, o volume de emendas parlamentares ainda deve ficar em um patamar de R$ 37 bilhões, recorde na comparação com anos anteriores, conforme levantamento do Estadão/Broadcast com dados do Siga Brasil, do Senado Federal.

Na segunda-feira, o Congresso aprovou um projeto para solucionar a disputa em torno da sanção do Orçamento aprovado com despesas obrigatórias, como Previdência e seguro-desemprego, subestimadas e volume recorde de emendas, que são recursos que o deputado ou o senador envia para seu reduto eleitoral.

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O presidente Jair Bolsonaro tem até amanhã para sancionar o texto. A ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, afirmou que Bolsonaro deve vetar R$ 10,5 bilhões em emendas do relator do Orçamento, de um total de R$ 29 bilhões de recursos com esse carimbo. Se isso ocorrer, o volume de emendas parlamentares com pagamento obrigatório ficaria em R$ 36,9 bilhões.

Nos bastidores do Legislativo, parlamentares e técnicos afirmam que o veto nas emendas de relator pode ser de até R$ 13 bilhões. Caso esse cenário se concretize, as emendas vão totalizar R$ 34 bilhões. A cúpula do Congresso não aceita um veto maior do que esse, pois o corte atingiria verbas de interesse direto dos deputados e senadores e não apenas aquelas solicitadas por ministérios. Na prática, os parlamentares não aceitam diminuir o patamar de emendas do ano passado, quando foram autorizados R$ 36 bilhões.

O projeto aprovado na segunda-feira dá aval para o Executivo bloquear as despesas discricionárias, aquelas sob controle dos ministérios, em um montante suficiente para atender as despesas obrigatórias, subestimadas na aprovação do Orçamento pelo Congresso. De acordo com o relator da proposta, deputado Efraim Filho (DEM-PB), o bloqueio será feito por decreto e ficará em R$ 9,5 bilhões.

Pandemia e teto

A proposta também autoriza que as despesas relacionadas à pandemia fiquem de fora do teto de gastos e da meta de resultado primário, sem limite de valor. O Estadão mostrou que ao menos R$ 125 bilhões devem ficar de fora das duas principais regras fiscais - a primeira impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação e a segunda limita um teto para o rombo nas contas públicas no ano. Receberam permissão para serem descontadas do teto despesas para a área de saúde, uma nova linha de crédito subsidiado para micro e pequenos negócios e a reedição do programa que permite às empresas cortarem salários e jornada ou suspenderem contratos dos trabalhadores.

Após o desfecho em torno do Orçamento deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que os gastos que vão ficar de fora do teto estão relacionados a medidas de combate ao agravamento da pandemia. "Os gastos de natureza não recorrente exprimem o compromisso com a saúde. Somente gastos com saúde estarão fora do teto, como aconteceu no ano passado. Teremos em 2021 o mesmo protocolo de 2020", afirmou, em coletiva de imprensa virtual. "Neste ano, teremos um foco maior e com mais moderação nesses gastos que, embora sejam extrateto, obedecem o protocolo da responsabilidade fiscal. Somente gastos com saúde e para preservar empregos estão no extrateto", completou.

Contingenciamento

O bloqueio em parte das verbas dos ministérios e o veto em parcela das emendas aliviariam o Orçamento em no mínimo R$ 20 bilhões. Há dúvidas, porém, se a estratégia será suficiente para que as despesas continuem num patamar que não fure o teto. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado aponta um rombo de R$ 31,9 bilhões no teto. A Consultoria da Câmara projeta uma insuficiência menor: R$ 21,3 bilhões.

O cenário deve levar o governo a bloquear despesas dos ministérios durante o ano, inclusive aquelas indicadas por emendas parlamentares, para cumprir as regras e priorizar as despesas obrigatórias, de acordo com técnicos ouvidos pela reportagem. No primeiro alvo, estão verbas colocadas sob o guarda-chuva dos ministérios por indicação dos parlamentares, mas que não receberam o carimbo de emendas obrigatórias, um total de R$ 3,4 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o acordo fechado com o comando da Câmara e do Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, considera que o Orçamento de 2021 ficará "exequível". Para a equipe econômica, o mais importante é que o acerto deu instrumentos para o governo bloquear despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos) quando o limite do teto de gastos for ultrapassado.

O clima foi de alívio entre os auxiliares do ministro e de "virada de página". Nos bastidores, integrantes da equipe econômica trabalharam, nessa terça-feira (20), para abafar as críticas recebidas, mostrar que não houve "ganhadores ou perdedores" e que a proposta foi "boa" para a "responsabilidade fiscal". Mas detalhes técnicos ainda não foram esclarecidos para evitar ruídos antes da sanção do Orçamento pelo presidente - o prazo final é amanhã.

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Dispositivo incluído no projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovado na segunda-feira como parte do acordo, permite ao governo bloquear por decreto despesas discricionárias para recompor despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e subsídio. O peso dessa medida para a segurança do teto de gastos está sendo comparado ao contingenciamento do Orçamento para o cumprimento da meta fiscal. O foco para os cortes passará a ser o teto de gastos, a regra constitucional que limita a alta das despesas à variação da inflação.

A avaliação de Guedes, repassada a interlocutores na madrugada de ontem, depois da votação do projeto, foi de que todos os acordos "couberam dentro do Orçamento com o teto de gastos respeitado para as despesas recorrentes".

O ministro tem pontuado que o acerto mantém extrateto (o que não entra no limite da regra constitucional) apenas os gastos relacionados ao enfrentamento da Covid-19 na segunda onda da pandemia. Na avaliação dele, é exatamente como ocorreu, em 2020, na primeira onda da doença.

A avaliação do comando da equipe econômica é de que as vantagens da mudança ficarão mais claras nos próximos dois dias. O presidente Jair Bolsonaro tem até amanhã para sancionar o Orçamento de 2021, que foi aprovado com despesas obrigatórias, como pagamentos da Previdência e seguro-desemprego, subestimadas para acomodar uma quantidade maior de emendas parlamentares, além dos R$ 16,5 bilhões acordados com o Congresso para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, que liberou R$ 44 bilhões para uma nova rodada do auxílio emergencial.

No dia da votação do Orçamento, em março, Guedes foi até o presidente Jair Bolsonaro dizer que o Orçamento daquele jeito era "inexequível" com risco de impeachment para ele. A partir daí, uma crise se instalou com o Congresso, que queria a sanção do Orçamento sem vetos. O ministro ficou sob pressão do Centrão e fogo amigo de colegas da Esplanada.

Destravamento

O acordo político destravou os gastos para os programas da covid sem a necessidade de acionamento do estado de calamidade. Esses gastos, que incluem uma nova rodada do benefício para trabalhadores que tiverem os salários cortados ou contratos suspensos e uma nova linha de crédito para micro e pequenas empresas, ficarão fora do cálculo da meta fiscal. A meta deste ano permite que o governo feche as contas no vermelho em até R$ 247,1 bilhões.

Guedes vinha defendendo uma PEC para limitar os valores a serem gastos com esses programas. A solução encontrada, porém, não limita os gastos. Mas, ao final, o presidente fará um veto parcial do Orçamento.

Para o Ministério da Economia, as despesas da Covid-19 (não recorrentes) já estavam fora do teto de gastos e o projeto aprovado agilizou o seu andamento ao retirá-las da meta fiscal das contas do governo. Sem essa mudança, o governo teria de alterar a meta para permitir permissão ao Congresso para fechar as contas com um rombo maior.

A leitura da equipe de Guedes é a de que não há relação entre "consertar" o Orçamento e essas despesas ficarem de fora do teto de gastos. Mas o acerto para a renovação dos programas facilitou o acordo político para o Orçamento.

Após a sanção do Orçamento pelo presidente Bolsonaro, a estratégia de comunicação do ministro e da sua equipe será mostrar que não tem "canal" de ligação entre o dinheiro da pandemia e as emendas parlamentares. 

Autor da emenda que viabilizou o acordo político para a saída do impasse do Orçamento, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) estimou em R$ 50 bilhões os gastos extras com saúde e os programas de crédito e estímulo ao emprego para mitigar o impacto da Covid-19 que devem ficar de fora das regras fiscais hoje em vigor.

A emenda do senador foi incluída em projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. Na prática, a proposta abre caminho para que gastos de saúde com a pandemia e com os programas de estímulo ao emprego (BEm) e de crédito para as micro e pequenas empresas (Pronampe) não sejam contabilizados no cálculo da meta fiscal de 2021, de déficit de R$ 247,1 bilhões.

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As despesas serão bancadas com créditos extraordinários, que ficam fora do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação). Por isso, são chamadas de extrateto na linguagem orçamentária. "É uma estimativa. Não será suficiente. Precisamos de muito mais. Para a segurança do Brasil, precisamos de um programa de verdade", afirmou Carvalho ao Estadão/Broadcast.

O senador avalia que a sua emenda à LDO está em linha com a política do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para o enfrentamento do impacto da crise da Covid-19. "A minha emenda tem essa natureza", disse o senador, que é terceiro secretário da mesa do Senado. O plano de Biden pode superar US$ 5 trilhões, o equivalente a 25% do PIB americano e quatro vezes o brasileiro.

Críticas

O senador do PT classificou os críticos da proposta, entre eles o ex-presidente da Câmara deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), de serem de uma escola anacrônica da economia. "O Rodrigo Maia não está vendo que é outro momento da história. É só olhar para o Biden", rebateu o senador, que elogiou medidas do presidente americano como injeção de recursos públicos na economia e cobrança de mais impostos dos riscos. Pelas redes sociais, Maia chamou o acordo de "contabilidade criativa".

O senador petista negou que a proposta seja um "cheque em branco" e afirmou que é uma solução para os problemas que o Orçamento não deu conta. Ele lembrou que tinha apresentado emenda semelhante durante a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, que permitiu uma nova rodada de auxílio, mas a proposta foi derrotada. "Já sabíamos que o que estava sendo aprovado na PEC não seria suficiente para dar conta de uma realidade que estamos vivendo. Já estamos com metade da população com insegurança alimentar", afirmou o senador.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quarta-feira (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinou, no Palácio do Planalto, o Acordo de Cooperação, que tem por objetivo contribuir para o acesso e garantir a permanência escolar de atletas de todas as modalidades do futebol. Inserida no Programa Integra Brasil, a ação conta ainda com a participação da Secretaria de Educação Básica (Seb), também fazem parte do acordo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o Ministério da Cidadania (MC), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Brasileira de Desporto Esportivo (CBDE).

“O objetivo é promover os direitos humanos e os direitos do torcedor; formular políticas públicas para a promoção do ensino fundamental e do ensino médio de atletas do futebol; e promover a educação antidopagem e valores do espírito esportivo em ambientes esportivos e escolares por meio de todas as modalidades do futebol”, diz o MEC.

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Integra Brasil

O programa Integra Brasil foi lançado em 2019, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), com o Ministério da Cidadania e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através de parceria com clubes de futebol, universidades e governos municipais e estaduais. A articulação é responsável pela promoção de ações de combate à vulnerabilidade social para o enfrentamento de violações de direitos humanos.

A diplomacia russa defendeu, nesta terça-feira (9), que Washington e Teerã voltem a cumprir o acordo sobre o programa nuclear iraniano de 2015 de forma coordenada, já nenhum deles quer tomar a iniciativa para salvar o pacto.

"Se nos basearmos somente na questão de saber quem respeitará seus interesses de novo em primeiro lugar, esta negociação pode se prolongar eternamente", declarou Serguei Lavrov, ministro russo das Relações Exteriores.

"Consideramos perfeitamente plausível o desenvolvimento de etapas sincronizadas e simultâneas que deverão ser seguidas tanto pelos iranianos como pelos americanos", disse, em declarações feitas durante uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos.

Em 2018, o ex-presidente americano Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo internacional assinado em 2015 e que a princípio deveria impedir que o Irã se dotasse da bomba atômica, e retomou as sanções contra a República Islâmica.

Em resposta, Teerã começou a violar algumas das disposições estabelecidas no acordo.

Por sua vez, o novo presidente americano Joe Biden se declarou disposto a voltar ao acordo "se" o Irã voltar a cumprir com todos os seus compromissos.

Mas ambos os lados se negam a dar o primeiro passo para revitalizar o pacto, preocupados com não parecerem muito frágeis.

Na semana passada, Estados Unidos reiterou que continua "disposto a se reunir com o Irã" para salvar o acordo sobre o programa nuclear. O Irã, no entanto, considera que o momento ainda não é "apropriado".

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viajará a Israel no sábado para assinar um acordo que permitirá a realização no Brasil de ensaios clínicos de um spray nasal contra a covid-19 desenvolvido por um instituto israelense, anunciou o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (4).

Araújo, que chefiará uma delegação de 10 pessoas, "vai ser recebido pelo primeiro-ministro Benajmin Netanayhu (...) E vamos a fazer um acordo para começar a aplicar a terceira frase [de testes] do spray aqui no Brasil", disse o presidente em seu programa semanal no Facebook.

A delegação visitará o Centro Médico Ichilov, que desenvolveu o spray nasal EXO-CD24, descrito por Netanyahu como "milagroso".

Com mais de 260.000 mortes e 10,7 milhões de infecções, o Brasil enfrenta a fase mais mortal da pandemia e um lento processo de vacinação.

O presidente brasileiro, cético quanto à gravidade da pandemia, defendia constantemente o uso de um tratamento precoce com medicamentos sem evidências científicas de eficácia contra a covid-19. Ultimamente ele tem demonstrado entusiasmo pelo spray nasal israelense, na esperança de que a Agência Nacional de Vigilância Santária (Anvisa) aprove seu uso.

"Pode ser aplicado em quem esta em estado grave e não é invasivo, é um spray, eu acredito que a Anvisa dê um parecer favorável a esta terceira fase no Brasil", declarou após conversa telefônica com Netanyahu no mês passado.

O Centro Médico Ichilov anunciou em janeiro que um de seus pesquisadores conduziu um ensaio de Fase 1, a primeira das três fases de ensaios clínicos, com um spray nasal desenvolvido contra sintomas respiratórios relacionados à covid-19.

O pesquisador Nadir Arber relatou que administrou o spray a 30 pacientes em estados moderados a graves, 29 dos quais tiveram alta do hospital três a cinco dias depois. O paciente restante também acabou se recuperando, embora tenha demorado mais.

O centro médico não disse se administrou placebo a um grupo de controle e ainda não publicou suas descobertas em uma revista científica revisada por pares.

"As primeiras noticias são as mais auspiciosas possíveis, tem tudo para dar certo. Então boa sorte para essa equipe, vamos lá para Israel", declarou Bolsonaro nesta quinta-feira.

A disputa do Facebook com reguladores e publishers pelo pagamentos de notícias que circulam em sua plataforma está apenas começando, e o acordo com o governo da Austrália para a restaurar as publicações na rede social não encerra os confrontos em outros locais. O acerto oferece um caminho para evitar pagamentos obrigatórios aos editores por conteúdo de notícias, desde que a empresa trabalhe para chegar a acordos por conta própria.

Os editores de notícias contam com o público que o Facebook e o Google, controlado pela Alphabet, oferecem. Horas após a decisão do Facebook de encerrar o compartilhamento de notícias na Austrália, o tráfego de leitores nos veículos vindos de fora do país diminuiu em cerca de 20%, mostraram dados da empresa de análise Chartbeat.

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Tanto o Facebook quanto o Google dizem que suas plataformas ajudam o jornalismo. Uma editora de notícias dos EUA aponta que a disputa com o Facebook na Austrália sugere que a empresa de mídia social renovou o interesse em pagar pelo conteúdo depois de relutar anteriormente em fazê-lo. "Estamos em um ponto de inflexão", afirma Maribel Perez Wadsworth, editora do USA Today, o título principal da Gannett, a maior rede de jornais dos Estados Unidos. "Finalmente, há uma apreciação muito maior do valor do jornalismo confiável."

No início deste mês, autoridades australianas conversaram com seus homólogos de Canadá, Alemanha, França e Finlândia sobre a aplicação de regras semelhantes em plataformas de tecnologia, afirmou Steven Guilbeault, ministro canadense encarregado de política cultural, acrescentando que a coalizão de países pode se expandir.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello homologou neste fim de semana acordo de não persecução penal firmado pelo Ministério Público Federal com ministro Onyx Lorenzoni, hoje à frente da Secretaria-Geral da Presidência. Em agosto do ano passado, Onyx admitiu a prática de caixa dois à Procuradoria-Geral da República (PGR) e, em troca de não ser alvo de uma ação penal, se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa.

Onyx estava sendo investigado pela prática de falsidade ideológica eleitoral (caixa dois), por doações não contabilizadas feitas pelo grupo que controla a empresa JBS nas campanhas eleitorais do político em 2012 (R$ 100 mil) e 2014 (R$ 200 mil). O caixa dois foi revelado nos acordos de delação premiada de executivos da JBS. Com a aprovação do acordo, Onyx obtém o encerramento da investigação, quando a multa for efetivamente paga.

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Inicialmente, Marco Aurélio entendeu que o processo deveria ser analisado pela primeira instância da Justiça Eleitoral. A decisão foi validada pela Primeira Turma do STF, que determinou o envio dos termos para o Rio Grande do Sul. Onyx, porém, recorreu para manter o julgamento no Supremo e pediu que o caso fosse levado ao plenário dos magistrados. Na última semana, o plenário da Suprema Corte decidiu que caberia à Corte avaliar o acordo, o que levou Marco Aurélio a resolver a situação.

"Foram atendidos (...) os requisitos da legalidade e da adequação dos termos pactuados. Homologo o acordo de não persecução penal firmado pelo Ministério Público Federal com Onyx Lorenzoni", decidiu Marco Aurélio em despacho datado da sexta-feira (19).

"O instrumento do pacto - folhas 171 e 172 - revela confissão formal e circunstanciada da prática de crime sem violência ou grave ameaça, com pena mínima inferior a 4 anos, além de voluntariedade e participação de profissional da advocacia", diz o ministro na decisão, tomada com base em dispositivo criado pelo pacote anticrime, proposto pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro em 2019. Marco Aurélio destacou, portanto, que não se verifica causa impeditiva do ajuste.

O acordo de não persecução penal foi introduzido na legislação brasileira pelo chamado pacote anticrime. O modelo aprovado pelo Congresso, porém , é baseado numa proposta do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Pela lei, esse encaminhamento jurídico é permitido em certos tipos de crimes quando a pena mínima é inferior a quatro anos, "desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime".

Logo após a delação da JBS sair, em maio de 2017, Onyx Lorenzoni admitiu ter recebido apenas um dos dois pagamentos, o de R$ 100 mil, e negou o outro. Na ocasião, ainda deputado federal, ele pediu desculpas. O fato foi lembrado por Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, pouco após ter sido convidado para o cargo no governo de Jair Bolsonaro, quando foi questionado sobre a delação que atingia o futuro colega de ministério. "Ele já admitiu e pediu desculpas", disse Moro na ocasião.

Onyx pagará R$ 189 mil de multa. Para calcular o valor, a PGR analisou fatores como a gravidade da conduta (que foi considerada máxima), a motivação da infração, as consequências do delito e o itinerário do crime. A decisão de Marco Aurélio estabelece que o depósito de prestação pecuniária deverá ser comprovado por Onyx, mediante guia de recolhimento à União, em até 24 horas a contar da homologação do acordo.

As horas seguintes à divulgação do vídeo do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que fez apologia ao AI-5 e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foram marcadas por conversas reservadas entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros da Corte e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

Nos bastidores de Brasília, a prisão de Silveira já era dada como certa antes mesmo de a decisão ser assinada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite de terça-feira, dado o perfil rigoroso do ministro. Relator dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, o ministro já mandou para a prisão apoiadores de Bolsonaro por defenderem medidas antidemocráticas. Silveira foi preso no âmbito do primeiro e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dentro do segundo.

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Enquanto o vídeo de 19 minutos do parlamentar alcançava grande audiência nas redes sociais e repercutia entre integrantes do Poder Judiciário, Lira telefonou para o presidente Jair Bolsonaro, de quem Silveira é aliado. Buscava uma avaliação do chefe do Planalto sobre o conteúdo publicado. Um parlamentar que acompanhou o diálogo contou ao Estadão que Bolsonaro, um ávido usuário das redes sociais, se limitou a responder que não sabia de gravação alguma e encerrou a conversa.

O presidente da Câmara também tentou conversar com Moraes, mas num primeiro momento foi informado que o ministro estava viajando. Quando ele conseguiu o contato a ordem de prisão já estava assinada, conforme revelou o estadão.com.br. Interlocutores de Lira avaliaram que nenhum diálogo teria evitado a disposição do ministro. No vídeo, o deputado levanta suspeitas sobre a atuação de Moraes na Corte. "Será que você permitiria a sua quebra de sigilo temático? A sua quebra de sigilo bancário?", questionou Silveira.

Conforme relatos colhidos pelo Estadão com envolvidos nas conversas, coube ao ministro Gilmar Mendes fazer chegar a Lira a péssima repercussão dentro da Corte. Diante disso, o presidente da Câmara discutiu em reunião com interlocutores propor um acordo. Ele pediria desculpas públicas ao Supremo, ressaltando que a posição beligerante de Silveira não representava o entendimento majoritário na Casa. Seria uma tentativa de colocar panos quentes, dissociar a Casa das ameaças feitas pelo parlamentar e evitar que os deputados tenham que decidir se mantêm ou não uma ordem da Corte, referendada ontem pelos 11 ministros.

Dessa forma, o episódio seria tratado como um problema interno da Câmara, que poderia ser resolvido pelo Conselho de Ética. Lira, contudo, não topou incluir no pedido de desculpas uma sugestão vinda de interlocutores do Supremo para criticar diretamente o deputado Daniel Silveira. Alegou que, apesar de discordar, ele tem direito como parlamentar a se manifestar. Com isso, quem tentava ajudar na interlocução desistiu.

Após tantos telefonemas, o desfecho do caso é considerado imprevisível. De um lado, a votação unânime do Supremo, chancelando a posição de Moraes, mostrou unidade do tribunal, pelo menos quando se trata de ataques antidemocráticos.

De outro, com boa parte de parlamentares - inclusive o presidente da Câmara - sendo investigados pelo próprio Supremo, há quem questione se a maioria dos parlamentares está realmente disposta a derrotar 11 ministros do STF em nome de um dos expoentes do bolsonarismo radical.

Na sessão do STF que chancelou a prisão de Silveira, o ministro Marco Aurélio Mello destacou que caberá à Câmara avaliar "não um ato individual" de um ministro, mas um "ato do colegiado, que, imagino, formalizado a uma só voz". "Estou com 74 anos de idade, 42 em colegiados judicantes, e jamais imaginei que uma fala pudesse ser tão ácida, tão agressiva, tão chula, no tocante às instituições", resumiu.

Crimes atribuídos ao parlamentar

Estado de Direito: Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o estado de direito. Pena: reclusão, de 3 a 15 anos.

Exercício dos Poderes: Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer um dos Poderes da União ou dos Estados. Pena: reclusão, de 2 a 6 anos.

Publicidade da violência: Fazer, em público, qualquer propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social. Pena: detenção, de 1 a 4 anos.

Subversão da ordem: Incitar a subversão da ordem política ou social; a animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

Calúnia, difamação: Caluniar ou difamar o presidente da República, do Senado, da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

O Google concordou em fazer "pagamentos significativos" à News Corp, de Rupert Murdoch, pela publicação de seu conteúdo, anunciaram as empresas nesta quarta-feira (17), em meio à crescente pressão sofrida pelas gigantes de tecnologia para que paguem por notícias, após uma iniciativa liderada pela Austrália.

Um comunicado conjunto classificou o acordo como uma "parceria histórica" que permitirá ao Google publicar notícias da companhia de mídia no âmbito de seu programa Google News Showcase.

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O acordo de três anos também inclui o desenvolvimento de uma plataforma de assinatura, o compartilhamento de receitas de publicidade e "investimentos significativos em videojornalismo inovador" no YouTube, que pertence ao Google.

A Austrália está a caminho de aprovar uma lei que força as empresas digitais a pagar pelas notícias que publicam. Essa lei criaria um precedente global e, de acordo com o Facebook e o Google, prejudicaria a forma como as pessoas trabalham na internet.

Entre os veículos de imprensa que serão integrados ao Google News Showcase estão os americanos Wall Street Journal, Barron's, MarketWatch e New York Post, os britânicos The Times, The Sunday Times e The Sun, e diversas organizações de mídia australianas.

O presidente-executivo da News Corp, Robert Thomson, afirmou que o acordo "terá um impacto positivo no jornalismo em todo o mundo, pois estabelece que o jornalismo 'premium' deve ser recompensado".

"Por anos", disse ele, "fomos acusados de lutar contra os moinhos de vento da tecnologia, mas o que foi uma campanha solitária, uma cruzada quixotesca, se tornou um movimento, e tanto o jornalismo quanto a sociedade serão fortalecidos."

No início desta semana, funcionários em Sydney disseram que o Google e o Facebook estavam fechando acordos com a grande mídia australiana para pagar por seus conteúdos.

Segundo o chefe do Tesouro australiano, Josh Frydenberg, as negociações com os CEOs do Facebook e do Google, respectivamente Mark Zuckerberg e Sundar Pichai, fizeram um "grande progresso" na resolução de uma disputa que atrai atenção global.

Ambas as empresas ameaçaram interromper o fornecimento de seus serviços na Austrália caso a lei seja aprovada, atitude que desencadeou uma guerra verbal com Canberra.

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