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Às vésperas das eleições de Ipojuca, a serem realizadas neste domingo (2), um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) pode ser ter papel fundamental na disputa. O promotor de Justiça Eleitoral de Ipojuca, Eduardo Leal dos Santos, definiu como comprovado o abuso do poder econômico pelo ex-prefeito - e candidato à reeleição - Carlos Santana (PSDB). O parecer foi publicado pelo blog de Noelia Britto.

O processo tramita na 16ª Zona Eleitoral do Estado de Pernambuco e teve seu parecer dado no último dia 28 de março. Conforme o documento, o candidato do PSDB foi flagrado em uma gravação na tentativa de comprar o apoio político do vereador Elias Varanda. Em troca do apoio, Santana oferecia R$ 10 mil e um emprego para um nome da sua preferência.

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Diante disso, o candidato deve sofrer as penalidades previstas no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90: “inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar".

Na última quinta-feira (30), em entrevista ao LeiaJá, o político tratou o caso como “uma armação que esta pessoa (o ex-vereador Elias Francisco)  fez com a gente. Foi uma montagem”, resumiu, afirmando que a sua equipe jurídica está cuidando do caso. 

Caso Carlos Santana vença as eleições do próximo domingo, ele poderá ter o mandado cassado ou mesmo não terá a oportunidade de ser diplomado eleito.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do presidente Michel Temer (PMDB) e a inelegibilidade da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), segundo fontes que acompanham as investigações. A manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), mantida sob sigilo, foi encaminhada na noite dessa terça-feira (28) ao TSE.

O julgamento da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014 foi marcado para começar na manhã da próxima terça-feira, dia 4. O TSE dedicará quatro sessões da semana que vem - duas extraordinárias e duas ordinárias - para se debruçar sobre o caso, que poderá levar à cassação de Temer e à convocação de eleições indiretas.

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Se os ministros do TSE seguirem o entendimento da PGE - ou seja, cassarem Temer, mas o deixarem elegível -, ele poderia concorrer numa eleição indireta.

Procurada pela reportagem, a defesa de Temer informou que só se manifestará sobre o parecer no julgamento. A defesa de Dilma não se manifestou.

O parecer foi assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que atua na Corte Eleitoral por delegação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Dino é um dos pré-candidatos à sucessão de Janot, que tem mandato previsto para acabar em setembro.

Para assumir o posto, no entanto, ele precisará ser escolhido pela categoria em lista tríplice e depois indicado por Temer para a vaga. Dino já sofre resistências no Congresso à sua indicação por ser irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), opositor do núcleo do PMDB no Estado.

No ano passado, um parecer do Ministério Público Eleitoral recomendou que fosse rejeitado o pedido da defesa de Temer para separar sua responsabilidade em relação à da ex-presidente Dilma Rousseff no processo. Na época, Dino afirmou que "o abuso de poder aproveita a chapa em sua totalidade, beneficiando a um só tempo o titular e o vice".

Em outro parecer, o MPE indicou a existência de "fortes traços de fraude e desvio de recursos" ao analisar as informações colhidas com a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas pela chapa Dilma-Temer.

A ação que investiga última disputa presidencial foi proposta em 2014 pelo PSDB, partido derrotado nas urnas pela chapa encabeçada pelo PT. Nas alegações finais entregues ao TSE nos últimos dias, o PSDB isentou o presidente Michel Temer de responsabilidade.

A Universidade da Amazônia (Unama) está realizando cursos de “Justiça Restaurativa” e “Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito” em parceria com o Ministério Público do Estado do Pará. A programação começou na última quinta-feira (16), no campus Alcindo Cacela, e se estende até o dia 12 de maio. Os cursos mobilizam promotores de justiça, técnicos do Ministério Público, professores da Unama, estagiários envolvidos no Núcleo de Práticas Restaurativas (NUPRE) e técnicos de organizações que compõem a rede serviços do território NUPRE.

Para a professora do curso de Serviço Social da Unama Maria Lucia Dias, os cursos também são importantes para propagar a cultura de paz. “Nessa parceria que a Unama fez com o Ministério Público houve a possibilidade de criar internamente um Núcleo de Prática Restaurativa. Também existe uma atuação preventiva, com alunos de Psicologia e de Serviço Social. A gente leva a construção da cultura de paz, através de círculos, que é a metodologia da justiça restaurativa”, conta.

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A justiça restaurativa brasileira apresenta um modelo diferente de fazer justiça. “O modelo tradicional é baseado na aplicação de uma pena ou castigo, que se dá muito pelo encarceramento. A nossa experiência brasileira mostra que esse método não está dando conta de resolver situações de violência”, afirma a assistente social Jandira Silva.

Com base em técnicas, a justiça restaurativa propõe o acompanhamento dos casos a partir do pressuposto de que quando uma pessoa comete um crime, contravenção ou uma ofensa, ela não está ferindo só um código jurídico, está infringindo uma relação de convivência e sociabilidade. “Hoje as pessoas pagam o período da pena que foi aplicada, e quando elas voltam para sociedade não retornam com qualquer tipo de responsabilidade, porque não passaram por um processo de autorreflexão da sua conduta. Então a justiça restaurativa tenta trazer essa outra forma de aplicar a justiça”, conta Jandira Silva. “Vamos conversar e trocar experiências, durante esses dois meses. Principalmente dialogar sobre os casos”, diz a estagiária de Psicologia Ingrid Nassar, sobre a importância da didática e a troca de experiências com outros profissionais.

Confira a programação completa:

1ª fase - Curso sobre Justiça Restaurativa - 16, 23 e 30 de março, 6 e 20 de abril.

2ª fase - Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito - 27 e 28 de abril, 4, 5, 11 e 12 de maio.

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O Ministério Público Estadual (MPE) vai abrir investigação para apurar a conduta da rede de lanchonetes Habib’s após divulgação de comunicado à imprensa na qual a empresa detalha ocorrências policiais envolvendo o adolescente João Victor de Souza Carvalho, de 13 anos. Segundo a promotoria, o Habib’s infringiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor o garoto em atos infracionais sem autorização da família e da Justiça. João Victor morreu em fevereiro na frente de uma unidade da rede na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte. A morte é investigada.

Com o título "Há mais coisas por trás da tragédia do João Victor do que mostram as notícias e as redes sociais", o texto de quatro páginas diz que o menino poderia ter um "futuro todo pela frente para ser construído", mas se tornou mais uma vítima da "falta de assistência social, falta de educação, falta de alimentação, falta de estrutura familiar e da devastadora exposição às drogas". Em seguida, o texto revela duas ocorrências policiais envolvendo o garoto, com data dos fatos, número do BO e delegacia onde o registro foi feito. O Estado não reproduz as ocorrências do comunicado para não infringir o ECA.

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O Habib’s diz também que as provas colhidas pela polícia mostram que a morte foi causada por uso de droga e não pelas supostas agressões, e afastou os funcionários supostamente envolvidos. O comunicado cita projetos sociais da empresa e afirma que eles serão ampliados.

Segundo o promotor da Vara da Infância e da Juventude Yuri Giuseppe Castiglione, o ECA garante o sigilo da identidade do menor. Ele explicou que ocorrências policiais envolvendo adolescentes, por lei, tramitam sob sigilo e quem as divulga, revelando dados do menor, comete infração contra o ECA. "É preciso saber se o Habib’s tinha autorização judicial ou da família para divulgar as informações."

O advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo (Condepe), afirmou que os autores do comunicado podem ser responsabilizados na Justiça. "Apesar de inicialmente a nota manifestar a suposta preocupação da empresa com as crianças e adolescentes em situação de abandono, a principal intenção foi de desqualificar e criminalizar a vítima, na tentativa de justificar sua morte." A família de João Victor não foi procurada pelo Habib’s para autorizar a divulgação do comunicado.

Morte

O laudo concluiu que o jovem morreu por causa do uso de lança-perfume e também atesta que foram encontrados vestígios de cocaína no sangue, o que poderia indicar consumo de crack. Policiais do 28.º DP (Freguesia do Ó) informaram que duas testemunhas relataram ter visto o garoto sendo agredido por seguranças da lanchonete. Imagens da rede não mostram a suposta agressão.

O Estado encaminhou questionamentos à assessoria de imprensa do Habib’s por e-mail, às 15h25 de ontem. Às 18h40, por telefone, foi informado que "a resposta seria providenciada", o que não ocorreu até as 21h. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Restaurativa surgiu como uma contraposição à justiça punitiva, se preocupando não apenas em reparar os danos sofridos pela vitima de um crime, como também resgaurdar a sociedade. O crime é não visto apenas como uma violação à norma estatal, mas sim como um conflito social que deve ser restaurado entre as partes (ofensor e vítima). Pensando nisso, a formação de novos atores para trabalharem com esse entendimento é fundamental, a Universidade da Amazônia (Unama)promove, em parceria com o Ministério Público do Estado, os cursos de “Justiça Restaurativa” e “Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito”. A programação se inicia nesta quinta-feira (16), às 13h30, na sala A-207, do campus Alcindo Cacela.

A solução de conflitos com utilização da Justiça Restaurativa tem tido experiências e resultados cada vez mais positivos, solucionando, muitas vezes, os crimes de pequeno potencial ofensivo e se interessando em recuperar a dignidade das pessoas em conflito com a lei. O papel do facilitador nos círculos de conflito é fundamental para que se chegue aos objetivos que vão muito além da punição, implicando até mesmo a reparação de danos emocionais.

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Os cursos têm a finalidade de sensibilizar promotores de justiça, técnicos do Ministério Público, professores da Unama, estagiários envolvidos no Núcleo de Práticas Restaurativas (NUPRE) e técnicos de organizações que compõem a rede serviços do território do NUPRE. Segundo a professora do curso de Serviço Social da Unama Maria Lucia Dias Gaspar Garcia, “na articulação do NUPRE, parceria entre Unama e Ministério Público, estava prevista a formação de novos atores para ampliar a possibilidade de aplicação da Justiça Restaurativa que vem sendo defendida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), assim, no início do ano de 2017, cumprindo o previsto, estamos preparando os cursos”.

Mario Tito Almeida, diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Unama, afirmou: “Considero de alta relevância que esta formação aconteça na Unama para agregar ainda maior valor acadêmico em nossa parceria”.

Confira a programação:

·  1ª fase - Curso sobre Justiça Restaurativa - 16, 23 e 30 de março, 06 e 20 de abril. 

·  2ª fase - Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito - 27 e 28 de abril, 04, 05, 11 e 12 de maio.

SERVIÇO: UNAMA realiza cursos em parceria com o Ministério Público do Estado.

Local: Sala A-207, do campus Alcindo Cacela.

Informações da Ascom Unama.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou nessa terça-feira (20) o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e dois ex-secretários por improbidade administrativa. Eles são acusados de ter autorizado ilegalmente, em dezembro de 2010, o funcionamento do Alto Forno 2 da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. O peemedebista está preso atualmente, mas por causa de outro processo.

O MPE alega que os ex-secretários estaduais Arthur Bastos (Casa Civil) e Marilene Ramos (Meio Ambiente) autorizaram o funcionamento da empresa mesmo sem ela ter preenchido os requisitos necessários para a obtenção da licença de operação. O caso ocorreu após a companhia ter recebido incentivos fiscais do governo estadual para se instalar na região.

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A ação civil pública foi ajuizada pelo Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) e incluiu também a empresa. O MPE afirma que a "decisão foi tomada pelo ex-governador Sérgio Cabral com a participação dos seus secretários, em menos de 24 horas, contra o entendimento técnico do órgão ambiental".

Segundo o Gaema, o Instituto Estadual do Ambiente já havia recusado o funcionamento do Alto Forno 2 em função de uma série de irregularidades. Uma das principais foi o caso da chamada "chuva de prata", acidente ocorrido em agosto de 2010, quando uma falha de projeto na TKCSA resultou na emissão de um pó de cor prateada, que, de acordo com a ação, afetou a vida e a saúde de moradores.

Após esse primeiro incidente, Cabral teria afirmado que a empresa "tomou as previdências necessárias" para que ele não se repetisse, segundo o MPE. Mas, dez dias após a autorização para o Alto Forno 2, outro episódio de "chuva de prata" foi registrado.

O MPE pede a condenação dos réus por atos de improbidade administrativa, com sanções que vão desde a suspensão dos direitos políticos por até oito anos até o pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano.

A TKCSA, segundo a nota do MPE, também pode ser proibida de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais por até cinco anos. A promotoria pede, ainda, a condenação dos réus para que reparem os danos causados ao ambiente e à saúde da população, mediante elaboração de estudos e pagamento de indenizações aos moradores de Santa Cruz e áreas afetadas.

Resposta

A TKCSA informou que não foi notificada e, por isso, não pode comentar o assunto. No entanto, diz em nota que conduziu seu processo de licenciamento de operação dentro de todos os parâmetros legais e com acompanhamento das autoridades ambientais.

Os advogados de Cabral não responderam às ligações da reportagem. Marilene informou, em nota, que a decisão de autorizar o funcionamento do "foi precedida de pareceres jurídico e técnico". Bastos não foi localizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) teve o sigilo bancário e fiscal quebrados pelo juiz da 8ª Vara de Fazenda Pública, Leonardo Grandmasson Ferreira Chave. Paes é acusado de improbidade administrativa na construção do campo de golfe olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste. Na semana passada, Grandmasson havia bloqueado os bens de Paes e o prefeito recorreu. "Como forma de melhor analisar o requerimento da defesa do sr. prefeito, determino a quebra de seu sigilo fiscal/bancário", escreveu o juiz, em despacho liberado nesta segunda-feira, 12. O juiz decretou ainda segredo de Justiça no processo.

A ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio. De acordo com a denúncia, a construtora Fiori Empreendimentos Imobiliários, responsável pela construção do campo de golfe, teria deixado de pagar R$ 1,8 milhão em licenças ambientais devidas pela remoção de "vegetação exótica" numa área de 61 mil metros quadrados. Ainda de acordo com os promotores, a Fiori pediu a Paes, em 14 de março de 2013, que arcasse com os custos do licenciamento sob o argumento de que "não teria sido contemplado nos custos do contrato o pagamento da citada taxa e que tal cobrança iria criar ônus adicional superior aos benefícios que lhes foram concedidos".

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Na ação, o MP pede a devolução do valor corrigido, calculado em R$ 2,3 milhões. Na decisão da semana passada, Grandmasson argumentou que o anúncio de que o prefeito vai viver nos Estados Unidos em 2017 fez com que ele se decidisse pelo bloqueio, porque a mudança poderia "dificultar ainda mais a recomposição dos danos causados".

Paes disse que a prefeitura cobrou da empresa os custos com o licenciamento ambiental. "Como algo isento teria um documento de cobrança e um pedido de inscrição em dívida ativa?", escreveu, em uma rede social. Em nota, informou que estava recorrendo do bloqueio e repudiou "insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo". Paes ainda não se posicionou sobre a decisão de quebra do sigilo bancário e fiscal.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) - agraciado pela Istoé como 'brasileiro do ano' - teve os bens bloqueados pela Justiça do Rio nesta sexta-feira, 9, em ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado. O prefeito é acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste. Segundo o MP, o peemedebista dispensou a Fiori Empreendimentos Imobiliários do pagamento de taxa ambiental no valor de R$ 1,86 milhão em 2013. A empresa, que fez o campo, também teve os bens bloqueados na mesma decisão.

O município do Rio teria arcado com o pagamento da taxa que, em valores atualizados, seria de R$ 2,39 milhões. Na decisão, o juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves diz que isso foi feito "contra todas as recomendações da Secretaria de Meio Ambiente". "A fórmula mágica encontrada para afastar o pagamento constitui claro ato de improbidade administrativa que causou evidente dano ao erário municipal", diz Chaves.

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O magistrado cita preocupação com o término do mandato de Paes, em dezembro deste ano, uma vez que ele irá morar nos Estados Unidos, o que justificaria a decisão do bloqueio dos bens, que deixou de fora as verbas de natureza salarial. O peemedebista dará aulas na Columbia University, em Nova York.

"A preocupação se acentua, na medida em que ao término de seu mandato, já se anunciou que o sr. Prefeito irá residir nos Estados Unidos, o que pode dificultar ainda mais a recomposição dos danos causados. Dessa forma, a indisponibilidade de bens como medida assecuratória se faz extremamente necessária, como vem reconhecendo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em tema de improbidade administrativa em que se busca o ressarcimento de dano aos cofres públicos", justificou.

Em nota, o prefeito do Rio disse que vai recorrer da decisão judicial de bloqueio dos seus bens. Segundo ele, diferentemente do que afirma o Ministério Público, a Prefeitura do Rio exigiu, no processo de licenciamento ambiental do Campo de Golfe, que a Fiori Empreendimentos Imobiliários pagasse a taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica. "Foi emitido por diversas vezes o Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DARM) nº 53904 em nome da Fiori, que não efetuou o pagamento", diz.

Segundo o prefeito, em 09 de novembro deste ano, "um mês antes da ação ajuizada pelo MP, a Secretaria de Meio Ambiente já havia enviado ofício à Procuradoria Geral do Município solicitando a cobrança dos valores atualizados e acrescidos de juros de mora (R$ 3,365 milhões) via dívida ativa".

Paes disse ainda que "repudia a insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo". Paes reforça que sua ida a Nova York é de conhecimento público há mais de um ano, quando recebeu o convite de uma das mais importantes universidades americanas, a Columbia University, que faz parte da renomada Ivy League, para ser professor visitante. Além disso, ele também foi convidado para ser consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A volta de Paes ao Brasil já tem data prevista, uma vez que o prefeito anunciou seu interesse em concorrer ao governo estadual em 2018.

Paes lembra ainda que, apesar de ação anterior do Ministério Público contra a construção do Campo de Golfe, a Prefeitura obteve da Justiça parecer favorável ao empreendimento que representou ganho ambiental à região.

O Ministério Público de Goiás divulgou processo seletivo para escolha de Assistente da 21ª Procuradoria de Justiça na área criminal. Para participar o candidato deve ser bacharel em Direito, a remuneração será de R$ 8.951,49. Quem estiver interessado deve se inscrever pessoalmente até o dia 25 de agosto na sala 312 do edifício-sede do MPE, localizada na Rua 23, esquina com Avenida Fued José Sebba, Quadra A-6, Lotes 15 a 24, Jardim Goiás. Os atendimentos ocorrem das 9h às 17h.

A seleção será realizada por meio de análise curricular, teste e entrevista. O cargo é comissionado. Mais informações através do site oficial do Ministério Público do Estado de Goiás.

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O Conselho Superior do Ministério Público Estadual (MPE) homologou na quarta-feira (6) pedido de arquivamento do inquérito aberto contra o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Donato (PT), investigado por suspeitas de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

O promotor Marcelo Milani é autor do pedido de arquivamento. Ele afirma que o vereador abriu, por conta própria, seus sigilos bancários durante a investigação. O MPE também obteve informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, com relatório sobre todas as transações financeiras ligadas a Donato - e não encontrou irregularidades.

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A investigação era no âmbito civil. A apuração verificaria se Donato tinha bens acima do declarado, fruto de eventual improbidade administrativa, ao usar seu cargo público para obter vantagem. O vereador não chegou a ser investigado no âmbito criminal. "A evolução patrimonial do vereador é condizente com sua renda. Então recomendei o arquivamento do inquérito, que apurava a possibilidade de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. Se surgirem novas informações, o inquérito pode ser desarquivado", disse o promotor.

As suspeitas contra Donato partiram das investigações da Máfia do Imposto Sobre Serviço (ISS), ocorridas em 2013. Ele foi citado, em uma das denúncias, como receptor de R$ 20 mil mensais do ex­auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, um dos homens acusados de operar a máfia, e de R$ 5 milhões, juntamente com outros vereadores, para arquivar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ocorrida durante a gestão Gilberto Kassab (PSD).

Afastamento. Por causa dessas suspeitas, Donato se afastou do cargo de secretário de Governo, que ocupava na gestão Fernando Haddad (PT), em outubro de 2013, e voltou à Câmara Municipal, onde foi eleito presidente em 2014.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma lista com o nome de 1.598 pessoas que tiveram as prestações de contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi entregue, nesta terça-feira (5), ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). O documento cita gestores municipais e estaduais, além de vereadores e prefeitos e servirá como base para a Justiça Eleitoral impugnar possíveis candidaturas durante as eleições deste ano. 

Com 212 páginas, a listagem foi repassada pelos desembargadores Carlos Porto e Dirceu Rodolfo, respectivamente presidente e corregedor do TCE, ao presidente TRE, Antônio Carlos Alves da Silva, e o procurador regional eleitoral, Antônio Carlos Barreto Campello.  

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Responsável pela confecção do documento, Dirceu Rodolfo explicou que os nomes correspondem aos últimos oito anos e são de processos irrecorríveis. “Esta lista é uma exigência da legislação eleitoral já que uma das razões de inelegibilidade é ter contas rejeitadas com esta conotação de irregularidade insanável”, pontuou. 

“A Lei da Ficha Limpa traz a exigência de que a infração [para a inelegibilidade] seja improbidade dolosa, estamos nos esforçando para verificar o dolo. É apenas a primeira para contribuir com as eleições”, acrescentou. 

Segundo o corregedor, o não recolhimento das contribuições previdenciárias e o gasto com pessoal acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal são as principais infrações dos 1.598 nomes. “A ideia dessas ações é tirar do jogo político pessoas que tem problemas com a má gestão e evitar transtornos posteriores”, cravou.

Com a lista em mãos, o presidente do TRE disse que os juízes eleitorais vão cruzar os dados com as inscrições de candidaturas que acontecem até o dia 15 de agosto. “Caso não consigamos julgar de imediato, os candidatos podem concorrer em subjudíce e os candidatos podem ser eleitos, hoje mesmo, acabamos de julgar um processo das eleições de 2012”, exemplificou Antônio Carlos Alves da Silva.

A maior dificuldade encontrada para chegar ao dia 2 de outubro com os candidatos citados na lista de rejeição do TCE e que se enquadram na Lei da Ficha Limpa inelegíveis é, de acordo com o procurador eleitoral, os novos prazos. “São apenas cinco dias para impugnar as candidaturas. Isso cria certa dificuldade já que vai desaguar tudo de uma vez e com uma conta matemática dos prazos limites é improvável que aconteça tudo antes do dia 2”, observou.

“O MPE recebendo esta lista com antecedência já pode observar os que se colocam como pré-candidatos e já ir analisando. Pois a rejeição das contas [no TCE] não necessariamente implica na inelegibilidade. Isso só acontece se houver um ato doloso”, acrescentou. Com o cruzamento de dados, os nomes dos candidatos com contas rejeitadas devem ser conhecidos no dia 16 de agosto.

Veja a lista na íntegra:

O Ministério Público Estadual abriu duas investigações para apurar a falta de merenda nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e o relacionamento entre as instituições e seus alunos. Os inquéritos são do promotor de Justiça João Paulo Faustinoni e Silva, do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc).

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Na investigação sobre as merendas, o promotor considera alegações dos estudantes, veiculadas pela imprensa, de que "a alimentação não seria ofertada em toda a rede e que, em boa parte das Etecs, a oferta se resumiria à denominada merenda seca, pouco nutritiva" e que, "em razão de impasse na solução de referido problema, estudante teriam ocupado prédios administrados pelo Centro Paula Souza". Assim, ele enviou sete questionamentos ao Centro Paula Souza, que tem 15 dias para responder.

Já na apuração sobre a relação entre entidades e alunos, o promotor investigará "a falta de normatização e institucionalização de práticas de gestão democrática, nos termos do que determinam a Constituição e o Plano Nacional de Educação". O promotor considera, neste caso, entre outros argumentos, que neste ano "ressurgem manifestações de estudantes com ocupações em escolas da rede pública, subordinadas à Secretaria Estadual de Educação e também ao Centro Paula Souza, autarquia do Governo do Estado de São Paulo que administra as escolas técnicas estaduais".

A Secretaria de Estado da Educação e o Centro Paula Souza foram procurados para comentar as investigações, mas ainda não enviaram resposta.

Alvo de investigações do Ministério Público Estadual e da Operação Lava Jato sobre um apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na segunda-feira (15) um desabafo durante reunião do conselho consultivo da presidência do PT.

"Não aguento mais falar disso. O Luiz Marinho vai lá em casa e só quer falar disso. Chego no Instituto para trabalhar e só falam disso. Não aguento mais", disse Lula, segundo relatos de conselheiros.

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A "escalada de ataques ao companheiro Lula" foi incluída pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, na lista de temas prioritários da reunião. Diante do desabafo do petista, o assunto acabou ficando em segundo plano. Na semana passada, durante reunião do conselho do Instituto Lula, o ex-presidente já havia evitado o assunto e chegou a interromper uma convidada que insistiu na pauta.

O PT e o Palácio do Planalto esperam uma resposta definitiva de Lula sobre o sítio que utiliza em Atibaia. Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente e seus advogados preparam uma "resposta cabal".

Durante a reunião, Rui Falcão apresentou um texto "em defesa de democracia" no qual conclama o partido a sair em apoio a Lula. "Tarefa muito especial e prioritária neste início de 2016 é a montagem de uma poderosa bateria de ações, recursos, debates e mobilizações de solidariedade a Lula", diz o texto. "O ataque a Lula é um ataque a determinado projeto de Nação, a todo projeto de Nação que se assente na busca de justiça, igualdade, liberdade, inclusão e participação de todos. O ataque a Lula é a confissão maior, pelas elites golpistas, de que não conseguirão impor o retorno de uma dominação excludente através de qualquer disputa que seja pautada pelo respeito às regras do jogo democrático."

Hoje, movimentos sociais que integram a Frente Brasil Popular vão fazer uma manifestação em defesa do ex-presidente na frente do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, onde está marcado depoimento de Lula para falar sobre o tríplex no Guarujá.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o atual secretário municipal de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, por crime de corrupção. A denúncia foi apresentada nesta quinta-feira (17) e, segundo os promotores, o delito teria ocorrido no período em que Chalita foi secretário estadual da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), de 2002 a 2005.

Ele sempre negou a acusação. A advogada de Chalita, Flavia Rahal, informou que "muito embora não tenha tido acesso aos termos da denúncia, a defesa de Gabriel Chalita repudia, de forma veemente, a tentativa do Ministério Publico Estadual de requentar fatos já investigados pelo Supremo Tribunal Federal e em relação aos quais afirmou-se a plena licitude". "O Poder Judiciário certamente saberá dar basta a essa forma abusiva e desleal de agir do órgão, rejeitando a acusação formulada."

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Segundo os promotores, empresas fornecedoras assinavam contratos superfaturados com a pasta estadual da Educação em troca de pagamento de propina para Chalita. A prova mais contundente, segundo apontariam as investigações, foi a reforma de uma cobertura adquirida por Chalita, em 2005, no bairro de Higienópolis, no centro de São Paulo, que teria sido paga por empresas contratadas pela secretaria.

Na época, o imóvel foi avaliado em R$ 4 milhões. A instalação do sistema de home theater e a automação local custou quase US$ 80 mil e, segundo as investigações, foi paga pelo empresário Chaim Zaher, por meio de contas abertas em nome de empresas off shore, com sede em Miami e em Nova York, nos Estados Unidos.

Zaher é dono do Grupo SEB - antigo COC -, que engloba várias editoras que assinaram contratos com a pasta comandada por Chalita, e também com a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), também do governo do Estado. Além dele, foram denunciadas outras duas pessoas que trabalharam para a pasta.

O dono da empresa contratada para instalar o home theater na cobertura apresentou uma nota fiscal de pagamento pelo serviço em nome de uma das empresas investigadas.

Recursos

Em 2013, duas investigações, na área cível e criminal, para apurar os fatos foram abertas pela promotoria. Os advogados de Chalita, então, entraram com recursos, e o Tribunal de Justiça de São Paulo arquivou a parte cível, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) também arquivou a investigação criminal por falta de provas.

Em março, os promotores criminais abriram nova investigação para apurar outros crimes que teriam ocorrido no período investigado anteriormente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A suspensão da reorganização escolar anunciada ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) não anula a ação movida na Justiça nesta semana pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Defensoria Pública contra a medida. Para promotores e defensores, além da revogação do decreto que instituía a política, o governo paulista deve definir para 2016 uma agenda oficial de discussão com a sociedade de propostas para a melhoria da qualidade da Educação em São Paulo.

"O pedido inicial, de que a reorganização não fosse implementada e de que qualquer mudança seja discutida na sociedade, foi atendido. Ainda precisamos aguardar a revogação do decreto que promoveu as transferências. Mas a ação tem um objetivo mais abrangente, que é a retomada da discussão não apenas desse projeto, mas do Plano Estadual de Educação, que está na Assembleia Legislativa", afirma o promotor João Paulo Faustinone Silva, do Grupo de Atuação Especial de Educação.

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Por isso, os autores da ação civil pública, impetrada na última quinta-feira, pedem que os estudantes do movimento que até ontem ocupava 196 escolas estaduais contra o projeto de reorganização da rede, que previa o fechamento de 93 unidades no Estado, continuem organizados e pressionando o governo por melhorias na Educação por meio dos mecanismos já existentes, como grêmios estudantis e associações.

"A população tem de se empoderar dos mecanismos de participação democrática, como os grêmios de escola, e pressionar, no sentido legítimo da palavra, a Assembleia Legislativa a discutir e aprovar um bom plano, que vai nortear a Educação de São Paulo pelos próximos dez anos. Existe muito espaço para canalização da massa crítica construtiva. A questão agora é ocupá-los", afirma a defensora pública Daniela Skromov.

Expectativa

Após a suspensão da reforma até 2016, a preocupação de especialistas é sobre como será feito o diálogo com a rede, com 5,1 mil escolas e 3,8 milhões de alunos. "Esperamos agora que o governo cumpra o que promete, ao realizar um diálogo de fato. Com um processo democrático, participativo", afirma a professora

Carmen Sylvia Vidigal, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Ela participou da redação do texto da nota de repúdio que a faculdade divulgou sobre o projeto.

Outro alvo de críticas é a fragilidade da base pedagógica que guiou o projeto. "Fechar escolas é um contrassenso. O governo precisa mostrar as informações, ser transparente com a população agora", diz Carmen.

Para Luiz Carlos Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), faltam provas empíricas de que separar os alunos por ciclos vai trazer resultados positivos. "É uma ideia simplória achar que uma reforma administrativa e burocrática será a saída para resolver os problemas educacionais", critica.

A Secretaria Estadual da Educação tem afirmado que escolas com ciclo único têm Idesp, principal indicador de qualidade da Educação paulista, 22% maior do que as outras. Segundo a pasta, outras variáveis pedagógicas e estruturais foram levadas em conta, como o número de alunos, espaços ociosos, situação dos prédios e otimização dos professores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em operação realizada na manhã desta quarta-feira (21), o Ministério Publico Estadual (MPE), com apoio das polícias Militar e Civil, recolheu arquivos e documentos da Secretaria Municipal de Saúde de Alenquer, município localizado no oeste do Pará, a cerca de 1.500 quilômetros de Belém. Foi apreendido material que possa ajudar nas investigações de prestações de contas da Secretaria de janeiro a outubro deste ano. A operação é resultado de um mandado de busca determinado pela Justiça após o MPE dar entrada em uma ação cautelar contra o município e o secretário de saúde, Jailson dos Santos Miranda.

Após vistorias e denúncias na Unidade Básica de Saúde em Alenquer, no Centro Municipal de Saúde e no almoxarifado da Secretaria, o MPE constatou diversas irregularidades e precariedades no estoque de material e infraestrutura. Faltam medicamentos, vacinas, agulhas, soro e diversos materiais específicos, o que tem impedido a realização de procedimentos básicos. Atendimentos odontológicos foram suspensos e exames preventivos de câncer do colo de útero não são feitos há três meses por falta de material.

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As investigações pretendem analisar as contas da Secretaria Municipal de Saúde para constatar  se os recursos financeiros destinados ao município estão sendo devidamente aplicados pela Secretaria e identificar elementos que justifiquem a precariedade da saúde pública em Alenquer.  

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, nesta terça-feira (22), o pedido de registro da Rede Sustentabilidade. Caso seja aprovado, o partido encabeçado pela ex-senadora Marina Silva (PSB) será o 34° do país. 

O aval favorável concedido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) no último dia 24 pode pesar na decisão dos ministros. O órgão recomendou ao relator do processo no TSE, o ministro João Otávio Noronha, que acatasse a criação da legenda. 

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Porta-vozes da Rede em Pernambuco, como o ex-deputado Roberto Leandro e o secretário estadual de Meio Ambiente Sérgio Xavier, viajam hoje à Brasília para acompanhar o julgamento no TSE.

"A nossa expectativa é muito positiva, pois cumprimos todos os requisitos legais e acreditamos que o TSE, da mesma forma que, na semana passada, concedeu registro para outra legenda, concederá, também, o registro da Rede Sustentabilidade. Com o registro aprovado, já disputaremos as eleições de 2016", garantiu Leandro.

Esta será a segunda vez que a legalidade da sigla passa pelo crivo da Justiça Eleitoral. A agremiação teve o registro rejeitado em setembro de 2013, por não ter, segundo o TSE, o número de assinaturas necessárias para a legalização. A nova solicitação foi impetrada na Corte Eleitoral no dia 28 de maio, juntamente com mais de 56.128 assinaturas. 

Porta-voz da Rede Sustentabilidade em Pernambuco, Roberto Leandro afirmou ao Portal LeiaJá, nesta sexta-feira (28), que a expectativa da agremiação é de que o processo de legalização seja julgado até o fim da primeira quinzena de setembro. De acordo com ele, o parecer positivo do Ministério Público Eleitoral (MPE) deve ajudar na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

“O Ministério Público reconheceu a lisura e a transparência da Rede. Esperamos agora que entre em julgamento mais rápido possível no TSE e enfim saia o registro. Será mais do que justo, por todo o trabalho que nós tivemos de coleta de apoios”, observou Leandro. “Quando analisou todo o processo, o Ministério Público colocou justamente que o que estava faltando em 2013 foi conquistado agora. E mais ainda, que não podemos ser atingidos pela nova legislação porque entramos com o pedido de registro em 2013”, acrescentou.

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Caso conquiste a legalização até o início de outubro, a Rede Sustentabilidade poderá participar da disputa eleitoral nos municípios em 2016. Indagado como se dará o processo em Pernambuco, o porta-voz disse que isso ainda não foi articulado. “Não discutimos ainda a tática eleitoral com relação aos estados e municípios. A orientação nacional é de que onde for possível vamos participar do processo eleitoral em 2016. Estamos focados agora no registro”, detalhou. 

Aguardando o julgamento Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à criação formal do partido, a Rede Sustentabilidade recebeu um parecer favorável da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE). O texto do vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, foi encaminhado ao ministro João Otavio Noronha, relator do pedido de registro da agremiação. No documento ele alega que o grupo conquistou a quantia de apoios necessários para a legalização e, por isso, o pedido de registro deve ser aceito pela Corte. 

A análise da Procuradoria foi emitida na última segunda-feira (24) após uma solicitação do TSE e servirá para embasar o parecer de Noronha. Com essa decisão, o próximo passo é o julgamento. A expectativa da Comissão Executiva da Rede é de que o processo sobre a criação passe pelo crivo dos ministros no início de setembro, mas ainda não há uma data estabelecida pelo TSE.

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O partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva teve o pedido de criação rejeitado em setembro de 2013, por não ter, segundo o TSE, o número de assinaturas necessárias para a legalização. A nova solicitação foi impetrada na Corte Eleitoral no dia 28 de maio, juntamente com mais de 56.128 assinaturas. Caso seja aprovada até o início de outubro, a legenda poderá disputar os pleitos municipais em 2016.

A Prefeitura de São Paulo vai se reunir com o Ministério Público Estadual (MPE) nesta quinta-feira (27) para discutir o fechamento da Avenida Paulista para veículos aos domingos. A gestão Fernando Haddad (PT) deve apresentar aos promotores relatórios da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além da posicionamentos de hospitais, clubes e condomínios da região. A realização de audiências públicas para debater o assunto também não está descartada.

A Avenida Paulista foi bloqueada para teste pela segunda vez no último domingo, para inauguração da ciclovia na Avenida Bernardino de Campos - apesar de o MPE ter se posicionado contrário ao fechamento da via para carros. O argumento da Promotoria de Habitação e Urbanismo é que a Paulista só pode ser fechada três vezes por ano, segundo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Prefeitura em 2007. Caso o termo não seja cumprido, a administração municipal deverá pagar multa de R$ 30 mil.

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Como em 2015 já houve a Parada Gay, além dos dois testes da Prefeitura, o MPE afirma que a Paulista não poderia mais ser bloqueada, o que impossibilita, por exemplo, a corrida de São Silvestre e o show da Virada, ambos no dia 31 de dezembro. A gestão Haddad, no entanto, considera que a abertura para pedestres e ciclistas aos domingos faz parte de uma política pública de ocupação do espaço, enquanto a Parada Gay, a São Silvestre e o show da Virada são considerados eventos.

"Eu pedi para que a Procuradoria entrasse em contato com o Ministério Público e levasse o nosso entendimento", afirmou Haddad. "Nós queremos que essa seja uma política pública de toda cidade, não está restrito à Paulista. É que no caso da Paulista tem um TAC e a interpretação dele é diferente caso a caso", disse. A ideia é que cada uma das 32 subprefeituras de São Paulo tenha uma via fechada aos domingos para ciclistas e pedestres como área de lazer.

"O TAC fala que a Prefeitura não pode autorizar mais de três eventos. Na verdade, não se trata disso, porque a Prefeitura não autoriza a si mesma no caso de uma política pública da ampliação dos espaços de lazer", afirmou Haddad. Ainda segundo o prefeito, audiências públicas podem ser realizadas para discutir o assunto, caso haja solicitação do MPE. Haddad também afirmou que não há previsão de fechamento da avenida para o próximo domingo.

Em ocasiões anteriores, Haddad chegou a afirmar que fecharia a Avenida Paulista todos os domingos. Em seguida, passou a considerar a interrupção do tráfego de veículos domingo sim, domingo não. Por fim, admitiu que uma terceira hipótese está em análise: a de bloquear a via uma vez por mês, como já foi feito no passado.

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