Às vésperas das eleições de Ipojuca, a serem realizadas neste domingo (2), um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) pode ser ter papel fundamental na disputa. O promotor de Justiça Eleitoral de Ipojuca, Eduardo Leal dos Santos, definiu como comprovado o abuso do poder econômico pelo ex-prefeito - e candidato à reeleição - Carlos Santana (PSDB). O parecer foi publicado pelo blog de Noelia Britto.
O processo tramita na 16ª Zona Eleitoral do Estado de Pernambuco e teve seu parecer dado no último dia 28 de março. Conforme o documento, o candidato do PSDB foi flagrado em uma gravação na tentativa de comprar o apoio político do vereador Elias Varanda. Em troca do apoio, Santana oferecia R$ 10 mil e um emprego para um nome da sua preferência.
##RECOMENDA##Diante disso, o candidato deve sofrer as penalidades previstas no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90: “inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar".
Na última quinta-feira (30), em entrevista ao LeiaJá, o político tratou o caso como “uma armação que esta pessoa (o ex-vereador Elias Francisco) fez com a gente. Foi uma montagem”, resumiu, afirmando que a sua equipe jurídica está cuidando do caso.
Caso Carlos Santana vença as eleições do próximo domingo, ele poderá ter o mandado cassado ou mesmo não terá a oportunidade de ser diplomado eleito.