Tópicos | conservador

A reaproximação entre os herdeiros do patrimônio político de Eduardo Campos e de Fernando Bezerra Coelho (FBC) foi determinada na publicação do Diário Oficial do Recife desta quinta-feira (21). O prefeito João Campos (PSB) articula seu projeto de reeleição em 2024 e convidou o deputado estadual Antonio Coelho (UNIÃO) para assumir a Secretaria de Turismo.

Antonio vai liderar uma das pastas mais caras ao município no momento em que João Campos prometeu que o próximo Carnaval será o maior da história do Recife. Dentro dessa negociação para conter o avanço do bloco de Raquel Lyra, o irmão do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também pode oferecer o eleitorado atraído pela visibilidade da eleição de 2022, quando obteve uma votação equiparada a Danilo Cabral, na época candidato do PSB ao Governo do Estado.

##RECOMENDA##

O doutor em Ciência Política Arthur Leandro não encara a reaproximação com surpresa. "Alianças políticas são feitas entre adversários eventuais. Você faz aliança com o adversário porque com amigo não precisa", observou.

O relacionamento entre os dois grupos foi comprometido no impeachment de Dilma Rousseff, quando FBC aderiu à destituição da então presidenta e, posteriormente, se tornou líder do governo Bolsonaro no Senado.

LeiaJá também: Eleição 2024 reaproxima adversários recentes em Pernambuco

A naturalidade com que as alianças são quebradas e reestabelecidas na política muitas vezes é encarada pelo eleitor como uma "traição". Entretanto, esse processo faz parte da busca por sobrevivência e o clã dos Coelho não foge dessa inclinação.

"O foco no primeiro momento é a eleição de 2024, que deve determinar o apoio do PSB a candidatura indicada pelos Coelho em Petrolina e na Região do São Francisco, gerando alguns desalojamentos, como é o caso do deputado Lucas Ramos (PSB) que tinha a intenção declarada de ser prefeito de Petrolina", avaliou Arthur Leandro.

Raquel Lyra conseguiu tirar o PSD do bloco de João Campos, contudo, a oferta de novas alianças está limitada. A governadora ainda tenta se afastar do título de bolsonarista dado por sua neutralidade na disputa à Presidência, mas a busca por sobrevivência deve colocar as alas mais conservadoras em seus próximos palanques.

"O que vai haver é que a candidatura apoiada por Raquel vai tentar contar com o apoio de Anderson Ferreira e o apoio de Miguel vai se fechar na reeleição de João Campos e com o apoio do PT", prevê Arthur Leandro. 

O deputado federal Marx Beltrão (PP-AL) afirmou, nesta terça-feira (19), que defende o direito ao casamento homoafetivo, durante o debate na Comissão de Previdência e Família, sobre a proibição do casamento civil homoafetivo. Em sua fala, o parlamentar declarou que defende “direito igual para todos”. 

“Sou de direita, tenho família, casado, pai de três filhos e católico atuante. Defendo direito igual para todos; e vejo aqui leões que entre quatro paredes fazem sussurros de gatinho”, exclamou o deputado na sessão. 

##RECOMENDA##

É como eu disse, não estamos aqui discutindo se a religião A ou B deve prevalecer ou não. Estamos discutindo direitos adquiridos, como o que já foi aqui discutido, inclusão ao plano de saúde, herança, divisão de bens, separação, direito sucessório, e o imposto, que todos pagam é igual ao de todos, ninguém paga imposto, aqui, maior do que ninguém, todos temos o mesmo direito, e é isso que a gente tem que debater aqui, o direito das pessoas”, continuou. 

A votação, proposta pelo deputado federal Pastor Eurico (PL-PE), se tornou acalorado, e foi suspensa. O debate sobre o tema ficou remarcado para a próxima terça-feira (26), e a votação deverá acontecer na quarta-feira (27). 

A proposta da proibição do casamento civil homoafetivo é alvo de polêmicas e críticas. Segundo o autor do projeto, o embasamento da proibição vendo do Código Civil, que não equipara a união homoafetiva com o casamento heteronormativo. No entanto, o texto é considerado inconstitucional perante juristas, diante da existência de uma lei que tem como base jurídica uma decisão dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011. 

 

O evangelista americano Pat Robertson, de opiniões conservadoras às vezes extremistas, morreu aos 93 anos — anunciou a Christian Broadcasting Network (CBN), rede cristã de televisão fundada por ele.

Robertson, "apresentador de televisão, educador, humanitário e ex-candidato presidencial, faleceu em sua casa em Virginia Beach na madrugada de quinta-feira", informou a CBN.

Este popular pregador da televisão fundou, em 1960, o canal CBN, no qual apresentava um programa diário muito conservador, "The 700 Club", que, segundo ele, tinha uma audiência média de um milhão de pessoas.

Candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Republicano em 1988, também fundou a Christian Coalition, uma organização conhecida por sua oposição ao aborto e por sua luta pela oração nas escolas. Essa organização se tornou um importante grupo de pressão política na década de 1990.

A organização tinha quase quatro milhões de membros em 1994, segundo o jornal The New York Times. Perdeu quase metade nos anos 2000, e sua influência se reduziu significativamente.

Nascido em 1930, Robertson costumava causar polêmica com seus comentários extremistas.

Em 2002, um ano após os atentados do 11 de Setembro, disse que os muçulmanos eram piores que os nazistas e, em 2005, pediu o assassinato do então presidente venezuelano, Hugo Chávez, a quem acusou de ter financiado o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden.

Após curtir e comentar fotos sensuais de um modelo gay no Instagram, o vice-governador do Tennessee, Randy McNally, anunciou que vai dar um tempo das redes sociais. Aos 79 anos, o político conservador é um dos líderes do partido Republicano e apoiou a lei que limitou o local dos shows de drag queens, além de ser favorável ao financiamento de orfanatos que impedem a adoção por famílias LGBTQIA+. 

Franklyn Superstar, de 20 anos, costuma publicar fotos picantes e, em algumas delas, recebeu elogios e emojis de fogo e corações de McNally. "Você pode transformar um dia chuvoso em arco-íris e brilho do sol", escreveu o conservador. 

##RECOMENDA##

Com a interação do político nos conteúdo em que o jovem aparece com roupas íntimas e partes do corpo à mostra, ele passou a ser chamado de hipócrita. 

[@#galeria#@]

McNelly anunciou que a pausa em suas nas redes para "refletir e receber mais orientações sobre o uso das mídias sociais". 

Dez deputados de direita se reuniram para lançar a Frente em Defesa da Família na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Os trabalhos serão coordenados pelo pastor Cleiton Collins (PP), que foi responsável pela definição dos nomes da composição. 

Um dos integrantes é o deputado Joel da Harpa (PP), que explicou à reportagem que a nova Frente vai tratar a família "como um princípio" e discutir sobre seu papel na formação do ser. "Tudo começa na família. Esse debate vai desde a questão da infância, da formação da criança, da figura do pai e da mãe no seio da família, na formação do adolescente e o exemplo para com os filhos dentro de casa", comentou. 

##RECOMENDA##

O debate vai girar em torno do conceito de família tradicional e discutir até o onde o Estado pode interferir em questões como aborto e sexualidade. Outro objetivo é  propor políticas públicas voltadas ao fortalecimento da família, descrita pelo deputado como a célula-mãe da sociedade. 

A criação da frente passou pelo pastor Cleiton Collins, responsável por convidar os colegas da Alepe. Entretanto, além do bloco se restringir a representantes da direita, a falta de quadros femininos também chama atenção. A reportagem tentou confirmar com o coordenador se deputadas e deputados da esquerda também foram convidadas, mas obteve retorno até a publicação. Segundo publicação do site da Alepe, o deputado João Paulo (PT) entregou um ofício no último dia 15, quando foi instalada a Frente, para passar a integrar o grupo, mas a publicação no Instagram oficial da Casa não mostra o petista como um dos membros.

[@#video#@]

A Frente em Defesa da Família foi lançada com o número mínimo de componentes e, de acordo com Joel da Harpa, está aberta a receber deputadas interessadas nas discussões. "Eu não sei se no decorrer dos trabalhos alguma mulher vai integrar a frente, mas independente da participação direta de uma mulher, a gente não vai fugir desse debate dentro das audiências públicas e das reuniões nós vamos trazer outras mulheres da sociedade organizada, de ONGs, mulheres e igreja e profissionais", assegurou o deputado. 

Conforme a atual conjuntura, além das participações de Cleiton Collins (PP) e Joel da Harpa (PL), o início dos trabalhos será tocado pelos deputados: 

Abimael Santos (PL);

Adalto Santos (PP);

Jeferson Timoteo (PP); 

Kaio Maniçoba (PP);

Júnior Tércio (PP);

Renato Antunes (PL); 

Romero Sales Filho (UB);

William Brigido (Republicanos). 

O fundador e presidente do Democracia Cristã, José Maria Eymael, disse nesta quarta-feira (30) que o gancho da sua campanha pelo Palácio do Planalto será a defesa dos “valores da família”. O conservador disputará o cargo no Executivo pela sexta vez, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O democrata cristão já havia se apresentado como alternativa desde 2020, mas a confirmação só veio agora. 

“Nossos valores são os valores da família, as necessidades da família”, afirmou. A declaração foi dada durante evento da legenda destinado às filiações. Segundo Eymael, a previsão é eleger mais de 90 congressistas em 2022. O partido não tem interesse em dialogar por uma terceira via unificada. Além disso, o presidente da legenda voltou a se queixar por não ser considerado nas pesquisas de intenção de voto para este ano. 

##RECOMENDA##

Em janeiro, Eymael já havia sinalizado a confirmação da presença no pleito, através das redes sociais. 

[@#video#@]  

O democrata disse ainda que defenderá “alguns princípios”, como o emprego, a moradia e o desenvolvimento do país. Segundo ele, o desenvolvimento depende de uma reforma tributária “urgente”. Em setembro de 2021, reclamou nas redes sociais que não aparece nas pesquisas de intenção de voto. O político disse que o ex-presidente Lula (PT) vence todos os pré-candidatos nas pesquisas porque seu nome não está inserido nos levantamentos. “Vence todos os pré-candidatos a presidente! Mas não vence Eymael! Que não está nas pesquisas!”, disse. 

O político já foi deputado federal por São Paulo de 1986 a 1995. Disputou cinco campanhas presidenciais (1998, 2006, 2010, 2014 e 2018), mas jamais chegou ao Planalto.

Sem tanto prestígio no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer se aproximar do eleitorado da região e deve realizar uma ‘motociata’ em Pernambuco no próximo mês. A previsão é que o mandatário desembarque no Estado na sexta-feira (3) e fique até o dia seguinte para compromissos no Recife e no Agreste.

O presidente chega ao Estado acompanhado da primeira-dama Michelle, que deve participar de eventos sociais no Recife, enquanto ele se reúne em um jantar com empresários, confirmou o deputado Alberto Feitosa (PSC) ao LeiaJá.

##RECOMENDA##

"Ele chega, faz uma passagem no Comando Militar do Nordeste, depois acompanha a primeira-dama em uma ação social, depois ele vai fazer fora da agenda oficial um jantar com empresários. No outro dia, ele segue para Santa Cruz", afirmou o deputado estadual.

No sábado (4), Bolsonaro deve seguir para o Agreste de helicóptero, onde vai realizar mais um passeio de moto com apoiadores de Santa Cruz do Capibaribe até Caruaru. Este deve ser o primeiro no Nordeste com a presença do presidente.

Antes do evento no Estado, Bolsonaro deve realizar uma motociata na próxima terça (31), em Uberlândia, Minas Gerais.

Após incentivar a população a se aglomerar em atos políticos espalhados pelo país no próximo dia 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou a participação nas manifestações em Brasília e São Paulo. Nesta quinta-feira (26), o mandatário defendeu que a movimentação não representa pressão por uma guerra civil.

Em entrevista à Rádio Jornal, Bolsonaro disse que espera por atos extremamente pacíficos e que o objetivo da mobilização em meio à pandemia seria por garantias constitucionais.

##RECOMENDA##

"Não acredito em Guerra Civil, não provocamos e nem queremos isso daí. Nós lutamos por liberdade de imprensa. Nós lutamos para o cumprimento de todos os artigos previstos na nossa Constituição", afirmou.

Embora se mostre sensível à imprensa, 87 ataques do gestor a profissionais da informação foram registrados no primeiro semestre deste ano. O levantamento da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) aponta a disparada de 74% em relação ao mesmo período do ano passado.

Desafio aos políticos

Ainda sobre a manifestação do dia 7, acrescentou que se trata de “um movimento popular”, e que “nós devemos entender como normal".

A mobilização conservadora é representada como mais um ponto de tensão na crise institucional entre os Poderes. Com os manifestantes ao seu lado, o presidente desafiou representantes do Legislativo e do Executivo.

"Seria bom que os políticos de todo o Brasil compareçam a esses movimentos e usem a palavra para tranquilizar, para mostrar o que ele tá fazendo e o que pode fazer pela população", sugeriu.

Compromissos do dia 7

Bolsonaro também deu detalhes sobre sua agenda no dia da movimentação. Às 8h, ele vai participar da solenidade de hasteamento da bandeira, em Brasília. Depois vai atender rapidamente apoiadores na Esplanada e viaja para São Paulo, onde se comprometeu a fazer um pronunciamento por volta das 15h30 no evento na Avenida Paulista.

Após amenizar os indicativos de uma eventual ruptura institucional, o presidente deixou em aberto sua participação nas eleições de 2022. Depois de reiterar sua opinião sobre a fragilidade do voto no sistema eleitoral, ele disse que não sabe se vai disputar a reeleição.

Bolsonaro lembrou que sequer conseguiu um partido e complementou: "não vou dizer que vou disputar a reeleição, até lá tudo pode acontecer".

Um homem e uma mulher, ambos de 34 anos, do Movimento Conservador afirmam que foram agredidos por ao menos cinco pessoas na Faculdade de Direito da USP, localizada no Centro de São Paulo, na noite dessa segunda-feira (14). Eles contaram que acompanhavam um debate sobre o projeto Escola Sem Partido e foram encurralados ao deixar o prédio para lanchar.

"Eu estava com a camiseta do movimento que eu faço parte e acredito (‘Movimento Conservador’ está estampado junto com a bandeira nacional). A gente saiu, ela veio fumar, eu queria comer alguma coisa. E fomos emboscados de repente", relatou André Almeida à Folha de São Paulo.

##RECOMENDA##

"Um (homem) chegou e falou: 'Vai filho da p*' e deu (um soco). Eu tirei o rosto e pegou de raspão. E empurrei (o agressor)", detalhou. "Aí rodeou uns quatro ou cinco [...] falando 'Vai, filho da p*. Tira a camisa aí".

Segundo Almeida, ele foi enforcado enquanto os agressores o obrigaram a retirar a camisa.

"A gente viu o bar, entramos, e aí começou a sessão de espancamento. Murro, um cara com soco inglês dando soco na minha cabeça...", continuou. Almeida suspeita que um dos alunos da instituição participou do ataque e afirma que poderia reconhecê-lo caso o visse.

O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) participava do debate e relatou a investida nas redes sociais. Segundo o político, o homem foi agarrado por dois rapazes e espancado por outros três; enquanto a mulher, identificada como Maria Cecília Peraro, era atacada por uma moça e um homem.

"A mulher foi agredida com socos e o homem foi agredido com um objeto contundente em sua cabeça, precisando tomar pontos", afirmou o deputado. A dupla seguiu de viatura para receber atendimento na Santa Casa de Misericórdia.

Posicionamento da Instituição- O diretor da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, lamentou o fato e reiterou a presença da polícia militar e municipal na instituição.

"Eu não sei dizer a troco de que (teriam ocorrido as agressões). Inclusive porque quando eles voltaram, estava cheio de estudantes, de grupos de esquerda (no térreo do prédio). E não houve nenhuma alteração. Se houvesse clima para sair e agredir alguém, teria havido empurra-empurra", explicou à Folha de São Paulo.

Confira

[@#video#@]

A empresa que controla o canal de televisão Fox News anunciou nesta quarta-feira que terminou sua relação com o apresentador conservador Bill O'Reilly, o mais assistido nos Estados Unidos, por conta de uma série de denúncias de assédio sexual.

"Depois de uma cuidadosa revisão das alegações, a empresa e Bill O'Reilly concordaram que ele não retornará ao canal Fox News", informou a empresa 21st Century Fox em um comunicado.

##RECOMENDA##

Diante da avalanche de denúncias, O'Reilly decidiu há uma semana suspender temporariamente seu programa "O'Reilly Factor" e tirar férias, embora a fuga generalizada de anunciantes tenha selado o destino do programa e do apresentador.

O'Reilly, que ocupou um papel central na programação da Fox News por 21 anos com sua retórica ultraconservadora e seu estilo agressivo de entrevistar, pensava em retomar as atividades em 24 de abril.

Em março, o jornal The New York Times noticiou que O'Reilly e o canal Fox haviam pago um total de 13 milhões de dólares a cinco mulheres para colocar um ponto final às acusações de assédio sexual contra o famoso apresentador.

No acordo, as cinco mulheres se comprometeram a manter silêncio sobre as denúncias e a renunciar a novos processos na justiça.

O'Reilly nunca negou diretamente as alegações, mas afirmou que era "vulnerável a processos na Justiça por parte de pessoas que querem que ele pague para evitar publicidade negativa".

Outra mulher, entretanto, se nega a retirar a denúncia de assédio sexual, já que não deseja uma compensação financeira, mas um pedido público e formal de desculpas.

Há menos de um ano, Roger Ailes, um executivo que ajudou a construir a Fox News, também teve que renunciar e se afastar da empresa em meio a denúncias de assédio sexual.

Há duas semanas, o presidente Donald Trump, admirador de Bill O'Reilly e espectador diário da Fox News, saiu em defesa do apresentador, a quem chamou de "uma boa pessoa".

Nesta mesma quarta-feira, o presidente da ONG Media Matters, Angelo Carusone, apontou que a saída de O'Reilly não obedeceu uma política firme da Fox News contra o assédio sexual, mas à saída dos anunciantes de seu programa.

"A Fox News não merece elogios pelo assédio em escala industrial que seus funcionários foram forçados a tolerar", apontou.

Os portugueses comparecem às urnas neste domingo para uma eleição presidencial que tem como grande dúvida se o popular candidato de direita Marcelo Rebelo de Sousa será eleito no primeiro turno.

Em Portugal, o chefe de Estado tem funções fundamentalmente honorárias, mas dispõe de uma prerrogativa chamada de "bomba atômica": a de dissolver o Parlamento. Uma possibilidade nada banal levando em consideração a fragilidade da atual coalizão de poder de esquerda.

Segundo as pesquisas mais recentes, Marcelo Rebelo de Sousa, do Partido Social-Democrata (PSD), professor de Direito e analista político na televisão, receberia entre 52% e 55% dos votos e venceria a eleição no primeiro turno.

Seu principal adversário, o independente de esquerda António Sampaio da Nóvoa, obteria entre 17% e 22% dos votos e a ex-ministra socialista Maria de Belem Roseira ficaria com entre 8% e 13%.

No total, 10 candidatos estão na disputa, um número recorde para eleições presidenciais em Portugal.

Rebelo de Sousa, que tem grande popularidade além da esfera política graças a sua carreira de comentarista na televisão, realizou uma campanha personalista, sem cartazes ou panfletos, privilegiando o contato direto com os eleitores.

Para o cientista político José Antonio Passos Palmeira, Rebelo de Sousa "é um candidato de consenso com um discurso moderado, que capta votos entre a direita e a esquerda".

A dificuldade para a eleição no primeiro turno é o histórico índice elevado de abstenção nas eleições presidenciais em Portugal. Em 2011, a taxa alcançou de 53,48%.

Quase 9,7 milhões de portugueses estão registrados para votar até as 19H00 GMT (17H00 de Brasília). As primeiras estimativas devem ser divulgadas uma hora mais tarde, em função do fuso horário das ilhas Açores.

Caso nenhum candidato obtenha mais de 50% de votos, os dois primeiros colocados disputarão o segundo turno em 14 de fevereiro.

Rebelo de Sousa, 67 anos, tem o apoio oficial dos dois partidos de direita, PSD e CDS, mas tomou distância de dois partidos associados às impopulares políticas de austeridade da legislatura anterior.

"Não serei o presidente de nenhum partido", prometeu o especialista em Direito constitucional, que deseja ser "um árbitro acima das confusões".

Rebelo de Sousa é bastante diferente do atual presidente, Aníbal Cavaco Silva, que aos 76 anos chega ao fim do segundo mandato consecutivo.

O presidente conservador nunca escondeu as dúvidas a respeito de nomear um governo socialista apoiado no Parlamento por vários partidos de esquerda radical. A aliança, inédita em 40 anos de democracia em Portugal, conseguiu afastar do poder em poucos dias a coalizão de direita, que venceu as legislativas de 4 de outubro, mas sem maioria absoluta.

Ao contrário de Cavaco Silva, o "professor Marcelo" se mostra bastante conciliador com o governo de esquerda liderado por António Costa, seu ex-aluno na Faculdade de Direito de Lisboa.

Pela primeira vez as mulheres participam como candidatas em uma campanha eleitoral na Arábia Saudita, país ultraconservador do Golfo onde elas seguem submetidas a inúmeras restrições civis e políticas.

Precedidas de uma campanha de doze dias, as eleições municipais de 12 de dezembro são as primeiras da história do país abertas às mulheres como eleitoras e candidatas.

Estas eleições "nos darão confiança", já que "se queremos desenvolver ou reformar nosso país, temos que colocar as mulheres em todos os níveis de decisão", afirma Nasima al-Sadah, candidata em Qatif (leste).

O desafio é imenso neste reino que aplica uma versão rigorosa do Islã. A Arábia Saudita não tem sequer uma ministra e é o único país do mundo onde as mulheres não têm o direito de dirigir.

Também só podem sair em público se estiverem cobertas dos pés à cabeça, não podem trabalhar, casar ou viajar sem a autorização do marido ou de um homem da família.

Também não podem comer sozinhas em restaurantes.

Ainda assim, o rei Abdallah ensaiou durante seu reinado de dez anos (2005-2015) um tímido processo de abertura.

Após organizar as primeiras eleições municipais, Abdallah outorgou em 2011 às mulheres o direito ao voto e à elegibilidade. Dois anos depois, nomeou mulheres para o Majlis as-Shura, um conselho consultivo.

- Poucas eleitoras -

Sadah parece satisfeita com o número de mulheres candidatas às municipais, mas lamenta o "pequeno número" de eleitoras.

Ao todo, 900 mulheres figuram entre os 7.000 candidatos que competem por 284 conselhos municipais, segundo números da comissão eleitoral. Mas apenas 130.600 mulheres se inscreveram nas listas eleitorais diante de mais de 1,35 milhões de homens, sobre uma população de 21 milhões de habitantes.

Algumas mulheres lamentam os obstáculos burocráticos e a ignorância sobre a importância do processo eleitoral.

"Foi muito difícil me candidatar (como eleitora, ndlr)" e "tive que ir várias vezes para que meu nome fosse inscrito", conta Sahar Hasan Nasief, que concorrerá pela região de Yedá (oeste).

Ainda assim, esta professora universitária aposentada estima que esta é "uma das primeiras etapas a favor dos direitos das mulheres" e conta que até mesmo sua mãe, de 95 anos, se inscreveu para votar.

- "Difícil" vencer -

As candidatas têm um obstáculo a mais que os homens, já que a proibição de se misturar no reino as impede de falar com os eleitores do sexo oposto, sobretudo nos comícios.

Por exemplo, Sadah poderá falar frente a frente com suas eleitoras, mas será seu porta-voz que dirigirá uma reunião pública para os homens.

"Para nós é muito difícil chegar até nossos eleitores", ressaltou a candidata. Para tornarem-se conhecidas, deverão fazer uma campanha forte pelo Twitter e pelo Facebook.

Também poderão usar cartazes e distribuir panfletos, mas está proibido para as mulheres e os homens exibir suas fotos.

"Não posso prever minhas possibilidades de ganhar, mas farei meu melhor esforço", declarou Safinaz Abu-Alshamat, uma candidata de 33 anos na região de Meca.

"Sinceramente, já seria uma surpresa imensa se uma só mulher for eleita", estimou um diplomata ocidental.

Sadah acredita que pode sair vitoriosa, já que diz ter estabelecido uma relação de confiança com os eleitores de sua circunscrição. "Acreditam em mim", garante.

Mesmo se for eleita, não terá muito poder: as competências dos conselhos municipais se limitam à manutenção das ruas e parques, assim como a coleta de lixo.

O presidente islamita conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira que as mulheres não podem ser iguais aos homens e defendeu que o lugar da mulher na sociedade é a maternidade.

"Nossa religião definiu um lugar para as mulheres: a maternidade", disse Erdogan em Istambul, diante de um público majoritariamente feminino reunido para um evento sobre justiça e mulheres.

"Algumas pessoas entendem isso, outras não. Não é possível explicar isso às feministas, porque não aceitam a própria ideia de maternidade", acrescentou.

O chefe de Estado ressaltou que homens e mulheres não podem ser tratados da mesma forma porque "vai contra a natureza humana". "Não se pode pedir que uma mulher faça todos os tipos de trabalho que um homem faz", acrescentou.

O presidente provocou em diversas ocasiões a ira dos movimentos feministas turcos ao tentar limitar, sem sucesso, o direito ao aborto ou recomendar às mulheres que tenham ao menos três filhos.

[@#video#@]

A vitória da direita na eleição presidencial de Honduras é irreversível, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral do país. Com 67% das urnas apuradas, o candidato do partido conservador, Juan Hernández, do Partido Nacional do Governo, acumula 34% dos votos.

##RECOMENDA##

Mesmo assim, o Tribunal ainda não declarou o ganhador do pleito. A oposição rejeita os números oficiais e denuncia uma manipulação nos resultados. Centenas de simpatizantes de Xiomara Castro, candidata do Partido Libertad y Refundación, protestaram na capital hondurenha.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando