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Em meio à pandemia de informações falsas, mesmo com a queda das taxas de óbito pela Covid-19 no Brasil, as tentativas de descredibilizar a imunização repercutiram na nova alta na ocupação de leitos de UTI. Contudo, o resultado mais preocupante é a incidência de vítimas que não foram vacinadas.

No Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, 85% das mortes ocorrem por pacientes que não tinham o esquema de proteção completo. Conforme a gestão da unidade informou à Globo News, 100% dos leitos de UTI estão ocupados atualmente.

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Números do estado

Em todo o estado, o índice de ocupação de leitos de UTI é de 71,6% e das enfermarias está em 66,1%.

Com a taxa de letalidade em 3,4%, desde o início da pandemia, 159.589 pessoas não resistiram aos efeitos do vírus e 4.745.504 testaram positivo.

Conforme a Secretaria de Saúde, 80,86% da população está com o esquema vacinal completo. Ao todo, foram 95.269.575 doses aplicadas.

Um relatório divulgado pela organização não-governamental Artigo 19, que possui escritórios em nove países, apontou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu 1.682 declarações falsas ou enganosas em 2020, uma média de quatro por dia. De acordo com o documento, os ataques do presidente à imprensa indicam uma queda no nível de liberdade de expressão no mundo em geral e no Brasil, que obteve apenas 52 pontos no quesito, em uma avaliação que vai de 0 a 100 pontos.

O índice brasileiro é o menor desde que passou a ser calculado pela ONG, em 2010. As informações integram o "Relatório Global de Expressão 2021", que analisa 161 países. O material também aponta que as declarações falsas ou enganosas de Bolsonaro colaboraram com o aumento do número de casos de Covid-19 no Brasil, país criticando pela ONG pela falta de transparência nos números da pandemia.

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"Em outros casos, a desinformação vem de indivíduos que ocupam posições relevantes — até mesmo chefes de governo, como Jair Bolsonaro — geralmente por meio de contas pessoais, em vez de oficiais, nas redes sociais. Esses indivíduos isolados podem ter um grande impacto na disseminação da desinformação. O presidente dos Estados Unidos [Donald Trump, que estava no cargo em 2020] foi provavelmente o maior impulsionador da 'infodemia' de informações errôneas sobre a COVID-19 em língua inglesa", diz trecho do relatório.

O documento frisa que Bolsonaro chamou a Covid-19 de “gripezinha” ao passo em que “promove discursos antivacinas e anti-isolamento, piorando as taxas de infecção e causando uma crise de informação com discursos altamente polarizados". Desde janeiro de 2019, quando assumiu o cargo, o presidente já soma 2.187 declarações falsas ou distorcidas.

Bolsonaro, seus assessores e ministros já deram 464 declarações públicas de atacando ou deslegitimando jornalistas. "Essas atitudes influenciam as autoridades locais e se manifestam em atitudes, assédio e ações judiciais contra jornalistas. Esse nível de agressão pública não era visto desde o fim da ditadura militar. A crescente hostilidade social contra jornalistas e seus efeitos desencorajadores não devem ser subestimados", destaca o relatório.

Dois homens foram presos em flagrante após repassarem notas falsas de R$ 200 a, pelo menos, quatro comerciantes de Carpina e Lagoa do Carro, na Mata Norte de Pernambuco. Eles adquiriram mercadorias de baixo valor como frutas e cervejas de olho no alto troco e utilizaram um carro de luxo para dar credibilidade ao golpe.

Os próprios feirantes denunciaram que uma dupla suspeita circulava no Centro de Carpina em um Hyundai I-30 preto. Após ronda, a Polícia Militar localizou o veículo na PE-90, onde abordou os suspeitos e encontraram uma cédula de R$ 200 com forte indício de ser falsa no bolso de um deles, por volta do meio-dia do último domingo (11).

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No interior do carro também foi encontrado R$ 781 em notas verdadeiras, recebidas como troco das vítimas. Os suspeitos confessaram o golpe e indicaram os quatro comerciantes que foram enganados. Os trabalhadores tiveram o dinheiro e os produtos restituídos.

A Polícia Federal (PF) informa que foram apreendidas cinco notas de R$ 200, equivalente a R$ 1.000 em dinheiro falso. O veículo de luxo e dois aparelhos celulares também foram recolhidos.

Segundo levantamento da PF, um dos suspeitos tem 28 anos e mora em Afogados, na Zona Oeste do Recife. Ele estava com tornozeleira eletrônica e responde a um processo por porte ilegal de arma de fogo e outro por tentativa de homicídio. O segundo tem 24 anos, reside no bairro de Garapu, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e estava em liberdade provisória após ser preso por tráfico de drogas.

Ambos receberam voz de prisão em flagrante e foram autuados por introduzir em circulação nota falsa. Após passar pela sede da PF, na área Central da capital, eles participaram de audiência de custódia e podem ficar presos de três a 12 anos. A dupla foi encaminhada ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL), em Abreu e Lima, onde ficou à disposição da Justiça.

A Polícia Federal deu orientações para evitar cair no golpe do dinheiro falso:

1. CONHEÇA BEM A NOTA VERDADEIRA;

2. NÃO TENHA PRESSA NO ATENDIMENTO: Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo;

3-VERIFIQUE SE AS NUMERAÇÕES DAS NOTAS NÃO SÃO IGUAIS: Ao receber duas notas de igual valor verifique se as numerações não são iguais, os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente porque isso acarreta em custos com impressão por ter que mudar a matriz da impressão;

4. OBSERVE A TEXTURA DA NOTA: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão;

5. OBSERVE A IMPRESSÃO DA NOTA: Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver ‘borramento’ das cores;

6. VERIFIQUE A MARCA DÁGUA COLOCANDO A NOTA CONTRA A LUZ;

7. NO CASO DE DÚVIDA, COMPARE A NOTA SUSPEITA COM UMA NOTA VERDADEIRA;

8. BAIXE O APP GRÁTIS “DINHEIRO BRASILEIRO” NO SEU CELULAR: O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central ajuda a identificar, conhecer e onde se encontram os itens de segurança tais como: fio de segurança, quebra-cabeça, microimpressões, marca d’agua, número escondido e que muda de cor, alto relevo, elementos fluorescentes.

Desde que começou a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, passaram também a surgir denúncias de venda de vacinas piratas pela internet. De acordo com o Ministério da Justiça, estão sendo investigadas mais de 2 mil páginas que estariam oferecendo o produto ilegal. A prática pode configurar crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, e quem se depara com esse tipo de oferta na internet deve registrar a ocorrência em Delegacia de Polícia. O alerta é da advogada Amanda Bessoni Boudoux Salgado, criminalista do escritório Alamiro Velludo Salvador Netto Advogados Associados.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) iniciou uma campanha nas redes sociais para alertar sobre o golpe. A proposta é comunicar toda população de que, atualmente, a vacina só pode ser obtida na rede pública de saúde e de forma totalmente gratuita. Além disso, a pasta criou um canal para receber denúncias da comercialização de vacinas não autorizadas pela Anvisa.

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Amanda Salgado destaca, ainda, que a conduta configura crime contra a saúde pública. "Quanto à comercialização e entrega de substâncias como se fossem os imunizantes da Covid-19, a conduta configura crime contra a saúde pública, previsto no artigo 273 do Código Penal, que trata da falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, com pena de reclusão de 10 (dez) a 15 (quinze) anos e multa. Também comete o delito quem, embora não falsifique o produto, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender, distribui ou entrega a consumo a substância falsificada".

A vitória de Karol Conká na noite da última quinta-feira (11), no BBB21, já mexeu com os ânimos dos confinados. A líder logo foi comemorar seu reinado no quarto luxuoso, acompanhada de Pocah, Lumena e Nego Di. Enquanto exibia as fotos de sua família, disparou sobre os demais confinados não comemorarem sua liderança.

"Eles não querem ver, eu falei para vocês. É outro corre... No fundo, ninguém queria que eu ganhasse essa liderança. Primeira mulher Líder da casa, e a mulherada não está nem aí. O nome disso é recalque... Mas, na verdade, eu nem queria todo mundo aqui , porque é um bando de invejoso. É um bando de falso", disse.

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Mais tarde, os brothers apareceram no jardim para ver as fotos através da janela. Karol agradeceu os elogios, mas sem que eles pudessem escutar, virou as costas e xingou Camilla de Lucas e Viih Tube: "Obrigada, suas falsas!"

Durante a noite, Karol ainda especulou quem iria indicar ao paredão, dando a entender que ainda está na dúvida. Ela sugeriu que poderia colocar Camilla na berlinda, mesmo não querendo que ela saia, ou então Sarah.

Veto

Já Fiuk não gostou nada de ter sido vetado da Prova do Líder por Arthur.

"Estranho, porque ele falou que não, então a falsidade a gente encontra por aqui, e eu ainda chamei ele. Ele não queria olhar no meu olho e eu falei: olha para mim. O cara está incomodado que eu gosto de cuidar de mim e das pessoas que estão comigo. Grande motivo para não gostar de mim", disse o cantor, que tem sido alvo de memes nas redes sociais recentemente.

Carla Diaz foi cobrar Arthur sobre a decisão de ver o cantor: "Você entendeu meu jogo, né? Então só abre seu olho. Porque talvez... eu não quero falar nada para depois não falarem que eu estou te influenciando, fazendo sua cabeça. Acho que você é homem suficiente para entender as situações... Agora você dar uma desculpa, de votar no Fiuk porque o garoto ficou falando... A gente estava brincando. Era papo dele com o Nego Di, não era nada com você. Me desculpa, eu acho que isso não é um motivo muito forte para você vetar uma pessoa, comparado a uma pessoa que fez algo muito grave. Mas ai é sua cabeça, sua sentença. Eu não sei o que é certo para você, Arthur. De verdade, eu tenho essa dúvida", disparou.

O ex-policial militar Gabriel Monteiro (PSD) foi multado em R$ 5 mil pela Justiça Eleitoral por publicar informações falsas e difamar um opositor político. Na expectativa por uma vaga como vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o youtuber ainda sofre as consequências dos ataques contra o coronel e candidato a vice-prefeito do município, Ibis Pereira (PSOL). 

No entendimento da 230ª Zona Eleitoral do Rio, Gabriel usou seu perfil no Twitter para publicar informações falsas sobre o coronel Ibis. O juiz responsável pela decisão considerou que o youtuber teve uma conduta ilícita em meio a campanha eleitoral.

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No site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o espaço destinado a prestação de contas do candidato não possui informações.

Uma liminar chegou a ser publicada para que o conteúdo difamatório fosse retirado da rede. No entanto, os administradores do Twitter demoraram a cumprir a determinação e a plataforma também deve ser punida.

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Ao perceber a postura atípica de perfis negros no Twitter em apoio ao presidente norte-americano Donald Trump, pesquisadores da Universidade Clemson descobriram que a campanha republicana é estimulada por contas falsas. Com narrativas enganosas e linguagem quase idêntica, os perfis alcançam milhares de usuários e depois desaparecem.

Chamadas de "blackface digital", geralmente as contas fake roubam fotos de homens negros para fortalecer o apoio ao candidato. Em um dos casos, no lugar da imagem de perfil foi publicado apenas as palavras "foto de homem negro", de acordo com o Washington Post.

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Em apenas seis dias de atividade, o perfil falso de um policial negro conquistou 24 mil seguidores. Embora a conta @CopJrCliff tenha sido aberta em 2017, a primeira das oito publicações só ocorreu no último dia 6 de outubro. Antes de desaparecer da rede, ele recebeu 75 mil curtida em um dos tweets. O perfil teria sido suspenso por quebrar as regras de manipulação da rede social.

“É uma guerra assimétrica [...] eles não precisam durar muito. E eles são tão baratos de produzir que você pode obter muita tração sem muito trabalho. Obrigado, Twitter”, criticou o pesquisador-chefe Darren Linvill.

Ele explica que encontrou evidências estrangeiras nas contas, com traços do alfabeto cirílico russo. Um dos perfis já havia promovido um serviço de acompanhantes da Turquia, aponta.

Em resposta, o representante do Twitter, Trenton Kennedy, reforçou o esforço da plataforma para evitar o blackface digital. “Nossas equipes estão trabalhando diligentemente para investigar esta atividade e tomarão medidas de acordo com as Regras do Twitter se os tweets forem considerados violadores”, informou.

Há quem diga que as máscaras são permeáveis demais para deter o vírus ou, pelo contrário, podem impedir a respiração. Essas e outras teorias sobre as máscaras - objeto indicado no combate à Covid-19 - continuam sendo espalhadas pelos que são contrários ao seu uso, apesar de já terem sido desmentidas por muitos cientistas há meses.

- Falta de oxigênio e muito CO2: FALSO -

A falsa ideia de uma "hipóxia" - deficiência de oxigênio - é uma das mais comuns. Algumas postagens nas redes sociais até afirmam que as máscaras podem matar.

No entanto, como muitos médicos explicaram à AFP, "a máscara não é um circuito fechado, ela permite que o oxigênio passe", ressalta, por exemplo, o médico Yves Coppieters, epidemiologista e professor de saúde pública da Universidade Livre de Bruxelas.

Em contrapartida, ela pode dar uma "sensação de desconforto, que dá a impressão de asfixia, mas é psicológico. No caso de uma pessoa com boa saúde, (a máscara) não a impede de realizar as atividades normais do dia a dia", acrescenta.

A essa crença se soma a teoria muito popular de que com ela você respira seu próprio CO2. Porém, "como não é um circuito fechado", "quase todo o ar expirado escapa", explica Shane Shapera, diretor do programa de doenças pulmonares do hospital público de Toronto, no Canadá.

- Propensão à cultura de bactérias, fungos, mofos: FALSO -

“As infecções fúngicas graves são raras”, explica Françoise Dromer, chefe da unidade de Micologia Molecular e do Centro de Referência Nacional para Micoses Invasivas e Antifúngicas do Instituto Pasteur, na França. "Nas condições de uso recomendadas, é impossível que fungos se desenvolvam dentro de uma máscara."

“Para que uma máscara apodreça, ela precisa, por exemplo, ser deixada úmida em uma sala cheia de mofo ou com um adubo, durante semanas”, acrescenta Dromer, lembrando que o apetrecho deve ser trocado a cada quatro horas.

Como "o ser humano tem bactérias normais na boca e nas narinas", "quando falamos expelimos gotículas de saliva e pode ser que haja fungos e bactérias que fiquem na máscara", diz Daniel Pahua, professor de saúde pública da Universidade Nacional Autônoma do México.

Mas “a maioria desses agentes não causa doenças, porque são bactérias que nós (já) temos na boca” normalmente, ressalta.

- Elas deixam o vírus passar: FALSO -

A teoria de que as máscaras deixam os vírus passarem porque os buracos do tecido são maiores do que os vírus também é muito popular.

Em primeiro lugar, "o tamanho da partícula viral não é relevante. É o tamanho das gotículas que contêm o vírus que conta", e as máscaras as filtram com folga, explica o médico Julian Leibowitz, professor de imunologia microbiana na Texas A&M University.

Por outro lado, a máscara cirúrgica não funciona como um coador, ela filtra de acordo com outros princípios físicos, como o efeito da inércia e da captura eletrostática, de forma a conter ao máximo as gotículas, mesmo as pequenas, segundo Jean-Michel Courty, professor de física na Universidade de Sorbonne em Paris e pesquisador do laboratório Kastler Brossel.

Além disso, "as máscaras não precisam ser 100% eficazes para desempenhar um papel significativo na redução da epidemia", aponta o virologista Benjamin Neuman, da Texas A&M University.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) as considera uma medida eficaz para limitar a propagação, junto com o distanciamento físico e a lavagem das mãos. E mais ainda quando são utilizadas em massa, já que seus usuários protegem uns aos outros.

A grande maioria dos brasileiros já ouviu falar durante a disputa eleitoral deste ano sobre “fake news”, termo em inglês que significa “notícias falsas”. A propagação de informações não verdadeiras tem despertado não apenas um debate entre a população, como também um alerta por parte da Justiça Eleitoral ao ponto da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, marcar uma reunião nesta quarta-feira (17), com os coordenadores das campanhas dos candidatos a presidente Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) com o objetivo de discutir as que estão sendo veiculadas nas mídias sociais. 

A avalanche das fake news tem sido tão evidente que, de acordo com o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, a Procuradoria está investigando suspeitas de que pessoas foram contratadas no primeiro turno da eleição para divulgar fake news contra candidatos opositores. Ele alertou para o fato de que “difundir propaganda negativa é crime”. Medeiros chegou a falar sobre “um esquema industrial de produção de mentira”. 

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Uma reportagem do El País mostra um número alarmante. De acordo com a reportagem, o veículo de comunicação se inscreveu em três grupos públicos de WhatsApp formado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a matéria, juntos, eles teriam publicado mais de 1.000 mensagens ao dia e em dois deles a presença de fake news estariam mais evidentes como a do boato de que as urnas eletrônicas no Brasil já foram fraudadas. 

Na manhã de hoje, o opositor de Bolsonaro, o candidato Fernando Haddad (PT), em São Paulo, durante um ato com mais de 200 lideranças evangélicas, distribuiu uma “Carta Aberta ao Povo de Deus” no qual esclarece mentiras espalhadas entre a classe evangélica. Um trecho do documento destaca que “nenhum de nossos governos encaminhou ao Congresso leis inexistentes pelas quais nos atacam: legalização do aborto, kit gay, taxação de templos, proibição de culto público, escolha de sexo pelas crianças”. 

Entre as polêmicas mais recentes envolvendo o tema, o ministro Carlos Horbach, do TSE, determinou que Bolsonaro retire seis publicações no Youtube e no Facebook no qual o capitão da reserva faz críticas ao livro “Aparelho Sexual e Cia”, chamado pelos adversário de ‘kit gay’. De acordo com o candidato do PSL, o livro foi distribuídos em escolas públicas na época em que Fernando Haddad (PT) comandava o Ministério da Educação (MEC). Por sua vez, o órgão negou produzir e distribuir o livro. 

A cientista política Priscila Lapa ressalta que houve uma mudança de estratégia dos candidatos no final da campanha e, por isso, existe um discurso mais agressivo. “Essa geralmente é uma tendência que existe em campanha de no início ter um tom mais propositivo e de apresentação do candidato e depois ela vai migrando para um tom de troca de farpas e de desqualificar o adversário na tentativa de não apenas confirmar as suas intenções, mas também de tentar tirar votos do oponente”, explicou. 

Lapa afirma que o tom mais contundente dos candidatos também se deve a um alto grau de insatisfação e descontentamento que o eleitorado tem demonstrando com as administrações de gestores públicos. “A crise econômica também gera um cenário de maior apreensão onde as pessoas ficam mais críticas e com maior desejo de mudança”. 

Muitos políticos, durante o primeiro turno, também se disseram vítimas de fake news. O deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSOL), que já afirmou por mais de uma vez que não há ninguém que tenha sido mais difamado quanto ele não campanha, contou que conseguiu com que o Tribunal Regional Eleitoral retirasse mais de um milhão de publicações falsas envolvendo o seu nome. “Eu fui caluniado à direita e à esquerda, houve boicote à minha candidatura dentro do próprio campo progressista”, afirmou o ex-BBB. 

A candidata a vice-presidente na chapa de Haddad, Manuela D´Ávila (PCdoB), também contou que foi vítima de uma notícia mentirosa. A deputada foi ameaçada nas redes sociais após ter sido espalhado que a Polícia Federal teria quebrado o sigilo telefônico de agressor do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e que Manuela teria ligado várias vezes para Adélio e que também tinha articulado junto ao PT planejado o ataque a faca contra Bolsonaro, que aconteceu no começo do mês passado. A coligação do PT pediu ao TSE proteção da Polícia Federal depois do acontecimento.   

Nem mesmo religiosos foram deixados de lado quando se tratam das notícias falsas durante esta eleição. Um áudio viralizou no WhatsApp no qual um homem imitando a voz do padre Marcelo Rossi, ao falar sobre política, declara apoio ao candidato Bolsonaro. Depois, Marcelo Rossi fez uma transmissão ao vivo para negar que a voz era dele e falar que jamais se meteria em política. Ele ainda disse que era “maldade” a atitude e que não se brinca com um servo de Deus. 

Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Elder Bringel já explicou que o termo fake news tem ligação direta com notícias falaciosas. “Essa palavra ganhou o cenário mundial na eleição dos Estados Unidos, com o marketing do Trump, e ganhou as páginas dos jornais com a saída da Inglaterra do Bloco Europeu. A pós-verdade está ligada com as inverdades e mentiras criadas dentro do cenário político para, de certa forma, promover alguém ou desestabilizar um outro alguém, um inimigo político que seja”, explicou. 

Bringel pediu cuidado com as informações veiculadas nas redes sociais e em páginas criadas. “Você tem, em primeiro lugar, tomar cuidado com as notícias veiculadas”, alertou. 

O ex-ministro de Lula, o senador Cristovam Buarque (PPS), durante uma entrevista detonou o líder petista e chegou a compará-lo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Lula foi um dos grandes inventores de narrativas falsas, não o Trump”, alfinetou. Parte da conversa onde criticou o governo Lula foi publicado na página do Facebook do senador. 

Cristovam falou que o discurso de que o Brasil tirou milhões de pessoas da pobreza, que teriam ingressado na classe média durante o governo Lula, é uma narrativa falsa. “A ideia de que os filhos dos pobres entraram na universidade é narrativa falsa, ele pegou um item que de fato alguns puderam entrar por cotas, não foi uma verdade plena. Essa verdade só haveria se a educação de base fosse boa para todos. Filho de pobre e filho de rico um estudando ao lado do outro”. 

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“Eu tenho a impressão que no Brasil tem uma coisa mais grave do que a narrativa falsa hoje são as realidades falsas ou as realidades alternativas. A diferença é que na narrativa falsa ainda fica a dúvida, eu vou atrás para ver se é verdade, mas quando você tem uma realidade falsa, que ela está introjetada na mente, aí não adianta argumento. Hoje, a gente está nesse tempo. Você é de um lado ou é de outro”, expôs o senador. 

O pernambucano ainda disse que, no governo Lula, os marqueteiros criavam o que chamou de “narrativa alternativa”. “Ao longo do governo Lula, nós tivemos muitas narrativas falsas. Os marqueteiros faziam a narrativa alternativa. Só que a narrativa alternativa virou verdade para algumas pessoas", salientou. 

 

A Polícia Civil apreendeu mais de 1,5 mil caixas de som JBL falsificadas no centro do Recife, na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com a Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial de Pernambuco, os produtos recolhidos eram imitações das de caixas de som Bluetooth da marca famosa por comercializar o produto no Brasil. 

A equipe de policiais percorreu três estabelecimentos na rua Tobias Barreto, no bairro São José, após denúncias de que os locais estariam servindo para comercializar produtos sem procedência. Segundo a delegada titular Wedja Andrade, o material apreendido passará por pericia para confirmar a falsificação.

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Já os proprietários das lojas serão intimados a depor e deverão responder aos crimes contra o consumo e também contra propriedade imaterial, podendo pegar até sete anos de prisão. Além disso, vender produtos pirateados é crime previsto no artigo 184 do Código Penal, com pena que pode variar de três meses a um ano de prisão.

Em nota, a Harman do Brasil, responsável pela marca JBL, ressalta que o consumidor deve estar sempre atento à procedência do produto, pois a falsificação pode danificar equipamentos e trazer sérios riscos à segurança do usuário.

Duas instituições de ensino superior do interior de Pernambuco e uma empresa foram condenadas pela Justiça Federal nesta semana, após o Ministério Público Federal (MPF) identificar que ambas estavam dando um golpe nos estudantes em Caruaru, no Agreste, e Chã Grande, na Mata Norte do Estado. De acordo com o MPF, o Instituto Superior de Educação de Floresta (ISEF), a Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire) e a empresa Alinne Naiany Souza Silva de Lima ofereciam cursos de extensão como se fossem de graduação aos estudantes. 

As investigações apontaram que as três participavam de um esquema para ludibriar e lesar os alunos, que acreditavam estar matriculados nos cursos superiores de Administração, Pedagogia, Serviço Social e Gestão Ambiental, oferecidos pelo Isef em parceria com a Fadire. Quando na verdade, ambas instituições são credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) para apenas oferecer cursos nas cidades onde possuem sede, em Floresta (ISEF) e em Santa Cruz do Capibaribe (Fadire).

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Já a pessoa jurídica Alinne Naiany era responsável por receber os pagamentos dos alunos pelos cursos clandestinos ofertados. "A emissão irregular dos diplomas do curso de pedagogia seria feita por uma instituição e dos demais pela outra, em um esquema clandestino de intercâmbio de certificados", detalhou o MPF. O autor da ação é o procurador da República Luiz Antônio Miranda de Amorim Silva. 

De acordo com a sentença judicial, os condenados montaram "uma enganosa organização assemelhada ao sistema de franquias para funcionar como instituição privada de ensino superior, em desacordo com a normatização que exige autorização, reconhecimento, credenciamento, supervisão e avaliação da União". 

Sentença 

As três entidades terão que pagar R$ 500 mil por danos morais coletivos e também ficou determinado que os estudantes que queiram reaver o prejuízo sofrido ingressem com ações judiciais individuais. No momento, o ISEF foi proibido de retomar as atividades referentes aos cursos irregulares, bem como de realizar novas matrículas em cursos de extensão, graduação ou quaisquer outros assemelhados oferecidos fora da cidade de Floresta. A entidade também foi proibida de firmar convênio com qualquer instituição para oferta de curso superior em seu nome e de aceitar "créditos" de cursos oferecidos por outra instituição fora dos respectivos limites de atuação autorizados pelo MEC. 

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As informações falsas sobre as eleições chamaram mais atenção no Facebook do que as matérias jornalísticas verdadeiras, nos últimos três meses da campanha presidencial americana, de acordo com uma análise do site BuzzFeed News.

O BuzzFeed calculou que as 20 maiores histórias procedentes de sites especializados em "hoax" (farsas, piadas) e de blogs partidários geraram no período pouco mais de 8,7 milhões de comentários, reações e compartilhamentos na maior rede social do planeta.

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Os 20 textos mais bem classificados dos sites verdadeiros de informações, como The New York Times, The Washington Post e Huffington Post, registraram 7,4 milhões de reações.

No período precedente aos três meses anteriores à eleição presidencial, os textos dedicados à campanha publicados pelos grandes meios de comunicação registraram resultados muito melhores que as informações falsas ou manipulada.

A vitória de Donald Trump na eleição americana de 8 novembro provocou uma grande polêmica sobre a quantidade e a influência das informações falsas que circularam na rede. O Facebook, em particular, foi acusado de ter contribuído para a surpreendente vitória do magnata ao permitir a livre circulação de notícias equivocadas.

O presidente e fundador da empresa, Mark Zuckerberg, rejeitou a ideia, que chamou de "bastante louca", mas ao mesmo tempo afirmou que os usuários estão pouco inclinados a clicar em links e ler artigos compartilhados se consideram que estes não estão de acordo com suas opiniões pessoais.

Grupos supostamente formados por estudantes lançam convocações de protestos pela internet, marcam data e local, atraem centenas de adesões, mas na hora marcada ninguém aparece. Só as forças de segurança. A estratégia se repetiu por duas vezes neste sábado (22), em Sorocaba, e está sendo investigada pela Polícia Civil. No final da tarde, pelo menos 30 homens da Guarda Municipal, além da Rondas Ostensivas do Município (Romu) montaram um esquema garantir a segurança do Paço Municipal. O prédio chegou a ser isolado - o estacionamento foi esvaziado.

A manifestação por melhorias no serviço público tinha mais de trezentas adesões no Facebook, mas ninguém apareceu. Alguns jovens circularam pelo local, aparentemente para confirmar a presença da polícia. Outro protesto, contra a PEC 37, marcado para ter início na Praça Cel. Fernando Prestes, no centro, também não ocorreu porque não apareceu ninguém, apenas viaturas da PM.

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Para a tarde deste domingo (23), havia sido convocada uma manifestação pelo passe livre, desta vez no Parque Campolim, mas o movimento no local era apenas dos frequentadores usuais. O Movimento Catraca Livre, citado em algumas mensagens, negou ter convocado novos protestos.

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