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A família da senhora Deolinda Tempesta Ferracini, vítima de fake news bolsonarista nesta semana, se diz “revoltada” com o uso da imagem da idosa para dar força à retaliação golpista, mediante o uso das forças policiais. Deolinda, que era residente em São Paulo, tem fotos suas disponíveis em bancos gratuitos de imagens há alguns anos. 

De má fé, grupos de bolsonaristas, presos em Brasília, após os atos terroristas do domingo (8), passaram a utilizar as imagens da mulher, alegando que se trataria de uma idosa de 77 anos, morta por maus-tratos e falta de assistência dentro de uma quadra onde os detidos aguardam oitiva, na capital federal. 

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De acordo com o jornal O Globo, é a segunda vez que Deolinda é vítima de uma fake news desse tipo. A primeira foi quando usaram sua imagem em um boato relacionado à Covid-19. Após a nova notícia falsa se propagar, os familiares receberam centenas de mensagens, informando o uso indevido de imagem. 

Edu Carvalho, fotógrafo responsável pelo registro, feito em 2018, esclareceu que Deolinda, avó de sua esposa, morreu aos 80 anos em 10 de outubro de 2022 após passar alguns dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Vinhedo (SP) devido a um acidente vascular cerebral (AVC). 

“A família está muito chateada com isso. Você tem noção que eu carreguei o caixão dela no enterro? Eu chorei a morte dela. Ainda usando para esse terrorismo que aconteceu, ficamos revoltados”, desabafou o profissional à reportagem. 

A foto de Deolinda que aparece em postagens como se tivesse morrido sob custódia da Polícia Federal foi baixada de um banco de imagem na internet. Além disso, a PF desmentiu que uma mulher tenha morrido nessa segunda-feira (9) nas dependências da Academia Nacional de Polícia. 

“Acordei com uma enxurrada de pessoas mandando os posts pelas redes sociais e justo hoje que fazem apenas três meses que minha avó nos deixou! Me senti impotente, a internet tem uma força absurda tanto para o bem quanto para o mal. Estamos tentando ao máximo avisar as pessoas, mas muitas desacreditam e ainda pedem para provar, isso dói muito e só vai saber quem estiver na pele um dia. Que isso acabe logo”, lamentou Juliana Cuchi Oliveira, neta de dona Deolinda. 

Os bolsonaristas que acampavam em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro, começaram nesta segunda-feira (9) a retirar as estruturas montadas desde a semana posterior ao segundo o turno das eleições presidenciais, realizado em 30 de outubro.

O grupo pedia um golpe de Estado às Forças Armadas, por não aceitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  A desmobilização dos acampamentos golpistas foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, depois de um domingo de ataques classificados como terroristas às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, na Praça dos Três Poderes. Vestindo a camisa da seleção brasileira e bandeiras do Brasil, bolsonaristas invadiram os palácios dos três poderes, cometeram roubos e depredaram obras de arte, peças históricas e mobiliário. 

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Na manhã de hoje (9), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que a situação no estado é de paz e que a retirada do acampamento foi negociada entre o Comando Militar do Leste (CML) e os grupos acampados. Procurado pela Agência Brasil, o CML não se manifestou. 

Apesar da declaração do governador, um fotógrafo foi agredido enquanto registrava a desmobilização do acampamento. Imagens da TV Globo mostram que o profissional, com a câmera nas mãos, foi cercado, ameaçado e agredido com tapas. 

Ao longo do dia, os acampados desmontaram barracas e lonas, moveram pallets de madeira e gradis que eram usados para montar as barracas que compunham o acampamento. A estrutura contava ainda com banheiros químicos, baldes, galões e até uma caixa d'água. Um caminhão de mudança levava parte dos itens, enquanto um grupo realizou uma oração e cantou o hino nacional e cânticos religiosos. 

O acampamento contava com diversas barracas e sinalizações improvisadas, com áreas de acesso "a pessoal autorizado" e até a indicação de "vias", como uma Travessa Cássia Kis. A atriz esteve no acampamento mais de uma vez e rezou com os acampados que pediam intervenção das Forças Armadas no país. 

Militares do Exército também estavam no local, incluindo a Polícia do Exército, e participavam do desmonte do acampamento, além de reposicionarem gradis na praça. O local fica entre o Panteão de Duque de Caxias e o Palácio Duque de Caxias, sede do CML.

Após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada desta segunda-feira (9), o Ministério Público Federal (MPF) mandou a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrar os acampamentos bolsonaristas espalhados pelo país. 

Em Pernambuco, o grupo antidemocrático está acampado em frente ao Comando Militar do Nordeste do Exército (CMNE), localizado no bairro do Curado, na Região Metropolitana do Recife. Entretanto, no início da tarde desta segunda, a estrutura, assim como suprimentos e outros itens, de acordo com a PRF estão sendo retirados do local por alguns veículos de carga. 

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Ainda segundo a PRF, a ação de desmonte é "espontânea". "Nossas equipes acompanham nesse momento o movimento de desmobilização espontâneo em frente ao CMNE. Ver-se no local alguns veículos de carga fazendo a retirada de tendas, suprimentos, entre outros", relatou a polícia. 

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Não há uma dicotomia entre os "bolsonarismos" do Brasil, de acordo com cientistas políticos que avaliaram as reações desse espectro da direita brasileira, desde os atos terroristas em Brasília, capital federal, no último domingo (8). O que diferencia radicais de não radicais é somente a prática; no discurso, ambos os grupos, com raras exceções, se veem contemplados e justiçados na narrativa antidemocrática que chegou ao recente pico de violência.

Decerto, no eleitorado de cerca de 57 milhões de brasileiros que depositaram sua confiança no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a maior parte não participa do interesse no golpe. É uma convivência contraproducente: a vida seguiu para a maior parte dos bolsonaristas, mas direta ou indiretamente, os discursos que minam a credibilidade do Estado Democrático de Direito são alimentados no boca a boca e nas redes sociais. De qualquer forma, o radicalismo ainda se trata de uma bolha.

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“A negação do governo Lula é de uma parte da população. Inseridos nesse grupo, estão os radicais, responsáveis pelos atos em Brasília. O novo governo já está tomando medidas cabíveis. Mas a construção da narrativa golpista, antidemocrática, está longe de acabar. As movimentações dos bolsonaristas devem diminuir devido à ação conjunta entre os poderes, mas os discursos, a curto prazo, não devem cessar”, salienta Alex Ribeiro, especialista em ciência e história política, e ouvido pelo LeiaJá. 

Relembrando o breve pronunciamento do presidente derrotado, que após os atos golpistas, repudiou a depredação do patrimônio público — mas não condenou a iniciativa geral —, o cientista ressaltou que, comparar os atos do domingo com situações anteriores é uma “falsa simetria”, pois existe nessas manifestações políticas um “movimento de ruptura institucional e antidemocrático”. 

“A construção do bolsonarismo teve como ápice as movimentações e os discursos nos atos em Brasília nesse último domingo. O uso da bandeira nacional, os intitulados “patriotas”, o uso de armas e a ideia do caos são elementos bolsonaristas. A prática é o terrorismo instalado nesses atos”, acrescenta Ribeiro. 

Com a repercussão negativa e internacional do caso, além da iminência da punição, a bolha bolsonarista tem procurado justificativas ou outros responsáveis pelo terrorismo no DF. De infiltrados pagos pela esquerda à “distorção da mídia” diante de supostos atos pacíficos dos patriotas, os argumentos variam. 

“É natural e esperado que exista, dentro do contexto político que o Brasil vive, essas narrativas concorrentes e que tentem terceirizar culpas e fazer esse espelhamento [em relação a atos anteriores e/ou de esquerda]. Isso é também natural também para as pessoas que, ainda que não se identifiquem com os atos de violência, se identificam com as convicções desse grupo de extrema-direita. É espero que tentem dizer que houve infiltrações e sabotagem por parte da esquerda. O que o brasileiro precisa entender é que existem limites estabelecidos no Estado Democrático de Direito e eles foram ultrapassados”, acrescenta Priscila Lapa, segunda cientista política ouvida pela reportagem. 

Diante de vídeos das forças policiais bebendo água de coco enquanto bolsonaristas destruíam o Congresso, as teorias de que a Polícia Militar do Distrito Federal foi conivente e participou, assumindo papel parcial e também golpista, ficaram mais fortes. Com as apurações em andamento e a exoneração do agora ex-secretário de Segurança Anderson Torres, as falhas de Ibaneis Rocha (MDB), da Defesa e até mesmo da Justiça, passam a ser questionadas também judicialmente.  

“Pensando em outras manifestações em que houve a repressão à altura, fica claro que [agora] houve conivência das forças de segurança para esse ato, que foi um ato contra a democracia. Se eles, que devem proteger este Estado, é porque não receberam a ordem para fazê-lo. Poderia ser um ato de qualquer lado, esquerda ou direita, um erro não vai justificar o outro. Além da questão de o Estado ter agido contra si próprio, é fundamental ver que a pauta, o que estava em jogo ali, não foi somente o não-reconhecimento de um grupo político [eleito], o que por si só já é muito grave; mas sim, a destituição, pelo uso da força, dos Três Poderes que constituem a República. O que está em jogo é a sobrevivência do modelo de sociedade vigente”, finaliza Lapa. 

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A AMEPA – Associação dos Magistrados do Estado do Pará, por meio de suas Diretoria Executiva e Diretoria Eleita, manifestou em nota o seu veemente repúdio aos atos de caráter golpista e terrorista realizados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo.

"Num episódio jamais visto na História do Brasil, criminosos destroem prédios dos três poderes em Brasília, entre eles a sede do Supremo Tribunal Federal, ofendendo sem precedentes a democracia brasileira e o normal funcionamento das instituições", diz a nota.

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"Pouco importa a motivação e qualquer juízo de valor que possam acompanhar ou tentar justificar pessoas que compactuam com tais atitudes. O que se está testemunhando é um triste desrespeito ao Estado Democrático de Direito. O Plenário do STF foi totalmente depredado", completa.

A AMEPA se solidariza com as instituições ofendidas e ressalta que a destruição do patrimônio físico da nação "não dobrará a força de nossos poderes que, ressalte-se, funcionam e continuarão a funcionar dentro da normalidade exigida pela Constituição Federal".

Na manhã desta segunda-feira (9), a Prefeitura de Belém e Governo do Estado atuaram juntos para desmobilizar na capital paraense qualquer tipo de ato antidemocrático de grupos terroristas em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula nas eleições de 2022.

Os grupos antidemocráticos se concentravam em frente ao Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS) do Exército Brasileiro, localizado na avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco, há quase três meses. A ação foi coordenada pela Organização Pública de Belém, ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), com  o objetivo de garantir o cumprimento do Código de Postura do Município.

Por volta de 11 horas, a avenida Almirante Barroso já estava totalmente desobstruída, resultando em cinco extremistas detidos na ação pela Polícia Militar do Pará e encaminhados para a sede da Polícia Federal em Belém.

A ação de retirada dos antidemocráticos da Almirante Barroso, uma das principais vias da capital paraense, atendeu a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que ordenou a desmobilização no país de todos os atos antidemocráticos dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com informações da AMEPA e Agência Belém.

 

A Polícia Militar do Distrito Federal iniciou na manhã desta segunda-feira (9) a desmobilização do acampamento de radicais bolsonaristas diante do quartel-general do Exército em Brasília.

Membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram essa concentração como "incubadora" dos atos de violência vistos na capital federal desde o ano passado.

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A desocupação do acampamento cumpre determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou em sua decisão que "nada justifica" a existência de concentrações cheias de "terroristas", em "total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal".

George Washington de Oliveira, acusado de planejar um atentado terrorista em Brasília na véspera de Natal, frequentava o acampamento em frente ao QG do Exército, assim como muitos dos vândalos que promoveram quebra-quebra no Congresso Nacional, no STF e no Palácio do Planalto no último domingo (8).

O acampamento foi montado para protestar contra a vitória de Lula nas eleições de 2022 e pedir um golpe militar para subverter o resultado das urnas.

*Da Ansa

Depois da horda extremista destruir as instalações de prédios dos Três Poderes, nesse domingo (8), o ministro da Defesa, José Múcio, sinalizou que não vai mais tolerar que os acampamentos permaneçam ao redor dos quartéis-generais. Antes das cenas de terrorismo, ele havia considerado esses agrupamentos como uma demonstração da democracia e, em sua posse, revelou que alguns de seus familiares participam dos movimentos à favor do golpe. 

A invasão de bolsonaristas no Distrito Federal era amplamente divulgada nas redes sociais e em grupos de mensagens. Não era segredo que pessoas de todo Brasil se mobilizavam em caravanas para tumultuar os arredores dos prédios do Legislativo - apontado como alvo principal - e dos demais Poderes. Ainda assim, criminosos conseguiram alcançar suas intenções diante da falta de uma resposta firme das forças de segurança. 

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Sem qualquer tipo de ação contra os acampamentos antidemocráticos, depois das ações terrotistas desse domingo, Múcio foi criticado por ministros do Supremo Tribunal Federal, que consideraram sua atuação "fraca", ao Globo. O chefe da Defesa considerava que a reinvindicação de golpe era uma demonstração da democracia. "A gente tem que entender que nem todos os adversários são inimigos, a gente tem amigos também", disse em sua posse, quando revelou ter familiares acampados no Recife. 

Pressionado pela falta de ação ao longo da última semana, o ministro da Defesa sinalizou que deve desmobilizar os acampamentos. "Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso", apontou. 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se disse "perplexa" com os "atos antidemocráticos" em Brasília.

Em nota em seu site, a entidade define como "vândalos" os bolsonaristas que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

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"A presidência da CNBB pede serenidade, paz e o imediato cessar dos ataques criminosos ao Estado Democrático de Direito", afirma o comunicado.

A conferência ainda pede que os organizadores dos atos antidemocráticos sejam "responsabilizados com os rigores da lei". "Os cidadãos e a democracia precisam ser protegidos", conclui. 

Da Ansa

Com a onda de atos terroristas promovidos por bolsonaristas neste domingo (8) em Brasília, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) anunciou em suas redes que ele e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deram entrada em processo junto à Procuradoria Geral da República (PGR) para que seja decretada uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Tanto Rodrigues quanto Gleisi responsabilizam o governador Ibaneis Rocha pela facilidade como os bolsonaristas invadiram o Congresso, o Senado e ainda o plenário do Supremo Tribunal Federal.

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A manifestação terrorista em Brasília já era prevista e contou com a complacência e quase cumplicidade do governador do DF. Qualquer coisa que vier a acontecer com a vida das pessoas e ao patrimônio do povo brasileiro, o Sr Ibaneis será responsabilizado", disparou Rodrigues.

Além do pedido de intervenção federal na segurança, Randolfe Rodrigues afirmou que vai protocolar pedidos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator dos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos.

"Estamos protocolando agora dois pedidos ao ministro Alexandre de Moraes: 1 - Prorrogação do inquérito dos atos antidemocráticos a partir dos acontecimentos de hoje. 2 - Impedimento de posse e, em caso de posse, afastamento do Sr Anderson Torres, da Secretaria de Justiça do DF", tuitou Randolfe.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou, neste sábado (7), ter convocado a Força Nacional para atuar em Brasília. O ato foi feito em reação à chegada de bolsonaristas no Distrito Federal para realizar uma grande manifestação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O chefe da Justiça destacou que outras forças também estarão presentes. “Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília e da atuação constitucional do Governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional. Assinei agora a Portaria autorizando a atuação, em face das ameaças veiculadas contra a democracia”, publicou. 

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Dino havia feito outras publicações comentando sobre “uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília" e que a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, o governador do Distrito Federal  Ibaneis Rocha (MDB) e o ministro da Defesa, José Múcio já receberam as orientações cabíveis. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão preventiva de quatro bolsonaristas investigados por atos de vandalismo em Brasília no fim do ano passado, alvos da Operação Nero. Além deles, outros sete já foram identificados e estão foragidos. 

Os quatro suspeitos já tinham tido prisão temporária determinada por Moraes por suspeita de envolvimento no ataque ao prédio da Polícia Federal e na destruição de carros e ônibus em Brasília. A prisão preventiva não tem prazo para terminar. 

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À época, os suspeitos afirmaram ter agido em reação à prisão de José Acácio Serere Xavante, que se diz cacique do povo Xavante e que também está envolvido em atos antidemocráticos. 

Na quinta-feira (5), os advogados do indígena divulgaram uma carta na qual ele pediu desculpas pelos ataques ao sistema eleitoral feitos no dia 12 de dezembro, no dia da diplomação do presidente Lula (PT) no TSE, e que reconheceu ter acreditado em fake news. 

Tiveram a prisão preventiva decretada: Joel Pires Santana, Klio Damião Hirano, Átila Franco de Mello e Samuel Barbosa Cavalcante. E estão foragidos: Allan Diego dos Santos, Helielton dos Santos, Walace Batista da Silva, Silvana da Silva, Wenia Morais Silva, Ricardo Aoyama e Wellington Macedo. 

Além dos 11 suspeitos com ordem prisão, outros 29 que também participaram dos atos violentos já foram identificados. A polícia informou que são empresários do agronegócio, pastores e pessoas ligadas ao garimpo ilegal. A maioria frequentava o acampamento em frente ao quartel general do Exército em Brasília. 

Bolsonaristas que estavam acampados em uma avenida de Belo Horizonte, capital mineira, agrediram uma equipe de jornalistas do jornal O Tempo, durante a cobertura de uma ação da Guarda Municipal, que desarticulava o acampamento por ordem da Prefeitura. O caso aconteceu nesta sexta-feira (6) e foi registrado por pedestres e outros veículos de imprensa em trabalho, à ocasião.

Nas imagens, uma mulher é flagrada derrubando o equipamento de um repórter. Ela se afasta, mas o profissional a acompanha e antes mesmo que ele pudesse se manifestar, foi agredido por um outro bolsonarista. A situação escala para uma confusão generalizada e, além do jornalista, o cinegrafista também é agredido com socos, tapas e chutes. A agressão só é interrompida após intervenção da Guarda Municipal. 

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A retirada do acampamento, instaurando desde o segundo turno das eleições em frente da 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabáglia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi autorizada pela prefeitura da cidade após a escalada da violência e a obstrução das vias pelos manifestantes.  

Nessa quinta-feira (5), um outro jornalista, do Hoje em Dia, foi agredido pelos manifestantes. Essa agressão motivou a desmobilização do acampamento. De acordo com o veículo que representa os profissionais agredidos, o prefeito Fuad Noman (PSD) marcou um pronunciamento na prefeitura para falar sobre as agressões e a desmobilização. 

Além do episódio de agressão, há registros de outros bolsonaristas dificultando a ação da Guarda. Uma dupla chegou a abraçar a estrutura de uma tenda, se negando a sair do local, enquanto as equipes aguardavam a retirada voluntária, mas sem tratamento ostensivo. Um outro homem foi visto pedindo "socorro" a Deus, gritando, de joelhos no chão. Os vídeos circulam nas redes sociais (confira ao fim da matéria).

Através do site oficial, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se posicionou sobre o caso e afirmou que "enviou ofícios solicitando providências ao Ministério da Justiça e dando ciência dos casos à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom)." 

Veja a nota na íntegra 

“O ano de 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, o segundo caso em Minas Gerais. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) acompanha com preocupação os recentes ataques a jornalistas por parte dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército. 

Os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições, quando levantamento conjunto da FENAJ e da Abraji apontaram 70 episódios de agressão contra a categoria no país. Diante do nível de hostilidade dos manifestantes, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais. Também orientamos os profissionais agredidos a registrarem boletim de ocorrência. Pedimos, ainda, que as autoridades de segurança pública estaduais reforcem a vigilância em atos antidemocráticos. 

A FENAJ já enviou ofícios solicitando providências ao Ministério da Justiça e dando ciência dos casos à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom). Solicitaremos providências aos governos estaduais e ao Ministério Público Federal.” 

Mais vídeos 

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão das redes sociais dos jornalistas Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo Filho. Os três são investigados por divulgação de discursos antidemocráticos e de ódio.

Como apurou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a medida tem como escopo apurar se há algum financiamento dos três jornalistas e quem seria essa fonte.

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Nos perfis dos três no Twitter aparece a mensagem "retido no Brasil por ordem da Justiça". Figueiredo Filho e Constantino são comentaristas de programas do canal Jovem Pan News. Fiuza deixou a emissora no final de 2022. Os três jornalistas são alinhados ideologicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto acampamentos dos bolsonaristas perdem força e são desmobilizados em Juiz de Fora (MG), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e outras cidades de outros Estados em todo o Brasil, no Recife, em Pernambuco, a mobilização segue de pé em frente ao Comando Militar do Nordeste, no Curado.  

Desde o resultado do segundo turno das eleições em que o ex-presidente Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo presidente Lula (PT) nas urnas, bolsonaristas acamparam em frente ao QG no Recife para realizar manifestações antidemocráticas contrárias ao resultado.  

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Na manhã desta quinta (29), bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília reagiram a uma ação policial para desmobilizar a concentração. Os agentes do DF Legal, responsável pela prevenção de invasões no Distrito Federal, foram cercados pelos manifestantes e precisaram de escolta da Polícia do Exército.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais é possível ver o princípio de confusão que se formou durante a tentativa de dissolução do acampamento. Por volta das 6h30, equipes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) fecharam uma das pistas do Eixo Monumental próximo ao acampamento. A informação que circulava entre os acampados era a de que fiscais chegariam para retirar as barracas do local.

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Em seguida, policias do Batalhão de Choque da Polícia do Exército se posicionaram, por cerca de 30 minutos, em frente ao prédio-sede do QG. As equipes foram alvo de ameaças e xingamentos por parte dos manifestantes bolsonaristas. Um homem participante da manifestação chegou a discursar falando que ninguém sairia do local enquanto o presidente eleito Lula não fosse afastado do cargo. Os bolsonaristas também cantaram o Hino Nacional Brasileiro e repetiram frases como “O povo unido jamais será vencido”.

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A Polícia Militar (PM) do Distrito Federal informou que deteve, na noite deste domingo (25), um grupo de manifestantes que realizaria um protesto diante do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, no centro de Brasília (DF).  Segundo a corporação, os manifestantes caminhavam por uma via pública de acesso ao STF, a S2, quando foram abordados por policiais militares. Com o grupo de ao menos dez pessoas foram encontrados estilingues e rádios comunicadores. Além disso, uma faca foi apreendida no interior de um veículo que acompanhava os manifestantes.

Conduzidos à 5ª Delegacia de polícia, no início do bairro Asa Norte, todos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência - instrumento legal que a autoridade policial aplica em casos de menor potencial ofensivo ou menor relevância – por estarem portando uma arma branca e foram liberados em seguida.A Polícia Civil e a PM não deram informações sobre a procedência ou identidade dos manifestantes. Em nota, a PM menciona apenas que os detidos planejavam protestar contra a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante.

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Ex-candidato à prefeitura de Campinápolis (MT) e autointitulado liderança da Terra Indígena Parabubure, Acácio está preso, em Brasília, desde o último dia 12, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O indígena foi detido no acampamento montado em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na capital federal, por pessoas que apoiam o atual presidente e rejeitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro. 

Em vídeos que compartilhou pelas redes sociais antes de ser detido, Acácio questionava o processo eleitoral e a vitória de Lula. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes determinou a detenção de Acácio por suspeita de crime de ameaça, perseguição e ataques ao Estado Democrático de Direito.

No dia da prisão, um grupo de pessoas identificadas como participantes do acampamento em frente ao QG do Exército tentou invadir a sede da Polícia Federal (PF), no centro da capital federal.  A ação resultou em atos de vandalismo e violência, com manifestantes ateando fogo em carros e ônibus e depredando uma delegacia de polícia.

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não permitirá que se instale no País o que ele chamou de "terrorismo político". No sábado (24), um militante bolsonarista foi preso por plantar uma bomba nas imediações do aeroporto de Brasília. Dino avaliou que o homem não é um "lobo solitário" e prometeu que todas as "conexões" da tentativa de atentado serão investigadas.

Ele disse também que o novo governo vai desocupar os acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis, caso essa providência não seja tomada pelas atuais autoridades federais. "Não há dúvida, no governo eleito, inclusive com a orientação do presidente Lula, que a lei deve ser cumprida. Então, não se trata de uma escolha, não se trata de uma opção, se trata de uma imposição legal", disse.

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"Nós esperamos que nesta semana esse processo de ocupação ilegal em torno do Quartel General (do Exército) em Brasília cesse, ou seja, que a desocupação prossiga e, com isso, nós possamos ter um quadro de normalidade durante a posse", declarou, em entrevista à GloboNews.

Desde o fim da eleição, apoiadores de Jair Bolsonaro estão acampados em frente a instalações militares para pedir que as Forças Armadas impeçam a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de sábado, véspera de Natal, autoridades policiais prenderam em flagrante por atentado contra o Estado o gerente de posto de combustível George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou ter tentado explodir um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal para provocar falta de energia e dar início, segundo o próprio acusado, a um caos que levasse à decretação de um estado de sítio no País. Ele também planejava explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto.

"Estamos esperando o que fará, exatamente, o (atual) ministro (da Justiça, Anderson Torres), a Polícia Federal até o dia 31. Mas é certo que nós temos, inclusive, conexão com aquele inquérito policial dos atos antidemocráticos que tramita no Supremo. Então, o enquadramento criminal deve ser revisto. A Polícia Civil do DF vai continuar com as apurações, segundo informações que nós obtivemos, tendo em vista essas conexões", afirmou Dino.

O futuro ministro da Justiça acredita que possa estar havendo omissões por parte das autoridades. "Nós temos indicações de que, no mínimo, há omissões de autoridades e agentes públicos federais. Isso é muito evidente e há fatos que autorizam essa minha afirmação", declarou.

Ao ser questionado sobre a postura de Bolsonaro, que ainda não se pronunciou sobre a tentativa de atentado, ele respondeu que a responsabilidade política do presidente está "obviamente configurada", mas que a responsabilidade jurídica ainda precisa ser esclarecida. Dino prometeu que todas as conexões do caso serão apuradas pelo futuro governo e voltou a criticar os decretos de Bolsonaro que facilitaram a obtenção de armas. "Nós não vamos permitir que esse terrorismo político se instale no Brasil", disse.

No domingo (25), Dino escreveu no Twitter que a tentativa de atentado perto do aeroporto de Brasília comprova que os acampamentos de apoiadores de Bolsonaro em frente a quartéis viraram "incubadoras de terroristas". O futuro ministro também informou que todos os procedimentos para a posse de Lula, em 1º de janeiro, serão reavaliados para fortalecer a segurança.

O fim do Governo Bolsonaro tem sido marcado por manifestações silenciosas e uma sequência de omissões diante do próprio eleitorado. Desde a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, em outubro, bolsonaristas da ala mais radical têm fechado rodovias, promovido vandalismo e acampado em frente aos quartéis ao redor do país. O clima de descontentamento e histeria tem alimentado a narrativa de que houve fraude nas Eleições 2022, informação que já foi desmentida pelas próprias Forças Armadas. 

Chama atenção que a comunicação do atual governo, que sempre foi ativa nas redes sociais e assídua, ao menos ao dialogar diretamente com a bolha apoiadora, optou por reduzir as mensagens públicas. Até mesmo os filhos do mandatário — Carlos, Eduardo e Flávio — reduziram os embates nas redes. Em saídas recentes, Bolsonaro e a esposa, a primeira-dama Michelle, têm falado pouco e até mesmo chorado em público. 

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Enquanto o presidente deixava uma mensagem de Natal no Twitter no último fim de semana, a Polícia Militar do Distrito Federal investigava a participação de um militante bolsonarista em uma tentativa de atentado na capital federal. As equipes desarticularam uma bomba próxima ao aeroporto da cidade e, ao investigar os envolvidos, apurou-se que o autor se tratava de um apoiador de Bolsonaro, favorável ao golpe militar e com um arsenal em casa. O caso foi apenas mais uma das ameaças antidemocráticas não abordadas pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). 

Para a cientista política Luciana Santana, a omissão é uma forma de se reafirmar enquanto líder político dentro da própria bolha, que enxerga Bolsonaro como uma vítima do sistema e da corrupção, e como um candidato injustiçado.

“Teremos quatro anos muito difíceis porque o bolsonarismo continuará insistente e questionando o governo eleito, independentemente de qualquer coisa, e dificilmente veremos uma liderança bolsonarista, ou o próprio Bolsonaro, se posicionando contra, porque é uma forma dele se manter ainda aceso enquanto liderança no país. Ele quer ter protagonismo nos próximos quatro anos, porque quer voltar ao poder de alguma maneira”, esclareceu a especialista. A entrevista pode ser conferida na íntegra abaixo. 

— Luciana Santana, doutora em Ciência Política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

LeiaJá: De que forma a postura conivente do presidente deve alimentar a narrativa das pessoas nas ruas? 

LS: O presidente opta por não fazer qualquer manifestação porque ele é conivente com elas. Se ele é conivente, é porque efetivamente está de acordo e, indiretamente, acaba incentivando esses comportamentos. Se a gente pode esperar que ainda aconteça algo ainda no início do próximo governo, acredito que será a presença de atos e manifestações. Vale lembrar que, a partir do dia 1º, depois da posse de Lula, há uma mudança no comando das Forças Armadas. Então, há uma tendência natural que as Forças Armadas tenham outro tipo de comportamento e comecem a dispersar as manifestações e, consequentemente, esses tipos de comportamento. 

LeiaJá: O governo eleito terá condições de dobrar o bolsonarismo a partir de 2023? 

LS: Uma desarticulação completa do bolsonarismo radical, consolidado, dificilmente vai acontecer. Não é nem o bolsonarismo que votou em Bolsonaro nas urnas, os 57 milhões de eleitores na íntegra, mas sim o bolsonarista raiz, que é uma parcela muito pequena, mas radical. O eleitor geral já entendeu que a eleição passou, que o outro governo foi eleito e que a vida segue. Ele pode até votar em alguma figura aliada até 2026, mas ao menos entende que o resultado está dado. O bolsonarismo ideológico deve seguir articulado e retroalimentado pelas redes sociais, mas creio que não ficarão mais nos quartéis. Assim como o trumpismo, nos Estados Unidos, o bolsonarismo permanecerá. 

LeiaJá: O GSI não se manifestou até agora. A postura não é anticonstitucional? 

LS: Os agentes à frente do GSI podem ser responsabilizados, desde que a Procuradoria-Geral da República abra um inquérito para investigar as omissões. Muita coisa vai acontecer no início do próximo governo, algumas ações para revogar medidas, mas mais no sentido de buscar responsabilização de vários atos, que deveriam ser tomados em termos de Estado e que simplesmente incorporaram uma veia de Governo, de forma ideológica. 

Algumas coisas Lula vai emplacar, outras não, porque ele precisa construir uma base junto ao Congresso Nacional e é preciso reconhecer que há uma composição desfavorável ao governo eleito. Ele vai precisar ter cautela e ver o que é possível fazer sem comprometer a governabilidade, então dificilmente deve acontecer um "revogaço" de uma vez. É uma oposição que Lula não teve até hoje; muito ideológica e que vai tentar atrapalhar a vida dele, especialmente no Senado. 

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Um levantamento feito pelo Instituto Datafolha, divulgado nesta quinta-feira (21), aponta que 75% dos brasileiros são contra os atos antidemocráticos realizados por bolsonaristas em todo o país.

Ainda segundo os dados, 21% disseram ser a favor das manifestações, 3% consideraram ser indiferente e 1% disse não ter opinião formada sobre o assunto. O Datafolha também perguntou se as pessoas eram favoráveis a punições para quem participa de atos antidemocráticos. Sobre isso, 56% defenderam punições, 40% pontuaram ser contra e 4% não responderam.

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A pesquisa publicada pelo jornal Folha de São Paulo aferiu se a população entrevistada é favorável ou não aos atos que se espalharam pelo país desde o dia 30 de outubro, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em alguns Estados, as manifestações iniciaram fechando rodovias federais. Hoje elas se concentram em frente aos quartéis, uma vez que os bolsonaristas pedem uma intervenção militar que é inconstitucional.

Para a amostragem foram ouvidas 2.026 pessoas em 126 municípios nos dias 19 e 20 de dezembro. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A deputada estadual Janaína Paschoal (PTRB-SP) voltou a “desagradar” bolsonaristas nas redes sociais, ao comentar novamente a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante dos atos antidemocráticos em frente a quartéis de todo o país. Em uma nova publicação, a legisladora chamou os apoiadores do mandatário de “coitados”, se referindo aos manifestantes remanescentes nos protestos.

Como exemplo, Paschoal citou a renovação da concessão da TV Globo, emissora que foi alvo constante de críticas e ataques pessoais do chefe do Executivo. Além de considerar a imprensa imparcial e uma oposição ao seu governo, Bolsonaro também acredita que a maior rede do país investe na dissolução dos conceitos de família e moral.

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Ainda assim, a rede obteve os critérios necessários para seguir promovendo o seu conteúdo. Janaína Paschoal escreveu que esse foi apenas mais um exemplo de por que os discursos do presidente são retóricos e as demandas dos bolsonaristas não serão atendidas, pois “nada vai acontecer”. A parlamentar, que ganhou popularidade através da aliança com o presidente derrotado nas urnas, tem sido consistente ao alegar omissão do Governo Federal.

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Na última sexta-feira (16), Janaína também disse sabe que está “desagradando” os apoiadores, mas que os bolsonaristas devem começar a aceitar a realidade e parar de esperar que alguma coisa aconteça diante do resultado das eleições deste ano, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do país a partir de 1º de janeiro de 2023. 

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