Tópicos | ex-prefeito

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, nesta quarta-feira (28), manter a decisão da Justiça Trabalhista de Pernambuco que condenou o ex-prefeito de Tamandaré (PE) e sua esposa, Sari Corte Real, ao pagamento de R$ 386 mil em danos coletivos pela contratação irregular de empregadas domésticas.

O caso das contratações consideradas irregulares pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) veio à tona após o casal se envolver na morte do menino Miguel Otávio da Silva, ocorrida em 2020.

##RECOMENDA##

Por unanimidade, os ministros da Terceira Turma do TST rejeitaram recurso protocolado pela defesa do casal, que pretendia derrubar a decisão de primeira instância.

 Conforme a acusação do MPT, três empregadas foram contatadas para trabalhar na casa do ex-prefeito, mas figuraram no quadro de servidores do município e não recebiam direitos trabalhistas, como FGTS, horas extras, vale-transporte e verbas rescisórias.

Além disso, foi constatado que as funcionárias prestaram serviços durante o período da pandemia sem terem recebido equipamentos de proteção individual, como máscaras.

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa do ex-prefeito e aguarda retorno.

Morte de Miguel

A morte do menino Miguel ocorreu no auge das restrições da pandemia da Covid-19, em junho de 2020. Sem escola e sem ter com quem deixar a criança, sua mãe, Mirtes Renata de Souza, levou-o ao trabalho. Em dado momento, ela deixou o menino com a patroa, Sari Corte Real, enquanto levava o cachorro para passear, segundo os depoimentos colhidos na investigação.

Ainda de acordo com o apurado pela polícia, enquanto a mãe estava ausente, Miguel tentou entrar no elevador do prédio, na região central do Recife, ao menos cinco vezes. Sari, então, teria apertado o botão da cobertura e deixado a criança sozinha no elevador. As ações foram filmadas por câmeras de segurança.

Ao chegar na cobertura, o garoto saiu por uma porta corta-fogo, saltou sobre uma janela e subiu em um condensador de ar. O equipamento não aguentou o peso de Miguel, que caiu de uma altura de 35 metros.

Posteriormente, na esfera criminal, a Justiça de Pernambuco condenou Sari a 8 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte. Liberada após pagamento de fiança, ela recorre em liberdade.

O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Belo Jardim Cintra Galvão, faleceu na tarde desta quinta-feira (9), aos 90 anos. 

Conhecido como Pavão Misterioso, ele foi um dos primeiros deputados a defender a candidatura do ex-governador Miguel Arraes ao cargo. Cintra chegou a apoiar a candidatura de Marília Arraes (SD) ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2022. 

##RECOMENDA##

A morte do ex-prefeito foi lamentada pela deputada federal Maria Arraes (SD). Em nota de pesar, a parlamentar que rememorou a trajetória política do ex-prefeito, a parceria dele com o ex-governador Miguel Arraes (avô de Maria) e destacou o legado político de Cintra no Agreste. "Sua atuação desenvolvimentista foi decisiva também para a industrialização de Belo Jardim. Deixa um grande legado na política do Agreste pernambucano. Vá em paz, amigo! Nossos sinceros sentimentos aos seus filhos, Cecílio e Vicente Cintra", diz a nota. 

O presidente da Assembleia Legisltiva de Pernambuco (Alepe) Álvaro Porto (PSDB) também se solidarizou com a família do ex-prefeito. "Em nome da Assembleia Legislativa de Pernambuco, externamos nosso pesar e nossa solidariedade aos familiares e amigos do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Belo Jardim Cintra Galvão, falecido nesta quinta-feira (09). Grande líder e defensor do povo do Agreste, com longa história de luta pelo desenvolvimento daquela região, Cintra Galvão deixa um legado inestimável para a política e para história de Pernambuco", lamentou em nota.

Após oito anos sentados nas duas principais cadeiras do Executivo de Pernambuco, Paulo Câmara e Geraldo Júlio, voltam a atuar no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Eleitos pelo PSB como figuras técnicas de fora da política, os dois integravam o serviço público antes de ingressar nos cargos eletivos.

O retorno dos pessebistas ao TCE foi assinado pelo chefe de gabinete executivo da Presidência do órgão, Antonio Cabral de Carvalho Júnior, e publicado na sexta-feira passada (13).

##RECOMENDA##

O documento formaliza o exercício do ex-prefeito do Recife e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, como analista de controle externo da área de Auditoria de Contas Públicas, no Departamento de Gestão de Pessoas do TCE.

Outra portaria confirma a volta do ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, ao cargo de Auditor de Controle Externo, no Gabinete da Presidência.

Em sessão plenária nesta sexta-feira (7), o TRE Pernambuco julgou procedente os embargos de declaração apresentados pelo candidato a deputado estadual Lula Cabral, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, e deferiu seu registro de candidatura. Ele havia sido impugnado por ter suas contas da gestão municipal de 2017 rejeitadas pela Câmara de Vereadores. 

No julgamento desta sexta, no entanto, os desembargadores consideraram uma recente decisão do Tribunal de Justiça (TJPE) que suspendeu temporariamente os efeitos da rejeição de contas, por parte dos vereadores daquele município, proferida após o registro da candidatura. 

##RECOMENDA##

 “Dessa forma, mesmo já tendo sido apreciado por esta Corte o registro de candidatura do embargante, deve ser considerada a circunstância de que a decisão que anulou a rejeição das contas do requerente é causa que afasta a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, ‘g’, da LC nº64/90, fundamento da decisão que indeferiu o seu registro de candidatura”, decidiu a relatora, desembargadora eleitoral Iasmina Rocha, no que foi acompanhada pelo pleno. 

Os votos atribuídos ao ex-prefeito Lula Cabral não estão computados como válidos, já que o candidato consta como “impugnado” no sistema de registro de candidatura. O TRE-PE, porém, julgou que uma nova totalização só deve acontecer após o trânsito em julgado desta decisão, já que cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O processo que trata do caso é o de nº 0601035-94.2022.6.17.0000.

*Da assessoria

O ex-prefeito de Bodocó Túlio Alves Alcântara e o ex-vice-prefeito do município José Edmilson Brito Alencar foram condenados ao pagamento de R$ 25 mil por dano moral coletivo pelo juiz substituto da Vara Única de Bodocó, Reinaldo Paixão Bezerra Júnior, por provocarem aglomeração de pessoas durante Convenção Partidária, desrespeitando o protocolo de distanciamento da Covid-19. A decisão foi proferida em ação civil pública de reparação de dano moral coletivo proposta pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O valor interposto deve ser pago individualmente pelos demandados.

Segundo a ação, a convenção partidária, realizada em 16 de novembro de 2020, que deveria ser voltada exclusivamente para os filiados dos partidos políticos, transformou-se em um verdadeiro acontecimento festivo de cunho político-partidário, contando com várias pessoas no evento.

##RECOMENDA##

Ainda, de acordo com os autos, a aglomeração de pessoas foi agravada com a chegada do então prefeito e vice-prefeito, que em cima de uma caminhonete, causaram euforia, agitação e ainda mais aglomeração no meio dos presentes, que não usavam máscara nem mantiveram o distanciamento social preconizado pelas normas sanitárias, num período de elevada transmissibilidade da Covid-19.

Na decisão, o juiz Reinaldo Paixão Bezerra Júnior reforça que nas imagens juntadas aos autos, os demandados Túlio Alves Alcântara e José Edmilson Brito Alencar dispensaram o uso e máscaras de proteção, inclinaram-se para fora da carroceria do veículo, abraçaram e deram as mãos a diversas pessoas, o que potencializa ainda mais a gravidade de suas condutas, tendo em vista o cenário em que a sociedade se encontrava naquele momento.

O magistrado também ressaltou nos autos o contexto agravante em que os fatos ocorreram. “À época dos fatos, vivenciávamos um momento de extrema gravidade decorrente da pandemia da Covid-19. Outrossim merece destaque também os sérios problemas individuais e coletivos, na dimensão física, psicológica, social, e econômica causados por essa pandemia. No caso particular, é evidente que, na época da convenção partidária, à vista da exponencial disseminação do novo coronavírus, fazia-se necessário uma postura responsável de todos, especialmente daqueles que ocupavam importantíssimos cargos de prefeito e vice-prefeito. Em tempos de crise como a enfrentamos, o político como figura de liderança, deveria ser o exemplo a ser seguido por seus cabos eleitorais, correligionários, eleitores e população em geral”, descreveu na decisão.

Sobre a configuração do dano moral coletivo apto à indenização, o magistrado especificou os fatores que o configuraram, dentre os quais a gravidade suficiente para produzir intranquilidade social. “É imprescindível para a configuração do dano moral coletivo a ocorrência de lesão na esfera moral de uma comunidade, isto é, a violação de valores coletivos, atingidos injustificadamente do ponto de vista jurídico. No ponto, destaco que se faz necessário que o fato transgressor seja de razoável significância e desborde os limites da tolerabilidade, ou seja, que denote gravidade suficiente para produzir verdadeiro sofrimento, intranquilidade social e alterações relevantes na ordem extrapatrimonial coletiva. Na hipótese dos autos, entendo que está configurado o dano moral coletivo apto a gerar indenização, uma vez que os requeridos Tulio Alves Alcântara e José Edmilson Brito Alencar, com suas condutas, violaram preceitos sanitários em momento de extrema gravidade da pandemia de Covid-19, afetando uma coletividade ao colocar em risco não apenas os participantes do evento, mas toda comunidade do município de Bodocó e região, em função do elevado potencial de transmissibilidade da doença”, enfatizou.

Ainda acerca do dano moral coletivo, o juiz transcreveu na decisão o trecho do voto da ministra do Superior Tribunal de Justiça Nancy Andrighi no julgamento do REsp n. 1.586.515/RS, referendando que tal dano além da mera função compensatória, deve ter por objetivo sancionar o ofensor e coibir novas condutas ofensivas: “O dano moral coletivo é categoria autônoma de dano que não se identifica com aqueles tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo psíquico), mas com a violação injusta e intolerável de valores fundamentais titularizados pela coletividade (grupos, classes ou categorias de pessoas). Tem a função de: a) proporcionar uma reparação indireta à lesão de um direito extrapatrimonial da coletividade; b) sancionar o ofensor; e c) inibir condutas ofensivas a esses direitos transindividuais.”

Ao pagamento de dano moral coletivo, estipulado em R$ 25 mil para cada um dos dois requeridos, o valor será revertido em favor de fundo a ser indicado futuramente pelo Ministério Público, na forma do art. 13 da Lei n. 7.347/1985, uma vez que não houve a prévia indicação pelo órgão ministerial. Sobre o valor fixado, incidirão juros de 1% ao mês, a contar do evento danoso, qual seja, 16/09/2020, data da convenção partidária, e correção monetária.

Da assessoria

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar o empresário Rafael Ferreira Alves, preso em dezembro do ano passado na operação que teve como alvo o ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. 

##RECOMENDA##

Na decisão divulgada neste sábado (27), o ministro substituiu a prisão preventiva por prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. 

No dia 12 de fevereiro, Gilmar Mendes autorizou Crivella a deixar a prisão domiciliar. Com a decisão, o ex-prefeito não precisa mais permanecer em casa, mas deverá cumprir medidas cautelares como comparecimento periódico à Justiça, proibição de sair do país, de manter contato com outros investigados, além de entregar o passaporte à justiça. 

No ano passado, o ex-prefeito foi preso em ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil, como desdobramento da Operação Hades, que apura suposta corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a delação do doleiro Sergio Mizrahy.

Na ocasião, a defesa de Crivella declarou que a decisão do ministro foi acertada, “na medida em que as gravosas restrições cautelares eram desnecessárias".

 

A Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ipojuca acatou o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e proferiu decisão judicial condenando o ex-prefeito do município do Ipojuca, Pedro Serafim de Souza Filho, pelos atos de improbidade administrativa que causaram prejuízo ao erário e atentaram contra os princípios da administração pública. Ainda segundo a decisão proferida pela Juíza de Direito Nahiane Ramalho de Mattos, Pedro Serafim terá seus direitos políticos suspensos pelo prazo de seis anos e deverá ressarcir integralmente o dano de aproximadamente R$ 400 mil.

Pedro Serafim foi prefeito do município do Ipojuca entre os anos 2009 a 2012. De acordo com a ação de improbidade administrativa ingressada pela promotora de Justiça Bianca Stella Azevedo Barroso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) julgou irregular o objeto da auditoria especial na Prefeitura Municipal de Ipojuca, decorrente de auditoria de acompanhamento relativa aos exercícios de 2009 e 2010, que teve por objetivo identificar irregularidades na folha de pagamento da Prefeitura e demais unidades que integram a administração municipal.

##RECOMENDA##

Na ocasião, foram constatadas as seguintes irregularidades: pagamento de remuneração a pessoas falecidas, a servidores domiciliados em outros estados e a servidores com inscrição inválida ou inexistente no Cadastro de Pessoa Física (CPF) da Receita Federal; existência de registros de pagamento associados à CPFs não informados na folha de pagamento e de servidor apresentando número de CPF pertencente a outrem na folha de pagamento. Além disso, também havia servidores acumulando mais de dois cargos/funções/empregos e/ou aposentadorias públicas; apresentando remuneração bruta total superior ao teto; e um quantitativo de temporários/comissionados superior ao de servidores efetivos.

“As referidas irregularidades são eivadas de atos ímprobos, que importam em danos ao erário no importe de R$ 76.701.874,63 e na violação a princípios gerais da Administração Pública, notadamente o da legalidade, da impessoalidade e da eficiência”, destacou a promotora Bianca Stella, no texto da ação, que foi resultado de uma atuação conjunta da Promotoria de Justiça de Ipojuca com a Comissão de Defesa do Patrimônio do MPPE.

*Da assessoria do MPPE

No Recife, a eleição para prefeito deve ser disputada voto a voto. Na espera desse resultado estão os suplentes dos candidatos e deputados federais João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT).

Milton Coelho (PSB), atualmente chefe de gabinete do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), é quem pode assumir a vaga de João, caso seja eleito. A função exercida atualmente por Milton foi a que inseriu o filho do ex-governador Eduardo Campos na política.

##RECOMENDA##

Já o suplente de Marília Arraes é Odacy Amorim (PT), ex-prefeito de Petrolina, que disputou e perdeu a eleição deste ano na maior cidade do Sertão pernambucano, que reelegeu com o maior percentual de votos do Norte e Nordeste Miguel Coelho (MDB). 

Assim como Milton Coelho, Odacy está na expectativa para o resultado das urnas do Recife, para saber se ocupará uma vaga na Câmara dos Deputados.

Pesquisa

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (26), Marília Arraes (PT) está na liderança com 43% e João Campos (PSB) em segundo, com 40% das intenções de voto. O levantamento, encomendado pela TV Globo e a Folha de São Paulo, foi realizado entre os dias 24 e 25 de novembro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais, o que confirma que João está tecnicamente empatado com Marília, no limite da margem de erro.

O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro/Ouricuri (PE) conseguiu que o ex-prefeito de Serrita, Carlos Cecílio, seja condenado por improbidade administrativa, ao lado de sua ex-secretária de Saúde, Maria do Socorro Sobral, e da presidente da Comissão Permanente de Licitação, Andréia de Carvalho Brito, e o então procurador jurídico do município, Mário Antônio Tavares de Sá. Segundo as autoridades, os quatro estão envolvidos em fraude no processo de licitação de recursos enviados pelo Ministério da Saúde.

O MPF entrou em ação, tendo o procurador da República Rodolfo Lopes como responsável peplo procedimento, depois que a Controladoria Geral da União (CGU) apresentou seu relatório de fiscalização. De acordo com o MPF, “os condenados alegaram indevidamente situação de emergência para contratar de forma irregular empresas com o objetivo de fornecer material hospitalar e medicamentos ao município”.

##RECOMENDA##

Segundo as apurações, todo o processo de contratação, da abertura à assinatura dos contratos, levou quatro dias. Cecílio iniciou o processo licitatório dando as próprias indicações das empresas a serem contratadas, sem tê-las mencionado anteriormente na solicitação à Secretaria de Saúde ou pela Comissão Permanente de Licitação. “Também não consta no processo de licitação qualquer consulta de preços ou pesquisa de fornecedores que levassem à identificação das empresas indicadas pelo prefeito”, assevera o MPF, por meio de nota.

A pena estabelecida pela Justiça foi a suspensão dos direitos políticos dos réus por cinco anos, pagamento de multa e ressarcimento integral do dano causado. O filho de Carlos Cecílio, Rodrigo Cecílio (DEM), é candidato à Prefeitura de Serrita nas eleições deste ano.

O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg recebeu na quarta-feira (19) à noite uma série de ataques no primeiro debate democrata em que participou, o mais virulento da campanha para escolher quem disputará a presidência dos Estados Unidos contra Donald Trump em novembro.

Antes dos "caucus" (assembleias cidadãs) de sábado no estado de Nevada, o terceiro estado a celebrar a votação interna partidária, o encontro de Las Vegas foi o mais polêmico dos nove organizados até agora, no momento em que o esquerdista Bernie Sanders é apontado como o favorito entre os oito aspirantes na disputa.

Bloomberg, que investiu uma quantia astronômica em publicidade e conseguiu alcançar o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto dos democratas em apenas três meses, foi chamado de "bilionário arrogante" e questionado por "comentários sexistas" e "políticas racistas".

Sanders, que venceu as primárias em New Hampshire e ficou em segundo lugar em Iowa, também foi alvo de críticas, em particular por seu plano de saúde universal, ma também por seu estilo de liderança e por suas propostas econômicas.

"Não acredito que exista qualquer possibilidade de que o senador vença o presidente Trump", disse Bloomberg. Mas Sanders não ficou para trás nas alfinetadas.

"Mike Bloomberg possui mais riqueza que 125 milhões de americanos", afirmou o senador. "Isto é imoral". Com uma fortuna avaliada em 64,2 bilhões de dólares, o empresário é considerado a oitava pessoa mais rica do mundo, de acordo com os dados atualizados da revista Forbes.

- "Capitalimo" vs "comunismo" -

Uma troca de farpas aconteceu quando Bloomberg questionou os planos para a economia de Sanders, que se define como um "socialista democrático".

"Não vamos tirar o capitalismo. Outros países tentaram. Se chamou comunismo e simplesmente não funcionou", disse, uma menção que Sanders chamou de "golpe baixo"

Sanders lidera a disputa com 32% de apoio, à frente do ex-vice-presidente de Barack Obama, o moderado Joe Biden, com 16%, e de Bloomberg, com 14%, de acordo com uma pesquisa Washington Post-ABC News publicada na quarta-feira.

A senadora progressista Elizabeth Warren (12%) aparece em quarto lugar, seguida por outros dois centristas: o ex-prefeito Pete Buttigieg (8%) e a senadora Amy Klobuchar (7%).

"Não deveríamos ter que escolher entre um candidato que deseja queimar este partido e outro que deseja comprar este partido", disse Buttigieg, que venceu o caucus de Iowa e ficou em segundo lugar em New Hampshire.

"Devemos escolher alguém que na realidade seja democrata", acrescentou, em uma crítica ao independente Sanders e também a Bloomberg, que era democrata antes de se candidatar a prefeito como republicano e depois como independente, antes de retornar ao Partido Democrata em 2018.

Em uma estratégia incomum, Bloomberg decidiu não participar das primeiras quatro etapas das primárias: Iowa, New Hampshire, Nevada no próximo sábado e Carolina do Sul em 29 de fevereiro. Ele se concentra na "Super Terça" de 3 de março, quando 14 estados organizam suas votações e decidem um terço da maioria dos delegados (1.991) necessários para definir o candidato do partido, que será oficializado na convenção democrata de julho.

- "Grande risco" -

Bloomberg, que se perfila como um sólido postulante para enfrentar Trump, outro magnata septuagenário branco, nova-iorquino como ele, também foi criticado por Warren.

"Entendam isto: os democratas correm um grande risco se apenas substituirmos um bilionário arrogante por outro", advertiu, ao equiparar Bloomberg a Trump e lembrar que o ex-prefeito.

"Os democratas não vão ganhar se tivermos um candidato que tem um histórico de esconder suas declarações fiscais, de assediar mulheres e de apoiar políticas racistas ", acrescentou.

Durante sua gestão em Nova York, Bloomberg implementou uma política de detenções e ações arbitrária ("stop-and-frisk"), que segundo os críticos afetou muito mais os negros e latinos. O pré-candidato já pediu desculpas.

"Saiu de controle", afirmou na quarta-feira em Las Vegas, ao admitir que o tema "realmente provoca vergonha".

Apesar de permanecer na defensiva em vários momentos, Bloomberg manteve a compostura e se apresentou como alguém com capacidade de vencer Trump e governar o país.

Em um comício no Arizona, Trump ironizou Bloomberg, a quem chama de "Mini Mike" em referência a sua altura. "Escutei que está sendo atacado esta noite", disse.

E depois de criticar o "Louco Bernie" como eventual adversário, completou: "Não importa quem diabos será porque vamos vencer", enquanto a multidão gritava "Mais quatro anos".

O Ministério Público Federal deu parecer favorável ao bloqueio dos bens de Neilton Mulim (PR), ex-prefeito de São Gonçalo, na Grande Rio, por supostas irregularidades na aplicação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O pedido liminar, negado pela Justiça em primeira instância, visa a assegurar o ressarcimento de R$ 107 milhões aos cofres públicos que deveriam ter sido usados no Programa Especial de Recuperação da Rede Física Escolar Pública. O recurso será analisado pelo Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), informou a Procuradoria.

Por falta de prestação de contas, o Tribunal de Contas do Estado do Rio tinha responsabilizado tanto Mulim (gestão 2013-2016) quanto a antecessora Maria Aparecida Panisset (2005-2012) pelo "uso indevido dos repasses do FNDE" - como seu caso prescreveu, Panisset foi excluída da ação.

##RECOMENDA##

Segundo a Procuradoria, embora os recursos tenham sido recebidos na gestão anterior, "Mulim não respondeu às intimações do TCE nem demonstrou ter adotado medidas para preservar as verbas públicas".

Para o Ministério Público Federal na 2.ª Região (RJ/ES), a Constituição deu especial tratamento às ações de improbidade para garantir eventuais reparações aos cofres públicos.

A Procuradoria argumenta que, para ordenar o bloqueio de bens e eventuais outras medidas cautelares, é necessário apenas demonstrar possível dano ao erário e o risco que implicaria a inércia do Judiciário.

"Não se mostra compatível com a ação de improbidade a exigência de aguardar que o agente esteja na iminência de dilapidar seu patrimônio para ser decretada a indisponibilidade dos seus bens", sustentou o parecer da procuradora regional da República Mônica de Ré.

O Ministério Público Federal assinala que a indisponibilidade dos bens não representa uma antecipação da sentença, sendo somente uma medida para assegurar o resultado útil do processo em caso de condenação.

"Considerando-se a indicação do envolvimento do agente nos atos de improbidade, a verificação da extensão de sua participação é matéria a ser aferida no curso da instrução processual", afirmou a procuradora regional no parecer.

Defesa

A reportagem busca contato com a defesa do ex-prefeito de São Gonçalo Neilton Mulim (PR). O espaço está aberto para manifestação.

Para disputar a Prefeitura do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Yves Ribeiro, que já foi prefeito da cidade, entregou a sua carta de desfiliação do PSB, partido que integrou por mais de 40 anos. A formalização do pedido foi feita nesta sexta-feira (22). Vendo que não será o indicado pelo partido para disputar, mais uma vez, o governo da cidade, Yves tentará a Prefeitura do Paulista pelo MDB. 

 Yves governou a cidade por dois mandatos (de 2005 a 2012), todo ele sendo um filiado ao PSB. Na carta enviada ao partido, Yves disse: "Já em 2012 divergi do caminho que o partido decidiu para Paulista, contudo, lamento dizer que nem nas minhas mais profundas reflexões imaginei o desastre que viria pela frente". Ribeiro refere-se ao governo do atual prefeito de Paulista, Junior Matuto, que foi indicado pelo então governador Eduardo Campos para continuar o poder pessebista na cidade depois do segundo mandato de Yves. 

##RECOMENDA##

"Olhando para o futuro, sabedor da esperança que precisamos reavivar, consciente do imenso desafio que tenho pela frente, quero continuar a minha luta, com o inarredável compromisso com uma postura e ação política pautada na correção, sensibilidade social e inovação na gestão pública", finalizou a carta o ex-prefeito de Paulista. 

Em uma entrevista ao LeiaJá, Yves Ribeiro já havia dito que, na época, não apoiava a candidatura de Júnior Matuto, mas que por conta da determinação de Eduardo Campos decidiu acatar a ordem e apoiar a campanha do atual prefeito do Paulista.

LeiaJá também

-> Prefeitos Itinerantes: a facilidade do domicílio eleitoral

A Justiça decretou nesta terça-feira, 15, a prisão preventiva do ex-prefeito Carlos Aymar e do secretário de governo da prefeitura de Araçariguama, interior de São Paulo. Os dois foram flagrados pela Polícia Civil recebendo propina para liberar um projeto habitacional no município. O flagrante foi dado na tarde de segunda-feira, 14, no interior do prédio da prefeitura. O ex-prefeito é casado com a atual prefeita da cidade, Lili Aymar (PDT). A defesa deles alega que o flagrante foi preparado e vai entrar com pedido de liberdade.

O ex-prefeito e o secretário Israel Pereira da Silva foram levados para audiência de custódia, nesta terça, e o juiz entendeu que estavam presentes os requisitos para a prisão preventiva. Os dois são acusados de terem pedido propina de R$ 2 milhões a uma cooperativa habitacional para que a prefeitura autorizasse um projeto de casas populares no município. A empresária responsável pela cooperativa simulou aceitar a proposta e acertou com os acusados a entrega do dinheiro.

##RECOMENDA##

Conforme o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, o flagrante foi dado logo após o político ter recebido cerca de R$ 14 mil dados como sinal do pagamento da propina. O dinheiro, em notas de R$ 50 e R$ 100, foi encontrado em um saco plástico, no armário da sala em que o ex-prefeito se encontrava, na prefeitura. As cédulas haviam sido copiadas e a confrontação da numeração foi positiva.

As investigações tinham se iniciado havia cinco meses e a justiça de São Roque já havia determinado a prisão temporária dos suspeitos, caso não houvesse o flagrante. Os dois responderão pelos crimes de associação criminosa e concussão - quando o ocupante de função pública exige algum benefício ilegal. A pena prevista vai de 2 a 8 anos de prisão.

A defesa do secretário informou que ainda não teve acesso aos autos para análise do caso. A defesa do ex-prefeito informou que "a prisão ocorreu em um típico caso de flagrante preparado sem qualquer participação de Carlos Aymar, fato que, conforme o STF, súmula 145, torna o crime impossível". Já a advogada Marina Matioli Vargas Pereira, que também defende o ex-prefeito e acompanhou a audiência de custódia, disse que outros supostos envolvidos ainda estão sendo ouvidos pela polícia, o que a impede de se manifestar sem conhecer todo o teor dos depoimentos.

Aymar governou Araçariguama em dois mandatos, entre 2000 e 2008. Em junho de 2013, ele foi preso durante uma operação realizada pela Polícia Civil para apurar supostas fraudes na prefeitura de Mairinque, envolvendo políticos, funcionários públicos e empresários. Na época, Aymar ocupava cargo nessa prefeitura. Na ocasião, ele negou as acusações e o caso foi arquivado.

Apesar de Aymar não exercer cargo oficial na municipalidade, a investigação apurou que ele ocupava uma sala e despachava no interior do prédio, segundo o delegado Marcelo Carriel. A prefeitura de Araçariguama informou que a prefeita Lili Aymar estava reunida com o departamento jurídico da prefeitura, no início da tarde desta terça, e oportunamente emitiria comunicado a respeito das prisões.

Sobre as prisões do ex-prefeito Carlos Aymar e do secretário de Governo, Israel Pereira da Silva, em nota, a prefeitura de Araçariguama informou que não foi intimada a se manifestar, nem teve acesso aos autos do processo referente à denúncia envolvendo o (agora) ex-secretário de governo. "Informamos ainda que a administração municipal se coloca à inteira disposição para contribuir com as autoridades e reitera que não compactua com qualquer ato ou conduta que viole os princípios que norteia a gestão pública", diz a nota. Informou também que serão apuradas as responsabilidades e tomadas as providências cabíveis. A secretária de Assuntos Jurídicos, Nathalia Ortega da Silva, assumiu interinamente a Secretaria de Governo. A nota não faz menção à prisão do ex-prefeito Carlos Aymar, quando ocupava sala no interior do prédio da municipalidade.

O ex-prefeito de Laranjal, no Paraná, Riolando Caetano de Freitas (PDT), foi assassinado a tiros no centro da cidade, no final da noite da última quarta-feira, 28. Conforme a Polícia Civil, o autor dos disparos é um funcionário da secretaria municipal de saúde que estava de plantão e usava um carro oficial. O criminoso fugiu após o crime e está sendo procurado.

Conforme o registro policial, o ex-prefeito conversava com o acusado em frente a uma panificadora, quando este sacou uma arma e deu dois tiros em Riolando. O político se refugiou no interior da padaria e foi perseguido pelo atirador, que fez outros quatro disparos. O ex-prefeito morreu no local.

##RECOMENDA##

Um funcionário da padaria tentou intervir e foi atingido por um tiro no braço esquerdo. Acionada, uma equipe do serviço municipal de saúde constatou que o ex-prefeito já estava morto. O servidor foi socorrido.

A polícia deu buscas na casa e em um lavador de carros do atirador, que trabalhava como motorista no serviço municipal de saúde e não teve o nome divulgado. A ex-mulher dele contou aos policiais que o suspeito havia feito ameaças a ela pelo aplicativo WhatsApp, logo após o crime.

Conforme a Polícia Civil, a investigação preliminar dá conta de que o crime teria sido motivado por ciúmes do atirador em relação à ex-esposa. O corpo do ex-prefeito passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava e foi sepultado na tarde desta quinta-feira, 29.

O prefeito da cidade de 6,3 mil habitantes, Josmar Moreira Pereira (PSL) manifestou condolências aos familiares e lamentou a trágica morte do ex-prefeito, "um dos responsáveis pela emancipação política de Laranjal", segundo a nota publicada no site oficial do município. Riolando cumpriu dois mandatos de prefeito na cidade. A prefeitura decretou luto oficial por três dias, com as bandeiras a meio mastro. O expediente público da prefeitura foi suspenso nesta quinta-feira.

Começou neste sábado (13) o julgamento do ex-prefeito de Teerã Mohammad Ali Najafi, acusado de matar sua segunda esposa - informou a imprensa iraniana. Najafi, de 67 anos, foi prefeito da capital do Irã entre agosto de 2017 e abril de 2018 e é considerado um dos líderes do movimento reformista.

Em 28 de maio, ele se entregou à polícia e admitiu ter matado sua segunda esposa, Mitra Ostad, 30 anos mais jovem do que ele, algumas horas antes. O corpo da vítima foi encontrado no banheiro da casa onde viviam, dentro de uma banheira.

Matemático brilhante e professor universitário, Najafi foi vice-presidente da República Islâmica e várias vezes ministro. Agora pode ser condenado à pena de morte.

A fama de Najafi e o escândalo em torno de seu segundo casamento - por não ter-se divorciado da primeira mulher, como exige a lei iraniana - contribuíram para o grande interesse que o caso desperta no país.

Uma magistrada anticorrupção do Peru proibiu a saída do país por 18 meses do ex-prefeito de Lima Luis Castañeda, investigado por supostamente receber dinheiro ilegal da construtora brasileira OAS, após a também brasileira Odebrecht decidir colaborar com a justiça em uma investigação de corrupção local.

A juiza María de los Ángeles Álvarez notificou sua decisão à agência nacional de migrações pela investigação em nível fiscal que segue ao único político peruano - que chegou a ser três vezes prefeito de Lima - devido aos supostos delitos de lavagem de dinheiro e corrupção. Castañeda, conhecido como "o mudo" por sua tendência a evitar falar à imprensa, não fez nenhum comentário sobre a decisão judicial.

##RECOMENDA##

De acordo com a investigação da promotoria, a OAS entregou US$ 220 mil à campanha eleitoral do ex-prefeito em 2014 com o objetivo de elevar posteriormente seu lucro por meio de uma concessão de pedágios que a construtora tinha atribuída sobre uma via importante para Lima, que liga ao longo de nove quilômetros a zona oeste da cidade com o principal porto peruano, localizado no extremo oeste da capital.

Castañeda chegou a conquistar três vezes a prefeitura da capital peruana, nos períodos 2003-2006, 2007-2010 e 2015-2018. Ele não é o único prefeito da capital do país com problemas. Susana Villarán, prefeita esquerdista da capital no período 2011-2014, está detida por 18 meses desde maio, enquanto é investigada por lavagem de ativos por supostamente receber cerca de US$ 10 milhões da OAS e também da Odebrecht.

De acordo com a promotoria, ao menos cinco ex-executivos da OAS decidiram delatar todas as práticas corruptas de que participaram. Fonte: Associated Press.

O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou que vai doar 1,8 bilhão de dólares para a Universidade Johns Hopkins, no que se acredita que é a maior doação para uma instituição de ensino superior.

Bloomberg afirmou que a doação pretende ajudar os estudantes com baixa e média renda a pagar pelos estudos universitários, em um país onde os custos do ensino superior em centros de elite superam 50.000 dólares ao ano, uma barreira intransponível para a maioria das famílias.

"Eu tive sorte: meu pai era um contador e nunca recebeu mais de 6.000 dólares por ano. Mas eu tive condições de pagar a Universidade Johns Hopkins com um empréstimo estudantil da Defesa Nacional e ao manter um emprego no campus", escreveu Bloomberg em um artigo publicado no jornal New York Times.

"Meu diploma de Hopkins abriu portas que de outra maneira teriam permanecido fechadas, e me permitiu viver o sonho americano".

Bloomberg, que fez sua primeira doação de cinco dólares à universidade um ano depois de sua formatura, já doou desde então 1,5 bilhão para as áreas de pesquisas, ensino e financiamento.

A nova doação será adicionada às anteriores e servirá como ajuda ao financiamento para estudantes qualificados de famílias com baixo nível de renda.

"Quero garantir que a universidade que meu deu uma oportunidade será capaz de abrir permanentemente a outros a mesma porta de oportunidade", escreveu Bloomberg.

O empresário, no entanto, reconheceu que sua doação ajuda apenas um centro universitário em um país onde há mais estudantes em uma dezena de centros de elite que pertencem ao 1% das famílias mais ricas que alunos que procedem das famílias que estão entre as 60% da menor faixa de renda.

E isto apesar de muitos estudantes de baixa renda terem as mesmas qualificações para serem aceitos, destacou Bloomberg.

"Estes passos sozinhos não são suficientes. Os subsídios federais não acompanharam o ritmo do aumento dos preços e os estados reduziram a ajuda estudantil. As doações privadas não podem nem devem compensar a falta de apoio governamental", completou.

O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) pediu a condenação do ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), e mais dois ex-secretários da gestão do pedetista em R$ 22 milhões, por débitos decorrentes de compensações previdenciárias consideradas indevidas pela Receita Federal. O pedido foi feito em processo de auditoria especial  que está em tramitação no Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

De acordo com o MPCO, na administração de Queiroz foram realizados dois contratos, sem licitação, com dois escritórios de advocacia, para auxiliar  em compensações de supostos recursos que a Prefeitura teria a receber da Receita Federal. Posteriormente, a Receita Federal considerou os procedimentos indevidos, aplicando uma multa milionária ao município. 

##RECOMENDA##

Os auditores do TCE também já consideraram, segundo o MPCO, que a dispensa de licitação para contratação dos escritórios foi irregular e que os ex-gestores não comprovaram a prestação dos serviços contratados.

"O prefeito assinou os contratos, homologou a inexigibilidade que era indevida e ainda descuidou do seu dever de vigilância sobre assuntos importantes da Administração, como o presente, um débito para o Município de quase 22 milhões de reais. Já a responsabilidade do ex-secretário é ainda maior, pois o contrato previa a obrigação do mesmo em fiscalizar a execução do contrato, bem como ser a autoridade para informar o cumprimento do contrato, o que não foi feito", aponta parecer do MPCO, do procurador Cristiano Pimentel.

Os auditores do TCE apontaram que a gestão anterior fez o pagamento de 2 milhões em honorários, antes da homologação pela Receita Federal do procedimento de compensação. 

"A gestão municipal anterior não adotou qualquer providência contra as irregularidades praticadas pelos escritórios contratados, só iniciando algumas medidas após começarem os trabalhos de fiscalização pela equipe de auditoria do Tribunal de Contas", alegou Pimentel. Informações apuradas pelo MPCO apontam que a gestão da prefeita Raquel Lyra (PSDB) é que está pagando o débito e a multa da Receita Federal, após a gestão anterior ter feito um parcelamento especial com o Governo Federal. 

A auditoria especial ainda está aguardando julgamento na Primeira Câmara do TCE. Além dos gestores, o MPCO também pede a condenação dos dois escritórios de advocacia contratados. 

Inquérito

Em Caruaru, o Ministério Público do Estado (MPPE) abriu um inquérito, em 29 de maio, para investigar os mesmos fatos. Segundo o despacho, serão analisados os dois contratos, por inexigibilidades licitatórias, para realizarem compensações previdenciárias indevidas, segundo a Receita Federal. O MPPE também menciona o prejuízo de R$ 22 milhões.

Cristiano Pimentel encaminhou cópia da investigação à Central de Inquéritos, para "providências de ordem criminal" e também oficiou o presidente do TCE, para obter cópia integral da auditoria especial.

O LeiaJá tentou contato com o ex-prefeito, mas não obteve êxito até o fechamento desta matéria. 

A Polícia Federal prendeu na segunda-feira (23) o ex-prefeito da cidade de Rio Largo, em Alagoas, Antônio Lins de Souza Filho, o Toninho Lins. A prisão aconteceu no bairro da Torre, na Zona Norte do Recife, dentro da operação 'procurados'. De acordo com a PF, ele teve sua prisão decretada em fevereiro deste ano.

Toninho foi condenado a 16 anos e 2 meses de prisão por apropriação de bens públicos, falsificação de documentos, fraude em licitações, entre outros crimes. O ex-prefeito estava foragido desde março deste ano, após ter sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Ele aguardava em liberdade o julgamento de um Agravo em Recurso Especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

##RECOMENDA##

A Procuradoria Geral da Justiça de Alagoas (PGJ) ordenou que Toninho começasse a cumprir a pena enquanto aguardava o julgamento do recurso, mas a defesa do ex-prefeito alegava que a pena só deveria ser cumprida após o julgamento definitivo. Por conta desse impasse, o juiz Maurílio Ferraz acatou o pedido feito pela Procuradoria, para que fosse dado início à execução provisória da pena. 

Após a sentença do Tribunal de Justiça, a polícia tentou localizar Toninho Lins para executar o mandado de prisão, mas ele não foi encontrado e passou a ser considerado foragido. Segundo a Polícia Federal, a previsão é que nesta terça-feira (24) ele seja escoltado por policiais federais até Alagoas e entregue ao sistema carcerário, onde ficará à disposição do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas.

Recém filiado ao PCdoB, o ex-prefeito do Recife João Paulo passou a ficar mais perto de ocupar um posto na chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano. Entretanto, em conversa com o LeiaJá nesta quarta-feira (18), ele ponderou que não chegou à legenda comunista reivindicando candidatura e ainda vai se inteirar sobre as pretensões do seu novo partido para o pleito. 

Nos bastidores, o nome de João Paulo aparece cotado para ocupar a vaga de vice do governador Paulo Câmara (PSB), que disputará a reeleição, e a presidente nacional do partido, Luciana Santos, que vinha sendo citada como opção para o Senado, já admitiu a possibilidade de mudança e indicação do novo correligionário para a majoritária

##RECOMENDA##

“No PCdoB eu não pedi absolutamente nada. Fui recebido como um grande companheiro e com grande carinho em todo o Brasil, um clima de alegria. E eu já deixei claro, não chego reivindicando candidatura nenhuma, nem estadual, federal, senador, vice ou governador. Sou um militante que quer contribuir com o processo, até sem ser candidato”, observou o ex-prefeito da capital pernambucana.

Questionado se aceitaria possíveis propostas para a disputa, João Paulo deixou claro que não tem pressa para decidir. “Não conversei com o pessoal [do PCdoB] sobre isso. Estou estressado com isso não, esse ano é mais complicado para mim até para pensar em candidatura. Estou concluindo o mestrado, no inglês e ensinando. Então se eu puder ajudar de alguma forma, a mais estratégica para o partido, e para o conjunto das nossas forças de esquerda, vou contribuir”, sustentou.

Apesar disso, João Paulo adiantou que pretende conversar sobre o assunto nos próximos dias com o ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, que é responsável pela tática eleitoral do PCdoB para este ano em Pernambuco. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando