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É chato falhar. Ninguém gosta. Nossa sociedade se constituiu sobre a premissa de que todos precisamos acertar sempre, ser perfeitos e jamais demonstrar fraqueza. Esta é uma das grandes falhas na formação de nosso pensamento coletivo. Isso porque o erro também pode ser positivo e bastante frutífero. Ocorre que, ao errar, você pode ter dois posicionamentos: o pessimista, de que o erro é uma falha grave, uma vergonha; ou o otimista, enxergando uma oportunidade de aprender e crescer.

Não se engane. O erro, a falha e a perda são presenças constantes na vida de qualquer empreendedor, desde os mais experientes até os mais iniciantes. Não se pode evitar completamente os erros, apesar de ser possível e necessário ter a consciência de evitá-los. Mas é possível aprender com eles. Lembre-se que Thomas Edison falhou mais de dez mil vezes antes de conseguir inventar a lâmpada. Se ele encarou como dez mil derrotas? Não. Ele aprendeu dez mil maneiras diferentes que não deram certo. E é nisso que se deve focar. Erros trazem ensinamentos poderosos. Faz-se, portanto, necessário refletir, estudar e tirar conclusões sobre essas falhas, de modo a elucidar motivos e alternativas para não voltar a cometer tais deslizes novamente.

Também é atribuída a Edison a frase que prega que “muitas das falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem”. O que mostra a importância de não desistir dos objetivos nos primeiros obstáculos. Esse comportamento pessimista é comum a muitas pessoas, por acharem que não vale a pena persistir em um propósito. Pelo contrário, é quando os percalços surgem que se precisa desenvolver a coragem e, principalmente, a resiliência para enfrentar as adversidades. De um tropeço, pode surgir a força de vontade necessária para correr mais, subir mais, desenvolver-se mais.

Muitas vezes, nos deixamos dominar pela negatividade, mas esta é uma prática extremamente nociva. O pensamento negativo é como uma âncora, que arrasta para baixo e prende no lugar, não permitindo a evolução ou mudança de condição. Já o mindset positivo liberta e impulsiona, sendo uma ferramenta essencial para o sucesso.

Quando se erra, sempre se pode aprender. As pedras do caminho acabam se tornando degraus de crescimento. Cabe a cada um saber enxergar essas experiências da melhor forma. Você tem poder sobre sua mente, portanto, direcione-a para a positividade. Assim, verá como terá um desempenho muito melhor em tudo a que se propor. De que lado você está? Eu prefiro sempre olhar o viés positivo de toda situação.

A pandemia mudou a cara do e-commerce brasileiro. A transformação ocorreu não só por conta da aceleração nas vendas, mas também nos tipos de produtos mais vendidos e até no jeito de operar, agora bem mais descentralizado. Se em 2019 os eletroeletrônicos foram as vedetes de vendas, com a pandemia os itens de supermercados ganharam a dianteira e viraram a grande aposta dos gigantes do varejo online em 2020.

"Em 2019, o celular era o item mais vendido no nosso site e, em 2020, os hortifruti ficaram entre os dez mais", afirma Raoni Lapagesse, diretor de Relações Institucionais da B2W. A varejista, uma das maiores do e-commerce, faturou R$ 18,5 bilhões de janeiro a setembro entre todos os produtos, próprios e de terceiros, com crescimento de 53% ante 2019. O executivo conta que a categoria supermercado era muito pequena dentro da companhia e, "da noite para o dia, tornou-se uma frente importantíssima".

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Em janeiro de 2020, a B2W comprou o Supermercado Now, uma empresa online do setor. Em abril, já na pandemia, lançou o Americanas Mercado e fechou parcerias com as redes Carrefour e Big para ter cobertura nacional nas vendas de alimentos. Com isso, a categoria supermercado foi o grande destaque do terceiro trimestre nos resultados da empresa.

As vendas desse segmento cresceram nove vezes em relação a igual período de 2019. Em número de itens, os produtos de supermercados foram os mais comercializados nos últimos dois trimestres até setembro.

Por conta desse desempenho, a companhia decidiu apostar em bicicletas elétricas para conseguir entregar um volume maior de compras de alimentos e bebidas, itens de consumo imediato, num prazo mais curto, de até 3 horas.

O projeto começou com apenas 50 bicicletas elétricas no Rio e São Paulo pela pequena oferta dessas bikes no mercado, diz Lapagesse. Com capacidade de transportar 180 quilos, um volume muito maior do que uma bike comum, a bicicleta elétrica cargueira se encaixa perfeitamente nessa nova frente de negócios, além de ter uma pegada sustentável.

O Magazine Luiza, gigante do varejo que teve no terceiro trimestre mais da metade do faturamento vindo do e-commerce, tinha planos de entrar no segmento de supermercado, porém não em 2020, conta Bernardo Leão, diretor de novos negócios. Com a pandemia, enxergou na venda desses itens uma oportunidade e antecipou o projeto.

Em março, em menos de dez dias, a varejista ingressou no segmento de supermercados. "Hoje é a categoria número um em itens vendidos. No terceiro trimestre foram mais de 5 milhões de pedidos", conta Leão.

O Magalu opera nessa categoria com estoque de terceiros e também próprio, comprando diretamente da Unilever, P&G, Coca-Cola e Ambev, por exemplo. "Mais que dobramos o número de marcas em relação aos três primeiros meses do ano."

Custos

Não foi por acaso que grandes empresas do varejo online decidiram investir no segmento de supermercados. Ele representa ainda cerca de 1% do total das vendas do e-commerce como um todo, mas tem potencial para alavancar os negócios.

Como a compra de alimentos e bebidas é recorrente, isto é, se repete de duas a três vezes por mês e com frequência muito maior do que em eletroeletrônicos e vestuário, ela acaba sendo um caminho para o varejista online oferecer produtos de maior valor. "É aí onde se ganha dinheiro", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Além disso, essa é uma via para ampliar a base de consumidores.

Depois da logística, uma das maiores despesas do e-commerce é o chamado custo de aquisição de clientes (CAC). Isto é, são os gastos com anúncios online para fisgar novos consumidores. Com a pandemia, essa despesa foi reduzida drasticamente, afirma Felipe Dellacqua, sócio da Vtex, empresa que provê plataforma de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do País.

"Antigamente era como se existisse um lago com pouco peixe, onde era mais difícil e caro pescar", compara Dellacqua. Mas, com as restrições do isolamento devido à pandemia, passou a existir abundância de consumidores navegando pelo canal digital e ficou muito mais fácil e barato capturá-los, observa.

Só no primeiro semestre de 2020, 7,3 milhões de consumidores ingressaram no e-commerce. É quase a mesma quantidade de novos brasileiros que passaram a fazer compras online no ano inteiro de 2019.

No primeiro semestre de 2020 existiam no Brasil 41 milhões de e-consumidores, número 40% maior do que em igual período do ano anterior, aponta o relatório Webshoppers, da Ebit/ Nielsen.

Reféns do isolamento social, esses brasileiros mudaram o hábito de compras e provocaram um salto nas vendas online. Entre março e setembro de 2020, o volume de vendas do varejo virtual cresceu 45% na comparação com igual período do ano anterior, apontam dados da Receita. "A pandemia trouxe a escala que faltava para o e-commerce começar a dar dinheiro", afirma Terra.

Essa também é a análise de Dellacqua. A mudança diz respeito não só ao crescimento do volume das vendas online, mas também à redução de custos. O ingresso no segmento de supermercados e a adoção de novas configurações diminuíram gastos importantes. As lojas físicas, por exemplo, passaram a ser usadas com mais frequência como mini centros de distribuição ou pontos de retirada de compras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ter registrado queda em agosto e setembro, a produção industrial pernambucana voltou a se recuperar em outubro, com alta de 2,9%, a segunda maior entre as 15 localidades pesquisadas, atrás somente do Paraná (3,4%). Pernambuco teve desempenho acima da média brasileira, de 1,1%, e voltou a superar os índices pré-pandemia. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais seis locais tiveram índice positivo em outubro: Santa Catarina (2,8%), Região Nordeste (1,7%), Mato Grosso (1,1%), Ceará (0,5%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (0,4%).

Na comparação entre outubro de 2020 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco também tem o segundo melhor resultado nacional: 7,2%, superada apenas por Santa Catarina (7,6%). A média brasileira, por sua vez, foi de 0,3%, próxima à estabilidade. Ceará (6,1%), Amazonas (5,2%), Pará (4,9%), Paraná (4,8%), Rio Grande do Sul (2,6%), São Paulo (2,1%) e Minas Gerais (1,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção. Já Mato Grosso (-11,7%) e Goiás (-9,6%) apontaram os recuos mais intensos e Espírito Santo (-7,6%), Bahia (-6,5%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Região Nordeste (-0,2%) mostraram as demais taxas negativas no mês.

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Foi no acumulado do ano que Pernambuco teve o melhor resultado entre todos os estados e regiões pesquisadas, com 2,4% de crescimento na produção. Mais três localidades tiveram índices positivos: Rio de Janeiro (1,4%), Goiás (0,7%) e Pará (0,1%). Taxas negativas foram registradas no Espírito Santo (-17,0%), Ceará (-9,8%), Rio Grande do Sul (-9,0%) e Amazonas (-8,9%). São Paulo (-8,2%), Santa Catarina (-7,8%) e Bahia (-6,9%), que tiveram númerossuperiores aos da média nacional (-6,3%). Paraná (-6,0%), Minas Gerais (-5,8%), Região Nordeste (-5,0%) e Mato Grosso (-4,6%) também apresentaram queda.

Enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi negativo tanto no Brasil (-5,6%) quanto em 12 dos 15 locais pesquisados), Pernambuco foi um dos três estados que tiveram índice positivo, de 1,7%, superado pelo Rio de Janeiro (2,5%), e à frente de Goiás (1%). Espírito Santo (de -19,4% para -18,3%), Santa Catarina (de -7,6% para -6,8%), Pará (de -0,8% para -0,1%), Ceará (de –8,2% para -7,6%), Pernambuco (de 1,1% para 1,7%) e Minas Gerais (de -7,1% para -6,7%) mostraram os principais ganhos entre setembro e outubro de 2020. Goiás (de 3,1% para 1,0%), Mato Grosso (de -3,2% para -4,6%), Rio de Janeiro (de 3,6% para 2,6%) e Bahia (de -5,7% para -6,2%) registraram as perdas mais acentuadas entre os dois períodos.

Indústria geral em Pernambuco

Em outubro de 2020, a produção industrial pernambucana viu a maior parte dos setores que tinham registrado redução na produção ao longo da pandemia apresentarem tendência de recuperação. Das 12 seções e atividades industriais cobertas pela PIM-PF no estado, apenas Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores teve queda no mês de outubro em comparação ao mesmo período no ano anterior, com -2,3%. O segmento também é responsável pelos piores índices no acumulado do ano (-72%) e no acumulado dos últimos 12 meses (-75,9%).

Em um cenário positivo da indústria em outubro de 2020 com relação a outubro de 2019, os destaques do mês são a Metalurgia, com a maior alta (26,1%), seguida pela Fabricação de produtos têxteis (19%) e pela Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, com avanço de 14,6%. A fabricação de Minerais não-metálicos e de Borracha e material plástico também tiveram altas que superaram os 10%.

Outro setor importante para a indústria do estado e que teve desempenho positivo é a Fabricação de produtos alimentícios. Embora a variação percentual registrada em outubro, de 4,3%, tenha sido uma das menos altas do mês, o segmento teve o melhor desempenho tanto no acumulado do ano (12,3%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (12,1%).

*Do IBGE.

A taxa de desocupação no Pará chegou a 10,9% no terceiro trimestre do ano, uma alta de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (9,1%). O número de desempregados atingiu 405 mil, ou seja, mais 81 mil desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no Estado.

O nível da ocupação (relação entre pessoas ocupadas e pessoas em idade de trabalhar) ficou em 48,9%, mostrando estabilidade na comparação com o trimestre anterior (48,1%), mas apresentando queda de 3,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (52,5%). O número de ocupados foi 3,3 milhões, 155 mil pessoas a menos do que o registrado no mesmo trimestre de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e referem-se ao trimestre de julho, agosto e setembro de 2020.

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Entre os Estados brasileiros, o Pará tem o segundo menor percentual de empregados do setor privado com carteira assinada (53,9%), perdendo apenas para o Maranhão (51,3%). A média brasileira é de 76,5% de empregados com carteira assinada, o que significa que no Pará a oferta por empregos formais é significativamente menor do a que se observa no resto do Brasil.

A taxa de informalidade reafirma a realidade do estado: enquanto no Brasil a média é de 38,4% da população ocupada nessa condição, no Pará o índice sobe para 60,9%. Esse resultado coloca o Pará na posição de estado com maior número de trabalhadores informais do Brasil, registrando cerca de dois milhões de pessoas nessa condição.

O percentual de trabalhadores por conta própria no Pará ficou 6 pontos percentuais acima da média brasileira, atingindo 32,4%.

Da assessoria do IBGE.

 

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 mostram que 15 estados tiveram aumento do volume acima da média nacional de 1,8%. A maior alta foi no Amazonas (5,1%) e Sergipe foi a única unidade da federação que perdeu volume do PIB, com uma queda de 1,8% no quarto ano seguido de resultado negativo. Nos outros estados, as altas ficaram abaixo do índice nacional.

Os dados integram as Contas Regionais 2018, publicadas nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são elaboradas em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

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De acordo com o IBGE, com o maior crescimento de volume, o Amazonas é um exemplo do bom resultado do Norte do país, região onde houve a maior elevação em volume do PIB (3,4%). Entre os cinco primeiros do ranking, estão os estados nortistas de Roraima (4,8%) e de Rondônia (3,2%).

Para o técnico do instituto Luiz Antônio de Sá, fatores diferentes contribuíram para o crescimento em cada um desses estados. No Amazonas, que tem um perfil considerado atípico na região, em consequência da forte influência da atividade de indústrias de transformação, o segmento de equipamentos de informática influenciou o avanço de 8,8% na passagem de 2017 para 2018. “Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, afirmou.

O perfil de Roraima é mais concentrado nas atividades de serviço, que impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública, tiveram alta de 4,4%. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, disse o técnico.

No outro destaque da região, Rondônia também registrou crescimento nas atividades industriais (4,8%), impulsionado pela geração de energia elétrica. Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) completam o ranking dos cinco primeiros estados com melhor desempenho.

Perdas

Questões de condição climática adversas em 2018 e o desempenho econômico contribuíram para o resultado negativo em Sergipe, que teve queda 1,8%, no quarto ano seguido com resultado negativo. . “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, disse Sá.

Ainda no estado, as atividades de serviços também influenciaram o desempenho abaixo da média nacional e contribuíram para a queda. Esse é o grupo de atividade que mais cresceu na economia nacional e foi muito influente, sobretudo em estados com indústria menos desenvolvida, como é o caso do Sergipe. O índice sergipano ficou abaixo da média nacional (2,1%), crescendo 0,2%. Mesmo não sendo tão influente no estado, a indústria também não contribuiu e teve recuo de 2,6%.

As Contas Regionais 2018 mostram ainda que alguns estados perderam participação no PIB nacional, como é o caso de São Paulo com menos 0,6 ponto percentual do total do país. Foi o segundo ano consecutivo, que a unidade da federação registrou a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo”, observou o técnico do IBGE.

Conforme o instituto, entre as atividades que contribuíram para a perda de participação de São Paulo, houve destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. O estado representa mais de 50% do total nacional da atividade. “Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmente, por conta da diminuição das taxas de juros.”

Sudeste

A pesquisa mostrou também que a Região Sudeste, que é a mais habitada do país, foi a única com variação em volume inferior (1,4%) ao índice nacional. Nessa região, apenas o Espírito Santo (3%) cresceu acima da média nacional. Além do Norte (3,4%), houve avanço no Centro-Oeste (2,2%) e no Sul (2,1%). Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).

O IBGE destacou que, mesmo com crescimento abaixo da média, o Sudeste aumentou sua participação na economia brasileira em 2018. Saiu de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional. A elevação tem relação com os desempenhos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo.

A Região Sul, por causa da contribuição de Santa Catarina, também avançou sua participação, com 0,1 ponto percentual. Já as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com queda de 0,1 ponto percentual cada, perderam participação no PIB.

Renda

A remuneração dos empregados, principal componente do indicador de renda, perdeu participação, na análise por essa ótica, em relação ao ano anterior a 2017. Passou de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. De acordo com o IBGE, é o segundo resultado negativo consecutivo.

O motivo, segundo Sá, é a queda no número de ocupações com vínculo. A região que mais influenciou essa perda de participação foi o Sul, onde a participação da remuneração dos empregados era de 42,7% em 2017 e foi para 42% em 2018. No Sudeste, que sai de 43,9% para 42,8%, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os que puxaram o índice, por causa das indústrias extrativas.

Per capita

O PIB per capita do país em 2018 ficou em R$ 33.593,82. O IBGE informou que o resultado significa aumento de 5,9% em valor na comparação com 2017, quando era R$ 31.712,65.

O Distrito Federal permaneceu na liderança, com R$ 85.661,39. O valor é cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Entre os dez primeiros no ranking do PIB per capita, se destacam estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

O número de municípios com mais eleitores que habitantes aumentou na comparação com o cenário visto nas eleições de 2018. Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), desta vez são 493, 8,8% das cidades brasileiras. Em 2018, quando 308 cidades do Brasil registraram essa inversão, o aumento foi de 60%.

O estudo foi feito a partir do cruzamento de dados da base de eleitores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a população oficial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado com o maior número em termos percentuais é Goiás (22,76%), seguido do Rio Grande do Norte (17,9%) e da Paraíba (14,8%).

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Proporcionalmente, a cidade que lidera a lista nacional de municípios com mais eleitores do que habitantes é Severiano Melo (RN). Lá, segundo estimativa do IBGE, são 2.088 habitantes, já os dados do TSE apontam 6.482 eleitores aptos a votar, o número é três vezes maior que a quantidade de habitantes.

Em números absolutos, na liderança da lista nacional de municípios com mais eleitores que habitantes está o município pernambucano de Cumaru,no Agreste do estado. Segundo o IBGE, ele possui 10.192 moradores, já o TSE aponta que há na cidade 15. 335 cidadãos aptos a votar este ano.

Justificativa

A diferença, segundo o consultor da área técnica, da CNM, Eduardo Stranz, pode ser justificada por desatualizações nas estimativas de população feitas pelo IBGE, fraudes e , especialmente, por questões afetivas. “Existe uma ligação muito grande das pessoas com as cidades onde elas nasceram, sobretudo nesses municípios pequenos. Elas migram para cidades maiores, regiões metropolitanas ou cidades-pólo em busca de emprego ou estudo, mas não transferem seus títulos eleitorais, isso é muito comum”, avaliou.

Stranz, que há mais de 30 anos trabalha com municípios, lembrou ainda que em cidades menores a disputa política é muito acirrada e as pessoas nascidas nessas localidades têm sempre algum grau de parentesco com os candidatos o que, segundo ele, também contribui para que elas não transfiram seus títulos.

Dados IBGE

Outro ponto que deve ser levado em conta é a defasagem nos dados sobre a população brasileira. “Isso está mais evidente agora, em 2015. Segundo o Plano Nacional de Estatística, o IBGE teria que ter feito uma contagem populacional para ajustar a fórmula que calcula essa estimativa, mas isso não aconteceu sob o argumento de falta de verba”, explicou o especialista.

O Brasil adota uma das seis fórmulas utilizadas no mundo para estimar a população . A equação, que projeta o número de habitantes a partir de dados do Censo Demográfico, tem eficiência por quatro anos, no quinto ano, é preciso recontar a população para ajustar a fórmula. “Como não foi feito isso, as populações estimadas a partir de 2015 têm tendência mais ao erro que acerto. Isso também pode ser importante nessa diferença”, destacou Eduardo Stranz.

Fraudes

Questionado se o número maior de eleitores em relação aos habitantes em determinadas cidades não pode significar fraude, o consultor disse que sim, mas que casos de curral eleitoral são pontuais. “Hoje em dia isso é cada vez menos comum. As pessoas têm muito mais acesso à informação, discussão política. Olhando o perfil dessas cidades, fica mais evidente a ligação das pessoas com sua terra natal.

Revisão

Nos casos em que há muita discrepância entre eleitores e habitantes ou que há um aumento da transferência de domicílios, a Resolução 22.586/2007, do TSE, determina que seja feita uma revisão do eleitorado sempre que for constatado que o número de eleitores é maior que 80% da população, que o número de transferências de domicílio eleitoral for 10% maior que no ano anterior, e que o eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada à maior de 70 anos no município.

Em meio à pandemia da Covid-19, que levou a uma situação de isolamento social e mudanças no ritmo de vida, as buscas pelos termos meditação e mindfulness (ou atenção plena) atingiram o recorde dos últimos 16 anos, segundo levantamento do Google. Em relação ao ano passado, a pergunta "como fazer meditação para ansiedade" cresceu 4.000% e o aumento de "benefícios da meditação" chegou aos 200%.

Especialistas nas práticas ouvidos pelo Estadão afirmam que as pessoas estão procurando formas para lidar com as aflições que têm surgido no período e encontram, nesses métodos, técnicas para tentar manter a calma, diminuir o estresse e focar nas atividades que precisam ser realizadas.

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"Há uma sensação de necessidade de buscar alguma ferramenta para lidar com este momento que é estressante para todos, porque houve mudança de padrão de vida. Aqueles que já conheciam, e não estavam fazendo com regularidade, voltaram. E muitas pessoas foram buscar informação. Acho que a curva é ascendente", diz o médico especialista em mindfulness Marcelo Demarzo, coordenador do Centro Mente Aberta, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

De acordo com o Google, as buscas por "como ser uma pessoa mais calma" tiveram um aumento de 3.250% em relação ao ano passado. "Espairecer a mente" cresceu 400%. "Muitos temas dispararam nas buscas durante a pandemia, e o bem-estar físico e mental foi umas das verticais em que esse salto ficou bem claro. As medidas de distanciamento social criaram uma nova rotina na vida das pessoas e elas precisaram se acostumar a novos hábitos, horários e precisaram encontrar novas maneiras de executar determinadas atividades", avalia Marco Túlio Pires, diretor do Google News Lab no Brasil.

Cursos online. Ante a necessidade de distanciamento por causa da covid-19, também cresceu um movimento de cursos online e lives, que atraíram pessoas interessadas em saber mais sobre o tema. "Com a pandemia, as pessoas viram outras possibilidades. Ao mesmo tempo, há uma melhor compreensão sobre o assunto, de entender mindfulness ou atenção plena como estado psicológico". Segundo ele, o estado de mindfulness não é concentração, é um estado de estar consciente do que está acontecendo neste momento". Segundo o médico, o aumento de buscas pelo curso online de oito semanas foi de 50% no período.

Líder de marketing de uma empresa de tecnologia, Michelle Ito, de 35 anos, já tinha familiaridade com a meditação, mas tinha dificuldade de praticar. "Trabalhando em casa, o nível de ansiedade aumentou. Faço ioga há três anos e a professora começou a fazer meditações guiadas aos domingos logo no começo da pandemia. Isso já ajuda a começar a semana bem."

A assistente administrativa Jessica Braga, de 27 anos, descobriu o mindfulness enquanto enfrentava crises de ansiedade e começou a praticar em junho. "Sempre fui de trabalhar, ir ao cinema, sair com meus filhos. Quando veio a pandemia, fiquei trancada e surtando dentro de casa. Tentava treinar e não focava." Ela diz que se adaptou às técnicas e passou a praticar antes de dormir e após acordar. "A ansiedade caiu muito."

Entre os benefícios, Demarzo destaca regulação das emoções e redução da ansiedade. "Na área da educação, melhora atenção, memória e a aprendizagem. Para empresas, diminui o esgotamento profissional e melhora a liderança. Mais consciente, mais humanizado", afirma. "A pessoa pode optar por meditar no campo da religião e da espiritualidade, dentro de um contexto filosófico do que ela se identifica. A proposta moderna é no contexto acadêmico. É uma técnica para qualidade de vida", explica Demarzo.

Prática pode ser cura e se adapta ao perfil 'zen' urbano

Além de poder se encaixar em atividades do dia a dia, as práticas de meditação e mindfulness não precisam ser longas. Recentemente, houve interesse maior pelos programas curtos e por produtos, como incensos e pedras.

"Temos um público ‘zen urbano’, que quer encontrar paz no meio da rotina, mas procura uma coisa breve, porque a vida já demanda muito delas", afirma a educadora em meditação e autoconsciência Flávia Cadinelli, criadora da empresa Movimento Zen.

Ela oferece programas de meditação a partir de três minutos de duração, que vão aumentando conforme a prática. "A meditação não é uma prática exclusiva para pessoas calmas. O pré-requisito é ter uma mente. Se a pessoa quiser manter cinco minutos por dia, vai ter efeito. São alguns minutinhos de pausa para se desconectar do mundo externo", reforça.

Flávia conta que também houve aumento na compra de produtos, como incensos, pedras e japamalas (cordão com contas para ajudar na meditação), usados para compor o momento dedicado à busca pelo equilíbrio interior.

"A procura no WhatsApp com interesse pela meditação e nossos produtos cresceu em 45%. A gente aumentou a nossa venda de incensos terapêuticos, aromaterapia, óleos essenciais. Tivemos o crescimento de 470% nas vendas dos incensos terapêuticos de abril a outubro, comparado com o mesmo período de 2019."

Aromaterapia

De acordo com o levantamento do Google, o interesse por aromaterapia atingiu seu nível mais alto dos últimos dez anos no mês de julho, com crescimento das buscas de 79% entre abril e julho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à pandemia de Covid-19, os registros de candidatos da área de saúde aumentaram nas eleições municipais deste ano. Juntos, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas somam 12.202, aumento de quase 20% em relação a 2016. Esse percentual ficou acima do crescimento de pedidos de registros de candidatura neste ano, que chegaram a 12%. Foram 555.395 no total, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No caso dos médicos, são 2.728 neste ano, com crescimento de 8% em relação às eleições municipais anteriores (abaixo do crescimento total de registros). O aumento do número de técnicos de enfermagem é mais expressivo: 45%, com 4.675 candidatos neste ano. Os enfermeiros somam 3.906 candidatos, com expansão de 4,6% na comparação com 2016. Já o crescimento de fisioterapeutas ficou em 24,9%, com 893 nestas eleições.

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Além desses profissionais, há também crescimento dos candidatos de outras áreas da saúde, como os fonoaudiólogos. Eles são 87 neste ano, contra 58 em 2016, expansão de 50%.

O cientista político Ricardo Costa de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), diz que apesar de haver a possibilidade de a pandemia ter estimulado essas candidaturas, já é tradição no Brasil ter candidatos da saúde. Ele diz que o contato com a população no trabalho, na área de saúde, facilita a projeção como político. “Tradicionalmente, há profissionais da saúde na política desde o século 19. Isso acontece até pelo trabalho que desenvolvem com a comunidade”, disse.

Outras profissões

Nos dados do TSE, parte dos candidatos não tem a profissão definida (quase 119 mil, 21,4% do total), estando classificada como “outras”. Entre as profissões definidas pelos candidatos ao fazer o pedido de registro, a maioria continua sendo de agricultores – 37.896, o que representa 6,8% do total. Apesar disso, o crescimento da candidatura de agricultores (5,7%) ficou abaixo da expansão total (12%), na comparação com 2016. Ou seja, eles perderam espaço para outras profissões nestas eleições.

Os servidores públicos municipais são 35.450, representando 6,4% do total. Na comparação com as eleições de 2016, eles tiveram crescimento de 10,7% na participação. Os empresários são 33.297, 6% do total, com aumento de 28,9% nos pedidos de registro de candidaturas em relação a 2016.

Os comerciantes são 30.655, representando 5,5% do total, seguidos de vereadores (24.743), com 4,5% do total, e donas de casa (22.066, 3,9% do total).

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Com diversas áreas da economia afetadas pela queda no faturamento, durante a pandemia do novo coronavírus, algumas tiveram desempenho positivo surpreendente. Uma delas é a indústria dos games, beneficiada com o isolamento social. 

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Segundo estudo realizado por uma empresa especializada em compilar dados (Newzoo), em todo o mundo, estima-se que em 2020 o lucro do mercado de games será de US$ 159,1 bilhões, cerca de R$ 851 bilhões em moeda nacional. Esse valor exorbitante em dólares é a soma de três ramos do universo gamer: consoles (45,2 bilhões), PC (36,9 bilhões) e mobile (77 bilhões).

O lojista do ramo de games Edilson Minori, de 67 anos, que atua no mercado há 25 anos em Belém, disse que adotou o sistema de delivery para não parar de vender. Para isso, contratou motoboys de empresas particulares. Quando a pandemia começou a se espalhar no Pará, em abril, e o governo do Estado decretou o lockdown, em maio, o lucro total nas vendas de jogos subiu 30%. “A atividade maior foi no pico da doença (covid-19), mesmo com a loja fechada”, ressaltou.

Minori relatou que, quando a loja estave fechada, porque ele contraiu a covid-19, os motoboys realizavam as entregas, tomando todos os cuidados. Devido à doença, ele ficou 15 dias sem trabalhar e sem atender ninguém, mesmo a distância.

O estudante Fabrício Holanda, de 21 anos, que joga há 12 anos de forma alternada entre console, mobile e PC, disse que durante a pandemia já gastou cerca de R$ 400,00 em jogos e que se ocupa de 6 a 7 horas por dia jogando.

O embalador de supermercado Fabrício Rocha, de 32 anos, joga desde os 10 anos de idade. Começou no Playstation One e hoje joga nos celulares Mobile S9 Plus e no PS4 também. Segundo ele, hoje, os celulares têm jogos com gráficos equiparados ao PS3. Por trabalhar muito, Fabrício só joga à noite e nas folgas. Na pandemia, ele alega ter gasto quase R$ 1 mil em jogos.

Por Cássio Kennedy, Bruno Chaves, Douglas Santos e Álvaro Santos.

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Quem deseja ter cabelos longos precisa adotar alguns procedimentos para manter a saúde dos fios. O cuidado requer o acompanhamento de um dermatologista para avaliar o couro cabeludo, a qualidade dos fios e a indicações para possíveis exames.

O profissional também indicará quais os produtos adequados para cada tipo de fio, que vão dos shampoos e condicionadores até máscaras e óleos. "Os óleos capilares ajudam a recuperar os lipídios dos fios de cabelos, ajudando na qualidade e brilho do cabelo. Indico os óleos de argan", diz dermatologista Mariana Corrêa.

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Sabão e sabonete nunca devem ser utilizados, e a água quente também deve ser evitada, pois tudo isso pode prejudicar o couro cabeludo e causar o ressecamento e a abertura da cutícula dos fios. "A lavagem pode acontecer todos os dias, dependendo da necessidade do paciente. Lavar os cabelos corretamente todos os dias não aumenta a queda", afirma Mariana. Receitas caseiras também devem ser evitadas, pois não possuem comprovação científica. "Recomendo sempre avaliação médica e prescrição personalizada", complementa.

De acordo com a dermatologista, aqueles que estão preocupados com o crescimento ou queda dos cabelos devem primeiro passar por exames que vão indicar os motivos da perda excessiva ou lenta reprodução dos fios. Após os testes, se necessário, será indicado algum produto especial que vai auxiliar o problema.

Mariana também destaca algumas dicas para manter a saúde e beleza dos cabelos, como prender os cabelos apenas quando eles estiverem secos e evitar o uso de muita força de tração no ato de prendê-los. Também não é recomendável dormir com os cabelos molhados, pois isso pode contribuir na quebra dos fios.

Outra dica é evitar ao máximo o uso de fontes térmicas, como secador, chapinha, babyliss e outros, mas caso seja preciso usar a ferramenta, aplique de maneira correta o protetor do aparelho. "Recomendo a Ledterapia que é baseada na luz de led, e apresentam comprovação científica, mas devem ser indicadas por um dermatologista com experiência em tricologia para ser feito em casa", destaca Mariana.

Entender o cabelo

Em relação ao crescimento do cabelo, é necessário entender que o formato, tamanho e velocidade, são fatores determinados na genética de cada indivíduo. "As células do folículo piloso têm uma alta taxa de atividade, e para que o cabelo cresça de maneira normal e saudável nosso corpo precisa ter um bom suprimento de nutrientes e energia", explica a dermatologista Fabiana Seidl.

Porém, isso não quer dizer que a pessoa deve consumir vitaminas sem nenhum tipo de cuidado. "Pessoas que estão fazendo dietas restritivas ou que possuem alguma condição médica que dificulte a absorção de determinados nutrientes como, por exemplo, aquelas que já se submeteram à cirurgia bariátrica, devem procurar acompanhamento médico para fazer essa suplementação", aconselha Fabiana.

O que pode ser feito para manter um bom crescimento dos fios é manter uma boa rotina de alimentação e cuidar para que o couro cabeludo permaneça limpo. "Dependendo do tipo de cabelo, isso significa lavar o couro cabeludo todos os dias, no máximo dia sim, dia não", finaliza Fabiana.

Ninguém gosta de errar ou perder. Isso é fato. Faz parte de nossa construção social não aceitar as falhas, pois as enxergamos como algo negativo e até degradante. Para piorar, o brasileiro tem a péssima mania de rir da derrota do outro. No entanto, os erros e as perdas devem ser bem aceitos em nossas vidas, pois são, na verdade, grandes professores. Não se engane: para vencer, você perderá várias vezes.

Assistimos aos grandes feitos de esportistas como, por exemplo, o piloto Lewis Hamilton, da Fórmula 1. Sua sequência de vitórias – com larga diferença para os adversários – é realmente impressionante. Todo esse sucesso, no entanto, foi precedido por derrotas e erros. Ele precisou treinar, se aperfeiçoar, melhorar suas habilidades na direção para enfim se tornar o fenômeno que é hoje.

A cantora Beyoncé toma conta de qualquer palco com sua presença imponente e voz impecável. Ela é detentora de 24 prêmios Grammy, mas já perdeu 46 vezes. Nada disso a fez desistir, abandonar a carreira ou se maldizer. Pelo contrário: a cada derrota ou rejeição, ela se motivava ainda mais para trabalhar mais e melhor e alcançar resultados diferentes. Isso faz dela a estrela mundial que é hoje: o trabalho incansável.

É o trabalho, aliado à dedicação, que transforma as derrotas em vitórias, os erros em acertos. Parar na primeira barreira nunca é uma opção para quem quer ser grande. Assim é a jornada de um empreendedor – e de qualquer pessoa. Para sermos excelentes em algo, precisamos começar de baixo, investir no aperfeiçoamento e, principalmente, ser dedicados, persistentes, resilientes e determinados.

Na busca por esse desenvolvimento, é preciso tentar ser melhor do que si próprio. Comparar-se a outros não é salutar. Ultrapassar seus limites, vencer suas barreiras, é isso que faz crescer, traz aprendizado e engrandece a alma. Faça o seu melhor, cada vez melhor, que as recompensas virão. Ao se deparar com um obstáculo ou uma perda, em vez de lamentar, foque nos aprendizados. Quando você erra, está no mínimo aprendendo como não fazer algo. Tudo é ensinamento.

O grupo Ser Educacional, um dos maiores grupos privados de educação do Brasil, fundado e controlado pelo empresário Janguiê Diniz, anunciou nesta quinta-feira (06), a aquisição da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal – FACIMED, em Rondônia. A negociação faz parte da estratégia de crescimento da Companhia, buscando ainda mais relevância nas regiões Norte e Nordeste do país, e com presença significativa nas demais regiões do Brasil.

A FACIMED tem 19 anos de atuação no mercado de educação rondoniense e acaba de ter as aprovações do Ministério da Educação (MEC) para transformar-se em Centro Universitário e oferecer ensino a distância. Reconhecida por sua tradição, rigor acadêmico, qualidade de ensino, além de corpo docente e administrativo altamente capacitados, a Instituição foi pioneira no segmento de cursos de Saúde no interior de Rondônia. Destacam-se os cursos de Medicina, Medicina Veterinária, Enfermagem, Psicologia, Odontologia e Farmácia. Atualmente, a Faculdade conta com 2,7 mil alunos matriculados, em 26 opções de cursos de graduação presenciais em dois campi, além de cursos de pós-graduação, extensão e projetos de pesquisa, sendo referência na área de Medicina.

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De acordo com Jânyo Diniz, presidente do grupo Ser Educacional, a aquisição faz parte das estratégias de crescimento da Companhia. “Os desafios de 2020 nos trouxeram novas possibilidades. Estamos em um momento de fortalecimento do Grupo, com a implantação de novos projetos digitais e, também, de expansão das nossas atividades, especialmente no segmento da Medicina. A FACIMED tem um curso de medicina com quase 100 vagas anuais e é referência em qualidade de ensino na área de saúde em uma região que queremos fortalecer nossa atuação. Essa aquisição faz parte do nosso posicionamento de mercado. Além dela, seguimos analisando outras instituições para compra”, explica.

Para Janguiê Diniz, “o Norte e o Nordeste são regiões que seguem em desenvolvimento no Brasil e Rondônia, especificamente, aponta um grande potencial para isto. É neste cenário que pretendemos ampliar as atividades do Grupo e trabalhar com afinco, oferecendo ensino de qualidade, especialmente na área médica, visando o desenvolvimento de uma mão de obra especializada em saúde e nas demais profissões do futuro”.

A aquisição, cujo valor nominal será de R$ 150 milhões, está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes usuais em operações similares, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), e será concluída tão logo referidas condições sejam cumpridas.

Sobre o grupo Ser Educacional - Fundado em 2003 e com sede no Recife, o Grupo Ser Educacional (B3 SEER3) é um dos maiores grupos privados de educação do Brasil e líder nas regiões Nordeste e Norte em alunos matriculados. A Companhia oferece cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e ensino a distância e está presente em 26 estados e no Distrito Federal, em uma base consolidada de aproximadamente 185 mil alunos. A Companhia opera sob as marcas UNINASSAU, UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco, Faculdades UNINABUCO, Escolas Técnicas Joaquim Nabuco e Maurício de Nassau, UNIVERITAS/UNG, UNAMA – Universidade da Amazônia e Faculdade da Amazônia e UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas, Faculdades UNIVERITAS e a UNINORTE – Centro Universitário do Norte, por meio das quais oferece 1.904 cursos.

Da assessoria

O número de casais que oficializaram a separação vem crescendo ao longo dos últimos meses do isolamento social imposto pela pandemia da covid-19. Um levantamento do Colégio Notarial do Brasil (CNB) aponta que os divórcios consensuais cresceram 18,7% entre maio e junho deste ano.

Em números absolutos, as dissoluções matrimoniais formalizadas passaram de 4.471 em maio para 5.306 no mês seguinte. O aumento foi registrado em 24 Estados, com destaque para o Amazonas (133%), Piauí (122%), Pernambuco (80%), Maranhão (79%), Acre (71%) Rio de Janeiro (55%) e Bahia (50%).

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O aumento dos divórcios coincide com a autorização nacional para que os atos notariais de escrituras - divórcios, inventários, partilhas, compra e venda, doação - e procurações possam ser feitos de forma remota pelos cartórios. O provimento, editado pela Corregedoria Nacional de Justiça, entrou em vigor em junho deste ano.

Nos dois primeiro meses da pandemia, o número de atos praticados em cartórios caiu em razão de restrições ou redução de horário de funcionamento online e presencial dos cartórios, além da diminuição das equipes. Em maio, os atendimentos foram retomados e em junho consolidados, segundo informou o CNB.

"Muitos atos notariais, não só os divórcios, mas também as escrituras de compra e venda de imóveis, estavam represados em razão da pandemia e do isolamento social, e a autorização para a prática de atos online destravou esta barreira, fazendo com o que o fluxo dos negócios jurídicos e da formalização da vontade das partes pudesse voltar a ser feito, agora também de forma online, mas com a mesma segurança que o ato praticado presencialmente em Cartório", explica a presidente do Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal (CNB/CF), Giselle Oliveira de Barros.

Para realizar o divórcio em cartório, o casal deve estar em consenso e não ter pendências judiciais com filhos menores ou incapazes. O processo pode ser realizado online, por computador ou celular, em videoconferência conduzida por um tabelião.

Uma pesquisa realizada pela empresa alemã CupoNation estima um aumento de 50% nas compras de smartphones até dezembro de 2021. Os dados usam como base, os períodos de 2016 a 2020.

De acordo com o levantamento, no ano de 2016 haviam cerca 2,5 bilhões de telefones inteligentes em circulação. A estimativa aponta que até o final de 2020 o número será de 3,5 bilhões, e a expectativa é que até o final de 2021 o crescimento chegue a 3,8 bilhões, o que representaria um aumento de 50%.

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A pesquisa também fez um levantamento por país. Entre os 32 listados, o Brasil ocupa a 23ª colocação, onde 60% da população possui um smartphone ativo e moderno; 23% possui um celular mais simples e 17% não dispõe de um aparelho.

No topo está a Coreia do Sul, com 95% da população sendo usuária de um smartphone moderno. Por outro lado, a Índia ocupa o último lugar, onde apenas 24% possui um dispositivo móvel.

A média de isolamento social nos municípios em quarentena em Pernambuco tem se mantido acima das registradas nas semanas anteriores, segundo dados da empresa InLoco divulgados pelo Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 do Governo de Pernambuco. Para o governo, as taxas significam que a população compreende a importância das medidas mais restritivas.

Estão em quarentena os municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Camaragibe e São Lourenço da Mata, todos na Região Metropolitana. Nas cinco cidades, a taxa média de isolamento chegou a 60,1% (dia 16), 63,8% (17), 53,5% (18) e 52,1% (19). Houve aumento da taxa em comparação com a semana anterior, quando foram registrados 48,1% (dia 9), 52,4% (10), 49,4% (11) e 50,1% (12).

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O levantamento aponta que Pernambuco alcançou um isolamento de 48,8% na terça-feira (19), acima da semana anterior, quando 48,3% da população aderiu ao confinamento. 

No Recife, houve uma adesão de 54,1% no dia 19. Uma semana antes (12), a média era de 52,1%. Em Olinda, na mesma comparação, as taxas subiram de 51,9% para 54%. Houve crescimento de isolamento também em Jaboatão (de 48,7% para 51,2%), Camaragibe (de 49,1% para 50,6%) e São Lourenço da Mata (de 48,7% para 50,4%).

Apesar do crescimento em poucos dígitos, o Governo de Pernambuco afirma que os números refletem o entendimento de grande parte da população. "[Grande parte da população está] compreendendo que as medidas são necessárias e eficientes para o enfrentamento à pandemia de Covid-19”, diz nota.

A Rússia, o segundo país do mundo com mais casos declarados de Covid-19, conseguiu "deter o crescimento" de novos contágios, estimou o primeiro-ministro nesta segunda-feira, embora tenha admitido que a situação permanece "complicada".

"A situação em torno do coronavírus no país continua complicada, mas podemos verificar que conseguimos parar o crescimento da morbidade", declarou em uma reunião do governo transmitida pela televisão Mikhail Mishustin, contagiado pela Covid-19.

"Com toda a prudência necessária, a dinâmica é positiva", disse o premiê, que ainda não anunciou que esteja curado da doença, embora tenha aparecido na televisão desde a semana passada.

Segundo ele, o atual cenário resulta dos esforços realizados na Rússia há dois meses, principalmente graças a um "estrito confinamento da população", ordenado no final de março e que desde 12 de maio começou a ser flexibilizado nas regiões menos afetadas.

Segundo dados oficiais, 8.926 infecções foram registradas nas últimas 24 horas, o menor número desde 1º de maio, elevando o saldo total para 290.678 casos. Até agora, o país contabiliza 2.722 mortes.

A agência de saúde russa Rospotrebnadzor informou no domingo que "a situação está se estabilizando no país", depois que cerca de 10 mil casos foram declarados todos os dias ao longo de maio.

A pandemia de Covid-19 disparou a venda de medicamentos sem eficácia comprovada, com aumentos de até 180% em alguns produtos. Entre eles estão remédios à base de hidroxicloroquina, substância propagandeada pelo presidente Jair Bolsonaro mesmo sem estudos sólidos e com efeitos colaterais perigosos, como parada cardíaca.

A constatação está em pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo. O estudo comparou a quantidade de comprimidos e cápsulas comercializados nas farmácias do País no primeiro trimestre de 2019 com a do mesmo período deste ano. As seis substâncias pesquisadas foram aquelas que, de alguma forma, apareceram em debates públicos.

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Entre janeiro e março de 2019 foram vendidas 231.546 unidades de medicamentos com hidroxicloroquina, ante 388.829 no mesmo período deste ano, um aumento de 67,93%. A maneira como Bolsonaro se referia ao remédio pode ter afetado as vendas, avaliou o farmacêutico Gerson Antônio Pianetti, doutor em Controle de Qualidade de Medicamentos. "Está tendo certa corrida inesperada e estamos tentando fazer com que o farmacêutico seja o elemento que não deixe isso acontecer. Mas realmente o aumento do consumo de medicamentos se deu a partir de inúmeras falas de pessoas com confiabilidade na população, como alguns médicos, empresários e, principalmente, o presidente."

Em uma reunião com líderes do G-20, em março, o presidente chegou a apresentar uma caixa de Reuquinol, medicamento que tem sulfato de hidroxicloroquina em sua fórmula. A substância, primeiramente, foi autorizada para pacientes com covid-19 internados em estado moderado e grave. Mais tarde, o Conselho Federal de Medicina liberou a prescrição para pacientes com sintomas leves, mas com a ressalva de que essa decisão "não seguiu a ciência", e foi tomada apenas para encerrar a polarização criada em torno do medicamento.

Só em 20 de março a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que remédios com hidroxicloroquina só poderiam ser vendidos mediante receita especial. Mas profissionais do ramo admitem que é possível ter acesso a esse remédio sem prescrição em farmácias com menos estrutura ou na ausência de farmacêuticos.

Outros

Segundo o estudo do CFF, o maior aumento em vendas foi registrado pelo ácido ascórbico, a vitamina C. Durante a pandemia, circularam informações sem respaldo científico sobre a capacidade de a substância prevenir o contágio pelo novo coronavírus. O total de comprimidos e cápsulas vendidos saltou de 9.327.016 para 26.116.340 de um trimestre a outro, crescimento de 180,01%.

Também foi identificado aumento de demanda por remédios com o colecalciferol como princípio ativo, a chamada vitamina D. Esse elemento também apareceu nas redes sociais como alternativa de prevenção, da mesma forma sem respaldo científico. O aumento nas vendas da substância foi de 35,56%.

O único remédio que teve a venda arrefecida no período foi o ibuprofeno, com queda de 2,63%. O medicamento esteve no centro de um debate mundial sobre seu resultado contra o novo coronavírus. No início, um diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que esse anti-inflamatório não fosse usado em casos de covid-19 por suspeitas de agravar a doença. Dois dias depois, a OMS informou oficialmente não haver restrições. Entidades médicas brasileiras, porém, mantiveram as ressalvas ao medicamento.

Campanha

Uma das conclusões do estudo encomendado pelo Conselho Federal de Farmácia é a de que a crise sanitária expôs a influência do medo da população e o hábito da automedicação. Farmacêuticos alertam que todos os remédios oferecem riscos, mesmo os que independem de prescrição.

"A nossa recomendação é de que os farmacêuticos continuem observando as recomendações da Anvisa e as boas práticas farmacêuticas para realizar as dispensações desses medicamentos, e orientem os usuários, pois a desinformação é um inimigo tão poderoso quanto o novo coronavírus", afirmou o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João.

Riscos

A depender da dose, o paracetamol pode causar hepatite tóxica. A dipirona, risco de choque anafilático. O ibuprofeno, por sua vez, pode ocasionar tonturas e visão turva. O uso inadequado de vitamina C pode causar diarreias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. Já o uso indiscriminado de vitamina D pode fazer com que o cálcio se deposite nos rins e provoque lesões permanentes. Entre os efeitos colaterais da hidroxicloroquina estão arritmia e parada cardíaca.

A mãe de Malak, de 20 anos, pede morfina para a filha. Sob as ataduras está a mais recente vítima da "epidemia de violência doméstica" no Iraque, que foi agravada pelo confinamento.

Nas últimas semanas, quando as famílias se trancaram em suas casas por ordem de um governo preocupado com a sobrecarga em seus hospitais por pacientes com Covid-19, ativistas e autoridades internacionais viram outro triste balanço crescer.

"Em uma semana, computamos o estupro de uma mulher com deficiência, violências conjugais, queimaduras, mutilações de mulheres vítimas de abusos, menores vítimas de abuso sexual e um suicídio, entre outros crimes", segundo agências da ONU que operam no Iraque.

Malak al Zubeidi "só queria receber a visita de sua família", conta à AFP Hana Edward, ativista pelos direitos das mulheres no Iraque há décadas.

Seu marido, um policial, a proibia há oito meses. Em 8 de abril, "movida pela emoção, [a mulher] ameaçou se incendiar". "O marido respondeu: 'Vá em frente, faça', e ela fez", explica Edward.

"Ele a viu queimar por três minutos", continua a ONG Human Rights Watch (HRW), que cita a mãe de Malak. "E ele não a levou ao hospital até uma hora depois".

Dez dias depois, a mulher faleceu.

Trancados juntos

Desde o início do confinamento, a violência doméstica no país aumentou 30% - e até 50% em alguns lugares -, assegura à AFP o general Ghalib Atiya, chefe da seção de polícia responsável pelos assuntos de família.

Para Hana Edward, isso ocorre porque o confinamento deixou muitos chefes de família sem ocupação, e acima de tudo sem renda, e seus filhos sem escola.

"As pessoas ficam trancadas em casa por muitas horas e, às vezes, as coisas mais insignificantes levam a disputas que terminam em violência", diz.

Na província de Wassit, na fronteira leste com o Irã, um médico de 58 anos matou sua esposa porque ela não permitia que ele vendesse um terreno em seu nome, disse à AFP Sajjad Hussein, advogado de direitos humanos.

Em Samarra, norte de Bagdá, a imagem de uma menina de 10 anos de idade chorando comoveu nas redes sociais. Com os dois braços quebrados pelos golpes de seu pai, Saba implora: "Não quero ver meu pai, ele me bate todos os dias".

"Ele nos diz que é 'para educar'", insiste sua mãe, divorciada.

Educar e punir são as palavras preferidas dos agressores. A lei não é clara em um país onde, segundo a ONU, 46% das mulheres casadas dizem ter sido vítimas de violência doméstica e um terço delas de violência física e sexual.

Deputados ausentes, tribos no comando

Por seu lado, 85% dos iraquianos dizem que impediriam uma mulher de sua família de registrar uma queixa, diz a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Além disso, na ausência de casas ou estruturas de acolhida, a polícia geralmente é forçada a oferecer prisão como alternativa às mulheres que denunciam.

No outro lado da moeda, os autores de crimes têm a lei do seu lado.

De acordo com o artigo 41 do código penal iraquiano, o marido tem o direito de "punir" sua esposa e filhos "dentro dos limites da lei e dos costumes" e fornece, como em outros países da região, penas mais leves para crimes de "honra".

Há anos, Afrah al Qaissi e outros defendem que a lei seja mais rigorosa.

"Em cada ocasião, há um bloqueio dos deputados que afirmam se identificar com sentimentos religiosos e islâmicos ou argumentam que desejam descongestionar os tribunais".

"Não deveríamos precisar de uma pandemia para os parlamentares lidarem com a outra pandemia, a da violência doméstica", alerta Belkis Wille, da HRW.

No caso de Malak, por exemplo, embora seu marido, sogro e tio tenham sido detidos, eles pegariam apenas seis meses de prisão por "negar ajuda a uma pessoa em perigo".

Além disso, como costuma ser o caso no Iraque, podem escapar da justiça, pois geralmente são as tribos que solucionam os problemas de família.

A necessidade de ficar em casa e os percalços trazidos pela pandemia do coronavírus levaram a um aumento nos acessos a sites e serviços do governo federal.

De acordo com dados da Secretaria Nacional de Governo Digital, o número de acessos ao portal gov.br, que concentra as páginas da administração pública, saltou de 4,1 milhões em fevereiro para 6,7 milhões em março, 63% a mais. As entradas já chegam a 9,4 milhões na primeira quinzena de abril.

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Aumentou também o acesso ao login único do governo federal, pelo qual o brasileiro pode solicitar 809 serviços diferentes, desde pedidos de auxílio-doença até suspensão de contratos de trabalho. O número de entradas chegou a 54,5 milhões em março, incluindo sites e apps, 10,8% a mais do que em fevereiro. Até o dia 15 de abril, somaram 31,7 milhões.

"A maioria dos acessos nesse período são em busca de informações sobre a covid-19 e a serviços de atendimento e pesquisas vinculadas ao Ministério da Saúde. Também registramos muitas buscas pelo auxílio de R$ 600", afirma o secretário de Governo Digital, Luís Felipe Monteiro.

De janeiro a março, cerca de 10,8 milhões de pessoas fizeram o cadastro no login único. Na primeira quinzena de abril, já foram 2,4 milhões de cadastrados. Já são 58,5 milhões de CPFs cadastrados (mais que um quarto da população brasileira), um salto de 30 % em relação a 2019.

Com a pandemia, o governo acelerou a digitalização no último mês e colocou no ar 218 novos serviços, priorizando aqueles ligados ao combate da covid-19, como a solicitação de auxílio emergencial, registro de brasileiros com voos cancelados no exterior e cadastro de empresas fornecedoras de insumos como máscaras e álcool em gel. "Antes o atendimento presencial ainda era uma alternativa, agora não é. Não podemos deixar o cidadão aguardando sem atendimento, por isso aceleramos o processo digital", acrescenta Monteiro.

Críticas. O aumento da oferta, no entanto, nem sempre corresponde a uma boa prestação de serviços. Já na pandemia, serviços básicos não funcionaram adequadamente e foram criticados pela população.

No momento em que o governo anunciou que o auxílio emergencial seria pago para os inscritos no cadastro único, houve uma procura grande pelo serviço que tirou a página do ar.

Também foram relatadas dificuldades de acesso ao site da Receita Federal para regularização de CPFs e no serviço Meu INSS pedidos se acumulam sem respostas. "Estamos atuando diretamente em situações que fogem da qualidade que esperamos. O Cadastro Único demonstrou instabilidade no primeiro fim de semana porque não esperávamos um acesso tão grande, que chegou a 50 mil simultaneamente. Mas criamos em dois dias uma nova infraestrutura para o serviço e agora está respondendo normalmente", diz o secretário.

Para Monteiro, a digitalização, que já era uma tendência, ficará ainda mais forte após a pandemia. "Sem dúvida a pandemia mudará a forma como o governo se relaciona com as pessoas. O governo não será o mesmo, será muito mais próximo do cidadão", afirmou.

No último mês, também foi incluído no gov.br o cadastro do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que poderá ser feito pelo login único.

Em março, os recordistas de acesso foram os serviços Meu INSS, com 25,87 milhões de acessos pelo site e pelo aplicativo, a carteira de trabalho digital, com 4,6 milhões de acessos, a Redesim (site da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), com 1,19 milhão e a carteira digital de trânsito, com 1,64 milhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os consumidores que decidiram evitar contatos mais diretos com outras pessoas para se proteger do novo coronavírus estão ampliando as compras pela internet. Na primeira quinzena deste mês, foi registrada alta de 30% a 40% nos pedidos online em relação ao igual período do ano passado, segundo entidades do setor. Os produtos que dispararam em vendas foram aqueles ligados à proteção da saúde, em especial o álcool gel e, nos últimos dias, alimentos.

Segundo dados do Compre e Confie, empresa do grupo ClearSale que trabalha com inteligência de mercado e atua no ramo de antifraude para e-commerce, a alta das vendas totais foi de 40% nos primeiros 15 dias do mês. Só os itens de saúde tiveram crescimento de 124%.

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No comparativo entre igual intervalo de 2019 e 2018, as compras via internet tinham aumentado 4%, informa André Dias, diretor executivo da empresa e coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net, principal entidade multissetorial da América Latina. Alimentos e bebidas tiveram alta de 30% e eletrodomésticos de 37%. A única categoria que teve queda foi a de eletrônicos, de 23%.

Dias ressalta que o faturamento setor cresce um pouco abaixo das vendas pois o tíquete médio das compras caiu, com procura maior por produtos de menor valor. A plataforma não mantém dados sobre serviços de delivery de comida, como iFood, Uber Eats e Rappi.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico(ABComm) informa que, desde o fim de semana, algumas lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde. Para outros segmentos, o presidente da entidade, Maurício Salvador, calcula crescimento médio de 30%.

Ele acredita que o setor está preparado para aumentos sazonais, como ocorre na época da Black Friday, mas admite que algumas lojas virtuais "já estão comunicando em seus sites possibilidade de atrasos e substituição de produtos por conta da ruptura de estoques."

Salvador ressalta que, apesar dessa alta atual nos negócios, a crise deve afetar o e-commerce. Antes da crise do coronavírus, a ABComm previa volume financeiro de R$ 106 bilhões para o setor, 18% acima do registrado em 2019, mas nas próximas semanas a projeção será refeita para baixo.

Reforço de pessoal

O Mercado Livre, uma das grandes plataformas online do País, registrou na primeira quinzena do mês avanço de 65% nas vendas de produtos dos segmentos de saúde, cuidado pessoal e alimentos e bebidas, na comparação com igual período de 2019. A comparação envolve itens como máscaras protetoras e álcool gel e produtos de primeira necessidade (alimentos, papel higiênico, fraldas etc). Para atender a alta demanda, a empresa está reforçando o time de logística. "Nosso planejamento prevê antecipar para um prazo imediato a curva de contratação prevista para três meses", afirma Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado e Envios para a América Latina.

O e-Bit Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, constatou que as vendas online de álcool gel bateram recorde nesse mês, com faturamento de R$ 1 milhão, depois de as vendas já terem crescido 310% em fevereiro ante março. A subcategoria, que antes representava menos de 1% da categoria Saúde, ampliou sua participação para 9% no fim da semana passada.

Segundo o fundador da empresa de integração de sistemas de e-commerce Wevo, Diogo Lupinari, desde segunda, quando foram iniciadas as movimentações de home office, o número de pedidos diários passaram de 8 mil para 40 mil. Já a plataforma de entregas colaborativas Eu Entrego, que realiza em média 3 mil entregas por dia para o varejo nacional, viu a demanda por seus serviços saltar para 15 mil entregas/dia desde o início da semana passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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