Tópicos | Defesa de Lula

Ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT à Presidência da República nas eleições de 2018, Fernando Haddad iniciou, nesta sexta-feira (15), uma série de viagens pelo país em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a mais de 24 anos de prisão na Lava Jato.

A primeira parada de Haddad foi no Ceará, onde já participou de encontros com parlamentares e membros do PT no início da tarde de hoje. À noite, ele comanda o seminário "O Brasil que saiu das urnas", em defesa de Lula.

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A caravana, de acordo com o ex-prefeito, servirá para construir uma “rodada de discussão” com “aquelas pessoas do nosso bairro, do trabalho, da família, pessoas que não estão recebendo as informações para formar juízo sobre o que de fato o que está acontecendo”.

Fernando Haddad também deve aproveitar os eventos para fazer uma avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Em 30 dias apresentaram o maior projeto de atraso para o Brasil. Jogam o Brasil de volta a 30, 40 anos, atrás. São retrocessos na Saúde, na Educação, Direitos Humanos, Meio Ambiente. O Brasil quer discutir e quer promover esses debates. Se apenas nós estivermos conscientes do que está acontecendo, nós não vamos transformar o país”, disparou o petista, que ainda não divulgou os próximos destinos da caravana. 

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou uma liminar (decisão provisória) pedida pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse suspensa uma das ações penais em que é acusado pelo suposto recebimento de propina da empresa Odebrecht. O caso está sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

No pedido, os advogados de Lula voltam a citar a liminar proferida em maio pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que recomendou a garantia dos direitos políticos de Lula até que o órgão julgue em definitivo se Moro cometeu alguma irregularidade na condenação do ex-presidente.

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Na decisão assinada ontem (29), Fachin entendeu que a recomendação do órgão multilateral não se aplica ao campo penal, restringindo-se à esfera eleitoral. O ministro escreveu que “quanto às alegações atinentes ao comitê da ONU, como citado, a matéria não se enfeixa em exame preambular atinente ao campo especificamente da seara penal”.

Em setembro, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou, por 6 a 1, que a recomendação da ONU não vincularia a Justiça Eleitoral brasileira e julgou Lula inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Também ministro do TSE, Fachin foi o único a votar na ocasião de modo favorável ao ex-presidente.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). A condenação foi confirmada pela segunda instância da Justiça Federal, o que levou o TSE a enquadrar o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. Ele recorre às instâncias superiores contra a condenação.

A greve de fome de um grupo de militantes em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao sétimo dia, nesta segunda-feira (6). A mobilização é para tentar pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que julgue, de forma favorável ao líder-mor petista, o recurso que a defesa dele impetrou contra o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão pela qual foi condenado na Lava Jato. 

O julgamento do recurso está previsto para acontecer na próxima quinta-feira (9). Lula foi confirmado como candidato do PT à Presidência da República no último sábado (4), durante a convenção nacional da legenda. 

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Fazem parte do grupo que faz greve de fome, os militantes Zonália Santos, Jaime Amorim e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA) e Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP). Segundo informações do PT, eles estão sem ingerir nenhum alimento, apenas a base de água e soro. Nesta segunda-feira mais um militante se soma à greve: Leonardo Armando, do Levante Popular da Juventude.

Os militantes têm passado os dias em frente ao STF, em Brasília, e à noite dormem no Centro Cultural de Brasília (CCB). 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, em palestra feita na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia (EUA), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o último dia 7, está sendo submetido a “condições desumanas” na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Sob a ótica de Dilma, o fato de Lula estar em sozinho em uma sala especial configura “um isolamento” e, para ela, “está é a pior punição" possível para o ser humano.

“Colocaram o Lula numa solitária. Eu tenho experiência de três anos de prisão durante a ditadura militar, e posso dizer que, passada a fase de interrogatório, quando sofríamos torturas brutais, éramos levados para o presídio, e o máximo sofrimento a que nos submetiam era a solitária. É a pior punição, quando não há tortura física”, declarou a ex-presidente que está em viagem pelos Estados Unidos. 

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A ex-presidente ponderou também acreditar que quem “usa a solitária como forma de tortura faz isto porque sabe que as pessoas precisam umas das outras”. “Esta situação é o absoluto mal estar de civilização, pois eles colocaram o Lula numa solitária. Lula é um homem forte, mas ele está sendo submetido a condições desumanas de prisão”.

Durante a palestra na Califórnia, Dilma Rousseff também pediu apoio à luta pela libertação do líder-mor petista. Para ela, ninguém, além de Lula, tem condições de levar o Brasil a se reencontrar.

“Lula é o maior líder político brasileiro, é o homem que reduziu a desigualdade no Brasil. Ele traduz a possibilidade de o Brasil se encontrar consigo mesmo. Um país como o Brasil não pode viver esta intolerância, esta absurda divisão e este ódio. Lula tem condições de, a partir de uma eleição livre, ganhando ou não, ajudar o Brasil a se reencontrar”, argumentou. 

“Ganhando, construirá pontes; perdendo, respeitará o resultado, jamais adotará uma atitude golpista, tentando mudar o resultado do jogo depois do placar ser anunciado, que foi o que fizeram comigo”, complementou.

A mobilização de centrais sindicais, movimentos e partidos em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem se resumido a Curitiba, onde ele está preso desde o último sábado (7). Nesta quarta-feira (11), o assunto será o mote principal de uma vigília no Recife, marcada para iniciar a partir das 14h, na sede da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), no bairro de Santo Amaro. 

Mais cedo, membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fecharam rodovias federais no estado. Os atos aconteceram  quilômetro 98 da BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e no quilômetro 135 da BR-232, em Caruaru, no Agreste do Estado. As estradas foram fechadas por cerca de duas horas a partir de um bloqueio feito por pneus queimados. Por volta das 9h30 as vias já estavam liberadas.

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Além do MTST e da CUT, grupos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos como PT, PSOL e PCdoB também encabeçam as mobilizações em defesa de Lula. 

Agenda de mobilizações

No próximo sábado (14), outra manifestação está prevista para acontecer, desta vez na Praça da Independência, em frente a Ocupação Marielle Franco, a partir das 14h. Como a data marca um mês do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, o ato ecumênico como tema “Marielle presente, Lula livre”. 

Já na terça-feira (17), o protesto terá concentração a partir das 16h, no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro. Também estão sendo organizados atos e atividades de panfletagem em outras cidades pernambucanas como Petrolina e Caruaru. 

O ex-presidente Lula está preso desde o último sábado (7) para cumprir a pena de 12 anos e um mês de reclusão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu que o ministro Edson Fachin  será o relator do novo recurso no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta suspender a decisão do juiz federal Sérgio Moro que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP).

A defesa havia pedido que o recurso, protocolado no início da noite, fosse encaminhado para o ministro Marco Aurélio, que é contra a prisão em segunda instância. No entanto, a seção responsável pela distribuição das ações entendeu que o caso deveria ser relatado por Fachin, que também atuou em outros casos envolvendo o ex-presidente. Diante do impasse, o ministro pediu que a presidência do STF se manifestasse sobre a questão. Marco Aurélio é relator das ações que discutem de forma mais ampla a questão da segunda instância.

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Na reclamação, a defesa de Lula sustenta que Moro não poderia ter executado a pena de prisão porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Justiça Federal. Para os advogados, a decisão do STF que autorizou, em 2016, as prisões após segunda instância, deve ser aplicada somente após o trânsito em julgado no TRF4.

Nessa quinta (5), ao determinar a prisão, Moro explicou que, embora caiba mais um recurso contra a condenação de Lula, os chamados embargos dos embargos, a medida não poderá rever os 12 anos de pena. "Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não houve divergência a ensejar infringentes. Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico. De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância", afirmou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (16) negar, mais uma vez, habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar a execução da pena após o julgamento definitivo da condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre. Na mesma decisão, o ministro também rejeitou solicitação dos advogados para que o pedido seja pautado na Segunda Turma da Corte ou no plenário do STF.

Na decisão, Fachin explicou que não cabe a apresentação do habeas corpus para julgamento em mesa, sem necessidade de pauta prévia, porque as ações constitucionais que questionam autorização da Corte para prisão após segunda instância, relatadas pelo ministro Marco Aurélio, estão prontas para julgamento no plenário e devem ser pautadas pela presidente, ministra Cármen Lúcia.

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“De outro lado, partindo da premissa da jurisprudência consolidada sobre o tema, não há estribo legal para este relator suscitar a apresentação em mesa, a fim de provocar a confirmação dessa orientação majoritariamente tomada pelo plenário muito antes dessa impetração”, decidiu.

Em janeiro, o ministro negou o mesmo pedido da defesa para evitar a eventual prisão e enviou a questão para julgamento pelo plenário da Corte, mas a presidente do STF, Cármen Lúcia, não deve pautar a questão novamente.

Diante da negativa, a defesa tentou garantir o julgamento na Segunda Turma antes que o TRF julgue o último recurso contra a condenação de Lula a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP). A questão deve ser julgada até o fim de abril.

No colegiado, somente Fachin é favorável à prisão após a segunda instância. Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello entendem que a prisão não pode ocorrer senão após o fim de todos os recursos no STF ou no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No dia 24 de janeiro, o TRF4 confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos na segunda instância. Com o placar unânime de três votos, cabem à defesa somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão. Assim, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso.

Vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (Avante) afirmou, em discurso na tribuna da Casa na noite dessa terça-feira (13), que o Judiciário nacional está prestes a cometer “a maior injustiça de sua história”, caso determine a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Silvio Costa chegou a questionar o juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação do líder-mor petista em primeira instância, sobre quem assinará a venda do triplex do Guarujá, apartamento que vai a leilão por ordem do magistrado. 

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"Quem vai assinar? Será Lula? Claro que não. Quem vai assinar será a construtora OAS, verdadeira proprietária do triplex", apontou o deputado, salientando que Moro condenou o ex-presidente sem prova material de que Lula é o proprietário do triplex. De acordo com a sentença, o apartamento teria sido utilizado pela empreiteira OAS como forma de pagamento de propina para o ex-presidente.

O deputado afirmou que o juiz Sérgio Moro “faz um trabalho importante para o país, porém, no caso de Lula cometeu um erro jurídico grave”. Silvio Costa ainda cobrou uma postura para reverter o quadro do Supremo Tribunal Federal (STF) e impedir a prisão de Lula, condenado a 12 anos e um mês de detenção. 

"Lula foi condenado sem prova de crime e pode ser preso por esse erro do Judiciário. É a primeira vez que a Justiça condena sem prova material. A prisão será a maior injustiça da história do Judiciário brasileiro", disparou o parlamentar.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou, nesta quarta-feira (24), que o PT vai "até as últimas consequências" para defender o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela Presidência da República, em outubro. O líder-mor petista foi condenado hoje, em segunda instância, na Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O fato, inicialmente, não impede que Lula seja candidato até que a tramitação dos recursos sejam concluídos. 

"Vamos até as últimas consequências com o nome de Lula. Se houver impugnação, isso deve acontecer por volta de setembro", disse Costa, que acompanhou a votação no TRF4 em São Paulo, ao lado de petistas. Segundo ele, quando a sentença final foi proferida, "muita gente se emocionou". 

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Em publicação nas redes sociais, Humberto ainda disse que "o Judiciário brasileiro chancelou um dos maiores vexames da sua história". "A perseguição política declarada a um homem inocente. A Justiça está cega, mas pelo ódio e pelo desejo de vingança", declarou. O PT afirmou, em nota, que vai registrar a candidatura de Lula à Presidência em 15 de agosto

Mais cedo, ao avaliar o impacto da condenação internacionalmente, o senador disse que o Judiciário estaria transformando o Brasil em uma "república de bananas". 

A dois dias do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade de Porto Alegre começa a ser ocupada por movimentos, sindicatos e partidos que apoiam o líder-mor petista e são contra a condenação dele no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4). Na manhã desta segunda (22), uma marcha feita por membros do Movimento Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores e petistas chama a atenção. 

Erguendo faixas com frases que dizem “eleição sem Lula é fraude” e “defender Lula é defender a democracia”, eles percorreram da entrada da cidade até a região central, onde fica localizada a sede do TRF4. “É uma luta com alegria e esperança na defesa do presidente. Vamos entrar em Porto Alegre de cabeça erguida, temos certeza da causa que defendemos. A causa dos justos. Esse julgamento marca um período da nossa história em que temos que nos submeter a uma ditadura disfarçada ou lutar para que a democracia vença”, declarou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

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Na próxima quarta-feira (24), o TRF4 vai apreciar o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente vai ser julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por sete anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil. 

Familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão organizando uma manifestação em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, contra a condenação do líder-mor petista. A informação é do jornal Estadão. Garanhuns é a cidade natal do ex-presidente. O ato está agendado para a próxima terça-feira (23), um dia antes do julgamento do recurso de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª região contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro que o condenou a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex, investigado pela Lava Jato. 

Os parentes ainda estudam a possibilidade de realizarem uma vigília até o resultado final da apreciação do recurso. "Ainda sou otimista. Acho que no dia 24 podemos até fazer uma grande festa na cidade pela sua absolvição”, disse um dos primos e organizadores do ato, José Moura de Melo, de 64 anos. De acordo com ele, é esperada a participação de centrais sindicais na mobilização.

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De acordo com Moura de Melo, Garanhuns vive um momento de indignação “por não existir justiça no País”. “Não se fala em outra coisa pela cidade. Quando as pessoas se juntam é para discutir o caso do Lula. Eu mesmo sou abordado por muita gente que até sugere que a gente devia se juntar e pagar o valor do tal apartamento Guarujá”, contou ao jornal. 

Além de Moura, Eraldo Ferreira, que também é primo de segundo grau de Lula, organiza a manifestação. No dia do julgamento, Moura vai acompanhar a análise do TRF4 em Porto Alegre. 

Lula deixou a cidade do Agreste pernambucano com a família quando ainda tinha 7 anos, mas no ano passado ao brincar com a possibilidade de pedir asilo em algum país, em decorrência das investigações da Lava Jato que é alvo, ele disse que “o único país do mundo para qual pediria asilo seria Garanhuns”. 

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchnner afirmou, nesta terça-feira (26), que uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2018 seria "o fracasso do golpe" e o início de "um novo ciclo". Para Kirchnner, é por isso que "estão fazendo de tudo" para impedir a candidatura do líder-mor petista.

“Lula só cresce nas pesquisas de intenção de voto, em todos os cenários, de primeiro e segundo turno. A vitória de Lula será o fracasso do golpe e permitiria a abertura de um novo ciclo político. Portanto, para evitar a candidatura de Lula vale tudo”, afirmou em publicação no Twitter. 

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A postura da ex-presidente se deu ao compartilhar um link que reúne assinaturas eletrônicas em favor da participação do petista na disputa. A petição é internacional e menciona que o julgamento, em segunda instância, do processo da Lava Jato que condena Lula a 9 anos e seis meses de prisão "trata-se de um puro ato de perseguição da liderança política mais popular do país".

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Responsável por julgar as ações da Lava Jato em primeira instância, o juiz Sérgio Moro foi alvo de críticas, nesta quinta-feira (20), durante um ato organizado pela Frente Brasil Popular e centrais sindicais em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a  9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção. Durante os discursos na manifestação, que aconteceu em frente ao Parque 13 de Maio, na área central do Recife, petistas, lideranças sindicais e militantes não pouparam o magistrado, a quem chamaram de “militante de toga”. 

“Ele está agindo como militante partidário. É lamentável”, disparou a deputada estadual Teresa Leitão (PT). Ao comentar a comparação dos argumentos da sentença de Lula com a do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), a parlamentar disse que Moro precisa ser “interditado”. 

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“É mais um desrespeito. Um verdadeiro escárnio. Moro perdeu a liturgia do cargo. Ele está sem controle. Vai às últimas consequências daquilo que ele se propôs a fazer. Ele não está agindo com isenção em momento nenhum. Ele faz uma, outra e não há quem impeça. É preciso que ele seja detido e interditado, porque ele está interditando o Brasil”, ponderou.  

Professora do curso de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a advogada Liana Lins disse que a deliberação de Sérgio Moro contra Lula é “algo inventado”.  “É um processo marcado por ilegalidades, um processo político e não jurídico. Na avaliação dos embargos da defesa, Moro reconheceu que o triplex não é de Lula, então qual o motivo para condená-lo? Lula foi condenado inocente”, observou, lembrando que agora o juiz interditou os bens do ex-presidente. “Ele quer aniquilar o Lula, confiscando os bens dele. Querem destruir o Lula porque o Lula é gigante e nós somos gigantes junto com ele”, acrescentou. 

Ainda como defesa de Lula, militantes exibiram uma cruz com a foto do ex-presidente e de Jesus Cristo. No alto do objeto havia uma frase que dizia “condenados inocentes”. O ato também reivindicou o adiantamento das eleições para a Presidência, a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e se colocou contra as reformas trabalhista e previdenciária. Membros da Central ùnica dos Trabalhadores (CUT), do Movimento Sem Terra, do Levante Popular e de sindicatos como o dos rodoviários, dos bancários e professores também participam da mobilização.

Advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin falou com jornalistas na manhã desta quinta-feira (13), antes da coletiva do petista, e reforçou a tese de que “não há prova de culpa” que sustente a sentença do juiz Sérgio Moro. No documento, o magistrado condenou o ex-presidente a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, além disso Lula também ficou proibido de assumir cargos públicos. 

Zanin deixou claro que a defesa vai recorrer da decisão. “Ainda não existe uma definição do recurso que será interposto, mas sabemos que a decisão é injusta, contém vários erros jurídicos e não levou em conta as alegações da defesa. É certo que ela será impugnada, agora a definição do recurso será tomada nos próximos dias”, declarou. 

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Indagado se pretende buscar meios internacionais para defender o ex-presidente, o advogado disse que já há “um comunicado feito a ONU”, mas não é este o foco. “Mas por outro lado temos aqui [no Brasil] os recursos previstos em Lei até que seja reconhecida a inocência do presidente Lula. Acreditamos que isso vai ocorrer, porque a prova da inocência é muito clara e robusta”, observou. “Não há prova da culpa. Ambas as acusações não foram provadas pelo Ministério Público”, acrescentou. 

A coletiava de Lula estava prevista para iniciar às 11h, mas até o fechamento desta matéria ainda não havia iniciado. No processo em que foi condenado, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo a Lava Jato, a empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas ao ex-presidente em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. 

A condenação de Lula é em primeira instância. Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal, em segunda instância, ele será preso e poderá ficar inelegível. 

O presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE), Bruno Ribeiro, participa do ato em defesa de Lula, que acontece na tarde desta quarta-feira (10), no espaço Tortura Nunca Mais, no Centro do Recife. Em entrevista concedida ao LeiaJa.com, o dirigente declarou que ao invés do juiz Sérgio Moro, responsável pela condução da Lava Jato na primeira instância, realizar o seu trabalho jurisdicional, o magistrado faz uma perseguição político ao ex-presidente.

"Está sendo o juiz da direita e não do direito", disparou. O presidente declarou que é necessário dar "um basta" a essa situação ressaltando que "o tipo de manipulação" é contra a democracia. 

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Bruno Ribeiro também afirmou que "Lula é a maior liderança popular da história brasileira". "Essa é mais uma etapa de uma luta em defesa da democracia, que foi violada há uma ano com o impeachment, que foi um golpe", pontuou.

Ribeiro concluiu voltando a assegurar que Lula é inocente. "Reviraram o colchão dele e de sua esposa e nada encontraram. É um absurdo colocar a hipótese de um triplex que ele nunca dormiu. Nao é apenas uma ofensiva contra Lula. É uma ofensiva contra a cidadania. Ele não está acima da lei, mas também não está abaixo", salientou.

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, no início da tarde desta sexta-feira (11), que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impetrado pelo Ministério Público de São Paulo “passou de todos os limites”. Em coletiva a imprensa, a petista defendeu o padrinho político, pontuou que teria “orgulho” em tê-lo como ministro e reafirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo.  

“O pedido de prisão passou de todos os limites. Não existe base nenhuma para este pedido. É um ato que ultrapassa ao bom senso, de injustiça e é um absurdo que um país como o nosso assista isso. O governo repudia em gênero, número e grau este ato praticado contra o ex-presidente Lula”, cravou a presidente. 

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A presidente pediu “mais seriedade” diante da análise dos vazamentos de possíveis depoimentos prestados à Lava Jato e disse que o momento chama o país a ter “mais calma e menos violência”. “Este é o momento de diálogo, pacificação, calma e tranquilidade. Devemos isso ao país”, observou. 

Indagada sobre a possibilidade de Lula integrar seu ministério, a petista disse que não costuma discutir como forma a equipe ministerial. “Teria o maior orgulho de ter Lula no meu governo. Ele tem grande experiência, tem capacidade gerencial. Teria uma grande orgulha de ter ele no meu governo. Agora não vou discutir aqui com vocês se ele vai ser ou não ministro”, afirmou.

Dilma Rousseff reforçou ainda que não pretende renunciar o cargo, como os setores da oposição estão pedindo. “Solicitar a minha renuncia é dizer que não tem mais impeachment. E nós vamos discutir com a população o porquê de tirar uma presidente legitimamente eleita... Testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar”, ironizou a petista.

Durante a coletiva, a petista pediu ainda que não ajam confrontos entre militantes pró e contra ela nos protestos agendados para o próximo domingo (13). “Peço que não aja confronto. A manifestação é um ato importante para um país, não deve ser manchada. Uma das vitórias da democracia brasileira é o direito de livre manifestação. Não cabe de jeito nenhum a gente perder o patrimônio de tolerância”, disse, colocando-se tranquila quanto ao ato. 

Com o ex-presidente Lula no foco da 24ª fase da Operação Lava Jato, líderes do PT em Pernambuco afirmaram, na tarde desta sexta-feira (4), que a Justiça Federal confirmou durante a Atheleia - como foi intitulada a nova etapa das investigações no esquema de corrupção na Petrobras - a aliança feita entre ela e os partidos de oposição, principalmente o PSDB. Para a legenda no Estado, a Polícia Federal (PF) agiu “como uma milícia” e com seletividade diante dos nomes citados por delatores na Lava Jato. 

“Sem dúvida [há um uso político da Lava Jato]. Isto foi confessado hoje. Vínhamos denunciando a seletividade, inquéritos para uns e arquivamentos para outros. Hoje sim vimos um indício claro da relação deste juiz [Sérgio Moro] com a oposição. Ele hoje confessou isso. Um cidadão só conduzido coercitivamente quando ele se recusa a cumprir um convite para ir depor. Lula não foi convocado nem intimado. Lula foi objeto de uma operação arquitetada e planejada para expor a sua história, o nosso partido e a luta da esquerda”, declarou o presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro, em coletiva a imprensa.

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Sob a ótica do dirigente, a Polícia Federal deixou hoje o país em luto e a “violência” praticada contra Lula atinge toda a sociedade. “É lamentável ver que parte da PF funcionou ali como uma milícia. Um agente do estado não pode agir para defender apenas regalias. Este País está vivendo um tempo absurdo, um homem com a trajetória admirável como Lula está sendo submetido a esta busca por uma agulha no palheiro”, observou.

Durante um pronunciamento à imprensa mais cedo, Lula disse que iria percorrer o país para se defender das acusações direcionadas a ele. O presidente estadual afirmou que convidará o petista para iniciar a peregrinação por Pernambuco. "Ele começou por aqui e chegou à Presidência da República. Agora nada mais justo que venha primeiro para cá, sua terra", disse. 

Mantendo a mesma tese de Ribeiro, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras (PT), a nova fase da Lava Jato é uma tentativa de desqualificar o governo de Lula. “Tentam criminalizar o presidente Lula e todos os trabalhadores, com o intuito de mostrar que um trabalhador não tem a capacidade de gerir o País. Este ataque está acontecendo ao conjunto dos nossos trabalhadores e da sociedade”, ponderou. “Vamos reagir a qualquer tentativa de golpe. Um golpe contra todos os processos que levaram Lula a ser presidente da República. Vamos fazer uma vigília permanente. Vamos às ruas”, convocou.

Líder do Movimento Sem Terra (MST) no Estado, Jayme Amorim disse que neste momento as críticas dos aliados em torno do governo do PT cessam e o desejo de defender a manutenção da democracia se sobressai. “Existem críticas ao governo? Claro, todos sabem que sim. Mas estamos lutando pela democracia brasileira. Vamos colocar todo o nosso exército na rua, o golpe não passará. Querem transformar este País num estado de guerra. Pois se a burguesia quer ter guerra vai ter. É nossa responsabilidade ir para ruas defender. Se Lula diz que não tem apartamento ele não tem. Qual é o problema de estar usando o sítio do Bitar?”, indagou citando o sítio de Atibaia, usado por Lula para descansar e que está sendo investigado pela Polícia Federal.

No rol dos partidos aliados, o presidente do PCdoB em Pernambuco, Alanir Cardoso, também participou da coletiva e condenou a “arbitrariedade da Justiça” diante do ex-presidente. “Uma arbitrariedade sem limite levar para depor coercitivamente. É uma quebra da legalidade e da liberdade democrática. Precisamos resistir a isto. Sempre sustentamos a defesa da liberdade e da democracia. Assistimos hoje o inconformismo daqueles que perderam a eleição, por isso vivemos em uma guerra permanente”, frisou.

Além da do PT, da CUT, do MST e do PCdoB, a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) também participaram da coletiva. Os movimentos e os partidos integram a Frente Brasil Popular e finalizam o dia desta sexta-feira com uma vigília em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, localizado na Rua da Aurora, área central do Recife. A vice-presidente do PT em Pernambuco, deputada Teresa Leitão; o ex-prefeito do Recife, João Paulo; a vereadora Marília Arraes e o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB) também participaram da coletiva. 

O ex-presidente Lula é acusado de ser o principal beneficiário dos esquemas de corrupção nos contratos da Petrobras. Nesta sexta-feira, a PF realizou mandados de busca e apreensão no apartamento do petista em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

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