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O PT avalia lançar a professora Ana Estela Haddad, esposa do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, como candidata a prefeita da capital paulista em 2020. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (2). Segundo a reportagem, os dirigentes da legenda devem encontrar com ela nas próximas semanas para apresentar a proposta.

Ana Estela é vista como uma opção de peso, porque na campanha de Haddad ela ocupou um espaço de destaque, é observada como um quadro novo do PT e quando foi primeira-dama de São Paulo, entre 2013 e 2016, foi considerada atuante. Entre os demais cotados do PT para a disputa estão os deputados federais Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, além do ex-deputado Jilmar Tatto.

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De acordo com a matéria, contudo, Ana Estela tem evitado falar sobre o assunto e, para aliados, Haddad tem manifestado reticências sobre a eventual candidatura e teme uma vinculação negativa dos dois. A mulher do ex-prefeito chegou, inclusive, a ser convidada para disputar um cargo legislativo no ano passado, mas não aceitou.

Entre os demais cotados para a disputa pelo cargo em São Paulo, estão o ex-governador Márcio França (PSB), a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e o atual prefeito Bruno Covas (PSDB).

Ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT à Presidência da República nas eleições de 2018, Fernando Haddad iniciou, nesta sexta-feira (15), uma série de viagens pelo país em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a mais de 24 anos de prisão na Lava Jato.

A primeira parada de Haddad foi no Ceará, onde já participou de encontros com parlamentares e membros do PT no início da tarde de hoje. À noite, ele comanda o seminário "O Brasil que saiu das urnas", em defesa de Lula.

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A caravana, de acordo com o ex-prefeito, servirá para construir uma “rodada de discussão” com “aquelas pessoas do nosso bairro, do trabalho, da família, pessoas que não estão recebendo as informações para formar juízo sobre o que de fato o que está acontecendo”.

Fernando Haddad também deve aproveitar os eventos para fazer uma avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Em 30 dias apresentaram o maior projeto de atraso para o Brasil. Jogam o Brasil de volta a 30, 40 anos, atrás. São retrocessos na Saúde, na Educação, Direitos Humanos, Meio Ambiente. O Brasil quer discutir e quer promover esses debates. Se apenas nós estivermos conscientes do que está acontecendo, nós não vamos transformar o país”, disparou o petista, que ainda não divulgou os próximos destinos da caravana. 

Candidato à Presidência derrotado nas últimas eleições, o petista Fernando Haddad usou sua conta no Twitter, neste sábado (19), para questionar o patrimônio imobiliário da família do atual presidente, Jair Bolsonaro.

"Afinal, como um deputado amealhou um patrimônio imobiliário de R$ 15 milhões, sem aprovar um único projeto relevante? Qual a real função da sua assessoria?", disse Haddad na postagem junto ao link de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

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A matéria utilizada como base para o comentário do petista foi publicada em janeiro do ano passado e mostra que Bolsonaro, até então deputado federal pelo PSL-RJ, e seus três filhos que exerciam mandatos são donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.

"A thread do escândalo Bolsonaro deveria começar com essa esquecida reportagem", disse Haddad hoje.

A assinatura do decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo no país, que aconteceu nesta terça-feira (15), pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem dado o que falar entre os políticos da oposição. Na manhã de hoje, o ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT), classificou a medida como antiquada, privatizadora da segurança e disse que o próximo passo de Bolsonaro é legalizar as milícias.

“Pouca gente sabe, mas segurança é dos primeiros direitos assegurados pelo Estado moderno. A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público. A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema”, ressaltou o petista, no Twitter.

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As milícias são um poder paralelo formado por militares, paramilitares ou pessoas armadas que atuam controlando comunidades, a partir da extorsão de moradores, tortura, homicídios e até com o tráfico de drogas. A atuação deles é frequente no Rio de Janeiro, inclusive, na capital carioca são investigadas por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.

De acordo com reportagem recente do jornal O Globo, em pelo menos duas oportunidades em 2008, quando as milícias já eram violentas, o então deputado federal Jair Bolsonaro chegou a relativizar a atuação e defender a legalização dos grupos, classificando-os como “defensores da ordem”. Já na época da campanha eleitoral, no ano passado, ele disse que as milícias, “que tinham plena aceitação popular”, se “desvirtuaram”.

Derrotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial, Fernando Haddad (PT) ironizou, nesta quarta-feira (2), o valor do salário mínimo fixado pelo novo governante.

Uma das primeiras medidas de Bolsonaro foi fixar o mínimo de 2019 em R$ 998, o que representou um aumento diante da atual base salarial do país: R$ 954. Contudo, é menor do que o previsto pelo orçamento da União aprovado pelo Congresso de R$ 1.006.

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“Povo começou a se libertar do socialismo: salário mínimo previsto de R$ 1006,00 foi fixado em R$ 998,00. Sem coitadismo. Selva!”, ironizou o petista, utilizando frases ditas pelo próprio presidente em discursos de campanha e durante a posse, nessa terça-feira (1º).

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De acordo com economistas, apesar de ter reduzido o valor previsto pelo orçamento, Jair Bolsonaro promoveu, pela primeira vez em três anos, o primeiro aumento real. Tradicionalmente o salário mínimo é decretado em dezembro pelo presidente, mas Michel Temer deixou a atribuição para o novo presidente.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi condenado pela Justiça por chamar de "fundamentalista charlatão, com fome de dinheiro" o bispo Edir Macedo. O petista terá de pagar R$ 79.182 ao fundador da Igreja Universal do Reino de Deus - o dinheiro, segundo o bispo, será destinado a uma instituição de caridade. O ex-prefeito também terá que se retratar por ofensas ao líder religioso durante a campanha à Presidência da República.

Na sentença, juiz Marco Antonio Botto Muscari afirma que o petista é um "conhecedor privilegiado das normas jurídicas". "Estudou na mais tradicional faculdade de Direito brasileira, o réu obviamente sabe que acusações passadas de 'charlatanismo, estelionato e curandeirismo', seguidas de absolvição, apenas reforçam a presunção constitucional de inocência do bispo Macedo. Ou será que Fernando Haddad se julga no direito de, após decreto absolutório, insistir em que o líder religioso pratica, sim, 'charlatanismo'?", escreveu.

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"Fernando Haddad claudicou muitíssimo e potencializou os efeitos de sua infeliz declaração, lançando-a nas mídias sociais com acesso a centenas de milhares de destinatários. Impossível estimar a dimensão dos danos causados a Edir Macedo Bezerra, que não persegue lucro fácil, (...) tanto que indicou desde cedo instituição beneficente para receber a verba indenizatória", diz o juiz Muscari na decisão.

Em outubro, Edir Macedo decidiu ir à Justiça e ao Ministério Público Federal contra o ex-prefeito e então candidato do PT à Presidência. Por meio de seus advogados, o bispo ingressou com uma ação de natureza civil, em que pedia indenização de 83 salários mínimos, e com um pedido de abertura de Procedimento de Investigação Criminal (PIC) no Ministério Público Federal em São Paulo.

As ofensas de Haddad, segundo o líder religioso, ocorreram no dia 12 de outubro, quando o petista deu entrevista coletiva à imprensa. A origem do embate estaria na manifestação de apoio que o líder da Universal declarou por Jair Bolsonaro (PSL), rival de Haddad na corrida ao Palácio do Planalto. Macedo afirmou que "apenas e somente demonstrou sua inclinação ao candidato Jair Bolsonaro, nada mais!"

"Com o nítido caráter de propagar a tão combatida intolerância religiosa e ferir sua honra, nome, imagem e reputação, por mera insatisfação pessoal e partidária, bem como se valendo do forte aparato midiático que é destinado aos candidatos à Presidência da República, o réu Fernando Haddad, acompanhado de dezenas de pessoas, após participar de uma missa católica alusiva ao dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, em sede de coletiva de imprensa, passou a proferir ofensas que por si violam o ordenamento jurídico", disse Macedo.

Segundo as ações, na ocasião, Haddad, dirigindo-se aos jornalistas e "diante de todo o público que por lá estava, disse em alto e bom tom. 'Sabe o que é o Bolsonaro? Vou dizer pra vocês o que é o Bolsonaro. Ele é o casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo. Isso que é o Bolsonaro. Sabe o que está por trás dessa aliança? Chama em latim (sic): auri sacra fames, fome de dinheiro. Só pensam em dinheiro' (Paulo Guedes e Edir Macedo)."

O candidato derrotado do PT à Presidência, Fernando Haddad, ressaltou que o eventual fracasso da administração do presidente eleito Jair Bolsonaro não é "o pressuposto" da sua avaliação sobre as perspectivas econômicas do País com o próximo governo. Ao contrário, ele fez um diagnóstico de que a gestão de Bolsonaro poderá ter bons resultados econômicos.

"Temos que nos prevenir: ele vai adotar o neoliberalismo radical", disse, referindo-se a Bolsonaro. "Em primeiro lugar gera um fluxo de caixa muito importante e dá fôlego, com a venda de ativos estatais, o que ocorreu com o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com venda de estatais, o que bancou a sobrevalorização do câmbio por quatro anos", apontou. "Vamos ter crescimento em 4 anos porque estamos há 4 anos sem crescer e isso vai dar um respiro para o governo."

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Na avaliação de Haddad, o novo governo também adotará uma agenda próxima a grupos religiosos conservadores. "A pauta do fundamentalismo alimenta o espírito e não o estômago, mas isto também está no jogo político", disse.

Haddad destacou que o presidente pode ressaltar que vai "intervir na escola pública e que seu filho não tem risco de ser gay." Para o ex-candidato a presidente, é preciso adotar cuidado para avaliar o futuro da administração Bolsonaro. "Não pode ver como dado o fracasso, que pode ocorrer, mas não é pressuposto da nossa avaliação."

Haddad não fez criticas a Bolsonaro, com exceção de ter avaliado como indevido o fato de que o presidente eleito "bateu continência" para John Bolton, assessor de Segurança Nacional do governo do presidente americano Donald Trump em visita na manhã da quinta-feira, 29, em sua residência no Rio de Janeiro.

O ex-prefeito também apontou como "estranho" o fato do juiz Sergio Moro ter aceitado um cargo de primeiro escalão na futura administração. "Não é comum uma pessoa deixar de ser juiz para ser ministro do atual governo", disse.

Haddad diz que as ações de Moro interferiram no resultado das eleições presidenciais pois, para ele, se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Operação Lava Jato - tivesse condições, ele estaria eleito e seria o sucessor do presidente Michel Temer.

De acordo com Haddad, além de propor a reforma política, o governo do ex-presidente Lula no segundo mandato deveria ter sugerido a realização da reforma tributária. "É quando há alto capital político que mudanças importantes precisam ser sugeridas, mesmo que isso implique em derrota em eleições", destacou.

O ex-prefeito, por outro lado, não mencionou, no evento promovido em Nova York pelo "The People's Forum", em nenhum momento a necessidade de ajustes fiscais caso fosse eleito como presidente, nem mencionou a importância da realização da reforma da Previdência Social para o País.

"Na campanha presidencial defendi reformas em dois setores importantes: o bancário e o referente aos meios de comunicação", destacou. "Há a cartelização do sistema bancário, o que também acontece com os meios de comunicação. São dois oligopólios que precisam ser revistos, senão não tem democracia", finalizou.

Em viagem pelos Estados Unidos, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), derrotado por Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das últimas eleições presidenciais, prometeu não torcer pelo fracasso do governo do militar para que seu partido tenha mais chances de vencer em 2022.

"Você não pode ficar torcendo para um governo dar errado para você ganhar o poder. A melhor coisa do mundo é você ganhar de quem está indo bem, porque mostra que você foi melhor na sua mensagem", afirmou durante palestra na Universidade de Columbia, em Nova York.

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"Se der errado, é possível que o PT possa ganhar uma eleição, mas não é assim que a gente deve trabalhar, a gente deve trabalhar com a hipótese de eles darem certo e de a gente dar mais certo do que eles", acrescentou.

Haddad está nos EUA para participar do lançamento de uma coalização internacional progressista, no qual foi convidado pelo senador Bernie Sanders e pelo ex-ministro de Finanças da Grécia Yanis Varoufakis e que acontece no próximo sábado, 1° de dezembro, em Nova York.

Nos dias que antecedem o evento, o ex-prefeito está realizando um ciclo de palestras e evitou fazer críticas diretas a Bolsonaro, se concentrando nos desafios da esquerda diante do crescimento de "governos fascistas ou de extrema-direita".

Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que desde o fim das eleições ainda não conseguiu conversar com o também derrotado na disputa e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT). Nos últimos momentos da corrida presidencial no segundo turno, onde procurou por apoio, principalmente de Ciro, Haddad não recebeu o esperado. 

Para ele, a explicação pode ser porque naquele momento o PDT tinha candidatos a governador disputando eleição e fazendo campanha para Jair Bolsonaro (PSL), que liderava as intenções de voto. 

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"O PDT é um partido de esquerda, 'pero no mucho'", alfinetou Haddad, em entrevista à Folha de São Paulo, fazendo alusão aos correligionários de Ciro que se alinharam à Bolsonaro, que trouxe para o pleito um discurso de extrema direita, contrário ao que - tradicionalmente - prega os partidos de esquerda, a fim de garimpar votos.

Fernando Haddad disse também que quando confirmado a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em segunda instância no caso do triplex, Ciro Gomes foi sondado por ele e por todos os governadores do PT. "Eu sou amigo, gosto muito do Ciro, mas ele errou no diagnóstico e pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal", apontou, fazendo referência a estratégia que vem surgindo entre os partidos de oposição de deixar o PT fora do bloco que deve ser composto por PCdoB, PSB, PDT e Rede Sustentabilidade.

PT pretendia quebrar hegemonia no Palácio do Planalto

Fernando Haddad ainda falou da quebra da hegemonia do PT na Presidência da República. O ex-ministro da educação confirmou à Folha que isso só não aconteceu com o apoio do próprio partido porque o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto em uma tragédia de avião, não aceitou ser vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) em 2014.

Naquele ano, Eduardo preferiu se descolar do PT, partido ao qual por muito tempo foi aliado, para concorrer à Presidência pelo PSB. "O próprio Lula considerava Eduardo Campos como candidato natural para receber apoio do PT em 2018, se tivesse aceitado ser vice da Dilma", acentuou Fernando Haddad.  

Derrotado na disputa pela Presidência da República, Fernando Haddad (PT) assegurou que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tivesse sido condenado em um processo, na ótica dele, "frágil", teria conseguido "conter a ascensão da direita" no Brasil - que deu vitória nas urnas à Jair Bolsonaro (PSL), tido por Haddad como uma representação da extrema direita na América Latina.

"Lula tem significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido no país", argumentou o petista, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (26). Fernando Haddad foi o substituto de Lula na disputa presidencial do PT, uma vez que o ex-presidente foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa por condenações na Lava Jato.

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O ex-prefeito de São Paulo declarou ainda que ele foi um dos primeiros a prever a ascensão da extrema direita no cenário político nacional. Naquele momento, o ex-ministro acreditava que João Doria (PSDB) seria a personificação do que é Bolsonaro hoje. "Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana", apostava Haddad.

Para o petista, a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos foi o que "abriu espaço para a extrema direita no mundo". No entanto, Haddad acredita que o movimento político dos EUA nada tem a ver com o brasileiro. "Trump é tão regressivo quanto Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos (Bolsonaro) é neoliberal", afirma.

“Escola Sem Partido é um projeto autoritário"

Ainda em entrevista à Folha, Fernando Haddad que, além de ter sido ministro da educação no governo Lula, também é professor, classificou o Escola Sem Partido como um projeto "autoritário que está nascendo dentro da democracia".

O petista acredita que esse projeto é uma forma de repressão e intimidação dos docentes em sala de aula.

"Quando um presidente eleito vem a público num vídeo dizer que os estudantes brasileiros têm que filmar os seus professores e denunciá-los, você está em uma democracia ou em uma ditadura?", indagou.

Candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad foi convidado pelo senador norte-americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, para integrar uma frente internacional progressista que visa combater o avanço do autoritarismo no mundo. A assessoria de imprensa de Haddad disse que o petista está analisando a proposta.

O lançamento da coalizão deve acontecer em Nova York, no próximo dia 1º. De acordo com o jornal Correio Braziliense, o grupo tem se mostrado preocupado com a ascensão de governos como o de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a futura gestão do presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) - que venceu a disputa contra Haddad.

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A ideia da frente proposta por Sanders vem sendo difundida desde setembro. O senador americano também foi derrotado nas eleições presidenciais dos EUA. Ele tentou ser o candidato do partido Democrata, mas perdeu a vaga para a correligionária Hillary Clinton que, depois, foi derrotada nas urnas por Trump.

O ex-prefeito de São Paulo está reunido nesta quarta-feira (21) com um grupo de parlamentares eleitos e reeleitos pelo PT e deve tratar do assunto. Os dois líderes esperam que o petista aceite o convite. O grego Varoufakis compartilhou, inclusive, nesta quarta-feira uma notícia em português mencionando a criação da frente com a participação de Haddad.

Às vésperas da sua primeira viagem a Brasília, depois do segundo turno das eleições, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) avisou neste domingo (4), nas redes sociais, que a partir da sua gestão surgirá “um novo momento para o Brasil”. Segundo ele, o “Estado servirá à população” e não o contrário.

“Surge um novo momento, onde o Estado servirá à população e não o historicamente destrutivo oposto”, afirmou o presidente eleito na sua conta no Twitter.

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Sem mencionar o nome do adversário Fernando Haddad (PT), Bolsonaro comparou de forma crítica sua campanha com a do petista. “Gastamos cerca de 20 vezes menos que o segundo colocado, sem prefeitos, governadores ou máquinas. Todo o possível quadro foi mudado graças a conexão com o que almeja a população.”

Viagem

Bolsonaro deve desembarcar com parte de sua equipe na terça-feira (6), em Brasília, para uma série de reuniões. Ele pretende ficar na capital até o dia 8.

Segundo o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmado para assumir como ministro-chefe da Casa Civil, o presidente eleito terá reuniões com representantes dos três Poderes – Judiciário, Legislativo e Executivo.

A expectativa é que as reuniões de Bolsonaro ocorram, separadamente, com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Na quarta-feira (7), Bolsonaro se reúne com o presidente Michel Temer com quem já conversou algumas vezes por telefone e disse estar grato por se colocar à disposição para colaborar na transição.

O governo de transição começa a trabalhar ativamente esta semana em Brasília, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), que fica próximo ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios.

Para o futuro governo, Bolsonaro confirmou cinco nomes: o general da reserva Augusto Heleno para a Defesa; Paulo Guedes, para o superministério da Economia; o juiz Sérgio Moro, para a Justiça; Onyx Lorenzoni, para a Casa Civil, e Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia.

O presidente eleito confirmou que pretende reduzir o número de ministérios de 29 para 15 ou 17. O número exato ainda não foi definido.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) apague das suas redes sociais um vídeo em que associa o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, a "fundamentalismo charlatão" e "fome de dinheiro". De acordo com a decisão, o não cumprimento acarretará no pagamento de uma multa diária de R$ 5 mil.

Macedo entrou com dois processos contra o petista. Na ação, a defesa dele acusa Haddad de difamar o religioso ao descrever o adversário na corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), como "o casamento do neoliberalismo desalmado representado por Paulo Guedes" e o "fundamentalismo charlatão do Edir Macedo".

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No vídeo, gravado durante entrevista de Haddad a jornalistas, o petista também questiona: "Sabe o que está por trás dessa aliança?". E responde: "Chama em latim 'auri sacra fames'. Fome de dinheiro Só pensam em dinheiro".

A assessoria do ex-candidato já adiantou disse que pretende acatar a decisão do TJ-SP, mas não apagou ainda a publicação porque não foi notificado.

 

O PT perdeu apoios regionais na eleição presidencial deste ano e isso é inegável, mas e o lulismo, ainda resiste após a derrota do candidato Fernando Haddad (PT)? Especialistas ouvidos pelo LeiaJá apontam que sim, apesar da argumentação constante dos opositores ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segue preso cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro, de “extirpar” a força deste segmento do país.

O que mudou, contudo, é o cenário em que o lulismo saiu do auge de conquistar quatro mandatos presidenciais seguidos para o declínio dos escândalos de corrupção e a crise político-econômica instaurada no Brasil - que gerou o movimento antilulismo e antipetista.

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O retrato disso foi visto nas urnas, com a vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial. Segundo levantamento publicado nesta semana pelo jornal Folha de São Paulo, o PT registrou queda nos votos em todas as regiões do país.

Se comparado a 2014, por exemplo, apenas na região Nordeste o segmento manteve força hegemônica e Haddad conquistou uma votação parecida com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), eleita naquele ano, mas, mesmo assim, houve uma perda de eleitores. Para se ter uma ideia, em 2014 o PT recebeu 71,7% dos votos válidos dos nordestinos e com Haddad 69,7%. A leve diferença não é vista nas outras regiões, onde a redução foi de quase dez pontos percentuais.

“O lulismo não foi enterrado em 2018. Existe uma força ainda presente, ainda que não tenha a mesma intensidade. A expressiva votação de Fernando Haddad foi uma votação de apoio ao lulismo. Agora, ao trilhar o caminho da oposição, o lulismo terá que se revisar. Terá que adotar as novas demandas da sociedade, que certamente virão com as reformas empreendidas”, considerou a cientista política Priscila Lapa.

O pensamento da estudiosa foi corroborado pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista político Adriano Oliveira. “O lulismo mostrou força nesta eleição, apesar da derrota, em particular na região nordeste. A diferença [de votos] de Bolsonaro para Fernando Haddad declinou nos últimos dias e a expressiva votação de Haddad não significa que seja, por inteiro, em virtude do lulismo, o candidato tem sua participação. Entretanto, quando olhamos o resultado pela região Norte/Nordeste, observamos que essa região era lulista e continuou a ser”, observou. 

Após a derrota no último domingo, surgiu o debate sobre uma espécie de “luladependência” do partido eleitoralmente. Alguns petistas refutaram a tese e outros admitiram que a ausência física de Lula na disputa teria sido prejudicial. Para Oliveira, o PT transformou-se em um partido dependente do líder-mor. “Existe sim uma ‘luladependência’ do PT e a derrota de Haddad é uma oportunidade para ela terminar. Isso é possível se o PT autorizar Fernando Haddad a liderar a oposição, caso isso não corra e a oposição fique fragmenta, essa ‘luladependência’ vai continuar”, salientou.

O argumento foi contraposto por Priscila Lapa, que viu na ausência física de Lula uma oportunidade de diminuir o tamanho da derrota de Haddad. “A derrota tem a ver com o emblema do combate à corrupção, cuja prisão de Lula é o seu símbolo maior. Tem a ver com o estado da economia, que restringiu conquistas de um público com o qual o PT sempre dialogou. A ausência de Lula no cenário pode, inclusive, ter ajudado a diminuir o tamanho da derrota. A presença física dele na eleição agregaria para o eleitor que já votaria no PT, mas impediria em angariar outros apoios que o PT conquistou ao longo da campanha”, ressaltou.

Um PT opositor e em renovação

Com 45 milhões de votos, Fernando Haddad já deixou claro, logo após a confirmação da derrota eleitoral, que pretendia protagonizar a liderança da oposição ao governo de Bolsonaro pontuando que “um professor não foge à luta”, pedindo coragem aos seus eleitores e já mencionando a disputa de 2022. A incógnita, porém, é se o PT abrirá espaço para o ex-candidato comandar as ações oposicionistas, lugar até agora ocupado com afinco, e ainda que da prisão, pelo próprio Lula.

Na avaliação de Lapa, Haddad se revelou capaz de aglutinar a esquerda. “O PT se fortaleceu em relação a 2014 no número de governadores eleitos e a sua bancada na Câmara foi a maior de 2018. A esquerda como um todo fez uma bancada expressiva, com a qual o presidente eleito precisará estabelecer diálogos. O PT revelou Fernando Haddad como um líder com capacidade de agregar a esquerda. Além do mais, os movimentos sociais certamente buscarão o partido e o partido os buscará num momento de muita repressão aos ativismos”, disse a estudiosa.

Para esta relação mútua com os movimentos sociais de base e outros partidos ser de sucesso, o PT também precisará de uma renovação interna. Já alertada por Fernando Haddad na campanha.

“Todo partido que sai do poder e toma o caminho da oposição ou se renova ou morre. Mas o PT dificilmente morrerá. Ele tem base consolidada em todo o território nacional, está no poder em diversos Estados e deverá, naturalmente, angariar as novas demandas que a sociedade terá nesse novo ciclo político. Com seu líder maior preso, inevitavelmente ele perde essa conexão. Logo, haverá um caminho de se renovar por essas novas forças políticas em atuação”, ponderou Priscila Lapa.

“A questão da auto crítica, explícita, como uma espécie de pedido de desculpas, não vai acontecer. Mas a história está se encarregando de mostrar ao PT que houve muitos equívocos. Mudar é um caminho para a sobrevivência. O tempo vai mostrar”, acrescentou a cientista política.

Um dos pontos essenciais que o partido deve expor para seus adeptos e os demais brasileiros, na ótica de Adriano Oliveira, é que mudou de prática. “É claro que o PT precisa de renovação e ela pode existir com Fernando Haddad, em vista do seu desempenho eleitoral. O PT precisa, de modo mais contundente, de uma nova agenda e colocar para os eleitores que mudou de prática, ou seja, aquilo que ocorreu no passado, em forma de corrupção, não irá mais ocorrer”, argumentou o professor.

O espaço conquistado na eleição

Apesar de ter perdido a disputa pela Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) será a sigla com o comando de mais Estados do país a partir de 2019. A legenda elegeu quatro governadores: Rui Costa na Bahia, Camilo Santana no Ceará, Wellington Dias no Piauí - para o segundo mandato - e Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, sendo ela a única mulher a conquistar o cargo no país.

Além disso, o PT elegeu 56 deputados ficando com a maior bancada na Câmara Federal, à frente, inclusive, do PSL de Jair Bolsonaro que conquistou 52 cadeiras. Já no Senado, o PT elegeu três nomes: Rogério Carvalho Santos pelo Sergipe, Humberto Costa por Pernambuco e Jaques Wagner pela Bahia.

Dois dias depois do segundo turno das eleições em que o candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), foi derrotado, a Comissão Executiva Nacional do PT se reúne nesta terça-feira (30) em São Paulo. Será a primeira reunião de avaliação após a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Nas redes sociais e no site do partido, a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita para a Câmara dos Deputados, reafirmou que é necessário “erguer a cabeça” e manter a luta.

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“Uma derrota eleitoral não pode significar a derrota da Constituição e democracia brasileira”, disse Gleisi, em vídeo gravado após a divulgação do resultado oficial no último dia 28. “[´Temos de] erguer a cabeça e lutar porque essa é a nossa trincheira”. A assessoria do PT confirmou que Gleisi Hoffmann concederá entrevista coletiva às 14h30.

Nas redes sociais nessa segunda-feira (29), Haddad disse que estava à disposição do país e pediu que as pessoas não tenham medo. “Eu coloco a minha vida à disposição deste país. Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês”, disse. “Coragem, a vida é feita de coragem.”

Horas antes, o candidato do PT felicitou o adversário. “Presidente Jair Bolsonaro, desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem hoje [ontem], de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte.”

Em entrevista à Rede Record nessa segunda-feira, Bolsonaro se disse disposto a dialogar com os candidatos derrotados nas últimas eleições.

Eleito como deputado federal mais bem votado em Pernambuco, João Campos (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (29), que “por princípios e convicções ideológicas” fará oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Filho do ex-governador Eduardo Campos, o pessebista ponderou, contudo, que não será contra “medidas que venham beneficiar o país”.

“Os próximos anos serão desafiadores para o Brasil. Em relação a isso, quero deixar claro que nunca serei contra medidas que venham pra beneficiar o nosso País. Mas, por princípios e convicções ideológicas, sou oposição ao governo que se inicia. E nunca temi um desafio. Serei vigilante no meu trabalho”, observou, em publicação nas redes sociais.

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João completou a fala pontuando que não admitirá “afronta” ao país e a democracia. “Cabe agora fazer um mandato em defesa de todos os brasileiros, tendo serenidade para se posicionar com coerência e a favor do povo. Não admitiremos nenhuma afronta ao nosso País, lutaremos pela manutenção de conquistas sociais e, principalmente, pela nossa jovem democracia”, destacou, garantindo que não lhe falta “garra e coragem”.

O bisneto de Miguel Arraes também citou Carlos Drummond de Andrade e fez referência a um manifesto que vem sendo difundido nas redes sociais sobre o fato das pessoas não se afastarem e seguirem “de mãos dadas”. João Campos apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência. Nesse domingo, o petista teve 44,87% dos votos válidos e foi derrotado nas urnas por Bolsonaro que recebeu 55,13%. 

Derrotado na disputa presidencial, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) desejou, nesta segunda-feira (29), "boa sorte" e "sucesso" ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com dados contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, na votação desse domingo (28), Bolsonaro recebeu 55,13% dos votos válidos já Haddad 44,87%. Como optou por não telefonar para o adversário após a derrota, na noite de ontem, o petista se posicionou hoje em publicação no Twitter.

"Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor", disse o petista. Nesse domingo, ele justificou a opção de não congratular o deputado federal pelos xingamentos recebidos durante a campanha e a ameaça de prisão, feita uma semana antes do pleito, por parte de Bolsonaro.

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"Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!", acrescentou. O gesto de Haddad também deve amenizar os ânimos acalorados entre os eleitores neste cenário pós-resultado do pleito. 

A cordialidade, contudo, não deve desfazer a postura oposicionista que Haddad demonstrou que fará durante discurso na noite desse domingo, ao garantir que não vai “fugir da luta”.

“Lembrando o Hino Nacional, verás que um professor não foge à luta. Nem temo quem adora a liberdade à própria morta. Nosso compromisso é de vida com esse país. Reconhecemos a cidadania em cada brasileiro e não vamos deixar este país para trás. Vemos defender nossos pontos de vista respeitando a democracia e as instituições. Sem deixar de colocar nosso ponto de vista sobre tudo que está em jogo”, salientou, na ocasião.

Além disso, o presidenciável não eleito falou para quem estava com medo da vitória de Bolsonaro. “Coloco minha vida à disposição deste país e quero dizer para aqueles que, olhando nas ruas, senti angústia e medo: não tenham medo. Nós estaremos aqui. Estamos juntos. Coragem, a vida é feita de coragem”, bradou.

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, em nota, que espera que o presidente eleito nesse domingo (28), Jair Bolsonaro (PSL), “governe para todos”. Paulo, que apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT) na disputa, disse também que a retórica agressiva do capitão da reserva precisa “ficar no passado”.

De acordo com dados contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro recebeu 55,13% dos votos válidos em todo o país, já Haddad 44,87%.

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“Espero que o presidente eleito Jair Bolsonaro governe para todos, respeitando a Constituição Federal, as instituições democráticas e a Federação. A retórica agressiva deve ficar no passado. Bolsonaro precisa ser presidente de todos e não apenas de uma parcela do Brasil”, observou o governador.  

Já quanto a derrota do aliado, Paulo elogiou o desempenho do petista e disse torcer para que ele mantenha a atuação. “Quero também elogiar o desempenho irrepreensível de Fernando Haddad, que foi um guerreiro, correto, leal e que fez o que esteve ao seu alcance nessa curta campanha eleitoral. Torço para que Haddad se mantenha atuante, pois é um importante quadro político que tem muito ainda a oferecer ao Brasil”, salientou.

Apesar de Haddad ter perdido a disputa presidencial, o prestígio do governador com o PT ganhou mais espaço, uma vez que Pernambuco conseguiu reverter o quadro em diversos municípios e deu a vitória ao petista em quase 100%, inclusive no Recife, onde Bolsonaro havia ganho no primeiro turno.

Derrotado por Jair Bolsonaro na disputa presidencial, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) fez um discurso, na noite deste domingo (28), garantindo que não vai “fugir da luta”, referindo-se a oposição que fará ao presidente eleito. Haddad acredita que, com a eleição do capitão da reserva, a luta pela democracia será mais intensa. O petista recebeu 44,80% dos votos válidos e Bolsonaro venceu com 55,20%.

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“Lembrando o Hino Nacional, verás que um professor não foge à luta. Nem temo quem adora a liberdade à própria morta. Nosso compromisso é de vida com esse país. Reconhecemos a cidadania em cada brasileiro e não vamos deixar este país para trás. Vemos defender nossos pontos de vista respeitando a democracia e as instituições. Sem deixar de colocar nosso ponto de vista sobre tudo que está em jogo”, salientou.

Pontuando que era necessário “fazer uma profissão de fé” pelo país e direcionando-se, mesmo sem citar, ao próprio PT, Haddad disse que era necessário seguir reconectando com as bases. Além disso, o presidenciável não eleito falou para quem estava com medo da eleição de Bolsonaro.

“Coloco minha vida à disposição deste país e quero dizer para aqueles que, olhando nas ruas, senti angústia e medo: não tenham medo. Nós estaremos aqui. Estamos juntos. Coragem, a vida é feita de coragem”, bradou.

Fernando Haddad ponderou ainda que tem um compromisso com a democracia e a prosperidade do país. “A democracia é um valor que está acima de todos nós. Temos uma nação e precisamos defendê-la daqueles que querem usurpar o patrimônio do povo brasileiro. São direitos civis, políticos, trabalhistas e sociais que estão em jogo neste momento. Temos uma tarefa enorme que é em nome da democracia: defender o pensamento desses 45 milhões de brasileiros”, frisou. Haddad acompanhou a apuração dos votos em um hotel em São Paulo.

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a primeira parcial da apuração das urnas para a escolha do próximo presidente da República. Com 88,44% das urnas apuradas, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 55,70% dos votos válidos e Fernando Haddad (PT) 44,30%. O número corresponde a 130,6 milhões de votos apurados. De acordo com a pesquisa de boca de urna do Ibope, Jair Bolsonaro é eleito com 56% dos votos e Haddad aparece com 44%.

A expectativa do TSE é de que o resultado da disputa presidencial esteja conhecido no país até às 21h. O candidato do PT à Presidência acompanha o resultado das eleições em um hotel em São Paulo, ao lado de aliados, entre eles o senador pernambucano Humberto Costa (PT). Já Bolsonaro está em casa, no Rio de Janeiro, onde passou maior parte da campanha presidencial. 

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Mais cedo, após votar, Haddad chegou a afirmar que estava confiante e pontuou que com o adversário "a nação está em risco, a democracia está em risco e as liberdades individuais estão em risco".

Já Bolsonaro, disse na noite desse sábado (27), em publicação nas redes sociais, que pretendia mudar os rumos da nação. "Depois de décadas, o Brasil finalmente tem a chance de eleger um presidente que carrega verdadeiramente os valores dos brasileiros, que respeita a família, contra as drogas, que combate radicalmente a criminalidade e a corrupção em nossa política. O Brasil será de todos os brasileiros", ressaltou.

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