Tópicos | Dia Internacional da Mulher

No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado votou apenas projetos relacionados à pauta feminina. Um grupo de senadoras mobilizadas na celebração da data negociou com o presidente da comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), a substituição da pauta anteriormente prevista pelos itens que ampliam direitos das mulheres.

Os senadores da CCJ aprovaram quatro propostas. O primeiro foi o Projeto de Lei do Senado (PLS) 195/2014, que obriga o envio de boletim de ocorrência ao juizado específico no caso de envolvimento criança e adolescente como testemunha ou vítima de agressão à mulher.

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Também foi aprovado substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011, que altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa união em casamento. A votação foi terminativa, e, se não houver recurso, o texto vai para a Câmara dos Deputados sem passar pelo plenário do Senado. Os integrantes da CCJ ainda aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei do Senado (PLS) 547/2015, que institui o programa Patrulha Maria da Penha. A proposta também deverá seguir para a Câmara.

A CCJ também votou favoravelmente ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 112/2010,que define percentual mínimo de participação de mulheres nos conselhos de Administração das empresas públicas, e ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 244/2016, que obriga o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp) a coletar dados específicos sobre violência contra a mulher. A proposta pode ser encaminhada para a Câmara.

Na reunião da CCJ, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) leu relatório favorável à indicação de Maria Tereza Gomes ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) criticou, nesta quarta-feira (8), o estabelecimento de um critério único para a aposentadoria entre mulheres e homens, previsto pela proposta da reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Segundo ele, para condições diferentes de trabalho, como ocorre com os gêneros, devem ser adotadas condições diferentes de acesso às aposentadorias.

“A PEC da Reforma da Previdência trata de forma desigual a relação entre homens e mulheres na medida em que todos passarão a ter o mesmo critério de aposentadoria. Esse modelo não reconhece a desigualdade que temos nas relações de trabalho entre homens e mulheres”, disparou Cabral. Ele destacou que as mulheres ainda encontram dificuldade no acesso ao mercado de trabalho, têm remuneração desigual e enfrentam uma carga maior de trabalho, com a jornada dupla.

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Segundo o parlamentar, a bancada do PSB na Câmara dos Deputados vai se articular para manter os atuais critérios de aposentadoria. Hoje, as mulheres precisam contribuir por 30 anos ou terem 60 anos de idade contra os 35 anos de contribuição ou 65 de idade dos homens. O texto que está em discussão estabelece um mínimo de 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ambos os sexos.  O assunto também é o mote das manifestações que acontece em todo o país hoje.

“O 8 de março é uma data que celebra as conquistas na luta das relações de gênero, mas também um dia de afirmação de luta. Ainda temos muito o que avançar, por isso, é importante darmos consequência à caminhada de luta das mulheres. E o debate da Reforma da Previdência diz respeito à questão da luta pela igualdade de gêneros”, frisou.

No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), o Google resolveu olhar para o passado e homenagear algumas das pioneiras que fizeram história em todo o mundo. A página principal da página de pesquisas exibe um slide com desenhos de personalidades como a pintora Frida Kahlo, a astronauta americana Sally Ride e a advogada coreana Lee Tai-young.

"Cada um fez uma marca em sua própria maneira. Elas perseguiram uma série de profissões e paixões e saudaram de uma variedade de origens e países. Na verdade, todas essas mulheres foram apresentadas em Doodles individuais no passado, mas muitas vezes apenas em seus países de origem. Então, estamos aproveitando a oportunidade para compartilhar suas histórias com todos", informou o Google.

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Como em uma verdadeira história, o Doodle começa com uma avó lendo um livro para uma menina. A partir de então, o Google retrata treze mulheres pioneiras, com nomes conhecidos ou não, exercendo diferentes papéis. 

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Destacando a importância de homenagear, mas também de alertar, o Cruzeiro preparou uma ação diferente no Dia Internacional da Mulher, quando entrará em campo para enfrentar o Murici-AL, pela Copa do Brasil. Em parceria com a fornecedora de materiais Umbro, com a Agência New360 e com a ONG Azminas, que luta pelo empoderamento feminino, a Raposa irá estampar dados estatísticos que  ilustram o cotidiano das mulheres no mundo.

O alerta poderá ser visto nas costas dos uniformes dos atletas, onde cada numeração trará uma informação diferente. Como, por exemplo, a camisa do volante Henrique, número 8 do time, e na qual ficará estampada a frase ‘A cada dez jovens, 8 sofreram assédio’.

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Segundo o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, a ação reforça a luta do time contra o preconceito ainda existente na sociedade e lembra que esse deve ser um papel das grandes equipes nacionais. “Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com essa ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papeis sociais que os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo”, declarou em entrevista ao site oficial.

A diretora institucional da ONG Azminas, Letícia Bahia lembra que os dados presentes nas camisas dos atletas servirão para reforçar a importância da data e das lutas femininas. “Muita gente pensa que a luta pelos direitos das mulheres não faz mais sentido. Mas os dados que os jogadores vão exibir mostram o quanto essa questão segue sendo atual”, declarou.

Confira a numeração completa que o Cruzeiro utilizará nesta quarta-feira (8):

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quarta-feira (8), que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) está “eliminando um ciclo inteiro de direitos conquistados pelas mulheres brasileiras e impedindo novos avanços”. Em um vídeo que direciona uma mensagem às mulheres, a petista faz críticas às políticas adotadas pelo peemedebista, argumenta contra a reforma da Previdência e volta a agradecer o apoio que recebeu da classe feminina durante o processo que resultou na sua deposição. 

“Nos nossos governos, trabalhamos para fortalecer as mulheres em todos os campos da vida. Ao longo de nossos governos tivemos conquistas agora ameaçadas, como a Lei Maria da Penha e a do Feminicídio. Estão sendo desarticuladas e fragilizadas as políticas de proteção. Esse governo que armou minha destituição está eliminando também um ciclo inteiro de direitos conquistados pelas mulheres brasileiras impedindo novos avanços”, acusou a ex-presidente. 

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Na avaliação dela, “esse governo golpista não reconhece a função social e o trabalho que a mulher desempenha”. Citando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que efetua a reforma da Previdência, Dilma disse que o texto tem “uma visão extremamente perversa que exige que a mulher comece a trabalhar aos 16 anos para receber a aposentadoria completa na velhice”. 

Apesar disso, segundo a ex-presidente, as mulheres vão “resistir” a todos os ataques “para defender a democracia e impedir a redução das liberdades e dos direitos”. Ela também observa que “as mulheres não têm nada de frágeis” e agradece o apoio dos movimentos feministas durante o impeachment. “As mulheres sabem que a democracia é o lado certo da história”, cravou.

 

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na terça-feira (7) ação que pode resultar na ampla descriminação do aborto até a 12ª semana de gravidez no Brasil.

No fim do ano passado, a 1ª Turma do STF apresentou o entendimento em um caso específico de que o aborto até os três meses de gravidez não pode ser considerado crime. Uma ação do PSOL foi protocolada na terça-feira para esclarecer a amplitude da decisão, pois hoje a prática é permitida apenas em caso de risco de vida para a mãe, feto anencéfalo ou estupro.

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Na ação, o partido argumenta que, em 2015, 500 mil mulheres no País colocaram em risco suas vidas em abortos clandestinos. "A cidadania das mulheres está sendo violada", disse a ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS), apoiadora da ação.

A sigla argumenta ainda que as razões jurídicas que criminalizaram o aborto são provenientes do Código Penal de 1940 e incompatíveis com a Constituição de 1988 no que se refere à dignidade da pessoa humana e cidadania. A ação questiona os artigos 124 (que pune com até 3 anos de detenção a mulher que praticar o aborto contra si mesma) e 126 (que prevê prisão por até 4 anos do profissional que realizar a interrupção da gravidez) do Código Penal por "violarem preceitos fundamentais" garantidos às mulheres. Pede-se ainda que seja concedida liminar para suspender prisões em flagrante, inquéritos policiais e o andamento de processos.

Repercussão

Sonia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres, teme que o momento não seja ideal. "Há instabilidade política e Congresso conservador." Para Francisco Borba, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, a ação é "um erro". "Não caberia ao STF legislar nem reinterpretar cláusulas constitucionais. E trata-se de negar a condição de pessoa a um indivíduo que já existe do ponto de vista biológico."

Já o presidente da Comissão de Direito Médico da OAB-SP, Sílvio Valente, acredita que o Brasil seguirá a tendência mundial de flexibilização. "Mas acredito que ainda estamos muito longe de uma mudança na lei do aborto." Mauro Aranha, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), afirma que a entidade não tem posição. "É preciso fazer uma ampla discussão."

'Fui tratada como criminosa', diz balconista

D.F, balconista de 23 anos, que fez um aborto há dez dias. "Não tenho condições de sustentar sozinha mais um filho. Procurei o Sistema Único de Saúde assim que descobri a gravidez. Conversei com dois médicos e eles falaram a mesma coisa: que para abortar legalmente teria de conseguir ordem judicial e, como minha gravidez não era fruto de estupro, eu não iria conseguir a autorização. Por isso tive de recorrer ao aborto clandestino. Tive complicações e quando procurei novamente o atendimento público fui muito desrespeitada. As enfermeiras e auxiliares falavam gracinhas e me acusavam de ser responsável pelo que eu estava passando. Só não me deixaram morrer de hemorragia porque minha irmã fez um escândalo. Não me sinto criminosa, mas fui tratada como se fosse."

'Eu me senti invadida', diz decoradora

J.H.R, de 35 anos, decoradora em Olinda (PE). Eu fui assaltada e estuprada durante uma viagem de férias. Fiz tudo o que havia para ser feito. Com a ajuda de amigas advogadas consegui a autorização judicial para abortar. Já estava com dez semanas de gestação quando interrompi. Sofri todas as dores e lembranças mais de uma vez. E me senti invadida em ter de aguardar um juiz analisar se eu, que sou a dona do meu corpo, teria ou não o direito de abortar uma criança que estava no meu ventre contra a minha vontade. Digo sem medo de errar que foi uma das piores esperas da minha vida. Entre descobrir a gravidez e conseguir a ordem judicial foram 12 dias. Ninguém merece passar por uma angústia desta. Por isso sou totalmente a favor da descriminalização do aborto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos Estados Unidos, Raquel se sente pressionada para sempre parecer uma "mulher perfeita". Na Índia, Ana tem dificuldades para encontrar preservativo e absorvente, pois a compra é feita praticamente de forma clandestina. Na África do Sul, Juliane não tinha coragem de sair à noite, mesmo que de carro. Já Luísa circulava sem problemas na Austrália, mas se incomodava se der considerada "exótica".

No Dia Internacional da Mulher, o Estado coletou depoimentos de 25 brasileiras que moram ou moraram em diferentes países, de todos os continentes, para contar como é a vida da mulher nesses locais. O que é permitido a uma mulher na Árábia Saudita? Como é a vida delas no Timor Leste? Qual o grau de liberdade têm na França? Nesta página estão cinco desses relatos, e os demais compõem o especial que pode ser acessar no estadao.com.

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Nesta quarta-feira (8) mulheres vão sair às ruas em pelo menos 30 cidades brasileiras e outras 150 em todo o mundo e prometem fazer ainda uma paralisação internacional sem precedentes. A Greve Internacional de Mulheres (GIM), também denominada Paro Internacional de Mujeres e International Women's Strike, não pertence a coletivo ou país em específico. É um movimento organizado por mulheres de mais de 40 países.

No Brasil, o movimento é chamado de 8M, sigla para 8 de março. Inspirado na Women's March, ocorrida nos Estados Unidos em janeiro, surgiu no País no mês passado.

Criadora do 8M em São Paulo, a cineasta e pesquisadora Marina Costin Fuser contou que aceitou o convite da militante feminista americana Angela Davis. Filósofa presente no ato norte-americano em janeiro, Angela leu uma carta pedindo a união de mulheres e convocando uma mobilização mundial. Há um mês, criou um grupo de discussão sobre o 8M no Facebook que, em dois dias, mobilizou 5 mil pessoas interessadas em organizar o ato desta quarta-feira em todo o Brasil.

'Primavera feminista'. "Estamos no auge da primavera feminista, com a juventude pautando. O feminismo está na ordem do dia. Portanto, no 8M, levantaremos bandeiras contra a violência doméstica, pela legalização do aborto, contra a pedofilia e a violência infantil e pela igualdade de gênero no local de trabalho", afirma a criadora do movimento em São Paulo.

De acordo com Marina, quem não puder interromper o trabalho desta quarta-feira fica o convite para suspender as atividades domésticas. Outra sugestão do 8M para esta quarta-feira é que as mulheres se reúnam para debater sobre desigualdades de gênero entre 12h30 e 13h30 (horário estabelecido pelo grupo no Brasil).

Natalia Corazza Padovani, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conta que o movimento feminista se fortaleceu em reação à uma guinada conservadora em andamento ao redor do mundo. Para ela, a opressão das mulheres se manifesta de diversas formas e em vários países e, por isso, acredita, o combate ao machismo ganha com a ação conjunta.

Estados Unidos: 'Aqui, não se está imune à violência'

"Enquanto mulher, lésbica, imigrante e latina morando na Baía de San Francisco, ser mulher perpassa várias dessas identidades. Durante a maior parte dos 10 anos que vivo aqui, tenho trabalhado no serviço doméstico, cuidando de crianças. Na maioria das vezes, é isso que cabe à mulher latina: participar na economia informal. Sinto-me livre ao andar pelas ruas segurando a mão da minha parceira ou ao ser afetuosa com minha ela em lugares públicos. Sinto-me livre quando decido adotar uma aparência masculina, pois sei que não serei alvo de chacota. Mas a mesma lógica de violência contra a mulher que existe no Brasil também existe nos Estados Unidos. Não estou imune. Não ando à noite sozinha em lugares que não conheço, procuro saber onde e quando beber e como lidar com o assédio sexual em festas, principalmente enquanto brasileira, que é frequentemente objetificada."

França: 'Há os clichês negativos com o Brasil'

"Ser mulher na França, para mim, é ser exotizada. Quando você fala para um francês que é brasileiro, o Brasil evoca muitas imagens positivas. Mas essas imagens positivas, muitas vezes, trazem clichês racistas, homofóbicos, transfóbicos e sexistas. Quando eu comecei a trabalhar na França, na minha primeira semana de trabalho, colegas mostraram vídeos de bailarinas brasileiras dançando nuas e perguntando se eu usava calcinha fio dental. Eles achavam que isso era uma forma de puxar assunto sobre o Brasil. Assim como já fui a uma festa - isso já me aconteceu algumas vezes - e alguém perguntou: "Você é brasileira? Você é uma mulher de verdade?". No momento em que a pessoa me perguntou isso pela primeira vez, não entendi o que era. Demorei para entender que era realmente um comentário transfóbico. Porque existe a fama das transexuais brasileiras na França. Muitas vezes todos esses clichês trazem tudo isso de negativo com as mulheres brasileiras."

Austrália: 'Perpetua-se o estereótipo de ser sexy'

"Ser mulher em um país como a Austrália me permitiu ter mais liberdade do que no Brasil. Eu me sentia mais segura para sair nas ruas, sem tanto medo de assédio ou violência. Tinha um grau de liberdade maior do que no Brasil, apesar de às vezes ser mais sexualizada. Alguns disseram que eu era exótica e outros perpetuavam o estereótipo de brasileira ser sexy. Sempre me permiti fazer o que quisesse no Brasil e até sofri por isso porque fui assaltada várias vezes e assediada, como as brasileiras são. Na Austrália, agia da mesma forma, me permitia fazer o que quisesse. Mas nesse período em que morei lá não tive nenhum incidente por ser mulher - exceto a hiperssexualização de alguns, por ser brasileira. Foram poucas as vezes em que precisei estar sozinha, mas não deixei de fazer coisas sozinha. Confesso que ser mulher significa sempre ter medo de andar na rua sozinha, no Brasil ou na Austrália. Mas talvez por ter nascido num país violento essa sensação me acompanha."

Angola: 'É comum ouvir cantadas nas ruas'

"Minha vida em Angola é parecida com a que tinha no Brasil. Trabalho de segunda a sexta, vou ao cinema, saio com os amigos, faço exercícios na Marginal de Luanda, vou à praia... Luanda é tão quente e úmida quanto o Rio, então uso basicamente as mesmas roupas. É claro que a sociedade aqui ainda é muito centrada no homem. É comum ouvir comentários machistas ou cantadas enquanto ando na rua. Mas como boa brasileira que sou, não me intimido. Respondo de volta e os caras logo param. Sendo mulher, me permito fazer quase tudo em Luanda. Moro no centro e faço muita coisa a pé: mercados, trabalho, restaurantes. Saio também para a balada sozinha sem problemas. Durante o dia, até me permito andar de candongas - os táxis azul e branco, parecidos com as vans do Rio -, mas procuro sentar próximo de outras mulheres ou do motorista. De noite, só uso os táxis de cooperativas com motoristas credenciados e rastreáveis. De resto, evito andar sozinha."

Arábia Saudita: 'Vive-se uma liberdade moderada'

"Sou brasileira-libanesa e sempre vivi no Brasil. Casei e meu marido trabalha na Arábia Saudita. Então, passamos a morar aqui. Em Jeddah, quase todos os restaurantes têm uma seção só para famílias e outra totalmente separada, onde entram só homens solteiros – e não mulheres solteiras. Sou muçulmana e para mim é natural cobrir o cabelo, usar o véu.Posso andar no shopping sozinha. Mulher não pode dirigir aqui. Quando não saio com meu marido de carro, pego Uber. Tive uma situação que passei que fiquei com um pouquinho de medo. Não usava véu, mas depois dessa situação preferi começar a usar. Porque os homens mexem. Não é que usar o véu vai me proteger, mas talvez na cabeça dos homens a mulher que usa o véu é mais reservada do que a mulher que não usa. É como se fosse no Brasil: mulher de minissaia na rua é comparável à mulher sem véu na Arábia Saudita. É liberdade moderada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, alguns clubes brasileiros de futebol utilizaram as suas redes sociais para parabenizá-las e reforçar a importância da luta pelos seus direitos nesta data. Equipes de todo o Brasil como Corinthians, Flamengo, Santos, Fluminense, Internacional, entre outros, se utilizaram das suas contas para celebrar o dia. As equipes pernambucanas também fizeram referência com um vídeo divulgado pelo Santa Cruz e imagens publicadas por Sport e Náutico.

O Flamengo, inclusive, lançará neste dia 8 de março uma camisa comemorativa que troca a listra vermelha do uniforme por uma rosa. O rubro-negro carioca, assim como outras equipes, ainda tem preparado para data outras homenagens antes de entrar em campo pelas rodadas dos campeonatos desta quarta-feira.

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O Dia Internacional da Mulher é celebrado desde o início do século XX tendo como precursores os EUA e a Europa. A data celebra as lutas dos movimentos femininos e teve como ideais iniciais as exigências melhores condições de vida e trabalho e o direito de voto.

Confira algumas das homenagens dos clubes:

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Cada vez mais mulheres têm se lançado como empreendedoras no País. O caminho do negócio próprio é uma das alternativas para aumentar a rendimento ou até mesmo tornar a atividade como principal fonte de renda. Nos últimos quatorze anos, o número de empresárias subiu 34%, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em 2014, o País tinha 7,9 milhões de empresárias.

Um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que é a principal pesquisadora de empreendedorismo do mundo, aponta que, em 2014, 51,2% dos empreendedores que iniciam negócios são mulheres, o que contribui para o aumento da autonomia financeira das mulheres.

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Além disso, a renda obtida pelas mulheres tem ganhado cada vez mais importância no orçamento familiar. Isso porque quatro em cada dez lares brasileiros são chefiados por mulheres, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíios (PNAD). Dessas, 41% são donas de negócios próprios.

A estimativa do Sebrae é de o que o faturamento de 75% das empreendedoras chegue a R$ 24 mil por ano. Elas já ocupam 43,2% dos cargos de gerência nessas micro e pequenas empresas.

Um levantamento do Sebrae traçou o perfil das empresárias, que são sobretudo jovens: 40% delas são mulheres com menos de 34 anos que estão concentradas principalmente em quatro áreas de atuação: restaurantes (16%), serviços domésticos (16%), cabeleireiros (13%) e comércio de cosméticos (9%). A maior parte empreendem dentro de casa (35%).

Para incentivar o trabalho das mulheres que atuam no setor, todos os anos o Sebrae promove o Prêmio Mulher de Negócios, que premia as vencedoras com um curso de capacitação na área. O Sebrae avalia o relato dessas empreendedoras e os desafios enfrentados por elas para impulsionar os negócios.

O Sebrae ainda oferece formação para as mulheres que decidem entrar nesse ramo. Os cursos do órgão passam noções de empreendedorismo para o desenvolvimento de novos negócios. 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Sebrae

No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data foi escolhida como marco das reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho e dos direitos sociais e políticos. De fato, muita coisa mudou desde então, mas, as mulheres ainda estão longe de dizer que há igualdade entre os sexos.

Há inúmeros desafios para atingirmos a igualdade entre homens e mulheres. Na política, por exemplo, a maioria dos cargos é ocupado apenas por homens. Nas eleições municipais de 2016, o percentual geral de mulheres que disputaram cargos eletivos chegou a ultrapassar 30%. Isso significa dizer que a cada 10 candidatos que disputaram as eleições em 2016, apenas 3 eram mulheres.

As 641 mulheres eleitas ao cargo de prefeita nas eleições municipais 2016 representam 11,57% do total de prefeitos no Brasil. O número apresentou queda em relação ao pleito de 2012, quando elas somavam 659 prefeitas eleitas, o que correspondia a 11,84% do total. Apenas 9,9% dos cargos da Câmara dos Deputados e 5% do Senado são ocupados por mulheres. Estes números são desproporcionais ao total da população brasileira, que possui 51% de mulheres.

Segundo o documento “Mulheres no Parlamento: Revisão Anual”, publicado em 2016 e elaborado pela União Interparlamentar (IPU), em uma lista de 193 países, o Brasil ocupa a 155ª posição em representatividade feminina no Legislativo.  Vale ressaltar, também, que em 27 unidades federativas, há apenas uma mulher como governadora. Na comparação com a situação mundial, o Brasil tem uma das piores taxas de presença de mulheres do Congresso Nacional.

Ser mulher no mercado de trabalho brasileiro também não é fácil. Em média, no mundo, o salário das mulheres é 24% menor que o dos homens. No Brasil, o salário das mulheres equivale a 72,3% do salário dos homens, isso de acordo com a última pesquisa da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O nosso país está  em 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários. É o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile.

Nas 500 maiores empresas do Brasil, menos de 14% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres. Infelizmente, esses números não são restritos ao Brasil. Em 40% das empresas do G7, os países mais ricos do planeta, não há mulheres em cargos de liderança e nessas economias, apenas 22% dos cargos seniores das empresas são ocupados por mulheres.

Reconhecer que existe uma discrepância é o primeiro passo para entender onde está a disparidade. O relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que a igualdade de gêneros só será possível em 2095 e que a disparidade, quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%.

Para mudar esse cenário é preciso, em primeiro lugar, promover uma mudança cultural na sociedade como um todo e, mais uma vez, a educação é a chave principal para que isso aconteça. É preciso ressaltar o protagonismo da mulher. Não há outra maneira de conseguirmos alcançar a igualdade de gêneros se não mudando a noção que existe entre as competências das mulheres e o seu papel na sociedade. Afinal, em mais de 40% dos lares brasileiros, as mulheres são as chefes da família.

Temos que deixar de sermos machistas e reconhecer a necessidade de um maior empoderamento das mulheres em todas as áreas da sociedade brasileira, principalmente, no mercado de trabalho, afinal,  a busca  pela igualdade de gênero, defendida pela mulheres brasileiras,  é um direito constitucional. Basta ver que entre as 1.000 maiores empresas dos EUA, as que são dirigidas por mulheres deram um retorno médio de 339% entre 2002 e 2014, de acordo com a pesquisa da plataforma de negociação Quantopian, com sede em Boston.

Será organizada uma ação conjunta pelo governo do Estado de São Paulo e da prefeitura municipal da cidade na próxima quarta-feira (8) no Anhangabaú, região central da capital paulista, das 11h às 13h, que irá tratar sobre alimentação saudável para prevenção do câncer de mama.

De acordo com Albertina Duarte, coordenadora de Políticas para a Mulher, além do risco de hipertensão, diabetes, desequilíbrios hormonais e câncer na região abdominal, pesquisas indicam que mulheres obesas tem 30% a mais de chances de contrair câncer de mama.

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Durante o evento, serão exibidos vídeos da Campanha Saudável 360° da Secretaria da Agricultura e Abastecimento de conscientização pela alimentação saudável. A campanha se estendera às salas de espera das unidades de saúde do Estado.

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, celebra um marco de lutas, reinvindicações e conquistas femininas. Para isso, a UNG preparou uma programação gratuita em homenagem a data. O evento, que é aberto ao público, teve início na manhã desta terça-feira (7) e vai até às 19h30, do mesmo dia, no campus Guarulhos Centro.

A ação é uma iniciativa do Departamento de Extensão da UNG e terá atividades promovidas pelos cursos de fisioterapia, educação física e fotografia. A programação conta com os serviços de massagem corporal, avaliação física, alongamento e sessão de fotos. Além disso, a Universidade Aberta e da Terceira Idade (UATI) realizará um workshop sobre maquiagem e cuidados com a pele.

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Segundo a professora Lis Lakeis Bertan, coordenadora do Departamento de Extensão, o Dia da Mulher é a celebração das conquistas sociais, políticas, e econômicas das mulheres. “Essa data foi adotada pelas Nações Unidas e consequentemente por diversos países.  Desejamos, através dessas ações, parabenizar todas as mulheres pela luta diária por melhores condições de vida, trabalho, saúde e, principalmente, respeito”, afirma Lis.

Programação completa: 

Das 9h às 12h

Massagem corporal – Curso de fisioterapia

Maquiagem e cuidados com a pele – UATI (apoio Mary Kay)

Sessão fotografia – Curso de fotografia

Das 12h às 16h

Massagem corporal – Curso de fisioterapia

Avaliação física e alongamento – Curso de educação física

Maquiagem e cuidados com a pele – UATI (apoio Mary Kay)

Sessão fotografia – Curso de fotografia

 Das 16h às 19h30

Massagem corporal – Curso de fisioterapia

Avaliação física e alongamento – Curso de educação física

Maquiagem e cuidados com a pele – UATI (apoio Mary Kay)

Sessão fotografia – Curso de fotografia

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20 artistas se reúnem nesta quinta-feira (9), às 19h, para exibir seus trabalhos que exaltam o feminimo, na exposição 'Delas- A Mostra das Mulheres', realizada na Casa do Cachorro Preto, em Olinda. O evento, que acontece em sua 4ª edição é dedicado ao público feminino, na semana do dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8), e propõe acender debates sobre questões de desigualdade de gênero, sobretudo no mundo das artes.

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A programação conta com pinturas, ilustrações, desenhos, gravuras, esculturas, bordados, fotos, instalações e performances que dialogam com o universo feminino, baseado na luta das mulheres por direitos iguais.

A artista olindense Tereza Costa Rego será a homenageada deste ano e faz participação especial, conduzindo a apresentação das obras de artistas como: Amelia Couto, Barbara Collier, Bia Melo, Carol Huang, Clara Moreira , Clara Nogueira, Clarissa Machado, Conchita, Dani Acioli, Fefa Lins, Gio Simões, Joana Liberal, Juliana Lapa, Kátia Fugita, Laura Costa Rego, Luciene Torres, Nathalia Queiroz, Simone Mendes, Tatiana Móes e Valéria Rey Soto.

A exposição 'Delas' abre ao público nesta Quinta-feira (9), às 19h, e fica em cartaz para visitação até 27 de março, de quinta a domingo, com obras disponíveis para aquisição.

Serviço

Abertura da exposição 'Delas- A Mostra das Mulheres'

Quinta-feira (9) | 19h

A Casa do Cachorro Preto (Rua Treze de Maio, 99 - Cidade Alta – Olinda)

Aberto ao público

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, a Livraria Saraiva está ofertando 50% de desconto em livros no Dia Internacional da Mulher, próxima quarta-feira (8). A notícia foi anunciada na última quinta-feira (2) e a promoção vale tanto para as lojas físicas como também para o site da livraria e acontece até as 23h59 do dia 8,somente para as clientes já cadastradas no site até 23h59 de 07/03/2017, que autorizaram o envio de e-mails pela Saraiva.

Já no período entre 02 e 08 de março a rede também oferecerá, para todos os clientes, uma seleção especial de produtos com até 30% de descontos. Em uma página especial, a livraria criou categorias que pretendem abranger todos os tipos de leitoras. Nela, os títulos são divididos em: com atitudes, mamães, românticas, de negócios, que se cuidam, organizadas, fasionistas, geeks, religiosas, concetadas, que gostam de dançar, conectadas, que curtem boa música,  que fizeram história, cinéfilas. Veja aqui todas as opções. 

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Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, os museus da capital da Itália, Roma, darão acesso gratuito a todas as mulheres em 8 de março. O anúncio foi feito pelo Ministério de Bens Culturais e Turismo que, neste ano, também comemora o Dia da Mulher com uma campanha de comunicação social e uma galeria de fotos de mulheres que marcaram a história, como a poeta grega Saffo, a pintora italiana Artemisia Gentileschi e a romancista francesa Madame de Stael.

Mais de 30 posters digitais, selecionados por historiadores da arte dos principais museus italianos, serão postados no perfil do instagram @Museitaliani de hoje até dia 8 de março. A caça ao tesouro é interativa e é um convite para que pessoas fotografem e compartilhem retratos de mulheres de todas as épocas em quadros, esculturas, vasos, tepetes e afrescos de em coleções de museus. Basta tirar a foto e postá-la com a hashtag #8marzoalmuseu.

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No dia 5 de março, volta também o "Domingo no Museu", projeto que garante a entrada gratuita em locais culturais da cidade no primeiro domingo de cada mês.

O Ministério Público do Trabalho realizará um debate sobre discriminação à mulher em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, como parte do projeto MPT Debate, que visa realizar debates acerca de temas trabalhistas. O evento será realizado às 10h, na sede do ministério, que fica na Rua Quarenta e Oito, 149, bairro do Espinheiro, no Recife. Participarão da discussão a procuradora do Trabalho Melícia Mesel, a advogada Robeyoncé Lima e a cineasta Katia Mesel. 

Os interessados em se inscrever devem enviar email para eventos.mptpe@gmail.com, informando o nome completo e solicitando a inscrição em uma das 50 vagas disponíveis. A coordenação do MPT pede que os participantes doem 1kg de alimento não-perecível no momento do credenciamento, que será realizado às 9h30.

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A titular da Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do MPT-PE, fala sobre a importância do evento: "Atuamos para fomentar as políticas públicas de promoção de igualdade e dignidade da pessoa humana previstas pela Constituição Federal". De acordo com ela, é preciso debater a situação trabalhista das mulheres pois "no ambiente de trabalho, as mulheres são as principais vítimas dos assédios moral e sexual, tipos de violência”, explica.

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Mais de trinta coletivos e movimentos sociais realizam passeata, nesta terça-feira (8), para celebrar o Dia Internacional da Mulher e ao mesmo tempo chamar atenção da sociedade e do governo para os serviços públicos que nao têm sido garantidos para as mulheres. O ato teve concentração no Parque 13 de Maio, área central do Recife, e segue em marcha pela Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores viários da capital pernambucana. O trânsito no local é intenso.

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A organização estima que cerca de duas mil mulheres participam da caminhada. De acordo com a representante do movimento feminista, Mércia Alves, a ideia é que a caminhada resulte em uma pauta com reivindicações. “Estamos preparando uma carta política com reivindicações no campo da saúde e no enfrentamento da violência contra a mulher. É uma pauta longa, porém necessária, que envolve políticas públicas fragilizadas”, explica.

Apesar de ser uma caminhada essencialmente feminista, o movimento também ganha o apoio de homens, que marcham junto às manifestantes. Algumas motoristas de ônibus também realizam um buzinaço, apoiando a marcha. O ato ainda contou com rodas de diálogos sobre diversos temas como saúde, violência e trabalho.

Com informações de Fernando Sposito

A presidente Dilma Rousseff usou uma cerimônia de assinatura de uma portaria interministerial que autoriza cirurgias reparadoras às mulheres vítimas de violência para fazer um apelo pela "compreensão, diálogo e unidade" do País. Dilma disse que seu governo tem "absoluta disposição" para "lutar todos os dias" para tornar a tolerância "um dos pilares da nossa sociedade e da nossa cultura".

"No momento em que nós vivemos, mais uma vez, é necessário que a gente repita a importância da tolerância", afirmou Dilma. "A tolerância e a pacificação da sociedade é algo muito importante."

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Sem citar especificamente o temor do governo com o acirramento da violência nas manifestações marcadas para o próximo domingo, Dilma afirmou ainda que o País precisa manter sua reputação de ser um país tolerante, "um país que não foi afeito nem a guerra, nem a conflitos armados".

A avaliação de petistas é de que a ação do juiz Sérgio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou o padrinho político de Dilma a insuflar a militância, que já tem feito convocações para contrapor as manifestações pró-impeachment marcadas para domingo, 13. A partir daí surgiu o temor de que confrontos, até mesmo fatais, possam ampliar a crise política, já que na última sexta-feira o depoimento obrigatório de Lula gerou graves enfrentamentos.

Dilma disse ainda que "ter um quadro de paz é fundamental principalmente para os governos". "Os governos precisam de paz para que possamos ter condições de enfrentar a crise e retomar o crescimento", afirmou.

A presidente também não citou o processo de impeachment, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, e disse que "até o final do meu governo em 2018" continuará estabelecendo políticas e viabilizando as medidas para que acabar com "o pesadelo da violência que se abate sobre as mulheres".

Economia

A presidente disse ainda que atualmente "fica claro" que um dos componentes que atrasam a retomada do crescimento é a sistemática crise política "que o Brasil, de forma episódica, vem sendo submetido". "Episódica porque ela vai e vem, porque se acentua e depois recua", afirmou.

Dilma disse que já há sinais de que a economia pode se recuperar e destacou a redução da inflação. "Temos hoje um quadro e perspectiva de ter uma inflação menor", afirmou. A presidente disse ainda que o câmbio atualmente favorece as exportações, mas destacou que é preciso "recuperar nosso mercado interno".

Última hora

A agenda da presidente Dilma foi alterada para que ela pudesse ter alguma ação considerada positiva no Dia Internacional das Mulheres. O evento de assinatura da portaria interministerial que regulamentou a lei 13.239/2015 aconteceria inicialmente no Ministério da Saúde e foi transferido para o Planalto.

Dilma optou por não fazer pronunciamento em rede nacional de rádio e TV devido aos panelaços após pronunciamentos do governo ou do PT. No ano passado, Dilma usou o pronunciamento em rede nacional pela data para fazer uma longa defesa ao ajuste fiscal e pedir "paciência" e "compreensão" dos brasileiros porque, segundo ela, a atual situação era "passageira".

Na cerimônia, assim como fez mais cedo no Twitter, a presidente destacou políticas de governo para as mulheres e disse que um dos mais fortes preconceitos que recai sobre as mulheres é a violência e que é "prioridade do governo a luta contra toda forma de preconceito". "Nós para de fato combatermos e não deixar isso apenas no discurso, expandimos de forma efetiva a rede de proteção da mulher", destacou.

Ao listar mais ações do governo para o combate de proteção a mulher, Dilma disse que o Ligue 180, rede de atendimento a mulheres vítimas de violência, tem se expandido. Em relação a portaria assinada, que prevê a cirurgia para reparação, Dilma disse que "nada mais justo que a mulher tenha sua condição de integral reparada e de forma que seu corpo não fique marcado e nem deformado por violência completamente injustificada".

A presidente da República, Dilma Rousseff, assinou nesta terça-feira, 8, Dia Internacional das Mulheres, a portaria interministerial que regulamenta a lei 13.239/2015. A norma prevê a realização pelo SUS de cirurgia reparadora para sequelas de violência contras as mulheres.

Mais cedo, a presidente usou o Twitter para fazer um balanço das ações do governo para as mulheres e parabenizá-las pelo dia. "Meu abraço carinhoso a todas as brasileiras que lutam diariamente para criar seus filhos, para ter uma profissão, para se afirmar como pessoa e construir um País mais igual e mais justo", escreveu a presidente.

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Dilma destacou que nos últimos 13 anos, o governo tem tido "como prioridade a questão de gênero e a garantia dos direitos das mulheres" e lembrou que há um ano foi sancionada a Lei do Feminicídio, que tornou o assassinato de mulheres decorrentes de violência doméstica ou discriminação de gênero crime hediondo.

A presidente disse ainda que é preciso "consolidar conquistas e ampliar direitos" e destacou que é necessário "tolerância zero" a violência contra as mulheres. Dilma também destacou a Casa da Mulher Brasileira, como espaço de acolhimento e serviços às vítimas de violência.

"A #LeiMariaDaPenha, marco da luta contra a violência que recai sobre a mulher, é reconhecida internacionalmente. Temos que consolidar conquistas e ampliar direitos", escreveu Dilma. "Rumo a uma cidadania plena, #MaisOportunidadesÀsMulheresBrasileiras."

No evento de assinatura da portaria, Dilma ressaltou a importância de mecanismos de proteção da mulher. "Nós, para de fato combatermos e não deixar isso apenas no discurso, expandimos de forma efetiva a rede de proteção da mulher", destacou.

Ao listar mais ações do governo para o combate de proteção à mulher, Dilma disse que o Ligue 180, rede de atendimento a mulheres vítimas de violência, tem se expandido.

O Google publicou um doodle especial nesta terça-feira (8) para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A animação criada para lembrar datas marcantes dessa vez traz um vídeo com relatos de mulheres conhecidas e anônimas de todo o mundo, como a paquistanesa Malala Yousafzai - a pessoa mais jovem a ser laureada com um prêmio Nobel. O Google diz ter viajado por 13 cidades de todo o mundo para coletar 337 depoimentos. Assista abaixo.

Desde crianças a avós, as mulheres de cidades como São Francisco, Rio de Janeiro, Cidade do México, Moscou, Cairo, Berlim, Londres, Paris, Jacarta, Bangkok, Nova Deli e Tóquio foram convidadas a expor seus sonhos para as lentes do Google. As aspirações são variadas.

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“Vou fazer uma viagem espacial e passear pelos anéis de Saturno”, responde a brasileira. “Eu serei a primeira presidente mulher do Egito”, diz a jovem ouvida no Cairo. “Um dia eu verei todas as meninas na escola”, afirmou a ativista Malala Yousafzai que, aos 16 anos, foi laureada com o Nobel da Paz após ter sido baleada na cabeça ao sair da escola por integrantes do Talibã.

Mesmo as mulheres que já são realizadas não param de sonhar. Jane Goodall, ilustre antropóloga britânica que estudou o comportamento dos chimpanzés, compartilhou sua vontade de um dia discutir sobre o meio ambiente com o Papa Francisco. Além do vídeo, o Google criou a hashtag #OneDayIWill, através da qual as mulheres são incentivadas a compartilharem as suas ambições e sonhos nas redes sociais.

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