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O Sport entra em campo nesta segunda-feira (1º), às 20h, diante do Flamengo. Se não estivéssemos amargando os efeitos da pandemia da Covid-19, o estádio leonino, provavelmente, receberia um grande público. Porém, mesmo sem a participação presencial dos torcedores da equipe recifense, o lateral direito Patric acredita que o “fator Ilha do Retiro” pode ser sentido pelos jogadores.

De acordo com o jogador, os torcedores do Sport têm compartilhado mensagens de apoio aos atletas na internet. Nas ruas, ao se deparar com rubro-negros, Patric também recebe palavras de incentivo, o que materializa o carinho da massa leonina que está marcada pela saudade dos jogos na Ilha do Retiro.

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“O torcedor tem comparecido na rede social, tem colocado suas fotos e mensagens para os atletas. O torcedor tem ido às ruas. Aqui do lado (da Ilha do Retiro), temos alguns prédios que conseguem assistir e esse torcedor representa todos que não conseguem vir à Ilha do Retiro. Creio que o fator Ilha está dentro do nosso coração e da nossa mente. Todos estão juntos conosco. É só visualizar, que o torcedor está gritando, incentivando, pois é um jogo que precisamos do carinho, precisamos do abraço”, declarou o jogador.

Na 16ª posição, o Sport soma 35 pontos no Brasileirão. O Flamengo, por sua vez, é o quarto colocado, com 58 pontos.

Na manhã desta segunda (1º), a vereadora Liana Cirne, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Municipal do Recife, entregou nas mãos do prefeito João Campos (PSB) um pedido de auxílio às agremiações da cultura popular prejudicadas pela suspensão do Carnaval em 2021. Segundo Liana, é preciso abrir um diálogo com a gestão a fim de amparar os fazedores de cultura que não poderão contar com o retorno financeiro da festa, impossibilitada de acontecer pela pandemia do novo coronavírus. 

A entrega do documento foi feita após solenidade que marcou a volta dos trabalhos na Casa José Mariano. Junto ao ofício, a vereador solicitou a abertura de uma agenda com o prefeito para que a pauta pudesse ser discutida. Em entrevista ao LeiaJá, ela explicou a demanda. “Todos os anos a prefeitura, em forma de subvenção, apoia os grupos carnavalescos. Esse orçamento já está previsto na Lei Orçamentária Anual, a LOA, e nós pedimos que fosse mantida essa subvenção em razão da inocorrência do Carnaval.  Pedimos que essa subvenção fosse paga através de premiação sem contraprestação, sem processo seletivo, aos mesmos grupos que participaram do Carnaval 2020”.

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Segundo Liana, o assunto é uma “pauta urgente" e já foi levado, também,  ao secretário de Cultura, Ricardo Melo. “A subvenção ajuda grupos que estão vivendo na iminência de extinção, uma de nossas pautas mais importantes é a da cultura popular e a gente vê um risco grave da extinção de algumas manifestações da nossa cultura popular”, endossou a vereadora. 

Começo da gestão

Liana falou também sobre o primeiro mês de gestão do prefeito João Campos.  Ela ressaltou alguns pontos de divergência entre oposição e o atual governo, como o plano de vacinação que não priorizou os profissionais da educação. “Nós não aceitamos que os professores tenham ficado para a quarta fase da vacinação, não dá pra estabelecer o ensino presencial sem priorizar a vacinação”. 

Além disso, ela falou sobre a reforma administrativa, ainda iniciada na última gestão, que rendeu um mandado de segurança solicitado por ela. “Nós temos uma divergência muito radical em relação a isso. Isso que aparece como pseudo desburocratização é na verdade uma precarização do licenciamento ambiental. O licenciamento ambiental é uma das formas mais importantes de proteção do  meio ambiente na cidade. Nós já estamos com falta e revezamento de água, para quem ainda não é urgente cair a ficha, entendeu que a falta de água está ligada diretamente ao problema do desmatamento e da desarborização das nossas nascentes. A gente não consegue reter a água e isso é um problema ambiental. O problema ambiental é um problema que influencia diretamente a qualidade de vida do nosso povo. Precarizar a licença ambiental nesse momento? Nesse momento, a gente tem que ter todo o rigor em proteger o meio ambiente.” 

Duas semanas após o início de sua campanha de imunização, o Brasil chegou à marca de 1% de sua população parcialmente vacinada contra o coronavírus Sars-CoV-2.

Segundo a plataforma Covid-19 no Brasil, que reúne dados das secretarias estaduais de Saúde, 2.102.086 pessoas já receberam a primeira dose das vacinas Coronavac (Sinovac/Butantan) e Covishield (Oxford/AstraZeneca/Instituto Serum da Índia).

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O estado que mais aplicou doses em números proporcionais é Roraima (1,70% da população), seguido por Mato Grosso do Sul (1,59%), Rio Grande do Norte (1,47%), Rio Grande do Sul (1,47%) e Distrito Federal (1,45%).

Na outra ponta do ranking estão Tocantins (0,44%), Pará (0,50%), Amapá (0,56%), Acre (0,59%) e Mato Grosso (0,71%). Em termos absolutos, São Paulo, unidade mais populosa da federação, lidera a classificação, com 406.991 vacinados (0,88%).

A comunidade científica ainda não chegou a um consenso sobre a porcentagem da população que precisa ser vacinada para derrotar a pandemia, mas a maior parte das estimativas gira em torno de 70%.

No entanto, acelerar a imunização de grupos de risco deve reduzir internações e mortes e aliviar a sobrecarga nos hospitais.

Da Ansa

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta segunda-feira (1°), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 445 novos casos da Covid-19, além de 16 óbitos.

Dos novos registros, 29 são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 416 são leves. Pernambuco totaliza 261.745 casos confirmados da doença, sendo 31.089 graves e 230.656 leves.

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No boletim de hoje também constam 16 mortes, ocorridas entre o dia 2 de maio e a última sexta-feira (29). Com isso, o Estado totaliza 10.364 mortes pela Covid-19.

Ao abrir o Ano Judiciário de 2021, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou que a Corte permanecerá atuando, durante a pandemia da Covid-19, com altivez, harmonia e prosperidade que o Brasil merece. Ele pediu um minuto de silêncio adurante os trabalhos. “Não tenho dúvidas de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus”, afirmou. Segundo ele, “a racionalidade vencerá o obscurantismo”.

Fux afirmou que, durante a pandemia, o Poder Judiciário se reinventou como instituição, reorganizando os modos de trabalhar, de reunir e deliberar. “Privilegiamos na pauta casos de direta repercussão para o enfrentamento da pandemia, adaptando a agenda de julgamento da Corte para pacificarmos conflitos urgentes e garantirmos um mínimo de segurança jurídica e coordenação social nesse caos insondável”.

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Segundo ele, a pandemia demonstrou o quão apequenadas são as divergências da nação e o quão pontuais são as discordâncias, quando comparadas com a grandeza da missão, que é a de zelar, para ele, “pela força normativa da Constituição da República Federativa do Brasil”. E acrescentou: "É tempo de valorizarmos as vozes ponderadas, confiantes e criativas que laboram diuturnamente, nas esferas públicas e privadas, para juntos vencermos essa batalha.”

O presidente do STF lembrou que mais de 200 mil vidas foram levadas pela pandemia, deixando familiares. Ele ressaltou que atrás dessas estatísticas há pais, mães, avós, filhos, netos e amigos queridos que se foram. Afirmou, por fim, que diante dessa realidade, o STF “operou escolhas corretas e prudentes para a preservação da Constituição e da democracia, impondo a responsabilidade da tutela da saúde e da sociedade a todos os entes federativos, em prol da proteção do cidadão brasileiro”.

Da assessoria do STF

O governo da Argentina prorrogou até o dia 28 de fevereiro o fechamento de fronteiras para turistas, com exceções, por conta da pandemia de Covid-19, informou o Ministério da Saúde neste domingo (31).

Os voos de e para o Brasil poderão ser mantidos, mas com uma redução de 50% nas viagens - como foi anunciado em uma medida divulgada no dia 27 de janeiro. Já aqueles que vêm ou voltam para Estados Unidos, México e países da Europa devem ser reduzidos 30% da frequência.

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"A presente medida prorroga a proibição de entrada no território nacional, também até o dia 28 de fevereiro de 2021 inclusive, de pessoas estrangeiras não residentes no país, através de portos, aeroportos, passagens internacionais, centros de fronteira ou qualquer outro ponto de acesso, com o objetivo de reduzir as possibilidades de contágios", diz um trecho do artigo 30 do decreto 67/2021.

Já sobre Reino Unido e Irlanda do Norte, a decisão administrativa 44/2021, incluída no decreto, afirma que a Administração Nacional da Aviação Civil (Anac) "manterá a suspensão das autorizações e permissões que foram impostos nas operações de transporte aéreo de passageiros e passageiras em voos diretos".

A Argentina vem registrando alta nos números de casos e de mortes por Covid especialmente na província de Buenos Aires. Ao todo, o país contabiliza mais de 1,9 milhão de contaminados e 47,9 mil óbitos provocados pelo coronavírus Sars-CoV-2. 

Da Ansa

É chegado o momento de começar a resolver o mistério da Covid persistente, exortou a funcionária da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de encontrar uma resposta a este flagelo que parece atacar, sem razão aparente, milhões de doentes com patologias que os enfraquece.

Um ano após o aparecimento da doença que já matou mais de 2,2 milhões de pessoas, o foco agora está nas campanhas de vacinação e variantes do vírus.

A "Covid longa", porém, também merece atenção urgente da comunidade científica, explica Janet Diaz, chefe da equipe clínica responsável pela resposta ao coronavírus, em entrevista à AFP na sede da OMS em Genebra.

"Ainda não sabemos realmente o que é a Covid longa", afirmou Diaz, que pediu um esforço unificado em escala global.

Alguns estudos começam a apresentar pistas, mas ainda não se sabe por que alguns pacientes com Covid-19 apresentam por vários meses sintomas como fadiga extrema, dificuldades respiratórias ou, às vezes, problemas neurológicos e cardíacos graves.

"Ainda há muito a aprender, mas estou confiante na mobilização da comunidade científica", afirma Diaz.

Um exemplo da falta de informação é que a chamada "Covid longa" ainda não tem um nome preciso.

A OMS fala de síndrome pós-covid-19 ou "Covid-19 de longa duração" em um documento recente sobre suas novas recomendações. "Covid longa" é a expressão mais usada e, às vezes, também se fala em Covid de longo prazo.

- Primeiro seminário da OMS -

A OMS organizará no dia 9 de fevereiro o primeiro seminário virtual dedicado à Covid longa com médicos clínicos, pesquisadores e especialistas para encontrar uma definição da doença, dar-lhe um nome formal e harmonizar os métodos para estudá-la.

"É uma patologia que precisa ser melhor descrita, da qual precisamos saber quantas pessoas são afetadas, cuja causa deve ser mais bem compreendida para que possamos melhorar a prevenção, o manejo e as formas de curá-la", destaca a médica americana de 48 anos.

Os estudos disponíveis mostram que cerca de 10% dos doentes apresentam sintomas um mês após a infecção e no momento não há ideia de quanto tempo eles podem persistir.

O que é intrigante com a Covid longa é que o perfil dos pacientes que sofrem este quadro não corresponde ao das pessoas mais vulneráveis: idosos e pessoas com fatores agravantes.

A Covid de longo prazo afeta as pessoas que adoeceram em vários graus "e também inclui os jovens", explica Diaz.

É a prova de que a Covid não é apenas uma simples gripe, como afirmam os negacionistas da pandemia. É também um argumento contra aqueles que apoiam o isolamento apenas de pessoas frágeis.

O sintoma mais comum parece ser fadiga, mas existem muitos outros: cansaço após esforço físico ou doença, dificuldade em pensar com clareza, respiração curta, palpitações cardíacas e problemas neurológicos.

"O que não se entende é como todas essas coisas estão ligadas. Por que alguém tem uma coisa e outra pessoa tem outra?", questiona a médica, destacando que os pesquisadores devem entender os mecanismos íntimos da doença que causam esses sintomas.

"Isso é devido ao vírus? À resposta imunológica? Se soubéssemos mais poderíamos começar a identificar algumas intervenções para reduzir os sintomas", afirma.

Uma "quantidade enorme" de pesquisas está em andamento, acrescenta.

- "Manter a esperança" -

O seminário de 9 de fevereiro será o primeiro de uma série de reuniões.

"No momento, provavelmente temos dados suficientes (descrevendo a Covid longa) para começar a juntar as peças do quebra-cabeça", estima Diaz.

Além de uma definição precisa e um nome, o seminário também deve permitir o estabelecimento de regras para a coleta de dados de controle de pacientes com o objetivo de começar a encontrar formas de curá-los.

Para aqueles que sofrem de Covid longa e que às vezes se sentem incompreendidos, Díaz tem uma mensagem: "Mantenham a esperança".

"As pessoas às vezes apresentam sintomas por muito tempo, mas sabemos que se curam", afirma, e conclui: "Estamos com vocês".

O grupo farmacêutico Bayer anunciou nesta segunda-feira (1°) que produzirá, a partir de 2022, a vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela empresa alemã CureVac.

"Estou feliz de anunciar que temos a capacidade necessária para produzir a vacina da CureVac baseada no RNAm", afirmou o diretor do setor farmacêutico da Bayer, Stefan Oelrich.

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O executivo informou que o objetivo da empresa é produzir 160 milhões de doses nos primeiros 12 meses. "Ainda é necessário aumentar a disponibilidade das vacinas", acrescentou Oelrich.

Essas capacidades vão-se somar à produção na rede já existente da CureVac de 300 milhões de doses este ano, e 1 bilhão, em 2022, afirmou o CEO da CureVac, Franz-Werner Haas, cujo projeto de vacina se encontra na fase 3 de testes clínicos.

Atualmente, está "em processo de certificação", disse o ministro da Saúde, Jens Spahn, na mesma entrevista coletiva.

Segundo o ministro, garantir a produção da vacina no longo prazo é importante, diante de possíveis mudanças, ou da necessidade de uma segunda vacinação dentro de um ano, ou mais.

Bayer e o laboratório da CureVac, com sede em Tübingen, anunciaram em janeiro deste ano uma parceria para acelerar o desenvolvimento de vacinas.

O Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) interditou mais dois bares da Região Metropolitana do Recife (RMR) por descumprir as normas do Plano de Convivência com a Covid-19 para o setor ou por documentação inválida. Nesse fim de semana, 32 estabelecimentos foram visitados pelo órgão, que identificou irregularidades na Zona Norte do Recife e em Camaragibe.

Além de apresentar aos fiscais o alvará de funcionamento expirado desde 2016, o bar Madeira do Rosarinho, no bairro Ponto de Parada, não respeitava nenhuma das principais medidas contra a pandemia. Consumidores sem máscaras circulavam e dançavam no espaço, que utilizava som e não oferecia distanciamento adequado, nem álcool 70%. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA) também identificou irregularidades na manipulação de alimentos e no armazenamento de bebidas. 

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Já em Camaragibe, o Caldinho do Marron, localizado na Vila da Fábrica, foi interditado pela Secretaria de Planejamento do município. O local possuía documentação irregular, informa a Prefeitura.

Ao longo da pandemia, o Procon-PE calcula que já fiscalizou 404 bares e restaurantes e interditou 30. As ações contam com apoio de outros órgãos como, Vigilância Sanitária, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Do Peru à França, o mundo reforça as restrições para conter a propagação do coronavírus, cuja origem especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) tentam esclarecer na cidade chinesa de Wuhan, onde realizaram neste domingo (31) uma visita ao mercado considerado o marco zero da pandemia.

Seguindo os passos de outros países, como Portugal, Alemanha e Canadá, a França endureceu as medidas e fechou à meia-noite as fronteiras com os países de fora da União Europeia (UE), exceto para viagens essenciais, e o Peru iniciou uma reclusão de duas semanas que afeta metade de seus 33 milhões de habitantes.

O aparecimento de novas cepas complicou o combate à covid-19 que, desde seu aparecimento, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, causou 2,2 milhões de mortes de 102,5 milhões de contágios, especialmente na Europa e na América.

Para tentar elucidar a origem do vírus, especialistas da OMS visitaram nesta cidade o mercado de Huanan, onde eram vendidos animais selvagens e foi detectado o primeiro surto da doença há um ano. Desde janeiro de 2020, o local está fechado.

Esta visita é muito delicada para Pequim, acusada de ter reagido tarde aos primeiros casos. Os guardas só deixavam entrar os veículos da equipe da OMS, que não responderam às perguntas da imprensa, constatou a AFP.

Nos últimos dias, as autoridades chinesas reforçaram uma narrativa positiva sobre sua atuação, enquanto tentavam minimizar o alcance da missão da ONU. "Não se trata de uma investigação", afirmou a chancelaria.

- Mais restrições -

Com os programas de vacinação em massa dando os primeiros passos e problemas de abastecimento, as impopulares restrições aos negócios, à circulação e às viagens continuam sendo das poucas opções que os governos têm na luta contra o vírus.

Na Áustria, cerca de 10.000 pessoas, entre elas neonazistas, protestaram neste domingo em Viena contra as restrições, enquanto centenas de pessoas se manifestaram em várias cidades brasileiras pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua gestão da pandemia, que deixou mais de 224.0000 mortos no país.

Em Jerusalém, milhares de judeus ultraortodoxos ignoraram as regras de distanciamento social, ao comparecer aos funerais de dois rabinos. À noite, o governo israelense estendeu pela terceira vez o confinamento, uma medida que ficará em vigor até a próxima sexta-feira.

Além do fechamento de suas fronteiras às pessoas procedentes de fora da UE, a França fechará os grandes centros comerciais. E os portugueses estão proibidos de viajar ao exterior durante duas semanas, exceto em "casos especiais".

No sábado, a Alemanha proibiu a entrada da maioria dos viajantes procedentes de países afetados pelas novas cepas, consideradas mais contagiosas. A decisão afeta Reino Unido, Irlanda, Portugal, Brasil, África do Sul, Lesoto e Esuatini.

A capital peruana, Lima, e outros sete departamentos (estados) cumprirão uma quarentena obrigatória até 14 de fevereiro, destinada a conter a segunda onda da pandemia e as autoridades fecharam, inclusive, a cidadela inca de Machu Picchu.

As nações que conseguiram controlar os surtos também estão preocupadas. O confinamento da cidade australiana de Perth foi decretado depois que um segurança de um hotel onde se alojam pessoas em quarentena testou positivo.

A China decidiu proibir temporariamente a entrada de estrangeiros procedentes do Canadá, depois que Ottawa, que suspendeu seus voos com o México e o Caribe, anunciou que os viajantes que entrarem em território canadense terão que fazer um exame PCR e se isolar em hotéis por no mínimo três dias.

Cuba, onde a partir de 6 de fevereiro os turistas que entrarem deverão se confinar por contra própria por pelo menos cinco dias em hotéis indicados pelas autoridades, superou pela primeira vez os mil contágios por dia.

E nos Estados Unidos, o país mais enlutado com quase 440.000 mortos, os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças emitiram uma ordem generalizada exigindo o uso de máscaras no transporte público.

Apesar de o número de infecções e mortes continuar alto, o surto na primeira economia do mundo parece estar diminuindo por maior respeito às normas de distanciamento, o fim das férias e o grande número de pessoas que já passaram pela doença em algumas regiões, segundo os especialistas.

- "Se não levarmos oxigênio, vai morrer" -

As campanhas de vacinação, lançadas em muitos países, tropeçam na escassez de provisões, que também provocou uma dura disputa diplomática entre a UE e o Reino Unido.

Ambos disputam a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford, pois a empresa afirmou que não há doses suficientes devido a problemas de produção. A Alemanha ameaçou empreender ações legais se não for entregue o volume prometido.

Horas depois, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a AstraZeneca entregaria à UE 40 milhões de doses de sua vacina no primeiro trimestre, 30% a mais do que o previsto.

A empresa "começará as entregas uma semana antes do que o previsto" e "também estenderá sua capacidade de fabricação na Europa", informou von der Leyen no Twitter.

Em outras regiões do mundo, as pessoas lutam para encontrar recursos-chave para a sobrevivência de seus familiares. "Se não levarmos oxigênio (minha mãe de 69 anos) vai morrer", disse à AFP Yulisa Torres, enquanto aguardava, resignada, a recarga de um cilindro na cidade portuária de Callao, no Peru.

A taxa de pobreza extrema no Brasil começa 2021 em alta com o fim do auxílio emergencial em dezembro. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo deste domingo informa que o país tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia e em relação ao começo da década passada, em 2011.

Neste mês de janeiro, 12,8% dos brasileiro passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), linha de pobreza extrema calculada pela FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e covid-19, informa o jornal. No total, segundo projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão nessa condição neste começo de ano - mais que a população da Austrália. A taxa neste começo de década é maior que a do início da anterior (12,4%) e que a de 2019 (11%).

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Trata-se de um aumento significativo na comparação com o segundo semestre de 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial a cerca de 55 milhões de brasileiros chegou a derrubar a pobreza extrema, em agosto, para 4,5% (9,4 milhões de pessoas) - o menor nível da série histórica.

O efeito negativo da pandemia sobre a renda dos mais pobres já tenderia a ser prolongado levando-se em conta a recuperação difícil que o Brasil tem à frente (quase sem espaço no Orçamento público para novas rodadas de auxílio emergencial), o aumento das mortes pela covid-19 e o atraso no planejamento da vacinação.

O pagamento do auxílio emergencial custou cerca de R$ 322 bilhões, a maior despesa do Orçamento de Guerra contra a covid-19. Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 6,6 trilhões - ambos recordes que levaram à deterioração no perfil de refinanciamento.

Mas, além do aumento da pobreza no presente, a pandemia deve impor perdas futuras de renda aos mais jovens, sobretudo os pobres, que acabaram perdendo boa parte do ano escolar de 2020.

No geral, os jovens, os sem escolaridade, os nordestinos e os negros foram os que mais perderam renda do trabalho na pandemia. Hoje, cerca de 35% dos jovens brasileiros nem trabalham nem estudam - os chamados "nem nem" eram 25% no final de 2014.

O Ministério da Saúde informou neste sábado (30) que deve receber em meados de fevereiro entre 10 e 14 milhões doses da vacina produzida pela AstraZeneca-Oxford contra a covid-19. A pasta recebeu uma carta do consórcio internacional Covax Facility com as informações sobre o repasse de doses. O grupo faz parte de uma aliança global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir acesso ao imunizante.

O Brasil é um dos 191 países que fazem parte da Covax Facility. Em setembro do ano passado, duas medidas provisórias editadas pelo presidente Jair Bolsonaro garantiram os recursos para que o país participasse do consórcio.

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O governo federal também possui parceria direta com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford para produção de vacinas, por meio da Fundação Osvaldo Cruz, e com o Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac.

 

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deu prazo de cinco dias úteis para que 106 prefeituras prestem informações sobre as campanhas de imunização municipais contra o novo coronavírus. O prazo começa a contar a partir deste sábado (30), para esclarecer novos pontos, entre eles: 

O despacho, assinado pelo conselheiro Dimas Ramalho, foi publicado no Diário Oficial do Estado neste sábado (30). As prefeituras acionadas são as seguintes: 

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1.    Prefeitura Municipal De Adolfo,
2.    Prefeitura Municipal De Alvares Florence, 
3.    Prefeitura Municipal De Alvaro De Carvalho, 
4.    Prefeituramunicipal De Angatuba, 
5.    Prefeitura Municipal De Apiai,
6.    Prefeitura Municipal De Ariranha, 
7.    Prefeitura Municipal De Bariri, 
8.    Prefeitura Municipal De Bernardinode Campos, 
9.    Prefeitura Municipal De Campos Novospaulista,
10.    Prefeitura Municipal De Cedral, 
11.    Prefeitura Municipal De Cesario Lange, 
12.    Prefeitura Municipal De Cosmorama, 
13.    Prefeitura Municipal De Duartina, 
14.    Prefeitura Municipal De Dumont, 
15.    Prefeitura Municipal De Emilianopolis, 
16.    Prefeitura Municipal De Euclides Da Cunha Paulista, 
17.    Prefeitura Municipal De Fernao,
18.    Prefeitura Municipal De General Salgado, 
19.    Prefeituramunicipal De Guara, 
20.    Prefeitura Municipal De Guaranta, 
21.    Prefeitura Municipal De Ibate, 
22.    Prefeitura Municipal De Ilhabela,
23.    Prefeitura Municipal De Itapirapua Paulista, 
24.    Prefeitura Municipal De Jaci, 
25.    Prefeitura Municipal De Jarinu, 
26.    Prefeitura Municipal De Jose Bonifacio, 
27.    Prefeitura Municipal De Lavrinhas, 
28.    Prefeitura Municipal De Marinopolis, 
29.    Prefeitura Municipalde Mirante Do Paranapanema, 
30.    Prefeitura Municipalde Monte Castelo, 
31.    Prefeitura Municipal De Motuca,
32.    Prefeitura Municipal De Nipoa, 
33.    Prefeitura Municipal De Nova Canaa Paulista, 
34.    Prefeitura Municipal Deorindiuva, 
35.    Prefeitura Municipal De Ouro Verde, 
36.    Prefeitura Municipal De Paraibuna, 
37.    Prefeitura Municipalde Pariquera-Acu, 
38.    Prefeitura Municipal De Piracaia,
39.    Prefeitura Municipal De Presidente Bernardes, 
40.    Prefeitura Municipal De Reginopolis, 
41.    Prefeitura Municipalde Riolandia, 
42.    Prefeitura Municipal De Riversul, 
43.    Prefeitura Municipal De Sabino, 
44.    Prefeitura Municipal Desanta Adelia, 
45.    Prefeitura Municipal De Santa Isabel,
46.    Prefeitura Municipal De Santa Rosa De Viterbo, 
47.    Prefeitura Municipal De Sao Bento Do Sapucai, 
48.    Prefeituramunicipal De Sao Jose Do Barreiro, 
49.    Prefeitura Municipal De Sebastianopolis Do Sul,
50.    Prefeitura Municipalde Taquarivai,
51.    Prefeitura Municipal De Tupi Paulista,
52.    Prefeitura Municipal De Turmalina, 
53.    Prefeitura Municipal De Valentim Gentil, 
54.    Prefeitura Municipal De Aguasde Santa Barbara, 
55.    Prefeitura Municipal De Bocaina,
56.    Prefeitura Municipal De Borborema, 
57.    Prefeitura Municipal De Buritizal, 
58.    Prefeitura Municipal De Caconde,
59.    Prefeitura Municipal De Cajuru, 
60.    Prefeitura Municipalde Cardoso,
61.    Prefeitura Municipal De Herculandia,
62.    Prefeitura Municipal De Ipaussu,
63.    Prefeitura Municipalde Ipeuna, 
64.    Prefeitura Municipal De Itajobi,
65.    Prefeituramunicipal De Juquitiba, 
66.    Prefeitura Municipal De Luiziania, 
67.    Prefeitura Municipal De Mirandopolis, 
68.    Prefeituramunicipal De Pedreira, 
69.    Prefeitura Municipal De Pedrode Toledo, 
70.    Prefeitura Municipal De Piquete, 
71.    Prefeituramunicipal De Planalto, 
72.    Prefeitura Municipal De Pontesgestal, 
73.    Prefeitura Municipal De Queiroz, 
74.    Prefeituramunicipal De Redencao Da Serra, 
75.    Prefeitura Municipalde Santa Lucia, 
76.    Prefeitura Municipal De Santo Antonio De Posse,
77.    Prefeitura Municipal De Taciba,
78.    Prefeitura Municipal De Taquaral, 
79.    Prefeitura Municipal Detarabai,
80.    Prefeitura Municipal De Capivari,
81.    Prefeituramunicipal De Ferraz De Vasconcelos, 
82.    Prefeitura Municipal De Itapira, 
83.    Prefeitura Municipal De Jaguariuna,
84.    Prefeitura Municipal De Jandira, 
85.    Prefeitura Municipalde Mogi Mirim, 
86.    Prefeitura Municipal De Santa Cruzdo Rio Pardo,
87.    Prefeitura Municipal De Sao Jose Do Riopardo, 
88.    Prefeitura Municipal De Serra Negra, 
89.    Prefeitura Municipal De Tiete, 
90.    Prefeitura Municipal De Amparo,
91.    Prefeitura Municipal De Atibaia,
92.    Prefeitura Municipalde Botucatu, 
93.    Prefeitura Municipal De Espirito Santodo Pinhal, 
94.    Prefeitura Municipal De Franco Da Rocha,
95.    Prefeitura Municipal De Orlandia, 
96.    Prefeitura Municipal De Pereira Barreto, 
97.    Prefeitura Municipal De Votorantim, 
98.    Prefeitura Municipal De Barueri,
99.    Prefeituramunicipal De Embu Das Artes,
100.    Prefeitura Municipal Dejau, 
101.    Prefeitura Municipal De Praia Grande,
102.    Prefeituramunicipal De Vinhedo, 
103.    Prefeitura Municipal De Carapicuiba, 
104.    Prefeitura Municipal De Limeira, 
105.    Prefeituramunicipal De Osasco, 
106.    Prefeitura Municipal De Presidente Prudente

 

Artur Palma, gerente da casa funerária Velhinho, em Amadora, na zona oeste de Lisboa, atende a um novo telefonema. Do outro lado da linha, uma casa de repouso próxima, onde um dos inquilinos morreu de covid-19.

Sem demora, seu funcionário José Santos se equipa seguindo à risca as novas normas sanitárias: traje de proteção, luvas e máscara cirúrgica, para evitar qualquer contágio.

Diante da explosão do número de mortes relacionadas à covid-19 em uma virulenta terceira onda da pandemia em Portugal, as casas funerárias estão à beira do colapso e redobram a vigilância em matéria de segurança sanitária.

Segundo dados coletados pela AFP, Portugal é atualmente o país mais afetado no mundo pela covid-19, em proporção a sua população de 10 milhões de habitantes.

Até o momento, o balanço total da pandemia chega a mais de 12.000 mortes, das quais quase a metade ocorreu desde o início do ano.

Em 15 de janeiro, o país foi submetido a um segundo bloqueio geral. Atualmente, a Velhinho faz entre três e quatro atendimentos por semana a asilos devido ao coronavírus.

O número de mortos triplicou em relação a janeiro do ano passado, explica José Santos, ao volante do carro funerário.

- Um verdadeiro caos -

Na casa de repouso, o corpo é colocado em uma bolsa mortuária antes de ser transportado em uma maca para o veículo da funerária.

“Tem que ser assim agora, com as medidas de segurança e higiene, agora vamos para as nossas instalações para fazer o resto”, diz o jovem de 62 anos.

Na casa funerária, a fase de preparação continua em uma garagem, em meio a pilhas de novos caixões de madeira ornamentada.

Artur Palma e José Santos completam seus equipamentos com proteções médicas para calçados, óculos especiais, aventais e máscaras.

Durante a preparação dos corpos, os dois homens abrem primeiro a tampa do caixão e colocam o corpo envolto em um lençol.

Nenhum tratamento é praticado devido aos riscos de contágio. Em vez disso, tudo é pulverizado com desinfetante.

Em seguida, vem a fase de selagem. Também neste caso, as medidas de higiene são reforçadas. Depois de fechar o caixão, bordas são cobertas com uma longa fita adesiva e envolvidas com várias camadas de celofane.

O falecido é então transferido para a câmara mortuária, onde todo o espaço é ocupado pelas vítimas da covid-19.

“É um verdadeiro caos, são tantas mortes, não temos lugar para guardar tantos corpos, está tudo sobrecarregado. Já perdi minha tia, meu primo, meu pai e meu avô para a covid", lamenta Palma.

Na Velhinho, apenas quatro funcionários atendem ao alto fluxo de mortes nas últimas semanas.

“É muito complicado para nós, mas também para nossas famílias, que felizmente estão lá para nos apoiar”, diz Santos, fumando seu cigarro.

“É um fardo enorme em todos os níveis, físico, psicológico, dormimos pouco e atingimos o nosso limite”, afirma Palma.

Pelo menos um funcionário responsável pelas vacinas da Covid-19 na Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte (MG), foi afastado de sua função, assim que a direção da instituição foi notificada sobre o possível extravio de imunizações e foi constatada a falta de seis doses da Coronavac na última segunda-feira (25).

Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), gestora da maternidade, o sumiço do produto foi observado após recontagem das vacinas. Imediatamente a polícia foi acionada e iniciada a apuração de responsabilidades.

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O caso foi encaminhado ao Núcleo de Correição Administrativa da Fhemig. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, responsável pela distribuição das doses na capital mineira, também foi notificada.

Por enquanto, a Fhemig não dará mais detalhes sobre o ocorrido. Em nota, disse que não se pronunciará sobre o afastamento para não comprometer as investigações que estão em andamento. "Internamente, não houve afastamento da unidade, apenas da função", acrescentou.

Uma nova comissão de vacinação na MOV foi constituída para dar continuidade ao plano de vacinação dos trabalhadores iniciado em 20 de janeiro, após o recebimento das vacinas.

Até sexta-feira (29), cerca de 700 servidores efetivos e terceirizados tinham sido imunizados. A vacinação não terminou porque tem profissionais retornando de férias na próxima semana. A maternidade recebeu, até o momento, 983 unidades da Coronavac, número suficiente para a primeira dose, mas já está garantido o lote para a segunda dose.

Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais, foi instaurado um inquérito policial para apurar o extravio das seis doses de vacina da maternidade. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro.

Denúncias relacionadas ao processo de vacinação, como o descumprimento da ordem prioritária de imunização, podem ser feitas pelo Canal Coronavírus, da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG).

Helder Barbalho, governador do Pará, decretou, neste sábado (30), lockdown na região do Estado onde foram detectados dois casos da nova variante do coronavírus. Essa cepa que circula no Amazonas foi encontrada em duas pessoas do município de Santarém.

Ele explicou que tal atitude se deve à preocupação de que o sistema de saúde pública local entre em colapso. "Severas preocupações na capacidade do nosso sistema de atender a todos. Necessário para salvar vidas e evitar proliferação do vírus", justifica o governador.

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Na sexta-feira (29), foram descobertos dois casos da nova cepa da Covid-19 no Estado, em confirmação feita pelo Instituto Evandro Chagas. A variante que circula no Amazonas foi identificada em um homem de 58 anos e uma mulher de 26 anos, ambos de Santarém.

O avanço desta nova cepa é apontado por muitos especialistas como uma das razões para a explosão de casos e o consequente colapso no sistema de saúde no Amazonas.

Segundo estudos feitos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Fiocruz Amazonas, a cepa teria surgido em Manaus em dezembro e vem se disseminando com rapidez. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante encontrada no Brasil já está em oito países.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à frente da pasta e disse que o governo federal não tem nenhuma responsabilidade sobre a falta de oxigênio que matou pacientes de Covid-19 em hospitais públicos de Manaus.

"O trabalho é excepcional do Pazuello, é um tremendo de um gestor", disse Bolsonaro, ao sair de uma concessionária da Honda, em Brasília, na manhã deste sábado (30), onde chegou guiando uma moto. "Nós, no Amazonas, mandamos R$ 9 bilhões pra lá. Não é competência nossa e nem atribuição levar o oxigênio pra lá, damos os meios", disse Bolsonaro.

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Nessa sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se Eduardo Pazuello foi omisso no combate à pandemia do novo coronavírus no Amazonas. A ordem também é para que o general da ativa preste depoimento à Polícia Federal em cinco dias após ser intimado e que a investigação seja concluída em dois meses.

As suspeitas de omissão do titular da Saúde referem-se à demora do envio de ajuda ao Estado, especialmente a Manaus, onde dezenas de pessoas morreram asfixiadas nos hospitais, e ainda ao estímulo para uso de medicamento sem eficácia contra a Covid-19. Bolsonaro minimizou a investigação.

"Pequenos partidos de esquerda procuram o supremo para tudo. Agora, pode investigar o Pazuello, não tem problema nenhum. Não há omissão. Ele trabalha de domingo a domingo, vira a noite. Duvido que, com outra pessoa, teria tido a resposta que ele está dando. Ele faz tudo o que é possível. Agora, numa investigação como essa, nós não temos nada a temer."

A imagem se tornou o símbolo do caos que reinava em Wuhan no início da pandemia de coronavírus: o corpo de um homem deitado por várias horas em uma calçada antes de ser carregado por equipes de resgate nervosas e sobrecarregadas.

A cena, capturada há exatamente um ano pela AFP, ocorreu perto de um hospital da metrópole chinesa, epicentro da pandemia.

E se a causa da morte nunca foi estabelecida, este estranho deitado de costas tornou-se no exterior o símbolo de uma cidade submersa por um misterioso vírus assassino.

Em Wuhan, esta morte, entre milhares de outras, permanece, pelo contrário, totalmente desconhecida. Inclusive na rua onde o homem de cabelos grisalhos, que usava máscara, deu seu último suspiro.

É "com certeza um boato ou uma mentira da mídia estrangeira", assegura Yuan Shaohua, cuja frutaria, localizada a poucas dezenas de metros do local do falecimento, era um dos raros estabelecimentos do bairro abertos naquele dia.

Yuan diz "não estar ciente" do fato que ocorreu em frente a um edifício típico da década de 1990, cujo andar térreo é ocupado por comércios.

Em uma cidade fantasma em quarentena, "as pessoas não ousavam sair" de suas casas, lembra o homem de 46 anos de boné branco na cabeça.

Na época, os poucos transeuntes preferiram ignorar o cadáver, evitando se aproximar por medo do vírus.

'Respeito à intimidade'

Na China, a foto do "falecido de Wuhan" circulou nas redes sociais, mas a grande maioria da mídia ignorou o assunto.

Poucos dias depois, raros artigos - sem a foto - da imprensa oficial cobriram o incidente dando a palavra à família do falecido, um certo "Sr. Xie".

A família citada garantiu que ele não tinha covid e pediu "respeito à privacidade". A idade da vítima não foi informada.

Sua morte ocorreu a algumas dezenas de metros do Hospital Número 6 de Wuhan, um estabelecimento que na época atendia pacientes com coronavírus.

E no contexto da epidemia, os serviços de emergência e a polícia tomaram cuidados extremos com o corpo: o falecido permaneceu na calçada por mais de duas horas, antes de ser carregado por funcionários em combinações de proteção completas.

Naquele dia, pelo menos 15 ambulâncias, atendendo a outras ligações, passaram perto sem parar.

Na ocasião, como um ano depois, nem o hospital nem as autoridades locais responderam a um pedido de informações sobre a identidade da vítima e as causas de sua morte. E os doze comerciantes e moradores do bairro entrevistados pela AFP expressam sua descrença.

"Nunca tinha ouvido falar disso", lançou Huang Shunxing, ao ver a foto em questão, tirada praticamente à porta deste lojista.

O estranho morreu em frente a uma loja de móveis agora substituída por um supermercado e uma modesta loteria aberta no verão passado por Huang, impassível apesar da notícia.

Essa lembrança do drama de um ano atrás se encaixa mal na narrativa imposta pelo regime comunista, que tenta fazer as pessoas esquecerem o caos das primeiras semanas da epidemia.

Pequim agora insiste na erradicação do vírus em solo nacional, em contraste com a situação no resto do mundo.

Em Wuhan, agora, "os negócios vão bem!", sorri a gerente, que estava desempregada há um ano.

Vestida com um casaco preto e atrás de uma exibição de raspadinhas, ela se diz "encantada" por ter se mudado para uma cidade que agora é "segura" em termos de saúde.

A mesma perplexidade de um de seus clientes, o senhor Wang, 58 anos, muito atento às notícias do bairro.

Ele afirma que soube "muito cedo", em dezembro de 2019, a existência de uma doença misteriosa graças a mensagens que circulavam nas redes sociais. Mas a poucos metros de distância, "o morto Wuhan" não deixou nenhuma lembrança.

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 subiu para 222.666. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.119 mil mortes. Foi o 4o dia seguido com mais de 1.100 óbitos por dia. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 221.547 mortes. Ainda há 2.871 falecimentos sendo investigados por equipes de saúde.

Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.118.513. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 59.826 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o sistema de dados do Ministério marcava 9.058.687 casos acumulados.

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Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (29). O balanço é produzido a partir das informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes.

Ainda há 935.204 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.960.643 pessoas já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (52.722), seguido por Rio de Janeiro (29.563), Minas Gerais (14.819), Rio Grande do Sul (10.615) e Ceará (10.449). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (861), Acre (849), Amapá (1.057), Tocantins (1.371) e Rondônia (2.216).

Em número de casos, São Paulo também lidera (1,75 milhão), seguido por Minas Gerais (721,9 mil), Bahia (581,8 mil), Santa Catarina (573,1 mil) e Paraná (543,5 mil).

 

A Itália decidiu nesta sexta-feira (29) diminuir as restrições de combate ao coronavírus em algumas regiões, apesar dos alertas de especialistas em saúde pública.

Apulia, Cerdeña, Sicilia, Umbría e a província autônoma de Bolzano passarão a partir de domingo ao nível de alerta "laranja" (risco médio), enquanto o resto da Itália passa ao nível "amarelo" (risco moderado), informaram fontes do Ministério da Saúde.

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O nível amarelo permite a abertura de bares, cafés e restaurantes durante o dia e flexibiliza circulação entre as regiões.

Além disso, os museus podem reabrir, mas apenas durante a semana.

A flexibilização contraria a tendência geral dos demais países europeus de implementar medidas mais severas.

O braço europeu da Organização Mundial de Saúde alertou na quinta-feira que é "muito cedo" para suspender algumas medidas, devido à presença "ainda muito elevada" do vírus, e lembrou que persistem restrições em muitos países do velho continente.

"Sim, a Itália vai contra a tendência geral", reconheceu à AFP Walter Ricciardi, especialista em saúde pública e assessor do Ministério da Saúde sobre a pandemia.

Segundo o especialista, as medidas restritivas adotadas na Itália durante o Natal e o Ano Novo ajudaram a estabilizar os números do vírus, sem reduzi-los.

A Itália, um dos países mais afetados pelo coronavírus, com mais de 87.000 mortes e uma recessão recorde, também vive uma crise política em meio à pandemia, que gerou muita confusão.

De acordo com o GIMBE, um grupo de especialistas independentes, a Itália registrou 799 casos de vírus por 100.000 habitantes entre 20 e 26 de janeiro, um número que precisa ser reduzido.

A renúncia do primeiro-ministro Giuseppe Conte nesta semana fez ressurgir a questão.

"Se não tivermos um governo com plenos poderes (...) é claro que a situação na Itália corre o risco de se tornar ainda mais crítica", alertou Ricciardi.

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