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O Papa Francisco, de 84 anos, recebeu a vacina contra a covid-19 nesta quarta-feira (13), no primeiro dia da campanha de vacinação organizada no Vaticano, informaram fontes da imprensa próximas ao pontífice argentino.

O papa foi vacinado "em um setor do átrio do Salão Paulo VI, especialmente preparado" para a aplicação das vacinas, garantiram o jornal argentino La Nación e a revista jesuíta American Jesuit Review America.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou o início da campanha de vacinação para os quase 5.000 residentes e funcionários do Vaticano.

O pontífice "recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech e foi um dos primeiros a ser imunizado", reportou o jornal argentino.

Francisco recebeu a primeira dose da vacina e, em três semanas, receberá a segunda, como prevê o imunizante para a covid-19. Nenhuma foto foi divulgada até agora.

Vários prelados, bispos e cardeais contraíram o vírus nos últimos meses, incluindo o cardeal Crescenzio Sepe, arcebispo de Nápoles, que cumpre isolamento após testar positivo para a doença.

O médico particular do papa por cinco anos, Fabrizio Soccorsi, morreu no sábado, aos 78 anos, após "complicações da covid-19", quando foi "hospitalizado por uma patologia relacionada ao câncer".

Francisco cancelou todas as suas viagens ao exterior desde o início da pandemia em março de 2020 e questionou a celebração de sua visita ao Iraque, marcada para os próximos 5 a 8 de março.

O Papa emérito Bento XVI, 93 anos, aposentado em um mosteiro dentro do Vaticano, também está entre os primeiros vacinados, segundo seu secretário particular, o arcebispo Georg Gänswein.

Nesta última terça (12), Pernambuco atingiu o pico de internação de pacientes com sintomas da Covid-19. Com 84% dos leitos de UTI da Saúde Pública tomados, o número representa a maior ocupação nos hospitais desde abril de 2020, no início da pandemia. 

De acordo com o levantamento, dos 957 leitos de UTI  separados pelo governo do estado exclusivamente para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), 804 deles estão ocupados. Segundo a Central Estadual de Regulação Hospitalar,  o pico de internações havia ocorrido nos dias 11 e 13 de junho de 2020, com 678 pessoas internadas nessas vagas. Em outubro, o número chegou a cair com 484 pacientes ocupando tais leitos. 

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Nesta quarta (13), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou 1.492 casos da Covid-19 em Pernambuco, totalizando  235.730 casos confirmados da doença - sendo 30.017 graves e 205.713 leves. Nos 12 primeiros dias de 2021, foram registrados 30 óbitos em decorrência do coronavírus. No total, 9.919 pessoas já morreram por Covid no estado, desde o início da pandemia. 



 

Os Estados Unidos passarão a exigir um teste negativo para o coronavírus Sars-CoV-2 para todos os viajantes internacionais a partir do dia 26 de janeiro, informou o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no fim da noite desta terça-feira (12).

O passageiro deverá ter realizado o teste em até três dias antes da partida de país de origem e depois precisará repetir o exame em um prazo de três a cinco dias após a chegada. As companhias aéreas serão as responsáveis por garantir que só embarquem pessoas com testes negativos.

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Se a pessoa não quiser apresentar o teste negativo ou documento que comprove que ele se curou da Covid-19, ou não quiser fazer um exame rápido no aeroporto, ele será impedido de embarcar.

"Os testes não eliminam todos os riscos, mas unidos a um período de isolamento e às precauções de todos os dias, como o uso de máscaras e distanciamento social, deverão tornar mais seguras as viagens e reduzir a difusão do vírus nos aviões, nos aeroportos e na chegada ao destino", disse o diretor do CDC, Robert R. Redfield.

As novas regras não alteram os passageiros que são permitidos nos Estados Unidos para viagens não essenciais. Por isso, os brasileiros continuam proibidos de entrar no país.

Da Ansa

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), aprovou nesta quarta-feira (13) uma lei que proíbe a vacinação obrigatória contra o coronavírus no estado.

A medida, que começou a ser discutida na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi publicada no Diário Oficial do estado.

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No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os estados e municípios têm autonomia para tornar a vacinação contra a COVID-19 obrigatória, mas por meios indiretos.

O presidente Jair Bolsonaro é contra a cumpulsoriedade da imunização. embora tenha assinado, no início de 2020, lei que permite a vacinação obrigatória.

De acordo com a lei sancionada por Caiado, "é assegurado à pessoa residente no Estado de Goiás o direito de não se submeter de forma compulsória à vacinação adotada pelo Poder Público para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da COVID-19".

Bolsonaro diz que não se vacinará

O autor do projeto é o deputado estadual Humberto Teófilo (PSL), que defende o direito da população não se vacinar.

No início da epidemia no Brasil, o governador goiano chegou a criticar Bolsonaro por suas posturas em relação ao isolamento social. Depois, os dois se reaproximaram. O presidente já afirmou várias vezes que não vai se vacinar e, em algumas ocasiões, questionou a segurança de imunizantes contra o coronavírus.

No momento, a Anvisa analisa documentação para liberar o uso emergencial das vacinas de Oxford e da CoronaVac. Ainda não há data fixada para o início da aplicação das doses no país, mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que a imunização começará ainda neste mês.

Da Sputnik Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta quarta-feira (13), mais 30 mortes e 1.492 casos de Covid-19 em Pernambuco. O estado contabiliza 9.919 mortes pela doença. 

Entre os casos confirmados nesta quarta-feira, 93 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 1.399 são considerados leves. 

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Pernambuco totaliza 235.730 casos confirmados de Covid-19, sendo 30.017 graves e 205.713 leves. Os 30 óbitos ocorreram entre 1º de dezembro e a última terça-feira (12).

O diretor da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), Nicola Magrini, afirmou nesta quarta-feira (13) que a vacina chinesa Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, deve ser submetida a análise na União Europeia.

Até o momento, o bloco já garantiu a compra de mais de 2 bilhões de doses de seis imunizantes contra o novo coronavírus, mas continua buscando ampliar seu portfólio para vacinar a população europeia o mais rápido possível.

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"É provável que a vacina chinesa [da Sinovac] também seja submetida ao juízo europeu. Será necessário ver se os dados correspondem ao rigor exigido, mas, uma vez avaliados os estudos, ela pode se tornar mais uma candidata", disse Magrini à emissora Radio 24.

"Se assim fosse, seria um mecanismo interessante para ambos [China e Europa]. Significa que caem muros e barreiras, que a pesquisa e a produção são verdadeiramente globais", acrescentou.

A Coronavac já foi aprovada para uso emergencial na China e na Indonésia e está sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.

O imunizante está sendo testado na população brasileira em parceria com o Instituto Butantan, que divulgou nesta terça-feira (12) uma eficácia global de 50,38% nos ensaios clínicos conduzidos no país, acima do mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e exigido pela Anvisa.

Além disso, a vacina apresentou eficácia de 78% na prevenção de casos sintomáticos leves de Covid-19 e 100% contra casos graves, embora este último dado ainda seja irrelevante do ponto de vista estatístico devido ao tamanho pequeno da amostra.

A União Europeia já fechou contratos com AstraZeneca/Oxford, Biontech/Pfizer, Curevac, Johnson & Johnson, Moderna e Sanofi/GSK e ainda negocia com Novavax e Valneva.

Da Ansa

Cuidados especiais para as pessoas com transtorno do espectro autista estão presentes em várias propostas analisadas pela Câmara durante a pandemia de Covid-19. Uma das primeiras leis aprovadas neste período prevê a obrigatoriedade no uso de máscara em todo o país (Lei 14.019/20), mas abre exceção no caso dos autistas e de outras pessoas com deficiências sensoriais. Essa lei surgiu do PL 1562/20, de autoria do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA).

Outro projeto de lei (PL 2551/20) tem foco na atenção especial aos autistas internados em hospitais e clínicas, como explica o autor do texto, deputado Coronel Armando (PSL-SC).

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“Apresentei inicialmente um projeto que permitia acompanhantes de pessoas com deficiência nos hospitais durante a pandemia. Isso visava que pessoas com autismo – que precisam de pessoas que as conheçam – fossem acompanhadas mesmo na pandemia. Esse projeto tem interesse e cunho social”, aponta.

Outros deputados estão preocupados em ampliar a oferta de tratamentos previstos na Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei 12.764/12). Os deputados Célio Studart (PV-CE) e Léo Moraes (Pode-RO), por exemplo, apresentaram proposta (PL 5226/20) para a inclusão de tratamentos experimentais nessa política nacional. O deputado Juninho do Pneu (DEM-RJ) propôs a obrigatoriedade de cobertura dos planos de saúde para tratamentos multidisciplinares (PL 2003/19), enquanto o deputado José Nelto (Pode-GO) tem proposta (PL 4657/20) para custeio integral das especialidades terapêuticas dos autistas por parte do Sistema Único de Saúde (SUS).

Menos burocracia

Pensando em reduzir a burocracia hoje imposta aos familiares e cuidadores, o deputado Da Vitoria (Cidadania-ES) apresentou projeto (PL 4065/20) para tornar permanente o laudo de diagnóstico do transtorno do espectro autista, que hoje depende de renovações e perícias periódicas, apesar de o transtorno acompanhar a pessoa por toda a vida.

Em 2019, a Câmara aprovou a proposta (PL 1712/19) que reforça o apoio da União a estados e municípios no cumprimento de projetos e programas específicos de atenção à saúde e à educação inclusiva dos autistas. Autor do texto, o deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO) lamenta que a proposta ainda não tenha tido a aprovação final do Senado.

“Hoje nós temos leis que tratam desse tema, e que são belíssimas, mas que precisam sair do papel e entrar na prática. É exatamente isto que o nosso projeto prevê: que os autistas possam ter políticas públicas e que o governo federal apoie essa causa tão nobre, que atinge a tantas pessoas.”

Também aguarda a votação final do Senado o projeto de lei (PL 1354/19) do deputado Célio Studart que garante aos autistas prioridade na tramitação de processos administrativos e judiciais. A lei considera pessoa com transtorno do espectro autista aquela com deficiência persistente e significativa da comunicação e da interação sociais e padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, entre outras características.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em meio a uma crise política que pode culminar no impeachment de Donald Trump, os Estados Unidos registraram nesta terça-feira (12) um novo recorde diário de mortes causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2.

Segundo o monitoramento da Universidade Johns Hopkins, foram contabilizados 4.327 óbitos em 24 horas, maior número para um dia em um único país desde o início da pandemia.

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Até o momento, os EUA somam 22,85 milhões de casos e 380.821 mortes por Covid-19, o que significa 25% de todos os contágios e 20% das mortes em todo o planeta. 

Da Ansa

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), vai entregar, nesta quarta-feira (13), às 14h, uma ala dedicada ao tratamento contra a Covid-19 no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI).

A nova ala vai contar, segundo a gestão municipal, com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados para as pessoas que contraírem a doença.

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Esses são os primeiros leitos ativados do anúncio feito pelo prefeito ainda na transição de que serão abertos 80 UTIs de Covid-19 no Hospital. Com as novas vagas, a gestão municipal passa a disponibilizar 130 leitos de terapia intensiva em funcionamento na rede de saúde.

Em meio a uma terceira onda incessante de coronavírus, a Irlanda passou, em questão de semanas, de um dos países mais eficazes na luta contra o coronavírus para o de maior taxa de transmissão do mundo.

Este pequeno país de cinco milhões de habitantes registrou apenas 2.397 mortes por Covid-19 e a forma como enfrentou as duas primeiras ondas da pandemia foi bastante elogiada.

Em dezembro, apresentava a menor taxa de incidência da União Europeia, sendo o primeiro país europeu a introduzir um segundo confinamento.

Mas passou a ocupar o primeiro lugar, à frente da República Tcheca e da Eslovênia, com 1.288 novos casos confirmados por milhão de habitantes na segunda-feira, segundo cálculos da Universidade de Oxford considerando uma média de sete dias.

De acordo com estatísticas oficiais, a Irlanda registrou pouco mais de 93.000 casos de coronavírus até 1º de janeiro, um número que já ultrapassou 155.000 (3.086 apenas na terça-feira).

Na terça, a Suíça anunciou uma quarentena para viajantes da Irlanda, enquanto o diretor de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, reconheceu que o país enfrenta "um dos maiores aumentos no número de casos" no mundo.

Segundo o serviço de saúde irlandês, os hospitais estão à beira do colapso com 1.700 infectados, quase o dobro do número registrado no pico da primeira onda.

Para combater este “tsunami” de infecções, nas palavras do primeiro-ministro Micheal Martin, a Irlanda lançou um terceiro confinamento após o Natal, com o fechamento de escolas, lojas, bares, restaurantes e hotéis.

A menos que estejam em uma tarefa "absolutamente essencial", as pessoas "não têm motivo para estar longe de casa", disse o chefe do governo.

- "Natal de verdade" -

Algumas semanas antes, a Irlanda havia sido um dos países que mais flexibilizou as restrições aos feriados de final de ano.

Bares, academias, salões de beleza e demais estabelecimentos "não essenciais" abriram em dezembro.

Segundo a mídia local, o relaxamento foi decidido contra as recomendações da equipe de cientistas que assessora o governo.

Assim, até três famílias diferentes puderam se reunir para que as pessoas pudessem ter um "Natal de verdade", nas palavras de Martin.

De acordo com um dos principais médicos do país, Tony Holohan, antes do Natal foi observado um nível de interação social comparável ao que existia antes da pandemia, o que favoreceu a disseminação do vírus.

Na Irlanda, também foram detectados muitos casos da variante do coronavírus descoberta no Reino Unido, até 70% mais contagiosa, segundo as autoridades de saúde britânicas.

Na primeira semana do ano, a nova variante representou 45% das amostras analisadas na Irlanda, segundo as autoridades deste país.

Na tentativa de conter a propagação, a República da Irlanda suspendeu os voos do Reino Unido até 9 de janeiro e exige um teste negativo de covid na chegada, medida que será implementada em todos os países a partir de sábado.

No entanto, alguns meios de comunicação destacaram o papel que a fronteira com a província britânica da Irlanda do Norte pode ter desempenhado contra seus esforços para impedir a disseminação da nova variante britânica.

Sob os termos do acordo de paz de 1998 para encerrar três décadas de combates sangrentos entre republicanos católicos e sindicalistas protestantes, a fronteira de quase 500 km permanece aberta.

Martin disse na segunda-feira que é "muito difícil" fechar essa fronteira e "muito simplista" culpar uma única região pela rápida disseminação do vírus.

A variante inglesa é quem tem chamado a atenção, mas é uma mutação presente em outras versões do coronavírus que preocupa verdadeiramente os cientistas do ponto de vista da vacinação contra a Covid-19, pois pode afetar sua eficácia.

Chamada de E484K, essa mutação é carregada por variantes que surgiram na África do Sul e mais recentemente no Brasil e no Japão, mas não pela variante inglesa, cuja expansão mundial está nas manchetes.

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Essa mutação, porém, "é a mais preocupante de todas" em termos de resposta imunológica, segundo Ravi Gupta, professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, entrevistado pela AFP.

As variantes são versões diferentes do coronavírus original, que aparecem com o tempo devido a várias mutações. Um fenômeno normal na vida de um vírus, porque as mutações ocorrem quando ele se replica.

Muitas mutações do Sars-CoV-2 foram observadas desde o seu aparecimento, a grande maioria sem consequências. No entanto, algumas podem dar a ele uma vantagem para sua sobrevivência, incluindo maior transmissibilidade.

As variantes que surgiram na Inglaterra, África do Sul e Japão (este último via viajantes do Brasil) compartilham uma mutação chamada N501Y. Localizada na proteína spike do coronavírus (um pico que permite sua entrada nas células), essa mutação é suspeita de tornar essas variantes mais contagiosas.

Suspeitas de natureza diferente pesam sobre a mutação E484K. Testes de laboratório mostraram que ela parecia capaz de reduzir o reconhecimento do vírus pelos anticorpos e, portanto, sua neutralização.

- "Evasão imunológica" -

“Como tal, pode ajudar o vírus a contornar a proteção imunológica conferida por uma infecção anterior ou pela vacinação", explica o prof. François Balloux, da University College London, citado pela organização britânica Science Media Centre.

É essa perspectiva de "evasão imunológica" que preocupa os cientistas, com a questão da eficácia das vacinas em vista.

Em 8 de janeiro, BioNTech e Pfizer, fabricantes da principal vacina administrada no mundo, confirmaram que ela era eficaz contra a mutação N501Y.

Mas suas verificações em laboratório não se concentraram na E484K. Não são, portanto, suficientes para concluir que a eficácia da vacina será a mesma contra as variantes que a carregam e contra o vírus clássico.

Além disso, um estudo publicado em 6 de janeiro descreve o caso de uma mulher brasileira doente com covid em maio, depois reinfectada em outubro por uma variante portadora da mutação E484K.

Essa segunda infecção, mais grave que a primeira, pode ser um sinal de que a mutação causou uma resposta imunológica mais fraca na paciente.

No entanto, nada indica que a E484K é suficiente para fazer variantes resistentes às vacinas atuais, dizem os cientistas.

- "Início dos problemas" -

De fato, mesmo que esse alvo seja menos bem reconhecido pelos anticorpos, outros componentes das variantes permanecerão, em princípio, ao seu alcance.

"Mesmo se diminuir a eficiência, normalmente ainda terá uma neutralização do vírus", disse à AFP Vincent Enouf, do Centro Nacional de Referência para Vírus Respiratórios do Instituto Pasteur em Paris.

"Não acho que essa mutação por si só seja problemática para as vacinas", acrescenta o imunologista Rino Rappuoli, pesquisador e responsável científico da gigante farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), entrevistado pela AFP.

Ele co-assinou um estudo publicado em 28 de dezembro. Seu objetivo era observar em laboratório o surgimento de uma variante, colocando o vírus na presença do plasma de um paciente curado da covid por várias semanas.

Após menos de três meses, uma variante resistente aos anticorpos apareceu. Ela carregava três mutações, incluindo E484K. "Devemos desenvolver vacinas e anticorpos capazes de controlar as variantes emergentes", conclui o estudo.

A mutação E484K "pode ser o início dos problemas" das vacinas, avalia o professor Gupta.

"Nesta fase, todas devem ser eficazes, mas o que nos preocupa é a perspectiva de futuras mutações que se somariam às que já estamos vendo", observa ele, apelando "a vacinar o mais rápido possível todos os lugares do mundo".

Diante do surgimento de novas variantes, vários laboratórios garantiram que seriam capazes de fornecer rapidamente novas versões de suas vacinas, se necessário.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, se tornou nesta quarta-feira (13) a primeira pessoa do país a receber a vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2. O político foi imunizado com uma dose da CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac.

Widodo, que é mais conhecido como "Jokowi", foi vacinado na capital Jacarta junto com seu ministro da Saúde e outros altos funcionários, além de empresários e líderes religiosos.

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Depois de receber a dose da vacina, que foi transmitida ao vivo pela televisão, o presidente disse rindo que "não sentiu nada".

"A vacinação é importante para quebrar a cadeia de contaminações e proteger a saúde de todos nós, além de dar segurança para todos os indonésios. Isso também ajudará a acelerar a recuperação econômica", disse Widodo a repórteres.

Segundo os testes realizados no país asiático, a Indonésia revelou que a CoronaVac possui eficácia de 65,3%, número maior do que a registrada no Brasil (50,38%). Já em dezembro, a Turquia informou que a vacina da Sinovac tem 91,25% de eficácia na prevenção da Covid-19.

Em seu programa de vacinação, a Indonésia seguirá um caminho diferente dos outros países. Em vez de imunizar primeiros os idosos, começará pelos cidadãos com idades entre 18 e 59 anos, dando início pelos trabalhadores da área da saúde e depois para funcionários públicos.

Amin Soebandrio, consultor do governo, afirmou à "BBC" que o objetivo é vacinar as pessoas que "podem espalhar o vírus".

A nação so sudeste asiático, que tem quase 270 milhões de habitantes, assinou acordos para obter por volta de 300 milhões de doses de vacinas de uma série de empresas farmacêuticas, incluindo AstraZeneca, Pfizer e fornecedoras chinesas, como a Sinopharm.

A Indonésia já relatou quase 850 mil casos de Covid-19 e 24,6 mil mortes, mas as baixas taxas de testes para doença podem indicar que o impacto do novo coronavírus pode ser maior do que os números sugerem. 

Da Ansa

Bruce Willis passou por um constrangimento ao circular sem máscara de proteção individual, no último domingo (10). O ator foi convidado a retirar-se de uma farmácia, em Los Angeles, por descumprir o protocolo de segurança sanitário e desculpou-se, em seguida, através de um comunicado enviado à imprensa.

O astro de Hollywood tentava fazer compras em uma farmácia mas, ao ser flagrado sem a máscara por outros clientes, acabou levando uma advertência. Bruce foi convidado a deixar o estabelecimento e improvisou o item de segurança cobrindo o rosto com um lenço.

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Em comunicado enviado à revista People, Willis pediu desculpas pelo comportamento e reforçou a importância de promover um cuidado coletivo à saúde. “Foi uma decisão errada. Se mantenham seguros e vamos continuar usando máscaras”. 

Com 12 pacientes em recuperação da Covid-19, a Administração de Fernando de Noronha informa que não registrou novos casos da doença na noite dessa terça-feira (12). O boletim reforça que nenhuma morte em razão do vírus foi confirmada na ilha.

Ao todo, Noronha já notificou 344 casos, divididos em 263 considerados locais e 81 importados. Em relação ao índice de curas clínicas, 332 contaminados conseguiram se recuperar.

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A China anunciou nesta quinta-feira (noite de quarta, 13, no Brasil) a primeira morte por Covid-19 em oito meses, enquanto o país tenta frear novos surtos com 'lockdowns' e se prepara para a chegada de especialistas da Organização Mundial da Saúde para estudar a origem da pandemia.

A Comissão Nacional da Saúde não deu detalhes sobre o falecimento desta nova vítima do coronavírus, exceto que ocorreu na província de Hebei, onde o governo confinou várias cidades. A última morte por Covid-19 na China remontava a maio de 2020.

De acordo com o balanço oficial, 4.635 pessoas morreram no país de covid-19, vírus que já causou quase 2 milhões de mortes no mundo.

Uma equipe formada por 10 pesquisadores da Organização Mundial da Saúde planeja chegar ao país nesta quinta-feira para investigar a origem da pandemia em Wuhan (região central da China), onde o vírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019.

As autoridades chinesas anunciaram 138 novos casos na quinta-feira. Este é o maior saldo diário desde março passado.

Um pesquisador brasileiro confirmou que a variante do coronavírus detectada em viajantes japoneses que passaram pela região amazônica provém de uma linhagem que provavelmente circula no Brasil desde dezembro.

As autoridades japonesas informaram nesta terça-feira (12) que tentaram isolar a nova variante do coronavírus, detectada em quatro pessoas que vieram do Brasil, para analisá-la melhor.

"Isso poderia levar entre várias semanas e vários meses" e "portanto é difícil dizer agora quando poderemos dar detalhes", disse à AFP um encarregado do Ministério da Saúde japonês.

A variante foi detectada em dois adultos e duas crianças que chegaram ao Japão em 2 de janeiro, provenientes do Brasil, sem que se saiba até o momento se é mais contagiosa ou perigosa do que as já conhecidas.

A mulher e uma das crianças, um menino, tiveram sintomas moderados. Uma menina, está assintomática. Mas o quarto contagiado, um homem na faixa dos 40 anos, foi hospitalizado com dificuldade para respirar.

O cientista brasileiro Felipe Naveca, que trabalha com a renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirmou que esta variante do Sars-Cov-2, constitui uma evolução "de uma linhagem viral do Brasil, que circula no Amazonas", que foi "denominada provisoriamente B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y)".

"Os achados apontam, ainda, que a mutação detectada na variante B.1.1.28 é um fenômeno recente, provavelmente ocorrido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021", destacou a Fiocruz em um comunicado.

"O pesquisador informa que em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) e o com o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) está conduzindo um levantamento genômico de indivíduos recentemente infectados com Sars-CoV-2 no Amazonas, com o objetivo de detectar a circulação dessa linhagem no estado", acrescentou.

No fim de semana, o Japão notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre esta nova variante.

"Quanto mais a Covid-19 se espalhar, mais possibilidades há de que continue evoluindo (...) A transmissibilidade de algumas variantes do vírus pode estar aumentando", comentou na segunda-feira o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Todas as mutações de um vírus não são necessariamente contagiosas ou perigosas.

Mas as descobertas, em dezembro, de uma variante de covid-19 altamente contagiosa no Reino Unido e de outra na África do Sul causaram grande preocupação em todo o mundo, chegando a gerar dúvidas sobre a eficácia das vacinas frente a uma possível forma ultrarresistente do coronavírus.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID, na sigla em inglês) informou que a variante descoberta no Japão tem semelhanças com as do Reino Unido e da África do Sul.

Candidatos diagnosticados com o novo coronavírus ou quaisquer doenças infectocontagiosas previstas no edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2020, deverá comunicar sua condição, por meio da Página do Participante, até um dia antes da prova para participar da reaplicação que ocorrerá nos dias 23 e 24 de fevereiro. Caso o diagnóstico ocorra no dia da prova, o participante deverá ainda relatar sua condição por meio do telefone 0800-6161-61.

Nesses casos, os inscritos devem seguir esse procedimento para que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Exame, analise uma possível participação na reaplicação. O resultado da solicitação pode ser consultado, também, na Página do Participante.

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Constam, no edital, as seguintes doenças infectocontagiosas: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e Covid-19. “É importante destacar que os participantes que apresentarem sintomas na véspera ou no dia da prova não deverão comparecer ao Exame, primando pela segurança e pela saúde coletiva”, reforça o Inep.

Para a análise da possibilidade de reaplicação, o estudante deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, devem constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde ou de órgão competente, assim como a data do atendimento.

O Inep reforça que os participantes devem seguir uma série de protocolos de segurança relacionados à Covid-19. Dentre essas medidas estão o uso de álcool em gel nas salas e a obrigatoriedade do uso de proteção facial durante a prova.

Vale ressaltar que as máscaras serão verificadas pelos fiscais para evitar possíveis infrações. O Enem impresso será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 e a versão digital nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021. Confira mais informações sobre a reaplicação e todas as recomendações de segurança exigidas nos editais disponíveis na Página do Participante.

De acordo com pesquisadores do Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), a situação brasileira no que diz respeito à vigilância genômica do Sars-CoV-2 (novo coronavírus) está deixando a desejar.

Darlan Cândido, que é integrante do CADDE, revelou à Revista Galileu que o Brasil sequenciou "apenas 0,024% dos casos confirmados da Covid-19 no país". Essa porcentagem foi calculada pelo pesquisador com base nos dados da Universidade Johns Hopkins.

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O país fica para trás quando comparado com outros países emergentes, entre eles Índia (0,042%), México (0,096%) e África do Sul (0,256%). 

Além desse pouco sequenciamento, Darlan aponta que o Brasil distribuiu mal as suas informações, tanto em relação ao tempo quanto ao espaço. O pesquisador relatou à revista que mais de 75% das sequências disponíveis atualmente no país vêm da região Sudeste.

"Isso limita muito o entendimento do que está acontecendo no restante do país. Além disso, a maior parte dos dados foi gerada no primeiro semestre de 2020", revela.

Cândido complementa dizendo que somente 8% das sequências genômicas da Covid-19 foram publicadas entre os meses de agosto e dezembro, "tornando impossível saber, por exemplo, há quanto tempo a nova variante está circulando no país e o quão disseminada ela está", revela.

Os pesquisadores apontaram à Galileu que a dificuldade na importação de reagentes usados no sequenciamento genômico, o custo dos insumos e equipamentos, além da falta de profissionais para esse tipo de trabalho - fora da região Sudeste - podem ser algumas das explicações para essa dificuldade de sequenciamento e publicação no país.

Nesta terça-feira (12), o Instituto Butantan e o Governo de São Paulo informam que a vacina contra o novo coronavírus obteve 50,38% de eficácia global no estudo clínico desenvolvido no Brasil, além de proteção de 78% em casos leves e 100% contra casos moderados e graves da COVID-19. Todos os índices são superiores ao patamar de 50% exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o Governo de São Paulo, os resultados foram submetidos a um comitê internacional independente e já estão com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que analisa o pedido de uso emergencial do imunizante no Brasil. A pesquisa envolveu 16 centros de pesquisa científica em sete estados e o Distrito Federal. O teste duplo cego, com aplicação da vacina em 50% dos voluntários e de placebo nos demais, envolveu 12,5 mil profissionais de saúde.

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O estudo verificou que a menor taxa foi registrada em casos de infecções muito leves, considerados score 2 e verificados em pacientes que receberam placebo. De uma amostragem de 9,2 mil participantes, 85 dos casos muito leves foram de pessoas que receberam vacina, e 167 em voluntários que tomaram placebo.

Já o resultado de eficácia dos casos leves, classificado como score 3, em pacientes que precisaram receber alguma assistência, foi de 77,96%, sendo que sete pessoas haviam recebido a vacina, e outras 31, placebo.

Ainda conforme explicado pela assessoria do Governo de São Paulo, para os casos moderados e graves que necessitaram de hospitalização, a eficácia foi de 100%. Nenhum paciente infectado que recebeu a vacina do Butantan precisou de internação. Entre os que tomaram placebo, houve sete pacientes que precisaram de internação.

Todo os voluntários são profissionais de saúde, com risco muito alto e contínuo de exposição ao coronavírus. Eles receberam duas doses da vacina, com intervalos de duas semanas entre cada aplicação. A pesquisa também demonstrou que o imunizante é extremamente seguro – nenhuma reação adversa grave foi registrada entre os participantes.

O Instituto Butantan confirma que já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. Até o final do mês de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto é estimada em 46 milhões de doses. O Plano Estadual de Imunização, em São Paulo, tem início previsto para o próximo dia 25.

Viver com a certeza de que está com a Covid-19 é tarefa difícil para os que têm diagnóstico confirmado. Mas e quando você apresenta os sintomas, faz o teste e não consegue confirmar se está infectado porque espera há 24 dias pelo resultado - que ainda não foi divulgado? Essa é a realidade de Lidiane Gomes Pereira e de seu esposo João Paulo Maciel Araújo.

Eles fizeram o teste no dia 19 de dezembro do ano passado, no Centro de Convenções, localizado em Olinda, Região Metropolitana do Recife. Lidiane lembra que, no dia que fez o teste, estava apenas com dor na garganta. No entanto, o seu marido apresentava mais sintomas: febre, coriza, dor de cabeça e tosse.

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Dias depois de fazer o teste, Lidiane Gomes precisou ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento por conta da piora de sua saúde. "No dia 26 (de dezembro) eu fui para a UPA com dificuldade para respirar e acabei ficando no isolamento, onde basicamente só tinha idosos com Covid-19. Bate umas paranoias do tipo: se eu não tinha, peguei agora", explica.

Diante desses sintomas e sem o resultado dos teste, o casal preferiu ficar em isolamento, mesmo sem a confirmação da Covid-19. Lidiane confirma que já entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco por três vezes pelo e-mail, mas escuta um pedido de desculpas pela demora e a instrução de que deve tentar no outro dia, depois das 15h. “Já cheguei a ir pessoalmente atrás do resultado que, segundo eles, saia com 10 dias úteis”, pontua a paciente.

Em resposta ao LeiaJá, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) disse que desde o início da pandemia tem trabalhado para ampliar a capacidade de testagem da população, assim como o processamento das amostras coletadas de pacientes suspeitos para o novo coronavírus.

A SES compara que, no final de março de 2020, a rede pública conseguia analisar, por semana, cerca de 770 exames de biologia molecular (RT-PCR). Contudo, agora esse quantitativo subiu para 21 mil por semana apenas no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), além de mais 5,5 mil testes semanais processados nas unidades parceiras da rede.

A Secretaria de Saúde garante que após dar entrada no Lacen, as amostras são liberadas em até 72h. Mas, ressalta que os casos mais graves são priorizados. 

"Com a ampliação da população prioritária para testagem, assim como da abertura de novos centros estaduais de testagem, houve aumento da demanda de amostras recebidas pelo Lacen. Por isso, além das parcerias firmadas pela SES com outros serviços da rede, como a Fiocruz PE e UFPE, o Lacen também tem enviado material para outros laboratórios de referência do País ligados ao Ministério da Saúde", salienta a SES. 

A Secretaria Estadual de Saúde complementa que o prazo para recebimento dos resultados dessas amostras encaminhadas para outros Estados têm sido maior pela dinâmica de cada estabelecimento. 

Para otimizar a dinâmica de entrega de resultados de exames feitos nos centros de testagem estaduais, a SES-PE aponta que montou uma central de atendimento para envio dos resultados. A população pode entrar em contato com a central a partir do sétimo dia após o exame pelo (81) 3184.0008 ou 3184.0012, de segunda a sexta, das 8h às 17h, evitando deslocamento até os centros de testagem.

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