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O Instagram está planejando tirar o "arrasta pra cima", recurso que permite que as pessoas visitem páginas externas deslizando o dedo para cima. O recurso, disponível apenas para as pessoas com 10 mil seguidores, deve ser retirado a partir do dia 30 de agosto.

Segundo o The Verge, em vez do link deslizar para cima, a rede social irá mudar para adesivos de link que levarão os usuários a sites externos. O instagram confirmou ao site que está retirando o 'swipe up' para "agilizar a experiência de criação de histórias" e oferecer mais "controle criativo".

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O Instagram disse ainda que, por enquanto, apenas pessoas que podem usar o "arrasta pra cima" receberão a opção do adesivo, mas que ainda está avaliando proporcionar esse recurso para mais usuários. Esta atualização “nos ajudará a determinar se é a decisão certa antes de expandir o acesso a mais pessoas”, disse um porta-voz ao The Verge.

A votação da PEC do voto impresso começou no Congresso Nacional e o PSDB lançou nota afirmando que confia no sistema de votação brasileiro e que fechou questão, em reunião da Executiva Nacional contra a proposta em discussão na Câmara dos Deputados.

Para o partido, as urnas eletrônicas contribuíram para avanços na segurança e confiabilidade do sistema a partir de consulta sobre a possibilidade de auditoria no sistema eletrônico de votação em 2014, que resultou em seguidas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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"Discutir a mudança no sistema de votação partindo da falsa premissa de eleições fraudadas é um desserviço à democracia brasileira. O partido acredita que o sistema pode ser sempre aprimorado, mas não nos moldes que tem sido conduzida atualmente a discussão", pontuou a nota, que é assinada pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

Elevação do nível dos mares, derretimento de calotas polares e outros efeitos do aquecimento global podem ser irreversíveis durante séculos e são "inequivocamente" impulsionados por emissões de gases causadores do efeito estufa da atividade humana, afirma nesta segunda-feira (9) em novo relatório o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que trabalha sob os auspícios da Organização das Nações Unidas.

O IPCC, organização de 195 governos, chegou ao novo relatório a partir de análises durante três anos de 14 mil estudos científicos com revisões pelos pares. Trata-se da primeira grande avaliação internacional da pesquisa sobre mudanças climáticas desde 2013, no primeiro dos quatro relatórios do IPCC esperados para os próximos 15 meses.

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"Já sabemos há décadas que o mundo está esquentando, mas o relatório nos diz que mudanças recentes no clima são disseminadas, rápidas e se intensificam, de maneira sem precedentes em milhares de anos", afirmou Ko Barrett, vice-presidente do painel. "Além disso, é incontestável que atividades mudanças causam mudanças climáticas."

O relatório destaca a responsabilidade humana por ondas recordes de calor, secas, tempestades mais intensas e outros eventos extremos de temperatura vistos pelo mundo nos últimos anos. Ele também detalha melhor estimativas de quão sensível é o clima a níveis crescentes de gás carbônico e outros gases estufas na atmosfera.

O documento estabelece as bases científicas para a COP26, cúpula sobre mudança climática prevista para novembro em Glasgow.

Um acordo global de 2015 em Paris previa que os países adotassem medidas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius, mas os esforços têm sido insuficientes.

O relatório desta segunda-feira projeta que, sem reduções rápidas nas emissões, as temperaturas globais podem subir mais de 1,5 grau Celsius ao longo dos próximos 20 anos.

O Flamengo se prepara para entrar em campo neste domingo contra o Internacional, pela 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Renato Gaúcho retorna à beira do gramado, assim como os titulares serão escalados, diferentemente da vitória por 1 a 0 sobre o ABC, na quinta-feira, em Natal, na Copa do Brasil. Mas a notícia desta sexta na Gávea foi a mudança de local di duelo contra o Sport, no próximo dia 15, na sequência do Brasileirão.

Antes, o embate entre Flamengo e Sport estava marcado para o Maracanã, que passará por reforma no gramado a partir da semana que vem por cerca de 20 dias. Por isso, a CBF alterou o palco deste jogo, que agora acontecerá no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), pela 16.ª rodada. A partida está marcada para começar às 16 horas.

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Antes disso, além do Internacional, o Flamengo enfrenta o Olimpia, no Paraguai, pela rodada de ida das quartas de final da Copa Libertadores. O confronto será disputado no estádio Manuel Ferreira, em Assunção, às 19h15 (de Brasília) da próxima quarta-feira. O segundo e decisivo embate acontecerá no Mané Garrincha, em Brasília, com direito a público, no dia 18).

Renato Gaúcho e os jogadores titulares não viajaram para Natal justamente por estarem focados nestes próximos compromissos. O treinador teve a semana livre para ajustar e lapidar o time. Descansados, os principais atletas do Flamengo prometem manter a sequência de bons resultados contra o Internacional.

O sistema do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2021 liberou, nesta quarta-feira (28), a funcionalidade para alteração dos locais de prova. A mudança deve ser realizada pelos coordenadores de cursos que possuem polos presencias, ou seja, estudantes inscritos no exame vinculados a cursos de educação a distância (EaD) ou em mobilidade acadêmica. O prazo para a modificação, feita através do Sistema Enade, é até 31 de agosto.

As provas do Enade 2021 serão aplicadas em 14 de novembro. Ao todo, 30 cursos de graduação (bacharelado, licenciatura e superiores de tecnologia) das áreas vinculadas ao ano II do ciclo avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) serão avaliados nesta edição. As inscrições para o exame são obrigatórias e vão até 8 de agosto.

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A Konami decidiu alterar o nome da franquia "Pro Evolution Soccer" (PES), que existe desde 2001, para "eFootball", um jogo totalmente digital e free-to-play (gratuito para jogar). O lançamento do game deve ocorrer entre setembro e novembro de 2021.

O nome "eFootball" será global, até mesmo no Japão, onde o jogo, atualmente, se chama "Winning Eleven". O game estará disponível nos consoles Playstation 4 e 5; Xbox One e series X/S; e PC, com cross-play entre as plataformas. 

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O "eFootball" terá versões para Android e IOS. A Konami prometeu novas notícias sobre o jogo no final de agosto de 2021.

A mudança na correção do saldo das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), pode ter impacto de pelo menos R$ 401 bilhões nas contas do fundo, segundo cálculos da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, antecipados ao Estadão/Broadcast. Enquanto entidades que representam os trabalhadores pressionam a Corte para colocar o processo na pauta, o governo vê o tema com preocupação e alerta para o risco de a medida significar financiamento mais caro para os próprios trabalhadores.

A lei em vigor diz que o saldo das contas vinculadas do FGTS precisa ser corrigido pela Taxa Referencial (TR), atualmente zerada, mais um juro de 3% ao ano. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questiona a correção monetária e pede a aplicação de um dos índices de inflação medidos pelo IBGE, mais o juro de 3%. "Do ponto de vista do fundo, é ameaçadora a decisão", afirma o diretor do Departamento do FGTS no Ministério da Economia, Gustavo Tillmann. Segundo ele, a remuneração atual das contas do FGTS permite que o fundo também empreste recursos com a cobrança de TR (hoje zerada) mais 3% e um adicional para remunerar os trabalhadores e o próprio fundo. Ao mudar o índice de correção monetária dos saldos, haverá em primeiro lugar um "descasamento", uma vez que os recursos passados já foram emprestados a uma taxa menor.

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Para frente, uma decisão nesse sentido do STF levaria o fundo a ajustar sua cobrança nas operações. "O dinheiro que empresta a TR vai ter de ser emprestado a IPCA, e isso vai limitar muito o público que vai querer pegar crédito no FGTS", alerta Tilmmann. Segundo ele, ficará mais caro tanto construir empreendimentos quanto adquirir a casa própria.

O diretor lembra ainda que a última medida adotada para recompor perdas inflacionárias impostas ao FGTS pelos planos econômicos Verão (1989) e Collor 1 (1990) resultou na Lei Complementar 110, de 2001. Ela instituiu cobrança adicional de 10% sobre os depósitos devidos em caso de demissão sem justa causa, além da multa de 40%. Embora a Caixa tenha declarado que a cobrança atingiu sua finalidade em 2007, seu fim só ocorreu no início de 2020. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não há como negar que a pandemia do novo coronavírus mudou o mercado de trabalho. Em um cenário atípico, aconteceram mudanças nas relações entre empregadores e profissionais, e o alto número de desempregados chegou a um patamar crítico: 14 milhões de pessoas sem emprego, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diante da crise econômica e da baixa nas contratações, deixar uma função se mostra uma atitude quase que impensável para um trabalhador, uma vez que, hoje, manter-se em um emprego é um privilégio. No entanto, quando o profissional está insatisfeito e desmotivado em um determinado cargo, tomar essa decisão pode ser, muitas vezes, a melhor escolha tanto para a carreira quanto para a saúde mental do indivíduo. É o caso, por exemplo, de Geraldo José dos Santos Barros, morador de Salvador, Bahia.

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"Eu entrei em uma empresa varejista e tinha o objetivo de chegar a um patamar que eu almejava, mas vi que a organização não estava dando essa oportunidade. Nos últimos três anos, estava muito puxada a jornada de trabalho para mim, porque o departamento tinha deficiência de recursos e de pessoas, as demandas eram todas urgentes, não tinha uma demanda de planejamento para compras e, a partir disso, eu e outros funcionários ficaram sobrecarregados. Isso desencadeou em mim um processo de ansiedade e estresse. Então, comecei a conversar com a empresa que eu não tinha mais interesse em permanecer nela”, relata.

Foi então que surgiu uma nova oportunidade para o especialista em compras. Um diretor que trabalhava com ele na antiga organização abriu uma empresa do ramo de supermercados, o 'Atacadão Centro Sul'. “Outro colega que trabalhou comigo na antiga empresa me falou que o ex-diretor estava com interesse de me levar para trabalhar lá. Mantive contato com ele, fiz todo o processo seletivo e passei. Acabei saindo da outra empresa. Eu já estava querendo sair de lá, já tinha colocado isso para o meu coordenador há uns dois anos", explica. "Hoje é um trabalho que eu faço com maior prazer”, conta o profissional formado em administração de empresas.

Assim como Geraldo, outros profissionais já pensaram em trocar de emprego ou até mesmo de profissão por diversos motivos. Um estudo do Instituto Locomotiva aponta que 56% dos trabalhadores formais estão insatisfeitos com o trabalho. Mas, quando sair de um emprego pode trazer benefícios para a carreira e para a mente? A resposta, para a professora de Recursos Humanos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Carol Ramalho, é: "Quando a pessoa estiver infeliz, não estiver realizada profissionalmente, estagnada, quando não se sente reconhecida, quando não está se desenvolvendo, quando deixa de aprender algo novo, entre outros motivos".

Para o psicólogo organizacional Cleyson Monteiro, mudar de emprego pode trazer benefícios para a saúde mental quando o trabalho gera sofrimento no profissional. “Por exemplo, pessoas que estão apresentando um quadro de estresse por causa de uma cobrança muito intensa, que acordam de manhã e não tem ânimo para ir ao trabalho, como também os indivíduos que vão para o emprego, mas já vão triste, chateados, cansados, independente de sua remuneração”, pontua.

De acordo com a professora Carol Ramalho, sair do emprego pode enriquecer a carreira do profissional, “mas é uma decisão que precisa ser muito bem pensada”. “Essa mudança tem que ser com muita responsabilidade, tem que analisar se esta mudança vai de acordo com o que você planeja para sua carreira, se essa mudança vai ser benéfica para a questão profissional e como isso vai impactar também sua família e seu lado pessoal”, explica.

Ela ainda alerta: “Por mais que às vezes a gente tende a ficar no mesmo emprego por questão de hábito, a gente também não pode cair na armadilha do comodismo, porque muitas vezes essa comodidade vai afastando as pessoas do seu objetivo profissional. O ideal é ter um plano de carreira, que você trace seus objetivos, destrinche em metas e trilhe esse caminho”.

Encontrar um equilíbrio entre trabalhar com mais eficiência e ter qualidade de vida é fundamental para o bem-estar dos profissionais, aponta o psicólogo Cleyson Monteiro. Ele, porém, alerta: "É óbvio que em determinados momentos vão haver estresses, não existe emprego que não tenha estresse, mas quando o profissional está bem, ele consegue reagir de forma positiva e, inclusive, sendo eficiente na tomada de decisões”.

Cleyson Monteiro complementa: “Quando você está satisfeito, fazendo o que gosta, quando você está sendo reconhecido, isso é um indicador que você está motivado e que está equilibrado emocionalmente. Já quando acontece o inverso, ou seja, quando você não tem o reconhecimento, quando a empresa assedia você moralmente, quando o nível de estresse e insatisfação é tão grande que caracteriza insônia, pensamentos acelerados, discordância de ações nas organizações, alteração de humor, é sinal de que seu equilíbrio psíquico não está bem e que essa empresa é tóxica para você. O ideal é buscar outras oportunidades”, concluiu o psicólogo.

Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas pessoas tiveram que abdicar das atividades ao ar livre. As medidas restritivas impuseram limites de convivência, mas também abriram novas possibilidades. Um dos setores que mais cresceu no período foi o de apostas online. Com cada vez mais adeptos, a indústria tem usado a tecnologia para conseguir se firmar como um mercado lucrativo e vantajoso.

A tecnologia tem mudado os sites de apostas esportivas há pelo menos uma década. São plataformas que estão proporcionando ao cliente maior interatividade e possibilidades de combinação. A gama de esportes à disposição do público cresce exponencialmente. Durante a pandemia, por exemplo, torneios de competições que não foram paralisadas, como o tênis de mesa, ganharam relevância. Na crise, se adaptar é fundamental, e os sites de apostas fizeram isso.

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Em paralelo, não deixaram de investir em tecnologia. Muitos aprimoraram seus sites para dispositivos móveis e smartphones, caso do Bet365 Aplicativo, um dos principais do mercado atual. Aliás, a utilização dos celulares para realizar apostas tem crescido significativamente. Por isso, as plataformas estão desenvolvendo não só opções de aposta, mas também redes de atendimento para dar suporte ao cliente.

Outras novidades passam também pela introdução da realidade virtual, o acesso às apostas por meio das bitcoins e também a inclusão de apostas para os eSports, jogos eletrônicos que tem movido uma legião de fãs em campeonatos de consoles como PS4, PS5 e Xbox One.

Atualmente, muitos cassinos estão investindo pesado na utilização de Realidade Virtual. A ideia é proporcionar ao cliente uma experiência que vá além das apostas. Com a maioria dos cassinos fechados ou com capacidade reduzida, muitas pessoas ainda não se sentem confortáveis para sair de casa. Por isso, o modelo de realidade virtual ajuda o público a vivenciar a realidade do cassino. Decoração, interatividade, mesa, crupiê…Tudo criado para tornar a aposta o mais real possível.

Algo que também tem entrado com força no mundo esportivo são as criptomoedas. A despeito das avaliações de que o modelo de negócio pode ser perigoso e não sustentável do ponto de vista econômico, sua utilização tem crescido muito, e as apostas não estão alheias a esse processo. Um ponto favorável das crypogamblings é que o modelo presume a utilização da criptografia, o que gera mais segurança nas negociações na internet.

Outro mercado que tem ganhado espaço nos sites de apostas são as possibilidades envolvendo os eSports. É verdade que a prática ainda não está totalmente disseminada entre os clientes, mas à medida que os jogos vão se popularizando, as chances de apostar em um desses eventos também aumenta. Atualmente, os jogos mais atrativos são Counter Strike, Dota 2, League of Legends e Fortnite. Para se ter uma ideia, as apostas em jogos de eSports arrecadaram mais de US$ 14 bilhões (mais de R$ 60 bilhões) de dólares em apostas no ano passado.

Há ainda outras boas novidades, como o I-Slots, especialmente projetados para os cassinos online. Eles permitem uma nova visão desse jogo clássico entre os adeptos do cassino, sobretudo no que envolve as máquinas caça-níqueis. As modificações ocasionadas pela digitalização dos sites também impacta o modelo conhecido como In-Play.

Esse tipo de aposta é mais utilizado para quem curte eventos esportivos. O nome é complicado, mas a explicação é fácil: nada mais é do que fazer apostas enquanto o evento acontece. Por exemplo: apostar que Neymar fará dois gols na partida aos 30 minutos do primeiro tempo. Ou que Tom Brady poderá vencer o Super Bowl (de novo) enquanto a partida está no intervalo. Há cada vez mais opções de In-Play, o que é muito bem-vindo.

A digitalização dos sites de apostas veio para ficar. É um caminho sem volta. Se o setor continuar aprendendo e aprimorando suas ferramentas como tem feito até o momento, o crescimento da indústria será ainda mais estruturado e vantajoso não só para as empresas, mas para o público também.

A partir desta segunda-feira (24), a Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, área central da cidade, será exclusiva para pedestres. Chamado de “pedestrianização”, o processo é explicado pela prefeitura recifense como uma “experiência importante de segurança viária, porque traz o foco na mobilidade” de quem anda a pé.

De acordo com a Prefeitura do Recife, para a viabilidade da mudança, haverá inversão no sentido da circulação das Ruas da Guia, Dona Maria César e João Domingos Martins. “Dessa forma, os condutores que usavam a Rua do Bom Jesus, poderão utilizar a Rua da Guia e a Rua Dona Maria César como rota alternativa. Além disso, os condutores que vêm do Cais do Apolo pela Avenida Barbosa Lima poderão acessar a Praça do Arsenal pela Rua João Domingos Martins. Agentes e orientadores de trânsito estarão no local durante as primeiras semanas da mudança para esclarecer as dúvidas dos condutores”, detalhou a PCR.

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A NACTO-GDCI, organização de referência mundial em mobilidade sustentável, ajudou a gestão da capital pernambucana para viabilizar a pedestrianização da Rua do Bom Jesus. Foram realizadas consultorias em busca de um desenho para as vias próximas à Rua, bem como foi arquitetado um mobiliário urbano para garantir a segurança de quem anda pelo local, como esferas de concreto que isolam os extremos das vias. “Nas áreas de cruzamento com as outras vias, o espaço foi redesenhado para garantir o espaço dos pedestres por meio de sinalização horizontal, diminuindo, assim, os espaços para travessias”, acrescentou a Prefeitura do Recife.

Segundo o Comitê Municipal de Acidentes de Trânsito (Compat) e a organização da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, com base no Relatório Preliminar de Vítimas Fatais, no Recife, pessoas que andam a pé correspondem a 46% das vítimas fatais de sinistro de trânsito. "O relatório preliminar de vítimas fatais é um marco importante para divulgar os dados sobre os sinistros de trânsito e é uma das estratégias para conscientizar as pessoas sobre os riscos no trânsito. Sabemos que as intervenções nos espaços públicos são essenciais, mas queremos também fomentar a responsabilidade compartilhada com a sociedade civil, porque se todos respeitarem os mais vulneráveis no trânsito, conseguiremos salvar mais vidas", destacou a coordenadora de dados da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Recife, Amanda Maria da Conceição, conforte o site da PCR.

Às vésperas do julgamento sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, pediu nesta quinta-feira (15) para retornar à Primeira Turma do STF assim que o decano da Corte, Marco Aurélio Mello, deixar o tribunal em julho.

"Justifico que me coloco à disposição do Tribunal tanto pelo sentido de missão e dever, quanto pelo preito ao exemplo conspícuo do Ministro Marco Aurélio, eminente decano que honra sobremaneira este Tribunal", escreveu Fachin, em ofício endereçado ao presidente do STF, Luiz Fux.

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"Caso a critério de Vossa Excelência ou do colegiado não se verifiquem tais pressupostos, permanecerei com muita honra na posição em que atualmente me encontro", acrescentou o ministro. Nos bastidores da Corte, o pedido foi interpretado como um sinal de que o ministro cumpriu a sua missão como relator da Lava Jato no STF, encerrando um ciclo de trabalho.

Fachin atualmente integra a Segunda Turma do STF, onde tem sofrido uma série de reveses em julgamentos da Lava Jato. A correlação de forças na Corte foi alterada após a aposentadoria de Celso de Mello e a chegada ao tribunal de Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.

No ofício enviado a Fux, Fachin ressaltou que pretende retornar à Primeira Turma, "caso não haja interesse de integrante mais antigo" do tribunal. O STF respeita o critério de antiguidade nesses casos.

Mesmo se a troca for efetivada, os casos da Lava Jato continuarão ser ser julgados pela Segunda Turma, segundo o gabinete de Fachin. Técnicos da presidência do STF avaliam que, embora pelo regimento Fachin deveria levar todo o acervo do gabinete, o ministro pode apresentar uma questão de ordem ou algo nesse sentido para manter os casos da Lava Jato na Segunda Turma e redistribuir para outro relator.

"Caso confirmada pela Presidência e pelo Tribunal a mudança de órgão colegiado, a Segunda Turma continua preventa para o julgamento de todos os processos referentes à Operação Lava Jato", comunicou o gabinete de Fachin.

O ministro integrava originalmente a Primeira Turma do STF e trocou para a Segunda após a morte em acidente aéreo do ministro Teori Zavascki, em janeiro de 2017. Depois que mudou para a Segunda Turma, Fachin foi sorteado e definido como novo relator da Lava Jato.

As alterações promovidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) entram em vigor a partir desta segunda-feira (12). As mudanças foram sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado, quando ficou definido que a vigência passaria a ocorrer 180 dias após a sanção.

A partir de agora, os motoristas devem ficar atentos aos novos prazos de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ao número de pontos que podem gerar a suspensão de dirigir e à punição de quem causar uma morte ao conduzir o veículo após ter ingerido bebida alcoólica ou ter usado drogas.

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Os exames de aptidão física e mental para renovação da CNH não serão mais realizados a cada cinco anos. Agora, a validade será de dez anos para motoristas com idade inferior a 50 anos; cinco anos para motoristas com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 e três anos para motoristas com idade igual ou superior a 70 anos.

Sobre a pontuação, a lei agora estabelece uma gradação de 20, 30 ou 40 pontos em 12 meses conforme haja infrações gravíssimas ou não. Atualmente, a suspensão ocorre com 20 pontos, independentemente do tipo de infração.

Dessa forma, o condutor será suspenso com 20 pontos se tiver cometido duas ou mais infrações gravíssimas; com 30 pontos se tiver uma infração gravíssima; e com 40 pontos se não tiver cometido infração gravíssima no período de 12 meses.

Os condutores que exercem atividades remuneradas terão seu documento suspenso com 40 pontos, independentemente da natureza das infrações. Essa regra atinge motoristas de ônibus ou caminhões, taxistas, motoristas de aplicativo ou moto-taxistas. Se esses condutores participarem de curso preventivo de reciclagem ao atingir 30 pontos, em 12 meses, toda a pontuação será zerada.

As novas regras proíbem que condutores condenados por homicídio culposo ou lesão corporal sob efeito de álcool ou outro psicoativo tenham pena de prisão convertida em  alternativas.

Cadeirinhas

O uso de cadeirinhas no banco traseiro passa a ser obrigatório para crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 1,45 metro de altura. Pela regra antiga, somente a idade da criança era levada em conta.

Recall

Nos casos de chamamentos pelas montadoras para correção de defeitos em veículos (recall), o automóvel somente será licenciado após a comprovação de que houve atendimento das campanhas de reparo.

Motociclistas

Para os motociclistas, a nova lei restringe a circulação de crianças na garupa das motos. Antes, a legislação permitia que crianças maiores de sete anos podiam ir na garupa. Agora, a idade mínima para levar uma criança na moto é 10 anos.

Andar com o farol da motocicleta apagado passará a ser considerada infração média, sujeita a multa de R$ 130,16. Antes, isso era considerado como infração gravíssima, sujeita a multa e apreensão da CNH e até suspensão do direito de pilotar.

Pilotar motocicleta sem viseira ou óculos de proteção ou com a viseira levantada passa a ser uma infração média, com multa de R$ 130,16. Antes, era considerada infração gravíssima andar sem viseira e infração leve pilotar com viseira levantada ou danificada.

Um dia depois da troca do comando da Polícia Federal, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentou projeto de lei para tornar obrigatória a aprovação pelo Senado da indicação do diretor-geral da Polícia Federal. A proposta de Contarato, que é delegado da Polícia Civil, já representa uma reação do Congresso à segunda mudança na direção da PF feita no governo Bolsonaro.

Na terça, 6, o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, nomeou Paulo Maiurino para o posto, substituindo Rolando Souza. Este, por sua vez, já entrara no ano passado, no meio da turbulência política provocada pelo rompimento do então ministro da Justiça Sérgio Moro com Jair Bolsonaro. O ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal e acabou deixando o governo. Agora, mais uma mudança acontece na cúpula da PF.

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Para o senador Contarato, se for aprovada a proposta, a PF "ficará menos vulnerável à cooptação". "Bolsonaro tenta reduzir a PF a uma guarda pessoal para perseguir adversários e se blindar de investigações", disse o senador, ao justificar a apresentação do projeto. "Com estabilidade na cúpula, a PF ficará menos vulnerável à cooptação."

Hoje, o Senado já é responsável pela aprovação dos indicados para uma série de posições estratégicas. Os ministros do Supremo Tribunal Federal precisam passar pela sabatina da Casa e serem aprovados. A mesma coisa acontece com embaixadores e integrantes das agências reguladoras. Apesar de muitas vezes essas sabatinas e votações se tornarem mera formalidade, os senadores detêm o poder de vetar indicações polêmicas ou que os desagradem. Com isso, algumas nomeações nem são efetivadas porque já se prevê que serão barradas.

Um exemplo é o do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que o presidente queria indicar para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Como a indicação era polêmica, Bolsonaro recuou para evitar o risco de uma derrota.

No ano passado, o plenário do Senado derrubou a nomeação do diplomata Fábio Mendes Marzano para a delegação permanente do Brasil em Genebra, na Suíça. Durante sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional ele causou desconforto entre os parlamentares ao não responder a uma pergunta feita pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) sobre o Acordo Mercosul-União Europeia, em relação aos entraves que a negociação vinha sofrendo por conta da questão ambiental. Solidários à senadora, a maioria dos parlamentares rejeitou sua nomeação.

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, escolheu o delegado Paulo Maiurino como novo diretor-geral da Polícia Federal. Ele substituirá o atual chefe da corporação, Rolando Souza. Com a mudança, a PF terá o terceiro chefe em apenas dois anos e três meses de governo.

O delegado Paulo Maiurino atuou no ano passado como secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal, na gestão Dias Toffoli. Antes, trabalhou no governo de São Paulo como secretário de Esporte, Lazer e Juventude, na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

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O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal será Silvinei Vasques.

O primeiro discurso de Torres no cargo, nesta terça-feira, 6, já foi afinado com o presidente Jair Bolsonaro. Ao tomar posse em cerimônia fechada, sem transmissão ao vivo, o titular da Justiça defendeu a presença da "força da segurança pública" para assegurar "um ir e vir sereno e pacífico".

O pronunciamento de Torres foi feito justamente no momento em que Bolsonaro trava uma disputa com governadores e prefeitos sobre medidas de isolamento social para combater a disseminação de covid-19. O presidente chegou a entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decretos de toque de recolher editados por governadores do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul, mas não obteve êxito. Além disso, na semana passada Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante do Exército, Edson Pujol, que se recusaram a politizar as Forças Armadas.

"Neste momento, a força da segurança pública tem que se fazer presente, garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico. Contem com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar esta tranquilidade", afirmou Torres, que também destacou o combate ao crime organizado como uma de suas prioridades.

A Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em recente conversa com o presidente, Torres disse a ele que o enfrentamento à pandemia também terá o olhar atento da corporação.

No início da gestão de Bolsonaro, a PF era comandada pelo delegado Maurício Valeixo, indicado pelo então ministro Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato. Bolsonaro reclamava da atuação de Valeixo e exigiu sua cabeça. Moro pediu demissão, alegando interferência política. Mas desde que Rolando de Souza assumiu como diretor-geral, em maio do ano passado, a PF abriu outros inquéritos que incomodaram o Palácio do Planalto.

O mais recente deles, iniciado em março, investiga negócios envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho "04" do presidente. O objetivo da Procuradoria da República no Distrito Federal é saber se houve crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro praticados por um grupo empresarial do setor de mineração e o filho de Bolsonaro.

Os outros três filhos políticos do presidente também são alvo da PF. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é acusado de comandar um esquema de rachadinha quando era deputado no Rio. O esquema, que também abrigaria funcionários fantasmas, seria usado, ainda, pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está na mira de inquérito do STF que investiga a propagação de fake news contra ministros da Corte e o financiamento de atos antidemocráticos.

Em outra frente, a PF abriu inquérito contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para apurar se ele cometeu crimes na gestão da pandemia de covid-19. Outras duas apurações em andamento, que também interessam o presidente, são as que tratam dos atos antidemocráticos e do inquérito das fake news.

Ao discursar na cerimônia de posse de Torres, Bolsonaro disse que o novo ministro da Justiça terá o comando de "sua própria PF". "Não é fácil e não é um Ministério complicado, mas é um ministério que tem muita responsabilidade. Abaixo de você, ali, diretamente subordinada - entre outras, né? -, a sua própria Polícia Federal", afirmou o presidente.

Bolsonaro considerou a mudança como "natural". "(…) A gente sabe que você (Torres), todas as mudanças que efetuará no seu Ministério é (sic) para melhor adequá-lo ao objetivo, ao qual você traçou. Você quer o Ministério da Justiça o mais focado possível para o bem de todos em nosso País", argumentou.

Mudança

A definição sobre a mudança na PF ocorreu após uma reunião entre Bolsonaro e Torres, na semana passada. Ficou decidido ali que o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Eduardo Aggio, também será substituído. A nova cúpula da PF e da PRF deverá ser anunciada até o fim da semana.

Delegado de carreira, Torres mantém relação próxima com o presidente desde o tempo em que os dois trabalhavam na Câmara. Quando Bolsonaro era deputado federal, o agora ministro ocupava o cargo de assessor legislativo de uma associação de delegados da Polícia Federal. Torres também foi chefe de gabinete do deputado Fernando Francischini (PSL-PR), aliado de primeira hora da campanha de Bolsonaro, em 2018.

O discurso oficial do governo é o de que Bolsonaro deu carta branca para o novo ministro da Justiça montar sua equipe e por isso ele nomeará outro diretor-geral para a PF. O Estadão apurou, porém, que a mudança não fazia parte dos planos de Torres, quando ele foi convidado para o cargo.

A troca na cúpula da PF será feita onze meses depois da polêmica dispensa de Maurício Valeixo, que levou ao pedido de demissão de Moro, em abril do ano passado. Moro saiu acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.

Na época, o plano do presidente era nomear para o comando da corporação o delegado Alexandre Ramagem, de quem é amigo. A indicação, porém, foi barrada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Rolando, que trabalhava com Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi a alternativa encontrada.

Interferência

A PF ainda conduz o inquérito aberto pelo Supremo para apurar a acusação de Moro contra Bolsonaro. Um dos episódios sob investigação, nesse caso, é a reunião ministerial de abril de 2020, quando o presidente se queixou de que a Polícia Federal não lhe dava "informações".

"Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações; a ABIN tem os seus problemas, tem algumas informações. Só não tem mais porque está faltando, realmente… Temos problemas. Aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação", disse Bolsonaro naquela reunião, que foi gravada em vídeo. "E me desculpe o serviço de informação nosso - todos. É uma vergonha, uma vergonha que eu não sou informado. Não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade".

Irritado, Bolsonaro também admitiu, naquela reunião, que havia tentando trocar, sem sucesso "gente da segurança" no Rio. "Isso acabou. Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", esbravejou o presidente, diante dos ministros. Dois dias depois, Moro pediu demissão.

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres, deve trocar o comando da Polícia Federal, posto atualmente ocupado por Rolando Alexandre de Souza. A mudança teve o aval do presidente Jair Bolsonaro.

Ainda não há definição sobre o futuro chefe da PF. Mas é certa a mudança. Nos bastidores da corporação já circulam nomes para a sucessão.

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Próximo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Torres assumiu o MJSP na semana passada - uma das seis trocas feitas pelo presidente em postos estratégicos do primeiro escalão do governo.

Em março, Rolando determinou algumas mudanças em superintendências regionais, como a troca no comando da corporação em São Paulo, onde o delegado Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho deu lugar a Dennis Cali.

A instituição passou por um período de forte turbulência no ano passado, quando a queda do então diretor-geral, delegado Mauricio Valeixo, foi exigida pelo presidente e acabou sendo o pivô da renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, em abril.

A nova troca no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, formalizada na esteira na mini-reforma ministerial do presidente Jair Bolsonaro, que substituiu a chefia de seis pastas em uma tacada só nesta segunda-feira, 29, começou a provocar as primeiras reações à escolha do delegado da Polícia Federal Anderson Torres como substituto de André Mendonça - que foi remanejado de volta para a Advocacia Geral da União (AGU).

Em nota conjunta endereçada a Bolsonaro, deputados da chamada 'bancada da bala' se uniram a onze entidades representativas de profissionais da Segurança Pública para criticar a nomeação, já oficializada no Diário Oficial da União. O grupo diz que, enquanto foi secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal e chefe de gabinete do ex-deputado do PSL Fernando Francischini na Câmara, o novo ministro demonstrou 'atuação parcial'.

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"Neste sensível momento de crise que o país e o mundo se encontram, a busca de uma gestão harmoniosa, valorizando inclusive as categorias que sempre estiveram em Vossa base de apoiamento, se faz uma medida necessária para a prevalência da boa ordem, e a busca do progresso", diz um trecho do texto.

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente do bloco parlamentar e um dos nomes que subscreve a nota, negou que a bancada tenha sido consultada sobre a indicação.

Em lado oposto, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), onde Torres foi diretor de assuntos legislativos, e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) elogiaram o novo ministro.

"O delegado Anderson Torres reúne as qualidades necessárias para ocupar o cargo", disseram. "A experiência e conhecimento amealhado à frente de uma das principais secretarias de Segurança do País certamente ajudarão o novo ministro a alcançar também na área federal bons resultados, por meio de coordenação efetiva entre os membros da federação e com a adoção de medidas que fortaleçam e garantam a atuação republicana das instituições de Estado", acrescentaram.

Torres é próximo ao ex-secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, nomeado por Bolsonaro para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e do ex-deputado federal Alberto Fraga, além de ter cultivado relações pessoais com os filhos do presidente, o senador Flávio (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo (PSL-SP). No final de 2019, chegou a ser cotado para assumir o comando da Polícia Federal no lugar de Maurício Valeixo, pivô da demissão de Sérgio Moro, mas teve o nome vetado pelo então ministro.

A escalada de mortes na pandemia minou a aliança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o Centrão. Há pouco mais de um mês da vitória dos candidatos governistas nas eleições internas do Congresso, a parceria se alterou de um estado de "lua de mel" para cobranças públicas e ameaças veladas de abertura de impeachment e CPI para investigar o Planalto.

Na semana passada, o presidente não aceitou a indicação da médica Ludhmila Hajjar, de perfil técnico, para substituir o general Eduardo Pazuello, no Ministério da Saúde. Ela havia sido endossada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Ludhmila se guiava por uma cartilha de combate à covid-19 que seguia as orientações de especialistas mundiais. O presidente escolheu o cardiologista Marcelo Queiroga, amigo de seu filho senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroga prometeu seguir a cartilha do Planalto.

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Lira ficou contrariado. Numa videoconferência, falou em evitar a "agonia" dos brasileiros e um "vexame internacional". Antes, ele se manifestava contra a abertura de um processo de impeachment de Bolsonaro. Chegou a dizer que não seria "prioridade" e poderia "desestabilizar" o País. Na última semana, esquivou-se com outro argumento: não teve "tempo" de analisar os pedidos.

Queiroga está assumindo o ministério sem poder contar com a "paciência" do Centrão, sem tempo para aprender e sem poder errar, avisou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). Ele e Lira também declararam publicamente que Bolsonaro não poderá contar com eles para impor medidas mais extremas. Horas antes, Bolsonaro citou o termo "estado de sítio" em uma conversa truncada com apoiadores, no Alvorada, na qual criticava os governadores.

Sinais

O deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP) confirma que há uma mudança sutil no relacionamento do Centrão com o governo e que o "sinal laranja" de alerta já está ligado e "caminhando para o vermelho". "Ninguém vai querer se expor em um governo que pode acabar mal por causa da pandemia. Acredito que os líderes estão se afastando de Bolsonaro até ver no que vai dar esse ministro da Saúde e qual plano será adotado", afirmou Pinato. "Se não mantiver um cronograma de vacinação, e as mortes aumentarem, não terá como segurar (a CPI)", avisou.

A deputada Celina Leão (Progressistas-DF), cada vez mais próxima da família Bolsonaro, diz que a Câmara tem sido colaborativa, mas alerta: "O grande erro de Bolsonaro foi não entender, no momento certo, a importância da vacina".

No Senado, a pressão pela CPI da Saúde é ainda maior. O presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) se diz contra, mas, após a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), o terceiro por covid, já admite que não sabe até quando poderá evitar a investigação. Teme que chegue um momento em que se verá entre garantir o apoio à sua gestão ou à de Bolsonaro. "A situação crítica do Brasil exige a coordenação do presidente, ações do Ministério e toda colaboração dos poderes, governadores, prefeitos e instituições", disse no Twitter.

Dias antes da queda de Pazuello, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, disse ao Estadão que houve uma mudança notável na relação entre os poderes e minimizou o desgaste que se avizinhava. "Todos estamos muito preocupados pela pandemia, mas ela vai fazer a gente se unir mais ainda", ressaltou. "Essa pandemia é um fator que ainda vai solidificar mais ainda nossa união."

Lula

Um dirigente do DEM, com trânsito no Palácio do Planalto, afirma que o Centrão se move pela expectativa de poder - por isso, não há dúvidas de que pode abandonar Jair Bolsonaro. E cita como exemplo a debandada do grupo, em 2016, do governo Dilma Rousseff, o que deteriorou as condições políticas da presidente para enfrentar o impeachment. Um a um, partidos como Republicanos, Progressistas, PSD e PL foram deixando o governo para depois ingressar na cúpula do governo Michel Temer.

As fissuras entre o governo e o Centrão coincidem com sinais positivos de integrantes do bloco à reabilitação eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para caciques, as pesquisas de intenção de voto terão papel decisivo. A taxa de rejeição, atualmente mais alta para Bolsonaro, é fator mais considerado, pois indica o teto de votos. Eles também lembram que, em algum momento, todos os políticos no controle dos partidos do Centrão foram aliados de Lula.

No bloco, o PL, o Progressistas e o Republicanos são vistos por ministros do governo e dirigentes partidários como os mais fechados com Bolsonaro. No governo, os ministros reconhecem que abandonar ou não Bolsonaro será movido por ideologia, sentimento de poder e circunstâncias regionais.

O Solidariedade é um dos partidos que balançam entre Bolsonaro e Lula. A interlocutores, o presidente do partido, Paulinho da Força (SP), já admitiu inclinação por apoiar uma eventual candidatura de Lula em 2022. Chefe do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, apoiador de Bolsonaro, também não descarta o petista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pressionado pelo avanço da covid-19 e críticas sobre a omissão do governo federal na distribuição de vacinas, o presidente Jair Bolsonaro mudou radicalmente de postura e usou máscara em evento no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 10, em que sancionou projeto para facilitar a compra de mais vacinas. Desde o começo da pandemia, Bolsonaro tem minimizado a doença, desestimulado o uso da proteção e o distanciamento social e rejeitado propostas de compra de imunizantes.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) também mudou o tom e pediu aos seus seguidores para compartilhar nas redes sociais uma foto de seu pai com a frase: "Nossa arma é a vacina". O filho do presidente também disse que nos próximos meses o Brasil vai vacinar "dezenas de milhões de brasileiros".

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A mudança de postura ocorreu horas após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter atacado a gestão do governo no enfrentamento da pandemia no primeiro discurso depois de ter condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal. O petista disse que fará propaganda para a população se vacinar, num movimento oposto ao que Bolsonaro adotou até hoje. Ele recomendou que a população não siga nenhuma "decisão imbecil do presidente da República ou ministro da Saúde", além de apoiar governadores em suas ofensivas por vacinas.

Em seu discurso, Bolsonaro adotou tom moderado, não fez ataques a governadores e prefeitos e citou de passagem fármacos sem eficácia contra a covid-19, como a hidroxicloroquina, que se tornou uma aposta do governo durante a crise.

O evento no Planalto marcou a sanção de 3 leis que tratam da pandemia. Um dos textos autoriza que a União assuma riscos e custos de efeitos adversos das vacinas, medidas que destrava a compra dos imunizantes da Pfizer e Janssen. Além disso, o texto permite que Estados e municípios comprem os imunizantes, caso o governo federal se omita nestas negociações.

Ao mesmo tempo em que Bolsonaro agora passou a defender a vacina, o Ministério da Saúde admite que a campanha nacional de imunização pode parar pela escassez dos imunizantes. Em carta enviada à Embaixada da China para tentar a compra de 30 milhões de vacinas, a pasta afirma estar ciente da importância de conter a nova variante da covid-19 e impedir que o vírus "se espalhe pelo mundo, recrudescendo a pandemia".

A postura contrasta com declarações anteriores do presidente. Ele já afirmou que não compraria doses da Coronavac, desenvolvida na China, devido a sua "origem". Disse ainda, em dezembro, que a pressa pela chegada dos imunizantes "não se justifica" e que as farmacêuticas é que deveriam estar interessadas em negociar com o governo. "Pessoal diz que eu tenho que ir atrás. Não, quem quer vender (que tem). Se sou vendedor, eu quero apresentar", disse Bolsonaro em 28 de dezembro.

Em contraste com discursos anteriores, o presidente ainda evitou críticas a restrições de circulação e lockdowns. Disse que no começo da pandemia essas restrições foram adotadas para que hospitais fossem aparelhados com leitos de UTI e respiradores. "Nenhum prefeito, governador, reclamou de falta de recursos para que tivesse, então, hospitais, leitos e UTI e respiradores."

Em seu discurso, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as medidas aprovadas no Congresso possibilitaram a compra da vacina da Pfizer. Em aceno a Bolsonaro, que por meses criticou as exigências da farmacêutica, o general disse que o presidente "pessoalmente" conseguiu adiantar o cronograma de entrega desta vacina em um trimestre. O presidente reuniu-se na segunda-feira, 8, com representantes do laboratório.

O ministro Pazuello negou que a pasta tenha reduzido a expectativa de entrega de vacinas. "Estamos garantidos para março entre 22 e 25 milhões, podendo chegar a 38 milhões de doses", disse. Ele afirmou que o SUS tem capacidade de vacinar de 1 milhão a 1,5 milhão por dia. O ministro também afirmou que todas as vacinas compradas com recursos públicos serão distribuídas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em um recado a prefeitos e governadores que planejam realizar a compra de vacinas em paralelo ao governo federal.

O presidente Jair Bolsonaro reforçou o coro pela mudança na lei que pune práticas de improbidade administrativa cometidas por gestores públicos. Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nessa terça-feira (23), o presidente disse que a legislação atual "engessa o prefeito" e afirmou já ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), sobre mudança nas regras.

"É muita burocracia. Tem muita lei do passado que realmente é para combater a corrupção e etc., mas engessa o prefeito. Muitos aí respondem por 20 anos de improbidade administrativa. Alguma coisa vai ser mudada, pode deixar", afirmou Bolsonaro a um apoiador que reclamou de medidas tomadas pelo prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD).

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A mudança na lei é discutida na Câmara dos Deputados. Um dos pontos, conforme o Estadão revelou ontem, é aproveitar o debate para permitir o nepotismo, que consiste na contratação de parentes - o presidente não falou especificamente sobre essa articulação.

Um dos trechos em discussão é o que permite responsabilizar prefeitos por prestar contas fora do prazo. Segundo o entendimento dos que defendem a mudança na legislação, é preciso haver algum tipo de dolo (intenção de cometer uma irregularidade) para que haja punições como cassação ou perda de direitos políticos.

No caso do nepotismo, a prática é punida pelo artigo 11 da mesma lei. O dispositivo define como improbidade atos que violem os "deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições". Como mostrou o Estadão, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), defende a exclusão do artigo 11, para que a prática deixe de ser punida. "O poder público poderia estar mais bem servido, eventualmente, com um parente qualificado do que com um não parente desqualificado", defendeu Barros.

Clã

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro disse que tem atuado para que a mudança na Lei de Improbidade seja aprovada. "Tenho conversado com o Arthur Lira para a gente mudar alguma coisa para dar liberdade ao prefeito", afirmou o presidente. Questionado, o Palácio do Planalto não respondeu se Bolsonaro também é a favor da exclusão do artigo 11.

Quando era deputado, Bolsonaro nomeou 13 parentes em gabinetes da família. Além disso, o clã Bolsonaro empregou 102 pessoas com laços familiares, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo.

No primeiro ano como presidente, em 2019, Bolsonaro chamou de "hipocrisia" as críticas de que seria "nepotismo" a indicação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. O presidente chegou a criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu contratações de parentes na administração pública.

Com a extensão do prazo para a nova política de privacidade, o WhatsApp informou que vai restringir a ferramenta aos usuários que não aceitarem os novos termos. Em meio à polêmica em torno das contas comerciais, a plataforma estendeu o período para 15 de maio.

O usuário que não concordar com a nova política não terá a conta excluída. Contudo, após algumas semanas ele não poderá mais enviar ou receber mensagens de texto. "O WhatsApp não apagará sua conta, mesmo se você não aceitar a atualização dos Termos de Serviço até essa data. Entretanto, você não poderá usar alguns recursos do WhatsApp até aceitar essa atualização. Por um curto período, você ainda poderá receber chamadas e notificações, mas não poderá ler nem enviar mensagens pelo app", informa o site oficial da companhia.

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Após protestos contra o compartilhamento de dados com o Facebook, em janeiro, a plataforma sofreu uma debandada em massa para outros aplicativos de mensagem. Para acalmar os clientes, o WhatsApp ressaltou que as mensagens pessoais permanecerão criptografadas.

A companhia já lançou a ferramenta ‘carrinho’ com objetivo de estimular a interação com contas comerciais. Com a nova política, as empresas poderão usar “serviços de hospedagem seguros do Facebook para gerenciar bate-papos do WhatsApp com seus clientes, responder a perguntas e enviar informações úteis, como recibos de compra”, indica. Dessa forma, os dados trocados com empresas poderão ser usados para a segmentação de anúncios no Facebook e ficam armazenados nos servidores da rede social.

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